RELATÓRIO PIM IV

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP EAD 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR 
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA 
RELATÓRIO PIM IV
MARÍLIA/2021
	Nº. 
	
	NOME 
	RA 
	01 
	Tiago Sichelschmidt
	
	2191624 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO
Atualmente, é possível afirmar que, dada a sua capilaridade, a Logística é uma das áreas de maior importância para as empresas que buscam o foco no cliente. E mais, com o e-commerce e a digitalização ela se tornou central. Este trabalho visa detalhar os conceitos de gestão de suprimentos e logística; movimentação e armazenagem e recursos materiais e patrimoniais através de revisão bibliográfica e promover um diálogo entre teoria e prática através de um estudo de caso usando a empresa Assaí Atacadista como referência. 
PALAVRAS-CHAVES: Logística. Gestão de Suprimentos. Recursos materiais e patrimonais. Atacadista. 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................04
2. REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................05 
 2.1. GESTÃO DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA.......................................05
2.1.1.	GESTÃO DE ESTOQUES.....................................................................05 
2.1.2.	ATIVIDADE DE COMPRAS...................................................................05 
2.1.3. 	DECISÕES LOGÍSTICAS......................................................................05
2.1.4. 	TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) APLICADA A LOGÍSTICA.......06
 2.2. MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM................................................06
2.2.1.	LAYOUT ................................................................................................07
2.2.2.	PICKING................................................................................................ 07
2.2.3.	FERRAMENTAS DE CONTROLE ........................................................07
 2.3. RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS ......................................07
2.3.1.	ESTOQUES ....................................................................................................08
2.3.2.	CADEIA DE SUPRIMENTOS.......................................................................... 08
2.3.3.	BOAS PRÁTICAS DE GESTÃO EM LOGÍSTICA (GOVERNANÇA E COMPLIANCE)............................................................................................................ 08
3. ESTUDO DE CASO .................................................................................................09
 3.1. DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO .............................................................. 09
 3.2. ASPECTOS PRÁTICOS DAS DISCIPLINAS ................................................11
3.2.1.. GESTÃO DE SUPRIMENTOS E LOGÍSTICA ...................................................11
3.2.2 MOVIMENTAÇÃO E ARMAZENAGEM ..............................................................12
3.2.3. RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS......................................................13
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................14
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................15
1. INTRODUÇÃO
O projeto a ser apresentado tem como objetivo a exploração das seguintes temáticas: Gestão de Suprimentos e Logística; Movimentação e Armazenagem e Recursos Materiais e Patrimonais na empresa Assaí Atacadista. 
O Assaí Atacadista é o 2o. maior varejista no Brasil (Relatório Institucional, 2021), presente em 23 Estados atualmente. Este mesmo relatório informa que a empresa fechou o ano de 2020 com R$ 1,1 bilhão em vendas somente pelo canal on-line aumentando sua participação no e-commerce. 
Este estudo está dividido em dois tópicos, sendo o primeiro parte do referencial teórico, onde será exposto a revisão bibliográfica dos autores que abordam a temática citada e no segundo tópico o diálogo entre a teoria e a prática verificada na empresa escolhida. 
Por derradeiro, as análises do que foi observado neste estudo de caso. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1 Gestão de Suprimentos e Logística 
Ballou (2006) ensina que a gestão de suprimentos como a relação entre as partes fornecedores e clientes, para entregar mais valor, a um custo menor para a cadeia de suprimentos. 
2.1.1	Gestão de Estoques 
O estoque é um dos ditames logísticos com maior necessidade de atenção. O custo pode variar quase metade dos gastos com logística em um empreendimento (PAURA, 2012). Assim, pecar nesta gestão ou fazê-la de qualquer jeito pode gerar prejuízos. Manter o custo de estoque num nível administrável pode ser um diferencial competitivo muito forte, sem deixar que rupturas ocorram.
2.1.2	Atividade de compras 
Para os autores Martins e Alt (2009), as metas de compras devem estar alinhadas a estratégia da empresa e não disassociada, com foco no cliente, interno e externo. Esse olhar em compras tem tornado a função como estratégica e hoje utilizando-se de tecnologias cada vez mais sofisticadas e atuais.
2.1.3 	Decisões logísticas 
Encontramos em Ballou (2006), que o planejamento logístico inclui pensar sobre o nível de serviços oferecido aos clientes, a localização das instalações de centros de distribuição, as decisões de níveis de estoque e por fim as decisões de transportes que devem ser utilizados no desenvolvimento de todo o processo. 
2.1.4 	Tecnologia da informação (TI) aplicada a logística
Os autores Choy et al. (2014) mencionam que as tecnologias de informação aplicadas à logística prestam apoio a diversos aspectos da gestão estratégica da logística, isso inclui também a coordenação e a administração de várias atividades, tais como programação de frotas de veículos e reabastecimento e planejamento de estoques de materiais. A tecnologia da informação evita erros e consequente custos desnecessários ou até mesmo evitáveis. 
Ainda segundo Gomes e Ribeiro (2014), na relação logística e TI, é possível a troca de informações no momento em que elas acontecem, entre fornecedores e clientes. 
2.2 Movimentação e Armazenagem 
A armazenagem é área da logística presente na maioria dos empreendimentos, o que contribui para a entrega rápida dos produtos aos clientes, mas ao mesmo tempo gera maiores investimentos, por outro lado, segundo Paoleschi (2014) também é um meio de redução de custos, a depender da gestão. Isso demonstra que o armazenamento precisa de uma gestão estratégica da empresa (PAURA, 2012). 
2.2.1	Layout 
O layout, pode ser definido como alocação de objetos de uma área e as suas condições estruturais, de forma a servir para melhor utilização e uso dos recursos postos a disposição (Pache, Silva, dos Santos, Garlet, & Godoy, 2015). 
2.2.2	Picking 
A tarefa de picking, constitui-se na coleta e separação de pedidos de diversas variedades e quantidades em armazéns, de forma a atender à necessidade do cliente, assim para os autores Bowersox et al.(2014), o layout das áreas de estocagem tem que ter um planejamento para facilitar o fluxo de produtos e para que haja uma melhor eficiência operacional. 
2.2.3	Ferramentas de controle 
	De suma importância as ferramentas de controle na era digital, pois através delas são possíveis as informações em tempo real para a empresa e o cliente. Alguns exemplos são: TMS (Transportation Management System), WMS (Warehouse Management System), ERP (Enterprise Resource Planning), Software de gestão de estoque. CRM (Customer Relationship Management), Software de rastreamento de cargas e Marketplace de cargas.
2.3 Recursos Materiais e Patrimoniais 
A administração de materiais é importante desde os primórdios nas organizações, contudo, de forma recente é que aumentou sua relevância por atuar além das organizações e com foco no cliente (GONÇALVES, 2013).
Para Gonçalves (2013), é visível o impacto da administração de materiais na redução de desperdício das organizações, pois pode se notar que mais da metade dos custos das organizações sãorelacionados a investimentos em matérias e serviços destinados às operações.
2.3.1	Estoques 
O autor Arnold (2001) cita a relevância no gerenciamento para otimização dos estoques quando demonstrou que eles podem representar quase metade dos ativos no balanço de uma empresa. Os estoques em excesso podem onerar os custos da empresa, mas a sua falta pode ocasionar paradas na produção e consequente insatisfação dos envolvidos, exemplo, o cliente final ou interno. 
2.3.2	Cadeia de suprimentos 
O autor Ballou (2006), define que a cadeia de suprimentos conduz um grande conjunto de atividades, tais como transporte, controle de estoques, transformação de produto desde o estágio inicial até o consumidor final, permitindo ciclos. 
2.3.3	Boas práticas de gestão em logística (governança e compliance) 
A logística atende a desafios diários que envolvem custos, por vezes muito altos e operações de complexidade elevada. Dentro desse contexto, essas empresas devem investir em compliance e governança corporativa.
O conceito passou a ser considerado um caminho sem volta dentro do mercado durante a pandemia. A chancela “ESG”, da sigla em inglês Environmental, Social and Corporate Governance (governança ambiental, social e corporativa) tem o condão de tornar um negócio muito atraente no mercado financeiro. O termo ESG representa as empresas que adotam práticas e padrões honestos e que, assim, se tornam imãs atraindo mais investidores e, obviamente, mais dinheiro.
3. ESTUDO DE CASO 
3.1 Descrição da organização 
· Breve apresentação sobre a empresa e seu negócio: 
Assaí Atacadista, empresa de atacado de autosserviço. A maior bandeira do grupo francês Casino no mundo.
A Companhia foi constituída em 2 de fevereiro de 2016, em São Paulo. No entanto, a história da Companhia remonta a 1974, com a inauguração pelo seu fundador, da primeira loja Assaí Atacadista, com foco no abastecimento do pequeno transformador.
Em 2007, a Companhia foi parcialmente adquirida pela CBD, uma empresa do Grupo Casino, sendo que, em 2011, a CBD comprou a parcela remanescente da Companhia, passando a deter a totalidade do capital dessa sociedade. 
Em 2016, a CBD promoveu uma reorganização de ativos com o objetivo de concentrar os Negócios da bandeira Assaí na Companhia e os negócios de multivarejo na CBD e com incorporações, todas as lojas com o modelo de venda de atacado de autosserviço (cash & carry) foram transferidas para a Companhia.
· Denominação e forma de constituição: 
Sociedade Anônima Aberta. As ações do Assaí Atacadista são negociadas na B3 (antiga BM&F Bovespa) sob o ticker “ASAI3”. É a única empresa na modalidade atacarejo listada na bolsa de valores. 
· Histórico relevante da organização:
Em 2017, a Companhia se tornou a maior marca, em termos de receita bruta, do Grupo Casino em todo o mundo, em 2018, 2019 e 2020 foi nomeada uma das 25 melhores marcas do Brasil pela Interbrand.
· Setor de atividade e negócio da organização: 
Setor comercial atacadista, atua no atacado e varejo, conhecido comercialmente como “atacarejo”. 
· Porte da organização: 
Grande porte, sua receita bruta em 2019 foi de aproximadamente R$ 40 bilhões (Decision Report, 2021) 
· Composição da força de trabalho da organização: 
Com 184 lojas pelo Brasil e em forte ritmo de expansão, conta atualmente com 50 mil colaboradores
· Principais produtos/serviços negociados: 
São mais de 7 mil itens de mercearia, alimentos, perecíveis, embalagens, bazar, higiene, bebidas e limpeza.
· Principais fornecedores e insumos: 
Aurora, Nutrella, Sadia, Monange, Nestlé, Fini, Frisco, IceFresh, Pamplona, Perdigão, Seara, Ajinomoto, Baruel, Coca-Cola Brasil, Colgate-Palmolive, Harald, etc. (Assaí, Vitrine do Fornecedor). Predominância de produtos alimentícios. 
· Principais mercados e segmentos em que a organização atua: 
São clientes, desde pequenos e médios comerciantes e transformadores até consumidores finais que buscam por variedade e economia nas compras de grande volume.
· Principais concorrentes da organização: 
Principal concorrente é o Atacadão. Na parte de varejo, concorre principalmente com Extra, Carrefour e BIG. 
3.2 Aspectos Práticos das Disciplinas 
O diálogo da teoria com a prática observada será com base nos relatórios institucionais da empresa, sendo a ediçao disponível de Setembro (ASSAÍ, 2021). 
3.2.1 Gestão de Suprimentos e Logística 
A empresa conta com uma plataforma logística de ponta a ponta no Brasil. Com grande conhecimento da cadeia do varejo de alimentos, uma estrutura tecnológica moderna e uma capilaridade de lojas, se posiciona de maneira privilegiada para chegar ao(à) cliente com menor custo, mais agilidade e qualidade das entregas. (ASSAÍ, 2021, p. 25) 
A empresa destaca ainda que: “Em 2020, ampliamos a estrutura de mini Centrais de Distribuição, de uma para cinco, reforçando nossa presença em praças estratégicas e permitindo a expansão do Grupo para regiões não exploradas anteriormente.” Tal situação adere ao que o autor Ballou (2006) preconizava nas decisões logísticas acerca dos centros de distribuição. 
A menção a tecnologia da informação aliada a logística está na presente no seguinte fato: [...]Após a implantação de nosso marketplace em 2020, lançaremos o fulfillment por meio da nossa empresa de logística, a GPA Log. Esta solução vai nos permitir prestar aos(às) nossos(as) sellers os serviços de transporte e operação logística, trazendo melhores prazos de entrega e custos de frete, o que gera receita ao negócio e mantém a qualidade GPA no atendimento ao(à) cliente.[...] (ASSAÍ, 2021, p. 25) 
3.2.2 Movimentação e Armazenagem 
	Verificada o enfoque no layout na seguinte passagem do relatório: “Em 2020, continuamos investindo em técnicas de edificações mais sustentáveis para novas lojas e em melhorias nas já existentes, como automação, troca de lâmpadas e luminárias por modelos mais eficientes e fechamento de balcões alimentares refrigerados para reter a temperatura e reduzir o consumo de energia” (ASSAÍ, 2021, p. 89) 
Identificado o uso de ferramentas da logística no seguinte fato: [...]Também seguimos na implantação da nossa estratégia de diversificação dos modais de entrega e transporte de nossas mercadorias das Centrais de Distribuição até as lojas ― como o uso de cabotagem (transporte marítimo costeiro), nas regiões Sudeste e Nordeste, e o uso das ferrovias – e de nossos programas de otimização de rotas.[...] (ASSAÍ, 2021, p. 91) 
3.2.3 Recursos Materiais e Patrimoniais
	Identificada as boas práticas de gestão em ESG conforme se extrai do trecho: [...]Para isso, realizamos um trabalho de pesquisa ― que avalia os temas mais relevantes para os principais índices ESG do mercado de capitais e para os nossos pares no setor em todo o mundo ― e consultamos nossos stakeholders em pesquisas online de múltipla escolha, alcançando mais de 4 mil pessoas, entre clientes, colaboradores(as), acionistas, membros da imprensa, parceiros(as) comerciais e de apoio em nossas iniciativas socioambientais, além de entrevistas em profundidade com investidores(as), conselheiros(as), fornecedores(as) e ONGs.[...] (ASSAÍ, 2021, p. 47) 
	Segundo o mesmo relatório na p. 49 uma das metas da empresa é a redução da emissão do CO2 e fará isso através da gestão de logística de sua frota de veículos. E também ratificado na p. 91: [...]Em 2020, realizamos um diagnóstico das emissões relacionadas à nossa frota logística, englobando toda a cadeia, a fim de identificar os principais desafios e traçar novas estratégias para a redução das emissões de carbono decorrentes das operações logísticas[...].
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para o autor Ballou (2006) ao pensar sobre a história da humanidade, constata-se que guerras são vencidas e perdidas por força e capacidades na logística ou por sua ausência. De um modo geral os autores sempre fazem esse link entre logística e a área militar, e para atender aos propósitos deste trabalho podemos utilizar a palavra guerra no sentido comercial, ou seja, atender as exigências(ou embates) do mercado, composto por clientes, colaboradores e fornecedores, os stakeholders. 
Através deste estudo foi possível observar que os conceitos teóricos trabalhados no texto são alocados ao dia-a-dia da empresa objeto do estudo de caso e a mesma através dos seus indicadores busca a melhoria contínua entendendo que o seu crescimento na era digital depende de sua boa gestão em logística. 
REFERÊNCIAS
ARNOLD, J.R.T. Administração de Materiais: uma introdução. São Paulo, Atlas, 2001. 
ASSAÍ ATACADISTA. Relatórios Institucionais. Disponível em: <https://ri.assai.com.br/> Acesso em: 
BALLOU, R.H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos/logística empresarial. (5ª ed., 2a. reimpressão) Porto Alegre/SC: Bookman, 2006. 
BOWERSOX, Donald J. et al. Gestão logística da cadeia de suprimento. 4. ed. rev. Porto Alegre: Afiliada, 2014.
CHOY, K. L., GUNASEKARAN, A., LAMM, H. Y., CHOW, K. H., TSIM, Y. C., NG, T. W., TSE, Y. K., & LU, X. A. Impact of information technology on the performance of logistics industry: the case of Hong Kong and Pearl Delta region. USA: The Journal of the Operational Research Society, 65(6), special issue: Sustainable Operations Management: Design Modelling and Analysis, pp. 904-916, 2014.
GOMES, C. F. S.; RIBEIRO, P. C. C. Gestão da Cadeia de Suprimentos integrada à Tecnologia da Informação, 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora SENAC, 2014.
GONÇALVES, Paulo Sérgio. Administração de Materiais. –7. ed. –Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 
MARTINS, P. G.; ALT, P. R. C. Administração de materiais e recursos patrimoniais. 3. Ed, São Paulo, SP: Saraiva, 2009. 
PACHE, R., SILVA, V. B., DOS SANTOS, L. A., GARLET, E., & GODOY, L. P. Princípios da manufatura enxuta como proposta para arranjo físico na indústria de transformação de termoplásticos. Engevista, 17(4), 507-524, 2015
PAOLESCHI, B. Estoques e Armazenagem. 1ª Ed. Livro digital: Érica. 2014. 
PAURA, G.L. Fundamentos da Logística. 1ª Ed. Curitiba, PR: Instituto Federal do Paraná, 2012.
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