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GESTÃO AMBIENTAL E TECNOLOGIAS LIMPAS Curso de Engenharia de Produção Prof. Dr. Jorge André R. Moraes A Revolução Industrial se espalhou e dominou o cenário mundial durante os séculos XIX e XX, provocando profundas alterações no meio ambiente natural, promovendo mudanças incrementais de altíssima complexidade, apontando para uma perspectiva de destruição. Ela provocou o crescimento econômico e abriu perspectivas de maior geração de riqueza, que por sua vez traria prosperidade e melhor qualidade de vida. O problema é que o crescimento econômico desordenado foi acompanhado de uma processo jamais visto pela humanidade, em que se utilizavam grandes quantidades de energia e de recursos naturais que acabaram por configurar um quadro de degradação contínua no meio ambiente A INDUSTRIALIZAÇÃO E O MEIO AMBIENTE A Industrialização trouxe vários problemas ambientais, como: Alta concentração populacional, devido a urbanização acelerada, consumo excessivo de recursos naturais, sendo alguns não renováveis (petróleo e carvão mineral, por exemplo); contaminação do ar, do solo, das águas e desflorestamento, entre outros A urbanização foi um dos mais importantes subprodutos da Revolução Industrial, a qual criou sérios problemas para as cidades britânicas. Por volta de 1850 haviam mais cidadãos britânicos morando nas cidades do que no campo, e quase 1/3 da população total vivia em cidades com mais de 50.000 habitantes. Aquelas cidades eram cobertas de fumaças e impregnadas de imundície, os serviços públicos básicos – abastecimento de água, esgoto sanitário, espaços abertos, etc... – não acompanhavam a migração maciça de pessoas, provocando assim depois de 1830 epidemias de cólera, febre tifóide e o pagamento assustador de tributos constantes aos dois grandes grupos de assassinos urbanos do século XIX – a poluição do ar e das águas ou doenças respiratórias e intestinais Os processos de industrialização aumentaram de forma espetacular, mas foram concebidos de forma irracional, tendo como resultado o grave problema ambiental que afeta todo o planeta nos dias de hoje. O desmatamento intensivo para criar novas áreas agrícolas e produzir o carvão vegetal provocou o desaparecimento da maior parte da cobertura florestal da Europa no século XIX e início do século XX. A exploração industrial do meio ambiente manteve-se assim durante toda a década de 50 e 60. Somente nos anos 70 é que se iniciou alguns questionamentos e uma maior reflexão da humanidade de que os recursos naturais eram finitos. O poder de destruição da população é infinitamente maior que o da Terra para produzir a subsistência do Homen (Malthus Thomas, 1798 – Economista ingles) Um dos problemas mais visíveis causados pela industrialização é a destinação dos resíduos de qualquer tipo (sólido, líquido ou gasoso) que sobram dos processos produtivos e que afetam o meio ambiente natural e a saúde humana. Ao longo do século XX foram os grandes acidentes industriais e a contaminação resultante deles que acabaram chamando a atenção da opinião pública para a gravidade do problema. Alguns dos problemas ambientais tornaram-se assunto global e pela sua visibilidade e facilidade de compreensão quanto a causa e efeito constituíram-se na principal ferramenta de construção de uma conscientização dos problemas causados pela má gestão. Os principais casos que passaram para a história dos desastres ambientais estão relacionados a seguir e constituem uma pequena síntese dos acidentes mais ilustrativos que envolveram as empresas e que tiveram repercussão mundial. Principais Acidentes Ambientais no Século XX 1947 – Navio carregado de Nitrato de amônia explode no Texas, causando mais de 500 mortes e deixando mais de 3.000 feridos. 1956 – Contaminação da Baía de Minamata – Japão. Foram registrados casos de disfunções neurológicas em pescadores, gatos e aves. A contaminação acontecia desde 1939 devido a uma companhia quimica instalada às margens da baía. Moradores morreram devido as altas concentrações de mercúrio que causavam a chamada “doença de Minamata” 1966 – Na cidade de Feyzin na França um vazamento de GLP causa a morte de 18 pessoas e deixa 65 intoxicados 1976- No dia 10 de julho em Seveso cidade da Itália perto de Milão, a fábrica Hoffmann – La Roche liberou densa nuvem de um desfolhante conhecido como agente laranja, que entre outras substâncias continha dioxina, altamente venenosa. Em torno de 733 famílias foram retiradas da região. 1978 – Na cidade de San Carlos, Espanha, caminhão tanque carregado de propano explode causando a morte de 216 pessoas e deixando mais 200 feridos. 1984 – No dia 02 de dezembro um vazamento de 25 toneladas de isocianato de metila ocorrido em Bhopal na India causou a morte de 3.000 pessoas e a intoxicação de mais de 200.000 pessoas. O acidente foi causado pelo vazamento de gás da Fábrica da Union Carbide que fabricava pesticidas para combater as pragas das lavouras. 1984 – Em San Juanito, Mexico, incêndio de GLP seguido de explosão causa 650 mortes e deixa 6.400 feridos 1986 – No dia 26 de Abril um acidente na Usina de Cherbobyl na antiga URSS, causado pelo desligamento do sistema de refrigeração com o reator ainda em funcionamento provocou um incêndio que durou uma semana, lançando na atmosfera um volume de radiação cerca de 30 vezes maior que o da Bomba de Hiroschima. A radiação espalhou-se atingindo vários países europeus e até mesmo o Japão 1986 – Em Basiléia, Suíça, após incêndio de uma indústria foram derramadas 30 toneladas de pesticidas no Rio Reno, causando a mortandade de peixes ao longo de 193 km. 1989 – Na madrugada de 1989 o navio tanque Exxon Valdez ao se desviar de um Iceberg, bateu num recife e a seguir encalhou no estreito do Príncipe William, no Alasca. O rombo aberto no casco deixou vazar cerca de 44 milhões de litros de petróleo. O vazamento de óleo, o pior da história dos EUA, atingiu uma área de 260 Km2, poluindo águas, ilhas e praias da região. Morreram milhares de animais – peixes, aves baleias, leões marinhos. Fonte: DIAS(2003); BOGO (1998) e CETESB O passar do tempo não é nenhuma garantia para as empresas que buscam se beneficiar a curto prazo com o não cumprimento da legislação. O prejuízo para a imagem da empresa poderá ocorrer a qualquer tempo – curto, médio ou longo prazo - e, quando vierem os problemas causados pelo meio ambiente, o benefício inicial obtido não compensará a má reputação alcançada que demandará alto investimento para ser recuperada, sem garantia nenhuma de que será obtida novamente. Durante os últimos 200 anos é que se agravou o problema ambiental na Terra, com a intensificação da industrialização e o consequente aumento da capacidade de intervenção do homem na natureza. Essa situação é facilmente verificável pela evolução do quadro de contaminação do ar, da água e do solo em todo o mundo e pelo número crescente de desastres ambientais. Esse processo todo deflagrou um movimento sem precedentes envolvendo indivíduos e organizações de todo tipo com o objetivo de salvar o planeta da destruição. O processo de contaminação também tem levado um número crescente de pessoas a se submeterem a um processo de conscientização cruel, já que ocorre em decorrência da multiplicação de desastres ambientais De qualquer modo a problemática ambiental hoje faz parte da pauta obrigatória da maior parte dos encontros mundiais e torna-se uma preocupação crescente da maioria das empresas que não querem continuar fazendo o papel de vilãs da sociedade. Desastre em Mariana – MG – 2015 Rompimento da barragem de rejeitos da Mineradora SAMARCO A VARIÁVEL ECOLÓGICA NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS A proteção ambiental não pode ser um empecilho ao desenvolvimento econômico, mas sim, um facilitador do bem estar social. Isto acarreta uma nova visão na gestão dos recursos naturais e ambientais, a qual possibilita, ao mesmo tempo, eficácia e eficiência na atividade econômica e mantém a diversidade e a estabilidade do meio ambiente. A diretriz orientadora do desenvolvimento sustentávelbaseia-se no princípio de que, com isto, pode-se atender as necessidades presentes sem comprometer àquelas das gerações futuras. O sistema da gestão ambiental ajuda as empresas a identificar, gerenciar, monitorar e controlar questões ambientais de maneira holística . A ABNT NBR ISO 14001 adequa-se a todos os tipos e tamanhos da empresa, sejam elas, sem fins lucrativos ou governamentais. Ela exige que as empresas considerem todas as questões ambientais relativas às suas operações, como a poluição do ar, questões referentes à água e ao esgoto, a gestão de resíduos, a contaminação do solo, a mitigação e adaptação às alterações climáticas e a utilização e eficiência dos recursos. Assim como todas as normas de sistemas da gestão, a ABNT NBR ISO 14001 inclui a necessidade de melhoria contínua dos sistemas de uma empresa e a abordagem de questões ambientais. A norma foi recentemente revisada, com melhorias fundamentais, como o aumento da crescente relevância da gestão ambiental nos processos de planejamento estratégico da empresa, maior contribuição por parte da liderança e um compromisso intenso em relação a iniciativas proativas que impulsionem o desempenho ambiental. Existem inúmeros motivos para as empresas adotarem uma abordagem estratégica a fim de melhorar o seu desempenho ambiental. A ABNT NBR ISO 14001 ajuda a : Demonstrar conformidade com requisitos legais e regulamentares atuais e futuros; Aumentar o envolvimento da liderança e o comprometimento dos funcionários; Melhorar a reputação da empresa e a confiança das partes interessadas mediante comunicação estratégica; Alcançar os objetivos estratégicos de negócios através da incorporação de questões ambientais na gestão das empresas; Oferecer vantagem competitiva e financeira aumentando a eficiência e reduzindo custos; Incentivar a melhoria do desempenho ambiental por parte de fornecedores, integrando-os aos sistemas de negócios da empresa. Fonte: Introdução à ABNT NBR ISO 14001:2015 em pdf GESTÃO AMBIENTAL 1) A exigência de padrões de qualidade ambiental pela internacionalização dos negócios; 2) Crescente conscientização dos consumidores nacionais para produtos ecologicamente corretos; 3)Disseminação da educação ecológica no sistema educacional; 4) Preocupação da sociedade com a conservação do meio ambiente e com a qualidade de vida. A QUESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA GESTÃO AMBIENTAL CONSIDERAR O MEIO AMBIENTE NO PROCESSO DECISÓRIO E ADOTAR CONCEPÇÕES ADMINISTRATIVAS E TECNOLÓGICAS QUE CONTRIBUAM PARA AMPLIAR A CAPACIDADE DE SUPORTE DO PLANETA. ESPERA-SE QUE AS EMPRESAS DEIXEM DE SER PROBLEMAS E SEJAM PARTE DAS SOLUÇÕES. PRINCÍPIO DA GESTÃO AMBIENTAL CORPORATIVA GESTÃO AMBIENTAL Redução na fonte Reuso e reciclagem externa Recuperação energética PRIORIDADES DA GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL Tratamento dos resíduos Disposição final Uso sustentável dos recursos Controle da poluição GESTÃO AMBIENTAL CAMPO DA GESTÃO AMBIENTAL CORPORATIVA A preocupação com a gestão ambiental pode ser identificada a dois níveis: a) Interno - diz respeito aos fatores que direta ou indiretamente podem afetar a qualidade de vida dos seus colaboradores. b) Externo – refere-se aos efeitos colaterais impingidos (aceitos contra vontade) à sociedade pelas atividades produtivas exercidas pela empresa. GESTÃO AMBIENTAL OBJETIVO DA GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA A gestão ambiental visa integrar plenamente, na empresa, o conjunto de procedimentos necessários para conduzir as atividades de modo ambientalmente seguro. Consiste no constante aperfeiçoamento das políticas adotadas; no monitoramento dos resultados obtidos; no treinamento do quadro de pessoal; na busca do conhecimento cientifico; na prospecção dos anseios dos consumidores e desejos da sociedade e no atendimento da regulamentação legal. QUESITOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA Segundo Elkington e Burke (1989), para a empresa alcançar a qualificação ambiental deve: Desenvolver e publicar uma política ambiental (*); Estabelecer metas e continuar a avaliar os ganhos; Definir as responsabilidades ambientais de cada área; Aplicar recursos na gestão ambiental; Educar e treinar os colaboradores; Informar os consumidores e sociedade dos programas; Acompanhar a performance ambiental através de auditoria; Contribuir para os programas ambientais da comunidade; Conciliar os interesses da empresa, acionistas, consumidores e comunidade. VANTAGENS DA GESTÃO AMBIENTAL Evidenciou-se que o ambiente de negócios está em constante mutação como decorrência das pressões sociais e a globalização e também, pelas disseminação entre os consumidores para o consumo de produtos ecologicamente corretos. Face a isto, Georg Winter lá em 1989 apresentaram um modelo de gestão ambiental sugerindo seis razões para que os gestores adotassem tal sistema em suas organizações. 1 - Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir uma economia orientada para o mesmo. E na inexistência desta última, não se poderá esperar boas perspectivas de vida, com um mínimo de qualidade, para a humanidade. 2 - Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá haver consenso, não haverá economia de mercado eficiente. 3 - Sem gestão ambiental, a empresa perderá mercado e aumentará o risco de sua responsabilidade por danos ambientais. Isto poderá colocar em risco a própria existência da empresa e os postos de trabalho que dela dependem. 4 - Sem gestão ambiental na organização, os gestores enfrentarão maiores cobranças pelos danos causados ao ambiente, podendo por em risco seus próprios empregos e, além disso, serem responsabilizados pela sociedade pelos danos causados. 5- Sem gestão ambiental na empresa, poderão ser desperdiçadas oportunidades potenciais de redução de custos e novos negócios. 6- Sem gestão ambiental na empresa, os homens de negócios estarão em conflitos com sua própria consciência. Sem auto- estima será difícil existir uma identificação com o emprego ou profissão. VANTAGENS DA GESTÃO AMBIENTAL SEGUNDO NORTH A organização deve aceitar o desafio da gestão ambiental antes que a concorrência o faça; Ser responsável com o meio ambiente e divulgar isto pode ser fator ponderável de oportunidades de negócios; Ser responsável com a questão ambiental e atender ou superar as regulamentações, propicia vantagens de imagem junto aos consumidores, sociedade e órgãos do governo; Com o crescimento da preocupação ambiental, as pessoas não gostam de trabalhar para uma empresa que não está comprometida com o meio ambiente, pois seriam mal-vistos pela sociedade em que coabitam. 1A BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DA GESTÃO AMBIENTAL ECONOMIA DE CUSTOS Economias devido à redução do consumo de água, energia, e outros materiais; Economias derivadas da reciclagem, diminuição de efluentes e venda ou aproveitamento de resíduos; Redução de multas e penalidades por danos ambientais. INCREMENTO DE RECEITAS Aumento da contribuição de produtos classificados com o selo verde que podem ser vendidos a preços maiores; Aumento na participação no mercado devido à inovação dos produtos e menor concorrência; Linhas de novos produtos para novos mercados; Aumento da demanda para produtos ambientalmente corretos. BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS DA GESTÃO AMBIENTAL Melhoria da imagem institucional; Renovação da carteira de produtos; Aumento da produtividade; Alto comprometimento dos colaboradores; Melhoria nas relações de trabalho; Melhoria e criatividade para novos desafios; Melhoria nas relações com a comunidade, grupos ambientalistas e órgãos do governo; Adequação aos padrões ambientais e acesso ao mercado internacional. A BASE DE PRINCÍPIOS DA GESTÃO AMBIENTAL Com base no relatório da Comissão Mundial sobre o Meio ambiente, a Câmara de Comércio Internacional definiu, em 27 de novembro de 1990, os princípios básicos que deveriam ser considerados na gestão ambiental para alcançar um desenvolvimento sustentável e sugeriu que estes fossem adotadospelas organizações a fim de se obter uma qualidade de vida passível de ser estendida as gerações futuras. PRIORIDADE ORGANIZACIONAL Reconhecer que a questão ambiental está entre as principais prioridades da empresa e que ela é uma questão-chave para o desenvolvimento sustentável; Estabelecer políticas, programas e práticas nas atividades empresariais que sejam adequadas ao meio ambiente. Equitativo - justo, equivalente, imparcial e igual. GESTÃO INTEGRADA Integrar as políticas, programas e práticas ambientais em todos os negócios como elementos indispensáveis de administração em todas as funções. PROCESSO DE MELHORIA Continuar melhorando as políticas corporativas, os programas e a performance ambiental tanto no mercado interno como externo, levando-se em conta os avanços tecnológicos, o conhecimento científico, as necessidade dos consumidores e os desejos da sociedade, tendo-se como referencial as regulamentações ambientais. EDUCAÇÃO DO PESSOAL Educar, treinar e motivar os colaboradores no sentido de que possam desempenhar suas atribuições de forma responsável em relação a questão ambiental. PRIORIDADE DE ENFOQUE Avaliar os efeitos ambientais antes de se desenvolver uma nova atividade ou modificação do sistema produtivo ou de abandonar alguma atividade de produção. PRODUTOS E SERVIÇOS Desenvolver e fabricar produtos e serviços que não sejam agressivos ao meio ambiente e que sejam seguros em sua utilização e consumo, que sejam poupadores de energia e de recursos naturais, que possam ser reciclados, reutilizados e descartados de modo seguro. ORIENTAÇÃO AO CONSUMIDOR Orientar e, se necessário, educar consumidores, distribuidores e público em geral sobre o correto e seguro uso, transporte e armazenamento e descarte dos produtos produzidos. Sabemos de fato descartar os produtos que consumimos ???? EQUIPAMENTO E OPERAÇÕES Desenvolver, desenhar e operar máquinas e equipamentos levando em conta o eficiente uso dos recursos naturais renováveis ou não e minimizar os efeitos sobre o meio ambiente pela sua utilização. PESQUISA Conduzir ou apoiar programas de pesquisa que estudem os impactos ambientais pelo uso de matérias-primas, equipamentos, processos, produtos e emissão de efluentes decorrentes do processo produtivo utilizado pela empresa visando à minimização dos efeitos sobre o meio ambiente. ENFOQUE PREVENTIVO Modificar a manufatura e o uso de produtos ou serviços e processos produtivos, de forma condizente com os mais avançados conhecimentos técnicos, a fim de prevenir danos ao meio ambiente. FORNECEDORES E SUBCONTRATADOS Promover a adoção dos princípios ambientais da empresa junto aos seus fornecedores e subcontratados, encorajando-os e incentivando-os a adotarem melhoramentos em suas atividades de forma a se integrarem ao programa de gestão ambiental da organização. PLANOS DE EMERGÊNCIA Procurar fixar procedimentos para desenvolver e manter, caso haja risco significativos, planos de ações para contornar situações de emergência, em coordenação com os serviços especializados, mantidos por órgãos governamentais ou comunitários para evitar danos maiores ao meio ambiente. * Procedimentos ambientais e de segurança nas empresas TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA Contribuir para transferir e disseminar tecnologias e métodos de gestão que sejam adequados ao meio ambiente junto a setores privados e públicos. CONTRIBUIÇÃO AO ESFORÇO COMUM Contribuir no desenvolvimento de políticas públicas e privadas e de programas governamentais e iniciativas educacionais que tenham por finalidade à preservação ambiental. (Ex: Projeto Protetor das águas) TRANSFERÊNCIA DE ATITUDE Promover um diálogo aberto com os colaboradores da empresa e público em geral, em antecipação e em resposta às respectivas preocupações com os riscos potenciais e impactos ambientais resultantes das operações da organização. ATENDIMENTO À REGULAMENTAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS Estabelecer parâmetros para aferir a performance ambiental da empresa e verificar se ela atende aos preceitos legais através de um processo de auditoria constante e, periodicamente, divulgar os resultados verificados tanto para o público interno como externo. ASPECTOS PRÁTICOS DA GESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA PRIMEIRAMENTE DEVE-SE EXAMINAR O POSICIONAMENTO DA EMPRESA EM RELAÇÃO À GESTÃO AMBIENTAL. A PARTIR DAÍ, A EMPRESA PODE FAZER UMA AVALIAÇÃO DOS PONTOS FORTES E FRACOS REFERENTE A GESTÃO AMBIENTAL EM SEUS DIVERSOS DEPARTAMENTOS. PONTOS FORTES REFERENTES A QUESTÃO AMBIENTAL NOS DIVERSOS DEPARTAMENTOS ? PRODUTOS AMIGÁVEIS AO AMBIENTE PROCESSOS PRODUTIVOS POUPADORES DE ENERGIA E RECURSOS NATURAIS IMAGEM CORPORATIVA EM RELAÇÃO A CAUSA AMBIENTAL COMPROMISSO DA DIREÇÃO E DOS COLABORADORES COM A GESTÃO AMBIENTAL CAPACIDADE DE P&D PARA TECNOLOGIAS MAIS LIMPAS E PRODUTOS ECOLOGICAMENTE CORRETOS PONTOS FRACOS REFERENTES A GESTÃO AMBIENTAL PRODUTOS QUE NÃO PODEM SER RECICLADOS; EMBALAGENS NÃO RECICLÁVEIS; PROCESSOS POLUENTES; IMAGEM POLUIDORA; DIREÇÃO E COLABORADORES NÃO ENGAJADOS NA QUESTÃO AMBIENTAL QUAIS AS OPORTUNIDADES REFERENTES DA GESTÃO AMBIENTAL? ENTRADA EM NOVOS MERCADOS; TRANSFORMAÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS EM AMBIENTALMENTE CORRETOS; MANTER A SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA PELA BOA IMAGEM AMBIENTAL; AUMENTAR O DESEMPENHO DOS FORNECEDORES PELO ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS AMBIENTAIS; POSSIBILIDADE DE ECONOMIZAR RECURSOS E ENERGIA E REDUZIR CUSTOS DE PRODUÇÃO. QUAIS AS AMEAÇAS PERTINENTES A GESTÃO AMBIENTAL? AVANÇO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS ADICIONAIS OCASIONANDO REDUÇÃO DE LUCROS; INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL NAS ATIVIDADES PRODUTIVAS ATUAIS; ATUAÇÃO DE GRUPOS ECOLÓGICOS; DESEMPENHO DOS CONCORRENTES DEVIDO A QUESTÃO AMBIENTAL. Vídeo – Sustentabilidade do discurso a prática Vídeo – O que é Gestão Ambiental MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL Modelo de Gestão da Qualidade Ambiental Total - TQEM Características Básicas: Extensão dos princípios e das práticas da gestão da qualidade total, porém, relacionadas as questões ambientais. Modelo de Produção Mais Limpa (Cleaner Production) Características Básicas: Estratégia ambiental preventiva aplicada de acordo com uma seqüência de prioridades cuja primeira é a redução de resíduos e emissões na fonte e a reutilização de materiais e, posteriormente, modificações tecnológicas no processo produtivo e substituições de materiais. MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL Modelo da Ecoeficiência (Ecoefficiency) Características Básicas: Eficiência no uso dos recursos ecológicos para atender as necessidades humanas. Procura minimizar a intensidade de uso de materiais, energia e dispersão de material tóxico na empresa. Aumentar a reciclabilidade de materiais, durabilidade dos produtos e maximizar o uso sustentável dos recursos renováveis. Ex: Tavelas com casca de arroz Ex: Casas e prédio construidos de forma sustentável Ex. Paredes de gesso acartonado com materiais alternativos. MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL Modelo de Projeto para o Meio Ambiente (Design for Environment) Características Básicas: Projetar produtos e processos considerando seus impactos ambientais. Leva em consideração a desmontagem do produto; a reciclagem; facilitar o descarte; reutilizar componentes; redução de consumo de energia e redução de riscos ambientais. Teoria de sistemas A palavra sistema tem muitas conotações: “é um conjunto de elementos interdependentes e inter-reagentes; um grupo de unidades combinadas que formam um todo organizado e cujo resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam ter se funcionassem independentemente.” O termo sistema é geralmente empregado no sentido de sistema total. Os componentes necessários à operação de um sistema total são chamados subsistemas que, por sua vez, são formados pela reunião de novos subsistemas, mais detalhados. Assim, tanto a hierarquia dos sistemas como o número de subsistemas dependem da complexidade intrínseca do sistematotal. Teoria de sistemas Os sistemas podem operar simultaneamente, em série ou em paralelo. Não há sistema fora de um meio específico (ambiente): os sistemas existem em um meio e são por ele condicionados. Meio é o conjunto de todos os objetos que, dentro de um limite específico, possam ter alguma influência sobre a operação do sistema. Os limites (fronteiras) são a condição ambiental dentro da qual o sistema deve operar. Deve-se, então, considerar três níveis na hierarquia de sistemas: * Sistema: é o que se está estudando ou considerando; * Subsistema: são as partes do sistema; * Supersistema ou ecossistema: é o todo, e o sistema é um subsistema dele. Teoria de sistemas Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla tipologia para classificá-los, de acordo com certas características básicas. Quanto à sua constituição, os sistemas podem ser físicos ou abstratos; Quanto à sua natureza, os sistemas podem ser fechados ou abertos; O conceito de sistema aberto pode ser aplicado a diversos níveis de abordagem: ao nível do indivíduo, ao nível do grupo, ao nível da organização e ao nível da sociedade, indo desde um microssistema até um supra-sistema. Em termos mais amplos vai da célula ao universo. Teoria de sistemas O sistema se caracteriza por determinados parâmetros. Parâmetros são constantes arbitrárias que se caracterizam, por suas propriedades, o valor e a descrição dimensional de um sistema específico ou de um componente de um sistema. Os elementos componentes do sistema são: Objetivos, que se referem tanto aos objetivos dos usuários do sistema quanto aos objetivos do próprio sistema; Entradas, que caracterizam as forças que fornecem ao sistema o material, a informação, a energia para a operação ou processo; Processo de transformação que é definido como a função que possibilita a transformação de um insumo (entrada) em produto, serviço ou resultado (saída); Saídas que correspondem aos resultados do processo de transformação; Teoria de sistemas Controles e avaliações para verificar se as saídas estão coerentes com os objetivos estabelecidos; Retroalimentação, realimentação ou feedback que é a reintrodução de uma saída sob a forma de informação. Aplicação da teoria de sistemas na teoria organizacional (Katz & Kahn 1996) A organização é um sistema aberto em interação constante com o seu ambiente e como tal apresenta as seguintes características: Importação de energia Transformação ou processamento Exportação Sistemas como ciclos de eventos Considerações sobre a Questão Ambiental Em 1996, estimava-se que no ano 2000 a população da Terra seria de seis bilhões de humanos, no entanto já tínhamos alcançado essa marca em 1999. A demanda por produtos e serviços, mantidas as atuais taxas de crescimento econômico, determinará uma forte pressão sobre os meios de produção com destaque para a energia. Qual será o limite de auto-sustentação do ecossistema Terra? Quando ocorrerá o desequilíbrio entre as curvas que indicam o aumento populacional e a capacidade de produção de alimentos? 2A Se considerarmos todos os efeitos danosos que o nosso estilo de vida acarreta aos demais seres vivos que conosco compartilham a Terra, os quais garantem nossa própria sobrevivência, nossa atitude pode ser considerada como holocáustica. A saída é mudarmos nosso estilo de vida, voltando-nos para o natural? Deixar o conforto de nossa vida moderna (carros, utensílios eletro-eletrônicos, roupas sintéticas e outras conquistas tecnológicas)? Há de se encontrar uma forma de equilíbrio entre os meios e os fins. Não podemos aceitar a ideia de que uma civilização que tem capacidade de criar vida em laboratório e de ir ao espaço, não possa viabilizar a instalação e a operação de atividades ambientalmente sadias com atendimento pleno aos indispensáveis requisitos de viabilidade técnica e econômica. O emprego de tecnologias limpas, já disponíveis, nem sempre é atraente sob a ótica do custo, pois pode afetar negativamente os resultados de uma empresa, que ficará sem condições de competir num mercado onde nem todos as estarão empregando, se as regras não forem uniformes. A aproximação entre ecologia e economia é irreversível. As empresas vem percebendo que é mais barato fazer direito desde o início, do que consertar depois, pois pode não haver conserto, o que levará a custos insuportáveis. A Tecnologia Limpa é o conjunto de soluções que viabilizam novos modelos de se pensar e de se usar os recursos naturais. De maneira prática, as tecnologias limpas são novos processos industriais ou alterações realizadas em processos já existentes, sempre com o objetivo de que o consumo de matérias-primas, o consumo energético, os impactos ambientais e o desperdício sejam sempre minimizados ou mesmo zerados. Obviamente que a evolução de tecnologias limpas não tem como interesse a diminuição do desenvolvimento econômico. Muito pelo contrário, o intuito é suprir de forma consciente e sustentável a necessidade de serviços, bens e produtos da sociedade atual. (fonte:www.dinamicambiental.com.br- 2013) Além disso, os modelos de produções que são baseados em tecnologias limpas têm sempre como intuito a reciclagem total dos resíduos gerados no processo produtivo, assim como o objetivo claro de não gerar emissões e resíduos. O desenvolvimento e a adoção de tecnologias limpas é parte essencial na busca pelo desenvolvimento sustentável. A partir da última década, tem crescido a importância das questões relacionadas com o meio ambiente, o que vem afetando significativamente a vida das empresas. Este processo tem encontrado mais ênfase nos países industrializados. A partir destes países, as preocupações de caráter ambiental com os processos industriais de produção e seus produtos, uso e posterior descarte, tem se refletido nas relações comerciais entre países, produtores e importadores. As questões relativas à conservação ambiental ocupam hoje uma significativa parcela dos investimentos e esforços administrativos de todos os segmentos da atividade econômica. A legislação, as normas e os regulamentos aplicáveis aos mais diversos setores produtivos exigem a adoção de sistemas de gerenciamento ambiental cada vez mais aprimorados, especialmente se considerada a natureza multidisciplinar das relações entre o homem e o meio ambiente. Tais sistemas visam primordialmente ao equacionamento da difícil questão econômica, já que uma empresa ou todo um segmento poderá sucumbir diante da indispensável necessidade de atender às exigências legais, normativas ou comunitárias. Até pouco tempo, os aspectos normativos relacionados às questões ambientais eram contemplados pelas normas técnicas estabelecidas para produtos, e dimensionados para valores limites, que deveriam ser respeitados. O atendimento aos padrões referidos eram comprovados através de ensaios normalizados. A necessidade de se identificarem produtos e processos que apresentassem pouco ou nenhum impacto negativo ao meio ambiente fez com que aparecessem rótulos ecológicos ou selos verdes dos mais variados tipos e níveis de abrangência. Ao mesmo tempo, a indústria sentiu a necessidade de dispor de normas para os sistemas de gestão ambiental, resultando na elaboração da BS7750 e do Sistema ISO 14000 além de outra. Os SGA (Sistemas de Gestão Ambiental) estão sendo desenvolvidos e implementados no mundo todo muito rapidamente. Isso ocorre em função dos crescentes impactos ambientais, da necessidade das organizações conhecerem e se adequarem a uma legislação ambiental complexa e em constante mudança, em função dos crescentes riscos e responsabilidades, do controle dos custos ambientais, da necessidade de melhoria contínua, e dos cuidados com a imagem corporativa e a opinião pública. Gestão Ambiental – Uma Componente da Qualidade A Gestão Ambiental é um processo que objetiva identificar as ações mais adequadas ao atendimento das imposições legais aplicáveis as várias fases dos processos, desde a produção até o descarte final, passando pela comercialização,zelando para que os parâmetros legais sejam permanentemente observados, além de manter os procedimentos preventivos e proativos que contemplam os aspectos e efeitos ambientais da atividade, produtos e serviços e os interesses e expectativas das partes interessadas. Considerando-se que o gerenciamento ambiental tem que ser parte integrante do gerenciamento global de uma empresa, alguns de seus princípios fundamentais devem ser observados: Incluir o gerenciamento ambiental dentre as prioridades corporativas; Estabelecer um permanente diálogo entre as partes interessadas, internas e externas à empresa; Identificar os dispositivos legais e outros requerimentos ambientais aplicáveis às atividades, produtos e serviços da empresa; Desenvolver o gerenciamento e comprometer-se a empregar práticas de proteção ambiental, com clara definição de responsabilidades; Estabelecer um processo adequado de aferição das metas de desempenho ambiental; Oferecer de forma contínua, os recursos financeiros e técnicas apropriadas ao alcance das metas necessárias ao adequado gerenciamento ambiental e às melhorias dos níveis de desempenho; Avaliar rotineiramente o desempenho ambiental da empresa em relação às leis, normas e regulamentos aplicáveis, objetivando o aperfeiçoamento contínuo; Implementar programas permanentes de auditoria do Sistema de Gerenciamento Ambiental, de forma a identificar oportunidades de aperfeiçoamento do próprio SGA e dos níveis de desempenho - melhorias contínuas; Promover a harmonização do SGA com outros sistemas de gerenciamento de empresas, tais como: saúde, segurança, qualidade, finanças, planejamento, etc. Os resultados a serem alcançados devem estar claramente definidos e assumidos por todos. Devem expressar metas concretas, alcançáveis em prazos definidos. Devem ser claramente diferenciados os objetivos de caráter estratégico e tático, aplicando- se o tradicional 5W2H – what (o que), why (porque), where (onde), when (quando), who (quem), how (como) e how much (quanto custa) para implementá-los. –– Avaliar as entradas e saídas de um processo qualquer identificando os resíduos gerados e propor soluções de melhorias – - Dissertação Fabio Franzosi – 2017 - RSSS A Norma BS 7750 Numa iniciativa para expressar de forma consistente e uniforme o gerenciamento ambiental surgiu em 1992 a BS 7750, norma emitida pelo Instituto Britânico de Normalização – BSI. A norma BS 7750 especifica os requisitos para o desenvolvimento, implantação e manutenção de sistemas de gestão ambiental que visem garantir o cumprimento de políticas e objetivos ambientais definidos e declarados A norma não estabelece critérios de desempenho ambiental específicos, mas exige que as organizações formulem políticas e estabeleçam objetivos levando em consideração a disponibilização sobre efeitos ambientais significativos. A BS 7750 constitui-se de três documentos básicos: a norma propriamente dita e dois anexos: A - Guia para sua implementação. B - Relações com a BS 5750 – Sistemas de Qualidade. A Norma BS 7750 Foi a partir da BS 7750 que passos concretos em direção à formulação de uma Norma Internacional foram dados. As várias empresas, inicialmente as inglesas e posteriormente as européias, que implementaram os princípios e procedimentos por ela sugeridos alcançaram, com rapidez e eficiência, resultados altamente vantajosos, notadamente através da redução de conflitos (multas e penalidades) com os órgãos públicos de controle ambiental, com as comunidades, com os sindicatos e com seus empregados. Na grande maioria das empresas, as questões ambientais são ainda tratadas como mais um custo, periférico e indesejável. As exigências legais e normativas são consideradas desagregadoras de valor e os dirigentes normalmente posicionam-se contrários às dotações orçamentárias destinadas ao tratamento preventivo das relações entre produção e meio ambiente. A Série ISO 14000 Número Descrição / Aplicação 14000- SGA – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de suport 14001- SGA – Especificações com guia para uso 14010- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Princípios gerais de AA 14011-1- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Auditoria de SGA 14011-2- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Procedimentos de Auditoria de Conformidade à Legislação e Regulamentos 14012- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios para Qualificação de Auditores Ambientais * 19011 – substitui a 14010, 14011-1, 14011-2 e 14012 A Série ISO 14000 Número Descrição / Aplicação 14014 - Diretrizes para Revisões Ambientais Iniciais 14015- Diretrizes para Avaliação de Instalações 14020- Princípios Básicos para Rotulagem Ambiental 14021- Rotulagem Ambiental – Auto declarações 14022- Símbolos para Rotulagem Ambiental 14023-Rotulagem Ambiental – Metodologia para Testes e Verificações Ambientais 14024- Rot. Amb. – Princípios – Guia, Práticas e Critérios, Proc. de Certificação- 14025- Rótulos e declarações ambientais – declarações ambientais de tipo III – princípios e procedimentos A Série ISO 14000 Número Descrição / Aplicação 14031- Avaliação do Desempenho Ambiental do SCA 14032- Avaliação do Desempenho Ambiental dos Sistemas Operacionais 14040- Avaliação do Ciclo de Vida – Diretrizes e Princípios Gerais 14041- Avaliação do Ciclo de Vida – Inventário Analítico 14042- Avaliação do Ciclo de Vida – Análise de Impacto 14043- Avaliação do Ciclo de Vida – Usos e Aplicações 14050- Gerenciamento Ambiental - Vocabulário 14060- Guia para inclusão de aspectos ambientais em normas para produtos Competitividade Empresarial e a Variável Ambiental A rápida evolução dos modelos de gestão empresarial nas últimas décadas permitiram a mudança de paradigma em relação à questão ambiental nas empresas. A crença no conflito entre ecologia e economia, pela qual a sociedade se beneficia com melhor qualidade do meio ambiente, está sendo substituída por aquela que assegura que novos padrões ambientais adequados podem dar início a um processo de inovações que diminuam o custo total de um produto ou aumente o seu valor. Competitividade Empresarial e a Variável Ambiental As inovações permitem que as empresas usem mais os seus insumos (matérias-primas, fontes de energia) de forma produtiva, visando compensar os gastos feitos para preservar o meio ambiente. As melhorias introduzidas (novos processos e tecnologias) decorrentes do ajustamento da empresa a níveis mais elevados de qualidade ambiental freqüentemente resultam do uso mais racional e produtivo de insumos, reduzindo os custos de produção. Uma reordenação técnica do processo de produção e/ ou uma redefinição do produto final podem traduzir-se por uma redução de custo da poluição juntamente com uma redução do custo de produção. Em muitos casos os resíduos convenientemente utilizados tornam-se produtos rentáveis. Vídeo – madeira de plástico reciclado Com o ambiente da globalização econômica, novos limites estão se impondo à sobrevivência das empresas face à questão ambiental e à conseqüente necessidade de conhecer e reavaliar, sob nova ótica, as diferentes atividades econômicas e o ciclo de vida dos seus produtos/serviços O conceito do ciclo de vida do produto presta-se à contabilização dos impactos sobre o meio ambiente decorrentes de todas as etapas que lhe são peculiares desde a sua concepção mercadológica, planejamento, produção, transporte e consumo, até o que dele vai para o lixo. Logo, os preços dos produtos passam a refletir, os custos ambientais de sua produção, uso, reciclagem e disposição. Portanto, na análise dos custos de produção dos processos, a ação dos resíduos sobre o meio ambiente é considerada como componente de custo ambiental. Tornar-se ambientalmente correto, ao menor custo, mantendo a competitividade, é a equação desejável. Atingir esse patamar, porém, pressupõe o cumprimento de uma primeira etapa de avaliação do atual estágio da empresa e de estabelecimento de metas ambientais a serem alcançadas. Tal prática exige mudança na tradição doshábitos da cultura organizacional, onde era dada importância única à concorrência. O novo ambiente organizacional requer também o desenvolvimento de parcerias integradas, centradas na cooperação, como novo estágio de desenvolvimento. O meio ambiente é um manancial de recursos latentes, pouco utilizados, importantes de serem identificados e valorizados economicamente. O conceito de recursos está condicionado à variáveis históricas, culturais e ao próprio desenvolvimento tecnológico. Num dado momento histórico os conhecimentos técnicos permitem dele uma utilização socialmente útil. É recurso hoje (ex.: energia eólica; energia solar, biomassa), o que não foi recurso ontem. Poderá ser recurso amanhã o que não foi percebido hoje como recurso (ex.: biodiesel; micro algas......). As revoluções industriais foram sucessivamente fundamentais na transformação dos recursos: primeiro do carvão, depois do petróleo. Estamos hoje no despertar de uma nova revolução industrial que no plano material se apoiará nos recursos renováveis. A harmonização dos aspectos econômicos, ambientais e sociais, com a criação de empregos, demanda grande atenção à produtividade dos recursos e não apenas à produtividade do trabalho. Nos anos 80, a criação do mercado global provocou a redução das barreiras comerciais, o desenvolvimento da telemática, a expansão da mídia global e um volume crescente de gastos em pesquisa e desenvolvimento de produtos. A passagem do sistema just-in-case de base fordista (norte-americano) para o sistema just-in-time de base toyotista (japonês) alterou significativamente os procedimentos nos processos de trabalho e produção nas indústrias e nos serviços transformando a qualidade em padrão de concorrência. LEAN MANUFACTURING - PERDAS DO SISTEMA DE PRODUÇÃO 1-Perdas por superprodução; 2-Perdas por espera;3-Perdas por transporte;4-Perdas por processamento em si; 5-Perdas nos estoques; 6-Perdas no movimento;7-Perdas pela elaboração de produtos defeituosos. Inicialmente, as metas de qualidade e competitividade não agregavam explicitamente a variável ambiental. Hoje, há uma reconceituação do padrão de concorrência-qualidade dentro do contexto do desenvolvimento sustentável. Conciliar a competitividade com a proteção ambiental constitui-se num desafio às empresas modernas. 3 A As Tecnologias Limpas de Produção e o Desenvolvimento Sustentável Mais do que um conceito, o desenvolvimento sustentável é um processo de mudança, onde a exploração dos recursos, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento ambiental e a mudança institucional devem levar em conta as necessidades das futuras gerações. O desenvolvimento sustentável foi o eixo da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio – 92. O conceito embasou todas as Convenções assinadas na ocasião (biodiversidade, florestas, mudanças climáticas), os termos da Agenda XXl – Agenda de Compromissos sobre Ações Futuras 5, bem como o documento do Fórum Global. A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental constitui estratégia para que o empresário, em processo contínuo, identifique oportunidades de melhorias que reduzam os impactos das atividades de sua empresa sobre o meio ambiente, de forma integrada à situação de conquista de mercado e de lucratividade. A conformidade conquistada com a adoção de um sistema de gestão ambiental é estável e sustentável, pois está calcada no comprometimento da empresa e de seus empregados, em planos, programas e procedimentos específicos. Dinâmico e em permanente revisão representa o estágio de excelência da empresa em relação a seu comprometimento com o meio ambiente. KRAUSE (1996) já afirmava, que reduzir custos com a eliminação de desperdícios, desenvolver tecnologias limpas e baratas e reciclar insumos são mais do que princípios de gestão ambiental, são condições de sobrevivência O sistema de gestão ambiental, conforme a série de normas ISO 14000, fundamenta-se na adoção de ações preventivas à ocorrência de impactos adversos ao meio ambiente. O compromisso ambiental incorporou-se a dinâmica de mercado e seu exercício nos negócios passou a ser determinante à competitividade empresarial. A variável ambiental, vinculada ao planejamento estratégico das empresas vem sendo incorporada nos balanços de empresas potencialmente poluidoras, na forma de ativo ou passivo, dependendo do grau de compromisso ambiental das mesmas. Multas, taxas e impostos a serem pagos face à inobservância de requisitos legais; Custos de implantação de procedimentos e tecnologias que possibilitem o atendimento às não conformidades; Dispêndios necessários à recuperação da área degradada e indenização à população afetada. O passivo ambiental de uma empresa, cujo cálculo desafia as auditorias contábeis, pode comprometer seriamente o seu patrimônio e sua permanência no mercado. Os principais custos do passivo ambiental são: Portanto é grande a demanda por inovações tecnológicas redutoras de poluição nos processos produtivos. As tecnologias limpas, associadas aos avanços da biotecnologia e dos novos materiais, têm oferecido grande contribuição. A luta contra a poluição e a proteção ao meio ambiente exige a adaptação e/ou transformação das técnicas e dos processos industriais existentes. MAIMON (1996), já classificava essas inovações em três categorias A incorporação da variável ambiental é uma realidade palpável, que chegou para ficar ao ser assimilada pelo setor financeiro através do Protocolo Verde. O risco ambiental, o desenvolvimento de novas tecnologias, entre outros, passam a ser elementos decisivos na concessão de créditos e financiamentos pelas instituições oficiais. As de primeira geração são chamadas de tecnologias de final de linha que reduzem a poluição, mediante incorporação de equipamentos de controle, sem modificar o processo de produção. Caracterizam-se por uma instalação rápida de sistemas de controle face à poluição acumulada. Constitui-se uma solução fácil, porém onerosa, pois incorporam-se filtros, precipitadores, estações de tratamento de efluentes aos processos produtivos já instalados, sem modificar, a não ser de forma marginal os processos de produção. Inovações de terceira geração estão associadas ao campo da biotecnologia, dos novos materiais e da eletrônica, que possibilitam uma larga substituição dos materiais tóxicos. Os avanços em biotecnologia contribuem significativamente para a redução da poluição, na reciclagem do lixo da agroindústria, na restauração do meio ambiente degradado, na despoluição da água e no tratamento de resíduos perigosos (bio-remediação). A segunda geração de inovações tem caráter preventivo, e consiste tanto na redefinição dos processos de produção quanto na composição das matérias-primas e insumos. Caracterizam-se pelos progressos em conservação de energia e consumo de matérias-primas com consequente redução da poluição do ar e da água. Este procedimento implica, simultaneamente, em redução de custos e da poluição. PAULI (1996), já afirmava que “o esforço na busca da eficiência energética foi o primeiro passo, porém os problemas de poluição, têm motivado as companhias a ir além da melhoria do rendimento energético, passando pela minimização dos efluentes líquidos e das emissões gasosas”. Procurem assistir Vídeo: dimensões da sustentabilidade – liderança para a sustentabilidade – 12 partes de 2min cada Pesquisas indicam que no Brasil, os investimentos em equipamentos de controle, que incorporam a prevenção mediante processos integrados e de substituição de produtos atingem cerca de 20% do total investido em melhorias no desempenho ambiental das empresas, enquanto que as tecnologias de fim de linha representam 80% dos investimentos (Maimon, 1996). Segundo relatado da pesquisa do BNDES/CNI/SEBRAE, se concentram entre 50 e 80% em tecnologias de fim-de-linha. O fato de o produtor arcar com os custos da poluição, já convenceu muitos industriais a reduzir o custo dos resíduos e rejeitos através de soluções de engenharia e processos– soluções pós-processo – soluções corretivas. No entanto PAULI (1996) chamava a atenção para o fato de que a indústria que quiser manter-se competitiva e superar seus concorrentes deve estar disposta a reconsiderar a atual seleção de matérias-primas, a repensar os processos de produção e de distribuição – soluções pré-processo ou preventivas – e de estar pronta a comprometer-se na busca de uma produção com emissões zero. A Busca das Emissões Zero e o Programa Zeri A adoção, pelas organizações, do Total Quality Management objetivava a busca do “Zero Defeito”. Através da adoção do Just in Time tinha-se como objetivo a busca do “Estoque Zero” nos processos de manufatura. Através da “Emissão Zero” busca-se a completa eliminação de toda a forma de resíduo nos processos produtivos. A adoção do TQM permitiu às empresas desenvolverem melhorias em seus processos produtivos, de comercialização e administrativos possibilitando, através da oferta de produtos sem falhas (com zero defeitos), o aumento da participação no mercado e sua lucratividade. A adoção do Just in Time permitiu a redução dos custos de produção, redução das perdas nos processos produtivos e controle dos fluxos de produção, comercialização e distribuição dos produtos. A Emissão Zero representa uma grande oportunidade para o aumento da produtividade para as organizações, porque apresenta a concepção da possibilidade de construção de plantas industriais capazes de operar economicamente e, ao mesmo tempo, terem eliminadas todas as formas de desperdício dos seus processos de produção e gerenciamento. A iniciativa da Emissão Zero busca o aproveitamento total das matérias-primas sem produção de resíduos. Atualmente, o aumento da produtividade tem sido realizado através da redução dos custos de operação das organizações, muitas vezes associado à demissão de pessoal. Qual o limite para esta estratégia? Especialmente nos países em desenvolvimento, a adoção desta estratégia de aumento de produtividade pode significar o enfraquecimento dos mercados locais, permitindo a inserção de empresas que pretendem apenas colocar seus produtos, sem compromisso com a realidade social e política das regiões. Esta é a estratégia defensiva de negócio. A alternativa para gerar emprego e expandir os negócios é crescer, fortalecendo as áreas de excelência já desenvolvidas e investindo em novas áreas com competitividade potencial. A Sociedade, apesar da influência massiva da publicidade versando sobre os benefícios da lógica de enxugamento das organizações, pouco a pouco começa a vislumbrar as profundas distorções deste modelo ao impor, em nível local, a diminuição da oferta de empregos e a marginalização da discussão acerca das oportunidades de negócios. A lógica de negócios da Emissão Zero é de gerar, a partir da utilização máxima das matérias-primas, um aumento da lucratividade nas organizações, gerando empregos pelo desenvolvimento de projetos integrados de nova cadeias produtivas baseadas no aproveitamento dos resíduos de produção. O valor agregado não se mede unicamente em termos de dividendos que se distribuem para os acionistas; em função do crescimento obtido com o capital. O valor agregado também se expressa no valor que representam as companhias para a sociedade, na criação e preservação de empregos, para os avanços tecnológicos e na inovação, para o projeto do desenvolvimento regional, para os valores sociais que agregam, por sua contribuição à arte, e pela busca de um importante equilíbrio ecológico em suas operações. Hoje, em nível mundial, já podem ser vislumbradas iniciativas concretas de utilização da visão oriunda da Emissão Zero na construção de plantas industriais. Na Namíbia está sendo construída uma planta baseada nos princípios da Emissão Zero. A planta está sendo construída em Tsumed, no deserto da Namíbia, onde está sendo criado um parque eco-industrial (PEI). Livro: Conversa com Lideres sustentáveis – Ricardo Voltolini A partir do apoio dos cientistas aglutinados pelo Programa de Pesquisa em Emissão Zero da Universidade das Nações Unidas, UNU, a utilização dos resíduos de uma cervejaria irão permitir a produção de doze produtos adicionais além da cerveja Entre outros, tem-se a produção de cogumelos, minhocas, galinhas, peixes. Os cogumelos se desenvolvem sobre os resíduos junto com as minhocas que servirão de alimento para as galinhas, cujos resíduos irão para um biodigestor para produção de gás. Os resíduos do biodigestor servirão de alimento para os peixes, os quais serão criados nas águas oriundas da produção de cerveja. Aqui deixa-se de ter simplesmente uma fábrica de cerveja para obter-se um biossistema integrado de produção. O esforço pela Emissão Zero como estratégia mundial para o desenvolvimento sustentável tem sua base no programa ZERI (Zero Emissions Research Initiative) da Universidade das Nações Unidas, UNU, sediada em Tóquio. O programa ZERI é responsável pelo envolvimento de 4600 cientistas em todo mundo que participam de 60 grupos de discussão eletrônica na Internet. O ZERI é uma abordagem prática para a satisfação das necessidades que o ser humano possui de água, comida, energia, empregos, habitação, entre outras, dentro de uma forma sustentável ao meio ambiente, pela aplicação da ciência e da tecnologia e envolvendo o governo, os negócios e a academia. O Programa Zeri e o Conceito de Emissão Zero A Emissão Zero significa uma mudança em nosso conceito de indústria, deixando de lado o modelo linear no qual os resíduos são considerados normais, e partindo para um modelo integrado onde tudo tem utilização e pode ser aproveitado. Este novo conceito anuncia o início de uma revolução industrial na qual a indústria imita os ciclos sustentáveis da natureza e do homem. Não somente esperar que a terra produza cada vez mais e sim aprender a usar cada vez melhor o que a terra já produz. A Emissão Zero visualiza um contexto onde todos os insumos industriais são utilizados nos produtos finais ou convertidos em insumos capazes de agregar valor para outras indústrias ou processos. Desta forma as indústrias serão reorganizadas em conglomerados de forma que os resíduos/sub produtos de cada indústria sejam conectados com outras indústrias, constituindo-se em insumos destas, de modo que o sistema integrado reduza significativamente os resíduos de qualquer tipo. Da perspectiva ambientalista, a eliminação dos resíduos representa a solução final para os problemas de poluição que desafiam a manutenção dos ecossistemas nos níveis locais e global. A utilização total das matérias-primas, acompanhada do uso de fontes renováveis, significa que a utilização dos recursos terrestres pode ser mantido em níveis de sustentabilidade. Para a indústria a Emissão Zero significa maior competitividade e a busca contínua da melhoria da qualidade e eficiência. Junto à produtividade do trabalho e dos capitais, ter-se-á a utilização completa das matérias- primas – Produzido mais com menos. A Emissão Zero pode ser vista como um padrão de eficiência, comparando-se ao TQM-Total Quality Management (defeito zero) e o Just in Time (estoque zero). Para o Governo a utilização plena das matérias-primas criará novas indústrias e empregos ao mesmo tempo que aumentará a produtividade. Propiciando, ainda, formas para alimentar, vestir e prover habitação às populações sem destruir a possibilidade de que as próximas gerações possam se beneficiar desse sistema – simbiose industrial As pesquisas preliminares identificaram quatro grupos de indústrias que foram selecionadas para o desenvolvimento da metodologia ZERI. Estas quatro abordagens podem ser aplicadas em qualquer setor. A metodologia ZERI pode ser resumida da seguinte forma: A Metodologia Zeri Modelos de Aproveitamento Total Revisão das oportunidades existentes nas indústrias e reengenharia das práticas industriais visando que os sistemas de produção utilizem todos os fatores inputs e a manufatura aplique o princípio básico “mínimo input – máximo output”, o qual somente pode ser conseguidoatravés do aproveitamento total. Se isso não for possível, então o segundo componente da metodologia deve ser iniciado. Modelos de input-output Realizar um levantamento de todos os output que não são utilizados no produto final ou nos processos de manufatura. Este output frequentemente é considerado como resíduo, isto é, sem valor econômico, e ainda apresentando um custo para disposição. Uma vez que estes output estejam claramente estabelecidos, inicia-se uma pesquisa ativa para identificar quais as indústrias poderiam utilizá-lo como um input. Modelos de Conglomerados Industriais Os modelos de input-output oferecem a base do estabelecimento de conglomerados industriais. Alguns setores podem utilizar partes de output de 2 a 3 processos de manufatura, assim algumas indústrias podem fornecer matérias- primas para 4 ou 5 outras indústrias. Surge, então, a necessidade de encontrar o nível ótimo de agrupamentos nos conglomerados. Identificação de Tecnologias Inovadoras Conceitualmente os modelos de input-output e os conglomerados gerados a partir deles devem ser economicamente viáveis. O know-how disponível pela engenharia e as tecnologias de produtos e processos conhecidas podem não ser suficientes para assegurar a efetiva integração econômica dos diversos setores envolvidos. Primeiramente as tecnologias inovadoras devem ser claramente identificadas e delimitadas para então iniciar-se as pesquisas. Modelo de Política Industrial A Identificação dos conglomerados e as tecnologias requeridas vislumbram uma mudança nas indústrias. O processo de mudança deve ser acompanhado por um modelo apropriado de política governamental. Alguns setores agrupados não tem tradição de trabalho em conjunto, sendo portanto necessário um esforço de colaboração envolvendo políticos, representantes industriais e pesquisadores – (tabaco – biodiesel – bioetanol - bioquerosene) Tecnologias Limpas de Produção x Emissão Zero As tecnologias limpas de produção e as atividades de reciclagem são os primeiros passos no processo de guiar os negócios e as sociedades em direção a sustentabilidade, porém não podem ser considerados os únicos. A sustentabilidade só poderá ser conseguida se o objetivo final for a Emissão Zero, ou seja, se o que é resíduo para um é input (matéria-prima) para outro, sem exceção. A Emissão Zero só é atingida depois que a produção por tecnologias limpas foi implantada, sendo o modelo mais avançado dos 4R (Redução, Reuso, Reciclagem, Reeducação). A disposição em implementar tecnologias limpas de produção é o melhor sinal de que estamos envolvidos em conseguir o objetivo da Emissão Zero. Tecnologias Limpas de Produção – 4R Emissão Zero ou Aproveitamento Total 1. O primeiro passo 2. Reduzir impactos 3. Minimizar resíduos 4. Reduzir custos 5. Produção Linear 6. Água, energia, poluição 7. Enfoque a partir de agora 8. Processo baseado em input-output 9. Linear O objetivo final Criar novas indústrias Gerar valor agregado p/ os resíduos Gerar receita Formação de conglomerados Multidisciplinaridade Responder a demanda genérica Processo baseado em output-input Sistêmico Estudos de Proteção do Meio Ambiente Segundo a Resolução 001/86 do CONAMA, “impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e/ou biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, e a qualidade dos recursos ambientais.” As definições existentes baseiam-se em uma lógica do tipo ação- reação, a qual não consegue traduzir a complexidade da dinâmica ambiental. Podem ser evidenciadas duas dificuldades básicas neste tipo de conceituação. A primeira consiste na própria identificação das fronteiras do impacto, já que o mesmo se propaga espacial e temporalmente através de uma complexa rede de inter-relações. A segunda dificuldade reside nas deficiências instrumentais e metodológicas para predizer as respostas dos ecossistemas às ações humanas Para melhor explicar a dinâmica espaço-temporal de propagação dos impactos, têm sido introduzidas as classificações: Impactos Ambientais Diretos: O IA direto ou primário consiste na alteração de determinado aspecto ambiental por ação direta do ser humano. Ex.: desgastes impostos aos recursos utilizados, efeitos sobre empregos gerados. Impactos Ambientais Indiretos: O IA indireto ou secundário decorre do anterior. Ex.: Crescimento demográfico resultante do assentamento da população atraída pelo projeto. Impactos Ambientais de Curto Prazo: Ocorre normalmente logo após a realização da ação, podendo desaparecer em seguida. Ex.: produção de ruído e poeira na fase de implantação de um projeto. Impactos Ambientais de Longo Prazo: É verificado depois de certo tempo da realização da ação. Ex.: Modificação do regime de rios, doenças respiratórias causadas pela inalação contínua de descargas atmosféricas decorrentes da operação da indústria. Existem ainda outras classificações importantes, tais como IAs cumulativos e sinérgicos, que consideram o somatório dos efeitos sobre o meio ambiente e IAs reversíveis e irreversíveis, dada a reversibilidade ou não das alterações provocadas sobre o meio. O Estudo de Impacto Ambiental – EIA é um dos elementos do processo de Avaliação de Impacto Ambiental. Trata-se da execução, por equipe multidisciplinar das tarefas técnicas e científicas destinadas a analisar sistematicamente, as conseqüências da implantação de um projeto no meio ambiente, por métodos de avaliação de impacto ambiental e técnicas de previsão dos impactos ambientais. .O EIA é realizado sob orientação da autoridade ambiental responsável pelo licenciamento do projeto em questão. O EIA compreende, no mínimo, a descrição do projeto e suas alternativas nas etapas de planejamento, construção, operação e, quando for o caso, desativação; a delimitação e o diagnóstico ambiental da área de influência; a identificação; a medição e a valoração dos impactos; a comparação das alternativas e a previsão de situação ambiental futura, nos casos de adoção de cada uma das alternativas, inclusive no caso de não se executar o projeto; a identificação das medidas mitigadoras e do programa de monitoramento dos impactos; a preparação de Relatório de Impacto Ambiental – Rima. No Brasil, o EIA constitui-se em um instrumento orientador e fundamentador da decisão administrativa, que autorizará ou não a implantação de um determinado empreendimento. Não é exigido para planos, programas ou para ordenação do território. Vem sendo elaborado individualmente, a partir da exigência do órgão ambiental estadual, de acordo com o sistema de licenciamento vigente. O EIA é um Instrumento Constitucional da Política Ambiental, sendo de elaboração obrigatória para as atividades cuja instalação possa provocar significativo impacto ambiental, as quais estão listadas na Resolução 001/86 do CONAMA no artigo 2º. (ferrovias, rodovias, aeroportos; hidroeletricas, distritos industrias; portos, etc,,,,) Trata-se de um estudo prévio que poderá levar à alterações no projeto, não podendo, por conseguinte, ser realizado concomitantemente à obra ou atividade, tampouco posteriormente às mesmas, situações em que ficaria completamente descaracterizado. Segundo esta resolução, o EIA deverá desenvolver, no mínimo, as seguintes atividades técnicas: Diagnóstico Ambiental da área de influência do projeto com completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas alterações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área antes da implantação do projeto, considerando: O meio físico: subsolo, águas, ar e clima, destacando os recursos minerais, topografia, tipos e aptidões do solo, reservatórios de água, regime hidrológico, correntes marinhas e correntes atmosféricas; O meio biológico e os ecossistemas naturais: fauna e flora, destacando as espéciesindicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente; O meio sócio-econômico: uso e ocupação do solo, usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e os monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura destes recursos. Análise dos impactos ambientais do projeto e suas alternativas, através da identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade, suas propriedades cumulativas e sinérgicas e a distribuição dos ônus e benefícios sociais. Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas. • Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos e negativos indicando os fatores e parâmetros a serem considerados Relatório de Impacto Ambiental O Relatório de Impacto Ambiental é o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos do Estudo de Impacto Ambiental. Constitui um documento do processo de avaliação de impacto ambiental e deve esclarecer todos os elementos da proposta em estudo, de modo que possam ser divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por todas as instituições envolvidas na tomada de decisão. O Decreto nº 88.351 de 01/06/83. ao regulamentar a Lei nº 6.938, de 31/08/81 no parágrafo segundo do Artigo nº 18, denomina Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, ao documento que será constituído pelo Estudo de Impacto Ambiental a ser exigido para fins de licenciamento das atividades modificadoras do meio ambiente. O RIMA é acessível ao público, estando, portanto à disposição de todos os interessados, salvo quando protegido por sigilo industrial - o qual deverá ser devidamente demonstrado. Ele refletirá as conclusões do EIA e conterá: Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais; A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação, a área de influência, as matérias primas, mão-de-obra, fontes de energia, processo e técnicas operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e os indiretos a serem gerados; A síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico ambiental da área de influência do projeto; A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade, considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, quantificação e interpretação; A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização; A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos negativos, mencionando àqueles que não puderam ser evitados e o grau de alteração esperado; • O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos; Recomendações quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral). Caberá ao órgão ambiental a análise do EIA e RIMA e a participação na audiência pública, devendo instruir o processo, com os pareceres técnicos parciais, finais, a avaliação do impacto ambiental e a concessão ou não da licença ambiental. O processo deve ser aberto com livre acesso à comunidade interessada. Logo, o RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, utilizando-se recursos variados, tais como mapas, cartas, quadros, gráficos e outras técnicas de comunicação visual. Avaliação de Impacto Ambiental A AIA é um instrumento de Política Ambiental, formada por um conjunto de procedimentos capazes de assegurar, desde o início do processo, que seja realizado um exame sistemático dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou política) e de suas alternativas, e que os resultados sejam apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por eles considerados. Além disso, os procedimentos devem garantir a adoção das medidas de proteção ao meio ambiente determinadas, no caso de decisão sobre a implantação do projeto. A análise de impactos ambientais é parte integrante e efetiva das políticas ambientais das nações, incorporando não só a análise dos aspectos físicos e biológicos, mas também dos sociais. Vídeo – Profissão Repórter - Belo Monte LEGISLAÇÃO AMBIENTAL • DECRETO-LEI N° 2063 DE 6/10/83 - Dispõe sobre multas a serem aplicadas por infrações à regulamentação para a execução dos serviços de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos. Publicado no DOU de 7/10/83 p. 17.153. • DECRETO LEGISLATIVO N.º 67, de 4 de maio de 1995 - Aprova o texto da Convenção N.º 170, da Organização Internacional do Trabalho, relativa à segurança na utilização de produtos químicos no trabalho, adotada pela 77ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho, em Genebra, em 1990. • DECRETO LEGISLATIVO n° 463/01 - Aprova os textos da Emenda ao Anexo I e dos dois novos Anexos (VIII e IX) à Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento Transfronteiriço de Resíduos Perigosos e seu Depósito, adotados durante a IV Reunião da Conferência das Partes, realizada em Kuching, na Malásia, em 27 de fevereiro de 1998. Publicado no DOFC 03 12 01 PAG 0003 COL 02. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL • Decreto n.º 49.974A, de 21 de janeiro de 1961 - Regulamenta, sob a denominação de Código Nacional de Saúde, a Lei n.º 2.312, de 3 de setembro de 1954, de "Normas Gerais Sobre Defesa e Proteção da Saúde". • Decreto n.º 50.877, de 29 de junho de 1961 - Dispõe sobre o lançamento de resíduos tóxicos ou oleosos nas águas interiores ou litorâneas do País e dá outras providências. • Decreto n.º 87.566, de 16 de setembro de 1982 - Promulga o texto da Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alojamento de Resíduos e Outras Matérias, concluída em Londres, a 29 de dezembro de 1972. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL • Decreto n.º 96.044 de 18/5/1988 - Aprova o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Publicado no DOU de 19/5/88 p. 8.737. • Decreto n.º 98.973 de 21/2/1990 - Aprova o Regulamento do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos. Publicado no DOU de 22/12/90 p. 3.594/97. • Decreto n.º 99.274, de 6 de junho de 1990 - Regulamenta a Lei 6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, e dá outras providências. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL • Decreto n.º 126, de 22 de maio de 1991 - Promulga a Convenção n.º 162, da Organização Internacional do Trabalho - OIT sobre a Utilização do Asbesto com Segurança. • Decreto n.º 875, de 19 de julho de 1993 - Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito. • Decreto n.º 1.797, de 25 de janeiro de 1996 - Dispõe sobre a Execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos, entre Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, de 30 de dezembro de 1994. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL • Decreto n.º 2.652, de 1º de julho de 1998 - Promulga a Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, assinada em Nova York, em 9 de maio de 1992. • Decreto n.º 2.657, de 3 de julho de 1998- Promulga a Convenção n° 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990. • Decreto n.º 2.866, de 7 de dezembro de 1998 - Dispõe sobre a execução do Primeiro Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos (AAP.PC/7), firmado em 16 de julho de 1998, entre os governos do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL • Decreto n.º 2.992, de 17 de março de 1999 - Dispõe sobre a execução do Terceiro Protocolo Adicional ao Acordo de Complementação Econômica n.º 36 (Hidrocarbonetos), entre os governos dos Estados Partes do Mercosul, e o governo da República da Bolívia, de 21/1/99. • Decreto n.º 2.998, de 23 de março de 1999 - Dá nova redação ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105). • Decreto n.º 3.179, de 21 de setembro de 1999 - Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PORTARIAS • Portaria MTb N.º 3.214, de 8 de junho de 1978 - Aprova as Normas Regulamentadoras - NRs - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. • Portaria MINTER N.º 53, de 1º de março de 1979 - Dispõe sobre o destino e tratamento de resíduos. • Portaria INTERMINISTERIAL N.º 19, de 29 de janeiro de 1981 - Proíbe, em todo o território nacional, a implantação de processos que tenham como finalidade principal a produção de bifenil policlorados - PCB's. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PORTARIAS • Portaria MINTER N° 291, de 31 de maio de 1988 - Baixa instruções complementares ao Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. • Portaria n.º 261/MT, de 11/4/1989 - Promove ajustamentos técnico- operacionais no Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Publicada no DOU de 12/4/89, p. 5.535 • Portaria MINFRA N.º 727, de 31 de julho de 1990 - Autoriza pessoas jurídicas ao exercício da atividade de re-refino de óleos lubrificantes minerais, usados ou contaminados. • Portaria INMETRO N.º 221, de 30 de setembro de 1991 - Aprova o Regulamento Técnico Inspeção em equipamentos destinados ao transporte de produtos perigosos a granel não incluídos em outros regulamentos - RT-27. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PORTARIAS • Portaria n.º 110/INMETRO/MICT, de 26/5/94 - Aprova as Instruções que estabelecem os requisitos a serem satisfeitos pelos veículos e equipamentos utilizados no transporte rodoviário de produtos perigosos, quando carregados ou contaminados. Publicada no DOU de 30/5/94 p. 7.896 • Portaria IBAMA N.º 106-N, de 5 de outubro de 1994 - Dispensa da anuência prévia do IBAMA junto à Secretaria de Comércio Exterior SECEX, até a consideração definitiva do CONAMA sobre a matéria, os pedidos de importação dos resíduos que menciona. • Portaria n.º 199/INMETRO/MICT, de 6/10/94 - Aprova o "Regulamento Técnico da Qualidade n.º 5 (RTQ-5) Veículo destinado ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos - Inspeção" e revoga o inciso I, alínea "b" da Portaria INMETRO n.º 277, de 16/12/93. Publicada no DOU de 11/10/94 p. 15.369/72 LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PORTARIAS • Portaria n.º 204/MT, de 20/5/97 - Aprova as Instruções Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodoviários e Ferroviários de Produtos Perigosos de que tratam os Decretos n.º 96.044, de 18/5/88 e o de n.º 98.973 de 21/2/90. - Publicada no DOU de 26/5/97 p. 10.851/52 • Portaria ANP N.º 159, de 5 de novembro de 1998 - Determina que o exercício da atividade de re-refino de óleos lubrificantes usados ou contaminados depende de registro prévio junto à Agência Nacional do Petróleo. • Portaria ANP N.º 81, de 30 de abril de 1999 - Dispõe sobre o re- refino de óleos lubrificantes usados ou contaminados, e dá outras providências. • Portaria ANP N.º 125, de 30 de julho de 1999 - Regulamenta a atividade de recolhimento, coleta e destinação final do óleo lubrificante usado ou contaminado. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PORTARIAS • Portaria ANP N.º 127, de 30 de julho de 1999 - Regulamenta a atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado a ser exercida por pessoa jurídica sediada no País, organizada de acordo com as leis brasileiras. • Portaria ANP N.º 128, de 30 de julho de 1999 - Regulamenta a atividade industrial de re-refino de óleo lubrificante usado ou contaminado a ser exercida por pessoa jurídica sediada no País, organizada de acordo com as leis brasileiras. • Portaria ANP N.º 130, de 30 de julho de 1999 - Dispõe sobre a comercialização dos óleos lubrificantes básicos re-refinados no País. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONTRAN N.º 404, de 11 de setembro de 1968 - Classifica a periculosidade das mercadorias a serem transportadas por veículos automotores. • Resolução CONAMA N.º 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe sobre a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA. • Resolução CONAMA N.º 20, de 18 de junho de 1986 - Dispõe sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o território nacional, bem como determina os padrões de lançamento. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONAMA N.º 5, de 15 de junho de 1988 - Dispõe sobre o licenciamento das obras de saneamento para as quais seja possível identificar modificações ambientais significativas. • Resolução CONAMA N.º 6, de 15 de junho de 1988 - Dispõe sobre a geração de resíduos nas atividades industriais, e dá outras providências. • Resolução CONAMA N.º 2, de 22 de agosto de 1991 - Dispõe sobre as cargas deterioradas, contaminadas, fora de especificação ou abandonadas que deverão ser tratadas como fontes potenciais de risco para o meio ambiente até manifestação do Órgão de Meio Ambiente competente. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONAMA N.º 6, de 19 de setembro de 1991 - Desobriga a incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos, ressalvados os casos previstos em lei e acordos internacionais. • Resolução CONAMA N.º 8, de 19 de setembro de 1991 - Proíbe a entrada no País de materiais residuais destinados à disposição final e incineração no Brasil. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONAMA N.º 5, de 5 de agosto de 1993 - Estabelece normas relativas aos resíduos sólidos oriundos de serviços de saúde, portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários. • Resolução CONAMA N.º 9, de 31 de agosto de 1993 - Determina que todo óleo lubrificante usado ou contaminado será, obrigatoriamente, recolhido e terá uma destinação adequada, de forma a não afetar negativamente o meio ambiente, e dá outras providências • Resolução CONAMA N.º 7, de 4 de maio de 1994 - Adota definições e proíbe a importação de resíduos perigosos - Classe I - em todo o território nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim, inclusive reciclagem. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONAMA N.º 19, de 29 de setembro de 1994 - Autoriza, em caráter de excepcionalidade, a exportação de resíduos perigosos contendo bifenilas policloradas - PCBs, sob todas as formas em que se apresentem. • Resolução CONAMA N° 37, de 30 de dezembro de 1994 - Adota definições e proíbe a importação de resíduos perigosos - Classe I - em todo o território nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim, inclusive reciclagem/reaproveitamento. • Resolução CONAMA N.º 23, de 12 de dezembro de 1996 - Estabelece critérios para importação/exportação de resíduos sólidos, estabelecendo ainda a classificação desses resíduos. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONAMA N° 228, de 20 de agosto de 1997 - Dispõe sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores elétricos de chumbo. • Resolução CONAMA N.º 237, de 19 de dezembro de 1997 - Dispõe sobre o Licenciamento Ambiental. • Resolução CONAMA N.º 235, de 7 de janeiro de 1998 - Altera a ResoluçãoCONAMA n.º 23, de 12/12/96. • Resolução CONTRAN/MJ n.º 70, de 23/9/1998. - Dispõe sobre curso de treinamento específico para condutores de veículos rodoviários transportadores de produtos perigosos. Publicada no DOU de 25/9/98 p. 22/24 (Retificação publicada no DOU de 28/9/98 p. 29). LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONAMA N.º 244, de 16 de outubro de 1998 - Altera o Anexo 10 da Resolução CONAMA n.º 23, de 12 de dezembro de 1996. • Resolução CONTRAN N.º 91, de 4 de maio de 1999 - Dispõe sobre os Cursos de Treinamento Específico e Complementar para Condutores de Veículos Rodoviários Transportadores de Produtos Perigosos. • Resolução CONAMA N.º 257, de 30 de junho de 1999 - Dispõe sobre o uso de pilhas e baterias que contenham, em suas composições, chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletroeletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, e dá outras providências. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL RESOLUÇÕES • Resolução CONAMA N.º 263, de 12 de novembro de 1999 - Inclui no art. 6º da Resolução CONAMA n.º 257, de 30 de junho de 1999, o inciso IV, e dá outras providências. • Resolução CONAMA N° 275, de 25 de abril de 2001 - Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. • Resolução CONAMA N° 283, de 12 de julho de 2001 - Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de saúde. • Resolução CONAMA N° 307, de 5 de julho de 2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. NORMAS TÉCNICAS • NBR 10703/89 - Degradação do solo - Terminologia. • NBR 10004/87 - Resíduos sólidos - Classificação. • NBR 10005/87 - Lixiviação de resíduos - Procedimento. • NBR 10006/87 - Solubilização de Resíduos - Procedimento. • NBR 10007/87 - Amostragem de resíduos - Procedimento. • NBR 10151/00 – Avaliação de ruído em áreas habitadas, visando ao conforto da comunidade. • NBR 12235/88 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos - Procedimento. • NBR 11174/89 - Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III – inertes - Procedimento. NORMAS TÉCNICAS • NBR 13221/94 - Transporte de resíduos - Procedimento. • NBR 13463/95 - Coleta de resíduos sólidos Classificação. • NBR 11175/90 - Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de desempenho Procedimento. • NBR 12807/93 - Resíduos de serviço de saúde Terminologia. • NBR 12808/93 - Resíduos de serviço de saúde Classificação. • NBR 12809/93 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde - Procedimento. • NBR 12810/93 - Coleta de resíduos de serviços de saúde - Procedimento. • NBR 13413/95 - Controle de contaminação em áreas limpas - Terminologia. • NBR 7.500 Simbologia - Símbolos de risco e manuseio para o transporte e armazenamento de materiais. Referências Bibliográficas ANDRADE, R.O.B., TACHIZAWA, Takeshy, CARVALHO, Ana Barreiros de. Gestão Ambiental: Enfoque Estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books, 2000. BACKER, P. Gestão Ambiental: Administração Verde> Rio de Janeiro, Qualitymark,1995. BARBIERI, J.C.. Gestão Ambiental empresarial – conceitos , modelos e instrumentos . Saraiva, São Paulo: 2004 CAIRNCROSS, F. Meio Ambiente: Custos e Benefícios. São Paulo, Nobel, 1992. CAPRA, F. O Ponto de Mutação. São Paulo, Cultrix, 1982. DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999. GILBERT,M.,J. ISO 14001BS7750: Sistema de Gerenciamento Ambiental. São Paulo, IMAM, 1995. HOBSBAWN, E. J. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Tradução de Donaldson Magalhães Garschagen. Rio de janeiro: Forense Universitária, 1983 KINLAW, D.C. Empresa Competitiva e Ecológica: Desenvolvimento Sustentado na Era Ambiental. São Paulo: Makron-Books, 1997. PHILIPPI Jr, A.; ROMERO, M. A.;BRUNA, G.C. Curso de Gestão Ambiental. Barueri: Manole, 2004. REIS, M.J.L. ISO 14000- Gerenciamento Ambiental – Um novo desafio para a sua competitividade. Rio de Janeiro. Qualitymark,1995. Referências Bibliográficas SOUZA, R.S.de. Entendendo a questão ambiental: temas de economia, política e gestão do meio ambiente. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2000. RUPPENTHAL, J.E. Sistemas de Gestão Ambiental. Polígrafo da UFSM, Programa de Pós Graduação em Engenharia de Produção, Santa Maria, 62 p. NOAL, F.O. BARCELOS, V. H. L. (Org.). Educação ambiental e cidadania: cenários brasileiros . Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003. TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa : estratégias de negócios focadas na realidade brasileira. 2. ed., rev. e ampl. São Paulo: Atlas, 2004. VALLE, C.E.Qualidade Ambiental: O desafio de ser competitivo protegendo o meio ambiente. São Paulo, Pioneira, 1995. VALLE, C.E. Como de Preparar para a as normas ISO 14000 – Qualidade Ambiental. São Paulo, Pioneira, 1996. VALLE, C.E. Qualidade ambiental : ISO 14000. 5 ed., rev. e ampl. São Paulo: SENAC, 2004 VERDUM, R., MEDEIROS, R.M.V. RIMA – Relatório de Impacto Ambiental – Legislação, elaboração e resultados. 4 ed. Porto Alegre: UFRGS, 2002. VITERBO, Jr.E. Sistema Integrado de Gestão Ambiental. São Paulo, Aquariana, 1998.