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Relações sociais de produção e o Estado no capitalismo

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Universidade Veiga de Almeida – UVA
Curso de Serviço Social
EAD
GEIZA CARLA DE LIMA
SOCIOLOGIA
Atividade avaliativa AVA 2
Niterói/RJ
2022
Marx e Engels compreenderam que as relações estabelecidas entre as classes são, em geral, marcadas pela opressão de uma classe sobre a outra. Ou seja, as relações sociais de produção eram baseadas na exploração do trabalho de uma classe sobre a outra e, em geral, esse processo era acompanhado de altas doses de violência. Para os autores, ao longo da história, os conflitos de classe são a mola propulsora das transformações e das mudanças.
Nesta atividade, façam uma avaliação crítica-analítica sobre como as relações sociais de produção e o Estado são importante para a compreensão do capitalismo.
As relações de produção regulam tanto a distribuição dos meios de produção e dos produtos quanto à apropriação dessa distribuição e do trabalho. Elas expressam as formas sociais de organização voltadas para a produção. Os fatores decorrentes dessas relações resultam em uma divisão no interior das sociedades.
Por ter uma finalidade em si mesmo, o processo produtivo aliena o trabalhador, já que é somente para produzir que ele existe. Em razão da divisão social do trabalho e dos meios, a sociedade se extrema entre possuidores e os não detentores dos meios de produção. Surgem então a classe dominante e a classe dominada (ou seja, a dos trabalhadores). O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. Esses aparatos são nomeados por Marx de infraestrutura e condicionam o desenvolvimento de ideologias e normas reguladoras, sejam elas políticas, religiosas, culturais ou econômicas, para assegurar os interesses dos proprietários dos meios de produção.
Percebendo que mesmo a revolução burguesa não conseguiu abolir as contradições entre as classes, Marx observou que ao substituir as antigas condições de exploração do trabalhador por novas, o sistema capitalista de produção em seu desenvolvimento ainda guarda contradições objetivas para a transformação social. 
As contradições são expressas no aumento da massa de despossuídos, que sofrem com os males da humanidade, tais como a pobreza, doenças, fome e desnutrição, e o atraso tecnológico em contraste com o grande acúmulo de bens e riquezas em grandes centros financeiros e industriais. É só por meio de um processo revolucionário que os proletários de todo o mundo, segundo Marx, poderiam eliminar as condições de apropriação e concentração dos meios de produção existentes. Acabando a propriedade desses meios, desapareceria a burguesia e instalar-se-ia, transitoriamente, uma ditadura de proletariado até que se realizem as condições de uma forma de organização social comunista.
Sabemos que esse ideal inspirou a Revolução Russa de 1917, com a criação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), que foi a primeira tentativa de um governo dos trabalhadores tendo em vista a construção da sociedade comunista. No entanto, os fracassos dessa experiência ainda nos permitem pensar no papel da propriedade privada no interior da sociedade. Se ela provoca as desigualdades, mas também a sua forma de uso coletivo não se mostrou adequada, como pensar, nos dias de hoje, a relação entre política e economia? Ainda que não haja respostas contundentes sobre esse assunto, parece ser o desafio do nosso tempo enxergar as contradições do sistema e buscar, de modo adequado, tomar consciência de que a transformação exige a participação de todos.
Assim, parece inquestionável o papel de Marx para os pensadores de nossos dias. Ainda que a solução encontrada por Marx tenha ganhado concretude (fiel ou não a ele), é importante retomar a sua crítica ao sistema visando sanar as contradições que estão evidenciadas em nosso cotidiano. 
“...na produção social de sua existência, os homem estabelecem relações determinadas, necessárias, independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a um determinado grau de desenvolvimento das forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção constitui a estrutura econômica da sociedade, a base concreta sobre a qual se eleva uma superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da vida material condiciona o desenvolvimento da vida social, política e intellectual em geral. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, é o seu ser social que, inversamente, determina a sua consciência. 
MARX, KARL. Lisboa: Estampa, 1973. p. 28. 
A concepção materialista da História, proposta por Marx, atribui aos fatores econômicos (técnicas e relações e produção) um valor preponderante no desenrolar dos acontecimentos históricos de trabalho. Segundo essa visão, a consciência do homem não fundamenta essas relações, sendo, antes, resultado delas. Assim como os sistemas conceituais (direito, moral, sistema político, religião, ideologia) – a superestrutura da sociedade – são derivados da estrutura econômica. Marx afirma que a moral, os sistemas políticos, os princípios jurídicos e as ideologias não têm vida própria diante do modo pelo qual os homens produzem e reproduzem a existência. 
 Outra crítica dirigida à obra de Marx é que ela teria ficado ultrapassada diante do formato das lutas e movimentos contemporâneos, com pautas mais identitárias, como o feminismo, o movimento LGBT, o movimento negro, etc. Os setores empresariais e os setores dominantes sempre tentaram impedir qualquer conexão entre lutas particulares e a discussão das relações sociais vigentes. Isso a gente pode assistir na história dos sindicatos, na história do próprio racismo, como o papel, por exemplo, da doutrina social da Igreja Católica. 
Portanto, essa separação faz parte do processo histórico de luta de classes na medida em que esse é um ponto de intervenção permanente do empresariado e das classes dominantes, para impedir a organização do conjunto das classes trabalhadoras, classes estas que cresceram brutalmente em escala internacional. E cresceram principalmente a partir da segunda metade do século 20, através de uma intensificação muito violenta das expropriações do povo do campo, em especial nos anos 1960 com a chamada Revolução Verde. Isso resulta numa expansão das massas trabalhadoras sem precedentes.
Esse processo de expropriação não está terminado, e a ele se acrescentaram novas expropriações, agora já por dentro dos anteriormente expropriados, os trabalhadores urbanos. Torna-se cada vez mais evidente que as formas de contenção capitalista frente à reivindicação legítima contra algumas opressões, teoricamente admissível dentro do capitalismo, não é mais aceitável pelas classes dominantes. E talvez o melhor exemplo, o mais dramático, seja a execução da Marielle Franco e do Anderson Gomes. Os que lutam contra as opressões diversas, classe, raça, gênero, sexo, local de moradia, que estão conectadas nas lutas da Marielle, estão sendo exterminados.
Marx e Engels juntos assimilaram criticamente tudo de bom que foi produzido pela humanidade e contribuíram decisivamente para a compreensão da história dos homens e da sociedade capitalista. Eles dedicaram toda a sua vida à luta contra a exploração social sem conformismo ou adaptações. Com suas vidas e suas obras, representam o cume a que chegou o pensamento histórico-social no século XIX e a abertura para novos conhecimentos na ciência social no século XX até os nossos dias. 
Enquanto o capitalismo estiver de pé, enquanto houver exploração, miséria, fome e desemprego, a obra de Marx e Engels será atual e somente a partir da assimilação de suas idéias e da experiência internacional do proletariado é possível se pensar na luta conseqüente por uma nova sociedade, o socialismo.
“Como o Estado nasceu da necessidade de conter o antagonismo das classes, e como, ao mesmo tempo, nasceu em meio ao conflito delas, é, por regra geral, o Estado de classes mais poderosa, da classe economicamente dominante, classeque, por intermédio dele, se converte também em classe politicamente dominante e adquire novos meios para a repressão e exploração da classe oprimida”.
Friedrich Engels.
Obras escritas em parceria com Marx:
· Luta de Classes na Alemanha (1844-1850)
· O Manifesto Comunista (1848)
· Luta de Classes Rússia (1875-1894)
· A Sagrada Família (1845)
· A Ideologia Alemã (1846)
Referências:
BARBOSA, Wagner.Marxismo: História, Política e Método.
https://moodle.ufsc.br//pluginfile.php//934138
CABRAL, João Francisco Pereira. “As classes sociais no pensamento de Karl Marx”; 
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br
https://educação.globo.com.br
https://mundoeducacao.uol.com.br
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