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Carcinogenese/ Oncogenese

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@anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
 
 
 
Introdução: 
Neoplasia: proliferação celular descontrolada que leva ao surgimento de uma massa ( tumor) 
Esse tumor pode ser benigna ou maligna. 
Neoplasia maligna: 
Câncer com capacidade de invadir os tecidos vizinhos e se disseminar ( ocorre metástase) 
O câncer é uma doença de base genética: 
É preciso que ocorra uma mutação genética no interior da célula para que ocorra o câncer 
Multifatorial = genética + ambiente. 
Características comuns do câncer : 
Temos algumas características comuns para o surgimento de qualquer câncer, algumas delas 
estão relacionadas ao mau funcionamento do ciclo celular e outras às interações das células 
cancerosas com as demais do organismo. 
das oito características comuns, a mais 
representativa do câncer poderia ser o crescimento 
celular fora dos limites naturais da célula, ou seja, a 
imortalidade replicativa. 
Essa capacidade pode ser explicada por três 
características do câncer : sinal de proliferação 
celular continua, evasão de supressores tumorais e 
resistência à morte celular. 
 
 
 
01. Agentes carcinogênicos e suas interações : 
É o estudo do processo pelo qual as células normais são transformadas em células cancerosas. 
Eles são divididos em três etapas: iniciação, promoção e progressão. 
Iniciação: As células sofrem o efeito dos 
agentes carcinógenos que provocam 
modificações em alguns de seus genes. 
Nessa fase as células se encontram, 
geneticamente alteradas. Elas se 
encontram preparadas/iniciadas para a 
ação do segundo grupo de agentes que 
atuará no próximo estágio. 
Promoção: A célula iniciada é transformada 
em célula maligna, de forma lenta e 
gradual. A suspensão do contato com 
agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. 
Problema 4 – TBL 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
Progressão: É o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e 
irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o 
surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. 
Os carcinógenos, é qualquer substância, situação ou exposição que pode danificar o material 
genético (DNA). Os principais carcinógenos envolvidos nas neoplasias mais frequentes são: 
a) Carcinógenos químicos: 
O principal mecanismo de ação dos carcinógenos químicos consistem na formação de 
compostos covalentes com o DNA – tal ocorrência aumenta a probabilidade de ocorrerem erros 
de inserção de bases durante a replicação. 
Esses carcinogêneses químicos, podem possuir ação mutagênica, podem inibir a ação de enzimas 
reparadoras. Dessa forma, as substancias químicas provocam tumores na dependência de vários 
fatores do individuo e do ambiente. 
são divididos em duas categorias, o de ação 
direta e o de ação indireta. 
# Ação direta: não requerem transformação 
quimida para seu efeito carcinogênico. 
Compostos eletrofílicos altamente reativos e 
que reagem com locais nucleofílicos das 
células. 
# Ação indireta: chamados de pró-
carcinogenos. Requerem uma conversão 
metabólica para a produção de carcinógenos 
finais. Normalmente são metabolizados no 
fígado 
Ex de alguns agentes químicos carcinogênicos: agrotóxico, amianto ( ou asbesto); sílica, benzeno, 
xileno, tolueno. 
b) Carcinogênese física: 
Compreende os diversos tipos de radiação, que podem transformar células in vitro e induzir 
neoplasias in vivo, em modelos animais e humanos. 
→ Radiação ultravioleta (UV), que é dividida em três grupos : 
 RUV-A: não sofre influencia da camada de ozônio e causam câncer quando os indivíduos 
são expostos a doses altas e por um longo período de tempo. Induz o câncer de pele, e 
é o que o ser humano está mais exposta 
 RUV-B: são carcinogênicos e sua ocorrência tem aumentado com a destruição da 
camada de ozônio, esses raios são eficientes em produzir danos diretos ao DNA, 
fotoimunossupressão, eritema, melanogênese, espaçamento da camada córnea. 
 RUV-C : não chegam naturalmente à superfície terrestre e se caracterizam por serem de 
baixo potencial de penetração. 
→ Radiação eletromagnética (Raio X e Gama) 
→ Radiação de partículas ( alfa e gama) 
Os agentes físicos se ligam ao DNA quebrando o fosfodiester do DNA e causando uma lesão 
irreversível o que causa por consequência uma neoplasia. 
 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
# O efeito da radiação nas células: 
- inibição da proliferação celular 
- inativação enzimática 
- indução de mutações 
- Morte celular 
- Mutações em oncogenes e genes supressores tumorais ( ex: RAS e TP53) 
c) fatores de risco de natureza ambiental: 
alimentação, etilismo, tabagismo, poluição, atividade ocupacional = mediante o contato com 
determinadas subtancias, pode haver mutações no genoma humano e tal fato induz o 
desenvolvimento de neoplasias. 
d) Carcinogênese biológica: 
É o processo que transforma uma célula normal em neoplásica, mediante uma ação de diversos 
agentes biológicos que podem ser virais ou não. 
Eles são classificados perante o IARC em carcinogênicos do grupo 1, 2 A, 2 B, 3 e grupo 4 
Vários vírus são etiologicamente associados a diversos tipos de cânceres, tal fato pode ser 
explicado em decorrência pelo fato de existirem produtos de genes virais que interferem nas vias 
essenciais de controle de proliferação celular ou evasão à morte celular, levando essas vias a 
alternarem-se e favorecerem o processo de malignidade da célula infectada. 
Os carcinógenos biológicos podem ser agrupados em dois grandes grupos de acordo com a 
composição do genoma, sendo: vírus de RNA e DNA. 
Os vírus do RNA são associados a canceres são : HTVL-1, HIV-1 e HCV 
Entre os vírus de DNA estão HBV, EBV, KSHV e alguns tipos de HPV 
# Mecanismos de neoplasia causada pelo vírus podem ser diretas ou indiretas: 
Diretas: expressos de oncogenes virais sem homólogos celulares ( HPV, EBV, HTLV), esses homólogos 
virais de genes celulares estão mutados. Os genes virais se oncogenes e seus correspondentes são 
genes celulares chamados de oncogenes celulares ou pro-oncogenes. 
Indiretos: ativação crônica de respostas inflamatórias que ocorreram durante décadas de 
infecção como no caso das células do fígado infectadas com HCV e nos tumores induzidos por 
HIV. 
Integração que causa ativação ou inativação de oncogenes ou genes supressores de tumores, 
por exemplo, vírus RNA. 
Referencia : III curso de oncologia molecular da FMUSP-ICESP (2015) 
02. Mutações e carcinogênese 
Carcinogênese/ oncogênese : 
é definida como o processo de conversão de uma célula normal em uma célula maligna, e 
carcinógenos são os agentes que induzem esse processo. 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
Em geral, se dá lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere 
e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários estágios antes de chegar ao tumor. 
Para que a carcinogênese ocorra, se faz necessário que haja uma divisão celular em andamento, 
já que para a formação do tumor é preciso que exista um aumento da quantidade de células 
com alterações no DNA. Logo, um ponto limitante na formação de tumores é a capacidade da 
célula de se dividir e passar o material genético modificado para as células-filhas. 
As lesões genéticas que desencadearão a formação de tumores são desde 
(1) eventos básicos em níveis moleculares das células que levarão a alterações no DNA até uma(2) expressão anômala de genes em células normais. 
Qualquer que seja a causa, o câncer é basicamente uma doença de células, caracterizada por 
um desvio nos mecanismos de controle que dirigem a proliferação e diferenciação. 
As alterações que ocorrem são de natureza: 
→Genética (mutações) 
→Epigenéticas (alterações no padrão de expressão genética decorrentes de outros fatores que 
não mutações) 
# Oncogenese e genes supressores: 
Os oncogenes são basicamente aqueles que conseguem de alguma forma fazer/ trabalhar na 
proliferação celular. 
Ex: RAS,RET,HRE2 
Genes supressores tumorais possuem a 
função de causar apoptose nas células 
ou de freiar o crescimento celular. 
Quando eles são mutados, eles acabam 
por não conseguir fazer sua função, o que 
favorece o surgimento do câncer. 
Ex : TP53, BRCA1, BRCA2, RB1, MLH1. 
 
# teoria da dos dois eventos: ( Genética e Câncer) 
Prediz que duas mutações devem inativar cada 
alelo de um gene supressor tumoral para 
desenvolvimento de um câncer. Isto, porque, se 
apenas um alelo do gene estiver danificado, o 
segundo alelo pode ainda produzir a proteína 
correta. Em outras palavras, os alelos mutantes 
supressores de tumor são geralmente recessivos. Em 
tumores com herança familiar, uma mutação é 
herdada na linhagem germinativa e outra mutação 
é herdada na linhagem germinativa e outra 
mutação, dessa vez somática, é adquirida ao longo 
da vida. 
Mutagênese : 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
Processo que produz mutações, alterações bruscas do genótipo que, nos seres vivos, dão origem 
a uma variedade. 
Esses mutações podem levar à perda de função de um gene ou a uma nova função. Essas 
alterações de nucleotídeos, no gene pode levar à formação de uma proteína variante, passível 
de ter propriedades distintas em consequencia de uma estrutura alterada. 
Observa-se que mediante a esse fenômeno muitas informações se encontram desconhecidas, 
mas certos temas genômicos que emergiram ao longo dos estudos são relevantes para o 
entendimento dos cânceres. 
- Os danos genéticos não letais encontram-se no cerne da carcinogênese. Percebe-se que o dano 
inicial (mutação) pode ser causado por exposições ambientais e de modo esporádico ou de 
modo hereditário. Como visto acima, a influência ambiental está relacionada a agentes 
exógenos, produtos químicos ou por produtos endógenos do metabolismo celular. 
Observa-se que um tumor é formado pela expansão clonal de uma única célula precursora que 
sofreu dano genético. Basicamente, as alterações genéticas no DNA são passadas para as células 
filhas. 
Quatro classes de genes reguladores normais, sendo: proto-oncogenes de crescimento / genes 
supressores do tumor / genes que regulam a apoptose e os genes envolvidos no reparo do DNA 
são os principais alvos de mutações causadoras de câncer. 
Os oncogenes são genes que induzem um fenótipo transformado quando expresso em células. 
Percebe-se que os oncogenes são em sua maioria versões mutadas ou superexpressão de genes 
celulares normais, os quais são chamados de proto-oncogenes. Grande parte dos proto-
oncogenes conhecidos são responsáveis por codificam fatores de transcrição, proteínas 
reguladoras de crescimento ou proteínas envolvidas na sobrevivência celular e interações célula-
célula e célula-matriz. 
Os genes supressores de tumor são genes que impedem o crescimento descontrolado e, quando 
sofrem mutações ou se perdem de uma célula, permitem o desenvolvimento de fenótipo 
transformado. 
03. Progressão tumoral 
A etapa de progressão da carcinogênese começa com o estabelecimento das células 
transformadas, de 
tal maneira que elas possam proliferar e se acumular no tecido, notadamente no que se refere 
aos "tumores sólidos``. 
Outra característica relevante da etapa de progressão da carcinogênese é a manifestação 
clínica da doença (p. ex.: o indivíduo busca auxílio médico frente aos sintomas gerados pelo 
desenvolvimento do tumor em seu organismo). 
Enquanto as etapas de iniciação e promoção são particularmente relevantes para a prevenção 
do aparecimento da doença (p. ex.: eliminando-se a exposição a cancerígenos que atuem como 
agentes iniciadores ou promotores), a progressão é a etapa clinicamente mais relevante, posto 
que é nesse momento em que a doença está manifesta e deve ser combatida com as estratégias 
terapêuticas disponíveis. 
Também é na progressão o momento da história natural do câncer no qual o controle da doença 
é cada vez mais desafiador: o acúmulo progressivo de alterações genéticas propiciou 
instabilidade do genoma que favorece rápida emergência de clones malignos com novas 
propriedades biológicas (p. ex.: resistência a uma ou mais drogas utilizadas no tratamento 
quimioterápico). 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
 Assim, diferentes áreas de um tumor (primário ou metastático) podem apresentar características 
genotípicas e fenótipo distintos – fenômeno denominado heterogeneidade tumoral. É também 
nessa etapa que os cânceres exibem sua face mais nefasta: a disseminação no organismo e o 
comprometimento de tecidos e órgãos distantes do tumor primário, caracterizando as metástases. 
Progressão tumoral consiste não apenas no aumento de tamanho do tumor, mas também no fato 
do câncer se tornar mais agressivo e por adquirir maior potencial maligno durante o tempo. 
 
Em nível molecular, a progressão tumoral e a heterogeneidade associada resultam de múltiplas 
mutações que se acumulam independemente em diferentes gerações de células, gerando 
subclones com diferentes características, como: capacidade de invadir / taxa de crescimento / 
capacidade metastática / cariótipo / responsividade hormonal e suscetibilidade a drogas 
antineoplásicas. 
 
Percebe-se que algumas mutações podem ser letais e outras que podem estimular o crescimento 
celular afetando os proto-oncogenes ou os genes supressores do tumor. 
 
Uma vez que os tumores tenham se estabelecido, observa-se que os mesmos evoluem 
geneticamente durante seu crescimento e progressão sob a pressão de seleção darwiniana 
(sobrevivência do mais apto). Desse modo, durante a progressão, as células tumorais são 
submetidas a pressões de seleção imune e não imune, mediante a essa situação os subclones 
aptos / com capacidade de cobrir seus antecessores tendem a dominar a massa tumoral, sendo 
substituídos por um outro subclone maligno ~ É exatamente essa abordagem que promove a 
agressividade do tumor ao longo do tempo. 
 
OBS: As células que são altamente antigênicas são destruídas pelas defesas do hospedeiro, 
enquanto aquelas com reduzidas necessidades do fator de crescimento são positivamente 
selecionadas. 
 
04. Metástase 
As metástases ocorrem quando algumas células se desprendem do tumor primário e, por alguma 
via, se 
desenvolvem em outro(s) tecidos/órgãos formando novos tumores secundários, terciários, etc. 
 A metástase é o resultado final de múltiplos processos que envolvem a propagação das células 
tumorais primárias a órgãos distantes, sua adaptação a microambientes distintos e assim, a 
manutenção do crescimento tumoral nesse novo órgão. 
para a metástase ser formada, a célula tumoral necessita passar por uma sucessão de eventos 
complexos, chamados de invasão e metástase. 
Nessa invasão, as células do tumor primário perdem a adesão célula-célula, invadem localmente 
a matriz extracelular, migram ativamente pelo estroma, invadem a membrana basal, atravessam@anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
o endotélio dos vasos sanguíneos, extravasam 
pelo endotélio vascular, sobrevivem no 
parênquima do órgão-alvo e reiniciam seus 
programas proliferativos nos sítios metastáticos e 
geram crescimento de neoplasias que podem ser 
detectadas. 
 todos os tumores malignos podem gerar 
metástase 
 em geral, quanto mais agressivo, de 
crescimento + rápido e quanto maior for a 
neoplasia primária, maior sua probabilidade de 
fazer metástase 
 há tumores malignos "bonzinhos", estes são 
os que raramente geram metástase, mas podem 
gerar 
mas também, um tumor benigno pode se tornar 
maligno 
 Formação de uma nova lesão tumoral a 
partir da primeira, mas sem continuidade entre as 
duas 
 Todos os cânceres podem fazer metástases. 
Em geral, quanto mais agressivo, de crescimento 
mais rápido e quanto maior for a neoplasia 
primário 
maior sua probabilidade de fazer metástase. 
Há quatro tipos de metástases: Invasão local; 
hematogênica (vascular); linfática e 
transcelômica. 
→ Invasão local: é característica do próprio comportamento de crescimento sobre outros tecidos 
(por invasão) 
→Hematogênica ou vascular: quando algumas células se deslocam para o tumor e chegam a 
outros locais pela corrente sanguínea. 
→ Linfática: Ha ainda a possibilidade de um tumor secundário se desenvolver em um linfonodo, ao 
qual as células cancerosas tiveram acesso pelos vasos linfáticos. 
# Etapas da metástase 
- Destacamento das células da massa tumoral original; 
- Deslocamento dessas células através da MEC; 
- Invasão dos vasos linfáticos ou sanguíneos; 
- Sobrevivência das células na circulação; 
- Adesão ao endotélio vascular; 
- Saída do vaso; 
- Proliferação no órgão invadido; 
- Indução de vasos para o suprimento sanguíneo. 
A cascata metastática envolve perda da adesão célula-célula, invasão local, migração pelo 
estroma, invasão da membrana basal, intravasão do endotélio dos vasos sanguíneos, 
sobrevivência ao rigoroso ambiente da vascularização, extravasão pelo endotélio vascular, 
sobrevivência no parênquima do órgão-alvo, micrometástase e reinício dos programas 
proliferativos nos sítios metastáticos e geração de neoplasias detectáveis clinicamente. 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
# Invasão: 
O epitélio normal age como uma barreira para a invasão e deve ser rompida pelas células 
neoplásicas na evolução dos carcinomas. 
A invasão local envolve a entrada das células tumorais no estroma associado ao tumor primário e 
em seguida, ao parênquima do tecido normal adjacente ao tumor. Assim, para invadir o estroma, 
a célula tumoral deve alterar as interações célula-célula e violar a membrana ou a lâmina basal. 
 
As células passam a expressar a E-caderina (são moléculas de adesão dependentes de Ca2+ e 
medeiam a interação homotípica célula-célula nas junções aderentes. 
 
A inibição de sua expressão em células neoplásicas facilita a invasão tumoral, enquanto sua 
presença diminui a proliferação e inibe a invasão e metástases), a qual potencializa as interações 
com fibroblastos e células endoteliais. 
 
Na maioria das neoplasias malignas existem 2 tipos de invasão, a invasão por agregados celulares 
(coletivas) e as por células única (individual) em que na invasão coletiva. 
 
→ invasão coletiva, as células unidas por interações célula-célula formam uma unidade 
assimétrica em que as células com características mais migratórias “arrastam” as demais 
→ invasão individual ocorre por 2 programas distintos, a invasão mesenquimal que depende de 
proteases e integrinas e a invasão amebóide que independe de proteases e integrinas mas 
depende de quinases. 
 
Resumidamente: 
Células cancerígenas que atingem vasos linfáticos e cavidades corpóreas – oportunidade de 
disseminação. 
Resultados de interações complexas entre as células cancerígenas e o estroma normal. 
 
# Transição epitélio-mesênquima 
Para que ocorra a metástase, as células neoplásicas passa pelo processo de transição epitélio-
mesênquima o qual envolve a dissolução das junções aderentes e a perda da polaridade celular 
para que a célula tumoral de origem epitelial passe a expressar um conjunto de genes 
característicos de células de origem mesenquimal e assim, adquirir capacidade de migrar e invadir 
o estroma. 
 
Muitos desses passos podem ser executados pelas células tumorais por ativarem o 
programa de transição epitélio-mesênquima (EMT). A EMT envolve perda de expressão de 
genes da célula endotelial e aquisição de expressão de genes de células mesenquimais. 
Assim, as células adquirem características de invasão, mobilidade e resistência à 
apoptose; 
 
# Intravasão 
Envolve a entrada das células tumorais na luz dos vasos sanguíneos e/ou linfáticos sendo que a 
disseminação pela circulação sanguínea é o principal mecanismo metastático. 
 
A intravasão pode ser facilitada por alterações moleculares que permitem que as células tumorais 
atravessem o pericito e a barreira de células endoteliais que formam a parede dos vaso. 
 
células tumorais estimula a formação de novos vasos sanguíneos dentro do microambiente pelo 
processo chamado de angiogênese sendo que a neovascularização gerada por essas células é 
tortuosa, com tendência a vazamentos e em estado de contínua reconfiguração sendo que as 
interações entre as células endoteliais adjacentes que formam a microvasculatura tumoral 
facilitam a intravasão. 
 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
A principal molécula envolvida é o VEGF. 
 
Depois que as células tumorais atravessaram para a luz dos vasos sanguíneos, podem, através da 
circulação, se disseminar para qualquer parte do hospedeiro, sendo que para isso, precisam 
sobreviver a uma variedade de tensões até chegarem a órgãos distantes. Essas tensões podem 
ser a privação de adesão dependente das integrinas e os danos causados por shear stress e pelas 
interações com as células do sistema imune. 
# Extravasão 
Com o intuito de superar as barreiras físicas dos tecidos com baixa permeabilidade intrínseca, os 
tumores primários são capazes de secretar fatores que perturbam esses microambientes e induzem 
um aumento da permeabilidade vascular mesmo antes da chegada das CTCs (ex., a secreção 
das proteínas angiopoietinas dos tipos 4 e 2, bem como dos fatores EREG, COX-2, MMP-1, MMP-2, 
MMP-3, MMP-10, fator de crescimento placentário e VEGF). 
Para iniciar uma micrometástase, as células tumorais devem sobreviver no parênquima do tecido 
em que se encontram e esse microambiente se difere do local de formação do tumor primário. 
Assim, as células tumorais revestem esses problemas de diferente microambiente, por meio do 
estabelecimento de um nicho pré-metastático. 
 O nicho pré-metastático é a preparação do lugar para o recebimento da célula tumoral. 
 As células progenitoras hematopoiéticas derivadas da medula óssea que expressam receptor 
1 de VEGF migram nesses órgãos, induzidas por sinalizações quimiotáticas, e aderem-se à 
fibronectina através de ligações mediadas por VLA-4. Essa interação aumenta a expressão de 
metaloproteinases, incluindo a metaloproteinase de matriz 9, que vão degradar a membrana 
basal e alterar o microambiente em favor da colonização deste por outras células. No final, o 
nicho pré-metastático é formado, e terá um número aumentado de fibroblastos, além de uma 
matriz extracelular provisional apresentando citocinas, adequada para o recebimento das 
células tumorais migratórias. 
 Após a formação desse nicho, as primeiras células tumorais que expressam receptores de 
quimiocinas tipo 4 e células endoteliais que expressam o receptor de fator de crescimentovascular endotelial 2, começam a aparecer. 
 
# Estágio de dormência: 
Através dos estados de dormência as células tumorais conseguem sobreviver por períodos longos 
de tempo, até que se estabeleçam as condições apropriadas para sua proliferação. É por isto que 
o aparecimento de metástases no paciente pode ocorrer anos depois e mesmo quando já foi 
erradicado o tumor primário. 
No microambiente, por conta da presença de neutrófilos e secreção de trombospondina-1 (TSP-
1) pelas células GR1+ derivadas da medula óssea, a célula tumoral pode ser morta ou inativada. 
Uma das estratégias desenvolvidas para a sobrevivência nestas condições é entrar em dormência. 
Quando a DTC entra em dormência celular, fica em um estado de quiescência em G0 que ocorre 
pela integração de sinais de estresse ou mitógenos provenientes do microambiente. Além das 
células tumorais, as micrometástases também podem entrar em um estado de dormência, 
conhecido como dormência de massa tumoral. 
Para crescer as lesões metastáticas precisam de 
vascularização, sem ela, o tamanho fica limitado a 1 ou 2 mm 
porque a taxa de proliferação é contrabalanceada pela taxa 
de apoptose. 
 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
Em consequência a esses estados de dormência, os pacientes podem estar assintomáticos até 
que sejam desenvolvidos os mecanismos necessários para ‘acordar’. 
Na dormência de massa tumoral, o mecanismo que faz ultrapassar deste estado é o chamado 
“gatilho angiogênico”. Uma vez que as lesões tumorais contam com microvascularização, a taxa 
de proliferação pode superar a taxa de apoptose. 
 Assim, evoluem para macrometástases. No caso da dormência imune, esta termina exercendo 
uma pressão seletiva para células menos imunogênicas, que deixam de expressar MHC-1 e outras 
moléculas de reconhecimento, como também promove estados de imunossupressão. As células, 
não sendo mais detectadas pelo sistema imune, estarão livres para a invasão 
Teoria da `` semente e do solo`` - teoria de paget: 
As células cancerosas ( sementes) metastizam num local compatível, em tecidos que fornecem 
condições propiciais para o seu crescimento ( o solo) 
Não responde todos os padrões metastáticos de todos os tipos de câncer 
Teoria de James ewing – teoria anatômica/metastática : 
As células metastáticas ocupam sem especificidade os primeiros locais que encontram de acordo 
com o fluxo sanguíneo. 
Teoria de fidler: 
O processo de metástase depende das características das células tumorais e de condições ideais 
no local de colonização – solo fértil. 
Teoria de fidler : 
O processo das metástases depende das características das células tumorais e de condições 
ideais no local de colonização – solo fértil. 
05. Terapia alvo e novas tecnologias 
Terapia alvo: 
É um tipo de tratamento do câncer que usa drogas para atacar especificamento as células 
cancerígenas, provocando pouco dano ás células normais. 
As terapias alvos visam os genes, proteínas ou ambiente tecidual especifico do tumor que 
contribuem para o crescimento e sobrevida do tumor. 
Câncer de pulmão: medicamentos que bloqueiam a proteína EGFR podem ser eficazes em deter 
ou retardar o crescimento do câncer de pulmão em que o gene EGFR contém determinadas 
mutações. A terapia-alvo também está disponível para o tratamento do câncer de pulmão com 
mutações nos genes ALK e ROS. Inibidores de angiogênese também estão aprovados para o 
tratamento de tipos específicos de câncer de pulmão 
Biopsia incisional : se faz nos tumores benignos 
Quimioterapia : provavelmente só em tumores malignos 
Radioterapia : tanto para tumores benignos quanto para tumores malignos 
http://www.oncoguia.org.br/cancer-home/cancer-de-pulmao-de-nao-pequenas-celulas/34/150/
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
 
 
06. Câncer de pulmão: patogênese, aspectos clínicos, prognostico, tratamento. 
O câncer de pulmão é uma das principais causas de morte evitável em todo o mundo, pois, em 
90% dos casos diagnosticados, está associado ao tabagismo. 
Para prevermos o comportamento epidemiológico do pulmão, basta analisar os dados de 
prevalência do tabagismo. 
É importante ressaltar que qualquer forma de consumo de tabaco é prejudicial, mesmo formas 
consideradas como menos danosas ( ex: narguilé) são prejudiciais a saúde. 
Fator de risco: 
O fator de risco mais importante para ocorrência do câncer de pulmão é o tabagismo. Fumantes 
têm o risco decuplicado de desenvolver a doença, em relação aos não fumantes, risco que está 
relacionado à quantidade de cigarros consumida, duração do hábito e idade em que iniciou o 
tabagismo. 
Temos também a interação com o agente etiológico e a susceptibilidade individual para o 
desenvolvimento da doença. 
Diversos agentes são apontados como determinantes de maior probabilidade como: 
- Tabagismo 90% 
- exposição ocupacional ( 10-15%) 
- Gás randonio e poluição ambiental. 
Apesar do tabaco ser o grande responsável pela quase totalidade dos casos de câncer de 
pulmão, outros agentes merecem algum comentário, como o abesto, dieta e poluição e gênero. 
 
Manifestações clinicas: 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
Os casos de câncer de pulmão apresentam-se sob a forma de doença localizada, estádios I e II, 
ao diagnostico. Nesses estádios iniciais geralmente os pacientes são assintomáticos e o 
diagnostico é feito de forma incidental como achado de exame radiológico. 
Os sinais e sintomas decorrentes do cancer de pulmao em geral traduzem a presenca de doença 
localmente avançada ( estagio III) ou metastase ( estagio IV) 
As manifestações clinicas do carcinoma broncogênico são causadas pelo seguinte: crescimento 
local do próprio tumor, metastases e 
síndromes pareneoplásicas. 
As manifestações causadas pelo 
crescimento intratorácico do tumor 
dependem do tamanho, localização e 
relação com estruturas adjacentes. 
# Os tumores centrais causam: 
 Tosse persistente. 
 Escarro com sangue. 
 Dor no peito. 
 Rouquidão. 
 Piora da falta de ar. 
 Perda de peso e de apetite. 
 Pneumonia recorrente ou 
bronquite. 
 Sentir-se cansado ou fraco 
Os tumores periféricos : 
Normalmente são assintomáticos, entretanto o comprometimento da parede torácica pode 
causar dorm dispneia, tosse por causa da invasão direta da parede do tórax e derrame pleural ou 
oneumotórax. 
Os locais mais frequentes de metástases pulmonares são o sistema nervoso central, fígado, ossos, 
glândulas adrenais e o próprio pulmão. 
 diagnostico : 
Os exames de imagem do tórax, principalmente tomografia computadorizada (TC) levam a 
suspeita diagnostica de câncer de pulmão e auxiliam na escolha da melhor maneira de se obter 
material para o diagnostico histológico. 
Os recursos empregados para o diagnostico radiológico são os seguintes: 
 Radiografia simples do tórax e TC de tórax. 
Em alguns casos selecionados a ressonância nuclear magnética (RNM) do tórax e o PET-CT 
também são necessários. 
As maneiras de apresentação do carcinoma broncogênico na TC do tórax são muito variadas. 
Pode ser desde um nódulo pulmonar solitário até massas volumosas ocupando boa parte do tórax 
e com invasão de diversas estruturas adjacentes. 
 A presença de uma imagem nodular, espiculada em um individuo fumante e acima dos 
cinquenta anos deve levantar forte suspeita de tratar-se decarcinoma pulmonar, entretanto 
nenhum exame de imagem dispensa a confirmação histológica. 
Devemos considerar as doenças infecciosas (pneumonia, tuberculose. etc.) e inflamatórias no 
diagnóstico diferencial 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
O diagnóstico definitivo é firmado pelo exame histopatológico ou citológico de espécime tumoral 
obtido por broncoscopia, mediastinoscopia, biópsia pleural ou biópsia pleuropulmonar a céu 
aberto ou vídeo-assistida. 
Eventualmente, o diagnóstico será feito após estudo anatomopatológico de peça cirúrgica - 
segmento, lobo pulmonar ou pulmão. 
A citologia de escarro não é recomendada rotineiramente, porém pode ser útil no diagnóstico de 
tumores de localização central 
A broncoscopia é o exame mais utilizado para diagnostico do câncer de pulmão, indicado em 
casos de lesões centrais. Um exame seguro, feito no ambulatório com anestesia local e sedação. 
Estadiamento 
O estagiamento consiste na determinação anatômica do câncer, basea-se no sistema 
denominado TNM, Com base nestas características, classificamos o câncer de pulmão em sete 
estádios diferentes, a saber: IA, IB,IIA,IIB,IIIA,IIIB e IV 
→IA representa os tumores localizados e restritos ao pulmão enquanto o estagio IV representa os 
tumores avançados, com metástases em outros órgãos. 
Para estadiamento devemos pesquisar as características do tumor, dos linfonodos e das 
metástases. 
Para esse fim fazemos vários exames 
complementares: TC de tórax, TC de 
abdômen, RNM do cérebro, cintilografia 
óssea, concoscopia, mediastinoscopia e 
PET-CT. 
A pesquisa de metástases à distância é 
feita através da TC de abdômen superior, 
cintilografia óssea e RNM do cérebro, uma 
vez que ossos, cérebro, fígado e o próprio 
pulmão são os principais órgãos de 
acometimento pelas metástases. 
A frequencia de distribuição dos 
pacientes conforme os diferentes 
estágios, ao diagnostico de câncer de 
pulmão é a seguinte 
 Estágios clínicos I e II ( doença 
localizada) – 15% a 20% dos casos 
 Estagio clinico III ( doença 
localmente avançada – 30% dos 
casos 
 Estádios clínicos IV ( doença 
metastática ) – 50% dos casos 
Tratamento: 
 @anaclarapaivaaa 
Ana Clara Paiva 
Atualmente dispomos de três recursos principais para o tratamento dos pacientes com câncer de 
pulmão: cirugia, radioterapia e quimioterapia. 
As informações do diagnostico histológico e o estadiamento são alicercer para a escolha da 
melhor abordagem terapêutica do câncer de pulmão. 
# Carcinoma de células pequenas: 
Por seu alto potencial metastático, tem na quimioterapia o principal recurso terapêutico. 
Para os casos em que a neoplasia está restrita ao tórax, a assoação de radioterapia é útil no 
controle da doença 
A cirugia praticamente não tem nenhum papel no tratamento desse tipo de câncer. 
# Carcinoma de células não pequenas: 
A cirurgia é a modalidade terapêutica com maior potencial curativo para os casos de carcinoma 
pulmonar de células não pequenas 
A radioterapia externa (teleterapia) tem indicação nos casos de CPCNP em qualquer estágio 
tumoral, com finalidade curativa ou paliativa e em uso associado ou combinado com a cirurgia 
ou a quimioterapia. 
A irradiação torácica associada à quimioterapia sistêmica promove a cura de uma pequena 
parcela de doentes com doença localizada inoperável. 
Muitos esquemas de quimioterapia sistêmica podem ser usados com finalidade paliativa, 
contendo medicamentos tais como cisplatina, carboplatina, etoposido, mitomicina C, 
vimblastina, vinorelbina, gemcitabina, docetaxel, paclitaxel, pemetrexede, erlotinibe, gefitinibe, 
bevacizumabe e cetuximabe, em monoterapia ou em associações, por até três linhas de 
tratamento.

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