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Projetos de Instalações Elétricas II EELET.10N1 Aula 03 Prof. Edgard Pereira Cardoso 2/2022 Centro Universitário Newton de Paiva Instituto de Ciências Exatas Escola de Engenharia Elétrica Sistemas De Aterramento 2 1 Sistema de Aterramento - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Sistema de aterramento o conjunto de condutores, cabos, hastes e conectores interligados, projetados de modo a suportar a condução e dissipação para o solo das correntes que sejam impostas a esse sistema. • Para a análise do comportamento de um sistema de aterramento elétrico deve levar em conta dois aspectos: Segurança das pessoas e/ou animais em contato ou próximo as partes condutoras; Continuidade do sistema elétrico (retorno de corrente pelo solo); • Para um bom desenvolvimento do projeto de um sistema de aterramento é fundamental o conhecimento das características do solo, principalmente a análise da resistividade (Kindermann & Campagnolo, 1995). • A unidade da resistividade é dada por [Ω·m]. Seu valor é influenciado diretamente por diversos fatores, onde os que se destacam são: composição do solo; concentração dos sais dissolvidos; Umidade; Compactação e temperatura. 1 Sistema de Aterramento - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • A literatura indica que os valores da resistividade para diferentes tipos de solos podem variar de valores menores que 1 Ω·m para solos embebidos na água do mar até valores de 109 Ω·m para o arenito. • A variação em um mesmo local é devido à profundidade das camadas estratificadas do solo, pois conforme aumenta à profundidade do solo a resistividade tende ao infinito, ou seja, o solo adquire características de um material isolante. • O levantamento dos valores da resistividade é feito através de medições em campo, utilizando-se métodos de prospecção geoelétricos, dentre os quais, o mais conhecido e utilizado é o Método de Wenner. 1 Sistema de Aterramento - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Faixa de Valores Usuais de Resistividade de Certos Tipos de Solo • Outros fatores que influenciam na resistividade do solo, são: 1 Segurança em Instalações Elétricas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Combinações mais comuns visando proteção contra choques elétricos (equipamento + instalação ou só o equipamento): • Isolação básica: aplicada às partes vivas, destinada a assegurar proteção básica contra choques elétricos; • Isolação suplementar: independente e adicional à isolação básica, destinada a assegurar proteção na falha da isolação básica; • Dupla isolação: corresponde simultaneamente a isolação básica e suplementar. 1 Localização do Sistema - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • A localização do sistema de aterramento depende da posição estratégica ocupada pelos equipamentos elétricos importantes do sistema elétrico em questão. • Por exemplo, a localização otimizada de uma subestação, que deve ser definida levando em consideração os seguintes itens: Centro geométrico de cargas; Local com terreno disponível; Terreno acessível economicamente; Local seguro às inundações; Não comprometer a segurança da população • O local do aterramento fica condicionado ao sistema de energia elétrica ou, mais precisamente, aos elementos importantes do sistema. Escolhido preliminarmente o local, devem ser analisados novos itens, tais como: Estabilidade da pedologia do terreno; Possibilidade de inundações a longo prazo; Medições locais 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Um solo apresenta uma resistividade que depende do tamanho do sistema de aterramento. A dispersão de correntes elétricas atinge camadas profundas com o aumento da área envolvida pelo aterramento; • Para se efetuar o projeto do sistema de aterramento deve-se conhecer a resistividade aparente que o solo apresenta para o especial aterramento pretendido. • A resistividade do solo, que espelha suas características, é, portanto, um dado fundamental e por isso, será dada especial atenção à sua determinação. • O levantamento dos valores da resistividade é feito através de medições em campo, utilizando-se métodos de prospecção geoelétricos, dentre os quais, o mais conhecido e utilizado é o Método de Wenner: Medição de Resistividade do Solo 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Um Ponto “C”, imerso sob a superfície de um solo homogêneo, emanando uma corrente elétrica I, produz um perfil de distribuição do fluxo de corrente como o mostrado: Potencial em um ponto C P • A corrente I então se espalhará dando origem a uma densidade de corrente: • Sendo o campo elétrico dado por: • O potencial escalar é definido pela lei de Faraday 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Para a medida da resistividade do solo em um Ponto C da superfície do terreno de resistência específica uniforme (Ω/m) , injeta-se uma corrente I e que se aplica um certo potencial Vp (volts) no Ponto P sob o terreno: Assim, o potencial Vp no Ponto P , devido à corrente I , pode ser representado por: Onde dr⇒ é a variação infinitesimal na direção radial ao longo do raio r. Potencial em um ponto 1 Medição de Resistividade do Solo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • As linhas de corrente se comportam como se houvesse uma fonte de corrente pontual simétrica em relação a superfície do solo. • O comportamento é idêntico a uma imagem real simétrica da fonte de corrente pontual. 1 Medição de Resistividade do Solo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Portanto, para achar o potencial de um Ponto P em relação ao infinito, basta efetuar a superposição do efeito de cada fonte da corrente individualmente. Como : Assim, para determinar o potencial do Ponto P basta usar duas vezes a expressão de VP: • As linhas de correntes se comportam como se houvesse uma fonte de corrente pontual simétrica em relação a superfície do solo 1 Medição de Resistividade do Solo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Para medir a resistividade do solo, a forma mais natural é introduzir uma corrente entre dois eletrodos inseridos na terra e medir a tensão entre dois eletrodos intermediários chamados de eletrodos de potencial. • Para o levantamento da curva de resistividade do solo, no local do aterramento, pode-se empregar diversos métodos, entre os quais: Método de Wenner, de Lee e o de Schlumbeger – Palmer. • A NBR 5410 fixa um valor máximo para resistência de aterramento em 10 Ohms, em alguns casos onde a resistividade do solo é elevada, é impossível obter uma resistência de 10 Ohms. Portanto, é necessário fazer uma medição da resistividade do solo, para poder avaliar o valor da resistência de aterramento possível para o solo específico. • No Método de Wenner usa quatro pontos alinhados , igualmente espaçados , cavados a uma mesma profundidade 1 Medição de Resistividade : Método de Wenner - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Uma corrente elétrica I é injetada no Ponto 1 pela primeira haste e coletada no Ponto 4 pela última haste. Esta corrente, passando pelo solo entre os Pontos 1 e 4, produz potencial nos Pontos 2 e 3 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Fazendo a divisão da diferença de potencial V23 pela corrente I, teremos o valor da resistência elétrica R do solo para uma profundidade aceitável de penetração da corrente I. Assim teremos: Medição de Resistividade : Método de Wenner Então : Onde: R = Leitura da resistência em Ω no Megger, para uma profundidade “a” a = Espaçamento das hastes cravadas no solo p = Profundidade da haste cravada no solo 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • A expressão encontrada é conhecida como Fórmula de Palmer, e é usada no Método de Wenner. Recomenda-se que: Diâmetro da haste≤ 0,1a • Para um afastamento entre as hastes relativamente grande, isto é, a > 20p , a fórmula de Palmer se reduz a: • Variando-se o espaçamento e os pontos de medições teremos um conjunto de valores da resistividade a cada profundidade. Calculando a média desses valores obtidos e traçando um gráfico das resistividades médias (ρ.m), em função dos espaçamentos “a” teremos uma curva da resistividade média( ρ.m × a ). Medição de Resistividade : Método de Wenner 1 Medição de Resistividade: Método Wenner - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • O arranjo é constituído de dois eletrodos de corrente C1 e C2 (a corrente entra no ponto C1 e sai no ponto C2 ) e dois de potencial P1 e P2 (a diferença de potencial é medida nos eletrodos P1 e P2 ), enterrados a uma profundidade “a" e igualmente espaçados da distância “a“; 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2021 • o método considera que uma porção de aproximadamente 58% da corrente que passa entre as hastes externas, ocorre em uma profundidade igual ao espaçamento entre as hastes. Desta forma, quanto maior for a área de medição, maior será a profundidade de penetração da corrente injetada no solo. • Contudo esse fluxo que ultrapassa a profundidade “a” pode ser desconsiderado, pois se tratando de uma profundidade elevada, o seu efeito torna-se irrelevante para a medição. Medição de Resistividade: Método Wenner • Portanto, para efeito do Método de Wenner, considera-se que o valor da resistência elétrica lida no aparelho é relativa a uma profundidade “a” do solo. 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • As hastes usadas no método devem ter aproximadamente 50cm de comprimento com diâmetro entre 10 a 15mm. Devem ser feitas diversas leituras, para vários espaçamentos, com as hastes sempre alinhadas Medição de Resistividade: Método Wenner 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Medição de Resistividade: Método Wenner • Após a medição, devemos juntar os dados em uma tabela, e avaliar quais deverão ser considerados e quais deverão ser desprezados. Essa avaliação deverá ser realizada da seguinte forma: a) Calcular a média aritmética dos valores de resistividade calculados para cada espaçamento; b) Com base nessas médias calcular a diferença entre cada valor de resistividade e a média de seu espaçamento; c) Desprezar todos os valores de resistividade que tenham desvio maior que 50% em relação a média. Todos os valores com desvio abaixo de 50% serão aceitos; d) Caso seja observado um elevado número de desvios acima de 50%, recomenda-se realizar novas medidas no local. Se a ocorrência dos desvios persistir, deveremos considerar esta região independente para efeito de modelagem; e) Com os dados já analisados, calcula-se novamente a média aritmética das resistividades remanescentes; f) Com as resistividades médias para cada espaçamento, tem-se os valores definitivos para traçar a curva ρ x a , necessária ao procedimento das aplicações dos métodos de estratificação do solo. 1 Estratificação do Solo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Considerando as características que normalmente apresentam os solos, em virtude da sua própria formação geológica ao longo dos anos, a modelagem em camadas estratificadas, isto é, em camadas horizontais, tem produzido excelentes resultados comprovados na prática. Onde: 1 Estratificação do Solo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Com base na curva ρ × a , serão apresentados diversos métodos de estratificação do solo, entre os quais: • Método de estratificação de duas camadas: Utilizando curvas Utilizando técnicas de otimização Utilizando simplificações • Método de Pirson para estratificação do solo em várias camadas • Método Gráfico de Yokogawa para estratificação do solo em várias camadas 1 Modelagem do Solo em duas camadas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Usando as teorias do eletromagnetismo no solo com duas camadas horizontais, é possível desenvolver uma modelagem matemática, que, com o auxílio das medidas efetuadas pelo Método de Wenner, possibilita encontrar a resistividade do solo da primeira e segunda camadas, bem como suas respectivas profundidades. • Uma corrente elétrica I entrando no ponto A, no solo de duas camadas gera potenciais (V) na primeira camada, que devem satisfazer a Equação de Laplace. Onde: V = Potencial na primeira camada do solo 1 Modelagem do Solo em duas camadas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Desenvolvendo a Equação de Laplace relativamente ao potencial V de qualquer ponto p da primeira camada do solo, distanciado de “r” da fonte de corrente A, chega-se a seguinte expressão: V = é o potencial de um ponto p qualquer da primeira camada em relação ao infinito ρ1 - Resistividade da primeira camada ρ2 - Resistividade da segunda camada h = Profundidade da primeira camada r = Distância do ponto p à fonte de corrente A K = Coeficiente de reflexão Onde : 1 Modelagem do Solo em Duas Camadas: Configuração de Wenner - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • A expressão o solo de duas camadas, aplicada na configuração de Wenner: • Nesta configuração, a corrente elétrica I entra no solo pelo Ponto A e retorna ao aparelho pelo Ponto D. Os pontos B e C são os eletrodos de potencial. • O potencial no Ponto B, será dado pela superposição da contribuição da corrente elétrica entrando em A e saindo por D. 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Modelagem do Solo em Duas Camadas: Configuração de Wenner 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 A expressão para VBC será dada então por VB – VC Modelagem do Solo em Duas Camadas: Configuração de Wenner 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 A expressão para VBC/ I será dada pela leitura do aparelho. • De acordo com expressão anterior a resistividade elétrica do solo, para o espaçamento “a” é dada por ρ(a) = 2πaR . Após a substituição, obtém-se finalmente: Modelagem do Solo em Duas Camadas: Configuração de Wenner 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 ρ(a)= Resistividade para eletrodos a uma distância “a” ρ1 = Resistividade da primeira camada; ρ2 = Resistividade da segunda camada h = Profundidade da primeira camada; a = Distância entre os eletrodos; K = Coeficiente de reflexão definido por: Onde: Modelagem do Solo em Duas Camadas: Configuração de Wenner 1 Estratificação em duas Camadas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Método de duas camadas usando curvas; • Método de duas camadas usando técnicas de otimização; • Método simplificado para estratificação do solo de duas camadas. • Empregando estrategicamente a expressão abaixo, é possível obter alguns métodos de estratificação do solo para duas camadas. Entre eles, os mais usados são: 1 Método de Duas Camadas usando Curvas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Como já observado, a faixa de variação do coeficiente de reflexão K é pequena, e está limitada entre -1 e +1. Pode-se então, traçar uma família de curvas de ρ(a)/ ρ1 em função de h/a para uma série de valores de K negativos e positivos, cobrindo toda a sua faixa de variação. 1 Método de Duas Camadas usando Curvas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Com base na família de curvas teóricas, é possível estabelecer um método que faz o casamento da curva ρ(a) x a, medida por Wenner, com uma determinada curva particular. Esta curva particular é caracterizada pelos respectivos valores de ρ1, Κ e h. Assim, estes valores são encontrados e a estratificação está estabelecida. curvas teóricas para K negativos. curvas teóricas para K positivos. 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Procedimento de calculo para definir a estratificação do soloem duas camadas: 2º passo: Prolongar a curva ρ(a) x a até cortar o eixo das ordenadas do gráfico. Neste ponto, é lido diretamente o valor de ρ1, isto é, a resistividade da primeira camada. Para viabilizar este passo, recomenda-se fazer várias leituras pelo método de Wenner para pequenos espaçamentos. Isto se justifica porque a penetração desta corrente dá-se predominantemente na primeira camada. 1º passo: Traçar em gráfico a curva ρ(a) x a obtida pelo método de Wenner; 3º passo: Um valor de espaçamento a1 é escolhido arbitrariamente, e levado na curva para obter-se o correspondente valor de ρ(a1) 4º passo: Pelo comportamento da curva ρ(a) x a, determina-se o sinal de K. Isto é: • Se a curva for descendente, o sinal de K é negativo e efetua-se o cálculo de ρ(a1)/ ρ1; • Se a curva for ascendente, o sinal de K é positivo e efetua-se o cálculo de ρ1/ρ(a1); Método de Duas Camadas usando Curvas 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 5º passo: Com o valor de ρ(a1)/ ρ1 ou ρ1/ρ(a1) obtido, entra-se nas curvas teóricas correspondentes e traça-se uma linha paralela ao eixo da abscissa. Esta reta corta curvas distintas de K. Proceder a leitura de todos os k específicos e h/a correspondentes. 6º passo: Multiplica-se todos os valores de h/a encontrados no quinto passo pelo valor de a1 do terceiro passo. Assim, com o quinto e sexto passo, gera-se uma tabela com os valores correspondentes de K, h/a e h. 7º passo: Plota-se a curva K x h dos valores obtidos da tabela gerada no sexto passo. 8º passo: Um segundo valor de espaçamento a2 ≠ a1 é novamente escolhido, e todo o processo é repetido, resultando numa nova curva K x h. 9º passo: Plota-se esta nova curva K x h no mesmo gráfico do sétimo passo. 10º passo: A interseção das duas curvas K x h num dado ponto resultado resultará nos valores reais de K e h, e a estratificação estará definida Procedimento de calculo para definir a estratificação do solo em duas camadas: Método de Duas Camadas usando Curvas 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo: Efetuar a estratificação do solo em duas camadas usando Curvas, utilizando os valores medidos em campo pelo método de Wenner, cujos dados estão na tabela abaixo: Método de Duas Camadas usando Curvas 1º passo: Traçar em gráfico a curva ρ(a) x a obtida pelo método de Wenner; 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas 2º passo: Prolongar a curva ρ(a) x a até cortar o eixo das ordenadas do gráfico. Neste ponto, é lido diretamente o valor de ρ1, isto é, a resistividade da primeira camada. ρ1 = 700 Ω.m 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas 3º passo: Um valor de espaçamento a1 é escolhido arbitrariamente, e levado na curva para obter-se o correspondente valor de ρ(a1) a1 = 4 m ρ (a1) = 415 Ω.m 4º passo: Pelo comportamento da curva ρ(a) x a, e descendente, o sinal de K é negativo, efetua-se o cálculo de ρ(a1)/ ρ1; ρ1 = 700 Ω.m 𝜌 𝑎1 𝜌1 = 415 700 = 0,593 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas 5º passo: Com K é negativo e com o valor de ρ(a1)/ ρ1= 0,593 obtido, entra-se nas curvas teóricas correspondentes e traça-se uma linha paralela ao eixo da abscissa. Esta reta corta curvas distintas de K. Proceder a leitura de todos os k específicos e h/a correspondentes. curvas teóricas para K negativos. 𝝆 𝒂𝟏 𝝆𝟏 = 𝟎, 𝟓𝟗𝟑 𝟎, 𝟐𝟔𝟑 𝟎, 𝟒𝟐𝟑 𝟎, 𝟓𝟒𝟕 𝟎, 𝟔𝟐𝟓 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas 6º passo: Multiplica-se todos os valores de h/a encontrados no quinto passo pelo valor de a1 = 4 m (terceiro passo). Gera-se a tabela abaixo com os valores correspondentes de K, h/a e h. 𝒉 (𝒎) = 𝒂𝟏 × 𝒉 𝒂 ℎ 𝐾−0,3 = 4 × 0,263 = 1,052 𝑚 ℎ 𝐾−0,4 = 4 × 0,423 = 1,692 𝑚 7º passo: Plota-se a curva K x h dos valores obtidos da tabela gerada no sexto passo. ℎ 𝐾−0,5 = 4 × 0,547 = 2,188 𝑚 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas a1 = 4 m 8º passo: Um segundo valor de espaçamento a2 ≠ a1 é novamente escolhido, e todo o processo é repetido, resultando numa nova curva K x h. a2 = 6 m ρ (a2) = 294 Ω.m 𝝆 𝒂𝟐 𝝆𝟏 = 𝟐𝟗𝟒 𝟕𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟒𝟐 • K é negativo e com o valor de ρ(a2)/ ρ1= 0,42. Gera-se a tabela abaixo com os valores de K, h/a e h. 𝒉 (𝒎) = 𝒂𝟐 × 𝒉 𝒂 𝝆 𝒂𝟐 𝝆𝟏 = 𝟎, 𝟒𝟐 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas 8º passo: Com K é negativo e com o valor de ρ(a2)/ ρ1= 0,42 obtido, entra-se nas curvas teóricas correspondentes e traça-se uma linha paralela ao eixo da abscissa. Esta reta corta curvas distintas de K. Proceder a leitura de todos os k específicos e h/a correspondentes. curvas teóricas para K negativos. 𝝆 𝒂𝟏 𝝆𝟏 = 𝟎,𝟒𝟐 𝟎, 𝟑𝟎𝟓 𝟎, 𝟒𝟐𝟏 𝟎, 𝟔𝟏𝟗 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas 9º passo: Plota-se esta nova curva K x h no mesmo gráfico (a1 = 4 m e a2 = 6 m). a1 = 4 m h = 3,384 m 10º passo: A interseção das duas curvas K x h num dado ponto resultado resultará nos valores reais de K e h, e a estratificação estará definida h = 2,574 m K = - 0,616 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método de Duas Camadas usando Curvas h = 2,574 m 10º passo: A interseção das duas curvas K x h num dado ponto resultado resultará nos valores reais de K e h, e a estratificação estará definida K = - 0,616 − 0,616 = 𝜌2 − 700 𝜌2 + 700 = 𝜌2 = 166,36 Ω.𝑚 𝑲 = 𝝆𝟐 − 𝝆𝟏 𝝆𝟐 + 𝝆𝟏 = 𝝆𝟐 𝝆𝟏 − 𝟏 𝝆𝟐 𝝆𝟏 + 𝟏 ρ1 = 700 Ω.m 1 Método das Duas Camadas usando técnicas de Otimização - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Para determinado solo em duas camadas, há uma relação direta entre os espaçamentos das hastes e o respectivo valor de ρ(a), assim, os valores de ρ(a) medidos nos aparelhos e os valores obtidos pela equação devem ser os mesmos • Existem vários métodos que podem ser empregados para a otimização dos resultados: Método do Gradiente; Método de Newton; Método Quase-Newton; Método da direção aleatória; Método de Hooke e Jeeves; Método Linearizado. • Aplica-se técnicas de otimização para encontrar os valores ρ1, K e h com os menores desvios entre valores medidos e calculados; 1 Método com várias camadas usando curvas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Um solo com várias camadas apresenta uma curva ρ(a) x a ondulada, com trechos ascendentes e descendentes, conforme mostrado • Considerando o primeiro trecho como um solo de duas camadas, obtém-se ρ1, ρ2 e h1; • Ao analisar-se o segundo trecho, deve-se primeiramente determinar uma resistividade equivalente, vista pela terceira camada. Assim, procura-se obter a resistividade ρ3 e a profundidade da camada equivalente. E assim sucessivamente, seguindo a mesma lógica 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • O método simplificado oferece resultados razoáveis para quando o solo é considerado estratificável em apenas duas camadas e a curva ρ(a) x a possuir tendência de saturação assintótica nos extremos e paralela ao eixo das abcissas. • Ao analisar as curvas ρ(a) x a o prolongamento das assíntotas determina os valores de ρ1 e ρ2. Método Simplificado de Duas Camadas • Este método é baseado no deslocamento das hastes de medição, de modo que a distância (a) entre as hastes seja exatamente igual a profundidade (h) da primeira camada, assim a = h. 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2021 Assim como, 𝐚 = 𝒉 ou 𝒉 𝒂 = 𝟏, então: Então a leitura do Megger : Método Simplificado de Duas Camadas 𝜌(𝑎=ℎ) 𝜌1 = 𝑀(ℎ=𝑎) = 1 + 4 𝑛=1 ∞ 𝐾𝑛 1 + (2𝑛)2 − 𝐾𝑛 4 + (2𝑛)2 𝜌(𝑎=ℎ) = 𝜌1. 𝑀(ℎ=𝑎) 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de InstalaçõesElétricas II - 2022 Método Simplificado de Duas Camadas Procedimento de calculo para definir a estratificação do solo em duas camadas: 2º passo: Prolongar a curva ρ(a) x a até interceptar o eixo das ordenadas do gráfico. Neste ponto, é lido diretamente o valor de ρ1, isto é, a resistividade da primeira camada. 1º passo: Traçar em gráfico a curva ρ(a) x a obtida pelo método de Wenner; 4º passo: Calcular o coeficiente de reflexão K, através da expressão: 3º passo: Traçar a assíntota no final da curva ρ(a) x a até interceptar o eixo das ordenadas do gráfico. Neste ponto, é lido diretamente o valor de ρ2, isto é, a resistividade da segunda camada. 𝑲 = 𝝆𝟐 − 𝝆𝟏 𝝆𝟐 + 𝝆𝟏 = 𝝆𝟐 𝝆𝟏 − 𝟏 𝝆𝟐 𝝆𝟏 + 𝟏 5º passo: Com o coeficiente de reflexão K, traça-se a curva para através da expressão, onde ρ1 , ρ1 e K, sendo a profundidade “h” desconhecida 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método Simplificado de Duas Camadas 5º passo: Curva𝑀(ℎ=𝑎) versus K, sendo a profundidade “h” desconhecida Procedimento de calculo para definir a estratificação do solo em duas camadas: 7º passo: Com o valor de 𝜌(𝑎=ℎ) encontrado, entrar na curva de resistividade a curva ρ(a) x a e determinar a profundidade “h” da primeira camada do solo 𝜌(𝑎=ℎ) = 𝜌1. 𝑀(ℎ=𝑎)6º passo: Calcular : Sistemas De Aterramento Haste Vertical 50 1 Sistema de Aterramento: Uma haste vertical - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • O aterramento é a arte de se fazer uma conexão com a terra. Esta conexão é na realidade a interface entre o sistema de aterramento e toda a terra, e é por esta interface que é feito o contato elétrico entre a terra e o sistema de aterramento; • Os objetivos principais do aterramento são]: Obter uma resistência de aterramento mais baixa possível, para correntes de falta a terra; Proporcionar um caminho de escoamento para terra de descargas atmosféricas; Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta, dentro de limites de segurança de modo a não causar fibrilação do coração; Fazer com que equipamentos de proteção sejam mais sensibilizados e isole rapidamente as falhas a terra; • Através desta conexão, fluirão surtos transitórios eletromagnéticos e os curtos- circuitos. Suas características e eficácia devem satisfazer algumas prescrições de segurança. 1 Sistema de Aterramento: Uma haste vertical - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Uma haste cravada verticalmente em um solo homogêneo, tem uma resistência elétrica que pode ser determinada pela fórmula (G. Kindermann): Onde: ρa = Resistividade aparente do sono [Ω.m]; L = Comprimento da haste [m]; d = Diâmetro do círculo equivalente à área da secção transversal da haste [m] • No caso de haste tipo cantoneira, deve-se efetuar o cálculo da área da sua secção transversal e igualar à área de um círculo. 𝑑 = 2 𝑆𝑐𝑎𝑛𝑡𝑜𝑛𝑒𝑖𝑟𝑎 𝜋 1 Sistema de Aterramento: Uma haste vertical - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Uma haste cravada verticalmente em um solo homogêneo, tem uma resistência elétrica que pode ser determinada pela fórmula (João Mamede): Onde: ρa = Resistividade aparente do sono [Ω.m]; Lh = Comprimento da haste [m]; Dh = Diâmetro equivalente da haste de terra , em polegada • No caso de haste tipo cantoneira, deve-se efetuar o cálculo da área da sua secção transversal e igualar à área de um círculo. 𝑅𝑒𝑙 = 𝜌𝑎 2×𝜋×𝐿ℎ × 𝑙𝑛 400×𝐿ℎ 2,54×𝐷ℎ Ω 1 Exemplo : Sistema de Aterramento de uma haste vertical - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Determinar a resistência de terra de uma haste de 2,4m de comprimento com diâmetro 15mm, cravada verticalmente em um solo homogêneo com uma resistência elétrica de ρa = 100 Ω.m: 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 100 2𝜋 × 2,4 ln 4 × 2,4 15 × 10−3 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 42,85 Ω 1 Sistema de Aterramento: Uma haste vertical - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Nos sistemas de aterramento raramente uma única haste é o suficiente para chegarmos ao valor da resistência desejada; • Algumas alternativas para melhorarmos este valor de resistência são: aumentar o diâmetro da haste (limitações técnicas, e baixa relação custo-benefício); colocar mais hastes em paralelo; aumentar o comprimento da haste; reduzir a resistividade aparente do solo utilizando tratamento químico. 1 Sistema de Aterramento: Hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • A instalação de hastes em paralelo, reduzem significativamente o valor final da resistência de aterramento. Esta redução não segue simplesmente a lei de resistências em paralelo, em função da interferência que ocorre entre as zonas equipotenciais de cada haste, conforme abaixo. • Esta zona de interferência entre as linhas equipotenciais causa uma área de bloqueio do fluxo da corrente de cada haste, resultando uma maior resistência de terra individual. • Como a área de dispersão efetiva da corrente de cada haste torna-se menor, a resistência de cada haste dentro do conjunto aumenta. Portanto, a resistência elétrica do conjunto de duas haste é: 𝑹𝟏𝒉𝒂𝒔𝒕𝒆 𝟐 < 𝑹𝟐𝒉𝒂𝒔𝒕𝒆 < 𝑹𝟏𝒉𝒂𝒔𝒕𝒆 • Na instalação de duas hastes em paralelo o resultado final é um valor de resistência menor que aquele para uma haste, porém maior que o valor da resistência para uma haste dividido por dois. 1 Sistema de Aterramento: Hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Verifica-se que se aumentarmos o espaçamento entre as hastes essa interferência diminui, porém um aumento muito grande torna-se economicamente inviável. • Utiliza-se normalmente um espaçamento por volta do comprimento da haste, sendo assim é comum que esse espaçamento seja em torno de três metros. 1 Sistema de Aterramento: Hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • O valor da resistência equivalente para o conjunto das hastes, que é dado pela formula a seguir: Rh = Resistência apresentada pela haste “h” inserida no conjunto considerando as interferências das outras hastes; n = Número de hastes paralelas; Rhh = Resistência individual de cada haste sem a presença de outras hastes; Rhm = Acréscimo de resistência na haste “h” devido à interferência mútua da haste “m” Onde: ehm = Espaçamento entre a haste “h” e a haste “m” (em metros) L = Comprimento da haste “m” (em metros) 1 Sistema de Aterramento: Hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 𝑅ℎ𝑚 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏ℎ𝑚 + 𝐿 2 − 𝑒ℎ𝑚 2 𝑒ℎ𝑚 2 − 𝑏ℎ𝑚 − 𝐿 2 1 Sistema de Aterramento: hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Nos sistemas normais de aterramento empregam-se hastes iguais, o que facilita o cálculo da resistência equivalente. • Fazendo o cálculo para todas as hastes do conjunto (Rh) tem-se os valores da resistência de cada haste: 1 Sistema de Aterramento: hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Determinada a resistência individual de cada haste dentro do conjunto, já considerados os acréscimos ocasionados pelas interferências, a resistência equivalente das hastes interligadas será a resultante do paralelismo destas. 1 Sistema de Aterramento: hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Essa expressão indica que a resistência equivalente (Req) do conjunto de hastes em paralelo está reduzida K vezes o valor da resistência de uma haste, caso o sistema fosse montado com apenas uma haste isolada. • Tendo o valor da resistência equivalente do conjunto podemos calcular o índice de aproveitamento ou índice de redução (K), que é definido com a relação entre essa resistência (Req) e a resistência individual de cada haste sem a presença de outras hastes. • Para facilitar os processos de calculo os valores de K são tabelados,ou obtidos de curvas. 1 Sistema de Aterramento: hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Tabelas dos valores de K: 1 Sistema de Aterramento: hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Tabelas dos valores de K: 1 Sistema de Aterramento: hastes em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Expressões para Configurações Típicas de Eletrodos de Aterramento 1 Sistema de Aterramento: - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Expressões para Configurações Típicas de Eletrodos de Aterramento Sistemas de Aterramento Haste Vertical Dimensionamento 67 1 Dimensionamento: haste alinhadas em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Seja um sistema de aterramento formado por hastes em paralelo conforme abaixo: • É um sistema simples e eficiente, muito empregado em sistemas de distribuição de energia elétrica e no aterramento de equipamentos isolados; • Dentro da área urbana, efetua-se o aterramento ao longo do meio fio da calçada, o que é econômico e não prejudica o trânsito. • Para calcular a resistência equivalente desse arranjo é preciso levar em consideração a interferência de cada haste, duas a duas. 1 Dimensionamento: haste alinhadas em paralelo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Por exemplo, para um sistema de três hastes, tem-se: • Supondo que as hastes tenham o mesmo formato, então: • As resistências mútuas de acréscimo são obtidas usando a fórmula 𝑅12 = 𝑅21 = 𝑅23 = 𝑅32 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏12 + 𝐿 2 − 𝑒12 2 𝑒12 2 − 𝑏12 − 𝐿 2 𝑅13 = 𝑅31 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏13 + 𝐿 2 − 𝑒13 2 𝑒13 2 − 𝑏13 − 𝐿 2 𝑏12 = 𝐿 2 + 𝑒2onde : 1 Dimensionamento: Haste Alinhadas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Para este sistema, as hastes são cravadas nos vértices de um triângulo equilátero. • Seja um sistema real onde três hastes de aterramento de cobre são cravadas no solo, dispostas 2 metros uma da outra e interligadas por fio cobre nu. 1 Dimensionamento: Haste alinhadas em Triângulo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Todo o dimensionamento do sistema em triângulo baseia-se na definição do índice de redução (K), obtido através de tabelas ou curvas R1haste = Resistência elétrica de uma haste cravada isoladamente no solo; K = Índice de redução do sistema de aterramento, Req∆ = Resistência equivalente apresentada pelo sistema de aterramento em triângulo com lado “e” Onde: 1 Dimensionamento: Haste alinhadas Quadrado - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Todo o dimensionamento do sistema em quadrado vazio baseia-se na definição do índice de redução (K), obtido através de tabelas ou curvas R1haste = Resistência elétrica de uma haste cravada isoladamente no solo; K = Índice de redução do sistema de aterramento, Req = Resistência equivalente apresentada pelo sistema de aterramento na periferia do quadrado a uma distância “e” Onde: • Sistema com o formato de quadrado vazio, onde hastes são colocadas na periferia a uma distância “e” das hastes adjacentes 1 Dimensionamento: Haste Alinhadas Circunferência - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Todo o dimensionamento do sistema em circunferência baseia-se na definição do índice de redução (K), obtido através de tabelas ou curvas R1haste = Resistência elétrica de uma haste cravada isoladamente no solo; K = Índice de redução do sistema de aterramento, Req = Resistência equivalente apresentada pelo sistema de aterramento espaçadas da circunferência com raio R. Onde: • Sistema com o formato de circunferência, onde as hastes estão igualmente espaçadas da circunferência com raio R. 1 Exemplo : Calculo Resistência Equivalente (Req) - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Seja um laboratório de informática composto por 12 computadores e um servidor onde cada computador disponha de, no mínimo, 2m2 de forma a garantir o menor espaço para a operação dos equipamentos • O aterramento do quadro juntamente com os circuitos deverá seguir a norma e, portanto, a resistência de aterramento não deve ultrapassar o valor máximo de 10 Ω. Esse valor é considerado conforme orientação da ABNT quando equalizado com o sistema de para-raios. • Quando não existir para-raios na instalação, o valor máximo da resistência de aterramento não deve ultrapassar os 25 Ω. • Neste projeto, por se tratar de um solo mais seco (resistividade do cimento ρa = 60 Ω.m) e um limite de valor de resistência de aterramento relativamente baixo, o sistema de aterramento terá uma geometria mais complexa e um custo mais alto. Exemplo 01: - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Calcular a resistência equivalente do aterramento (𝑅𝑒𝑞) do sistema formado por quatro hastes de cobre alinhadas, espaçadas de 3,0 metros, de comprimento 2,4 metros e diâmetro de 1/2" (12,7 mm). Determinar o índice de redução (K) • Sendo assim, a resistência equivalente de aterramento é dada por: • Para calcular a 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 , em um sistema de quatro haste, deve-se levar em conta o acréscimo de resistência ocasionada pela zona de interferência das linhas equipotenciais das outras hastes, que é dada por: 1 - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Como as hastes são todas do mesmo formato, temos: Exemplo 01: • As resistências mútuas de acréscimo , são obtidas usando a formula: onde : 𝑅11 = 𝜌𝑎 2𝜋𝐿 𝑙𝑛 4𝐿 𝑑 𝑅11 = 𝑅22 = 𝑅33 = 𝑅44 = 𝜌𝑎 2𝜋𝐿 𝑙𝑛 4𝐿 𝑑 𝑅11 = 𝑅22 = 𝑅33 = 𝑅44 = 𝜌𝑎 2𝜋 × 2,4 𝑙𝑛 4 × 2,4 1 2 × 2,54 × 10 −2 = 0,44 𝜌𝑎 𝑅11 = 𝑅22 = 𝑅33 = 𝑅44 = 0,44 𝜌𝑎 𝑅12 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏12 + 𝐿 2 − 𝑒12 2 𝑒12 2 − 𝑏12 − 𝐿 2 𝑏12 = 𝐿 2 + 𝑒12 2 e12 b12 𝑅11 = 𝑅22 = 𝑅33 = 𝑅44 𝑏12 = 2,4 2 + 3,02 = 5,76 + 9 = 14,76 = 3,84 𝑚 𝑅12 = 0,183 𝜌𝑎 2,4 𝑙𝑜𝑔 3,84 + 2,4)2 − 32 32 − ( 3,84 − 2,4)2 = 0,048 𝜌𝑎 𝑅12 = 0,048 𝜌𝑎 1 - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 01: • As resistências mútuas de acréscimo , são obtidas usando a formula: 𝑅21 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏21 + 𝐿 2 − 𝑒21 2 𝑒21 2 − 𝑏21 − 𝐿 2 e12 b12 e21 b21 𝑅12 = 𝑅21 = 𝑅23 = 𝑅32 = 𝑅34 = 𝑅43 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏12 + 𝐿 2 − 𝑒12 2 𝑒12 2 − 𝑏12 − 𝐿 2 onde : 𝑏21 = 𝐿2 + 𝑒212 e32 e23 b23 b32 e43 e34 b34 b43 𝑅12 = 𝑅21 = 𝑅23 𝑏21 = 2,42 + 3,02 = 5,76 + 9 = 14,76 = 3,84 𝑚 𝑅21 = 0,183 𝜌𝑎 2,4 𝑙𝑜𝑔 3,84 + 2,4)2 − 32 32 − ( 3,84 − 2,4)2 = 0,048 𝜌𝑎 𝑅21 = 0,048 𝜌𝑎 𝑅12 = 𝑅21 𝑅23 = ? 𝑅32 = ? 𝑅12 = 𝑅21 = 𝑅23 = 𝑅32 𝑅34 = ? 𝑅43 = ? 𝑅12 = 𝑅21 = 𝑅23 = 𝑅32 = 𝑅34 = 𝑅43 = 0,048 𝜌𝑎 onde : 𝑏12 = 𝐿2 + 𝑒122 1 - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 01: • As resistências mútuas de acréscimo , são obtidas usando a formula: e13 b13 onde : 𝑅13 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏13 + 𝐿 2 − 𝑒13 2 𝑒13 2 − 𝑏13 − 𝐿 2 𝑏13 = 𝐿 2 + 𝑒13 2 𝑅14 = ? R13 = 0,183 ρa 2,4 𝑙𝑜𝑔 6,46 + 2,4)2 − 62 62 − ( 6,46 − 2,4)2 = 0,0257 ρa 𝑏13 = 2,4 2 + 6,02 = 5,76 + 36 = 41,76 = 6,46 𝑚 b31 𝑅31 = ? 𝑅31 = 𝑅13 = 0,0257 𝜌𝑎 e31 𝑏31 = 𝑏13 = 6,46 𝑚 𝑅13 = ? onde : 𝑅14 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏14 + 𝐿 2 − 𝑒14 2 𝑒14 2 − 𝑏14 − 𝐿 2 𝑏14 = 𝐿 2 + 𝑒14 2 e14 b14 𝑏14 = 2,42 + 9,02 = 5,76 + 81 = 86,76 = 9,31 𝑚 R14 = 0,183 ρa 2,4 log 9,31 + 2,4)2− 92 92 − ( 9,31 − 2,4)2 = 0,0173 ρa b41 e41 𝑅41 = ? 𝑅41 = 𝑅14 = 0,0173 𝜌𝑎𝑏41 = 𝑏14 = 9,31 𝑚 1 - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 01: • As resistências mútuas de acréscimo , são obtidas usando a formula: e24 b24 onde : 𝑅24 = 0,183 × 𝜌𝑎 𝐿 𝑙𝑜𝑔 𝑏24 + 𝐿 2 − 𝑒24 2 𝑒24 2 − 𝑏24 − 𝐿 2 𝑏24 = 𝐿2 + 𝑒242 R24 = 0,183 ρa 2,4 𝑙𝑜𝑔 6,46 + 2,4)2− 62 62 − ( 6,46 − 2,4)2 = 0,0257 ρa 𝑏24 = 2,4 2 + 6,02= 5,76 + 36 = 41,76 = 6,46 𝑚 b42 𝑅42 = ? 𝑅42 = 𝑅24 = 0,0257 𝜌𝑎 e42 𝑏42 = 𝑏24 = 6,46 𝑚 𝑅24 = ? • Calculando 𝑹𝟏 , 𝑹𝟐 , 𝑹𝟑 , 𝑹𝟒 𝑅1 = 0,44𝜌a + 0,048𝜌a + 0,0257𝜌a + 0,0173𝜌a = 0,531 𝜌a 𝑅2 = 0,048𝜌a + 0,44𝜌a + 0,048𝜌a + 0,0257𝜌a = 0,5617 𝜌a 𝑅3 = 0,0257𝜌a + 0,048𝜌a + 0,44𝜌a + 0,048𝜌a = 0,5617 𝜌a 𝑅4 = 0,0173𝜌a + 0,0257𝜌a + 0,048𝜌a + 0,44𝜌a = 0,531 𝜌a 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 01 • Calculado 𝑹𝟏 , 𝑹𝟐 , 𝑹𝟑 , 𝑹𝟒 : • Revido a simetria: R1 = R4 e R2 = R3 • Calculando a Resistência Equivalente Req 4h 𝑅1 = 0,44𝜌a + 0,048𝜌a + 0,0257𝜌a + 0,0173𝜌a = 0,531 𝜌a 𝑅2 = 0,048𝜌a + 0,44𝜌a + 0,048𝜌a + 0,0257𝜌a = 0,5617 𝜌a 𝑅3 = 0,0257𝜌a + 0,048𝜌a + 0,44𝜌a + 0,048𝜌a = 0,5617 𝜌a 𝑅4 = 0,0173𝜌a + 0,0257𝜌a + 0,048𝜌a + 0,44𝜌a = 0,531 𝜌a 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 01 • Calculando o Índice de Redução (K): 𝐾 = 𝑅𝑒𝑞 4ℎ 𝑅ℎℎ = 0,136 𝜌𝑎 0,44 𝜌𝑎 = 0,310 • Isto significa que a resistência equivalente de quatro haste é igual a 31% da resistência de uma haste isolada. 1 Exemplo 02 - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Será utilizado um sistema formado por quatro hastes de cobre com 2,4 metros de comprimento e diâmetro de 1/2" (12,7 mm), formando um quadrado vazio com um espaçamento de e = 2 metros entre elas. As hastes serão cravadas no solo e interligadas por um fio de cobre nu (# 50 mm2). • Sendo assim, a resistência equivalente de aterramento é dada por: • O valor de K é obtido através de uma curva em função do espaçamento entre as hastes e o comprimento delas. Para a configuração do nosso projeto K = 0,375. Então: 𝑅ℎ𝑚 1 Exemplo 03: - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Será utilizado um sistema formado por oito hastes de cobre, espaçadas de 3,0 metros, de comprimento 2,4 metros e diâmetro de 1/2" (12,7 mm), com uma resistividade do solo de ρa = 100 Ω.m. As hastes serão cravadas no solo e interligadas por um fio de cobre nu (# 50 mm2), pede-se: • O valor de K é obtido através de uma curva em função do espaçamento entre as hastes e o comprimento delas. Para a configuração do nosso projeto K = 0,174 Então: • Sendo assim, a resistência equivalente de aterramento é dada por: 𝑅𝑒𝑞 = 0,174 × 44 = 7,6Ω 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 100 2𝜋 × 2,4 𝑙𝑛 4 × 2,4 1 2 × 2,54 × 10−2 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 0,44𝜌𝑎 = 44 Ω = 44 Ω • Quantas haste devem ser cravadas para se ter uma resistência máxima 10 Ω ? 𝑅𝑒𝑞 = 𝐾 × 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 ≤ 10Ω 𝐾 ≤ 10 44 𝐾 ≤ 0,227 Da tabela obtém-se 6 (seis) hastes ou mais𝐾 ≤ 10Ω 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 04: • Determine a Resistência Equivalente (𝑅𝑒𝑞) , de um sistema formado por três hastes de cobre com 2,4 metros de comprimento e diâmetro de 1/2" (12,7 mm), formando um triângulo equilátero vazio com cada lado de e = 2 metros, com uma resistividade do solo de ρa = 100 Ω.m. As hastes serão cravadas no solo e interligadas por um fio de cobre nu (# 50 mm2). • O valor de K é obtido através de uma curva em função do espaçamento entre as hastes e o comprimento delas. Para a configuração do nosso projeto K = 0,46 Então: • Sendo assim, a resistência equivalente de aterramento é dada por: 𝑅𝑒𝑞 = 0,46 × 44 = 20,24 Ω 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 100 2𝜋 × 2,4 𝑙𝑛 4 × 2,4 1 2 × 2,54 × 10−2 = 44 Ω 𝑅𝑒𝑞 = 0,46 × 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 05: • Calcular a resistência do aterramento (𝑅1 ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒) de uma haste cravada verticalmente em um solo com várias camadas. • A resistência do aterramento de uma haste (𝑅1 ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒) • A resistividade aparente e calculada pela expressão: 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 05: • Calcular a resistência do aterramento (𝑅1 ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒) de uma haste cravada verticalmente em um solo com várias camadas. 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 185,18 2𝜋 × 10 𝑙𝑛 4 × 10 15 × 10−3 𝜌𝑎 = 2 + 5 + 3 2 500 + 5 200 + 3 120 = 185,18 Ω.m 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 23,19 Ω 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo 06: • Calcular a resistência do aterramento (𝑅1 ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 ) de uma haste de 9,0 m, cravada verticalmente em um solo com várias camadas. 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = ρ𝑎 2𝜋 × 10 𝑙𝑛 4 × 𝐿 𝑥𝑥 × 10−3 = 00,00 Ω 𝜌𝑎 = 𝑑1 + 𝑑2 + 𝑑3 𝑑1 ρ1 + 𝑑2 ρ2 + 𝑑3 ρ3 = Ω.m 𝑅1ℎ𝑎𝑠𝑡𝑒 = 0,0 Ω 1 Projeto de Sistema de Aterramento: Etapas - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Um projeto adequado de um sistema de aterramento deve seguir as seguintes etapas: a) Definir o local de aterramento; b) Providenciar várias medições no local; c) Fazer a estratificação do solo nas suas respectivas camadas; d) Definir o tipo de aterramento desejado; e) Calcular a resistividade aparente do solo para o respectivo sistema de aterramento; f) Dimensionar o sistema de aterramento, levando em conta a sensibilidade dos relés e os limites de segurança para o pessoal envolvido na instalação. 1 Métodos de Wenner para Medição de Aterramentos - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Medição de Aterramento Haste Vertical – NBR 15749 93 1 Introdução: - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • A determinação da resistência de aterramento pode ser realizada por diversos métodos, devendo-se escolher, em cada caso, aquele que apresentar as condições de aplicabilidade mais adequadas para a situação apresentada; • A NBR 15749:2009, denominada Medição de resistência de aterramento e de potenciais na superfície do solo em sistemas de aterramento, estabelece os critérios e métodos de medição de resistência de sistemas de aterramento e de potenciais na superfície do solo, bem como define as características gerais dos equipamentos que podem ser utilizados nas medições, • Quando há injeção de corrente elétrica na terra, seja pela ocorrência de uma falta na instalação ou por raios, as correntes dispersas pelo sistema de aterramento provocam o surgimento de diferenças de tensão entre pontos da superfície do solo - Tensões superficiais de passo e/ou de toque. • NBR 15749:2009, normaliza os métodos da queda de potencial com injeção de alta corrente; da queda de potencial; o síncrono à frequência industrial; o método do batimento; o método de injeção de corrente com amperímetro, voltímetro e wattímetro adicional; e métodos alternativos de medição com as instalações energizadas. 1 Método da Queda de Potencial - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • O método consiste basicamente em fazer circular uma corrente por meio de um circuito compreendido pela malha de aterramento que queremos saber o valor da resistência ôhmica de aterramento, um trecho da terra e um eletrodo auxiliar de corrente. Simultaneamente deve-se medir a tensão entre a malha e o terra de referência (terra remoto) por meio de uma sonda ou eletrodo auxiliar de potencial. Legenda: I - Corrente de ensaio S - Borne para a sonda ou eletrodo auxiliar de potencial H - Borne para o eletrodo auxiliar de corrente E - Borne para a malha de aterramento sob medição 1 Método da Queda de Potencial - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Legenda: I - Corrente de ensaio S - Borne para a sonda ou eletrodo auxiliar de potencial H - Borne para o eletrodo auxiliar de corrente E - Borne para a malha de aterramento sob medição • Os eletrodos auxiliares de corrente e de tensão são constituídos cada um deles por uma ou mais hastes metálicas interligadas e cravadas no solo, de forma a garantir a menor resistência de aterramento do conjunto; • A sonda, ou eletrodo auxiliar de tensão (também chamado de eletrodo de potencial), deve ser deslocada (geralmente em uma reta entre a malha de aterramento e o eletrodo de corrente) a partir da periferia do sistema de aterramento sob ensaio em intervalos regulares de medição iguais a 5% da distância“d” 1 Método da Queda de Potencial - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Dessa forma, é possível obter uma curva (Resistência X distância) Legenda: R : Resistência obtida variando a distância da sonda desde a distância d = D até d = 0 (o eletrodo a medir) RV: Valor verdadeiro do aterramento • Esta curva característica teórica, apresenta duas curvas que são zonas de influência mútua entre a malha, o eletrodo auxiliar de corrente e a terra, e uma zona chamada de “patamar de potencial”, onde se pode encontrar o valor verdadeiro de aterramento. 1 Método da Queda de Potencial - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Dessa forma, é possível obter curvas (Resistência X distância) Legenda: X - Área de influência do sistema de aterramento sob medição Y - Zona de patamar de potencial Z - Área de influência do eletrodo auxiliar de corrente H Rv - Resistência de aterramento do sistema sob medição (valor verdadeiro da resistência de aterramento do sistema a,b,c - Curvas de resistência de aterramento em função do espaçamento e posição relativa dos eletrodos auxiliares de potencial e de corrente 1 Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Passo 1 – Posicionamento dos eletrodos • Eletrodo Fixo: O primeiro ponto a ser considerado é o do eletrodo que queremos medir, ou seja, na maioria dos casos a “haste de terra” • Este ponto é fixo e a partir dele iremos considerar os pontos de referência para os eletrodos de corrente e tensão 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Eletrodo de Corrente : O eletrodo que será o ponto de referência que utilizaremos para injetar a corrente elétrica no solo (com auxílio do terrômetro) • A distância “D” da periferia da malha de aterramento sob ensaio até o eletrodo de corrente deve ser de, no mínimo, três vezes a maior dimensão da malha. 3 x maior dimensão da malha Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • O Eletrodo de Potencial ou Eletrodo de Tensão, deve ser posicionado entre o eletrodo fixo e o eletrodo de corrente, em uma distância “X” de 62% da distância “D” Maior dimensão < 10m X = 62%D 3 x a maior dimensão da malha Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo S 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 3º 2º 5% de D5% de D Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo • Para verificar o trecho horizontal da curva (patamar em que deve ser tomado o valor da resistência de aterramento), devem ser tomadas algumas medições variando a posição do eletrodo de potencial em 5% de “D” para a direita (2ª) e para esquerda (3ª) do ponto de medição inicial (1ª) 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Para verificar o trecho horizontal da curva (patamar em que deve ser tomado o valor da resistência de aterramento), devem ser tomadas algumas medições variando a posição do eletrodo de potencial em 5% de “D” para a direita (2ª) e para esquerda (3ª) do ponto de medição inicial (1ª) Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 SS2 S1 5%5% • Se o Ponto S não estiver na área de sobreposição das áreas de influência (A e B), a porcentagem entre a diferença dos valores medidos com o eletrodo de potencial em S1 e S2 e o valor medido em S não ultrapassar 10%, podemos tomar como o valor de resistência de aterramento da malha, a média aritmética dos valores medidos em S, S1 e S2. Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 SS2 S15%5% Exemplo: • 2ª leitura S1 = 90 Ω • 1ª leitura S = 125 Ω • 3ª leitura S2 = 80 Ω Valor da Resistência (125 + 90 + 80) / 3 = 98 Ω (90 – 80) / 125 = 0,08, onde 8% < 10 % Então: • Se a diferença entre as leituras (S1 e S2) for superior a 10 % da primeira S1? Exemplo: Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo 1- CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Se a diferença entre as duas ultimas leituras (S1 e S2) for superior a 10 % da primeira S1, será necessário deslocar o angulo os eletrodos de potencial e de corrente do eletrodo sob ensaios (haste de aterramento), mantendo a mesma distância ‘D” e efetuar novas leituras; • Se ainda diferença entre as leituras (S1 e S2) for superior a 10 % da primeira S1? Exemplo: Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Se a diferença ainda for superior a 10 %, será necessário deslocar os eletrodos de potencial e de corrente uma nova distância D’ do eletrodo sob ensaio ( haste de aterramento) e efetuar novas leituras. Exemplo: Método da Queda de Potencial - Solo Homogêneo Método da Queda de Potencial : Curva - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Para traçarmos a curva para identificar a Zona de patamar de potencial, que será o valor da resistência de aterramento, devem ser feitas medições variando a posição do eletrodo de potencial (S) em 5% de “d” a partir do eletrodo sob ensaio (haste de aterramento) Método da Queda de Potencial: Curva - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 • Para traçarmos a curva para identificar a Zona de patamar de potencial, que será o valor da resistência de aterramento, devem ser feitas medições variando a posição do eletrodo de potencial (S) em 5% de “d” a partir do eletrodo sob ensaio (haste de aterramento) - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método da Queda de Potencial : Curva - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Método da Queda de Potencial : Curva - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo: Curva Zona de Patamar de Potencial • Aterramento a ser medido é constituído de três hastes em triangulo como lado do de 5 metros. - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo: Curva Zona de Patamar de Potencial - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplos: Curva Zona de Patamar de Potencial - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Exemplo: Curva Zona de Patamar de Potencial Conexões de Malhas de Aterramento - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Principais conexões cabo/cabo Principais conexões cabo/haste Execução da solda exotérmica - CUNP/FACET/EE – Projetos de Instalações Elétricas II - 2022 Vídeo
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