aula1oqueeodireito_20230223144534

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Teoria Geral do Direito
Aula 1 – O que é o Direito e como se relaciona com a 
Moral
Prof. Marcelo Caminha Filho
Teoria Geral do Direito
Teoria Geral do Direito?
Referência: André Coelho (Universidade Federal do Rio 
de Janeiro)
Teoria Geral do Direito
?
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada da realidade
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada da realidade
Identifica, classifica e explica os elementos da 
realidade de forma compreensível
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada da realidade
Teoria Geral do Direito
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada da realidade
Identifica, classifica e explica os elementos da 
realidade de forma compreensível
Vantagens: torna a realidade compreensível e previsível.
Desvantagens: simplificar demais e ignorar elementos; substituir 
a realidade; resignar às previsões da teoria.
Teoria Geral do Direito
?
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada do fenômeno jurídico
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada do fenômeno jurídico
● Elementos e características gerais do Direito
comuns a todas as ordens jurídicas;
● Elementos e características específicas da
Ciência do Direito;
● Sistema de produção de normas válidas;
● Interpretação e aplicação das normas jurídicas.
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada do fenômeno jurídico
É influenciada pelo foco do teórico
Teoria Geral do Direito
Tipos de teoria do Direito
(1) Teoria descritiva: descreve e explica o Direito, sem juízo 
valorativo;
(2) Teoria normativa: prescreve o dever ser do Direito para o 
atingimento de determinada finalidade;
(3) Teoria interpretativa: interpreta o Direito posto a fim de 
atingir todo o seu potencial;
(4) Teoria crítica: identifica no Direito posto focos de 
produção, proteção e legitimação de injustiça.
Teoria Geral do Direito
Representação simplificada do fenômeno jurídico
O que se quer explicar?
Teoria Geral do Direito
Elementos de uma teoria do Direito
● Natureza do Direito (O que é? Qual é a sua função?)
● Fundamento da sua obrigatoriedade (É? Por quê?)
● Norma jurídica (O que é? Qual é a sua estrutura?)
● Fontes do Direito (Como se produz o Direito?)
● Ordenamento jurídico (Como funciona o conjunto de normas?)
● Interpretação jurídica (Como se descobre o sentido?)
● Argumentação jurídica (Raciocínio jurídico da norma à aplicação)
● Obediência e desobediência (Podemos desobedecer?)
Teoria Geral do Direito
Elementos de uma teoria do Direito
● Natureza do Direito (O que é? Qual é a sua função?)
●
●
●
●
●
●
●
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
O que é o Direito?
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
O que é o Direito?
Polissemia (múltiplos significados)!
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Constituição da República Federativa do Brasil: “Art. 5º. (...) LXIV -
o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão 
ou por seu interrogatório policial;”
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Constituição da República Federativa do Brasil: “Art. 5º. (...) LXIV -
o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão 
ou por seu interrogatório policial;”
Faculdade de praticar/exigir que se pratique ou não 
determinado comportamento (direito subjetivo)
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Constituição da República Federativa do Brasil: “Art. 5º. (...) LXIV -
o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão 
ou por seu interrogatório policial;”
Faculdade de praticar/exigir que se pratique ou não 
determinado comportamento (direito subjetivo)
"A proposta de suspensão condicional do processo não se trata de direito subjetivo do réu, mas de 
poder-dever do titular da ação penal, a quem compete, com exclusividade, sopesar a possibilidade 
de aplicação do instituto consensual de processo, apresentando fundamentação para tanto. A 
iniciativa para propor a benesse é do Parquet; não pode, pois, o Judiciário substituir-se a este.” 
(AgRg no HC nº 654617/SP, Sexta Turma, Rel. Min. Rogério Schietti Cruz, DJe de 11/10/2021)
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Isso não é direito
Mas também não é direito você se culpar
Quem tem amor no peito
Sempre encontra um jeito pra ninguém chorar”
(Diogo Nogueira e Zeca Pagodinho)
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Isso não é direito
Mas também não é direito você se culpar
Quem tem amor no peito
Sempre encontra um jeito pra ninguém chorar”
(Diogo Nogueira e Zeca Pagodinho)
Materialização do justo, sob uma 
perspectiva universal e absoluta de 
justiça (direito natural)
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
"Pra ter sucesso, amor,
tem que fazer direito."
(Valesca Popozuda)
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Discriminação e racismo não são protegidos pela liberdade de expressão no Brasil; 
entenda
Géssica Brandino
Apesar de a liberdade de expressão ser um direito fundamental, ela é limitada pela própria 
legislação brasileira. Entre os motivos de restrição estão situações que incluem condutas que 
promovem a discriminação de certos grupos ou segmentos da população.
O direito brasileiro está alinhado a sistemas legais da Europa continental, como o da 
Alemanha. Já nos Estados Unidos, o Judiciário oferece uma maior proteção à liberdade de 
expressão, e mesmo discursos discriminatórios são tolerados desde que não configurem uma 
ameaça iminente à sociedade.”
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/02/discriminacao-e-racismo-nao-sao-
protegidos-pela-liberdade-de-expressao-no-brasil-entenda.shtml
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Discriminação e racismo não são protegidos pela liberdade de expressão no Brasil; 
entenda
Géssica Brandino
Apesar de a liberdade de expressão ser um direito fundamental, ela é limitada pela própria 
legislação brasileira. Entre os motivos de restrição estão situações que incluem condutas que 
promovem a discriminação de certos grupos ou segmentos da população.
O direito brasileiro está alinhado a sistemas legais da Europa continental, como o da 
Alemanha. Já nos Estados Unidos, o Judiciário oferece uma maior proteção à liberdade de 
expressão, e mesmo discursos discriminatórios são tolerados desde que não configurem uma 
ameaça iminente à sociedade.”
Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/02/discriminacao-e-racismo-nao-sao-
protegidos-pela-liberdade-de-expressao-no-brasil-entenda.shtml
Ordenamento jurídico (direito positivo)
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Resolução nº 5, de 2018, do Conselho Nacional de Educação:
“Art. 1º. A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares 
Nacionais do curso de graduação em Direito, bacharelado, a serem 
observadas pelas Instituições de Educação
Superior (IES).”
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Resolução nº 5, de 2018, do Conselho Nacional de Educação:
“Art. 1º. A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares 
Nacionais do curso de graduação em Direito, bacharelado, a serem 
observadas pelas Instituições de Educação
Superior (IES).”
Ciência por meio da qual conhecemos o 
fenômeno jurídico (ciência jurídica)
Teoria Geral do Direito
Conceito de Direito
Direito enquanto lei e ordem – “realização de convivência ordenada” 
(Santi Romano)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
Teoria Geral do Direito
Conceito de Direito
Direito enquanto lei e ordem – “realização de convivência ordenada” 
(Santi Romano)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças aoestabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
Ubi societas, ubi jus
O direito regula relações intersubjetivas
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Pessoa levantando a mão
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Pessoas se cumprimentando
Pessoa levantando a mão
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Norma jurídica
Se
nt
id
o
ju
ríd
ic
o
Imputação
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Norma jurídica
Se
nt
id
o
ju
ríd
ic
o
Imputação
Pessoa levantando a mão
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Norma jurídica
Se
nt
id
o
ju
ríd
ic
o
Imputação
Pessoa levantando a mão
votando em uma 
assembleia condominial
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Norma jurídica
Se
nt
id
o
ju
ríd
ic
o
Imputação
Pessoa levantando a mão
votando em uma 
assembleia condominial
Pessoas se cumprimentando
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Norma jurídica
Se
nt
id
o
ju
ríd
ic
o
Imputação
Pessoa levantando a mão
votando em uma 
assembleia condominial
Pessoas se cumprimentando
firmando um contrato verbal
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Norma jurídica
Se
nt
id
o
ju
ríd
ic
o Interior e 
inteligívelImputação
Teoria Geral do Direito
Fato natural
Exterior
Cognoscível a 
partir dos sentidos
Norma jurídica
Se
nt
id
o
ju
ríd
ic
o Interior e 
inteligível
Objeto do estudo da 
Ciência do Direito
Imputação
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Fato natural
Fato jurídico
Fato natural 
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Fato natural
Fato jurídico
Fato natural 
Nem sempre vai corresponder 
à realidade!
E.g.: presunções legais, 
verdade processual, etc.
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Fato
Fato jurídico
Fato não jurídico
Relação com a 
alteridade
(vide Tema 506 STF)
Não regula todas as condutas 
humanas, mas apenas aquelas que 
tem o potencial de interferir nos 
interesses dos outros
Teoria Geral do Direito
Di
re
ito
 
Co
ns
tit
uc
io
na
l
Direito 
Adminis
trativo
Direito Tributário Direito 
Penal
Direito 
Processual
Direito 
Civil
Direito Comercial
Direito 
Consumerista
Direito 
Securitário
Teoria Geral do Direito
Di
re
ito
 
Co
ns
tit
uc
io
na
l
Direito 
Adminis
trativo
Direito Tributário Direito 
Penal
Direito 
Processual
Direito 
Civil
Direito Comercial
Direito 
Consumerista
Direito 
Securitário
Conjunto de normas de 
conduta que regem as 
relações jurídicas na esfera 
civil
Pacificação social ou 
segurança jurídica
Teoria Geral do Direito
Direto = Moral?
Teoria Geral do Direito
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
“É proibido matar.”
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
“É proibido matar.”
“É proibido roubar.”
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
“É proibido matar.”
“É proibido roubar.”
“É proibido desmatar.”
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
“É proibido matar.”
“É proibido roubar.”
“É proibido desmatar.”
“É proibido mentir.”??
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
Direito ≠ Moral?
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
“Conjunto de regras obrigatórias que garante a convivência social 
graças ao estabelecimento de limites à ação de cada um de seus 
membros.” (Miguel Reale)
Direito ≠ Moral?
Moral é o conjunto de normas, princípios e costumes que orientam 
o comportamento humano, tendo como base os valores próprios a 
uma dada comunidade ou grupo social. (Cotrim)
Teoria Geral do Direito
Teoria do mínimo ético (Jeremy Benthan + Georg Jellinek)
DireitoMoral
Mínimo ético 
necessário para 
a convivência 
social
Direito é parte 
da moral à qual é 
conferida 
compulsoriedade
Teoria Geral do Direito
Crítica de Miguel Reale
DireitoMoral
Teoria Geral do Direito
Crítica de Miguel Reale
DireitoMoral
CPC: “Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das 
partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma 
participem do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; (...)”
Teoria Geral do Direito
Crítica de Miguel Reale
DireitoMoral
CPC: “Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das 
partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma 
participem do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; (...)”
Caráter jurídico
moral
Teoria Geral do Direito
Lei nº 8.934, de 1994: “Art. 35. Não podem ser arquivados:
I - os documentos que não obedecerem às prescrições legais ou regulamentares ou que contiverem 
matéria contrária aos bons costumes ou à ordem pública, bem como os que colidirem com o respectivo 
estatuto ou contrato não modificado anteriormente;”
Lei nº 6.015, de 1973: “Art. 115. Não poderão ser registrados os atos constitutivos de pessoas jurídicas, 
quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou atividades ilícitos ou contrários, 
nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do Estado e da coletividade, à ordem pública ou social, 
à moral e aos bons costumes.”
CRFB: “Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos 
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada.”
CP: “Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (...) 
III - ter o agente: a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; (...)”
Teoria Geral do Direito
Crítica de Miguel Reale
DireitoMoral
CPP: “Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a 
denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e 
ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no 
prazo de 10 (dez) dias.”
Teoria Geral do Direito
Crítica de Miguel Reale
DireitoMoral
CPP: “Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a 
denúncia ou queixa, o juiz, se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e 
ordenará a citação do acusado para responder à acusação, por escrito, no 
prazo de 10 (dez) dias.”
Caráter técnico
amoral
Teoria Geral do Direito
Crítica de Miguel Reale
?
Decreto Legislativo nº 172, de 2022: “Art. 1º Os subsídios mensais dos membros do Congresso Nacional, do 
Presidente e do Vice-Presidente da República e dos Ministros de Estado, referidos nos incisos VII e VIII do 
caput do art. 49 da Constituição Federal,são fixados nos seguintes valores: 
I - R$ 39.293,32 (trinta e nove mil duzentos e noventa e três reais e trinta e dois centavos), a partir de 1º de 
janeiro de 2023; 
II - R$ 41.650,92 (quarenta e um mil seiscentos e cinquenta reais e noventa e dois centavos), a partir de 1º de 
abril de 2023; 
III - R$ 44.008,52 (quarenta e quatro mil e oito reais e cinquenta e dois centavos), a partir de 1º de fevereiro 
de 2024; 
IV - R$ 46.366,19 (quarenta e seis mil trezentos e sessenta e seis reais e dezenove centavos), a partir de 1º 
de fevereiro de 2025. 
§ 1º É devida aos membros do Congresso Nacional, no início e no final do mandato, ajuda de custo 
equivalente ao valor do subsídio.”
Emendas de relator
Auxílios
Alteração da Lei das 
Estatais
Irretroatividade da Lei 
de Crimes Hediondos
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Prova: FCC - 2019 - Câmara de 
Fortaleza - CE - Consultor Técnico Jurídico A teoria do "mínimo ético" pode ser reproduzida 
através da imagem de dois círculos concêntricos, sendo o círculo maior o da Moral, e o círculo 
menor o do Direito. Haveria, portanto, um campo de ação comum a ambos, sendo o Direito 
envolvido pela Moral. Poderíamos dizer, de acordo com essa imagem, que "tudo o que é jurídico é 
moral, mas nem tudo o que é moral é jurídico”. (REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 
27. ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 42) Considerando o texto acima: 
(A) O Direito representa o mínimo de Moral entendido como obrigatório para que a 
sociedade possa viver harmoniosamente. 
(B) Direito e Moral se correlacionam, em todos os casos, constante e mutuamente, com a 
mesma intensidade tanto para os valores morais quanto para os imorais. 
(C) O mínimo ético expressa a totalidade da Moral, independentemente da moral estar 
contida no Direito. 
(D) Sendo o Direito contido na Moral, o mínimo ético expressa somente o que está de 
acordo com a Moral, não sendo necessariamente tema jurídico. 
(E) A teoria do mínimo ético é expressão da cultura do punitivismo no Direito.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/camara-de-fortaleza-ce
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2019-camara-de-fortaleza-ce-consultor-tecnico-juridico
Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: Câmara de Fortaleza - CE Prova: FCC - 2019 - Câmara de 
Fortaleza - CE - Consultor Técnico Jurídico A teoria do "mínimo ético" pode ser reproduzida 
através da imagem de dois círculos concêntricos, sendo o círculo maior o da Moral, e o círculo 
menor o do Direito. Haveria, portanto, um campo de ação comum a ambos, sendo o Direito 
envolvido pela Moral. Poderíamos dizer, de acordo com essa imagem, que "tudo o que é jurídico é 
moral, mas nem tudo o que é moral é jurídico”. (REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 
27. ed., São Paulo: Saraiva, 2009, p. 42) Considerando o texto acima: 
(A) O Direito representa o mínimo de Moral entendido como obrigatório para que a 
sociedade possa viver harmoniosamente. 
(B) Direito e Moral se correlacionam, em todos os casos, constante e mutuamente, com a 
mesma intensidade tanto para os valores morais quanto para os imorais. 
(C) O mínimo ético expressa a totalidade da Moral, independentemente da moral estar 
contida no Direito. 
(D) Sendo o Direito contido na Moral, o mínimo ético expressa somente o que está de 
acordo com a Moral, não sendo necessariamente tema jurídico. 
(E) A teoria do mínimo ético é expressão da cultura do punitivismo no Direito.
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/fcc
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/camara-de-fortaleza-ce
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2019-camara-de-fortaleza-ce-consultor-tecnico-juridico
Teoria Geral do Direito
Direito
Moral
A nível de conteúdo
Separação completa e necessária?
Teoria Geral do Direito
Crítica de Miguel Reale
DireitoMoral
CPC: “Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das 
partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma 
participem do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade; (...)”
Caráter jurídico
moral
Slide 36
Teoria Geral do Direito
Direito
Moral
A nível de conteúdo
Separação completa e necessária?
Há uma separação, mas não é completa e necessária! Há vários 
pontos de contato.
E.g.: exame do animus do agente.
Teoria Geral do Direito
Direito
Moral
A nível de aplicação
Há uma separação completa e 
necessária entre os critérios 
utilizados para interpretar e aplicar o Direito e a moral?
Os critérios de aplicação do Direito são sempre moralmente 
neutros?
Teoria Geral do Direito
Lei nº 8.934, de 1994: “Art. 35. Não podem ser arquivados:
I - os documentos que não obedecerem às prescrições legais ou regulamentares ou que contiverem 
matéria contrária aos bons costumes ou à ordem pública, bem como os que colidirem com o respectivo 
estatuto ou contrato não modificado anteriormente;”
Lei nº 6.015, de 1973: “Art. 115. Não poderão ser registrados os atos constitutivos de pessoas jurídicas, 
quando o seu objeto ou circunstâncias relevantes indiquem destino ou atividades ilícitos ou contrários, 
nocivos ou perigosos ao bem público, à segurança do Estado e da coletividade, à ordem pública ou social, 
à moral e aos bons costumes.”
CRFB: “Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos 
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e 
reputação ilibada.”
CP: “Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena: (...) 
III - ter o agente: a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral; (...)”
Teoria Geral do Direito
Direito
Moral
A nível de aplicação
Há uma separação completa e 
necessária entre os critérios 
utilizados para interpretar e aplicar o Direito e a moral?
Os critérios de aplicação do Direito são sempre moralmente 
neutros?
Há uma separação, mas não é completa e necessária! Há vários 
pontos de contato.
Teoria Geral do Direito
Direito
Moral
A nível de validade
O Direito pode dar validade a
uma norma imoral e a negar a 
Uma norma moral?
Sim! Há uma separação, salvo quando a moral é incorporada às 
normas de reconhecimento de validade.
CRFB: “Art. 5º. (...) XLVII - não haverá penas: (...) e) cruéis;”
Teoria Geral do Direito
Decreto-Lei nº 4.812, 
de 1942 (requisição 
administrativa de bens 
e serviços)
Fazer caridade
Lei nº 7.713, de 1988 
(institui o imposto de 
renda)≠?
Teoria Geral do Direito
Decreto-Lei nº 4.812, 
de 1942 (requisição 
administrativa de bens 
e serviços)
Fazer caridade
Lei nº 7.713, de 1988 
(institui o imposto de 
renda)
Espontaneidade: 
“Ninguém pode ser 
bom pela violência.”
Teoria Geral do Direito
Decreto-Lei nº 4.812, 
de 1942 (requisição 
administrativa de bens 
e serviços)
Fazer caridade
Lei nº 7.713, de 1988 
(institui o imposto de 
renda)
Espontaneidade: 
“Ninguém pode ser 
bom pela violência.”
Sanção interna ou 
social difusa
Não é institucionalizada, ou seja, não há regras que 
definam hipóteses, penalidades, competência, etc.
Teoria Geral do Direito
Teoria da coercibilidade
Decreto-Lei nº 4.812, 
de 1942 (requisição 
administrativa de bens 
e serviços)
Fazer caridade
Lei nº 7.713, de 1988 
(institui o imposto de 
renda)
Espontaneidade: 
“Ninguém pode ser 
bom pela violência.”
Não é institucionalizada, ou seja, não há regras que 
definam hipóteses, penalidades, competência, etc.
Art. 39. Toda a autoridade ou pessoa que, na 
vigência de estado de guerra, se recuso ou se 
subtraia à execução de uma requisição será 
possível (sic) de pena de dois a quatro anos de 
prisão com trabalho, e será processada e julgada 
pela Justiça Militar.
Lei nº 8.137, de 1990: “Art. 1° Constitui crime 
contra a ordem tributária suprimir ou reduzir 
tributo, ou contribuição social e qualquer 
acessório, mediante as seguintes condutas:”
Sanção interna ou 
social difusa
Teoria Geraldo Direito
Teoria da coercibilidade
Sanção interna ou 
social difusa
Sanção positivas ou 
negativas com 
potencial 
coercibilidade
“(...) o Direito é a 
ordenação coercível 
da conduta humana.” 
(Miguel Reale)
Teoria Geral do Direito
Teoria da coercibilidade
Sanção interna ou 
social difusa
Sanção positivas ou 
negativas com 
potencial 
coercibilidade
“(...) o Direito é a 
ordenação coercível 
da conduta humana.” 
(Miguel Reale)
Dupla função:
● Secundária e provável: estimular a 
obediência;
● Primária e certa: indicar que 
existe uma obrigação.
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Norberto Bobbio, em seu livro Teoria da Norma 
Jurídica, considera a sanção uma das mais significativas características da norma 
jurídica. Ele diferencia a sanção jurídica da sanção moral e da sanção social, pelo fato 
de a sanção jurídica ser institucionalizada. Assinale a opção que, segundo Bobbio na 
obra em referência, expressa as características da sanção institucionalizada.
(A) A sanção que obriga a consciência dos destinatários da norma e que produz um 
sentimento de culpa, que é a consequência negativa ou desagradável decorrente da 
eventual violação da norma.
(B) A sanção que resulta dos costumes e da vida em sociedade em geral, e que 
possui como fim tornar mais fácil ou menos difícil a convivência social. 
(C) A sanção que foi feita para os casos de violação de uma regra primária e que tem 
sua medida estabelecida dentro de certos termos, para ser executada por pessoas 
previamente determinadas.
(D) A sanção instituída pelo direito natural e que decorre da natureza mesma das 
coisas, da vontade de Deus e da razão humana.
Ano: 2021 Banca: FGV Órgão: OAB Norberto Bobbio, em seu livro Teoria da Norma 
Jurídica, considera a sanção uma das mais significativas características da norma 
jurídica. Ele diferencia a sanção jurídica da sanção moral e da sanção social, pelo fato 
de a sanção jurídica ser institucionalizada. Assinale a opção que, segundo Bobbio na 
obra em referência, expressa as características da sanção institucionalizada.
(A) A sanção que obriga a consciência dos destinatários da norma e que produz um 
sentimento de culpa, que é a consequência negativa ou desagradável decorrente da 
eventual violação da norma.
(B) A sanção que resulta dos costumes e da vida em sociedade em geral, e que 
possui como fim tornar mais fácil ou menos difícil a convivência social. 
(C) A sanção que foi feita para os casos de violação de uma regra primária e que tem 
sua medida estabelecida dentro de certos termos, para ser executada por pessoas 
previamente determinadas.
(D) A sanção instituída pelo direito natural e que decorre da natureza mesma das 
coisas, da vontade de Deus e da razão humana.
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB “Manter os próprios compromissos não constitui dever de 
virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação 
virtuosa (uma demonstração de virtude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. A 
doutrina do direito e a doutrina da virtude não são, consequentemente, distinguidas tanto por seus 
diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro com a 
lei”. Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral. 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
(A) O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda 
ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica. 
(B) A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por uma 
ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do sujeito 
não sejam morais. 
(C) A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade 
de impor-se pela força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a 
liberdade. 
(D) Direito e moral são absolutamente distintos. Consequentemente, cumprir a lei, ainda que 
espontaneamente, não é demonstração de virtude moral. 
Ano: 2013 Banca: FGV Órgão: OAB “Manter os próprios compromissos não constitui dever de 
virtude, mas dever de direito, a cujo cumprimento pode-se ser forçado. Mas prossegue sendo uma ação 
virtuosa (uma demonstração de virtude) fazê-lo mesmo quando nenhuma coerção possa ser aplicada. 
A doutrina do direito e a doutrina da virtude não são, consequentemente, distinguidas tanto por seus 
diferentes deveres, como pela diferença em sua legislação, a qual relaciona um motivo ou outro com a 
lei”. Pelo trecho acima podemos inferir que Kant estabelece uma relação entre o direito e a moral. 
A esse respeito, assinale a afirmativa correta. Obrigações naturais
(A) O direito e a moral são idênticos, tanto na forma como no conteúdo prescritivo. Assim, toda
ação contrária à moralidade das normas jurídicas é também uma violação da ordem jurídica.
(B) A conduta moral refere-se à vontade interna do sujeito, enquanto o direito é imposto por
uma ação exterior e se concretiza no seu cumprimento, ainda que as razões da obediência do
sujeito não sejam morais.
(C) A coerção, tanto no direito quanto na moral, é um elemento determinante. É na possibilidade
de impor-se pela força, independentemente da vontade, que o direito e a moral regulam a
liberdade.
(D) Direito e moral são absolutamente distintos. Consequentemente, cumprir a lei, ainda que
espontaneamente, não é demonstração de virtude moral.
Teoria Geral do Direito
Coercitividade e Direito Internacional?
Coercitividade e normas despenalizadas?
Ano: 2015 Banca: UFMT Órgão: DETRAN-MT As normas morais e as normas jurídicas 
são estabelecidas pelos membros da sociedade, e ambas se destinam a regulamentar 
as relações nesse grupo de pessoas. Há, então, vários aspectos comuns entre as 
normas morais e jurídicas. (COTRIM, G. Fundamentos da filosofia: história e grandes 
temas. São Paulo: Saraiva, 2013.) Sobre os aspectos comuns entre as normas morais e 
as normas jurídicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Ambas apresentam caráter histórico. 
( ) Ambas se apoiam em valores culturais.
( ) Ambas contam com a coerção legal do Estado.
( ) Ambas visam à convivência entre as pessoas. 
Assinale a sequência correta. 
(A) V, V, F, V 
(B) F, V, F, V 
(C) F, F, V, F
(D) V, F, V, F
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/detran-mt
Ano: 2015 Banca: UFMT Órgão: DETRAN-MT As normas morais e as normas jurídicas 
são estabelecidas pelos membros da sociedade, e ambas se destinam a regulamentar 
as relações nesse grupo de pessoas. Há, então, vários aspectos comuns entre as 
normas morais e jurídicas. (COTRIM, G. Fundamentos da filosofia: história e grandes 
temas. São Paulo: Saraiva, 2013.) Sobre os aspectos comuns entre as normas morais e 
as normas jurídicas, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) Ambas apresentam caráter histórico. 
( ) Ambas se apoiam em valores culturais.
( ) Ambas contam com a coerção legal do Estado.
( ) Ambas visam à convivência entre as pessoas. 
Assinale a sequência correta. 
(A) V, V, F, V
(B) F, V, F, V
(C) F, F, V, F
(D) V, F, V, F
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Teoria Geral do Direito
Como se dá o exercício da força?
Jurisdição (juris + dictio): poder de dizer o que é o 
Direito no caso concreto.
● Exercida pelo Estado;
● Exercida por autoridade não estatal.
Equivalentes jurisdicionais
● Autotutela;
● Autocomposição;
● Tribunais administrativos;
● Execução extrajudicial.
Teoria Geral do Direito
Como se dá o exercício da força?
Jurisdição (juris + dictio): poder de dizer o que é o 
Direito no caso concreto.
● Exercida pelo Estado;
● Exercida por autoridade não estatal.
Equivalentes jurisdicionais
● Autotutela;
● Autocomposição;
● Tribunais administrativos;● Execução extrajudicial.
Definitividade
Equivalentes jurisdicionais
● Autotutela: imposição da vontade de um ao outro.
Fica sujeita a controle jurisdicional posterior.
Permissivos legais: (1) desforço imediato (1.210, § 1º, CC); (2) 
legítima defesa; (3) direito de greve; (4) direito de retenção; (5) 
estado de necessidade; (6) autoexecutoriedade administrativa; etc.
Equivalentes jurisdicionais
● Autotutela: imposição da vontade de um ao outro.
A proibição ou o excesso será passível de responsabilização 
civil ou criminal (exercício arbitrário das próprias razões ou 
abuso de poder).
Equivalentes jurisdicionais
● Autocomposição: forma de solução do conflito pelo 
consentimento espontâneo em sacrificar, integral ou 
parcialmente, o interesse próprio.
É a forma prioritária de pacificação social (art. 3º, § 2º, CPC).
Equivalentes jurisdicionais
● Autocomposição: é gênero, do qual são espécies:
(a) transação: concessões mútuas;
(b) submissão: concessão unilateral. Se for feita em juízo:
(i) Pelo autor = renúncia (art. 487, III, "c", CPC);
(ii) Pelo réu = reconhecimento da procedência do 
pedido (art. 487, III, "a", CPC)
Equivalentes jurisdicionais
● Autocomposição: reestruturação do CPC:
(a) mediação e conciliação (arts. 165-175);
(b) tentativa de autocomposição prévia à defesa (arts. 334 e 695);
(c) homologação judicial de acordo extrajudicial (arts. 515 e 725);
(d) negócios processuais (art. 190).
+ autocomposição da adm. pública (Lei 13.140, arts 32-40).
(PRINCÍPIO QUE TRANSCENDE O DIREITO PROCESSUAL)
Equivalentes jurisdicionais
● Tribunais administrativos: e.g.: tribunais de contas; agências 
reguladoras (ANP, ANA, ANEEL, CADE, etc.); TJD (60 dias).
Faltam-lhe a aptidão para formação de coisa julgada material e a 
insuscetibilidade de controle externo.
Tribunal marítimo (Lei 2.180): regra (equivalente), exceção (arbitral).
Equivalentes jurisdicionais
● Execução extrajudicial:
Lei nº 9.514, de 1997: “Art. 26. Vencida e não paga, no todo ou em 
parte, a dívida e constituído em mora o fiduciante, consolidar-se-á, nos 
termos deste artigo, a propriedade do imóvel em nome do fiduciário.”
+ arts. 216-A e 216-B da Lei nº 6.015, de 1973.
PL 6.204/2019 (agentes de execução): 
https://www.congressonacional.leg.br/materias/materias-bicamerais/-/
ver/pl-6204-2019
https://www.congressonacional.leg.br/materias/materias-bicamerais/-/ver/pl-6204-2019
Teoria Geral do Direito
Natureza do Direito (Ontognoseologia jurídica)
Fato
Fato jurídico
Fato não jurídico
Relação com a 
alteridade
(vide Tema 506 STF)
Slide 22
Teoria Geral do Direito
Bilateralidade atributiva (Miguel Reale)
Fato jurídico
Teoria Geral do Direito
Bilateralidade atributiva (Miguel Reale)
Fato jurídico
Norma jurídica
Teoria Geral do Direito
Bilateralidade atributiva (Miguel Reale)
Fato jurídico
Norma jurídica
Teoria Geral do Direito
Bilateralidade atributiva (Miguel Reale)
Fato jurídico
Norma jurídica
“uma proporção intersubjetiva, em função da qual os 
sujeitos de uma relação ficam autorizados a pretender, 
exigir, ou a fazer, garantidamente, algo.”
Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-RO Prova: CESPE - 2012 - DPE-RO 
- Defensor Público Considerando os conceitos de direito e de moral, assinale a opção 
correta à luz da filosofia do direito.
(A) Kant desenvolveu a teoria do mínimo ético, segundo a qual o direito representa todo 
o conteúdo moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver minimamente.
(B) Hans Kelsen formulou a teoria da bilateralidade atributiva, asseverando que a moral 
não se distingue do direito, mas o complementa por meio da bilateralidade ou 
intersubjetividade.
(C) Christian Thomasius propôs a distinção entre o direito e a moral, sob a inspiração 
pufendorfiana, com base na ideia de coação.
(D) Thomas Hobbes desenvolveu a teoria da atributividade, segundo a qual direito e 
moral estão inter-relacionados, tendo ambos origem no direito natural.
(E) Max Scheler preconizava uma espécie de moral pura, condição para a existência de 
um comportamento que, guiado pelo direito e pela ética, não muda segundo as 
circunstâncias.
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/dpe-ro
https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2012-dpe-ro-defensor-publico
Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-RO Prova: CESPE - 2012 - DPE-RO 
- Defensor Público Considerando os conceitos de direito e de moral, assinale a opção 
correta à luz da filosofia do direito.
(A) Kant desenvolveu a teoria do mínimo ético, segundo a qual o direito representa todo 
o conteúdo moral obrigatório para que a sociedade possa sobreviver minimamente.
(B) Hans Kelsen formulou a teoria da bilateralidade atributiva, asseverando que a moral 
não se distingue do direito, mas o complementa por meio da bilateralidade ou 
intersubjetividade.
(C) Christian Thomasius propôs a distinção entre o direito e a moral, sob a inspiração 
pufendorfiana, com base na ideia de coação.
(D) Thomas Hobbes desenvolveu a teoria da atributividade, segundo a qual direito e 
moral estão inter-relacionados, tendo ambos origem no direito natural.
(E) Max Scheler preconizava uma espécie de moral pura, condição para a existência de 
um comportamento que, guiado pelo direito e pela ética, não muda segundo as 
circunstâncias.
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Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI -
Promotor de Justiça Substituto
Considerando as relações entre direito e moral, assinale a opção correta. 
(A) É próprio do direito e da moral o atributo da imperatividade, de modo que tanto ao 
destinatário do comando jurídico quanto ao do comando moral não apenas se determina 
que se faça algo, mas também se assegura o poder de exigir que se cumpra o 
determinado. 
(B) A rigorosa tipicidade dos imperativos morais e jurídicos é uma exigência que permite 
que se obtenha o respeito às pretensões e às prestações moral e juridicamente válidas. 
(C) Tanto a moral quanto o direito se caracterizam pela espontaneidade e pela 
insuscetibilidade à coação. 
(D) A norma moral visa, de maneira imediata e prevalecente, ao bem individual ou aos 
valores da pessoa; a norma jurídica, a seu turno, visa ao bem social ou aos valores de 
convivência. 
(E) Tanto o campo jurídico quanto a esfera moral se caracterizam pela predeterminação e 
pela declaração formal do conteúdo de suas regras. 
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https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/cespe-2019-mpe-pi-promotor-de-justica-substituto
Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2019 - MPE-PI -
Promotor de Justiça Substituto
Considerando as relações entre direito e moral, assinale a opção correta. 
(A) É próprio do direito e da moral o atributo da imperatividade, de modo que tanto ao 
destinatário do comando jurídico quanto ao do comando moral não apenas se determina 
que se faça algo, mas também se assegura o poder de exigir que se cumpra o 
determinado. 
(B) A rigorosa tipicidade dos imperativos morais e jurídicos é uma exigência que permite 
que se obtenha o respeito às pretensões e às prestações moral e juridicamente válidas. 
(C) Tanto a moral quanto o direito se caracterizam pela espontaneidade e pela 
insuscetibilidade à coação. 
(D) A norma moral visa, de maneira imediata e prevalecente, ao bem individual ou aos 
valores da pessoa; a norma jurídica, a seu turno, visa ao bem social ou aos valores de 
convivência. 
(E) Tanto o campo jurídico quanto a esfera moral se caracterizam pela predeterminação e 
pela declaração formal do conteúdo de suas regras. 
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