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T2 Relatório - Coca Cola - Nota 9

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ENG1552 - Logística Empresarial 3VB
	A logística da empresa Coca-Cola Andina Brasil
	
1711216
	
Ana Beatriz Victor
	
Professor:
	1510034
	Camila Terra Ramalho
	Marcelo Xavier Seeling
	1611789
	Giovanna Dinepi
	
	1611495
	Luiza Castro
	1611502
	Mariana Muniz
	
	1711255
	Pedro Henrique Marcondes
	
	1713169
	Rafael Cerqueira Lima Nieto
	1421109
	Sérgio Luis Alves Delfino
	1613264
	Yasmin Amaro
	
	
	
	Rio de Janeiro
Julho de 2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	3
2. SOBRE A CADEIA DE SUPRIMENTOS DA COCA-COLA ANDINA BRASIL	3
 2.1 A estrutura e gestão da cadeia de suprimentos	4
 2.2 A estrutura da logística da Coca-Cola	8
 2.3 O atendimento a clientes	8
 2.4 A rede de transportes, os modais e a sua gestão 	9
 2.5 A gestão de estoque e armazenagem	10
 2.6 A logística reversa da Coca-Cola	13
 2.7 Sistemas e indicadores utilizados	14
3. CONCLUSÃO 	15
4. BIBLIOGRAFIA	17
1. INTRODUÇÃO
A Coca-Cola Company nasceu em 1941 nos Estados Unidos e possui mais de 20 marcas, 200 produtos e mais de 100 anos no mercado internacional. Com isso, a Coca-Cola Company tornou-se líder mundial de bebidas não alcoólicas. Contudo, quando se fala da fabricação, a Coca-Cola Andina Brasil é a responsável.
De acordo com Respino (2014), a engarrafadora Andina iniciou suas operações de produção e distribuição de Coca-Cola em 1946 no Chile. Em 1994, a empresa realizou a aquisição da fábrica Rio de Janeiro Refrescos, situada no bairro de Jacarepaguá, se tornando assim a Coca-Cola Andina Brasil, também responsável pela fabricação, comercialização e distribuição dos produtos, por meio de contrato com a subsidiária local da The Coca Cola Company (TCCC), a Coca-Cola Indústria Limitada (CCIL). Além do Chile e do Brasil, a empresa também possui operações na Argentina e no Paraguai.
No Brasil, a Coca-Cola Andina possui franquias no Rio de Janeiro, Espírito Santo e parte dos estados de São Paulo e Minas Gerais, uma extensão franqueada de 165 mil km2 com 23,5 milhões de habitantes. A empresa possui no Brasil um portfólio de 24 produtos, como Ades, Sprite, Valle, além de três variações de Coca-Cola (KOANDINA, 2021).
Segundo Respino (2014), a logística da empresa possui três gerências: 1) implementação e manutenção de frota, 2) armazenagem, expedição e distribuição, e 3) planejamento e controles internos. 
Com uma cadeia de suprimentos globalizada, contando com diversos fornecedores, fabricantes e distribuidores, a Coca-Cola é um caso de sucesso. Portanto, este trabalho tem como objetivo de estudo fazer a análise da logística da Coca-Cola Andina Brasil, levando com consideração todos os aspectos de sua cadeia de suprimentos, desde a sua criação e a fabricação dos produtos, passando pelos sistemas de gestão, até a entrega ao cliente.
2. A CADEIA DE SUPRIMENTOS DA EMPRESA COCA-COLA 	
2.1 A estrutura e gestão da cadeia de suprimentos	
A cadeia de suprimentos, ou supply chain, de uma empresa envolve desde o planejamento do produto até a entrega para o cliente final. Dessa forma, uma boa gestão da cadeia visa reduzir as incertezas, reduzir custos, aumentar a flexibilidade, resiliência e responsividade e possuir um bom nível de serviço. Contudo, deve-se procurar o equilíbrio otimizando o service level agreement e reduzindo custos.
Segundo informações de colaboradores da empresa, mais precisamente o assistente de Planejamento e Controle da Produção, Matheus Fiocchi, a Coca-Cola Andina possui fábricas no Brasil, realiza o planejamento de demanda para aquisição dos insumos necessários, cuida das campanhas de marketing, da logística e vendas. Nesse contexto, a engarrafadora possui a produção do tipo make-to-stock, ou seja, compra a matéria prima - que precisa passar pelos setores de qualidade e controle -, e produz a partir do planejamento da demanda e expectativa de venda. Além disso, a Coca-Cola possui fabricantes e distribuidores em diversas regiões, por exemplo, a Andina atende o estado do Rio de Janeiro, São Paulo (sendo Ribeirão Preto e adjacências) e Espírito Santo. Já a Coca-Cola FEMSA atende a grande São Paulo, em Brasília é a Brasal, no Nordeste é a Solar, entre outros.
​A empresa possui sistema de gestão de estoque e armazenamento, gestão de risco da cadeia de valor, possui Centros de Distribuição, área de atendimento ao cliente, setor de controle e qualidade de produto, processo de homologação e cadastro de fornecedores, além da logística empresarial e o processo de logística reversa.
A cadeia também é ampla quando se fala na produção sustentável, tendo muitas matérias primas provenientes do campo, como frutas, chás e a erva-mate. A Coca-Cola Andina colabora para o desenvolvimento de práticas da agricultura responsável. Segundo o relatório de 2019, o mais recente, da empresa, a Coca-Cola visa 100% do fornecimento de açúcar a partir de usinas com certificado Bonsucro, que assegura padrões de sustentabilidade e controle de geração de resíduos - no ano de referência, cerca de 87% do açúcar fornecido à Coca-Cola era de usina Bonsucro - marco que supera a meta a ser batida no ano seguinte, 2020. No estado do Amazonas, a cadeia fortalecida é a do guaraná e do açaí.
Em 2013, a Coca-Cola criou o Coletivo Floresta, cujo objetivo era desenvolver as comunidades extrativistas. O programa fortaleceu o cooperativismo na região, trazendo a rastreabilidade da cadeia de produção do açaí, melhorias na logística e incentivo de boas práticas de produção sustentável, impactando mais de 700 famílias no território Médio Juruá (AM). E em 2017, o açaí se tornou uma das matérias primas do portfólio da Del Valle.
A gestão energética da empresa também é vista como boa prática, uma vez que sete prédios da Coca-Cola possuem certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), que assegura que a construção tem a utilização eficiente de recursos como água, energia e programas de reciclagem e reutilização de materiais. Além disso, é requerido pela companhia que toda nova fábrica ou CD siga os princípios para obter o selo LEED.
Inclusive, segundo a Agência BNDES de notícias, a Coca-Cola e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social fecharam um acordo de cooperação em projetos de impactos social e ambiental, no começo de junho deste ano (2021). O objetivo do acordo é de promover futuramente impactos sociais e ambientais para o Brasil em diversas frentes como acesso à água, proteção e reflorestamento de matas, reciclagem, educação e apoio às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). Serão 15 escolas beneficiadas com aproximadamente 3.500 alunos e educadores, nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba.
Segundo o mesmo relatório, os principais stakeholders da cadeia são os consumidores e clientes, os fabricantes, funcionários, governo, fornecedores, sociedade civil, a Academia, associações do setor, ONGs e a comunidade médica. Com função de adaptação aos stakeholders, a empresa criou a matriz de materialidade, revisada a cada três anos, para abrir o diálogo com os mesmos. Essa matriz tem o processo construído a partir do mapeamento das principais tendências e questões externas do ambiente de negócio, bem como as internas. Ela tem como resultado uma matriz de relevância, expondo as questões prioritárias que podem impactar os negócios da empresa, tornando-se então uma base para o planejamento de trabalho da área de sustentabilidade e na visão de longo prazo da empresa. 
Figura 1 - matriz de relevância da Coca-Cola. Fonte: relatório de sustentabilidade de 2017 da Coca-Cola Brasil.
Já em relação aos seus fornecedores, a Andina Brasil exige a homologação e o cadastro dos mesmos pela Coca-Cola Indústria Ltda., a detentora da marca. Apesar de não revelar seus fornecedores por segredo de mercado, é possível ter algumas informações a partir de relatórios pesquisados.
	A empresa tem como objetivo desenvolver seus fornecedores e através do diálogo e trabalho em conjunto busca a excelência no atendimento, eficiência e sustentabilidade. Sendo assim, a reciclagem é um assunto importante na relação da Coca-Cola com seus fornecedoresO relatório de sustentabilidade de 2014 mostra que no ano citado a empresa teve como custo operacional o pagamento a fornecedores, royalties e outros serviços operacionais de 2.370 milhões de dólares.
A empresa busca escolher fornecedores locais tendo como primeira opção os que estão nas mesmas cidades de suas fábricas e centros de distribuição. Segundo o mesmo relatório, essa decisão se dá pelos objetivos de apoiar o desenvolvimento local, melhor adequação para integração da cadeia de suprimento, diminuição do lead-time e menor risco de acontecerem avarias no transporte. Como a maioria das matérias primas são ingredientes para bebidas, ou seja, de consumo, é possível que, por exemplo, a exposição do ingrediente por tempo prolongado em alta temperatura cause avaria. Além disso, a coca-cola não fica diretamente suscetível à variação do dólar, por não depender de importações.
Nesse sentido, o relatório de sustentabilidade de 2014 da Coca-Cola Andina indica a percentagem de fornecedores nacionais em cada um dos países que atua:
Tabela 1 - Indicadores de fornecedores Coca-Cola Andina. Fonte: Relatório de sustentabilidade 2014 da Coca-Cola Andina. 
Já entre os fornecedores de embalagens estão as empresas BALL, cujo produto fornecido é a lata, e a LORENPET, fornecedores da garrafa PET. Uma informação importante é que a Coca-Cola Andina exporta Coca-Cola Café para a Coca-Cola do Chile.
Em relação aos clientes, a Coca-Cola Andina tem como cliente direto qualquer local que comercializa bebidas. E por serem locais distintos e com características bem diferentes, a empresa divide esses clientes em três grandes grupos:
1) Auto-serviço: supermercados, hiper e atacado;
2) consumo futuro: minimercados, padarias e mercearias
3) consumo imediato: bares, botecos, lanchonetes e restaurantes.
E para a distribuição em áreas de riscos eles usam os parceiros logísticos.
Outro ponto importante é a gestão de risco da cadeia, que é feita através da política de Administração de Riscos, visando identificar, medir, controlar, mitigar e monitorar os riscos relevantes. O Diretório da empresa é o principal responsável por assegurar o valor da Andina de perdas potenciais, promover a cultura de gestão corporativa de riscos e governança, conhecer os riscos e criar estratégias para mitigá-los e monitorar o funcionamento de tais processos reportados pelo Comitê de Riscos. 
A empresa também possui o Sistema de Gestão Integrado, que foi integrado à administração de risco, tendo as matrizes de risco da realização legal, impacto ambiental, segurança e saúde. A gestão de risco está inserida no Modelo de Governança Corporativa da empresa, segundo o relatório de sustentabilidade de 2017. 
Além disso, no mesmo ano do relatório, a Andina organizou diversos workshops sobre as normas políticas para os gerentes, supervisores, subgerentes etc., e implementou a plataforma digital SharePoint, cuja função é de integração corporativa com as políticas da TCCC, possuindo também um desenho do workflow. Por fim, a cada trimestre uma reunião é realizada, com os participantes do Diretório, Gerente Geral e gerentes das áreas.
2.2 A estrutura organizacional da logística da Coca-Cola
A Andina realiza uma produção enxuta com o objetivo de reduzir os custos de produção e transferência. 
Outro objetivo organizacional logístico é manter todos os CDs, espalhados na região metropolitana do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Ribeirão Preto abastecidos de acordo com uma política de estoque baseada nas previsões de venda, ou seja, produção empurrada.
2.3 O atendimento a clientes
No caso da Coca-Cola Andina, os clientes são os Pontos de Vendas (PDV). Entre eles, 37% são formados por armazéns e pequenos lojistas, o que a companhia denomina de canal tradicional. O processo de atendimento ao cliente envolve times da área Comercial, composta por vendedores e da área de Customer Service, que é responsável por analisar e acompanhar o processo em si.
Como um dos valores da empresa é o foco no cliente, as atividades são pautadas no conhecimento das necessidades dos Pontos de Venda e concentração de esforços para cumprir plenamente a promessa de serviço e dedicação ao mercado. 
Dessa forma, a Coca-Cola Andina oferece um atendimento integrado, em que há capacitação para os clientes, como por exemplo os treinamentos já realizados sobre ferramentas de gestão, entre outros. Além disso, a empresa conta com o uso amplo de canais de comunicação regular, como visitas, canais digitais, call centers e centros de serviço e desenvolvimento de clientes, além de realizarem periodicamente pesquisas de satisfação. Abaixo, encontra-se duas tabelas que indicam informações sobre esse atendimento e a satisfação dos Pontos de Venda, retirados do relatório da empresa de 2017 quando haviam superado a marca de 275 mil clientes:
Como pode ser observado na tabela acima, tanto quanto as solicitações de pedidos, os clientes também requerem serviços, consultas, visitas, entre outros. Além disso, o canal fica aberto para feedbacks e sugestões que os pontos de venda possam vir a ter. 
2.4 A rede de transportes, os modais e a sua gestão
O transporte da Coca-Cola Andina é realizado de forma própria para o Rio de Janeiro e terceirizada para Vitória por meio de caminhões com 24 paletes e, por vezes, as carretas terceirizadas são de 48 paletes, o que diminui os custos, mas aumenta o valor do frete por conta dos pedágios até Vitória. É utilizada a estratégia de minimizar a transferência, manter a produtividade dos motoristas em duas viagens por turno e, consequentemente, zerar o plano diário de transferência.
A operação de distribuição é constituída pelos processos de Rota, Auto-Serviço e Distribuidor de Área. A Rota é a modalidade de distribuição porta a porta, com pontos de vendas menores como bares e restaurantes, além de ser a modalidade mais ágil e mais próxima do cliente. No Auto-Serviço os clientes variam de supermercados pequenos a grandes atacadistas, demandando uma modalidade mais burocrática e demorada. Essa operação é conhecida também como transferência direta, uma vez que é feita com a carreta fechada da fábrica até os supermercados, sem ser aberta em nenhum ponto intermediário. Já no processo de Distribuidor de Área o cliente vai até a fábrica de Jacarepaguá buscar o produto e fazer sua própria distribuição, logo, a Andina não é responsável pelas entregas.
2.5 A gestão de estoque, armazenagem e rede de CDs
A gestão de estoque é uma técnica de controle, armazenamento e acompanhamento dos itens estocados, tendo um papel importante para o sucesso do negócio. O gerenciamento é uma parte essencial que monitora a cadeia de suprimentos, regulando as operações envolvidas desde a entrada dos itens na empresa até o despacho para o cliente. O objetivo da gestão de estoque é evitar a falta ou excesso de mercadorias, pois estes aspectos podem representar prejuízos para o caixa da empresa. Portanto, gestão pode ser descrita como o processo que envolve a definição do tipo de estoque a ser utilizado, metodologias de organização e a realização de inventários.
Um bom gerenciamento deve estar atento às suas mercadorias para que se consiga descobrir se haverá queda no giro de estoque e qual será o comportamento de compra de seus clientes objetivando adaptar a empresa aos novos hábitos de compras. Assim, a operação busca equilibrar compras, armazenagem e entregas, controlando as entradas e o consumo de materiais, permitindo ao gestor calcular o giro das mercadorias, aperfeiçoar o processo de compras, diminuindo a pressão sobre o capital de giro. No caso da Coca-Cola, a empresa faz uso do sistema ADVISOR, desenvolvido pela Nielsen, que é baseado em uma metodologia de pesquisa quantitativa contínua baseada em dois modelos: inventário de lojas (store audit) e census data (scanning). Esse sistema possui as mais variadas funções e ferramentas que servem para as inúmeras áreas da instituição. No caso do controle dos estoques, esta ferramenta auxilia na obtenção do volume de vendas, estoques ativos, ofertas disponíveis, comportamentodo varejo e do consumidor e monitoramento do mercado, informações que possuem grande relevância para a tomada de decisão no gerenciamento de estoques dentro da empresa.
A partir das informações dos softwares utilizados na operação, a tomada de decisão fica mais fácil. Além disso, a empresa trabalha com um nível de estoque em um nível ótimo por meio de uma produção enxuta que busca reduzir seus custos de produção e transferência. Assim, a Coca-Cola busca fazer uma gestão de estoques com base na previsão de vendas estipuladas (utilização de indicadores de assertividade de provisões), mantendo todos os CDs da sua rede de distribuição dentro de uma política ótima estipulada pela área de projeção de vendas. Logo, em épocas de alta temporada, eles buscam dobrar suas capacidades utilizando estoques com posições estratégicas como pulmão para um maior armazenamento de SKUs, objetivando atingir um ótimo atendimento na alta demanda.
Já a armazenagem engloba atividades de manuseio e controle de produtos acabados, semiacabados e matérias-primas. De acordo com fatores como frequência, tempo de atendimento e número de SKUs, essas atividades da armazenagem podem aumentar de complexidade.
O grupo investe em inteligência artificial para o armazenamento, como por exemplo, a utilização de LGVs (Laser Guided Vehicle) para transporte de insumos e produtos para armazenamento e organização em pallets.
A gestão de Armazenagem da Coca Cola Andina possui como princípio a política de estoque.
Segundo Bowersoz e Closs (2009) a política de estoque consiste em normas sobre o que comprar ou produzir, quando e em quais quantidades. Inclui também decisões sobre o posicionamento e alocação de estoques em fábricas e centros de distribuição. Toda política de estoque tem como desafio administrar o dilema entre minimizar o custo de manutenção de estoque e o atendimento ao nível de serviço desejado pelo cliente.
No caso da Coca Cola Andina, a política de estoque é toda baseada em relação à previsão de vendas da empresa. A necessidade de projeções de vendas é necessária para determinados tipos de problemas de planejamento, tais como o controle do estoque, a compra econômica, a previsão de tempos de resposta, os preços e os custos de diversos produtos, BALLOU (2001)
Na política de estoque, a previsão de vendas da empresa é capaz de oferecer noções bem aproximadas da necessidade de estoque necessária, viabilizando investimentos corretos em armazenagem, na manutenção de estoques de produtos acabados, e dessa forma, evitando, custos desnecessários e garantindo o atendimento eficaz ao mercado
Como dito anteriormente, a política de estoque também tem relação com o posicionamento dos centros de distribuição. No caso da Andina, a empresa possui 19 Centros de Distribuição no estado do Rio de Janeiro, interior de São Paulo e do Espírito Santo, estrategicamente posicionados com o objetivo de diminuir os custos logísticos e aumentar o nível de satisfação dos seus clientes.
A implementação de centros de distribuição na cadeia de abastecimento surge na necessidade de se obter uma distribuição mais eficiente, flexível e dinâmica, aumentando o nível de satisfação dos clientes.
Compartilha-se, assim, a redução de custos por entre as entidades cooperantes na distribuição do produto e evita-se pontos de estrangulamento, entre outras vantagens do trabalho em parceria (Farah, 2002, p. 44).
Uma outra vantagem, deve-se de permitir o atendimento adequado a diversos pontos de venda menores, como quiosques, cafetarias ou restaurantes, com uma elevada taxa de entrada e saída de produtos, tendo estes, normalmente, um curto prazo de validade (alimentação) ou um pequeno período de comercialização (jornais) (Farah, 2002, p. 45).
A fim de manter seu nível de serviço, em épocas de alta demanda, a Coca Cola Andina utiliza alguns de seus CDs como o de Bangu e Nova Iguaçu como buffer (pulmão) para armazenar skus e aumentar os estoques para as vendas fortes no verão.
Para monitorar a gestão de armazenagem, os principais indicadores utilizados são:
· Acurácia na previsão: visto que a previsão de vendas da empresa é a base de toda a política de estoque.
· Atender 100% da capacidade de transferência diária
· indicador de indisponibilidade, evitando ruptura e custos desnecessários para a empresa que pode acarretar atraso nas entregas, sobrecarga dos demais veículos e aumento de horas extras para concluir entregas
2.6 A logística reversa da Coca-Cola
Atualmente, grandes empresas detêm o protagonismo no ramo que atendem. Consequentemente, essas companhias necessitam investir pesado em tecnologias de ponta para a fabricação de seus produtos e embalagens de forma a atender a demanda e alinhar seus negócios aos conceitos de sustentabilidade ambiental. Neste caminho, um dos processos adotados pelas empresas é a logística reversa que representa o gerenciamento e operacionalização da restituição de materiais às suas origens, após a venda e consumo. Ou seja, após a comercialização dos produtos, as empresas são responsáveis pela correta destinação das embalagens.
A logística reversa é caracterizada por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, objetivando o reaproveitamento, em seu ciclo ou em demais ciclos produtivos para que se consiga uma destinação final ambientalmente adequada (PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos). Na prática, esse tipo de logística é utilizada através de sistemas que promovem a coleta, reuso, reciclagem e tratamento dos resíduos gerados após o consumo (seja do próprio produto sem uso ou de suas embalagens descartadas.
Portanto, a logística reversa apresenta ótimas oportunidades e benefícios para instituições de diferentes segmentos, como:
Redução de custos: uma logística reversa de qualidade e estruturada conta com etapas de transporte automatizadas com bases de rotas planejadas para a realização de entregas e coletas, minimizando os gastos de frete e, o reaproveitamento da matéria-prima coletada estimula a economia.
Viabilização da automação: uma logística reversa é bem-sucedida com sistemas de automação com softwares qualificados que facilitam a gestão dos processos de coleta, transporte, manuseio e processamento dos materiais recolhidos. Assim, essas tecnologias podem ser espalhadas para demais áreas da companhia.
Inovar: grandes empresas do mercado mundial estão aderindo a logística reversa e com ela repensando nas formas de produzir, distribuir seus produtos, atrair clientes e promover sua marca. Com isso, não faltam exemplos de formas criativas e inovadores de se reaproveitar materiais e revisar embalagens.
Em 2018, a Coca Cola Company intensificou os investimentos e ações criativas no projeto “Mundo sem Resíduos”. Esse projeto tem como objetivo o recolhimento de 100% das embalagens colocadas pela marca no mercado e a empresa tem até 2030 para alcançar esse objetivo. Quando não é possível fazer o reaproveitamento, a preocupação da companhia fica na destinação correta do material a fim de não comprometer o meio ambiente. Assim, uma das grandes preocupações da Coca Cola Brasil é o destino das suas embalagens após o consumo dos produtos, fazendo com que o retorno ao ciclo industrial ganhe tamanha importância.
Segundo dados divulgados pela própria empresa em 2018, cerca de 51% de suas embalagens têm uma destinação correta. Esses dados são resultados de uma série de ações e objetivos atingidos pela empresa que vão desde o uso de embalagens renováveis com a confecção de garrafas com novas matérias-primas até a aliança criada com mais de 200 cooperativas de reciclagem e coleta espalhadas pelo país. Com isso, a Coca Cola Brasil começou a colher os frutos dos investimentos realizados. Em 2019, a empresa deixou de colocar no mercado 1,6 bilhão de garrafas por meio da construção de uma logística reversa. As garrafas retornáveis são 22% dos produtos vendidos (PET de 1,5 litros, 2 litros e vidro de 1 litro).
Um processo utilizado pela empresa é o de pré-forma reciclada,uma peça em forma de tubo que será, posteriormente, soprada para que se chegue ao formato final do produto. Assim, eles utilizam as garrafas retornáveis para fazerem novas garrafas, fazendo uso de uma pré-forma 50% reciclada. A expectativa é que até 2023 todas as garrafas sejam feitas 100% com materiais reciclados de outras garrafas. Para que isso aconteça, são necessários alguns ajustes de processo e desenvolvimento tecnológico dos fornecedores. Atualmente, a Lorenpet, um dos principais fornecedores de garrafas PET para a Coca Cola Brasil, tem uma equipe terceirizada que é responsável por fazer a coleta dos resíduos de produtos já utilizados. Com a parceria da empresa com os pontos de venda, esta empresa também é responsável por executar o processo de transformação e reciclagem de embalagens.
2.7 Sistemas e indicadores utilizados
	Com o decorrer dos anos o uso de tecnologia durante o processo produtivo e administrativo de uma organização tornou-se cada vez mais essencial. O avanço tecnológico fez com que as empresas passassem a enfrentar novos mercados, concorrentes e consumidores mais exigentes, principalmente no que se diz respeito à velocidade de produção. A Coca Cola, sempre à frente do tempo, adequou seu processo produtivo com sistemas que auxiliassem as diversas etapas de sua cadeia de suprimentos.
	Em termos de produção, a Coca Cola inaugurou sua primeira fábrica com sistema 4.0 em Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no final de 2019. Dentre as alternativas implementadas temos uma mini xaroparia dedicada para cada linha de envase - que em outros locais temos uma única xaroparia que abastece todas as linhas - proporcionando flexibilidade; uso de água quente como energia térmica em vez de vapor e LGV para produtos – robôs que coletam insumos e levam para as linhas de produção. O local possui também: iluminação totalmente em LED, sistema WMS e 100% dos processos digitalizados. Atualmente, a empresa está consolidando a geração e a armazenagem de dados, realizando PoCs (proof of concept) com sistemas de realidade aumentada e analisando soluções de machine learning. A unidade conta com monitoramento online dos dados operacionais, plataformas de Internet das Coisas (IoT), soluções de Inteligência Artificial e Big Data. 
	Em termos de indicadores temos implementado o sistema Neogrid para acompanhar, através de cockpit instalado numa plataforma web, todos os indicadores de desempenho (KPIs Keys performance indicator), tais como níveis de estoque, planejamento de demanda, acompanhamento de pedidos, visão sobre o estoque nos depósitos, nos clientes. O processo está dividido em três fases de monitoramento. A estatística de planejamento envolve itens como lucratividade, sazonalidade, tendências, históricos etc. O gerenciamento de eventos inclui, entre outros, promoções, concorrência, preços, pesquisa de mercado. E em colaboração estão incluídos os processos de vendas, marketing, trade marketing e workflow. Os sistemas SAP também contribuem para a gestão e o Power BI para visualização de dados e futuras tomadas de decisão estratégicas. 
3. CONCLUSÃO 
Conforme discutido no estudo, a logística empresarial da Coca-Cola Andina é bem estruturada, considerando as diversas estratégias vistas durante as aulas teóricas de Logística Empresarial. Nesse sentido, pode-se dizer que os processos são muito bem interligados e automatizados em todas as etapas de sua cadeia de suprimentos. A empresa conta com fornecedores parceiros, preocupados assim como a organização com a questão socioambiental e aplicação de processos sustentáveis. Contudo, não foram observadas inconsistências ou problemas que requeressem propostas de soluções.
Portanto, é importante ressaltar que, a partir de pesquisas e conversas, a Coca-Cola Andina Brasil é um caso de sucesso, se tornando referência em supply chain management e em quesito de sustentabilidade e impactos socioambientais.
4. BIBLIOGRAFIA
BNDES. BNDES e Coca-Cola Brasil assinam acordo de cooperação em projetos de impacto social e ambiental, 09 de junho de 2021. Disponível em: <https://agenciadenoticias.bndes.gov.br/detalhe/noticia/BNDES-e-Coca-Cola-Brasil-assinam-acordo-de-cooperacao-em-projetos-de-impacto-social-e-ambiental/>. Acesso em: 20 de junho de 2021.
Como melhorar a gestão de produtos no varejo - <https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/artigosOrganizacao/como-melhorar-a-gestao-de-produtos-no-varejo> Acesso em 25 de junho de 2021
DO COUTO, Gessy Rosalino, and Jéssica Pereira do Espírito Santo. "A GESTÃO DE ESTOQUES BASEADA NA PREVISÃO DE DEMANDA: UM ESTUDO EM UM JOGO DE EMPRESAS." REVISTA LAGOS 4.2 (2013).
DA SILVA, Wesley Vieira, et al. "Gestão Estratégica de Estoques e o Uso do DBM (Dynamic Buffer Managment) em Produto da Linha Branca: Estudo de Caso em Empresa Varejista." Revista Gestão Industrial 9.4 (2014).
EXTRA. Coca-Cola abre mais de 200 vagas de emprego no estado do Rio. Disponível em <https://extra.globo.com/economia/emprego/coca-cola-abre-mais-de-200-vagas-de-emprego-no-estado-do-rio-24721227.html> Último acesso em 20 de jun. 2021
Funções do Advisor <https://sites.google.com/site/admsicocacola/sistema-de-informacao-advisor/funcoes-do-advisor> Acesso em 14 de junho de 2021
GS1 BRASIL. As Lições da fábrica 4.0 da Coca Cola no Brasil. Disponível em: <https://noticias.gs1br.org/as-licoes-da-fabrica-4-0-da-coca-cola-no-brasil/> ACESSO EM: 20 de junho de 2021.
MARINHO, JOÃO. Coca-Cola Andina apresenta experiência de indústria 4.0. Disponível em: <https://itforum.com.br/noticias/coca-cola-andina-industria-4-0/> ACESSO EM: 20 de junho de 2021.
NEOGRID. Engarrafadora Gaúcha da Coca-Cola implementa solução de Supply Chain Managemente. Disponível em: <https://neogrid.com/br/blog/engarrafadora-gaucha-da-coca-cola-implementa-solucao-de-supply-chain-management> ACESSO EM: 20 de junho de 2021.
O Sistema Coca-Cola - <https://www.coca-colacompany.com/company/coca-cola-system> Acesso em 21 de junho de 2021
Repositório UFSC <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/185008/Monografia%20do%20Marcos%20Zanette.pdf?sequence=1&isAllowed=y> Acesso em 15 de junho de 2021.
Relatório de Sustentabilidade Coca-Cola Brasil, 2017. Disponível em: <https://www.cocacolabrasil.com.br/content/dam/journey/br/pt/private/pdfs/relatorio-de-sustentabilidade-coca-cola-brasil-2017.pdf> . Acesso em: 19 de jun. de 2021.
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