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10- Intervenção do Estado na Propriedade - Resumo - online V2 (priorizar)

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Intervenção do Estado na 
Propriedade
Direito de Propriedade:
• Garantia constitucional que assegura ao seu detentor as prerrogativas
de usar, fruir, dispor e reaver a coisa dominada, de modo absoluto,
exclusivo e perpétuo, conforme incisos XXII e XXIII, art. 5º, CR/88.
• “A propriedade presume-se plena e exclusiva, até prova em contrário”
(art. 1.231, CC/02).
• À União competirá legislar sobre direito civil, incluindo a possibilidade
de editar leis que tratem acerca do direito de propriedade e dos demais
direitos reais (Art.22, II, CR/88).
Intervenção do Estado na propriedade: 
fundamentos constitucionais
• A intervenção na propriedade decorre do poder de polícia, de forma a
restringir o direito de propriedade.
• O poder de polícia é exercido pela Administração Pública quando na sua
função administrativa, limita o exercício de direitos individuais, bem
como o uso, gozo e disposição da propriedade, na busca do interesse da
coletividade (art. 78, CTN).
• A intervenção do Estado na propriedade também decorre do princípio
basilar da supremacia do interesse público sobre o interesse privado.
• As intervenções na propriedade podem decorrer da prática de ilegalidade
no exercício do domínio.
• O art. 5o, da CF/88 estabelece que haverá desapropriação de bens em razão de utilidade
ou necessidade pública ou mesmo por motivo de interesse social, desde que mediante
o pagamento de indenização prévia, justa e em dinheiro, bem como haverá requisição
administrativa, em casos de iminente perigo público, assegurada ao proprietário
indenização ulterior, se houver dano.
• Já o art. 182, da CF/88 informa que a desapropriação especial urbana será cabível
quando um determinado imóvel urbano não cumprir a função social da propriedade,
definida no plano diretor da cidade, enquanto que o art. 184 da CF/88 preconiza que a
desapropriação especial rural ocorrerá desde que seja demonstrado o descumprimento
da função social da propriedade pelo particular.
• Por fim, o at. 243, da CF/88 prevê a possibilidade de expropriação de bens imóveis
utilizados na plantação de psicotrópicos ou para exploração de trabalho escravo, assim
como de bens móveis utilizados para o tráfico de drogas e entorpecentes.
Modalidades de Intervenção 
A doutrina costuma definir a existência de duas modalidades de intervenção do Estado na
propriedade privada, a saber:
• a) Intervenção Supressiva: o Estado transfere para si a propriedade de terceiro,
suprimindo o direito de propriedade anteriormente existente. Nestes casos, o direito de
propriedade do particular é suprimido em face da necessidade pública, podendo se dar
mediante indenização, ou excepcionalmente, sem qualquer espécie de pagamento.
Tradicionalmente, se define a desapropriação como a única forma de intervenção
supressiva na propriedade regulamentada pelo ordenamento jurídico brasileiro.
• b) Intervenção Restritiva: o Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da
propriedade pelo terceiro, sem, contudo, lhe retirar o direito de propriedade. Nestes
casos, não obstante o particular conserve o seu direito de propriedade, não poderá
mais exercê-lo em sua plenitude, ficando a utilização do bem sujeita às limitações
impostas pelo Estado, de forma a garantir a satisfação das necessidades coletivas.
DA LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA 
• Trata-se de restrição de caráter geral, não atingindo um bem especificamente, mas sim
todos os proprietários que estiverem na situação descrita na norma e que produz efeitos
ex nunc, não retroagindo para atingir pessoas e propriedades que respeitavam a situação
anterior.
• É muito comum perceber a existência de limitações administrativas em regras
urbanísticas, muitas vezes estipuladas por normas locais. O Estatuto da Cidade (Lei
10.257/2001) define algumas regras que são exemplos de limitação. (ex.: art. 25, da Lei
10.257/01 - Direito de Preempção).
Art. 25. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para aquisição de 
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
§ 1o Lei municipal, baseada no plano diretor, delimitará as áreas em que incidirá o direito de 
preempção e fixará prazo de vigência, não superior a cinco anos, renovável a partir de um ano após o 
decurso do prazo inicial de vigência.
§ 2o O direito de preempção fica assegurado durante o prazo de vigência fixado na forma do § 1o, 
independentemente do número de alienações referentes ao mesmo imóvel.
(PRA LEMBRAR!)
DA SERVIDÃO ADMINISTRATIVA 
• Utilização de um bem privado pelo ente estatal, por um prazo indeterminado, para a
prestação de um determinado serviço público ou execução de atividade de interesse
público, que se configura como uma restrição com natureza de direito real na coisa
alheia que afeta o caráter exclusivo da propriedade.
• Para doutrina majoritária também é possível a incidência de servidão administrativa
sobre bens públicos, desde que seja respeitada a “hierarquia federativa”.
• Recairá sempre sobre bens imóveis determinados, inclusive prédios, e,
necessariamente, deve ser registrada, no Cartório de Registro de Imóveis, para que
produza efeitos erga omnes.
Constituição
Deve ser procedida mediante a expedição de um ato declaratório, informando o
interesse na utilização do bem e posterior execução (três formas):
• Lei: Se trata de matéria controversa entre os estudiosos, quanto sua possibilidade e
tem todas as características inerentes a uma limitação administrativa.
• Acordo: É quando o particular concorda com o valor indenizatório ofertado pelo ente
estatal, sendo a servidão extrajudicialmente.
• Sentença judicial: Quando o particular não concorda com o valor ofertado e o
pagamento de montante indenizatório justo é estabelecido após perícia.
Extinção 
• A extinção da servidão ocorrerá quando não houver mais interesse público,
quando o bem houver desaparecido ou tiver sido demolido, quando o bem
dominante perder sua afetação, ou quando ocorrer a aquisição do mesmo pelo
Poder Público.
• Com exceção da servidão legal (de que não há registro), todos os casos de
extinção devem ocorrer por meio do registro desta extinção nos respectivos
registros do imóvel.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA 
• Visa a solucionar situações de iminente perigo, mediante a utilização de bens privados
pelo ente estatal, enquanto durar a situação de risco nos moldes do art. 5º, XXIII, da CF/88.
• Compete à União, de forma exclusiva, legislar sobre o tema, conforme se verifica no inciso
III, do art. 22 da CF/88.
• Atributo da auto-executoriedade, podendo ser determinada pelo poder público,
independentemente da concordância do particular ou de decisão judicial e nestes casos, se
faz necessário o pagamento da indenização, posterior à execução do ato e desde que tenha
sido comprovada a existência de danos ao bem objeto da restrição.
• Possibilidade de incidência da medida restritiva sobre bens móveis e imóveis, havendo a
possibilidade inclusive de requisição de serviços (art. 15, XIII, da Lei 8.080/90).
• Bens consumíveis: fungíveis podem ser requisitados enquanto que os infungíveis não o
podem.
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA 
• Caracteriza-se através da utilização pelo ente público de um determinado bem
privado por prazo determinado, para satisfazer necessidades de interesse público,
podendo se dar de forma gratuita ou remunerada.
• Esta modalidade pode ser observada em diversos dispositivos legais que
determinam (hipóteses nas quais o ente estatal deverá, mediante ato
fundamentado, requerer a utilização do bem privado):
• Decreto Lei 3365/41: O art. 36 dispõe que o Estado poderá temporariamente utilizar
bens privados vizinhos às obras públicas como meio de apoio, para alocação do
maquinário e assentamento dos funcionários da obra.
• Lei 3.924/61: Ocupação temporária de bens privados para que se faça a pesquisa e
escavação, sempre que houver indícios de se tratar de sítio arqueológico.
• Lei 8.666/93: Quando os serviços são essenciais, pode a Administração Pública ocupar
provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculadosao objeto do
contrato, na hipótese da necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas
contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do contrato
administrativo conforme art. 58, V.
• Lei 9.875/95: há possibilidade de ocupação dos bens da concessionária para evitar a
paralisação dos serviços públicos prestados.
TOMBAMENTO
• Configura-se como forma de proteção ao meio ambiente, no que tange aos aspectos do
patrimônio histórico, artístico e cultural de um povo.
• A competência para praticar os atos necessários ao tombamento de bens públicos ou
privados é concorrente entre os entes federativos (o mesmo bem pode sofrer mais de
um tombamento, simultaneamente):
Bens de interesse local serão tombados pelo município;
Bens de interesse regional serão tombados pelo Estado;
Bens de interesse nacional serão tombado pela União.
TOMBAMENTO
• Competência legislativa: a União expede normas gerais; os estados e o distrito federal expedem
normas específicas; não havendo competência legislativa atribuída aos entes municipais nos
moldes do inciso IX, art. 30, CF/88.
• O tombamento pode ser voluntário ou compulsório:
Voluntário: ocorre sempre que o proprietário o pedir e a coisa se revestir dos requisitos necessários
para constituir parte integrante do patrimônio histórico e artístico nacional, a juízo do Conselho
Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou sempre que o mesmo
proprietário anuir, por escrito, à notificação, que se lhe fizer, para a inscrição da coisa em qualquer
dos Livros do Tombo. Nestes casos, ou o particular tem a iniciativa de requerer o tombamento ou
concorda plenamente com o tombamento iniciado por iniciativa do poder público, não havendo
controvérsia a ser dirimida.
Compulsório ocorrerá quando o proprietário se recusar a anuir à inscrição da coisa. Nestes casos,
deverá ser instaurado procedimento administrativo, nos moldes determinados pelo Decreto-Lei
25/37, com a finalidade de se proceder à inscrição do imóvel, permitindo ao particular o exercício
do contraditório.
• Os bens objeto de tombamento podem ser móveis, imóveis e incorpóreos, sendo que
este para este último existe a previsão de registro nos órgãos de proteção ao Patrimônio
Histórico Artístico e Cultural, não lhe impondo as exigências decorrentes do
tombamento.
• O tombamento de um determinado bem gera algumas obrigações de fazer, de não fazer
e de tolerar:
Direito de Preferência: se mantém somente em casos de alienações judiciais, consoante
dispõe o art. 892, § 3º do CPC.
Direito de Conservação: O proprietário deve conservar o bem da forma como se encontra.
Se não tiver condições financeiras de realizar a conservação, deverá informar ao poder
público conforme art. 19, do Decreto-Lei 25/37.
Dever de comunicação em caso de extravio: O proprietário deve comunicar ao Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, dentro do prazo de cinco dias, sob pena de
multa de dez por cento sobre o valor da coisa.
• Registro especial: A legislação determina que os negociantes de antiguidades, de
obras de arte de qualquer natureza, de manuscritos e livros antigos ou raros são
obrigados a um registro especial no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, cumprindo-lhes, outrossim, apresentar semestralmente ao órgão relações
completas das coisas históricas e artísticas que possuírem.
• Não retirado do país: Não é possível tirar o bem do país, salvo, por curto período de
tempo, para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho Consultivo do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Frise-se que a exportação do bem enseja o
sequestro e multa de cinquenta por cento do valor da coisa.
• Não destruição: Qualquer reforma a ser realizada na propriedade depende de
autorização do Estado, sob pena de multa no valor de cinquenta por cento do dano
causado.
• Tolerância a fiscalização: O proprietário do bem tem que tolerar a fiscalização pelo
Poder Público em conformidade com o art. 20, do Decreto-lei 25/37.
• Não gera direito à indenização, pois não configura um efetivo prejuízo ao
proprietário. No entanto, esta será cabível quando ensejar esvaziamento do valor
econômico do bem, configurando uma verdadeira desapropriação indireta.
Ademais, também será devida a indenização quando o tombamento ensejar gastos
desproporcionais para a manutenção do bem.
• O procedimento do tombamento é efetivado administrativamente, respeitando o
contraditório e a ampla defesa, ressalvados os casos de tombamento voluntário,
sendo que a etapa final é o registro no livro do tombo onde estão registrados todos
os bens de interesse histórico ou cultural e, no caso de imóveis, no respectivo
Cartório de Registro de Imóveis.
• O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional avalia se o bem deve ser
tombado e, concluindo pelo interesse na propriedade, notificará o proprietário para
anuir ao tombamento.
Extinção
• Se não houver mais interesse público na conservação do bem, por qualquer ato
devidamente justificado, pode o poder público revogá-lo.
• Se houver algum vício no procedimento de tombamento;
• Por desparecimento do bem tombado;
• Através do cancelamento do ato de tombamento, consoante disposição do Decreto-
Lei 25/37;
DESAPROPRIAÇÃO 
• A desapropriação ocorre quando determinado ente público determina a retirada de
bem privado do seu proprietário, para que esse faça parte do patrimônio público,
sempre embasado nas necessidades coletivas, mediante o pagamento de
indenização, previamente definida, de forma justa ao proprietário.
• Poderá recair sobre todos os bens de valor econômico sejam eles móveis ou imóveis,
corpóreos ou incorpóreos, privados e até mesmo públicos (art. 2º, § 2º, do Decreto-
lei 3.365/41).
• Pressupostos cumulativos: interesse público (utilidade ou necessidade pública ou
interesse social) e o pagamento da indenização (em regra, prévia à imissão na posse,
justa e em dinheiro).
DESAPROPRIAÇÃO COMUM 
• Pagamento justo é aquele que compreende valor de mercado, danos emergentes e
lucros cessantes com correção monetária.
• Se a desapropriação se der através da via judicial, a este pagamento indenizatório
serão acrescido os honorários advocatícios e, quando couber, juros moratórios e
compensatórios.
• Somente serão indenizadas as melhorias feitas até a data da declaração de utilidade
pública ou interesse social (com exceção das benfeitorias úteis e necessárias, pagas
ainda que executadas após esta data).
DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL URBANA 
• A propriedade urbana deverá atender as exigências definidas no Plano Diretor da
Cidade, de forma a atender à sua função social.
• Ocorrerá nos casos em que não for cumprida a função social da propriedade
prevista no citado Plano Diretor da cidade, após a imposição gradativa e sucessivas
de determinadas restrições (parcelamento ou edificação compulsória; aplicação de
imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo).
• Pagamento de indenização mediante a entrega de títulos da dívida pública com
prazo de resgate de até 10(dez) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais (desapropriação com
função sancionatória).
• A indenização justa refletirá o valor da base de cálculo do IPTU.
• Ocorrida a desapropriação, o Município deverá aproveitar o imóvel no prazo
máximo de cinco anos, diretamente pelo Poder Público ou por meio de alienação
ou concessão a terceiros.
DESAPROPRIAÇÃO ESPECIAL RURAL 
• A propriedade rural tem seus critérios de utilização definidos no Estatuto da Terra (Lei
4.504/64).
• A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social quando
simultaneamente favorece o bem estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela
labutam, assim como de suas famílias, mantém níveis satisfatórios de produtividade,
assegura a conservação dos recursos naturais e observa as disposições legais que
regulam as justas relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem em
consonância com oart. 186, da CF/88.
• Não podem ser desapropriados: a) terrenos produtivos, mesmo sem função social; e b) a
pequena e média propriedade rural, desde que o proprietário não possua outra (art. 185 da
CF/88).
DESAPROPRIAÇÃO CONFISCO 
• Trata-se de desapropriação específica, cujo rito encontra-se regulado na Lei 8.257/91 e
deve ser proposta pela União, que não prevê o pagamento de qualquer espécie de
indenização.
• Com efeito, esta desapropriação NÃO É INDENIZÁVEL e, por isso, parte da doutrina
designa esta retirada da propriedade do particular de expropriação, diferenciando das
desapropriações propriamente ditas que seriam sempre mediante indenização.
• A norma constitucional estabelece duas situações diversas, tratando a expropriação de
bens móveis e de bens imóveis, que em qualquer hipótese não podem ser incorporados
ao patrimônio público. Serão expropriados os bens móveis utilizados para o tráfico de
drogas, (fundos especiais de natureza específica), e os bens imóveis utilizados para
plantação de psicotrópicos ilícitos e para a exploração de trabalho escravo (reforma
agrária e a programas de habitação popular).
Competência para Desapropriar 
• Competência Legislativa: União.
• Competência Declaratória: concorrente, de todos os entes federativos.
• Competência Executiva: Trata-se de competência incondicionada e é atribuída,
inicialmente, ao ente federativo que declarou sendo admitida a sua delegação para
entes da Administração Indireta, para concessionárias de serviços públicos e, até
mesmo, para consórcios públicos, firmados nos moldes da Lei 11.107/05.
Procedimento da Desapropriação 
• A desapropriação deve ser efetivada em respeito a um procedimento
administrativo definido em lei, no qual será garantido ao particular expropriado o
direito ao contraditório e à ampla defesa. Em não sendo possível solucionar o
problema administrativamente, a lei determina que seja realizado o procedimento
na via judicial.
• Este procedimento se desenvolve em duas fases distintas: a da declaração e da
execução, sendo que em relação as desapropriações comuns e especial urbana a
legislação vigente é o Decreto-lei 3.365/41, enquanto que para a desapropriação
especial rural a norma corrente é a Lei Complementar 76/93.
• Na fase declaratória, o Poder Público, através de Decreto Expropriatório editado pelo
chefe do Poder Executivo ou através de lei com efeitos concretos elaborada pelo
Poder Legislativo, informa que o bem apontado atende às necessidades públicas,
definindo qual a finalidade que será dada à propriedade, após sua aquisição pelo ente
estatal e fixando o seu estado atual.
• Já a fase executória ocorre quando o Estado paga o valor da indenização,
previamente fixado, efetivando a imissão do poder público na posse do bem. Pode
ocorrer administrativamente (quando ocorre acordo entre o Poder Público o
proprietário) não necessitando de homologação judicial ou judicialmente (quando
não há acordo em relação ao quantum indenizatório ou se o ente expropriante não
souber quem ostenta a qualidade de proprietário do bem) através da Ação de
Desapropriação.
DA DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA 
• A desapropriação indireta ocorre nas situações em que o Estado invade o bem privado
sem respeitar os procedimentos administrativos e judiciais inerentes à desapropriação.
Com efeito, configura verdadeiro esbulho ao direito de propriedade do particular
perpetrado pelo ente público, de forma irregular e ilícita. Também é conhecida pela
doutrina com a designação de apossamento administrativo.
• Dada a destinação pública ao bem, ao proprietário só resta pleitear o pagamento de
justa indenização, através da Ação de Indenização por Desapropriação Indireta visto que
trata-se conduta estatal ilícita passível de responsabilização nos moldes do art. 35 do
Decreto-lei 3.365/41.
• A jurisprudência informa que para a configuração da desapropriação indireta deve-se
preencher 3 requisitos:
a) O apossamento irregular do bem pelo poder público;
b) A destinação pública deste bem; e
c) A impossibilidade de se reverter a situação sem ensejar prejuízos aos interesses da
coletividade.
DO DIREITO DE EXTENSÃO 
• O direito de extensão surge quando a desapropriação de parte da propriedade
esvazia o conteúdo econômico da área que não foi desapropriada.
• Em decorrência disto, o particular poderá requerer ao poder público que efetive a
desapropriação sobre todo o bem, incluindo a área que não lhe será útil
isoladamente, calculando-se a indenização sobre todo o espaço do bem.
• Na desapropriação de imóvel rural, a jurisprudência vem-se firmando no sentido
de que deverá ser considerado inaproveitável qualquer terreno menor que um
“módulo fiscal”.
DA TREDESTINAÇÃO E RETROCESSÃO 
• Tredestinação é alteração de finalidade do objeto expropriado, após a realização
do procedimento expropriatório e efetiva transferência do bem para a
composição do patrimônio público. Nas hipóteses em que há a mudança de
destinação específica (mantendo-se somente a finalidade genérica - interesse
público) a tredestinação será lícita. Já quando o ente estatal deixa de utilizar o
bem no interesse social, não dando a ele a finalidade específica para o qual havia
sido desapropriado, haverá a tredestinação ilícita, ou adestinação.
• Retrocessão é a retomada do bem porque o ente estatal desapropriou o bem
privado e não conferiu a ele qualquer finalidade pública.
Muito Obrigada!

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