Buscar

APG - S16P2 - DIGESTÃO, ABSORÇÃO, METABOLISMO DE LIPÍDEOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

APG – SOI 1
S16P2 - DIGESTÃO, ABSORÇÃO, METABOLISMO DE LIPÍDEOS
DIGESTÃO DE LIPÍDEOS
- Os lipídios mais abundantes na dieta são os triglicerídios, os quais consistem em uma molécula de
glicerol ligada a três moléculas de ácidos graxos;
- As enzimas que dividem os triglicerídios e os fosfolipídios são chamadas lipases. Existem três tipos de
lipase que podem participar da digestão de lipídios: a lipase lingual, a lipase gástrica e a lipase
pancreática.
- Embora parte da digestão de lipídios ocorra no estômago pela ação das lipases gástrica e lingual, a
maioria da digestão ocorre no intestino delgado pela ação da lipase pancreática.
- O primeiro passo na digestão da gordura é quebrar fisicamente os glóbulos de gordura em tamanhos
pequenos para que as enzimas digestivas solúveis em água possam atuar nas superfícies dos glóbulos.
Esse processo é chamado de emulsificação da gordura e começa com a agitação no estômago para
misturar a gordura com os produtos da digestão estomacal. A maioria da emulsificação ocorre, então,
no duodeno, sob a influência dos ácidos biliares, que contém uma abundância de sais biliares
(anfipáticos - cada sal biliar tem uma região hidrofóbica (não polar) e uma região hidrofílica - polar)
e fosfolipídios lectina que atuam na diminui muito a tensão interfacial da gordura a tornando então
solúvel, com isso é possível dividir em muitas partículas minúsculas com muito mais facilidade, (ação
detergente). Essa emulsificação faz com que a área de superfície total da gordura aumente em até
1.000x, fazendo com que a lipase tenha maior contato com as moléculas.
- A enzima mais importante para a digestão dos triglicerídios é a lipase pancreática, presente em
enormes quantidades no suco pancreático, o suficiente para digerir em um minuto todos os triglicerídios
que puder atingir. A maioria dos triglicerídios da dieta é dividida pela lipase pancreática em ácidos graxos
livres e 2-monoglicerídios.
ABSORÇÃO
- Todos os lipídios da dieta são absorvidos por difusão simples. Os adultos absorvem aproximadamente
95% dos lipídios presentes no intestino delgado;
- Como resultado de sua emulsificação e digestão, os triglicerídios são fragmentados em monoglicerídios
e ácidos graxos.
- Os ácidos graxos de cadeia curta pequenos são hidrofóbicos, contêm menos de 10 a 12 átomos de
carbono e são mais hidrossolúveis. Assim, podem se dissolver no quimo intestinal, passam através das
células absortivas via difusão simples, e seguem o mesmo trajeto dos monossacarídios e aminoácidos em
um capilar sanguíneo de uma vilosidade.
- Os ácidos graxos de cadeia curta grandes (com mais de 10 a 12 átomos de carbono), os ácidos graxos
de cadeia longa e os monoglicerídios são maiores e hidrofóbicos. Como não são hidrossolúveis, têm
dificuldade em ser suspensos no ambiente aquoso do quimo intestinal. Os sais biliares, com sua
característica anfipática quando no quimo intestinal, os circundam, formando pequenas esferas chamadas
micelas, cada uma delas medindo de 2 a 10 nm de diâmetro e incluindo 20 a 50 moléculas de sais
biliares. Uma vez formadas, as micelas se movem do interior do lúmen do intestino delgado para a borda
em escova das células absortivas. Nesse momento, os ácidos graxos de cadeia curta grandes, os ácidos
graxos de cadeia longa e os monoglicerídios se difundem para fora das micelas em direção às células
absortivas, deixando para trás as micelas no quimo.
- Uma vez nas células absortivas, os ácidos graxos de cadeia longa e monoglicerídios são
recombinados para formar triglicerídios, que se agregam em glóbulos com os fosfolipídios e o
colesterol e tornam -e revestidos com proteínas. Estas grandes massas esféricas, de aproximadamente 80
nm de diâmetro, são chamados quilomícrons (transportea partir do sangue para o fígado). Dentro de
10 min após a absorção, aproximadamente metade dos quilomícrons já foram removidos do sangue à
medida que passam pelos capilares sanguíneos do fígado e do tecido adiposo. Esta remoção é realizada
por uma enzima chamada lipoproteína lipase, que cliva os triglicerídios em quilomícrons e outras
lipoproteínas em ácidos graxos e glicerol. Os ácidos graxos se difundem para os hepatócitos e células
adiposas e se combinam ao glicerol durante a ressíntese dos triglicerídios.
METABOLISMO
- A maioria dos lipídios, como os triglicerídios, são moléculas apolares, portanto, bastante hidrofóbicas.
Elas não se dissolvem em água. Para serem transportadas na corrente sanguínea aquosa, essas
moléculas devem antes se tornar mais hidrossolúveis pela combinação com proteínas produzidas pelo
fígado e pelo intestino. As combinações formadas desse modo são as lipoproteínas, partículas esféricas
com uma camada externa de proteínas, fosfolipídios e colesterol circundando um núcleo interno de
triglicerídios e outros lipídios. As proteínas na camada externa são chamadas de apoproteínas (apo).
- Cada um dos vários tipos de lipoproteínas possui diferentes funções, mas elas são essencialmente
veículos de transporte. Elas fornecem serviços de busca e entrega de lipídios sempre que as células
precisarem para uso ou sempre que houver uma quantidade exarcebada para retirar. As lipoproteínas são
categorizadas e nomeadas principalmente de acordo com sua densidade, que varia com a taxa de lipídios
(que possuem densidade baixa) e proteínas (que possuem densidade alta). Das maiores e mais leves até
as menores e mais pesadas, as quatro classes principais de lipoproteínas são:
● Quilomícrons: São formados nas células epiteliais da túnica mucosa do intestino delgado e
transportam os lipídios da dieta para serem armazenados no tecido adiposo. Eles contêm
cerca de 1 a 2% de proteínas, 85% de triglicerídios, 7% de fosfolipídios e 6 a 7% de colesterol,
além de uma pequena quantidade de vitaminas lipossolúveis. Os quilomícrons entram nos vasos
linfáticos a partir das vilosidades intestinais sendo carregados pela linfa até o sangue venoso e,
então, para a circulação sistêmica. A Sua presença fornece ao sangue uma aparência leitosa, mas
eles permanecem no sangue apenas por alguns minutos. Conforme os quilomícrons circulam pelos
capilares do tecido adiposo, uma de suas apoproteínas, a apo C 2, ativa a lipase endotelial de
lipoproteínas, uma enzima que remove os ácidos graxos dos triglicerídios dos quilomícrons. Os
ácidos graxos livres são captados pelos adipócitos para a síntese e o armazenamento como
triglicerídios e pelas células musculares para a produção de ATP. Os hepatócitos removem os
remanescentes dos quilomícrons do sangue por endocitose mediada por receptor, nesse processo
outra apoproteína do quilomícron, a apo E, é a proteína de atracação.
● Lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL): São formadas pelos hepatócitos, contêm
principalmente lipídios endógenos (produzidos no corpo). As VLDLs contêm cerca de 10% de
proteínas, 50% de triglicerídios, 20% de fosfolipídios e 20% de colesterol. As VLDLs transportam
os triglicerídios sintetizados nos hepatócitos para serem armazenados pelos adipócitos.
Elas perdem seus triglicerídios conforme sua apo C 2 ativa a lipase endotelial de lipoproteínas e
os ácidos graxos resultantes são captados pelos adipócitos para serem armazenados ou
pelas células musculares para a produção de ATP. Conforme elas depositam uma parte de seu
conteúdo de triglicerídios nos adipócitos, as VLDLs são convertidas em LDL.
● Lipoproteínas de baixa densidade (LDL): contêm 25% de proteínas, 5% de triglicerídios, 20% de
fosfolipídios e 50% de colesterol. Elas carregam cerca de 75% do colesterol total no sangue e
o entregam às células em todo o corpo para ser utilizado no reparo das membranas
celulares e na síntese de hormônios esteroides e de sais biliares. As LDLs contém uma única
apoproteína, a apo B100, a proteína de atracação que se liga aos receptores de LDL nas
membranas plasmáticas das células do corpo de modo que a LDL possa entrar na célula por
endocitose mediada por receptor. Dentro da célula, a LDL é clivada e o colesterol é liberado para
atenderàs necessidades da célula. Uma vez que a célula tenha colesterol suficiente para as suas
atividades, um sistema de retroalimentação negativa inibe a síntese de novos receptores de LDL
pela célula. Quando presente em quantidades excessivas, a LDL também deposita colesterol
dentro e ao redor das fibras musculares lisas das artérias, formando placas gordurosas que
aumentam o risco de doença da artéria coronária. Colesterol mau.
● Lipoproteínas de alta densidade (HDL): que contém 40 a 45% de proteínas, 5 a 10% de
triglicerídios, 30% de fosfolipídios e 20% de colesterol, removem o excesso de colesterol das
células do corpo e do sangue e transportam o colesterol para o fígado para ser eliminado.
Como a HDL evita o acúmulo de colesterol no sangue, um alto nível de HDL está associado a
menor risco de doença da artéria coronária. Por esse motivo, o colesterol HDL é conhecido como o
“bom” colesterol.
DESTINO DOS LIPÍDEOS: os lipídios podem ser oxidados para a produção de ATP. Se o corpo não tem
necessidade imediata do uso de lipídios, eles são armazenados no tecido adiposo (depósitos de gordura)
espalhado pelo corpo e no fígado. Alguns lipídios são utilizados como moléculas estruturais ou para a
síntese de outras substâncias essenciais. Alguns exemplos incluem os fosfolipídios, constituintes das
membranas plasmáticas; as lipoproteínas, utilizadas para o transporte de colesterol pelo corpo; a
tromboplastina, necessária para a coagulação sanguínea; e as bainhas de mielina, que aceleram a
condução dos impulsos nervosos.
ARMAZENAMENTO DE LIPÍDEOS: Uma função importante do tecido adiposo é a remoção de
triglicerídios dos quilomícrons e do VLDL e seu armazenamento até que eles sejam necessários para a
produção de ATP em outras partes do corpo. Os triglicerídios armazenados no tecido adiposo constituem
98% de todas as reservas energéticas do corpo. Eles são armazenados mais facilmente do que o
glicogênio, em parte porque os triglicerídios são hidrofóbicos e não exercem pressão osmótica nas
membranas plasmáticas. Os triglicerídios no tecido adiposo são continuamente decompostos e
sintetizados novamente. Assim, os triglicerídios armazenados no tecido adiposo hoje não são as mesmas
moléculas que estavam presentes no mês passado porque eles são continuamente liberados,
transportados no sangue e depositados novamente em outras células do tecido adiposo.
CATABOLISMO DE LIPÍDEOS: Para que músculos, fígado e tecido adiposo possam oxidar os ácidos
graxos derivados dos triglicerídios para a produção de ATP, eles devem primeiro ser separados em
glicerol e ácidos graxos, um processo chamado de lipólise. A lipólise é catalisada por enzimas chamadas
de lipases. O glicerol e os ácidos graxos resultantes da lipólise são catabolizados por vias diferentes. O
glicerol é convertido por muitas células do corpo a gliceraldeído-3 fosfato, um dos compostos formados
durante o catabolismo da glicose. Se o conteúdo de ATP na célula for alto, o gliceraldeído-3 fosfato é
convertido em glicose, um exemplo de gliconeogênese. Se o conteúdo de ATP na célula for baixo, o
gliceraldeído-3 fosfato entra na via catabólica e se torna ácido pirúvico.
Os ácidos graxos são catabolizados de modo diferente do glicerol e geram mais ATP. O primeiro estágio
do catabolismo de ácidos graxos é uma série de reações, chamadas coletivamente de betaoxidação, que
ocorre na atriz mitocondrial. As enzimas removem dois átomos de carbono da longa cadeia de átomos de
carbono do ácido graxo de cada vez e ligam o fragmento com dois carbonos à coenzima A, formando
acetil CoA. A acetil CoA então entra no ciclo de Krebs. Um ácido graxo com 16 carbonos pode gerar até
129 moléculas de ATP em sua oxidação completa por betaoxidação, ciclo de Krebs e cadeia
transportadora de elétrons.
ANABOLISMO DE LIPÍDEOS: Os hepatócitos e os adipócitos conseguem sintetizar lipídios a partir da
glicose ou de aminoácidos por intermédio da lipogênese, estimulada pela insulina. A lipogênese ocorre
quando os indivíduos consomem mais calorias do que o necessário para a satisfação de suas
necessidades de ATP. Excesso de carboidratos, proteínas e gorduras dietéticos têm todos o mesmo
destino – eles são convertidos em triglicerídios. Alguns aminoácidos podem sofrer as seguintes reações:
aminoácidos → acetil CoA → ácidos graxos → triglicerídios.
O uso de glicose para a formação de lipídios ocorre por duas vias:
(1) glicose → gliceraldeído-3 fosfato → glicerol;
(2) glicose → gliceraldeído-3 fosfato → acetil CoA → ácidos graxos.
O glicerol e os ácidos graxos resultante podem sofrer reações anabólicas e se tornarem triglicerídios
armazenados ou podem passar por uma série de reações anabólicas para a produção de outros lipídios
como lipoproteínas, fosfolipídios e colesterol.
TORTORA
SILVERTON

Continue navegando