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EPIDEMIOLOGIA Aspectos Sanitários Prof. Leonardo Andrade Martins EPIDEMIOLOGIA Aspectos Sanitários • Iniciativas públicas sobre saúde na região. - Rede de Atenção à Saúde – RAS. - Regionalização. • Problemas de saúde na região. • Vulnerabilidades da população. ASPECTOS SANITÁRIOS “São arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas que, integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado.” Rede de Atenção à Saúde - RAS (Ministério da Saúde, 2010 – portaria nº 4.279, de 30/12/2010). MAIOR EFICÁCIA NA PRODUÇÃO DE SAÚDE, MELHORIA NA EFICIÊNCIA DA GESTÃO DO SISTEMA DE SAÚDE NO ESPAÇO REGIONAL. ASPECTOS SANITÁRIOS Ministério da Saúde (MS) estabeleceu diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde (RAS). RAS: conjunto de intervenções preventivas e curativas, realizadas entre os serviços de saúde. Objetivo: garantir atenção integral aos usuários de acordo com suas necessidades. RAS Gestão Logísticos Técnicos Integração de sistemas Prevê a reformulação dos serviços de saúde CASANOVA et al, 2017 Rede de Atenção à Saúde - RAS ASPECTOS SANITÁRIOS RAS no Estado do Amazonas, conta com quatro redes temáticas prioritárias: Rede Cegonha. Rede de Urgência e Emergência (RUE). Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Rede de Atenção à Pessoa com deficiência (RASPD). Rede de Atenção à Saúde - RAS ASPECTOS SANITÁRIOS Rede Cegonha Visa implementar uma rede de cuidados voltados às gestantes e puérperas. Garantir às mulheres o direito ao planejamento familiar, à atenção segura, qualificada e humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério. Garantir às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Reestruturar e reorganizar a atenção à saúde materno-infantil no País desde a atenção primária à atenção hospitalar. Reduzir a mortalidade materna e infantil e ênfase no componente neonatal. Portaria Nº 1.459, de 24 de junho de 2011 ASPECTOS SANITÁRIOS Rede Cegonha PRÉ-NAT PARTO E NASCIMENTO PUERPÉRIO E ATENÇÃO À CRIANÇA TRANSPORTE E REGULAÇÃO PRÉ NATAL: • Captação precoce e acolhimento com classificação de risco. • Alimentação dos sistemas de informação • Garantia dos Exames de pré-Natal de Risco Habitual e de Alto Rico • Vinculação da gestante da UBS à maternidade PARTO E NASCIMENTO: • Suficiência de leitos • Ambiência • Direito a Acompanhante • Acolhimento com classificação de risco • Boas práticas: segurança • Gestão: Cuidado horizontal e conselho gestor. TRANSPORTE E REGULAÇÃO: • Transporte seguro • Vaga sempre • Central de regulação de leitos PUERPÉRIO E ATENÇÃO À CRIANÇA: • Aleitamento Materno • Acompanhamento da criança • Visita primeira semana • Busca ativa de crianças vulneráveis • Planejamento reprodutivo Portaria Nº 1.459, de 24 de junho de 2011 ASPECTOS SANITÁRIOS Rede de Urgência e Emergência (RUE). Objetivo: Articular e integrar todos os equipamentos de saúde para ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência/emergência nos serviços de saúde de forma ágil e oportuna. (BRASIL, 2013) ASPECTOS SANITÁRIOS Rede de Urgência e Emergência (RUE). Atenção Básica (ESF, UBS, EACS) Pronto atendimento (UPA) SAMU Atenção hospitalar Atenção Domiciliar ASPECTOS SANITÁRIOS Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Prevê a criação, a ampliação e a articulação de: Pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso álcool e outras drogas. Portaria MS/GM nº 3088/2011 e atualizada pela Portaria MS/GM nº3.588, de 22/12/2017 ASPECTOS SANITÁRIOS Rede de Atenção à Pessoa com deficiência (RASPD). Ampliar o acesso e qualificar atendimento às pessoas com deficiência no SUS, com foco na organização de rede e na atenção integral à saúde, que contemple as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual e ostomias. Ampliar a integração e articulação dos serviços de reabilitação com a rede de atenção primária e outros pontos de atenção especializada. Desenvolver ações de prevenção de deficiências na infância e vida adulta. ASPECTOS SANITÁRIOS Rede de Atenção à Pessoa com deficiência (RASPD). ASPECTOS SANITÁRIOS Regionalização A alternativas para buscar a redução das desigualdades no acesso ao SUS é a REGIONALIZAÇÃO EM SAÚDE. Integração entre os diversos níveis do cuidado à saúde, aliados às políticas econômicas e sociais. Redução das desigualdades regionais. Regionalização em Saúde (GADELHA, 2019) ASPECTOS SANITÁRIOS Regionalização Regionalização da saúde no estado. 01 Centro Macrorregional 18 Municípios de Referência 09 Regionais de Saúde 62 Municípios 18 Microrregionais de Saúde ASPECTOS SANITÁRIOS Regionais de saúde. Manaus Itapiranga Regional Entorno de Manaus Regional do Médio Amazonas Regional do Baixo Amazonas Regional do Madeira Regional Rio Negro e Solimões Regional do Purus Regional do Triângulo Regional do Juruá Alto Solimões (TEIXEIRA et al., 2017) Barreiras geográficas e a mobilidade são fatores que dificultam a provisão de ações interiorizadas e o acesso à saúde. (CASANOVA et al, 2017) ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas de saúde na região. ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. Desafios de gestão e logística para as políticas públicas voltadas à provisão de equipamentos e serviços sociais como educação, saúde, saneamento, comunicações e transporte. Fenômeno da "cheia" e da "vazante" que, pode encurtar ou dilatar o tempo de viagem em horas ou dias. (VIANA & IOZZI, 2019). ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. O repasse de recursos federais é muito inferior à média per capita nacional e a infraestrutura sanitária é inadequada e pouco resolutiva frente às necessidades. Há baixa institucionalidade e descontinuidade nas políticas do governo federal com pouca sensibilidade para especificidades regionais, ao lado da restrita capacidade de gestão no âmbito municipal. (VIANA et al., 2017) ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. A rede de serviços de saúde é insuficiente e há dificuldade de fixação de recursos humanos (insumos e de profissionais), principalmente nos municípios de pequeno porte. Serviços de média e alta complexidade se concentram nas capitais, em prejuízo da população que vive em áreas remotas. (OLIVEIRA , 2018) ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. A falta de investimentos, materiais, e capacitação implica diretamente na qualidade e maior dificuldade da realização de manutenção do trabalho e acesso. Baixo provimento e fixação de profissionais de saúde. Equipe multiprofissional é fragmentada pela intensa rotatividade e baixa fixação dos profissionais da saúde. (DOLZANE & SCHWEICKARDT, 2020). ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. Dentre os principais empecilhos para o alcance da universalidade no SUS despontam as desigualdades socioeconômicas e de saúde vigentes no país. Desigualdades sanitárias são exemplificadas pelo restrito número de médicos atuando no SUS (1/1000 habitantes). (SILVEIRA e PINHEIRO, 2014). ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. Elevada razão capital/interior na disponibilidade desses profissionais. Na comparação entre regiões geográficas: a disponibilidade de médicos nas capitais do Norte foi quase 3 vezes inferior àquela encontrada nas do Sul do país (7,1/1000) e mais de 4 vezes inferior à distribuição de médicos no interior do Sudeste (1,7/1000). 2,5 médicos/1000 habitantes. 0,4 médicos /1000 no interior). CAPITAL INTERIOR (SILVEIRA e PINHEIRO, 2014). ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. DIFICULDADES GEOGRÁFICAS ASPECTOS SOCIECONÔMICAS INVESTIMENTOSEM PROGRAMAS DE SAÚDE PROBLEMAS FUNDAMENTAIS DE SAÚDE NA REGIÃO ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. O QUE FAZER? ASPECTOS SANITÁRIOS Problemas fundamentais de saúde na região. INVESTIMENTOS PLANEJAMENTO ADAPTAÇÕES E CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS FORTALECENDO VÍNCULOS COM A COMUNIDADE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA EM SAÚDE ASPECTOS SANITÁRIOS Vulnerabilidade da população. Conceito de vulnerabilidade social: “Vulnerabilidade social é um conceito multidimensional que se refere à condição de indivíduos ou grupos em situação de fragilidade, que os tornam expostos a riscos e a níveis significativos de desagregação social. ” Vulnerabilidade social traduz-se na dificuldade no acesso à estrutura de oportunidades sociais, econômicas e culturais que provêm do Estado, do mercado e da sociedade ASPECTOS SANITÁRIOS Vulnerabilidade da população. Em relação a saúde, o termo vulnerabilidade refere-se a: “Chance de exposição das pessoas ao adoecimento, como resultante de um conjunto de aspectos que ainda que se refiram imediatamente ao indivíduo, o recoloca na perspectiva da dupla-face, ou seja, o indivíduo e sua relação com o coletivo.” (BRASIL,2021) ASPECTOS SANITÁRIOS Vulnerabilidade da população. QUEM É/PODE SER VULNERÁVEL? Mulher, Criança, Adolescente, Homem, Idoso; População Indígena; População Privada de Liberdade; Pessoas com Deficiência e Reabilitação; População de Rua. ASPECTOS SANITÁRIOS Vulnerabilidade da população. Determinantes e Condicionantes = Fatores de risco Alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, atividade física, transporte, lazer e acesso aos bens e serviços essenciais. Exposição a doenças infectocontagiosas e crônicas não transmissíveis (por fatores biológico, psíquicos e sociais); Violência. (GARNELO, et al., 2014) ASPECTOS SANITÁRIOS Vulnerabilidade da população. Determinantes e Condicionantes = Fatores de risco VULNERABILIDADE EM SAÚDE ASPECTOS SANITÁRIOS Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010. Estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à saúde no âmbito do sistema único de saúde. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 30 dez. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada. Manual instrutivo da Rede de Atenção às Urgências e Emergências no Sistema Único de Saúde (SUS) / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Especializada. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais. Glossário de termos, variáveis e indicadores educacionais. CASANOVA, A.O.; CRUZ, M.M.; GIOVANELLA, L.; ALVES, G.R.; CARDOSO, G.C.P. Health care networks implementation and regional governance challenges in the Legal Amazon Region: an analysis of the QualiSUS-Rede Project. Ciênc. Saúde Coletiva [on-line]. 2017 ASPECTOS SANITÁRIOS Referências GARNELO, L., LUCAS, A. C. D. S., PARENTE, R. C. P., ROCHA, E. S. C., & GONÇALVES, M. J. F. Organização do cuidado às condições crônicas por equipes de Saúde da Família na Amazônia. Saúde em Debate, 38, 158-172. 2014. TEIXEIRA, A.S; SOUZA, A.B.; AZEVEDO, R.C.; JÚNIOR, C.A.T.; FILHO, F.S.P. Gestão da Inovação Portuária na Amazônia: Proposta de Remodelagem de Transporte dos Ribeirinhos no Rio Madeira. RASI [on-line]. 2017. Disponível em: http://www.rasi.vr.uff.br/index.php/rasi/article/view/169/50 Portaria Nº 1.459, de 24 de junho de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS - a Rede Cegonha. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2011a. ZUPELLARI, Giane & Andrade, et al. Organização da rede de atenção à saúde no estado do amazonas - brasil: uma pesquisa documental. Ciência, Cuidado e Saúde. 2018. 17. http://www.rasi.vr.uff.br/index.php/rasi/article/view/169/50
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