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GESTÃO AMBIENTAL E TECNOLOGIAS LIMPAS - 1 PARTE - Slides

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Ciro Tavares

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GESTÃO AMBIENTAL E TECNOLOGIAS LIMPAS
Curso de Engenharia de Produção
Prof. Dr. Jorge André R. Moraes
A Revolução Industrial se espalhou e dominou o
cenário mundial durante os séculos XIX e XX, provocando
profundas alterações no meio ambiente natural, promovendo
mudanças incrementais de altíssima complexidade, apontando
para uma perspectiva de destruição.
Ela provocou o crescimento econômico e abriu
perspectivas de maior geração de riqueza, que por sua vez traria
prosperidade e melhor qualidade de vida.
O problema é que o crescimento econômico desordenado foi
acompanhado de uma processo jamais visto pela humanidade,
em que se utilizavam grandes quantidades de energia e de
recursos naturais que acabaram por configurar um quadro de
degradação contínua no meio ambiente
A INDUSTRIALIZAÇÃO E O MEIO AMBIENTE
A Industrialização trouxe vários problemas ambientais, como:
Alta concentração populacional, devido a urbanização
acelerada, consumo excessivo de recursos naturais, sendo
alguns não renováveis (petróleo e carvão mineral, por exemplo);
contaminação do ar, do solo, das águas e desflorestamento,
entre outros
A urbanização foi um dos mais importantes subprodutos da
Revolução Industrial, a qual criou sérios problemas para as
cidades britânicas. Por volta de 1850 haviam mais cidadãos
britânicos morando nas cidades do que no campo, e quase
1/3 da população total vivia em cidades com mais de 50.000
habitantes.
Aquelas cidades eram cobertas de fumaças e impregnadas de
imundície, os serviços públicos básicos – abastecimento de água,
esgoto sanitário, espaços abertos, etc... – não acompanhavam a
migração maciça de pessoas, provocando assim depois de 1830
epidemias de cólera, febre tifóide e o pagamento assustador de
tributos constantes aos dois grandes grupos de assassinos
urbanos do século XIX – a poluição do ar e das águas ou
doenças respiratórias e intestinais
Os processos de industrialização aumentaram de forma
espetacular, mas foram concebidos de forma irracional, tendo
como resultado o grave problema ambiental que afeta todo o
planeta nos dias de hoje.
O desmatamento intensivo para criar novas áreas agrícolas
e produzir o carvão vegetal provocou o desaparecimento da
maior parte da cobertura florestal da Europa no século XIX e
início do século XX. A exploração industrial do meio
ambiente manteve-se assim durante toda a década de 50 e
60. Somente nos anos 70 é que se iniciou alguns
questionamentos e uma maior reflexão da humanidade de
que os recursos naturais eram finitos.
O poder de destruição da população é infinitamente maior
que o da Terra para produzir a subsistência do Homen
(Malthus Thomas, 1798 – Economista ingles)
Um dos problemas mais visíveis causados pela industrialização
é a destinação dos resíduos de qualquer tipo (sólido, líquido
ou gasoso) que sobram dos processos produtivos e que
afetam o meio ambiente natural e a saúde humana. Ao longo do
século XX foram os grandes acidentes industriais e a
contaminação resultante deles que acabaram chamando a
atenção da opinião pública para a gravidade do problema.
Alguns dos problemas ambientais tornaram-se assunto global
e pela sua visibilidade e facilidade de compreensão quanto a
causa e efeito constituíram-se na principal ferramenta de
construção de uma conscientização dos problemas causados
pela má gestão.
Os principais casos que passaram para a história dos
desastres ambientais estão relacionados a seguir e
constituem uma pequena síntese dos acidentes mais
ilustrativos que envolveram as empresas e que tiveram
repercussão mundial.
Principais Acidentes Ambientais no Século XX
1947 – Navio carregado de Nitrato de amônia explode no Texas, causando
mais de 500 mortes e deixando mais de 3.000 feridos.
1956 – Contaminação da Baía de Minamata – Japão. Foram registrados
casos de disfunções neurológicas em pescadores, gatos e aves. A
contaminação acontecia desde 1939 devido a uma companhia quimica
instalada às margens da baía. Moradores morreram devido as altas
concentrações de mercúrio que causavam a chamada “doença de
Minamata”
1966 – Na cidade de Feyzin na França um vazamento de GLP
causa a morte de 18 pessoas e deixa 65 intoxicados
1976- No dia 10 de julho em Seveso cidade da Itália perto de
Milão, a fábrica Hoffmann – La Roche liberou densa nuvem de
um desfolhante conhecido como agente laranja, que entre
outras substâncias continha dioxina, altamente venenosa. Em
torno de 733 famílias foram retiradas da região.
1978 – Na cidade de San Carlos, Espanha, caminhão tanque
carregado de propano explode causando a morte de 216
pessoas e deixando mais 200 feridos.
1984 – No dia 02 de dezembro um vazamento de 25 toneladas
de isocianato de metila ocorrido em Bhopal na India causou a
morte de 3.000 pessoas e a intoxicação de mais de 200.000
pessoas. O acidente foi causado pelo vazamento de gás da
Fábrica da Union Carbide que fabricava pesticidas para
combater as pragas das lavouras.
1984 – Em San Juanito, Mexico, incêndio de GLP seguido
de explosão causa 650 mortes e deixa 6.400 feridos
1986 – No dia 26 de Abril um acidente na Usina de
Cherbobyl na antiga URSS, causado pelo desligamento do
sistema de refrigeração com o reator ainda em
funcionamento provocou um incêndio que durou uma
semana, lançando na atmosfera um volume de radiação
cerca de 30 vezes maior que o da Bomba de Hiroschima. A
radiação espalhou-se atingindo vários países europeus e
até mesmo o Japão
1986 – Em Basiléia, Suíça, após incêndio de
uma indústria foram derramadas 30 toneladas
de pesticidas no Rio Reno, causando a
mortandade de peixes ao longo de 193 km.
1989 – Na madrugada de 1989 o navio tanque Exxon
Valdez ao se desviar de um Iceberg, bateu num recife e a
seguir encalhou no estreito do Príncipe William, no Alasca. O
rombo aberto no casco deixou vazar cerca de 44 milhões de
litros de petróleo.
O vazamento de óleo, o pior da história dos EUA, atingiu
uma área de 260 Km2, poluindo águas, ilhas e praias da
região. Morreram milhares de animais – peixes, aves
baleias, leões marinhos.
Fonte: DIAS(2003); BOGO (1998) e CETESB
O passar do tempo não é nenhuma garantia para as empresas
que buscam se beneficiar a curto prazo com o não cumprimento
da legislação. O prejuízo para a imagem da empresa poderá
ocorrer a qualquer tempo – curto, médio ou longo prazo - e,
quando vierem os problemas causados pelo meio ambiente, o
benefício inicial obtido não compensará a má reputação
alcançada que demandará alto investimento para ser
recuperada, sem garantia nenhuma de que será obtida
novamente.
Durante os últimos 200 anos é que se agravou o problema
ambiental na Terra, com a intensificação da
industrialização e o consequente aumento da
capacidade de intervenção do homem na natureza.
Essa situação é facilmente verificável pela evolução do
quadro de contaminação do ar, da água e do solo em
todo o mundo e pelo número crescente de desastres
ambientais.
Esse processo todo deflagrou um movimento sem precedentes
envolvendo indivíduos e organizações de todo tipo com o objetivo
de salvar o planeta da destruição. O processo de contaminação
também tem levado um número crescente de pessoas a se
submeterem a um processo de conscientização cruel, já que
ocorre em decorrência da multiplicação de desastres ambientais
De qualquer modo a problemática ambiental hoje faz parte da
pauta obrigatória da maior parte dos encontros mundiais e
torna-se uma preocupação crescente da maioria das
empresas que não querem continuar fazendo o papel de vilãs
da sociedade.
Desastre em Mariana – MG – 2015
Rompimento da barragem de rejeitos da
Mineradora SAMARCO
A VARIÁVEL ECOLÓGICA NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS
A proteção ambiental não pode ser um empecilho
ao desenvolvimento econômico, mas sim, um facilitador
do bem estar social. Isto acarreta uma nova visão na
gestão dos recursos naturais e ambientais, a qual
possibilita, ao mesmo tempo, eficácia e eficiência na
atividade econômica e mantém a diversidade e a
estabilidade do meio ambiente. A diretriz orientadora do
desenvolvimento sustentávelbaseia-se no princípio de
que, com isto, pode-se atender as necessidades
presentes sem comprometer àquelas das gerações
futuras.
O sistema da gestão ambiental ajuda as empresas a
identificar, gerenciar, monitorar e controlar questões
ambientais de maneira holística . A ABNT NBR ISO 14001
adequa-se a todos os tipos e tamanhos da empresa, sejam
elas, sem fins lucrativos ou governamentais. Ela exige que as
empresas considerem todas as questões ambientais
relativas às suas operações, como a poluição do ar, questões
referentes à água e ao esgoto, a gestão de resíduos, a
contaminação do solo, a mitigação e adaptação às alterações
climáticas e a utilização e eficiência dos recursos.
Assim como todas as normas de sistemas da gestão, a ABNT
NBR ISO 14001 inclui a necessidade de melhoria contínua dos
sistemas de uma empresa e a abordagem de questões
ambientais. A norma foi recentemente revisada, com melhorias
fundamentais, como o aumento da crescente relevância da gestão
ambiental nos processos de planejamento estratégico da
empresa, maior contribuição por parte da liderança e um
compromisso intenso em relação a iniciativas proativas que
impulsionem o desempenho ambiental.
Existem inúmeros motivos para as empresas adotarem uma
abordagem estratégica a fim de melhorar o seu
desempenho ambiental. A ABNT NBR ISO 14001 ajuda a :
 Demonstrar conformidade com requisitos legais e 
regulamentares atuais e futuros;
 Aumentar o envolvimento da liderança e o comprometimento 
dos funcionários;
 Melhorar a reputação da empresa e a confiança das partes 
interessadas mediante comunicação estratégica;
 Alcançar os objetivos estratégicos de negócios através da 
incorporação de questões ambientais na gestão das empresas;
 Oferecer vantagem competitiva e financeira aumentando a 
eficiência e reduzindo custos;
 Incentivar a melhoria do desempenho ambiental por parte 
de fornecedores, integrando-os aos sistemas de negócios da 
empresa. 
Fonte: Introdução à ABNT NBR ISO 14001:2015 em pdf
GESTÃO AMBIENTAL
1) A exigência de padrões de qualidade ambiental pela
internacionalização dos negócios;
2) Crescente conscientização dos consumidores nacionais para
produtos ecologicamente corretos;
3)Disseminação da educação ecológica no sistema educacional;
4) Preocupação da sociedade com a conservação do meio
ambiente e com a qualidade de vida.
A QUESTÃO AMBIENTAL NA EMPRESA
GESTÃO AMBIENTAL
CONSIDERAR O MEIO AMBIENTE NO PROCESSO
DECISÓRIO E ADOTAR CONCEPÇÕES ADMINISTRATIVAS E
TECNOLÓGICAS QUE CONTRIBUAM PARA AMPLIAR A
CAPACIDADE DE SUPORTE DO PLANETA.
ESPERA-SE QUE AS EMPRESAS DEIXEM DE SER
PROBLEMAS E SEJAM PARTE DAS SOLUÇÕES.
PRINCÍPIO DA GESTÃO AMBIENTAL CORPORATIVA
GESTÃO AMBIENTAL
Redução na fonte
Reuso e reciclagem externa
Recuperação energética
PRIORIDADES DA GESTÃO AMBIENTAL 
EMPRESARIAL
Tratamento dos 
resíduos
Disposição final
Uso sustentável dos recursos
Controle da poluição
GESTÃO AMBIENTAL
CAMPO DA GESTÃO AMBIENTAL 
CORPORATIVA
A preocupação com a gestão ambiental pode ser identificada a dois
níveis:
a) Interno - diz respeito aos fatores que direta ou indiretamente podem
afetar a qualidade de vida dos seus colaboradores.
b) Externo – refere-se aos efeitos colaterais impingidos (aceitos contra
vontade) à sociedade pelas atividades produtivas exercidas pela
empresa.
GESTÃO AMBIENTAL
OBJETIVO DA GESTÃO AMBIENTAL 
NA EMPRESA
A gestão ambiental visa integrar plenamente, na
empresa, o conjunto de procedimentos necessários
para conduzir as atividades de modo
ambientalmente seguro.
Consiste no constante aperfeiçoamento das políticas
adotadas; no monitoramento dos resultados obtidos;
no treinamento do quadro de pessoal; na busca do
conhecimento cientifico; na prospecção dos anseios
dos consumidores e desejos da sociedade e no
atendimento da regulamentação legal.
QUESITOS PARA A GESTÃO AMBIENTAL NA 
EMPRESA
Segundo Elkington e Burke (1989), para a empresa alcançar a
qualificação ambiental deve:
 Desenvolver e publicar uma política ambiental (*);
 Estabelecer metas e continuar a avaliar os ganhos;
 Definir as responsabilidades ambientais de cada área;
 Aplicar recursos na gestão ambiental;
 Educar e treinar os colaboradores;
 Informar os consumidores e sociedade dos programas;
 Acompanhar a performance ambiental através de auditoria;
 Contribuir para os programas ambientais da comunidade;
 Conciliar os interesses da empresa, acionistas, consumidores e 
comunidade.
VANTAGENS DA GESTÃO AMBIENTAL
Evidenciou-se que o ambiente de negócios está em constante
mutação como decorrência das pressões sociais e a globalização e
também, pelas disseminação entre os consumidores para o
consumo de produtos ecologicamente corretos. Face a isto, Georg
Winter lá em 1989 apresentaram um modelo de gestão ambiental
sugerindo seis razões para que os gestores adotassem tal sistema
em suas organizações.
1 - Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá existir
uma economia orientada para o mesmo. E na inexistência desta
última, não se poderá esperar boas perspectivas de vida, com um
mínimo de qualidade, para a humanidade.
2 - Sem empresas orientadas para o ambiente, não poderá
haver consenso, não haverá economia de mercado eficiente.
3 - Sem gestão ambiental, a empresa perderá mercado e
aumentará o risco de sua responsabilidade por danos
ambientais. Isto poderá colocar em risco a própria
existência da empresa e os postos de trabalho que dela
dependem.
4 - Sem gestão ambiental na organização, os gestores
enfrentarão maiores cobranças pelos danos causados ao
ambiente, podendo por em risco seus próprios empregos
e, além disso, serem responsabilizados pela sociedade
pelos danos causados.
5- Sem gestão ambiental na empresa, poderão ser
desperdiçadas oportunidades potenciais de redução de
custos e novos negócios.
6- Sem gestão ambiental na empresa, os homens de negócios
estarão em conflitos com sua própria consciência. Sem auto-
estima será difícil existir uma identificação com o emprego ou
profissão.
VANTAGENS DA GESTÃO AMBIENTAL SEGUNDO 
NORTH 
A organização deve aceitar o desafio da gestão ambiental
antes que a concorrência o faça;
Ser responsável com o meio ambiente e divulgar isto pode
ser fator ponderável de oportunidades de negócios;
Ser responsável com a questão ambiental e atender ou
superar as regulamentações, propicia vantagens de imagem
junto aos consumidores, sociedade e órgãos do governo;
Com o crescimento da preocupação ambiental, as pessoas
não gostam de trabalhar para uma empresa que não está
comprometida com o meio ambiente, pois seriam mal-vistos
pela sociedade em que coabitam.
1A
BENEFÍCIOS ECONÔMICOS DA 
GESTÃO AMBIENTAL
ECONOMIA DE CUSTOS
Economias devido à redução do consumo de água, energia, e
outros materiais;
Economias derivadas da reciclagem, diminuição de efluentes
e venda ou aproveitamento de resíduos;
Redução de multas e penalidades por danos ambientais.
INCREMENTO DE RECEITAS
Aumento da contribuição de produtos classificados com o selo 
verde que podem ser vendidos a preços maiores;
Aumento na participação no mercado devido à inovação dos 
produtos e menor concorrência;
Linhas de novos produtos para novos mercados;
Aumento da demanda para produtos ambientalmente corretos.
BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS DA 
GESTÃO AMBIENTAL
Melhoria da imagem institucional;
Renovação da carteira de produtos;
Aumento da produtividade;
Alto comprometimento dos colaboradores;
Melhoria nas relações de trabalho;
Melhoria e criatividade para novos desafios;
Melhoria nas relações com a comunidade, grupos
ambientalistas e órgãos do governo;
Adequação aos padrões ambientais e acesso ao mercado
internacional.
A BASE DE PRINCÍPIOS DA 
GESTÃO AMBIENTAL
Com base no relatório da Comissão Mundial sobre
o Meio ambiente, a Câmara de Comércio
Internacional definiu, em 27 de novembro de 1990,
os princípios básicos que deveriam ser
considerados na gestão ambiental para alcançar
um desenvolvimento sustentável e sugeriu que estes
fossem adotadospelas organizações a fim de se
obter uma qualidade de vida passível de ser
estendida as gerações futuras.
PRIORIDADE 
ORGANIZACIONAL
Reconhecer que a questão ambiental está entre as
principais prioridades da empresa e que ela é uma
questão-chave para o desenvolvimento sustentável;
Estabelecer políticas, programas e práticas nas
atividades empresariais que sejam adequadas ao
meio ambiente.
Equitativo - justo, equivalente, imparcial e igual.
GESTÃO INTEGRADA
Integrar as políticas, programas e práticas
ambientais em todos os negócios como elementos
indispensáveis de administração em todas as
funções.
PROCESSO DE MELHORIA
Continuar melhorando as políticas corporativas, os
programas e a performance ambiental tanto no mercado
interno como externo, levando-se em conta os avanços
tecnológicos, o conhecimento científico, as necessidade dos
consumidores e os desejos da sociedade, tendo-se como
referencial as regulamentações ambientais.
EDUCAÇÃO DO PESSOAL
Educar, treinar e motivar os colaboradores no sentido de que
possam desempenhar suas atribuições de forma responsável
em relação a questão ambiental.
PRIORIDADE DE ENFOQUE
Avaliar os efeitos ambientais antes de se desenvolver uma
nova atividade ou modificação do sistema produtivo ou de
abandonar alguma atividade de produção.
PRODUTOS E SERVIÇOS
Desenvolver e fabricar produtos e serviços que não sejam
agressivos ao meio ambiente e que sejam seguros em sua
utilização e consumo, que sejam poupadores de energia e de
recursos naturais, que possam ser reciclados, reutilizados e
descartados de modo seguro.
ORIENTAÇÃO AO CONSUMIDOR
Orientar e, se necessário, educar consumidores, distribuidores
e público em geral sobre o correto e seguro uso, transporte e
armazenamento e descarte dos produtos produzidos.
Sabemos de fato descartar os produtos que consumimos ????
EQUIPAMENTO E OPERAÇÕES
Desenvolver, desenhar e operar máquinas e equipamentos
levando em conta o eficiente uso dos recursos naturais
renováveis ou não e minimizar os efeitos sobre o meio
ambiente pela sua utilização.
PESQUISA
Conduzir ou apoiar programas de pesquisa que estudem os
impactos ambientais pelo uso de matérias-primas,
equipamentos, processos, produtos e emissão de efluentes
decorrentes do processo produtivo utilizado pela empresa
visando à minimização dos efeitos sobre o meio ambiente.
ENFOQUE PREVENTIVO
Modificar a manufatura e o uso de produtos ou serviços e
processos produtivos, de forma condizente com os mais
avançados conhecimentos técnicos, a fim de prevenir danos
ao meio ambiente.
FORNECEDORES E SUBCONTRATADOS
Promover a adoção dos princípios ambientais da empresa
junto aos seus fornecedores e subcontratados,
encorajando-os e incentivando-os a adotarem
melhoramentos em suas atividades de forma a se
integrarem ao programa de gestão ambiental da
organização.
PLANOS DE EMERGÊNCIA
Procurar fixar procedimentos para desenvolver e manter, caso
haja risco significativos, planos de ações para contornar
situações de emergência, em coordenação com os serviços
especializados, mantidos por órgãos governamentais ou
comunitários para evitar danos maiores ao meio ambiente.
* Procedimentos ambientais e de segurança nas empresas
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferir e disseminar tecnologias e
métodos de gestão que sejam adequados ao meio ambiente
junto a setores privados e públicos.
CONTRIBUIÇÃO AO ESFORÇO COMUM
Contribuir no desenvolvimento de políticas públicas e
privadas e de programas governamentais e iniciativas
educacionais que tenham por finalidade à preservação
ambiental. (Ex: Projeto Protetor das águas)
TRANSFERÊNCIA DE ATITUDE
Promover um diálogo aberto com os colaboradores da
empresa e público em geral, em antecipação e em resposta
às respectivas preocupações com os riscos potenciais e
impactos ambientais resultantes das operações da
organização.
ATENDIMENTO À REGULAMENTAÇÃO E 
DIVULGAÇÃO DE RESULTADOS
Estabelecer parâmetros para aferir a performance ambiental
da empresa e verificar se ela atende aos preceitos legais
através de um processo de auditoria constante e,
periodicamente, divulgar os resultados verificados tanto para
o público interno como externo.
ASPECTOS PRÁTICOS DA GESTÃO 
AMBIENTAL NA EMPRESA
PRIMEIRAMENTE DEVE-SE EXAMINAR O 
POSICIONAMENTO DA EMPRESA EM RELAÇÃO À 
GESTÃO AMBIENTAL. 
A PARTIR DAÍ, A EMPRESA PODE FAZER UMA 
AVALIAÇÃO DOS PONTOS FORTES E FRACOS
REFERENTE A GESTÃO AMBIENTAL EM SEUS 
DIVERSOS DEPARTAMENTOS.
PONTOS FORTES REFERENTES A QUESTÃO 
AMBIENTAL NOS DIVERSOS DEPARTAMENTOS ?
PRODUTOS AMIGÁVEIS AO AMBIENTE
PROCESSOS PRODUTIVOS POUPADORES DE 
ENERGIA E RECURSOS NATURAIS
IMAGEM CORPORATIVA EM RELAÇÃO A CAUSA 
AMBIENTAL
COMPROMISSO DA DIREÇÃO E DOS 
COLABORADORES COM A GESTÃO AMBIENTAL
CAPACIDADE DE P&D PARA TECNOLOGIAS MAIS 
LIMPAS E PRODUTOS ECOLOGICAMENTE 
CORRETOS
PONTOS FRACOS REFERENTES A GESTÃO 
AMBIENTAL
PRODUTOS QUE NÃO PODEM SER RECICLADOS;
EMBALAGENS NÃO RECICLÁVEIS;
PROCESSOS POLUENTES;
IMAGEM POLUIDORA;
DIREÇÃO E COLABORADORES NÃO ENGAJADOS NA 
QUESTÃO AMBIENTAL
QUAIS AS OPORTUNIDADES REFERENTES 
DA GESTÃO AMBIENTAL?
ENTRADA EM NOVOS MERCADOS;
TRANSFORMAÇÃO DOS PRODUTOS TRADICIONAIS 
EM AMBIENTALMENTE CORRETOS;
MANTER A SOBREVIVÊNCIA DA EMPRESA PELA 
BOA IMAGEM AMBIENTAL;
AUMENTAR O DESEMPENHO DOS FORNECEDORES
PELO ESTABELECIMENTO DE OBJETIVOS 
AMBIENTAIS;
POSSIBILIDADE DE ECONOMIZAR RECURSOS E 
ENERGIA E REDUZIR CUSTOS DE PRODUÇÃO.
QUAIS AS AMEAÇAS PERTINENTES A 
GESTÃO AMBIENTAL?
AVANÇO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E
NECESSIDADE DE INVESTIMENTOS ADICIONAIS
OCASIONANDO REDUÇÃO DE LUCROS;
INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL NAS ATIVIDADES
PRODUTIVAS ATUAIS;
ATUAÇÃO DE GRUPOS ECOLÓGICOS;
DESEMPENHO DOS CONCORRENTES DEVIDO A
QUESTÃO AMBIENTAL.
Vídeo – Sustentabilidade do discurso a prática
Vídeo – O que é Gestão Ambiental
MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL 
EMPRESARIAL
Modelo de Gestão da Qualidade Ambiental Total - TQEM
Características Básicas:
Extensão dos princípios e das práticas da gestão da qualidade 
total, porém, relacionadas as questões ambientais.
Modelo de Produção Mais Limpa (Cleaner Production)
Características Básicas:
Estratégia ambiental preventiva aplicada de acordo com uma
seqüência de prioridades cuja primeira é a redução de
resíduos e emissões na fonte e a reutilização de materiais e,
posteriormente, modificações tecnológicas no processo
produtivo e substituições de materiais.
MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL 
EMPRESARIAL
Modelo da Ecoeficiência (Ecoefficiency)
Características Básicas:
Eficiência no uso dos recursos ecológicos para atender as
necessidades humanas. Procura minimizar a intensidade de uso
de materiais, energia e dispersão de material tóxico na empresa.
Aumentar a reciclabilidade de materiais, durabilidade dos
produtos e maximizar o uso sustentável dos recursos
renováveis.
Ex: Tavelas com casca de arroz
Ex: Casas e prédio construidos de forma sustentável
Ex. Paredes de gesso acartonado com materiais alternativos.
MODELO DE GESTÃO AMBIENTAL 
EMPRESARIAL
Modelo de Projeto para o Meio Ambiente (Design for Environment)
Características Básicas:
Projetar produtos e processos considerando seus impactos
ambientais. Leva em consideração a desmontagem do produto;
a reciclagem; facilitar o descarte; reutilizar componentes;
redução de consumo de energia e redução de riscos ambientais.
Teoria de sistemas 
A palavra sistema tem muitas conotações: “é um conjunto de
elementos interdependentes e inter-reagentes; um grupo de
unidades combinadas que formam um todo organizado e cujo
resultado é maior do que o resultado que as unidades poderiam
ter se funcionassem independentemente.”
O termo sistema é geralmente empregado no sentido de
sistema total. Os componentes necessários à operação de
um sistema total são chamados subsistemas que, por sua
vez, são formados pela reunião de novos subsistemas, mais
detalhados. Assim, tanto a hierarquia dos sistemas como o
número de subsistemas dependem da complexidade
intrínseca do sistematotal.
Teoria de sistemas 
Os sistemas podem operar simultaneamente, em série ou em
paralelo. Não há sistema fora de um meio específico (ambiente):
os sistemas existem em um meio e são por ele condicionados.
Meio é o conjunto de todos os objetos que, dentro de um limite
específico, possam ter alguma influência sobre a operação do
sistema. Os limites (fronteiras) são a condição ambiental dentro
da qual o sistema deve operar. Deve-se, então, considerar três
níveis na hierarquia de sistemas:
 * Sistema: é o que se está estudando ou considerando;
 * Subsistema: são as partes do sistema;
 * Supersistema ou ecossistema: é o todo, e o sistema é um
subsistema dele.
Teoria de sistemas 
Há uma grande variedade de sistemas e uma ampla tipologia para
classificá-los, de acordo com certas características básicas.
Quanto à sua constituição, os sistemas podem ser físicos ou
abstratos;
Quanto à sua natureza, os sistemas podem ser fechados ou
abertos;
 O conceito de sistema aberto pode ser aplicado a diversos
níveis de abordagem: ao nível do indivíduo, ao nível do grupo,
ao nível da organização e ao nível da sociedade, indo desde um
microssistema até um supra-sistema. Em termos mais amplos
vai da célula ao universo.
Teoria de sistemas 
O sistema se caracteriza por determinados parâmetros.
Parâmetros são constantes arbitrárias que se caracterizam, por
suas propriedades, o valor e a descrição dimensional de um
sistema específico ou de um componente de um sistema. Os
elementos componentes do sistema são:
Objetivos, que se referem tanto aos objetivos dos usuários do
sistema quanto aos objetivos do próprio sistema;
Entradas, que caracterizam as forças que fornecem ao sistema o
material, a informação, a energia para a operação ou processo;
Processo de transformação que é definido como a função que
possibilita a transformação de um insumo (entrada) em produto,
serviço ou resultado (saída);
Saídas que correspondem aos resultados do processo de
transformação;
Teoria de sistemas 
Controles e avaliações para verificar se as saídas estão coerentes
com os objetivos estabelecidos;
Retroalimentação, realimentação ou feedback que é a reintrodução
de uma saída sob a forma de informação.
Aplicação da teoria de sistemas na teoria organizacional (Katz &
Kahn 1996)
A organização é um sistema aberto em interação constante com
o seu ambiente e como tal apresenta as seguintes
características:
 Importação de energia
 Transformação ou processamento
 Exportação
 Sistemas como ciclos de eventos
Considerações sobre a Questão Ambiental
Em 1996, estimava-se que no ano 2000 a população da Terra seria
de seis bilhões de humanos, no entanto já tínhamos alcançado
essa marca em 1999. A demanda por produtos e serviços, mantidas
as atuais taxas de crescimento econômico, determinará uma forte
pressão sobre os meios de produção com destaque para a energia.
Qual será o limite de auto-sustentação do ecossistema Terra?
Quando ocorrerá o desequilíbrio entre as curvas que indicam o
aumento populacional e a capacidade de produção de alimentos?
2A
Se considerarmos todos os efeitos danosos que o nosso estilo de
vida acarreta aos demais seres vivos que conosco compartilham a
Terra, os quais garantem nossa própria sobrevivência, nossa
atitude pode ser considerada como holocáustica.
A saída é mudarmos nosso estilo de vida, voltando-nos para o
natural? Deixar o conforto de nossa vida moderna (carros,
utensílios eletro-eletrônicos, roupas sintéticas e outras conquistas
tecnológicas)?
Há de se encontrar uma forma de equilíbrio entre os meios e os
fins. Não podemos aceitar a ideia de que uma civilização que tem
capacidade de criar vida em laboratório e de ir ao espaço, não
possa viabilizar a instalação e a operação de atividades
ambientalmente sadias com atendimento pleno aos indispensáveis
requisitos de viabilidade técnica e econômica.
O emprego de tecnologias limpas, já disponíveis, nem sempre é
atraente sob a ótica do custo, pois pode afetar negativamente os
resultados de uma empresa, que ficará sem condições de
competir num mercado onde nem todos as estarão empregando,
se as regras não forem uniformes. A aproximação entre ecologia
e economia é irreversível. As empresas vem percebendo que é
mais barato fazer direito desde o início, do que consertar depois,
pois pode não haver conserto, o que levará a custos
insuportáveis.
A Tecnologia Limpa é o conjunto de soluções
que viabilizam novos modelos de se pensar e
de se usar os recursos naturais.
De maneira prática, as tecnologias limpas são novos
processos industriais ou alterações realizadas em
processos já existentes, sempre com o objetivo de que o
consumo de matérias-primas, o consumo energético, os
impactos ambientais e o desperdício sejam sempre
minimizados ou mesmo zerados.
Obviamente que a evolução de tecnologias limpas não tem
como interesse a diminuição do desenvolvimento econômico.
Muito pelo contrário, o intuito é suprir de forma consciente e
sustentável a necessidade de serviços, bens e produtos da
sociedade atual. (fonte:www.dinamicambiental.com.br- 2013)
Além disso, os modelos de produções que são baseados em
tecnologias limpas têm sempre como intuito a reciclagem
total dos resíduos gerados no processo produtivo, assim
como o objetivo claro de não gerar emissões e resíduos.
O desenvolvimento e a adoção de tecnologias limpas é
parte essencial na busca pelo desenvolvimento
sustentável.
A partir da última década, tem crescido a importância das
questões relacionadas com o meio ambiente, o que vem
afetando significativamente a vida das empresas. Este
processo tem encontrado mais ênfase nos países
industrializados. A partir destes países, as preocupações de
caráter ambiental com os processos industriais de produção
e seus produtos, uso e posterior descarte, tem se refletido
nas relações comerciais entre países, produtores e
importadores.
As questões relativas à conservação ambiental ocupam hoje uma
significativa parcela dos investimentos e esforços administrativos
de todos os segmentos da atividade econômica.
A legislação, as normas e os regulamentos aplicáveis aos mais
diversos setores produtivos exigem a adoção de sistemas de
gerenciamento ambiental cada vez mais aprimorados,
especialmente se considerada a natureza multidisciplinar das
relações entre o homem e o meio ambiente. Tais sistemas visam
primordialmente ao equacionamento da difícil questão econômica,
já que uma empresa ou todo um segmento poderá sucumbir
diante da indispensável necessidade de atender às exigências
legais, normativas ou comunitárias.
Até pouco tempo, os aspectos normativos relacionados às questões
ambientais eram contemplados pelas normas técnicas estabelecidas
para produtos, e dimensionados para valores limites, que deveriam
ser respeitados. O atendimento aos padrões referidos eram
comprovados através de ensaios normalizados.
A necessidade de se identificarem produtos e processos que
apresentassem pouco ou nenhum impacto negativo ao meio
ambiente fez com que aparecessem rótulos ecológicos ou selos
verdes dos mais variados tipos e níveis de abrangência. Ao
mesmo tempo, a indústria sentiu a necessidade de dispor de
normas para os sistemas de gestão ambiental, resultando na
elaboração da BS7750 e do Sistema ISO 14000 além de outra.
Os SGA (Sistemas de Gestão Ambiental) estão
sendo desenvolvidos e implementados no mundo todo
muito rapidamente. Isso ocorre em função dos
crescentes impactos ambientais, da necessidade das
organizações conhecerem e se adequarem a uma
legislação ambiental complexa e em constante
mudança, em função dos crescentes riscos e
responsabilidades, do controle dos custos ambientais,
da necessidade de melhoria contínua, e dos cuidados
com a imagem corporativa e a opinião pública.
Gestão Ambiental – Uma Componente da Qualidade
A Gestão Ambiental é um processo que objetiva identificar as
ações mais adequadas ao atendimento das imposições legais
aplicáveis as várias fases dos processos, desde a produção até
o descarte final, passando pela comercialização,zelando para
que os parâmetros legais sejam permanentemente
observados, além de manter os procedimentos preventivos e
proativos que contemplam os aspectos e efeitos ambientais da
atividade, produtos e serviços e os interesses e expectativas
das partes interessadas.
Considerando-se que o gerenciamento ambiental tem que
ser parte integrante do gerenciamento global de uma
empresa, alguns de seus princípios fundamentais devem
ser observados:
Incluir o gerenciamento ambiental dentre as prioridades
corporativas;
Estabelecer um permanente diálogo entre as partes
interessadas, internas e externas à empresa;
Identificar os dispositivos legais e outros requerimentos
ambientais aplicáveis às atividades, produtos e serviços da
empresa;
Desenvolver o gerenciamento e comprometer-se a empregar
práticas de proteção ambiental, com clara definição de
responsabilidades;
Estabelecer um processo adequado de aferição das metas de
desempenho ambiental;
Oferecer de forma contínua, os recursos financeiros e
técnicas apropriadas ao alcance das metas necessárias ao
adequado gerenciamento ambiental e às melhorias dos níveis
de desempenho;
Avaliar rotineiramente o desempenho ambiental da empresa
em relação às leis, normas e regulamentos aplicáveis,
objetivando o aperfeiçoamento contínuo;
Implementar programas permanentes de auditoria do
Sistema de Gerenciamento Ambiental, de forma a identificar
oportunidades de aperfeiçoamento do próprio SGA e dos níveis
de desempenho - melhorias contínuas;
Promover a harmonização do SGA com outros sistemas de
gerenciamento de empresas, tais como: saúde, segurança,
qualidade, finanças, planejamento, etc.
Os resultados a serem alcançados devem estar claramente definidos
e assumidos por todos. Devem expressar metas concretas,
alcançáveis em prazos definidos. Devem ser claramente
diferenciados os objetivos de caráter estratégico e tático, aplicando-
se o tradicional 5W2H – what (o que), why (porque), where (onde),
when (quando), who (quem), how (como) e how much (quanto custa)
para implementá-los. –– Avaliar as entradas e saídas de um
processo qualquer identificando os resíduos gerados e propor
soluções de melhorias – - Dissertação Fabio Franzosi – 2017 - RSSS
A Norma BS 7750
Numa iniciativa para expressar de forma consistente e uniforme o
gerenciamento ambiental surgiu em 1992 a BS 7750, norma emitida
pelo Instituto Britânico de Normalização – BSI.
A norma BS 7750 especifica os requisitos para o desenvolvimento,
implantação e manutenção de sistemas de gestão ambiental que
visem garantir o cumprimento de políticas e objetivos ambientais
definidos e declarados
A norma não estabelece critérios de desempenho ambiental
específicos, mas exige que as organizações formulem políticas e
estabeleçam objetivos levando em consideração a
disponibilização sobre efeitos ambientais significativos. A BS 7750
constitui-se de três documentos básicos: a norma propriamente
dita e dois anexos: A - Guia para sua implementação. B -
Relações com a BS 5750 – Sistemas de Qualidade.
A Norma BS 7750
Foi a partir da BS 7750 que passos concretos em direção à
formulação de uma Norma Internacional foram dados. As várias
empresas, inicialmente as inglesas e posteriormente as européias,
que implementaram os princípios e procedimentos por ela sugeridos
alcançaram, com rapidez e eficiência, resultados altamente
vantajosos, notadamente através da redução de conflitos (multas e
penalidades) com os órgãos públicos de controle ambiental, com as
comunidades, com os sindicatos e com seus empregados.
Na grande maioria das empresas, as questões ambientais são
ainda tratadas como mais um custo, periférico e indesejável. As
exigências legais e normativas são consideradas
desagregadoras de valor e os dirigentes normalmente
posicionam-se contrários às dotações orçamentárias
destinadas ao tratamento preventivo das relações entre produção
e meio ambiente.
A Série ISO 14000
Número Descrição / Aplicação
14000- SGA – Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de
suport
14001- SGA – Especificações com guia para uso
14010- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Princípios gerais de AA
14011-1- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Auditoria de SGA
14011-2- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Procedimentos de
Auditoria de Conformidade à Legislação e Regulamentos
14012- Diretrizes para Auditoria Ambiental – Critérios para Qualificação
de Auditores Ambientais
* 19011 – substitui a 14010, 14011-1, 14011-2 e 14012
A Série ISO 14000
Número Descrição / Aplicação
14014 - Diretrizes para Revisões Ambientais Iniciais
14015- Diretrizes para Avaliação de Instalações
14020- Princípios Básicos para Rotulagem Ambiental
14021- Rotulagem Ambiental – Auto declarações
14022- Símbolos para Rotulagem Ambiental
14023-Rotulagem Ambiental – Metodologia para Testes e Verificações
Ambientais
14024- Rot. Amb. – Princípios – Guia, Práticas e Critérios, Proc. de
Certificação-
14025- Rótulos e declarações ambientais – declarações ambientais de tipo III –
princípios e procedimentos
A Série ISO 14000
Número Descrição / Aplicação
14031- Avaliação do Desempenho Ambiental do SCA
14032- Avaliação do Desempenho Ambiental dos Sistemas
Operacionais
14040- Avaliação do Ciclo de Vida – Diretrizes e Princípios Gerais
14041- Avaliação do Ciclo de Vida – Inventário Analítico
14042- Avaliação do Ciclo de Vida – Análise de Impacto
14043- Avaliação do Ciclo de Vida – Usos e Aplicações
14050- Gerenciamento Ambiental - Vocabulário
14060- Guia para inclusão de aspectos ambientais em normas para
produtos
Competitividade Empresarial e a Variável Ambiental
A rápida evolução dos modelos de gestão empresarial nas últimas
décadas permitiram a mudança de paradigma em relação à questão
ambiental nas empresas. A crença no conflito entre ecologia e
economia, pela qual a sociedade se beneficia com melhor qualidade
do meio ambiente, está sendo substituída por aquela que assegura que
novos padrões ambientais adequados podem dar início a um processo
de inovações que diminuam o custo total de um produto ou aumente o
seu valor.
Competitividade Empresarial e a Variável Ambiental
As inovações permitem que as empresas usem mais os seus insumos
(matérias-primas, fontes de energia) de forma produtiva, visando
compensar os gastos feitos para preservar o meio ambiente.
As melhorias introduzidas (novos processos e tecnologias)
decorrentes do ajustamento da empresa a níveis mais elevados de
qualidade ambiental freqüentemente resultam do uso mais racional e
produtivo de insumos, reduzindo os custos de produção.
Uma reordenação técnica do processo de produção e/ ou
uma redefinição do produto final podem traduzir-se por uma
redução de custo da poluição juntamente com uma redução do
custo de produção. Em muitos casos os resíduos
convenientemente utilizados tornam-se produtos rentáveis.
Vídeo – madeira de plástico reciclado
Com o ambiente da globalização econômica, novos limites
estão se impondo à sobrevivência das empresas face à
questão ambiental e à conseqüente necessidade de conhecer
e reavaliar, sob nova ótica, as diferentes atividades
econômicas e o ciclo de vida dos seus produtos/serviços
O conceito do ciclo de vida do produto presta-se à
contabilização dos impactos sobre o meio ambiente
decorrentes de todas as etapas que lhe são peculiares
desde a sua concepção mercadológica, planejamento,
produção, transporte e consumo, até o que dele vai
para o lixo. Logo, os preços dos produtos passam a
refletir, os custos ambientais de sua produção, uso,
reciclagem e disposição. Portanto, na análise dos custos de
produção dos processos, a ação dos resíduos sobre o
meio ambiente é considerada como componente de
custo ambiental.
Tornar-se ambientalmente correto, ao menor custo, mantendo
a competitividade, é a equação desejável. Atingir esse
patamar, porém, pressupõe o cumprimento de uma primeira
etapa de avaliação do atual estágio da empresa e de
estabelecimento de metas ambientais a serem alcançadas. Tal
prática exige mudança na tradição doshábitos da cultura
organizacional, onde era dada importância única à
concorrência. O novo ambiente organizacional requer também
o desenvolvimento de parcerias integradas, centradas na
cooperação, como novo estágio de desenvolvimento.
O meio ambiente é um manancial de recursos latentes,
pouco utilizados, importantes de serem identificados e
valorizados economicamente. O conceito de recursos está
condicionado à variáveis históricas, culturais e ao próprio
desenvolvimento tecnológico. Num dado momento histórico
os conhecimentos técnicos permitem dele uma utilização
socialmente útil.
É recurso hoje (ex.: energia eólica; energia solar, biomassa), o
que não foi recurso ontem. Poderá ser recurso amanhã o que
não foi percebido hoje como recurso (ex.: biodiesel; micro
algas......). As revoluções industriais foram sucessivamente
fundamentais na transformação dos recursos: primeiro do
carvão, depois do petróleo. Estamos hoje no despertar de uma
nova revolução industrial que no plano material se apoiará nos
recursos renováveis.
A harmonização dos aspectos econômicos, ambientais e
sociais, com a criação de empregos, demanda grande
atenção à produtividade dos recursos e não apenas à
produtividade do trabalho.
Nos anos 80, a criação do mercado global provocou a redução
das barreiras comerciais, o desenvolvimento da telemática, a
expansão da mídia global e um volume crescente de gastos
em pesquisa e desenvolvimento de produtos. A passagem do
sistema just-in-case de base fordista (norte-americano) para o
sistema just-in-time de base toyotista (japonês) alterou
significativamente os procedimentos nos processos de
trabalho e produção nas indústrias e nos serviços
transformando a qualidade em padrão de concorrência.
LEAN MANUFACTURING - PERDAS DO SISTEMA DE
PRODUÇÃO
1-Perdas por superprodução; 2-Perdas por espera;3-Perdas por
transporte;4-Perdas por processamento em si; 5-Perdas nos
estoques; 6-Perdas no movimento;7-Perdas pela elaboração de
produtos defeituosos.
Inicialmente, as metas de qualidade e competitividade
não agregavam explicitamente a variável ambiental.
Hoje, há uma reconceituação do padrão de
concorrência-qualidade dentro do contexto do
desenvolvimento sustentável. Conciliar a
competitividade com a proteção ambiental constitui-se
num desafio às empresas modernas.
3 A
As Tecnologias Limpas de Produção e o Desenvolvimento 
Sustentável
Mais do que um conceito, o desenvolvimento sustentável é
um processo de mudança, onde a exploração dos recursos,
a orientação dos investimentos, os rumos do
desenvolvimento ambiental e a mudança institucional devem
levar em conta as necessidades das futuras gerações.
O desenvolvimento sustentável foi o eixo da Conferência das
Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento,
Rio – 92. O conceito embasou todas as Convenções
assinadas na ocasião (biodiversidade, florestas,
mudanças climáticas), os termos da Agenda XXl – Agenda
de Compromissos sobre Ações Futuras 5, bem como o
documento do Fórum Global.
A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental
constitui estratégia para que o empresário, em processo
contínuo, identifique oportunidades de melhorias que
reduzam os impactos das atividades de sua empresa sobre
o meio ambiente, de forma integrada à situação de conquista
de mercado e de lucratividade. A conformidade conquistada
com a adoção de um sistema de gestão ambiental é estável
e sustentável, pois está calcada no comprometimento da
empresa e de seus empregados, em planos, programas e
procedimentos específicos. Dinâmico e em permanente
revisão representa o estágio de excelência da empresa em
relação a seu comprometimento com o meio ambiente.
KRAUSE (1996) já afirmava, que reduzir custos com a
eliminação de desperdícios, desenvolver tecnologias limpas
e baratas e reciclar insumos são mais do que princípios de
gestão ambiental, são condições de sobrevivência
O sistema de gestão ambiental, conforme a série de normas
ISO 14000, fundamenta-se na adoção de ações preventivas à
ocorrência de impactos adversos ao meio ambiente.
O compromisso ambiental incorporou-se a dinâmica de
mercado e seu exercício nos negócios passou a ser
determinante à competitividade empresarial. A variável
ambiental, vinculada ao planejamento estratégico das
empresas vem sendo incorporada nos balanços de empresas
potencialmente poluidoras, na forma de ativo ou passivo,
dependendo do grau de compromisso ambiental das mesmas.
Multas, taxas e impostos a serem pagos face à
inobservância de requisitos legais;
Custos de implantação de procedimentos e tecnologias que
possibilitem o atendimento às não conformidades;
Dispêndios necessários à recuperação da área degradada e
indenização à população afetada.
O passivo ambiental de uma empresa, cujo cálculo desafia as
auditorias contábeis, pode comprometer seriamente o seu
patrimônio e sua permanência no mercado. Os principais
custos do passivo ambiental são:
Portanto é grande a demanda por inovações tecnológicas
redutoras de poluição nos processos produtivos. As
tecnologias limpas, associadas aos avanços da
biotecnologia e dos novos materiais, têm oferecido grande
contribuição.
A luta contra a poluição e a proteção ao meio ambiente exige
a adaptação e/ou transformação das técnicas e dos
processos industriais existentes. MAIMON (1996), já
classificava essas inovações em três categorias
A incorporação da variável ambiental é uma realidade
palpável, que chegou para ficar ao ser assimilada pelo setor
financeiro através do Protocolo Verde. O risco ambiental, o
desenvolvimento de novas tecnologias, entre outros, passam a
ser elementos decisivos na concessão de créditos e
financiamentos pelas instituições oficiais.
As de primeira geração são chamadas de tecnologias de final
de linha que reduzem a poluição, mediante incorporação de
equipamentos de controle, sem modificar o processo de
produção. Caracterizam-se por uma instalação rápida de
sistemas de controle face à poluição acumulada. Constitui-se
uma solução fácil, porém onerosa, pois incorporam-se filtros,
precipitadores, estações de tratamento de efluentes aos
processos produtivos já instalados, sem modificar, a não ser
de forma marginal os processos de produção.
Inovações de terceira geração estão associadas ao campo
da biotecnologia, dos novos materiais e da eletrônica, que
possibilitam uma larga substituição dos materiais tóxicos. Os
avanços em biotecnologia contribuem significativamente
para a redução da poluição, na reciclagem do lixo da
agroindústria, na restauração do meio ambiente
degradado, na despoluição da água e no tratamento de
resíduos perigosos (bio-remediação).
A segunda geração de inovações tem caráter preventivo, e
consiste tanto na redefinição dos processos de produção
quanto na composição das matérias-primas e insumos.
Caracterizam-se pelos progressos em conservação de energia
e consumo de matérias-primas com consequente redução da
poluição do ar e da água. Este procedimento implica,
simultaneamente, em redução de custos e da poluição.
PAULI (1996), já afirmava que “o esforço na busca da eficiência
energética foi o primeiro passo, porém os problemas de poluição,
têm motivado as companhias a ir além da melhoria do rendimento
energético, passando pela minimização dos efluentes líquidos e
das emissões gasosas”.
Procurem assistir
Vídeo: dimensões da
sustentabilidade – liderança
para a sustentabilidade – 12
partes de 2min cada
Pesquisas indicam que no Brasil, os investimentos em
equipamentos de controle, que incorporam a prevenção
mediante processos integrados e de substituição de produtos
atingem cerca de 20% do total investido em melhorias no
desempenho ambiental das empresas, enquanto que as
tecnologias de fim de linha representam 80% dos
investimentos (Maimon, 1996). Segundo relatado da pesquisa
do BNDES/CNI/SEBRAE, se concentram entre 50 e 80% em
tecnologias de fim-de-linha.
O fato de o produtor arcar com os custos da poluição, já
convenceu muitos industriais a reduzir o custo dos resíduos e
rejeitos através de soluções de engenharia e processos–
soluções pós-processo – soluções corretivas. No entanto
PAULI (1996) chamava a atenção para o fato de que a
indústria que quiser manter-se competitiva e superar seus
concorrentes deve estar disposta a reconsiderar a atual
seleção de matérias-primas, a repensar os processos de
produção e de distribuição – soluções pré-processo ou
preventivas – e de estar pronta a comprometer-se na
busca de uma produção com emissões zero.
A Busca das Emissões Zero e o Programa Zeri
A adoção, pelas organizações, do Total Quality Management
objetivava a busca do “Zero Defeito”. Através da adoção do
Just in Time tinha-se como objetivo a busca do “Estoque
Zero” nos processos de manufatura. Através da “Emissão
Zero” busca-se a completa eliminação de toda a forma de
resíduo nos processos produtivos.
A adoção do TQM permitiu às empresas desenvolverem
melhorias em seus processos produtivos, de
comercialização e administrativos possibilitando, através da
oferta de produtos sem falhas (com zero defeitos), o
aumento da participação no mercado e sua lucratividade.
A adoção do Just in Time permitiu a redução dos custos de
produção, redução das perdas nos processos
produtivos e controle dos fluxos de produção,
comercialização e distribuição dos produtos.
A Emissão Zero representa uma grande oportunidade para o
aumento da produtividade para as organizações, porque
apresenta a concepção da possibilidade de construção de
plantas industriais capazes de operar economicamente e, ao
mesmo tempo, terem eliminadas todas as formas de
desperdício dos seus processos de produção e
gerenciamento. A iniciativa da Emissão Zero busca o
aproveitamento total das matérias-primas sem produção de
resíduos.
Atualmente, o aumento da produtividade tem sido realizado
através da redução dos custos de operação das
organizações, muitas vezes associado à demissão de
pessoal. Qual o limite para esta estratégia? Especialmente
nos países em desenvolvimento, a adoção desta estratégia
de aumento de produtividade pode significar o
enfraquecimento dos mercados locais, permitindo a
inserção de empresas que pretendem apenas colocar seus
produtos, sem compromisso com a realidade social e
política das regiões.
Esta é a estratégia defensiva de negócio. A alternativa para
gerar emprego e expandir os negócios é crescer,
fortalecendo as áreas de excelência já desenvolvidas e
investindo em novas áreas com competitividade potencial.
A Sociedade, apesar da influência massiva da publicidade
versando sobre os benefícios da lógica de enxugamento das
organizações, pouco a pouco começa a vislumbrar as
profundas distorções deste modelo ao impor, em nível local, a
diminuição da oferta de empregos e a marginalização da
discussão acerca das oportunidades de negócios.
A lógica de negócios da Emissão Zero é de gerar, a partir da
utilização máxima das matérias-primas, um aumento da
lucratividade nas organizações, gerando empregos pelo
desenvolvimento de projetos integrados de nova cadeias
produtivas baseadas no aproveitamento dos resíduos de
produção.
O valor agregado não se mede unicamente em termos de
dividendos que se distribuem para os acionistas; em função
do crescimento obtido com o capital. O valor agregado
também se expressa no valor que representam as
companhias para a sociedade, na criação e preservação de
empregos, para os avanços tecnológicos e na inovação, para
o projeto do desenvolvimento regional, para os valores
sociais que agregam, por sua contribuição à arte, e pela
busca de um importante equilíbrio ecológico em suas
operações.
Hoje, em nível mundial, já podem ser vislumbradas iniciativas
concretas de utilização da visão oriunda da Emissão Zero na
construção de plantas industriais. Na Namíbia está sendo
construída uma planta baseada nos princípios da Emissão
Zero. A planta está sendo construída em Tsumed, no deserto
da Namíbia, onde está sendo criado um parque eco-industrial
(PEI).
Livro: Conversa com Lideres sustentáveis – Ricardo Voltolini
A partir do apoio dos cientistas aglutinados pelo Programa de
Pesquisa em Emissão Zero da Universidade das Nações
Unidas, UNU, a utilização dos resíduos de uma cervejaria
irão permitir a produção de doze produtos adicionais além
da cerveja
Entre outros, tem-se a produção de cogumelos, minhocas,
galinhas, peixes. Os cogumelos se desenvolvem sobre os
resíduos junto com as minhocas que servirão de alimento
para as galinhas, cujos resíduos irão para um biodigestor para
produção de gás. Os resíduos do biodigestor servirão de
alimento para os peixes, os quais serão criados nas águas
oriundas da produção de cerveja. Aqui deixa-se de ter
simplesmente uma fábrica de cerveja para obter-se um
biossistema integrado de produção.
O esforço pela Emissão Zero como estratégia mundial para o
desenvolvimento sustentável tem sua base no programa
ZERI (Zero Emissions Research Initiative) da Universidade
das Nações Unidas, UNU, sediada em Tóquio. O programa
ZERI é responsável pelo envolvimento de 4600 cientistas em
todo mundo que participam de 60 grupos de discussão
eletrônica na Internet. O ZERI é uma abordagem prática
para a satisfação das necessidades que o ser humano
possui de água, comida, energia, empregos, habitação,
entre outras, dentro de uma forma sustentável ao meio
ambiente, pela aplicação da ciência e da tecnologia e
envolvendo o governo, os negócios e a academia.
O Programa Zeri e o Conceito de Emissão Zero
A Emissão Zero significa uma mudança em nosso
conceito de indústria, deixando de lado o modelo linear no
qual os resíduos são considerados normais, e partindo
para um modelo integrado onde tudo tem utilização e pode
ser aproveitado. Este novo conceito anuncia o início de uma
revolução industrial na qual a indústria imita os ciclos
sustentáveis da natureza e do homem. Não somente
esperar que a terra produza cada vez mais e sim aprender
a usar cada vez melhor o que a terra já produz.
A Emissão Zero visualiza um contexto onde todos os
insumos industriais são utilizados nos produtos finais ou
convertidos em insumos capazes de agregar valor para
outras indústrias ou processos. Desta forma as indústrias
serão reorganizadas em conglomerados de forma que os
resíduos/sub produtos de cada indústria sejam conectados
com outras indústrias, constituindo-se em insumos destas,
de modo que o sistema integrado reduza
significativamente os resíduos de qualquer tipo.
Da perspectiva ambientalista, a eliminação dos resíduos
representa a solução final para os problemas de poluição que
desafiam a manutenção dos ecossistemas nos níveis locais e
global. A utilização total das matérias-primas, acompanhada
do uso de fontes renováveis, significa que a utilização dos
recursos terrestres pode ser mantido em níveis de
sustentabilidade.
Para a indústria a Emissão Zero significa maior
competitividade e a busca contínua da melhoria da
qualidade e eficiência. Junto à produtividade do trabalho e
dos capitais, ter-se-á a utilização completa das matérias-
primas – Produzido mais com menos. A Emissão Zero
pode ser vista como um padrão de eficiência,
comparando-se ao TQM-Total Quality Management (defeito
zero) e o Just in Time (estoque zero).
Para o Governo a utilização plena das matérias-primas
criará novas indústrias e empregos ao mesmo tempo que
aumentará a produtividade. Propiciando, ainda, formas
para alimentar, vestir e prover habitação às populações sem
destruir a possibilidade de que as próximas gerações possam
se beneficiar desse sistema – simbiose industrial
As pesquisas preliminares identificaram quatro grupos
de indústrias que foram selecionadas para o
desenvolvimento da metodologia ZERI. Estas quatro
abordagens podem ser aplicadas em qualquer setor.
A metodologia ZERI pode ser resumida da seguinte
forma:
A Metodologia Zeri
Modelos de Aproveitamento Total
Revisão das oportunidades existentes nas indústrias e
reengenharia das práticas industriais visando que os
sistemas de produção utilizem todos os fatores inputs e a
manufatura aplique o princípio básico “mínimo input –
máximo output”, o qual somente pode ser conseguidoatravés do aproveitamento total. Se isso não for possível,
então o segundo componente da metodologia deve ser
iniciado.
Modelos de input-output
Realizar um levantamento de todos os output que não
são utilizados no produto final ou nos processos de
manufatura. Este output frequentemente é considerado
como resíduo, isto é, sem valor econômico, e ainda
apresentando um custo para disposição. Uma vez que
estes output estejam claramente estabelecidos, inicia-se
uma pesquisa ativa para identificar quais as indústrias
poderiam utilizá-lo como um input.
Modelos de Conglomerados Industriais
Os modelos de input-output oferecem a base do
estabelecimento de conglomerados industriais. Alguns
setores podem utilizar partes de output de 2 a 3 processos de
manufatura, assim algumas indústrias podem fornecer
matérias- primas para 4 ou 5 outras indústrias. Surge, então,
a necessidade de encontrar o nível ótimo de
agrupamentos nos conglomerados.
Identificação de Tecnologias Inovadoras
Conceitualmente os modelos de input-output e os
conglomerados gerados a partir deles devem ser
economicamente viáveis. O know-how disponível pela
engenharia e as tecnologias de produtos e processos
conhecidas podem não ser suficientes para assegurar a
efetiva integração econômica dos diversos setores
envolvidos. Primeiramente as tecnologias inovadoras
devem ser claramente identificadas e delimitadas para
então iniciar-se as pesquisas.
Modelo de Política Industrial
A Identificação dos conglomerados e as tecnologias requeridas
vislumbram uma mudança nas indústrias. O processo de
mudança deve ser acompanhado por um modelo apropriado de
política governamental. Alguns setores agrupados não tem
tradição de trabalho em conjunto, sendo portanto necessário
um esforço de colaboração envolvendo políticos,
representantes industriais e pesquisadores – (tabaco –
biodiesel – bioetanol - bioquerosene)
Tecnologias Limpas de Produção x Emissão Zero
As tecnologias limpas de produção e as atividades de
reciclagem são os primeiros passos no processo de guiar os
negócios e as sociedades em direção a sustentabilidade,
porém não podem ser considerados os únicos.
A sustentabilidade só poderá ser conseguida se o objetivo final
for a Emissão Zero, ou seja, se o que é resíduo para um é input
(matéria-prima) para outro, sem exceção. A Emissão Zero só é
atingida depois que a produção por tecnologias limpas foi
implantada, sendo o modelo mais avançado dos 4R (Redução,
Reuso, Reciclagem, Reeducação). A disposição em implementar
tecnologias limpas de produção é o melhor sinal de que estamos
envolvidos em conseguir o objetivo da Emissão Zero.
Tecnologias Limpas de Produção – 4R Emissão Zero ou Aproveitamento
Total
1. O primeiro passo
2. Reduzir impactos
3. Minimizar resíduos
4. Reduzir custos
5. Produção Linear
6. Água, energia, poluição
7. Enfoque a partir de agora
8. Processo baseado em input-output
9. Linear
O objetivo final
Criar novas indústrias
Gerar valor agregado p/ os resíduos
Gerar receita
Formação de conglomerados
Multidisciplinaridade
Responder a demanda genérica
Processo baseado em output-input
Sistêmico
Estudos de Proteção do Meio Ambiente
Segundo a Resolução 001/86 do CONAMA, “impacto
ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e/ou biológicas do meio ambiente, causada por
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que direta ou indiretamente, afetam a saúde, a
segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais
e econômicas a biota, as condições estéticas e sanitárias do
meio ambiente, e a qualidade dos recursos ambientais.”
As definições existentes baseiam-se em uma lógica do tipo ação-
reação, a qual não consegue traduzir a complexidade da dinâmica
ambiental. Podem ser evidenciadas duas dificuldades básicas
neste tipo de conceituação. A primeira consiste na própria
identificação das fronteiras do impacto, já que o mesmo se
propaga espacial e temporalmente através de uma complexa rede de
inter-relações. A segunda dificuldade reside nas deficiências
instrumentais e metodológicas para predizer as respostas dos
ecossistemas às ações humanas
Para melhor explicar a dinâmica espaço-temporal de
propagação dos impactos, têm sido introduzidas as
classificações:
Impactos Ambientais Diretos: O IA direto ou primário
consiste na alteração de determinado aspecto ambiental
por ação direta do ser humano. Ex.: desgastes impostos
aos recursos utilizados, efeitos sobre empregos gerados.
Impactos Ambientais Indiretos: O IA indireto ou
secundário decorre do anterior. Ex.: Crescimento
demográfico resultante do assentamento da população
atraída pelo projeto.
Impactos Ambientais de Curto Prazo: Ocorre
normalmente logo após a realização da ação,
podendo desaparecer em seguida. Ex.: produção de
ruído e poeira na fase de implantação de um projeto.
Impactos Ambientais de Longo Prazo: É verificado
depois de certo tempo da realização da ação. Ex.:
Modificação do regime de rios, doenças respiratórias
causadas pela inalação contínua de descargas
atmosféricas decorrentes da operação da indústria.
Existem ainda outras classificações importantes, tais como
IAs cumulativos e sinérgicos, que consideram o somatório
dos efeitos sobre o meio ambiente e IAs reversíveis e
irreversíveis, dada a reversibilidade ou não das alterações
provocadas sobre o meio.
O Estudo de Impacto Ambiental – EIA é um dos
elementos do processo de Avaliação de Impacto
Ambiental. Trata-se da execução, por equipe
multidisciplinar das tarefas técnicas e científicas
destinadas a analisar sistematicamente, as
conseqüências da implantação de um projeto no meio
ambiente, por métodos de avaliação de impacto ambiental
e técnicas de previsão dos impactos ambientais.
.O EIA é realizado sob orientação da autoridade ambiental responsável
pelo licenciamento do projeto em questão. O EIA compreende, no
mínimo, a descrição do projeto e suas alternativas nas etapas de
planejamento, construção, operação e, quando for o caso,
desativação; a delimitação e o diagnóstico ambiental da área de
influência; a identificação; a medição e a valoração dos impactos; a
comparação das alternativas e a previsão de situação ambiental
futura, nos casos de adoção de cada uma das alternativas, inclusive no
caso de não se executar o projeto; a identificação das medidas
mitigadoras e do programa de monitoramento dos impactos; a
preparação de Relatório de Impacto Ambiental – Rima.
No Brasil, o EIA constitui-se em um instrumento orientador
e fundamentador da decisão administrativa, que
autorizará ou não a implantação de um determinado
empreendimento. Não é exigido para planos, programas
ou para ordenação do território. Vem sendo elaborado
individualmente, a partir da exigência do órgão
ambiental estadual, de acordo com o sistema de
licenciamento vigente.
O EIA é um Instrumento Constitucional da Política Ambiental,
sendo de elaboração obrigatória para as atividades cuja
instalação possa provocar significativo impacto ambiental, as
quais estão listadas na Resolução 001/86 do CONAMA no
artigo 2º. (ferrovias, rodovias, aeroportos; hidroeletricas,
distritos industrias; portos, etc,,,,) Trata-se de um estudo
prévio que poderá levar à alterações no projeto, não podendo,
por conseguinte, ser realizado concomitantemente à obra ou
atividade, tampouco posteriormente às mesmas, situações em
que ficaria completamente descaracterizado.
Segundo esta resolução, o EIA deverá desenvolver, no mínimo, as
seguintes atividades técnicas:
 Diagnóstico Ambiental da área de influência do projeto com
completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas
alterações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação
ambiental da área antes da implantação do projeto, considerando:
O meio físico: subsolo, águas, ar e clima, destacando os recursos
minerais, topografia, tipos e aptidões do solo, reservatórios de água,
regime hidrológico, correntes marinhas e correntes atmosféricas;
O meio biológico e os ecossistemas naturais: fauna e flora,
destacando as espéciesindicadoras da qualidade ambiental, de valor
científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de
preservação permanente;
O meio sócio-econômico: uso e ocupação do solo, usos da água e
a sócio-economia, destacando os sítios e os monumentos
arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de
dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a
potencial utilização futura destes recursos.
 Análise dos impactos ambientais do projeto e suas
alternativas, através da identificação, previsão da magnitude e
interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes,
discriminando os impactos positivos e negativos (benéficos e
adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos,
temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade, suas
propriedades cumulativas e sinérgicas e a distribuição dos ônus e
benefícios sociais.
 Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos,
entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de
despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.
• Elaboração do programa de acompanhamento e
monitoramento dos impactos positivos e negativos indicando
os fatores e parâmetros a serem considerados
Relatório de Impacto Ambiental 
O Relatório de Impacto Ambiental é o documento que apresenta
os resultados dos estudos técnicos e científicos do Estudo de
Impacto Ambiental. Constitui um documento do processo de
avaliação de impacto ambiental e deve esclarecer todos os
elementos da proposta em estudo, de modo que possam ser
divulgados e apreciados pelos grupos sociais interessados e por
todas as instituições envolvidas na tomada de decisão.
O Decreto nº 88.351 de 01/06/83. ao regulamentar a Lei nº 6.938,
de 31/08/81 no parágrafo segundo do Artigo nº 18, denomina
Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, ao documento que será
constituído pelo Estudo de Impacto Ambiental a ser exigido para
fins de licenciamento das atividades modificadoras do meio
ambiente.
O RIMA é acessível ao público, estando, portanto à disposição de
todos os interessados, salvo quando protegido por sigilo industrial
- o qual deverá ser devidamente demonstrado. Ele refletirá as
conclusões do EIA e conterá:
 Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e
compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas
governamentais;
 A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e
locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de
construção e operação, a área de influência, as matérias primas,
mão-de-obra, fontes de energia, processo e técnicas operacionais,
os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os
empregos diretos e os indiretos a serem gerados;
 A síntese dos resultados dos estudos de diagnóstico
ambiental da área de influência do projeto;
 A descrição dos prováveis impactos ambientais da
implantação e operação da atividade, considerando o projeto,
suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos
impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados
para sua identificação, quantificação e interpretação;
 A caracterização da qualidade ambiental futura da área de
influência, comparando as diferentes situações da adoção do
projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não
realização;
 A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras
previstas em relação aos impactos negativos, mencionando
àqueles que não puderam ser evitados e o grau de alteração
esperado;
• O programa de acompanhamento e monitoramento
dos impactos;
 Recomendações quanto à alternativa mais favorável
(conclusões e comentários de ordem geral).
Caberá ao órgão ambiental a análise do EIA e RIMA e a
participação na audiência pública, devendo instruir o
processo, com os pareceres técnicos parciais, finais, a
avaliação do impacto ambiental e a concessão ou não da
licença ambiental. O processo deve ser aberto com livre
acesso à comunidade interessada. Logo, o RIMA deve ser
apresentado de forma objetiva e adequada à sua
compreensão.
As informações devem ser traduzidas em linguagem
acessível, utilizando-se recursos variados, tais como
mapas, cartas, quadros, gráficos e outras técnicas de
comunicação visual.
 Avaliação de Impacto Ambiental
A AIA é um instrumento de Política Ambiental, formada por um
conjunto de procedimentos capazes de assegurar, desde o
início do processo, que seja realizado um exame sistemático
dos impactos ambientais de uma ação proposta (projeto,
programa, plano ou política) e de suas alternativas, e que
os resultados sejam apresentados de forma adequada ao
público e aos responsáveis pela tomada de decisão, e por
eles considerados. Além disso, os procedimentos devem
garantir a adoção das medidas de proteção ao meio ambiente
determinadas, no caso de decisão sobre a implantação do
projeto.
A análise de impactos ambientais é parte integrante e
efetiva das políticas ambientais das nações, incorporando não
só a análise dos aspectos físicos e biológicos, mas
também dos sociais.
Vídeo – Profissão Repórter - Belo Monte
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
• DECRETO-LEI N° 2063 DE 6/10/83 - Dispõe sobre multas a serem
aplicadas por infrações à regulamentação para a execução dos
serviços de transporte rodoviário de cargas ou produtos perigosos.
Publicado no DOU de 7/10/83 p. 17.153.
• DECRETO LEGISLATIVO N.º 67, de 4 de maio de 1995 - Aprova o
texto da Convenção N.º 170, da Organização Internacional do
Trabalho, relativa à segurança na utilização de produtos químicos no
trabalho, adotada pela 77ª reunião da Conferência Internacional do
Trabalho, em Genebra, em 1990.
• DECRETO LEGISLATIVO n° 463/01 - Aprova os textos da Emenda
ao Anexo I e dos dois novos Anexos (VIII e IX) à Convenção de
Basiléia sobre o Controle do Movimento Transfronteiriço de
Resíduos Perigosos e seu Depósito, adotados durante a IV Reunião
da Conferência das Partes, realizada em Kuching, na Malásia, em 27
de fevereiro de 1998. Publicado no DOFC 03 12 01 PAG 0003 COL
02.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
• Decreto n.º 49.974A, de 21 de janeiro de 1961 - Regulamenta, sob
a denominação de Código Nacional de Saúde, a Lei n.º 2.312, de 3
de setembro de 1954, de "Normas Gerais Sobre Defesa e Proteção
da Saúde".
• Decreto n.º 50.877, de 29 de junho de 1961 - Dispõe sobre o
lançamento de resíduos tóxicos ou oleosos nas águas interiores ou
litorâneas do País e dá outras providências.
• Decreto n.º 87.566, de 16 de setembro de 1982 - Promulga o texto
da Convenção sobre Prevenção da Poluição Marinha por Alojamento
de Resíduos e Outras Matérias, concluída em Londres, a 29 de
dezembro de 1972.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
• Decreto n.º 96.044 de 18/5/1988 - Aprova o Regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos. Publicado no DOU de
19/5/88 p. 8.737.
• Decreto n.º 98.973 de 21/2/1990 - Aprova o Regulamento do
Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos. Publicado no DOU de
22/12/90 p. 3.594/97.
• Decreto n.º 99.274, de 6 de junho de 1990 - Regulamenta a Lei
6.902, de 27 de abril de 1981, e a Lei 6.938, de 31 de agosto de
1981, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações
Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e sobre a Política
Nacional de Meio Ambiente, e dá outras providências.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
• Decreto n.º 126, de 22 de maio de 1991 - Promulga a Convenção
n.º 162, da Organização Internacional do Trabalho - OIT sobre a
Utilização do Asbesto com Segurança.
• Decreto n.º 875, de 19 de julho de 1993 - Promulga o texto da
Convenção sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de
Resíduos Perigosos e seu Depósito.
• Decreto n.º 1.797, de 25 de janeiro de 1996 - Dispõe sobre a
Execução do Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do
Transporte de Produtos Perigosos, entre Brasil, Argentina, Paraguai
e Uruguai, de 30 de dezembro de 1994.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
• Decreto n.º 2.652, de 1º de julho de 1998 - Promulga a Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, assinada em
Nova York, em 9 de maio de 1992.
• Decreto n.º 2.657, de 3 de julho de 1998- Promulga a Convenção
n° 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos
Químicos no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de
1990.
• Decreto n.º 2.866, de 7 de dezembro de 1998 - Dispõe sobre a
execução do Primeiro Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance
Parcial para a Facilitação do Transporte de Produtos Perigosos
(AAP.PC/7), firmado em 16 de julho de 1998, entre os governos do
Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
• Decreto n.º 2.992, de 17 de março de 1999 - Dispõe sobre a
execução do Terceiro Protocolo Adicional ao Acordo de
Complementação Econômica n.º 36 (Hidrocarbonetos), entre os
governos dos Estados Partes do Mercosul, e o governo da República
da Bolívia, de 21/1/99.
• Decreto n.º 2.998, de 23 de março de 1999 - Dá nova redação ao
Regulamento para a Fiscalização de Produtos Controlados (R-105).
• Decreto n.º 3.179, de 21 de setembro de 1999 - Dispõe sobre a
especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
PORTARIAS
• Portaria MTb N.º 3.214, de 8 de junho de 1978 - Aprova as Normas
Regulamentadoras - NRs - do Capítulo V, Título II, da Consolidação
das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
• Portaria MINTER N.º 53, de 1º de março de 1979 - Dispõe sobre o
destino e tratamento de resíduos.
• Portaria INTERMINISTERIAL N.º 19, de 29 de janeiro de 1981 -
Proíbe, em todo o território nacional, a implantação de processos
que tenham como finalidade principal a produção de bifenil
policlorados - PCB's.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
PORTARIAS
• Portaria MINTER N° 291, de 31 de maio de 1988 - Baixa instruções
complementares ao Regulamento do Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos.
• Portaria n.º 261/MT, de 11/4/1989 - Promove ajustamentos técnico-
operacionais no Regulamento para o Transporte Rodoviário de
Produtos Perigosos. Publicada no DOU de 12/4/89, p. 5.535
• Portaria MINFRA N.º 727, de 31 de julho de 1990 - Autoriza
pessoas jurídicas ao exercício da atividade de re-refino de óleos
lubrificantes minerais, usados ou contaminados.
• Portaria INMETRO N.º 221, de 30 de setembro de 1991 - Aprova o
Regulamento Técnico Inspeção em equipamentos destinados ao
transporte de produtos perigosos a granel não incluídos em outros
regulamentos - RT-27.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
PORTARIAS
• Portaria n.º 110/INMETRO/MICT, de 26/5/94 - Aprova as Instruções
que estabelecem os requisitos a serem satisfeitos pelos veículos e
equipamentos utilizados no transporte rodoviário de produtos
perigosos, quando carregados ou contaminados. Publicada no DOU
de 30/5/94 p. 7.896
• Portaria IBAMA N.º 106-N, de 5 de outubro de 1994 - Dispensa da
anuência prévia do IBAMA junto à Secretaria de Comércio Exterior
SECEX, até a consideração definitiva do CONAMA sobre a matéria,
os pedidos de importação dos resíduos que menciona.
• Portaria n.º 199/INMETRO/MICT, de 6/10/94 - Aprova o
"Regulamento Técnico da Qualidade n.º 5 (RTQ-5) Veículo destinado
ao Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos - Inspeção" e
revoga o inciso I, alínea "b" da Portaria INMETRO n.º 277, de
16/12/93. Publicada no DOU de 11/10/94 p. 15.369/72
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
PORTARIAS
• Portaria n.º 204/MT, de 20/5/97 - Aprova as Instruções
Complementares aos Regulamentos dos Transportes Rodoviários e
Ferroviários de Produtos Perigosos de que tratam os Decretos n.º
96.044, de 18/5/88 e o de n.º 98.973 de 21/2/90. - Publicada no DOU
de 26/5/97 p. 10.851/52
• Portaria ANP N.º 159, de 5 de novembro de 1998 - Determina que o
exercício da atividade de re-refino de óleos lubrificantes usados ou
contaminados depende de registro prévio junto à Agência Nacional
do Petróleo.
• Portaria ANP N.º 81, de 30 de abril de 1999 - Dispõe sobre o re-
refino de óleos lubrificantes usados ou contaminados, e dá outras
providências.
• Portaria ANP N.º 125, de 30 de julho de 1999 - Regulamenta a
atividade de recolhimento, coleta e destinação final do óleo
lubrificante usado ou contaminado.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
PORTARIAS
• Portaria ANP N.º 127, de 30 de julho de 1999 - Regulamenta a
atividade de coleta de óleo lubrificante usado ou contaminado a ser
exercida por pessoa jurídica sediada no País, organizada de acordo
com as leis brasileiras.
• Portaria ANP N.º 128, de 30 de julho de 1999 - Regulamenta a
atividade industrial de re-refino de óleo lubrificante usado ou
contaminado a ser exercida por pessoa jurídica sediada no País,
organizada de acordo com as leis brasileiras.
• Portaria ANP N.º 130, de 30 de julho de 1999 - Dispõe sobre a
comercialização dos óleos lubrificantes básicos re-refinados no País.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONTRAN N.º 404, de 11 de setembro de 1968 -
Classifica a periculosidade das mercadorias a serem transportadas
por veículos automotores.
• Resolução CONAMA N.º 1, de 23 de janeiro de 1986 - Dispõe
sobre a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental - EIA e
respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA.
• Resolução CONAMA N.º 20, de 18 de junho de 1986 - Dispõe
sobre a classificação das águas doces, salobras e salinas, em todo o
território nacional, bem como determina os padrões de lançamento.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONAMA N.º 5, de 15 de junho de 1988 - Dispõe sobre
o licenciamento das obras de saneamento para as quais seja
possível identificar modificações ambientais significativas.
• Resolução CONAMA N.º 6, de 15 de junho de 1988 - Dispõe sobre
a geração de resíduos nas atividades industriais, e dá outras
providências.
• Resolução CONAMA N.º 2, de 22 de agosto de 1991 - Dispõe
sobre as cargas deterioradas, contaminadas, fora de especificação
ou abandonadas que deverão ser tratadas como fontes potenciais de
risco para o meio ambiente até manifestação do Órgão de Meio
Ambiente competente.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONAMA N.º 6, de 19 de setembro de 1991 - Desobriga
a incineração ou qualquer outro tratamento de queima dos resíduos
sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde, portos e
aeroportos, ressalvados os casos previstos em lei e acordos
internacionais.
• Resolução CONAMA N.º 8, de 19 de setembro de 1991 - Proíbe a
entrada no País de materiais residuais destinados à disposição final
e incineração no Brasil.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONAMA N.º 5, de 5 de agosto de 1993 - Estabelece
normas relativas aos resíduos sólidos oriundos de serviços de
saúde, portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.
• Resolução CONAMA N.º 9, de 31 de agosto de 1993 - Determina
que todo óleo lubrificante usado ou contaminado será,
obrigatoriamente, recolhido e terá uma destinação adequada, de
forma a não afetar negativamente o meio ambiente, e dá outras
providências
• Resolução CONAMA N.º 7, de 4 de maio de 1994 - Adota
definições e proíbe a importação de resíduos perigosos - Classe I -
em todo o território nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim,
inclusive reciclagem.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONAMA N.º 19, de 29 de setembro de 1994 - Autoriza,
em caráter de excepcionalidade, a exportação de resíduos perigosos
contendo bifenilas policloradas - PCBs, sob todas as formas em que
se apresentem.
• Resolução CONAMA N° 37, de 30 de dezembro de 1994 - Adota
definições e proíbe a importação de resíduos perigosos - Classe I -
em todo o território nacional, sob qualquer forma e para qualquer fim,
inclusive reciclagem/reaproveitamento.
• Resolução CONAMA N.º 23, de 12 de dezembro de 1996 -
Estabelece critérios para importação/exportação de resíduos sólidos,
estabelecendo ainda a classificação desses resíduos.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONAMA N° 228, de 20 de agosto de 1997 - Dispõe
sobre a importação de desperdícios e resíduos de acumuladores
elétricos de chumbo.
• Resolução CONAMA N.º 237, de 19 de dezembro de 1997 - Dispõe
sobre o Licenciamento Ambiental.
• Resolução CONAMA N.º 235, de 7 de janeiro de 1998 - Altera a
ResoluçãoCONAMA n.º 23, de 12/12/96.
• Resolução CONTRAN/MJ n.º 70, de 23/9/1998. - Dispõe sobre
curso de treinamento específico para condutores de veículos
rodoviários transportadores de produtos perigosos. Publicada no
DOU de 25/9/98 p. 22/24 (Retificação publicada no DOU de 28/9/98
p. 29).
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONAMA N.º 244, de 16 de outubro de 1998 - Altera o
Anexo 10 da Resolução CONAMA n.º 23, de 12 de dezembro de
1996.
• Resolução CONTRAN N.º 91, de 4 de maio de 1999 - Dispõe sobre
os Cursos de Treinamento Específico e Complementar para
Condutores de Veículos Rodoviários Transportadores de Produtos
Perigosos.
• Resolução CONAMA N.º 257, de 30 de junho de 1999 - Dispõe
sobre o uso de pilhas e baterias que contenham, em suas
composições, chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos,
necessárias ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos,
veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos
eletroeletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de
forma não substituível, e dá outras providências.
LEGISLAÇÃO AMBIENTAL
RESOLUÇÕES
• Resolução CONAMA N.º 263, de 12 de novembro de 1999 - Inclui
no art. 6º da Resolução CONAMA n.º 257, de 30 de junho de 1999, o
inciso IV, e dá outras providências.
• Resolução CONAMA N° 275, de 25 de abril de 2001 - Estabelece
código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva.
• Resolução CONAMA N° 283, de 12 de julho de 2001 - Dispõe
sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos serviços de
saúde.
• Resolução CONAMA N° 307, de 5 de julho de 2002 - Estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da
construção civil.
NORMAS TÉCNICAS
• NBR 10703/89 - Degradação do solo - Terminologia.
• NBR 10004/87 - Resíduos sólidos - Classificação.
• NBR 10005/87 - Lixiviação de resíduos - Procedimento.
• NBR 10006/87 - Solubilização de Resíduos - Procedimento.
• NBR 10007/87 - Amostragem de resíduos - Procedimento.
• NBR 10151/00 – Avaliação de ruído em áreas habitadas, visando
ao conforto da comunidade.
• NBR 12235/88 - Armazenamento de resíduos sólidos perigosos -
Procedimento.
• NBR 11174/89 - Armazenamento de resíduos classes II - não
inertes e III – inertes - Procedimento.
NORMAS TÉCNICAS
• NBR 13221/94 - Transporte de resíduos - Procedimento.
• NBR 13463/95 - Coleta de resíduos sólidos Classificação.
• NBR 11175/90 - Incineração de resíduos sólidos perigosos -
Padrões de desempenho Procedimento.
• NBR 12807/93 - Resíduos de serviço de saúde Terminologia.
• NBR 12808/93 - Resíduos de serviço de saúde Classificação.
• NBR 12809/93 - Manuseio de resíduos de serviços de saúde -
Procedimento.
• NBR 12810/93 - Coleta de resíduos de serviços de saúde -
Procedimento.
• NBR 13413/95 - Controle de contaminação em áreas limpas -
Terminologia.
• NBR 7.500 Simbologia - Símbolos de risco e manuseio para o
transporte e armazenamento de materiais.

Referências Bibliográficas
ANDRADE, R.O.B., TACHIZAWA, Takeshy, CARVALHO, Ana Barreiros de. Gestão Ambiental:
Enfoque Estratégico aplicado ao desenvolvimento sustentável. São Paulo: Makron Books,
2000.
BACKER, P. Gestão Ambiental: Administração Verde> Rio de Janeiro, Qualitymark,1995.
BARBIERI, J.C.. Gestão Ambiental empresarial – conceitos , modelos e instrumentos . Saraiva,
São Paulo: 2004
CAIRNCROSS, F. Meio Ambiente: Custos e Benefícios. São Paulo, Nobel, 1992.
CAPRA, F. O Ponto de Mutação. São Paulo, Cultrix, 1982.
DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GILBERT,M.,J. ISO 14001BS7750: Sistema de Gerenciamento Ambiental. São Paulo, IMAM,
1995.
HOBSBAWN, E. J. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Tradução de Donaldson
Magalhães Garschagen. Rio de janeiro: Forense Universitária, 1983
KINLAW, D.C. Empresa Competitiva e Ecológica: Desenvolvimento Sustentado na Era
Ambiental. São Paulo: Makron-Books, 1997.
PHILIPPI Jr, A.; ROMERO, M. A.;BRUNA, G.C. Curso de Gestão Ambiental. Barueri: Manole,
2004.
REIS, M.J.L. ISO 14000- Gerenciamento Ambiental – Um novo desafio para a sua
competitividade. Rio de Janeiro. Qualitymark,1995.
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Referências Bibliográficas
SOUZA, R.S.de. Entendendo a questão ambiental: temas de economia, política e gestão do
meio ambiente. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2000.
RUPPENTHAL, J.E. Sistemas de Gestão Ambiental. Polígrafo da UFSM, Programa de Pós
Graduação em Engenharia de Produção, Santa Maria, 62 p.
NOAL, F.O. BARCELOS, V. H. L. (Org.). Educação ambiental e cidadania: cenários
brasileiros . Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2003.
TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social corporativa : estratégias de
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