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Sífilis Congênita

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1 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
SÍFILIS CONGÊNITA 
Introdução: 
• Doença prevenível se pré-natal adequado; 
• Aumento da incidência: 
o Indisponibilidade da Penicilina (de 2004 a 
2010 anos estava em falta por carência de 
matéria prima), 
o Subdiagnósticos, 
o Seguimento inadequado (falta de 
informação no núcleo familiar ou do 
próprio profissional); 
o Despreparo dos envolvidos; 
• Altas taxas de infecção: 
o Mães com sífilis primária e secundária: 70 
a 100% de transmissão; 
o Sífilis terciária: taxa de transmissão em 
torno de 30% (maior risco de isolamento 
da bactéria no SNC). 
Objetivo: 
• Esclarecer como realizar: 
o Rastreio 
o Acompanhamento; 
o Diagnóstico; 
o Tratamento. 
• Elucidar a importância da prevenção 
Epidemiologia: 
Doença de notificação compulsória obrigatória. 
• Gestante com sífilis: 2005; 
• Sífilis Congênita:1986 
 Notificações possibilitam a criação de boletins 
epidemiológicos para avaliarmos a evolução da 
doença. 
 Há um aumento de casos que está relacionado ao 
aumento das notificações (em algumas regiões do 
país existem de fato maior numero de casos por 
baixa assistência em saúde). 
Organização Mundial da Saúde (OMS): Mais de 1 
milhão de casos de infecções sexualmente 
transmissíveis/ dia. (A sífilis é uma das mais 
frequentes). 
A sífilis congênita: 
• Ocorre em qualquer fase da gravidez; 
• Maior risco nas formas primária e secundária 
(quanto mais aguda, maior o risco); 
• Maior transmissão após 16ª – 18ª semanas de 
gestação (mas é transmitida em qualquer fase da 
gestação); 
• 300 mil mortes fetais e neonatais por ano no 
mundo. 
• Risco de morte prematura em 200 mil crianças. 
• A sífilis congênita é diagnosticada em apenas 1 a 2 
% nos RN das mulheres tratadas adequadamente, 
e de 70 a 100% entre as não tratadas. 
• Ausência de tratamento: 
o Resulta em 11% morte fetal a termo; 
o 13% de parto prematuro ou baixo peso; 
o 20% com sinais sugestivos de sífilis 
congênita. 
• Mães com sífilis primária, secundária ou adquirida 
nos últimos 4 anos e não foram tratadas tem 
maiores riscos de: 
o Prematuridade; 
o Hidropsia fetal; 
o Morte perinatal; 
o Infecção congênita (70 a 100%). 
• Mães com sífilis latente (terciária) adquirida há 
mais de 4 anos, o risco de infecção congênita é de 
30% (mas são crianças mais propensas a sequelas 
neurológicas graves) 
• Infecções agudas tem maiores chances de 
acometimento grave durante a gestação. 
• Evolução: 
o Casos sintomáticos: 1/3; 
o Casos assintomáticos ao nascimento: 2/3 
(muitas vezes as crianças nascem 
assintomáticas e podem apresentar 
sintomas em torno dos 3 meses de vida); 
o Aborto ou natimorto: 20 a 40%. 
Boletim epidemiológico (2020): Taxa de detecção de sífilis 
adquirida (por 100.000 habitantes), taxa de detecção de 
sífilis em gestantes e taxa de incidência de sífilis cogênita 
(por 1000 nascidos vivoa), segundo ano de diagnóstico. 
Brasil, 2010 – 2019. 
 
 
2 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
 É possível observar que os números de casos de 
sífilis congênita e sífilis em gestantes está 
aumentando. 
A região sudeste apresenta a maioria dos casos notificados, 
enquanto a região centro-oeste e norte estão com baixos 
níveis de incidência. Isso se deve ao rastreio e realização 
das notificações, que é maior nas regiões sul e sudeste. 
Etiologia: 
Formas de transmissão de infecção materna pelo 
Treponema pallidum: 
• Disseminação hematogênicas 
• Via transplacentária 
• Lesões ativas (presentes na região genital da 
gestante, com grandes quantidades de treponema. 
No momento do parto, a criança passa pelo canal 
e se contamina). 
 Quando internamos crianças com lesões pelo 
treponema, é importante fazer prevenção de 
contato – As lesões inflamatórias agudas recentes 
têm grandes quantidades de treponema, podendo 
infeccionar o profissional e outras crianças. 
• Bactérias gram-negativas 
• Grupo das espiroquetas (forma espiralada) 
• Extremamente frágil (ao ambiente e a produtos 
químicos): Não cultiváveis in vitro 
• Não visível sob microscopia óptica: requer 
microscopia em campo escuro. 
Estágios da sífilis no adulto: 
 
 
Na gestante: 
 Em todas as gestantes deve ser realizado teste não 
treponêmico (VDRL) na primeira consulta de pré 
natal, repetindo o exame no início do terceiro 
trimestre e também no momento do parto. Em 
outros momentos, se houver história de 
exposição. 
 Feito diagnóstico: inicia-se o tratamento 
prontamente. 
 Se FTA-Abs positivo: repetir o tratamento. 
 
 
 
3 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
TRATAMENTO DA GESTANTE 
 Importante também investigar e tratar o parceiro 
 
 
 Notificar os casos de gestantes não tratadas ou 
inadequadamente tratadas (RN exposto à sífilis- 
caso suspeito). 
 O RN exposto ao treponema precisa ser 
acompanhado (pode ser confirmado o diagnóstico 
após o nascimento). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA SÍFILIS CONGÊNITA: 
• Infecção intra-uterina 
• Sífilis precoce: reações inflamatórias agudas → 
Tratamento nessa fase é eficaz. 
• Sífilis tardia: Lesões cicatriciais – o tratamento não 
é tão eficaz. 
Infecção intra-uterina: 
• Prematuridade, baixo peso, aborto, natimorto, 
morte neonatal. 
 Investigar mães com feto que está com 
crescimento intrauterino restrito. 
• Aborto por sífilis: 
o Perda gestacional, antes de 22 sem. de 
idade gestacional ou com peso < 500 gr, 
cuja mãe é portadora de sífilis tratada ou 
inadequadamente tratada. 
• Óbito fetal (natimorto) por sífilis: 
o Feto morto, após 22 sem. de IG ou com 
peso ≥ a 500 gr, cuja mãe é portadora de 
sífilis tratada ou inadequadamente 
tratada. 
Sífilis Precoce: 
 Criança acabou de ser infectada pela bactéria e 
isso levará a uma cascata inflamatória aguda. 
 É extremamente importante realizar diagnóstico e 
instituir o tratamento adequado nessa fase, para 
não evoluir com lesões definitivas. 
• Lesões aguda, secretivas e dolorosas que se não 
forem tratadas corretamente, passará para a fase 
tardia. 
• Até 2 anos de idade; 
• Análoga à Sífilis secundária do adulto; 
• Maioria assintomática; 
• Expressão clínica discreta ou pouco específica ao 
nascimento, evoluindo com quadro característico 
com o passar dos meses; 
• Não há avaliação complementar precisa (dificulta o 
diagnóstico); 
• Gravidade variada (assintomática, sintomas pouco 
específicos ou crianças que nascem grave evoluem 
para sepse e choque séptico); 
 A maioria dos casos são assintomáticos ou com 
lesões sutis ao nascimento. 
• Atenção para critérios epidemiológicos clínicos e 
laboratoriais; 
• Ao nascer: baixo peso, prematuridade, hidropsia 
fetal 
 Hidropsia denota grande sofrimento fetal 
intrauterino, que gera alterações de distribuição 
hídrica importante. Os RN vivos 
costumam apresentar derrame 
pleural, derrame pericárdico, 
ascite, grande edema com perda 
de líquido para o terceiro espaço, 
insuficiência cardíaca e renal – 
grande chance de morte 
intraútero). 
Alterações cutâneas: 
• Pênfigo; 
• Condiloma plano; 
• Icterícia: precoce (nas 24 primeiras horas de vida 
indicam gravidade) ou duradoura, 
• Petéquias- púrpuras (lesões por alterações 
sanguíneas); 
• Fissuras- rágades (orifícios); 
• Paroníquia; 
• Sifílides máculo papulosas. 
 
4 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
 
 Pênfigo (lesões bolhosas que se desfazem) e 
Condiloma plano são os mais comuns. 
 São lesões dolorosas -face de dor. 
Lesões ósseas e articulares: 
 Solicitar RX de ossos longos (mesmo na criança 
assintomática – mandatório na suspeita), pois é 
preciso analisar estrutura óssea, borda dos ossos e 
articulação. 
 Gera muita dor óssea, que faz com os RN fiquem 
paralisados. 
 São lesões inflamatórias dos ossos. 
• Periostite- osteíte; 
• Osteocondrite metafisária (afeta o crescimento); 
• Pseudoparalisia de Parrot (RN paralisadospela dor 
intensa); 
• Rarefação óssea (por lesão inflamatória). 
 
 Aplainamento das articulações, metáfises ósseas 
rarefeitas (alteram o crescimento infantil), 
rarefação óssea e periostite 
 Sinal de Wimberger: rarefação da metáfise óssea. 
É patognomônico da sífilis. 
Alterações respiratórias: 
• Desconforto respiratório (invasão do parênquima 
pulmonar); 
• Rinite sero- sanguinolenta (é muito característica 
da sífilis); 
• Pneumonia alba (hipotransparência bilateral 
difusa). 
 
Alterações neurológicas: 
 Treponema tem grande tropismo pelo SNC 
• Convulsão; 
• Meningite; 
• Irritabilidade. 
 Também pode ficar sonolento, hipoativo, 
prostrado. 
Alterações viscerais: 
• Hepatomegalia (pode ter alteração de enzimas 
hepáticas que geram quadro de icterícia neonatal); 
• Esplenomegalia; 
• Adenomegalias; 
• Nefrites (quadro de queda de diurese ou IR); 
• Hepatites; 
• Coriorretinite “sal pimenta” (visto através da 
fundoscopia – deve ser realizado exame de fundo 
de olho no RN com sífilis); 
• Pancreatite (grave, de difícil transmissão). 
 
Alterações laboratoriais: 
• Anemia (expoliação dos glóbulos vermelhos) 
• Plaquetopenia (pode gerar manifestações 
hemorrágicas) 
• Leucocitose; 
• Leucopenia (com a evolução da doença, evolui de 
leucocitoses para leucopenia). 
Sífilis tardia: 
 Lesões cicatriciais – permanentes. 
• Acontece depois dos 2 anos de idade; 
• Lesões análogas a sífilis terciária no adulto 
(acometem importantes estruturas do organismo); 
• Maior expressão clínica e mais específica; 
• Atenção para critérios epidemiológicos, clínicos e 
laboratoriais; 
 
5 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
• Atenção para exposição sexual da criança (sempre 
levantar a história de vida da paciente) 
 Pode acontecer após os 2 anos de idade em 
crianças que sofreram abuso sexual e começam 
apresentar feridas que são tratadas considerando 
um outro diagnóstico (por serem inespecíficas, 
sutis), e posteriormente evoluem com lesões 
cicatriciais. 
Tríade de Hutchson: 
• Dentes de Hutchinson (dentes erosados e 
pontiagudos nas bordas); 
• Ceratite intersticial (pupilas esbranquiçadas); 
• Surdez neurossensorial (acometimento de SNC 
irreversível). 
 
Alterações ósseas e articulares: 
 São definitivas 
 Desenvolvimento anormal da estrutura óssea. 
• Tíbia em lâmina de sabre (osso estará muito 
afinalado e com diâmetro antero posterior 
aumentado); 
• Alterações ósseas e articulares; 
• Fronte olímpica; 
• Nariz em sela; 
• Escápula escafóide; 
• Palato em ogiva; 
• Mandíbula curta. 
 
Outras alterações frequentes: 
• Molares em amora; 
• Rágades (em orifícios – nariz, ânus, vagina, boca); 
• Cirrose hepática; 
• Lesões crônicas no SNC. 
 
 
 
 Rágades seguem friáveis, sangrentas e dolorosas. 
 
DIAGNÓSTICO: 
• Anamnese materna 
• Anamnese, exame físico e complementar da 
criança; 
Inespecíficos: 
 Criança que chega com uma alteração clínica 
inespecífica: solicitar vários exames para descartar 
outras causas. 
• Hemograma completo; 
• Bilirrubinas séricas; 
• Enzimas hepáticas; 
• Raio X; 
• Função renal 
Específicos: 
 O melhor é quando conseguimos isolar o agente 
infeccioso, mas sabemos treponema é 
extremamente frágil, o que dificulta o diagnóstico. 
Demonstração direta do T. pallidum: padrão ouro 
• Microscopia em campo escuro: 
o Sensibilidade: 74 a 86% 
o Especificidade: até 97% 
• Imunofluorescência direta: 
o Sensibilidade: 73 a 100% 
o Especificidade: 89 a 100% 
 
Testes sorológicos: 
Não treponêmicos: 
 Anticorpos não específicos para o treponema 
pallidum. 
• Qualitativos: Amostra reagente ou não reagente. 
 
6 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
• Quantitativos: título dos anticorpos das amostras 
reagentes. 
 Titulação permite acompanhar o tratamento (se 
diminui indica melhora). 
• VDRL/ RPR: 
o Para triagem sorológica; 
o Elevada sensibilidade; 
o Gera titulação; 
o Acompanha tratamento; 
o Simples, rápido, barato; 
o Falso positivo e negativo. 
 
Treponêmicos: 
• Anticorpos específicos para o Treponema pallidum 
• Qualitativos: amostra reagente ou não 
 FTA- Abs uma vez reagente será sempre reagente. 
• Realizados quando temos dúvida do VDRL e 
queremos confirmar o diagnóstico. 
• TPHA/ FTA-Abs/ ELISA 
o Para confirmação 
o Elevada especificidade; 
o Não usado para triagem; 
o Não acompanha tratamento; 
o Complexidade para realização; 
o Exclui falso positivos 
 
Estudo do líquor: 
• Celularidade 
• Perfil proteico 
• VDRL (obrigatório tratar com medicação que 
ultrapasse a barreira hemato encefálica – 
Penicilina cristalina) 
 
 
Estudo de imagem: 
RX de ossos longos: 
• Osteocondrite, osteíte e periostite em metáfise e 
diáfise de ossos longo: 
o 75% a 100% dos casos sintomáticos 
o 4% a 20% dos assintomáticos infectados. 
• Sensibilidade desconhecida nos casos 
assintomáticos. 
DEFINIÇÃO DE CASO: 
 DIAGNÓSTICO DE SÍFILIS NEONATAL. 
 
Mãe com sífilis inadequadamente tratada: 
• Não usou penicilina; 
• Tratamento inadequado para a fase; 
• Tratamento incompleto; 
• Tratamento iniciado < 30 dias antes do parto; 
• Parceiro não tratado 
 
 
7 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
 
Diagnóstico diferencial: 
• Rubéola; 
• Toxoplasmose; 
• Citomegalovírus; 
• Herpes; 
• Parvovirose; 
• Sepse; 
• Epidermólise bolhosa; 
• Lesão de plexo braquial; 
• Anemias hemolíticas; 
• Erro inato do metabolismo; 
• Hepatites. 
 Fazer o rastreio de todas as outras infecções 
congênitas. 
TRATAMENTO: 
 É diferente para o período neonatal e pós natal 
Neonatal: 
 
 Não é necessário pedir VDRL para definir o 
tratamento do RN (todos os RN serão tratados, 
independente dos títulos de VDRL). 
• Utiliza o VDRL para fazer titulação: 
acompanhamento do tratamento. 
• A fundoscopia é importante. 
• Alteração liquórica: utilizar penicilina cristalina, 
pois ela atravessa a barreira hematocefálica. 
• Na impossibilidade de acompanhar o tratamento 
da criança: tratar por 10 dias com penicilina 
cristalina ou procaína. 
 
• Mesmo que a mãe tenha sido tratada, nós 
devemos solicitar VDRL (RN pode ter sífilis ou não). 
• Se o VDRL for maior que o da mãe: é sífilis 
congênita. 
 
• VDRL ≤ materno: deve acompanhar o RN. Na 
impossibilidade de acompanhamento: realizar 
tratamento. 
• VDRL não reagente: acompanhar a criança. Na 
impossibilidade de acompanhamento: tratar com 
penicilina benzatina. 
Penicilina cristalina: 
 Utilizada quando há acometimento do SNC 
• Dose de 50.000 UI/kg/dose 
• 12/12h durante os primeiros 7 dias e, após, 8/8 até 
completar 10 dias; 
• Intravenosa (criança necessita ficar internada) 
 
 
8 P2 Pediatria II – Maria Luisa 
Penicilina procaína: 
• Dose de 50.000 U/Kg/dia; 
• Dose única diária por 10 dias; 
• Intramuscular (criança não precisa ficar internada 
se tiver acesso ao tratamento nos postos de 
saúde). 
Penicilina G benzatina: 
• Dose 50.000 UI; 
• Dose única; 
• Intramuscular. 
Às vezes é necessário repetir o tratamento das crianças, 
quando se é realizado o seguimento. 
Pós natal: 
• Conforme preconizado 
• Atenção para o intervalo das aplicações 
o Penicilina G cristalina: 4 em 4 horas 
o Penicilina G procaína: 12 em 12 horas 
• Mesmas doses recomendadas 
 
 Ceftriaxone entrou como escolha por falta de 
penicilina no mercado. Não se sabe se haverá 
sequelas a longo prazo nas não tratadas com 
Penicilina. 
CRITÉRIOS DE CURA OU NOVO TRATAMENTO: 
Mãe 
• Cura: queda de 2 ou mais títulos (1:32 p/ 1:8); 
• Retratamento: Aumento de 2 diluições (1:16 p/ 
1:64) 
Criança 
• Cura: Sorologia negativa em 6 meses de vida. 
• Melhora clínica, radiológica e laboratorial. 
• Retratamento: VDRL reagente/ ascendente no 6º 
mês 
SEGUIMENTO: 
Consultas 
• Mensal até 6 meses de vida; 
• Bimensal de6 até 12 meses de vida. 
Sorologias 
• VDRL com 1, 3, 6, 12 e 18 meses (para 
acompanhamento da titulação); 
• Interromper quando negativo; 
• Repetir em qualquer momento, se sinais clínicos; 
• Reinvestigar e tratar, se não negativar ou elevar 
título até 18 meses. 
Acompanhamento multidisciplinar 
• Semestral até 2 anos de vida; 
• Neurológico, oftalmológico e audiológico 
Reavaliação liquórica 
 Só interromper avaliação se o exame liquórico vier 
normal 
• Nos casos de LCR alterado 
• A cada 6 meses até normalização 
• Reinvestigar e tratar, se as alterações persistirem 
PREVENÇÃO 
• Tratamento adequado; 
• Integração com outros programas de saúde; 
• Sistemas de vigilância locais; 
• Aconselhamento; 
• Interrupção da cadeia de transmissão; 
• Rastreio e tratamento do(s) parceiro(s); 
• Educação em saúde.

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