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Direito das Obrigações

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Direito das Obrigações
Prof. José Barros Jr.
@jbarroscjr
1
Teoria Geral das Obrigações
2
Obrigação
Direitos Existenciais
Direito Patrimoniais
Direitos Pessoais
Direitos Reais
Obrigação (nexum  obligatio – do latim)
Sentido Amplo  Relação Jurídica
Sentido Estrito  Decorrência do Dever
Dever
Schuld
Responsabilidade
Haftung
DEFINIÇÃO
Em Sentido Amplo  Relação Jurídica
Em Sentido Restrito  Dever Exigível (Obrigação Civil)
Relação Jurídica
Elementos Subjetivos
Obrigações Simples
Credor
Devedor
Obrigações Complexas
Elemento Objetivo
Prestação
Positivas
Dar
Fazer
Negativas  Não-Fazer
Deveres
Sujeito P
Obrigações
Situação de acionado
Situação de excetuado
Direitos
Sujeito A
Exceção
Ação
Pretensões
Objeto
Obrigações Simples
5
Deveres
Sujeito ²
Obrigações
Situação de acionado
Situação de excetuado
Direitos
Sujeito ¹
Exceção
Ação
Pretensões
Objeto
Obrigações Complexas
6
DO OBJETO DA RELAÇÃO JURÍDICA
OBJETO DIRETO
Prestação
Fazer (dar ou realizar algo);
Não-Fazer
OBJETO INDIRETO
Objeto da Prestação  Objeto do Objeto
o que deve ser Dado;
o que deve ser Feito;
o que NÃO deve ser Feito.
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ELEMENTOS GERAIS DE EXISTÊNCIA:
Agente;
Objeto;
Vontade.
ELEMENTOS GERAIS DE VALIDADE:
Agente Capaz;
Objeto: lícito, possível e minimamente determinável;
Forma Prescrita e Não Defesa em Lei.
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Existência
Agente
Objeto
Validade
Agente Capaz
Objeto
Lícito
Determinável
Possível
Forma
MAPA MENTAL
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Fontes
A Norma Jurídica (Lei)
P. Ex.: Alimentos
Atos Unilaterais
P. Ex.: Promessa de recompensa
Atos Bilaterais
P. Ex.: Contratos
Atos Ilícitos
P. Ex.: Dever de Indenizar
Princípios e Deveres Gerais de Conduta
Boa-fé Objetiva
In contrahendo
Post Pactum Finitum
venire contra factum proprium
Supressio
Surrectio
Tu quoque
Proteção
Informação e Cognoscibilidade
Consentimento informado
Autodeterminação Informativa
Cooperação
Função Social
Da Estrutura à Função
Função Social vs. Função Individual
Equivalência Material de Direitos e Deveres
Justiça Relacional
Proibição de Enriquecimento Ilícito
Equidade
Formal
Substancial
Classificação
Obrigação Propter Rem  Art. 1.334, inciso I, CCB.
Obrigação Principal  Art. 233, CCB.
Obrigação Acessória  Art. 233, CCB.
Obrigação de Meio
Obrigação de Resultado
Obrigação Civil
Obrigação Natural  Art. 814, CCB.
Obrigação Líquida  Art. 352 e ss., CCB.
Obrigação Ilíquida
Obrigação de Execução Instantânea
Obrigação de Execução Diferida
Obrigação de Execução Fracionada
Obrigação Pura e Simples
Obrigação Condicional  Art. 234, CCB.
Obrigação a Termo
Obrigação Modal
Obrigação de Dar
Coisa Certa  Art. 233, CCB.
De Restituir  Art. 238, CCB.
Coisa Incerta  Art. 243, CCB.
Obrigação de Fazer
Fungível ou Pura e Simples  Art. 249, CCB.
Infungível ou Personalíssima  Art. 247, CCB.
Obrigação de Não-Fazer  Art. 250, CCB.
Obrigação Facultativa
Obrigação Alternativa  Art. 252, CCB.
Obrigação Divisível  Art. 257, CCB.
Obrigação Indivisível  Art. 258, CCB.
Obrigação Solidária  Art. 264, CCB.
Ativa  Art. 267, CCB.
Passiva  Art. 275, CCB.
Obrigações de Dar
OBRIGAÇÃO DE DAR
Coisa Certa
Deterioração  Perda Parcial
Perda  Perda Total
Resolução  extinção sem o cumprimento da obrigação
Perdas e Danos
Danos Emergentes  o que de fato se perdeu
Lucros Cessantes  o que deixou de ganhar
Sem Culpa (Civil)  resolve-se a obrigação
Com Culpa (Civil)  negligência, imperícia, imprudência ou conduta intencional  resolve-se a obrigação + perdas e danos
Frutos
Percebidos (colhidos)  pertencem ao devedor
Pendentes  pertencem ao credor
Benfeitorias  devedor poderá exigir aumento do preço e caso o credor não aceite a obrigação poderá ser extinta
De Restituir
Perda
Sem Culpa  credor arcará com os prejuízos
Com Culpa  devedor deverá responder pelo equivalente + perdas e danos
Deterioração
Sem Culpa  credor arcará com os prejuízos recebendo a coisa como está
Com Culpa  devedor deverá responder pelo equivalente + perdas e danos
Pagamento das Demais Obrigações  até a data da perda
Coisa Incerta
Escolha
Regra  cabe ao Devedor
Exceção  cabe a outra pessoa (credor ou terceiro) ou ao juiz caso não haja decisão
Perda ou Resolução da Coisa
Antes da Escolha  obrigação permanece
Após a Escolha  tratada como obrigação de dar coisa certa
Impossibilidade do Objeto
01
02
03
04
05
Perda Sem Culpa  Apenas resolve-se.
Deterioração Sem Culpa  O Credor poderá optar pela resolução ou ficar com a coisa com abatimento do preço.
Dar Coisa Certa 
Perda Com Culpa  resolve-se com perdas e danos + o equivalente.
Deterioração Com Culpa  o credor poderá escolher entre ficar com a coisa ou resolver a obrigação recebendo o equivalente, sempre com perdas e danos.
Dar Coisa Certa
Perda ou Deterioração Antes da Escolha  
Não há como resolver a obrigação.
Perda ou Deterioração Após da Escolha  
Transforma-se em OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA.
Dar Coisa Incerta
Perda Sem Culpa  resolve-se a obrigação com pagamento do devido até o dia da perda.
Deterioração Sem Culpa  recebe a coisa como estiver. 
Restituir
Perda Com Culpa  pagará o equivalente + perdas e danos.
Deterioração Com Culpa  pagará o equivalente + perdas e danos.
Restituir
Obrigações
de Dar
MAPA MENTAL
Obrigação de Fazer
OBRIGAÇÃO DE FAZER
Fungível ou Pura e Simples
Sem Culpa  Apenas Resolução.
Com Culpa  Determinar que 3º o faça + Perdas e Danos.
Urgente  Independe de autorização judicial.
Não-Urgente  Depende de autorização judicial.
Infungível ou Personalíssima
Sem Culpa  Apenas Resolução.
Com Culpa  Resolução + Perdas e Danos.
Possibilidade de Cumprimento  astreintes.
Obrigação de Não-Fazer
OBRIGAÇÃO DE NÃO-FAZER
Sem Culpa  Apenas Resolução.
Com Culpa  Determinar que 3º desfaça + Perdas e Danos.
Urgente  Independe de autorização judicial.
Não-Urgente  Depende de autorização judicial.
Obrigação Alternativa
Obrigação Alternativa vs. Obrigação Facultativa
Cabimento da Escolha
Regra  Devedor
Pluralidade de Optantes
3º ou Juiz
Prestações Periódicas
Impossibilidade de Alguma Alternativa
Sem Culpa  Cumprimento da prestação restante.
Com Culpa
Escolha do Devedor  cumprimento da outra prestação.
Escolha do Credor  exigir a prestação restante ou o valor da outra + perdas e danos
Impossibilidade de Todas as Alternativas
Sem Culpa  Resolução da Obrigação.
Com Culpa
Escolha do Devedor  Pagar o valor da que por último de impossibilitou + Perdas e Danos.
Escolha do Credor  Cobrar o valor de qualquer delas + Perdas e Danos.
Obrigação Divisível e Indivisível
Obrigação Divisível
Multiplicidade de Sujeitos
Divisibilidade de Objeto (natural, econômica E jurídica)  divide-se em tantos quantos forem os sujeitos
Obrigação Indivisível
Indivisibilidade do Objeto (natural, econômica OU jurídica)  mesmo que existam vários Sujeitos, a obrigação será una
Pluralidade de devedores  Cada um dos devedores será obrigado pelo todo
Sub-rogação do devedor pagante
Pluralidade de credores  Cada credor poderá exigir a dívida toda
Devedor se desobriga pagando a todos conjuntamente, ou a um deles, desde que receba caução de ratificação
Adimplemento da Obrigação Indivisível
Sendo sem caução permanecerá o devedor obrigado com os demais
Caso um dos credores perdoe a obrigação indivisível, a dívida ainda será mantida perante os demais, descontada a quota do credor remitente
O mesmo se aplica em casos de transação, novação, compensação ou confusão
Inadimplemento da Obrigação Indivisível
Sem Culpa  Resolução da Obrigação.
Com Culpa  Resolve-se com Perdas e Danos, TRANSFORMANDO-SE, portanto, em obrigação divisível
Culpa de todos os devedores  divide-se em partes iguais as perdas e danos
Culpa de um ou alguns devedores  apenas o(s) culpado(s) responderá(ão) pelas Perdas e Danos
Obrigação Solidária
Solidariedade (Regra Geral)
Multiplicidade de Sujeitos
Divisibilidade de Objeto (natural, econômica E jurídica)  divide-se em tantos quantos forem os sujeitos
Solidariedade Ativa
Indivisibilidade do Objeto (natural, econômica OU jurídica) mesmo que existam vários Sujeitos, a obrigação será una
Pluralidade de devedores  Cada um dos devedores será obrigado pelo todo
Sub-rogação do devedor pagante
Pluralidade de credores  Cada credor poderá exigir a dívida toda
Devedor se desobriga pagando a todos conjuntamente, ou a um deles, desde que receba caução de ratificação
Solidariedade Passiva
Inexistência de renúncia da solidariedade em caso de ação contra um ou alguns dos co-devedores
Em caso de morte de co-devedor os herdeiros assumirão a sua responsabilidade na condição do quinhão hereditário
Concorrência da quantia paga por outro co-devedor
Sub-rogação
Resolução por culpa  a todos incumbe o pagamento do equivalente, mas somente ao culpado as perdas e danos
Oposição de exceções comuns e pessoais contra o credor
Renúncia da solidariedade  a todos ou a algum(ns) devedores
Dívida por interesse de somente um ou alguns devedores
Mapa Mental
Transmissão das Obrigações
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Transmissão das Obrigações
Cessão de crédito
Sujeitos
Credor Cedente
Credor Cessionário
Devedor  apenas para eventual cientificação
Liberdade de Cessão  (in)alienabilidade
Crédito = Bem Móvel por Força de Lei
Proibição de Cessão  pela natureza da obrigação, por lei ou cláusula proibitiva
Forma e Eficácia
Inter Partes  qualquer forma
Erga Omnes  instrumento público ou particular com a indicação da data e do lugar da relação, a qualificação do cedente e do cessionário, a data e o objetivo da outorga com a designação
Forma e Eficácia
Títulos de Crédito
Pro Soluto
Pro Solvendo
Ao Portador  Tradição
Nominal  Endosso em Branco ou em Preto
Notificação do Devedor e desnecessidade da sua anuência
Apenas será eficaz a cessão perante o devedor quando ele for cientificado
Caso o devedor pague perante o cedente, ficará desonerado perante o cessionário
Cessão de Título de Crédito
A cessão, em tese, se prova pela tradição do Título de Crédito
Devedor deve pagar a quem lhe apresentar o Título de Crédito
(In)oponibilidade das Exceções
Formais  o devedor pode opor contra todos
Pessoais
Em Regra  o devedor pode opor somente contra quem de direito seja oponível. Contra o cedente o que tenha contra ele e contra o cessionário somente o que tenha contra ele.
Poderá opor contra o cessionário as exceções que tinha contra o cedente no momento que tomou ciência da cessão.
Responsabilidade das Partes
Pela Existência da Dívida
Obrigações Gratuitas  do Cedente, caso tenha agido com má-fé
Obrigações Onerosas  do Cedente
Pela Solvência da Dívida  em regra do Cessionário
Penhora do Crédito
Antes da Penhora  é “livre” a Cessão
Após a Penhora  será proibida a Cessão
Fraude Contra Credores
Notificação do Devedor acerca da penhora
Não notificado  caso pague, terá quitada a sua obrigação
Notificado  deverá pagar novamente
Mapa Mental
Não Precisa ser Notificado
Sem notificação  se desonera caso pague ao cedente
Notificado  só pode pagar ao cessionário
Em regra  responde pela solvência da obrigação
Caso o devedor não seja notificado não poderá cobrá-lo
se já tiver realizado o pagamento para o cedente
Em regra  responde pela existência da Obrigação
Obrigações Gratuitas  somente quando há má-fé
Devedor
Credor¹
(Cedente)
Credor²
(Cessionário)
Assunção de Dívida
Autonomia entre as partes
Quitação da obrigação do devedor original
Devedor Insolvente
Credor aprova sem ciência da insolvência  devedor permanece obrigado
Credor aprova com ciência da insolvência  credor assume o risco
Necessidade de anuência do Credor
Só será eficaz caso o Credor assinta à assunção de dívida
Crédito Pessoal em geral  apenas anuência expressa, considerando recusado caso não haja resposta ao término do prazo estipulado
Crédito Hipotecário  anuência expressa ou tácita em até 30 dias
Anulação da Assunção
Voltam todos os créditos
Voltam as garantias originais
Garantias prestadas por terceiros  voltam apenas se ele conhecia o vício
Extinção das Obrigações
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Direto
Extinção
das
Obrigações
Pagamento
Indireto
Parcial
Inadimplemento
Consignação
Sub-Rogação
Imputação 
Dação 
Novação
Compensação
Confusão
Remissão
Quem deve pagar
A quem pagar
Objeto do pagamento
Lugar do pagamento
Tempo do pagamento
Total
Relativo
Absoluto
Pagamento
Quem deve Pagar (solvens)
Devedor
3º Interessado  sub-roga-se na condição de credor
3º Não-Interessado
Com desconhecimento ou oposição do devedor  sem reembolso caso o devedor tivesse poder para se defender da cobrança
Em nome e por conta do Devedor (sem oposição)  sub-roga-se na condição de credor
Em nome próprio
No vencimento  direito ao reembolso, mas sem sub-rogação
Antes do vencimento  só será reembolsado quando vencer a dívida, mas sem sub-rogação
Fiador
Avalista
Sócio
Cônjuge
Companheiro
Terceiros
Interessados
Condômino
A quem Pagar (acipiens)
Credor
Representante do Credor
Terceiro não representante  só valer depois de por ele ratificado, ou tanto quanto reverter em seu proveito
Credor Putativo  o pagamento vale se feito de boa-fé
Credor Incapaz
Feito perante o representante do incapaz  válido
Feito diretamente ao incapaz  só válido caso se reverta a seu favor
Portador de Quitação  presume-se válido o pagamento
Pagamento de Crédito Penhorado  devedor deverá pagar de novo, ressalvado o direito de regresso contra o credor
Objeto do Pagamento 
Pacta Sunt Servanda
Alteração da Prestação
Objetivo divisível, mas sem ajuste sobre a divisão  execução indivisível
Curso Forçado da Moeda
Execução da Obrigação
Contrato
Proposta
Desvalorização, Revisão e Correção da Prestação  a pedido da parte o juiz poderá rever o valor entre o momento da sua fixação e a execução da obrigação
Prova do Pagamento 
Quitação  quitare – quietare – quiescere (aquietar)
Direito do Devedor  retenção do pagamento
Forma e Pressupostos  INSTRUMENTO PARTICULAR com indicação do valor e da espécie da dívida, do nome do devedor, ou de quem por este pagou, do tempo e do lugar do pagamento e a assinatura do credor, ou do seu representante
Descumprimento de forma e Pressupostos  valerá o pagamento caso fique comprovado o pagamento
Títulos de Crédito  devolução do documento faz presumir a quitação da obrigação
Presunção Relativa  pode ser afastada com prova em até 60 dias
Não Devolução  direito de retenção do pagamento
Em caso de Perda do Documento  2ª via inutilizará a 1ª via
Obrigação Fracionada  a quitação da última faz presumir a das anteriores
Obrigação Acessória  a quitação da principal faz presumir a da acessória
Despesas com o pagamento  em regra com o devedor
Despesas com a entrega de coisa  em regra com o devedor
Despesas com o registro  em regra com o credor
Aumento por culpa do credor  o credor arcará com a diferença acrescida
Obrigação ad mensuram  uso das pedidas do local da execução
Metros² – Acre – Alqueire – Hectare – Tarefa
	Metro(s)²	1
	Acre	0,000247
	Alqueire mineiro	0,000021
	Alqueire do norte	0,000037
	Alqueire paulista	0,000041
	Hectare	0,000100
	Tarefa	1
	Metros²	4.356
Exemplo
DO LUGAR DO PAGAMENTO
Regra Geral  Domicílio do devedor
Exceção 
Se as partes convencionarem diversamente
Se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias
Dois ou mais lugares  cabe ao credor escolher entre eles
Obrigação de Transferir Imóvel  no lugar onde situado o bem
Alteração do Local
Supressio e Surrectio
DO TEMPO DO PAGAMENTO
Regra Geral  à vista
Exceção 
Tempo ajustado
Vencimento Antecipado
no caso de falência do devedor, ou de concurso de credores
se os bens, hipotecados ou empenhados, forem penhorados em execução por outro credor
se cessarem, ou se se tornarem insuficientes, as garantias do débito, fidejussórias, ou reais, e o devedor, intimado, se negar a reforçá-las.
FORMAS ANÔMALAS DE PAGAMENTO
Consignação
Consignação vs. Depósito
Cabível quando:
se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declaradoausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Enquanto o credor não declarar que aceita o depósito, ou não o impugnar, poderá o devedor requerer o levantamento
Se a escolha da coisa indeterminada competir ao credor, será ele citado para esse fim, sob cominação de perder o direito e de ser depositada a coisa que o devedor escolher; feita a escolha pelo devedor, proceder-se-á como no artigo antecedente.
As despesas com o depósito, quando julgado procedente, correrão à conta do credor, e, no caso contrário, à conta do devedor.
O devedor de obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco do pagamento.
Judicial
Extrajudicial  apenas dinheiro
Sub-Rogação
Objetiva
Pessoal
Ocorre quando:
De pleno direito
do credor que paga a dívida do devedor comum;
do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel;
do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte.
Convencional
quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos;
II - quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito.
A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.
Na sub-rogação legal o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do credor, senão até à soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.
O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar inteiramente o que a um e outro dever.
Imputação
A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos.
Não tendo o devedor declarado em qual das dívidas líquidas e vencidas quer imputar o pagamento, se aceitar a quitação de uma delas, não terá direito a reclamar contra a imputação feita pelo credor, salvo provando haver ele cometido violência ou dolo.
Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital.
Se o devedor não fizer a indicação, e a quitação for omissa quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa.
Dação
Negócio Jurídico Bilateral
O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida.
Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.
Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.
Novação
Ocorrerá quando:
quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;  OBJETIVA
quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.  SUBJETIVAS
Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrário. Não aproveitará, contudo, ao credor ressalvar o penhor, a hipoteca ou a anticrese, se os bens dados em garantia pertencerem a terceiro que não foi parte na novação.
Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.
Compensação
Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.
Quando as duas dívidas não são pagáveis no mesmo lugar, não se podem compensar sem dedução das despesas necessárias à operação.
Sendo a mesma pessoa obrigada por várias dívidas compensáveis, serão observadas, no compensá-las, as regras estabelecidas quanto à imputação do pagamento.
Confusão
Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela.
A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade.
Remissão
Negócio Jurídico Bilateral
A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro.
A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir.
A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, NÃO A EXTINÇÃO DA DÍVIDA.
A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
INADIMPLEMENTO OBRIGACIONAL
Espécies
Quanto ao Critério Objetivo
Inexecução Voluntária
Cumprimento Tardio
Cumprimento Defeituoso
Descumprimento dos Deveres Anexos
Inadimplemento Absoluto
Impossibilidade do objeto
Ausência de vontade do devedor
Inadimplemento Relativo  Mora
Inadimplemento Total
Inadimplemento Parcial
Efeitos
Perdas e Danos
Danos Emergentes
Lucros Cessantes
Juros
Compensatórios
De Mora
Legais
Convencionais
Simples
Compostos
Correção ou Atualização Monetária
Cláusula Penal
Honorários advocatícios
Arras ou Sinal

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