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Semiologia de pequenos animais - exame clínico, contenção, aparelho auditivo, sistema tegumentar

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Semiologia – pequenos animais
Patologia – não é sinônimo de doença
Diagnóstico
Capacidade de identificação de uma doença!
 Clínico, terapêutico, anatômico, etiológico
Erros de diagnósticos: principais causas:
· Histórico superficial ou somente baseado nas informações cedidas pelo tutor
· Exame físico feito às pressas
· Precipitação em tratas o paciente antes do estabelecimento do diagnóstico
· Domínio insuficiente das técnicas utilizadas no exame físico
*Diagnóstico nunca deve ser pautado em achismos e adivinhações*
ANAMNESE (50%) + EXAME FÍSICO (35%) + EXAMES COMPLEMENTARES (15%) = DIAGNÓSTICO 
Prognóstico
Evolução e prováveis consequências da doença
 Bom: perspectiva de evolução favorável
 Reservado: evolução imprevisível (ex: cinomose)
 Ruim: evolução desfavorável (óbito)
Exame clínico
Etapas com o objetivo de reunir o maior número de dados para estabelecer o diagnóstico 
· Resenha: identificação do paciente 
 Raça: rottweilers (parvovirose), siamês (bronquite crônica)
 Espécies: cão (cinomose), gato (pif)
 Sexo: macho (prostatopatias), fêmeas (piometra)
 Idade: jovens (parasitismo), idosos (neoplasias)
· Anamnese
Etapa crucial do exame clínico
Cuidado com relatos distorcidos pelo tutor
 QP
 Revisão dos sistemas
 Manejo: domiciliado, contactantes, nutrição, IMUNIZAÇÕES 
· Exame físico
Material básico: contenção, luvas, termômetro, estetoscópio, otoscópio, espéculo vaginal
 Métodos semiológicos: inspeção (visão), palpação (tato), auscultação (audição), percussão (tato) e olfação (olfato)
· Inspeção: direta ou indireta
 Nível de consciência – apático, alerta ou normal
 Estado nutricional – caquético, magro/emaciado, normal ou obeso 
· Palpação: sentido crânio-caudal
 Uso das mãos para exame de estruturas superficiais e/ou profundas
 Cães de pequeno e médio porte e gatos: em estação
 Cães grandes: decúbito lateral
· Olfação: ar expirado, secreções ou excretas
 Hálito urêmico: doença renal
 Odor pútrido: associado à hematoquezia (gastroenterite hemorrágica parvoviral)
 Odor nauseabundo perianal (saculite anal)
· Exames complementares
Devem auxiliar e não substituir a anamnese e o exame físico
 Saber quais solicitar e saber interpretar
· Diagnóstico 
Prognóstico e terapia
Termometria
Variações térmicas do paciente
 Importante no exame físico
 Não invasivo, prático e de baixo custo
 Aferição retal
 Contenção, introdução e lateralização para contato do bulbo com a mucosa retal (2 min)
Exame físico Geral
Obedecer a um padrão
Após exame físico geral = exame físico direcionado a enfermidade 
· Etapas do exame físico geral
Avaliação do estado geral
Avaliação geral do tegumento: avaliar desidratação pela elasticidade cutânea (ideal – retorno imediato) segmento tóraco-lombar) 
· Parâmetros vitais
Valores quantificáveis
FC: bpm
· Cães: 70 – 160 bpm
· Gatos: 120 – 240 bpm
FR: mrpm
· Cães: 20 – 40 mrpm
· Gatos: 20 – 40 mrpm
T° Retal
· Cães: 38 – 39,2°C
· Gatos: 37,5- 39,2°C
TPC: até 2 segundos
· Mucosas
Muito vascularizadas, indica estado do paciente 
Oculopalpebrais, orais e genitais
 Aspectos:
· Oculopalpebrais: coloração rósea claras e úmidas
· Orais: coloração, umidade e TPC (secas = desidratação)
· Genitais: coloração, presença ou não de secreção e formações – TVT, leiomiomas
 Higidez: mucosas róseas claras, brilhantes e úmidas
 Variações fisiológicas: neonatos (mais claras), cães braquicefálicos (mais avermelhadas)
 Variações patológicas: palidez (anemia ou hipotensão), congestão (sistêmicos), cianose (hipoxemia) e ictéricas (pigmento biliar)
· Avaliação de linfonodos
 Inspeção, palpação, e exames complementares, principalmente PAAF (punção aspirativa por agulha fina)
 Linfonodos periféricos: mandibulares, pré-escapulares, poplíteos, inguinais superficiais (macho) 
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Aparelho auditivo
 Segmentos: orelha externa, orelha média e orelha interna
· Orelha externa
Pavilhão auricular à face externa da membrana timpânica
 Meato acústico externo: do pavilhão até a membrana, em formato de L, pelos e glândulas sebáceas e ceruminosas 
 Membrana timpânica: Pars Flácida e Pars Tensa
· Orelha média
 Tuba auditiva, ossículos e janela vestibular
· Proximidade do NC VII – Nervo Facial – perda do reflexo palpebral 
· Orelha interna – labirinto 
Localizada na porção petrosa do osso temporal
 Estruturas: cocléa, canais semicirculares, e NC VIII (nervo vestíbulo coclear) 
 Formam o órgão vestibular periférico: manutenção postural da cabeça
 Otite crônica pode levar à otite interna e à síndrome vestibular periférica = cabeça pendendo – Head Tilt
Exame clínico
 Resenha
 Anamnese: meneios de cabeça, prurido, sensibilidade, odores desagradáveis, secreções aderidas à entrada do MAE
· Exame físico
Inspeção e palpação
 Gatos: pruridos, disfarçam sintomas (otite otodécica)
 Cães: mais problemas dermatológicos
· Principal método semiológico no exame físico do aparelho auditivo: inspeção indireta com uso de otoscópio veterinário
 Palpação: contenção correta – proximidade com a boca, aumento de volume – oto hematoma, pavilhão endurecido – fibrose
 Olfação: odores fermentativo (malassezia), gás butano (Proteus sp.), pútrido (miíase) 
 Inspeção direta
· Meneios de cabeça, prurido – sinais de lesão no NCVII (otite média)
· Inclinação de cabeça, nistagmo patológico - sinais de lesão no NCVIII (otite interna) 
 Inspeção indireta – uso de otoscópio
· Fundamental
· Contenção química ou física – proximidade com a boca
· Otoscópio veterinário 
 Otoscópio - verificar
· Secreções: malassezia (acastanhada), otocaríase (borra de café), bacteriana (purulenta)
· Alterações de revestimento: etitema e/ou lignificação (otite inicial), hiperplasia e/ou lesões proliferativas (otite crônica)
· Corpo estranho
· Neoplasias: benignas (poodle e Cocker idosos – adenomas), malignas (felinos idosos – carcinoma unilateral) 
· Parasitas: O. cynotis – felinos, otocaríase! Lembra borra de café
· Membrana timpânica rompida: otite crônica 
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Contenção e vias de administração de fármacos 
Contenção de cães e gatos
 Métodos físicos e químicos
 Objetivos: facilitar o exame físico, proteção do médico e do animal, 
· Contenção física de cães
 Auxílio do tutor
 Animais irascíveis – físico + químico 
 Focinheira, mordaça, contenção manual
· Contenção de felinos
Animais rápidos, pequenos – unhas, dentes
 Maior susceptibilidade ao stress
 Fechar portas e janelas
 Focinheiras, botas de esparadrapo, - cuidado com toalhas – risco de enforcar
*Gatos muito bravos – melhor sedar*
Vias de administração de fármacos
 Tipo de fármaco
 Espécie – felinos: VO é difícil
 Temperamento e porte
 Disorexia e/ou êmese – inviabilizam VO
 Perfil do tutor
· Enterais – oral e retal
· Parenterais – SC<IM<EV
Intervalos de administração
· SID – a cada 24h
· BID – a cada 12h
· TID – a cada 8h
· QID – a cada 6h 
Via Oral
Considerar espécie e temperamento do paciente, disorexia e êmese, perfil do tutor
· Absorção lenta – inviável em casos de êmese
Vias parenterais
Antissepsia, tricotomia e antissepsia 
Materiais descartáveis e estéreis
· SC
 Aplicação nos flancos
 Limitação: animais desidratados – retardo na absorção 
· IM
 Aplicação na região caudal dos MP – entre os músculos semitendinoso e semimembranoso 
 Absorção mais rápida que via SC
· EV
 Início imediato – fármacos de emergência 
 Requer contenção adequada – cuidado com dosagem 
 Vasos radiais ou cefálicas, safenas externas e jugulares
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Sistema tegumentar e seus anexos
Camadas
 Epiderme: avascular – queratinócitos
 Derme: Fibras colágenas e elásticas, apêndices
 Hipoderme: adipócitos
Exame clínico tegumentar
· Resenha
 Espécie: Cães (epidermites), gatos (CGE – complexo granuloma eosinofílico)
 Idade: cães jovens (demodicidose – sarna demodécica), cães senis (neoplasias cutâneas)
 Sexo
 Raça
· Cocker – disqueratinização primário ou idiopática (seborréia)
· Poodle – alergopatias
· York e Persa – dermatofitose
 Cor: brancos (queratose actínica e carcinoma epidermóide)
Anamnese 
QP – motivo da consulta
Tempo da evolução· Aguda – DUA: dermatite úmida aguda (secundária a dermatopatias com prurido)
· Crônica – DAPE, hipersensibilidade alimentar 
· Terapias e Resultados
 Corticóides: melhoram alergias e pioram demodicidose
· Periodicidade
 Sazonal: DAPE
 Perene: HA
· Contactantes
 Animais e humanos sintomáticos ou não (dermatozoonoses = escabiose)
· Ectoparasitas
 Pulgas!
Prurido
Sensação desconfortável que provoca desejo de coçar
· Classificação
 Quanto a presença: alergopatias (atopia, DAPE, HA) – intenso prurido
- Ausente em endocrinopatias: Cushing e hipotireoidismo (reflexo secundário no tegumento) – pouco ou ausência de prurido
 Intensidade: leve (em dermatofitose), moderado (em alergopatia), e severo (em escabiose e DAPE – intenso prurido) 
 Localização: interdigital e facial (alergopatias), lombo-sacro (DAPE)
Exame físico específico 
· Palpação:
Sensibilidade, temperatura, untuosidade ou xerose, digito pressão local, estímulo de prurido (reflexo otopodal – muito comum em escabiose)
· Olfação
Prática – miíase, otite por Proteus sp., saculite anal etc.
· Inspeção
Inspeção direta – principal meio semiológico de dermatologista veterinário
Glossário semiológico
 Hipotricose – região com diminuição de pelos
 Alopecia ou falacrose – ausência completa de pelos
 Regiões glabras – região fisiologicamente sem pelos
Classificação das lesões 
 Quanto ao número: focais (até 5), multifocais (acima de 5) e difusas (generalizadas – sarna demodécica juvenil generalizada, quase sempre é o caso de pitbull e bulterrier com problemas de pele) 
 Topografia: simétricas (endócrinas – Alopecia bilateral simétrica não pruriginosa na síndrome de Cushing)
 Profundidade: superficial (melhor prognóstico) ou profundas (pior prognóstico)
· Quanto a morfologia: mais atenção! 
Lesões cutâneas elementares
· Alterações de cor, formações sólidas, coleções liquidas, alterações de espessura, perdas teciduais e reparações
· Alteração de cor: máculas vasculosanguíneas 
 Eritrema: coloração vermelha por vasodilatação – inflamação, DAPE, alergopatias
 Púrpuras: cor arroxeada por coagulopatia 
· Petéquia: menores
· Equimose: maiores
*Diferenciação de Eritrema e Púpura – dígito pressão: eritrema fica esbranquiçado por alguns segundos enquanto a púpura mantém o aspecto arroxeado)*
 Discromias
· Hipopigmentação ou leucodermia – redução de melanina por auto imunidade (LED – lúpulo eritematoso discóide e vitiligo)
· Hiperpigmentação – aumento de melanina por inflamação ou estímulo hormonal (alergopatias, endocrinopatias)
· Formações sólidas: resultam de doença inflamatória, infecciosa ou neoplásica
 Pápula: até 1 cm (escabiose canina)
 Nódulo: de 1 até 3 cm (esporotricose e linfoma cutâneo)
 Tumor: maior que 3cm (neoplasias)
· Coleções líquidas: resultam de infecções bacterianas, doença auto imune ou queimadura
 Vesículas: até 1cm com líquido seroso (complexo pênfigo)
 Bolha: maior que 1 cm com líquido seroso (complexo pênfigo)
 Pústula: até 1 cm com pus (PIDERMITE CANINA – SE ROMPEM COM FACILIDADE E FORMAM COLARETES EPIDÉRMICOS) 
· Alterações de espessura
Resultam de inflamação crônica ou trauma repetido (calosidade)
 Lignificação ou liquenificação: espessamento da pele com acentuação de seus sulcos, dando um aspecto de casca de árvore – comum em alergopatias 
 Hiperqueratiose: espessamento acentuado tornando a pele áspera e inelástica, comum em alergopatias nunca tratadas e em calosidades de apoio (animal se deita muito em cima do local)
· Perdas teciduais e reparações
Resultam de epidermopoiese ou desnutrição da pele
 Disqueratinização (seborreia): eliminação de queratinócitos da camada córnea – formação de caspa
· Etiológica: primária ou secundária
· Clínica: seca ou úmida
 Erosão: perda cutânea superficial, apenas epiderme (LED)
 Ulceração: perda cutânea prfunda, envolve as 3 camadas da pele (esporotricose)
 Colarete epidérmico: lesão alopécica com fragmentos teciduais aderidos à periferia – aspecto de roído por traças (PIODERMITE SUPERFICIAL CANINA) 
 Crosta> concreção composta de secreções dessecadas e de debris celulares epiteliais – pode ser hemática (sanguinolenta) ou melicérica (secreção purulenta)
 Cicatriz: perda permanente de epiderme e anexos cutâneos por tecido fibroso – trauma perfurocortante

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