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Angiogenese e cascata de metástase

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FACULDADE METROPOLITANA 
Curso de Medicina 
Disciplina de Patologia Clinica 
 
 
 
MANUELA MARIA BARBOSA CASTRILLON MACHADO 
 
 
 
 
 
 
NEOPLASIAS 
Angiogênese e metástase 
 
 
 
 
Prof. Edgar Tapia 
 
 
 
 
 
 
 
 
PORTO VELHO/RO 
2022 
 
Desenvolvimento de Angiogênese Sustentada 
Mesmo com as vantagens de crescimento, o diâmetro do tumor não aumenta além de 
1-2mm, a não ser que estejam vascularizados. Como os tecidos normais os tumores necessitam 
de entrega de oxigênio e nutrientes, bem como de remoção de produtos residuais. Neste 
sentido, as células cancerosas são capazes de gerar e estimular a neoangiogênese, durante a 
qual novos vasos são criados a partir de capilares preexistentes, ou em alguns casos, a 
vasculogênese, da qual as células endoteliais são recrutadas da medula óssea. 
Os neovasos são gotejantes e dilatados com um padrão de conexão, a perfusão nutri o 
aporte de oxigênio e nutrientes, e as células endoteliais recém formadas estimulam o 
crescimento das células tumorais adjacentes pela secreção de fatores de crescimento e 
estimuladores de colônias. 
A angiogênese tumoral é controlada pelo equilíbrio entre fatores pró-angiogênese e 
inibidores. 
Alguns estímulos fisiológicos podem desencadear a angiogênese, como a hipóxia. A falta 
relativa de oxigênio estimula a produção de uma variedade de citocinas pró-angiogênicas. 
À medida que as células diferenciam-se, elas liberam fatores angiogênicos que 
estimulam o crescimento dos vasos até as células que necessitam de suporte. 
O desenvolvimento de novos vasos não somente é importante para a nutrição tumoral, 
mas também, dá acesso a vasculatura e portanto, é uma via de disseminação à metástase. 
 
Figura 1- Angiogênese a cerca de um tumor. Abbas Patologia Básica. 9ed. 2013. 
 
Cascata de Metástase 
Metástase é o termo utilizado para conceituar a “implantação à distância de células do 
tumor primário”. Esse processo ocorre por uma cascata específica, chamada “cascata de 
 
metástase”, que descreve as etapas percorridas pelas células tumorais na formação das 
metástases e consiste em: 
 Perda da adesão célula-célula 
 Ruptura da membrana basal 
 Invasão da corrente sanguínea ou sistema linfático e capacidade de sobreviver nesses 
meios 
 Evasão dos sistemas sanguíneo ou linfático e invasão do tecido alvo 
 Crescimento e proliferação no tecido alvo 
As principais vias de disseminação das células tumorais metastáticas são as vias de 
semeadura nas cavidades corporais, da qual invadem uma cavidade corporal normal, como por 
exemplo o câncer de ovários, que muitas vezes cobrem amplamente as superfícies peritoneais, 
a disseminação hematogênica, muito comum nos sarcomas, por meio da corrente sanguínea, e 
a via de disseminação linfática, por meio dos vasos linfáticos e linfonodos, ocorrendo 
tipicamente nos carcinomas, em permeio esta via, existe o chamado “linfonodo sentinela” que 
faz referência ao primeiro linfonodo regional que recebe o fluxo linfático de um tumor primário. 
 Contudo, há numerosas interconexões entre os vasos sanguíneos e linfáticos, sendo 
assim, todas as formas de câncer podem disseminar através de ambos os sistemas. 
O “nicho pré-metastático” é um conceito relevante para se destacar: que o tumor 
primário libera fatores de sinalização na corrente sanguínea os quais levam a alterações no 
tecido alvo, preparando-o para a metástase. 
O diagnóstico das metástases pode ser estabelecido no exame clínico, quando o 
paciente apresenta sinais e sintomas sugestivos de doenças neoplásicas, como linfonodos com 
alterações compatíveis com malignidade, visceromegalias, perda ponderal significativa, icterícia, 
etc., por exames de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética , 
PET- CT, dentre outros, ou por biópsia, a qual possibilita o estudo imunohistoquímico do tecido 
e é muito importante em casos cuja história clínica patológica não é muito clara, pois permite 
identificar se o tecido em questão é de fato uma metástase ou um tumor primário. 
 As metástases podem ser sincrônicas, quando são diagnosticadas no mesmo momento 
ou até seis meses após o diagnóstico do tumor primário, ou metacrônicas, quando são 
diagnosticadas após seis meses do diagnóstico do tumor primário. Estudos mostram que 
doenças sincrônicas tendem a ser mais agressivas, com pior prognóstico para o paciente. 
 Atualmente, a ideia de que tumores metastáticos são incuráveis tem sido questionada. 
Acredita-se que em tumores “oligometastáticos”, cujas metástases são limitadas, a terapia local 
pode ser curativa, com quimioterapia associada a outras intervenções terapêuticas, como 
radioterapia, ablação ou cirurgia. Por fim, temos o conceito de “metástases em trânsito”, 
geralmente associado a tumores do tipo melanoma. Trata-se de casos em que as metástases 
são clinicamente evidentes (no tecido cutâneo ou subcutâneo) e seguem o trajeto do tumor 
primário até a cadeia linfonodal responsável. 
 
 
Figura 2- Cascata metastática: as etapas sequenciais envolvidas na disseminação hematogênica de um tumor. Abbas. 
Patologia Básica.9ed.2013 
 
 
 
 
Referência bibliográfica 
 
Abbas, Kumar, Aster. PATOLOGIA BÁSICA. Trad. Robbins. 9ed. 2013.

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