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APG – SOI 1 S16P1 - ANABOLISMO E CATABOLISMO, OXIDAÇÃO DA GLICOSE E ARMAZENAMENTO DA GLICOSE ANABOLISMO X CATABOLISMO Catabolismo As reações químicas que quebram moléculas orgânicas complexas em moléculas mais simples compõem coletivamente o catabolismo. Em geral, as reações catabólicas (de decomposição) são exergônicas; elas produzem mais energia do que consomem, liberando a energia química armazenada nas moléculas orgânicas. Conjuntos importantes de reações catabólicas ocorrem na glicólise, no ciclo de Krebs e na cadeia transportadora de elétrons, e cada um deles será discutido mais adiante neste capítulo. Anabolismo As reações químicas que combinam moléculas simples e monômeros para a formação de componentes funcionais e estruturais complexos do corpo compõem coletivamente o anabolismo. Exemplos de reações anabólicas são a formação das ligações peptídicas entre aminoácidos durante a síntese proteica, a união de ácidos graxos para a formação de fosfolipídios que compõem a bicamada da membrana plasmática e a ligação de monômeros de glicose para a formação de glicogênio. As reações anabólicas são endergônicas; elas consomem mais energia do que produzem. O metabolismo é um ato de equilíbrio energético entre as reações catabólicas (de decomposição) e as reações anabólicas (de síntese). A molécula que participa mais frequentemente das trocas energéticas nas células vivas é o ATP (trifosfato de adenosina), que acopla as reações catabólicas liberadoras de energia às reações anabólicas consumidoras de energia. OXIDAÇÃO DA GLICOSE - GLICÓLISE Durante a glicólise, reações químicas quebram uma molécula de glicose com seis carbonos em duas moléculas de ácido pirúvico com três carbonos cada. Embora a glicólise consuma duas moléculas de ATP, ela produz quatro moléculas de ATP, havendo um ganho efetivo de 2 moléculas de ATP para cada molécula de glicose oxidada. - Na glicólise são produzidos ao todo 4 ATPs e gastos 2. O saldo energético é de 2 moléculas de ATP e 2 NADH por molécula de glicose. As 10 reações da glicólise: 1. A glicose é fosforilada, utilizando um grupo fosfato de uma molécula de ATP, formando glicose 6-fosfato. 2. A glicose 6-fosfato é convertida em frutose 6-fosfato. 3. Um segundo ATP é utilizado para adicionar um segundo grupo fosfato à frutose 6-fosfato, formando frutose 1,6-bisfosfato. 4. E 5. A frutose se divide em duas moléculas com três carbonos, gliceraldeído 3-fosfato (G 3-P) e di-hidroxiacetona fosfato, cada uma com um grupo fosfato. 6. Ocorre oxidação quando duas moléculas de NAD+ recebem dois pares de elétrons e íons hidrogênio de duas moléculas de G 3-P, formando duas moléculas de NADH. As células do corpo utilizam as duas moléculas de NADH produzidas nesta etapa para a geração de ATP na cadeia transportadora de elétrons. Um segundo grupo fosfato é ligado ao G 3-P, formando o ácido 1,3-bisfosfoglicérico (BPG). 7 a 10. Essas reações geram quatro moléculas de ATP e produzem duas moléculas de ácido pirúvico (piruvato*). ARMAZENAMENTO DA GLICOSE - GLICOGÊNESE Se a glicose não for necessária imediatamente para a produção de ATP, ela se combina com muitas outras moléculas de glicose formando glicogênio. O hormônio insulina, estimula os hepatócitos e as células musculares esqueléticas a realizarem a glicogênese, a síntese de glicogênio. Durante a glicogênese, a glicose é primeiro fosforilada em glicose 6-fosfato pela hexoquinase. A glicose 6-fosfato é convertida em glicose 1-fosfato e, então, em glicose uridina difosfato e, finalmente, em glicogênio. - O glicogênio é o principal meio de estoque de glicose no organismo. O glicogênio é um polímero de glicose, formado pela ligação de diversas moléculas individuais de glicose ligadas entre si em uma cadeia ramificada. Uma única partícula de glicogênio no citoplasma pode conter cerca de 55 mil moléculas de glicose unidas. Os grânulos de glicogênio apresentam-se de forma insolúvel no citosol de células. - O glicogênio é encontrado praticamente em todas as células do organismo, porém os seus maiores e mais representativos estoques estão no fígado e nos músculos esqueléticos. O glicogênio no músculo esquelético fornece uma fonte imediata de energia para a contração muscular, enquanto o glicogênio hepático serve de substrato principal para a síntese de glicose no organismo, principalmente em períodos entre as refeições (estados de jejum curto). Estima-se que o fígado contenha estoques equivalentes a aproximadamente 4 horas de suprimento como glicogênio. REFERÊNCIAS TORTORA, Gerard J.; DERRICKSON, Bryan. Princípios de Anatomia e Fisiologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. SILVERTHORN, Dee U. Fisiologia Humana. E-book. ISBN 9788582714041.