Buscar

Química Verde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Química Verde
Química Verde, também conhecida como Química Limpa ou Química Sustentável, é uma ciência relacionada ao meio ambiente, ou seja, ela é um tipo de prevenção relacionada à poluição causada por atividades na área química, que busca desenvolver metodologias que usem e gerem a menor quantidade de materiais tóxicos ou inflamáveis possível e, dessa maneira, os riscos são minimizados, assim como os gastos com o tratamento dos resíduos gerados no processo.
História:
Foi criada pelos químicos John Warner e Paul Anastas, membros da Agência Ambiental Norte-Americana, em 1991, no contexto de uma crescente atenção aos problemas de poluição química e esgotamento de recursos. Na época, eles definiram esse novo ramo da Química como sendo um conjunto de princípios que reduzem ou eliminam o uso ou a geração de substâncias perigosas durante o planejamento, manufatura e aplicação de produtos químicos. Em 1993, a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC), reconheceu e aprovou a criação da Química Verde, definindo-a como invenção, desenvolvimento e aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou eliminar o uso e a geração de substâncias perigosas, ou seja, substâncias nocivas ou tóxicas à saúde humana e ao meio ambiente.
Porque foi criada: 
 A Química Verde foi criada a partir da necessidade de auxiliar no combate à poluição gerada por indústrias, assim, ela se refere a um projeto de produtos e processos químicos que reduzem ou eliminam o uso e geração de substâncias nocivas. 
Seus princípios são:
Prevenção, onde esta se baseia em que evitar a produção do resíduo é melhor do que tratá-lo ou limpá-lo após a sua geração;
Economia de Átomos, onde deve-se procurar desenhar metodologias sintéticas que possam maximizar a incorporação de todos os materiais de partida no produto final;
Síntese de Produtos Menos Perigosos, que diz que sempre que praticável, a síntese de um produto químico deve utilizar e gerar substâncias que possuam pouca ou nenhuma toxicidade à saúde humana e ao ambiente;
Desenho de Produtos Seguros, onde os produtos químicos devem ser desenhados de tal modo que realizem a função desejada e ao mesmo tempo não sejam tóxicos;
Solventes e Auxiliares mais Seguros, onde o uso de substâncias auxiliares, como solventes, agentes de separação, secantes, entre outros, precisa, sempre que possível, tornar-se desnecessário e, quando utilizadas, estas substâncias devem ser inofensivas;
Busca pela Eficiência de Energia, onde a utilização de energia pelos processos químicos precisa ser reconhecida pelos seus impactos ambientais e econômicos e deve ser minimizada. Se possível, os processos químicos devem ser conduzidos à temperatura e pressão ambientes;
Uso de Fontes Renováveis de Matéria-Prima, que sempre que técnica e economicamente viável, a utilização de matérias-primas renováveis deve ser escolhida em detrimento de fontes não-renováveis.
Evitar a Formação de Derivados, a derivatização desnecessária, que é o uso de grupos bloqueadores, proteção, desproteção ou modificação temporária por processos físicos e químicos, deve ser minimizada ou, se possível, evitada, porque estas etapas requerem reagentes adicionais e podem gerar resíduos;
Catálise, onde os reagentes catalíticos são melhores que reagentes estequiométricos;
Desenho para a Degradação, os produtos químicos precisam ser desenhados de tal modo que, ao final de sua função, se fragmentem em produtos de degradação inócuos e não persistam no ambiente;
Análise em Tempo Real para a Prevenção da Poluição, onde será necessário o desenvolvimento futuro de metodologias analíticas que viabilizem um monitoramento e controle dentro do processo, em tempo real, antes da formação de substâncias nocivas;
Química Intrinsecamente Segura para a Prevenção de Acidentes, as substâncias, bem como a maneira pela qual uma substância é utilizada em um processo químico, devem ser escolhidas a fim de minimizar o potencial para acidentes químicos, incluindo vazamentos, explosões e incêndios.
Exemplos:
Entre alguns exemplos desta, é possível citar:
Os Solventes Verdes, que são derivados, geralmente, de recursos renováveis e biodegradáveis a produtos inócuos, muitas vezes de ocorrência natural.
As Técnicas Sintéticas, que podem proporcionar um melhor desempenho ambiental ou permitir uma melhor aderência aos princípios da química verde como, por exemplo, o método de metátese em síntese orgânica, com referência explícita à sua contribuição para a química verde, que identificou três desenvolvimentos chaves na química verde no campo da síntese orgânica: uso do dióxido de carbono supercrítico como o solvente verde, peróxido de hidrogênio aquoso para oxidações limpas e o uso do hidrogênio na síntese assimétrica.
O Ácido Succínico, uma substância química de plataforma que é um importante material de partida nas formulações dos produtos do dia-a-dia. Este é produzido a partir de matérias-primas à base de petróleo. 
Interesterificação de gorduras, que busca a comercialização de produtos sem gorduras trans, onde, além dos benefícios para a saúde humana da eliminação de gorduras trans, o processo reduziu o uso de produtos químicos tóxicos e água, impede grandes quantidades de subprodutos e reduz a quantidade de gorduras e óleos desperdiçados.
Legislação da Química Verde:
Em alguns países existem leis que buscam adentrar as indústrias aos princípios da Química Verde: Nos Estados Unidos, a lei que rege a maioria dos produtos químicos industriais é a Lei de Controle de Substâncias Tóxicas (TSCA) de 1976, há também a Lei de Prevenção da Poluição, aprovada em 1990, que ajudou a promover novas abordagens para lidar com a poluição, prevenindo os problemas ambientais antes que eles aconteçam; na União Europeia, foi criado, em 2007, o programa REACH (Registration, Evaluation, Authorisation, and Restriction of Chemicals, que exige que as empresas forneçam dados que demonstrem que os seus produtos são seguros. 
Rede Brasileira de Química Verde:
Esta foi criada para incentivar e desenvolver as competências científicas e tecnológicas do país. A longo prazo, ela pretende se tornar uma referência mundial na criação de processos e produtos em conformidade com os princípios da Química Verde. As áreas estratégicas para o Brasil são bioquímica e termoquímica, oleoquímica, sucroquímica, alcoolquímica, conversão química de gás carbônico em produtos químicos de valor agregado, utilização de energias renováveis, como biocombustíveis, e processos de catálises.

Outros materiais