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OTITE MÉDIA AGUDA E OTITE COM EFUSÃO OTITE CRÔNICA

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OTITE MÉDIA AGUDA E OTITE COM EFUSÃO 
 
A orelha média começa a partir da membrana 
timpânica, com a cadeia ossicular, é uma caixa 
timpânica com comunicação apenas com a tuba 
auditiva. Tuba auditiva: equalização da pressão 
atmosférica e orelha média e mantém o 
arejamento da orelha media, através da sua 
abertura intermitente. A orelha média faz 
comunicação com a nasofaringe através da tuba 
auditiva; 
Nasofaringe -> orofaringe -> hipofaringe 
comunicação com a laringe 
É necessário que tenha o espaço para que tenha 
a vibração 
Otite média aguda 
Uma das causas mais comuns de atendimento 
médico na infância podendo acometer qualquer 
faixa etária; 
É uma inflamação da orelha média com presença 
de secreção de início súbito acompanhado de 
sinais e sintomas de inflamação; 
Possui dois picos de incidência: entre 6 meses e 2 
anos de idade (36 meses) e o segundo entre 4 e 7 
anos de idade; 
 Até 2 anos de idade tem acometimento 
bilateral, e após pode ser unilateral. 
Fatores de risco 
Idade; 
Creches e berçários – principalmente antes dos 2 
anos de idade (imaturidade imunológica); 
Genético para otite (pais que apresentaram otite 
média aguda na infância); 
Curta duração do aleitamento materno (< 6 
meses); 
Posição de alimentação – posição mais 
horizontalizada como mamadas e mamadeira 
facilitando a entrada do alimento na orelha 
média 
Pais fumantes; 
Atopias (alergias); 
Baixo nível socioeconômico; 
Agentes etiológicos 
S. pneumoniae, H. Influenzae, Moraxella 
catarrhalis, Streptococcus pyogenes (é presente 
em toda cavidade nasal), S aureus, Pseudomonas 
aeruginosa (essas duas ultimas é mais comum em 
ambiente hospitalar). 
-> Até 2 anos de idade o mais comum são os 
agentes etiológicos virais 
Fisiopatologia 
Vias de propagação: rinofaríngea 
A tuba auditiva é crucial no mecanismo de 
proteção, ventilação e drenagem de secreções da 
orelha média; 
Ela sendo inflamada, as suas funções vão ficar 
prejudicadas. Permitindo o trajeto inverso de 
secreção, do nariz para a orelha média (o normal 
é levar da orelha média para a rinofaringe) 
Edema da mucosa da rinofaringe e tuba auditiva 
longo de um quadro de infecções virais das vias 
aéreas superiores; 
A contaminação por ascenção de vírus ou 
bactérias da rinofaringe até a orelha média; 
É uma tuba auditiva com disfunção!!! 
Na criança, a TA é mais horizontalizada, tornando 
–a mais propícia ao refluxo de material nasal. 
Fatores favorecedoras 
- Hipertrofia das adenoides – aumentando a 
secreção ou bloqueando a tuba auditiva, pode 
ajudar a ter mais otites medias de repetição, no 
adulto não existe adenoide; 
- Alterações da função mucociliar da tuba – 
tecido da mucosa deficitária, sem fazer seu papel 
direito, havendo um acúmulo de muco; 
- Fenda palatina – a tuba auditiva tem inserções 
no palato 
Quadro clínico 
Quadro de infecção da via aérea superior -> 
edema da tuba auditiva -> acúmulo de fluído e 
muco na orelha média -> contaminação por 
agentes bacterianos 
 
- Otalgia súbita após estado gripal – causada pela 
distensão da membrana timpânica; 
- Hipoacusia – causada pela secreção na orelha 
média; 
- Plenitude auricular e ruídos subjetivos; 
A dor diminui à medida que se diminui a pressão 
na orelha média (pela perfuração da membrana 
timpânica); 
- Otorreía pode ta presente ou não 
Diagnostico 
Exame físico 
Abaulamento da membrana timpânica; 
 
Hiperemia; 
 
(colocar imagem de otoscopia normal x abaulada, 
hiperemiada) 
Exames complementares 
Não é necessário exames complementares 
 Diagnóstico é clínico!!! 
Tratamento 
Em crianças 
Agente etiológico mais comum é vírus!! 
Observação utilizando apenas medicamentos 
sintomáticos e reavaliar em 48 – 72hrs com 
otoscopia. A maioria tem resolução espontânea 
sem necessidade de ATB; 
Analgesia: ibuprofeno, dipirona, paracetamol por 
VIA ORAL 
 Não usar gotas!!!! Não vai chegar na tuba 
auditiva 
Corticoide: pode ser indicado na presença de 
obstrução nasal, 3 – 5 dias em dose baixa; 
 Anti histamínicos e descongestionantes 
não são recomendados 
Quando desconfiar de etiologia bacteriana? Febre 
persistente, otalgia de aparecimento súbito 
(toque doloroso com choro intenso, alterações do 
sono), vomito ou diarreia com menos de 2 anos 
de idade, otorreia + otalgia intensa nas ultimas 
48hrs; 
No adulto 
- Antibioticoterapia: 
1 escolha: Amoxicilina 50mg/kg/dia 2 ou 3x ao dia 
Nos casos de história pregressa de OMA ou uso 
de amoxicilina nos últimos 30 dias: 
- Amoxicilina em altas doses 70 – 90mg/kg/dia 
duas a três vezes ao dia por 10 dias; 
- Amoxicilina com clavulonato 40 a 60 mg/kg/dia 
duas a três vezes ao dia por 10 dias 
- Axetilcefuroxima 30 mg/kg/dia duas vezes por 
dia; 
Em pacientes alérgicos à penicilina: 
- Claritromicina 15mg/kg/dia duas vezes ao dia 
por 10 dias 
- Eritromicina 50mg/kg/dia três vezes ao dia por 
10 dias; 
Se não conseguir por via oral: 
- Ceftriaxona intramuscular 
Otite média com efusão 
É a presença do fluído (seroso ou mucoso) na 
orelha média sem perfuração da membrana 
timpânica e sem sinais ou sintomas de 
inflamação; 
É um fluído claro, fino, sem aspecto purulento; 
Redução da mobilidade da membrana, formando 
barreira na condução da onda sonora. 
Não há agente etiológico, não existindo processo 
inflamatório; 
Fatores de risco semelhante ao OMA, mas se 
destaca alergias e refluxo. 
Quadro clínico 
Quando suspeitar? Alterações auditivas como: 
- falta de atenção, dificuldade em acompanhar 
conversas em volume normal, pedir pra 
aumentar volume; 
- alteração do desempenho escolar; 
- atrasos da linguagem; 
- dificuldade de entender frases; 
- sensação de ouvido tampado; 
- manipulação da orelha, irritabilidade excessiva 
ou alterações de sono; 
- problemas de equilíbrio 
 é muito mais do que sintomatologia 
auditiva 
atraso de linguagem + alteração de 
comportamento -> investigar Otite média de 
efusão; 
Diagnóstico 
Exame físico 
Otoscopia: 
Pode ser visualizado de bolhas ou nível 
hidroaéreo, alteração na coloração da membrana 
(fica opaca ou âmbar), aumento da 
vascularização, retração da membrana; 
Exames complementares 
- Audiometria: em crianças a partir de 6 anos 
É esperado perda do tipo condutiva na OM com 
efusão 
Tonal e vocal – impacto na compreensão da fala; 
- Impedanciometria ou imitanciometria ou 
timpanometria: avaliação da complacência da 
membrana timpânica (CURVA B–ALTERAÇÃO OM) 
SEMPRE FAZER AUDIOMETRIA + 
IMPEDANCIOMETRIA 
Tratamento 
Observação clínica por um período de 3 meses, 
acompanhando mensalmente com 
impedanciometria e audiometria para verificar se 
há a normalização de curva; 
Tem casos que crianças com fatores de risco para 
atraso de linguagem, fala e dificuldade de 
aprendizado tem que intervir!!! 
Cirurgia- timpanotomia com colocação de tubo 
de ventilação – objetivo é permitir a drenagem do 
que está na orelha média para o meio externo 
fica 6 meses a 1 ano, o organismo que expulsa o 
tubo. 
Otite média crônica 
 Inflamação de longa duração da mucosa da 
orelha que pode ser usualmente consequência de 
um processo agudo prévio. 
Apresenta perfuração timpânica!!! 
Etiologia 
Fatores como traumas na membrana timpânica 
ou OMA supurada; 
Fatores agravantes como doenças sistêmicas, 
infecciosas, imunológicas; 
Má aeração da OM: alterações da mucosa -> 
baixa pressão da cavidade timpânica -> 
agravamento da disfunção tubária, gerando uma 
possível retração ou perfuração -> OMC 
Quadro clínico 
Semelhante a uma OMA 
- Otorreia e hipoacusia; 
- Otalgia, zumbido, vertigem ou paralisia facial; 
-> no EF: perfuração da membrana timpânica 
sempre 
Divisão: 
- Otite média crônica simples 
- Otite média crônica supurada não – 
colesteatomatosa; 
- Otite média crônica colesteatomatosa; 
O que diferencia é a caracterização delas 
1. Otite média crônica simples 
Perfuraçãoda membrana timpânica 
apresentando alterações da OM e mastoide não 
permanentes. 
 Ausência de otalgia, otorreia intermitente 
e longos períodos de acalmia. 
2. Otite média crônica suputada não 
colesteatomatosa 
Otorreia constante ou quase constante, com 
pouco período de acalmia, maior hipoacusia.; 
Normalmente só cessa com uso de ATB 
3. Otite média crônica supurada 
colesteatomatosa 
Presença de epitélio escamoso estratificado 
queratinizante dentro do OM. 
Otorreia é a queixa principal, constante e com 
intervalos de melhora, sem o desaparecimento 
por completo. De odor fétido e amarelado. 
Hipoacusia, zumbido. 
Como diferenciar? 
1. OMC Simples: otorreia intermitente; 
2. OMC Não-Colesteatomatosa: otorreia 
constante ou quase constante, com poucos 
episódios de calmaria; 
3. OMC Colesteatomatosa: otorreia permanente 
com odor fétido e amarelado

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