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Guia da Disciplina (7)

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO 
Me. Daty Costa de Souza 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 2023 
 
 
1 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. EMPREENDEDORISMO: CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E 
PROCESSO EMPREENDEDOR 
 
Objetivo: 
Definir os conceitos de Empreendedorismo e empreendedor, trabalhar o 
comportamento empreendedor dos alunos e a construção do processo empreendedor. 
 
Introdução: 
Quem poderia imaginar que o empreendedorismo seria uma força tão 
transformadora, né? A sua ascensão começou nos Estados Unidos e em seguida se 
espalhou para o mundo. Empreendedorismo no Brasil começou depois de 1990, porque o 
ambiente político e econômico do país não era propício ao desenvolvimento de novos 
empreendimentos. Somente com o investimento do governo e com a parceria de novas 
entidades que o Empreendedorismo é valorizado. De acordo com Dornelas (2016), com a 
entrada de fornecedores estrangeiros, começou a competição e o controle de preços, 
condição que foi importante, para que o país voltasse a crescer, mas que também trouxe 
problemas para alguns setores que não conseguiram competir com produtos importados, 
por falta de planejamento. 
 
Durante os últimos quarenta anos, ocorreram pelo menos quatro transformações 
empreendedoras que impactaram o modo de como as pessoas vivem, trabalham, 
aprendem e aproveitam o tempo de lazer. Segundo Dornelas: 
 O empreendedorismo sendo um novo paradigma administrativo, ou seja, 
pensamento e raciocínio empreendedor, tornando-se parte da estratégia e 
práticas das empresas. 
 O empreendedorismo sendo um novo paradigma educacional para o 
aprendizado e para o ensino. 
 O empreendedorismo tornando-se um modelo administrativo dominante para 
empresas sem fins lucrativos e no desenvolvimento de empreendimentos 
sociais. 
 E como não dizer, que o empreendedorismo está transcendendo as faculdades 
de Administração, engenharia, ciências biológicas, arquitetura, medicina, 
estendendo do ensino pré-escolar ao ensino médio, adotando o 
empreendedorismo aos seus currículos. 
 
 
2 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
No currículo, os professores das faculdades de administração estão incluindo mais 
assuntos relacionados ao empreendedorismo, de contabilidade e finanças a marketing e 
tecnologia da informação. No corpo docente de finanças, marketing e contabilidade estão 
surgindo novos cursos com foco na perspectiva empreendedora. 
 
1.1. Empreendedorismo 
O Empreendedorismo surge a partir de uma nova ideia empreendedora, que começa 
a partir de um problema e acaba se transformando em uma proposta de solução. É através 
dessa solução, que ocorre a criação de um novo negócio. Audretsch (2012), identifica dois 
elementos chave para o entendimento do comportamento empreendedor: o primeiro é a 
habilidade de reconhecer a oportunidade e o segundo é a de explorá-la. 
 
Mas não podemos deixar de apontar o perfil das pessoas que sofreram mudanças 
significativas em termos de Empreendedorismo. Antes a preocupação era entrar no 
mercado de trabalho em empresas de grande nome e que trouxessem estabilidade 
financeira. Hoje, no contexto atual, a colocação não envolve mais ter registro em carteira 
de trabalho e sim, empreender. 
 
Atualmente existem muitas explicações para o conceito de Empreendedorismo. 
Então, vamos saber o que é Empreendedorismo? 
 
Empreendedorismo (entrepreneurship) significa colocar em prática uma ideia, ou 
levá-la adiante, com a intenção de atingir objetivos e resultados; e definindo tecnicamente 
empreendedorismo é a área do conhecimento dedicada a estudar os processos de 
idealização de empreendimentos, destacando o valor de uma ideia como a sua capacidade 
de agregar valor ao que já existe, no tocante à produto e processo (BIAGIO, 2012). 
 
Para Jeffry Timmons – professor do Babson College, “O Empreendedorismo é uma 
revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi 
para o século XX”. Já para Dornelas, “empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e 
processos que, em conjunto, levam à transformação de ideias em oportunidades”. 
 
Para Chiavenato (2012 p.3), classifica o empreendedor como a pessoa que inicia ou 
dinamiza um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal, assumindo riscos e 
 
 
3 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
responsabilidades e inovando sempre. O empreendedorismo reflete a prática de criar novos 
negócios ou revitalizar negócios já existentes. Contudo, a atividade do empreendedor é 
muitas vezes associada à incerteza, principalmente quando seu negócio envolve algo 
realmente novo ou quando o mercado é inexplorado. 
 
Os estudos sobre o empreendedor e o empreendedorismo têm duas correntes 
principais de autores. Primeiro, existem os economistas, que associam o empreendedor à 
inovação e ao desenvolvimento econômico. Depois, os comportamentalistas, que enfatizam 
as atitudes como a criatividade, a intuição e a disposição para correr riscos. Entre os 
economistas que estudaram os empreendedores, destacam-se três: Cantillon, Say e 
Schumpeter. Naquela época, as diferenças entre gestor/administrador e empreendedor já 
existiam. Acreditava-se que o empreendedor tinha características superiores à de um 
administrador e também, que nem todo administrador fosse um empreendedor. Diferentes 
dos tempos de hoje, não é verdade? 
 
Você irá tratar do Empreendedorismo em pelo menos uma das três situações 
apontadas abaixo: 
 Iniciar uma nova empresa, partindo de uma ideia inovadora, partindo desde os 
estudos de viabilidade, implantação e criação de valor, para desenvolver uma 
operação geradora de resultados; 
 Pegar uma empresa já existente, implementando ajustes e mudanças e 
assumindo riscos, com uma nova inovação, uma nova proposta, gerando novos 
valores e melhores resultados; 
 Visualizar oportunidades de melhoria, e com uma inovação, agregar novos 
valores a uma empresa de terceiros, seja como consultor ou como empregado. 
 
Será que uma ideia inovadora é suficiente para ter sucesso? De acordo com 
Dornelas “não importa se a sua ideia é inovadora ou única: o que importa é como o 
empreendedor utiliza sua ideia, inédita ou não, de maneira a transformá-la em um produto 
ou serviço que faça sua empresa crescer”. 
 
O Empreendedorismo é essencial nas sociedades, porque as empresas buscam 
inovação, preocupando-se em transformar novos conhecimentos em novos produtos. 
 
 
 
4 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Portanto, quando se fala em Empreendedorismo, associa-se diretamente à inovação 
e a criatividade. Neste caso, a inovação está diretamente ligada às coisas que nunca tinham 
sido feitas anteriormente, aplicando uma criatividade. Um exemplo podemos citar a 
impressora 3D, uma inovação tão importante que a Unisanta possui. 
 
O Brasil possui diversos órgãos e iniciativas de apoio ao Empreendedorismo, como 
o Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), com programas 
como Empretec e Jovem Empreendedor, a Associação Nacional de Entidades Promotoras 
de Empreendimentos Inovadores (ANPROTEC), Endeavor, a Sociedade Brasileira para 
Exportação de Softwares (Softex), estimulando o Empreendedorismo no ramo de 
softwares, impulsionando a abertura de novas startups, fundações estaduais de amparo à 
pesquisa, incubadoras de novos negócios, além de Universidades que oferecem cursos 
sobre o Empreendedorismo. Ou seja, tem apoio de governos, universidades e sociedade 
em geral. 
 
Com o objetivo de incentivar futuros empreendedores e ajudar na obtenção de capital 
financeiro, o Governo Federal criou em 1999, o programa Brasim Empreendedor, que 
destinou cerca de 8 milhões a micro e pequenas empresas, com a ajuda da Caixa 
Econômica Federal, Banco do Brasil e a participação do SEBRAE, responsávelpelo 
cadastro e treinamento dos empreendedores. 
 
O Empreendedorismo vem crescendo no mundo inteiro. São criadas organizações 
para difundir este assunto e transformá-lo em uma vantagem competitiva. Só para 
conhecimento, a GEM – Global Entrepreneurship Monitor tem a missão de estabelecer 
critérios para medir o grau de Empreendedorismo de um país e aplicar esse critério em 
diversos países a cada ano, ajudando séries históricas que permitem mostrar a evolução 
do Empreendedorismo no mundo, inclusive revelando que o nível de atividade 
empreendedora do país, se relaciona com a riqueza gerada e medida pelo PIB. Só para ter 
uma base, de acordo com a pesquisa GEM, 52 milhões de brasileiros com idade produtiva, 
estavam envolvidos em alguma atividade empreendedora em 2018. E os fatores que 
contribuíram para esta atividade empreendedora foram: percepção da oportunidade, 
fatores sociais e culturais, educação, participação das mulheres, experiência e suporte 
financeiro para start-ups. 
 
 
 
5 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Existe também o empreendedorismo corporativo, que amplia em dois conceitos: 
empreendedorismo organizacional e alianças corporativas. O empreendedorismo 
corporativo acontece quando a empresa é capaz de criar uma cultura interna que acaba 
incentivando o empreendedorismo e a inovação entre os seus funcionários. Já as alianças 
corporativas, é o desenvolvimento da capacidade inovadora através do relacionamento 
com pequenos negócios por meio de alianças. 
 
O empreendedorismo corporativo também é conhecido como 
intraempreendedorismo que nada mais é do que a capacidade que os funcionários de uma 
empresa têm para agir como empreendedores, ou seja, dentro da empresa, promovendo a 
inovação a qualquer tempo e em qualquer lugar da empresa. Eles direcionam sua energia 
e são capazes de se dedicar de corpo e alma à sua empresa. A globalização faz com que 
as empresas busquem resultados e redução de custos. Por isso, a procura por profissionais 
que tenham espírito empreendedor, que precisem de espaço para a exposição de suas 
ideais. Com isto, cada vez mais empresas estão investindo em profissionais com perfil 
empreendedor, capazes de transformar a realidade das empresas. 
 
Existe também o empreendedorismo na maturidade. O aumento da expectativa de 
vida das pessoas e a preocupação com a qualidade de vida, fez surgir a entrada de 
profissionais da terceira idade no mercado de trabalho, e com a falta de oportunidades de 
trabalhar com carteira assinada, ou na situação de aposentados, aumentou o número de 
pessoas que contribuindo com seu capital humano e social, terão mais chances de obter 
sucesso. 
 
O empreendedorismo social contempla iniciativas de negócios que transformam 
seus lucros em preocupação com o meio ambiente e com as pessoas, produzindo bens e 
serviços que beneficiem a sociedade cujo foco são os problemas sociais que a sociedade 
acaba enfrentando. O empreendedorismo social é um modelo de desenvolvimento humano, 
social e sustentável. 
 
O empreendedorismo digital é a criação de negócios através de canais digitais, ou 
seja, é quando um produto/serviço pode ser levado para outras pessoas, em um negócio 
on-line. Vem se tornando um caminho sem volta, aumentando a renda de quem optar por 
este estilo de vida. Cada vez mais as pessoas estão comprando pela internet. A velocidade 
das transformações tecnológicas afeta a maneira de empreender. Muitos estudantes e 
 
 
6 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
recém-formados procuram no modelo digital como forma de iniciar um negócio. O 
empreendedorismo digital tornou-se mais importante, depois da pandemia porque todos os 
empreendedores e também as demais pessoas precisaram parar suas atividades e apostar 
no trabalho remoto e nas compras on-line. Vale destacar que mesmo sem pandemia, os e-
commerces já vinham se fortalecendo a cada ano, porque as redes sociais são aliadas dos 
negócios. 
 
Podemos citar também os coworkers que são os empreendedores ou start-ups que 
optam por ter escritórios virtuais para reduzir o custo de sua infraestrutura com um espaço 
diferenciado e coletivo, como salas de reuniões, espaço de treinamento, salas executivas, 
etc. Outra prática comum também que está acontecendo é o escritório virtual no qual os 
profissionais trabalham em casa e podem optar por ter uma secretária que atenda as 
demandas do escritório no coworking, ou seja, é a onda do compartilhamento, cuja 
modalidade está crescendo cerca de 20% ao ano. 
 
E por falar em start-ups, vamos à explicação: Uma startup é uma empresa que está 
em seu início, sem plano de negócios ou produto completamente definido, porém, quando 
uma startup encontra um modelo de negócios e um produto certo para o mercado, ela se 
torna uma empresa, ou seja, as incubadoras ganharam espaço no mercado. São empresas 
escaláveis com alto poder de crescimento, ou seja, o crescimento de receita é 
desproporcional ao crescimento dos custos. Existe também a startup unicórnio que é aquela 
que pode ser avaliada em 1 bilhão de dólares antes de abrir seu capital em bolsas de 
valores. Vale destacar também que como o empreendedorismo digital, as startups sendo 
inovadoras e ágeis, cresceram exponencialmente na pandemia, principalmente aquelas 
ligadas à tecnologia. 
 
Atualmente, o Brasil está entre os vinte principais países que mais possuem startups. 
Esses negócios estão gerando um impacto positivo muito grande, porque tem grande 
potencial de escalabilidade e grandes chances de crescimento, embora com alto grau de 
risco. 
 
A seguir, algumas start-ups que se destacaram, tornando-se unicórnios: Pagseguro, 
Nubank (fintech que faz intermediação financeira), Stone, Ifood, etc.. 
 
 
 
7 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Deve-se ao fato de que com a inovação e o empreendedorismo tecnológico, o 
cenário é muito promissor para as startups. Assim, você que é meu aluno e tem uma ideia 
embrionária ou já oferece uma inovação disruptiva, basta captar recursos e escalar um novo 
projeto. 
 
1.2. Empreendedor 
O empreendedorismo significa criação de novos negócios. Mas ele é muito mais do 
que isto, como você vai descobrir deste curso. Agora vamos conhecer o que é ser um 
empreendedor. 
 
A definição mais simples é: Empreendedor é a pessoa que vê oportunidades onde 
outras pessoas veem somente ameaças. Para Joseph Schumpeter, “o empreendedor é 
uma pessoa que destrói a ordem econômica existente introduzindo novos produtos e 
serviços, criando novas formas de organização e explorando novos materiais”. Já para José 
Dornelas, “O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos 
e tem uma visão futura da organização.” 
 
O termo “empreendedor” foi usado pela primeira vez em 1725 pelo economista 
Richard Cantillon que dizia ser entrepreneur é um indivíduo que assume riscos. Em 1814, 
o economista francês Jean-Baptiste Say usou a palavra para identificar o indivíduo que 
transfere recursos econômicos de um setor de produtividade baixa para um setor de 
produtividade mais elevado. Pouco depois o economista austríaco Joseph Schumpeter, 
voltou a abordar o empreendedor e seu impacto sobre a economia. Para Schumpeter 
(1950), um empreendedor é uma pessoa que deseja e é capaz de converter uma nova ideia 
ou invenção em uma inovação bem-sucedida e sua principal tarefa é a “destruição criativa”, 
a qual se dá por intermédio da mudança. 
 
Para Dolabella (2008), autor de O Segredo de Luisa, “o empreendedor se desenvolve 
à partir do convívio em família, com amigos, no trabalho, na sociedade, o que favorece o 
desenvolvimento de alguns talentos e características. Quanto maior a motivação oferecida 
pelo meio para iniciativas empreendedoras, maior o número de empreendedores. Para ser 
um empreendedor, não bastater uma boa ideia e querer concretizá-la, sem antes se dedicar 
muito ao trabalho e aos estudos. Conhecer o que você quer, é o primeiro passo de um 
longo caminho. 
 
 
 
8 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O autêntico empreendedor é alguém muito conectado, atento, dinâmico, bem 
relacionado, enxerga o que os outros não veem, e produz até quando está dirigindo, e 
diante disto tudo, ainda arranja tempo para os familiares e amigos. Um estudo realizado 
pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), aponta que os empreendedores brasileiros 
estão na faixa de 18 a 34 anos 
 
O empreendedor quando é nato, já nasce com grande inclinação para construir 
grandes empresas a partir do zero. Um exemplo, podemos citar Steve Jobs da Apple, Bill 
Gates da Microsoft, Jeff Bezos da Amazon, Mark Zuckerberg do Facebook, Alexandre 
Costa da Cacau Show, Abílio Diniz do Grupo Pão de Açúcar, Luiza Helena Trajano do 
Magazine Luiza, etc são empreendedores que enxergaram uma oportunidade de negócio, 
planejaram tudo muito bem, antes de abrir seu empreendimento. 
 
A pessoa que assume o risco de começar uma empresa é um empreendedor. 
Preferem abrir mão da segurança de um emprego, para se aventurar no mundo dos 
negócios. É um indivíduo capaz de estimular a criação do futuro. É dotado de rara 
sensibilidade para antever uma situação determinada. Quando empreende, não só 
vislumbra o que irá acontecer, mas possibilita também a todos os seus funcionários a 
escolha do melhor caminho para o sucesso do empreendimento. Os empreendedores são 
indivíduos que montam seu próprio negócio e que organizam, administram e assumem o 
risco do resultado do empreendimento. O empreendedor é aquele que faz as coisas 
acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização. Eles sabem 
que tentar e falhar são, no mínimo, aprender; não chegar a tentar é sofrer a perda 
incalculável do que poderia ter conseguido. 
 
Fatores de sucesso da caminhada empreendedora: 
A – Amor pelo que faz. 
E - Experiência e ou estratégia na construção de um sonho. 
I - Inovação em processos, em produtos, na criação de novas formas de 
relacionamento com o cliente e com o mercado. 
O – Oportunidade, reconhecimento, análise e implementação. 
U - União, ou seja, capaz de trazer outras pessoas para ajudar na construção de um 
sonho e fazer com que vivam e queiram o sonho. 
 
 
 
9 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Como exemplo, vale ressaltar o empreendedorismo feminino, no qual, mulheres 
empreendedoras, que acabam tendo papéis redobrados na família; dando atenção para o 
marido, orientando na educação dos filhos, administrando a casa, tendo habilidade e 
personalidade para gerenciar tudo isto, dentro do domínio interno e ultrapassando o 
domínio externo, com suas atividades profissionais com maestria. Com o passar dos anos, 
cresce a participação de mulheres na abertura de novos negócios. As mulheres tendo a 
oportunidade de sonharem alto, realizando seu potencial, porque o mundo dos negócios 
não tem gênero e as mulheres podem e devem chegar a cargos de liderança tanto quanto 
os homens. 
 
Portanto, o empreendedor possui traços de personalidade bem marcantes e 
peculiares, conhecidos pelos estudos feitos sobre esse assunto. A vontade e a vocação do 
brasileiro em empreender, é um dos grandes diferenciais do nosso país. 
 
Mas será que uma personalidade empreendedora já nasce com alguns indivíduos 
ou ele vai adquirindo esse comportamento com o passar do tempo? Abaixo, alguns 
comportamentos empreendedores: 
 Pró-Atividade diante de uma oportunidade: Capacidade do empreendedor de ter 
iniciativa, ou seja, fazer as coisas antes que elas aconteçam, identificando 
oportunidades e transformando em negócios. 
 Substituição da sorte por estimativa de riscos: avaliar alternativas, calculando 
riscos e agindo de forma a minimizar estes riscos ou mantê-los sob controle. 
 Eficácia nas atividades: compromisso pessoal de fazer as coisas mais baratas, 
rápidas e melhores, satisfazendo ou superando padrões de excelência, seja no 
preço, no prazo de entrega ou no desempenho do produto. 
 Persistência: a fim de superar um desafio, o empreendedor acredita sempre ser 
possível, agindo repetidamente ou mudando as suas estratégias. 
 Comprometimento: sacrifício pessoal ou esforços extraordinários para executar 
uma tarefa, colaborando com os subordinados. Na hora de cumprir o prazo, o 
empreendedor deixa o cansaço de lado, o lazer e a família para atingir seu 
objetivo. 
 Pesquisas, desenvolvimento E informações: pesquisa, muitas informações e 
empenho pessoal. A pesquisa sobre clientes, fornecedores e concorrentes, são 
 
 
10 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
primordiais para a obtenção de conhecimento técnico. No mundo globalizado, é 
impossível fazer sucesso, sem informações de mercado. 
 Foco nas metas e objetivos: definição de metas claras, especificas e 
mensuráveis, associado ao prazo que você irá cumpri-las e quanto aos objetivos 
que devem ser desafiadores e atingíveis. As metas devem ser SMART 
(específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais). 
 Planejamento e controle: imaginar uma situação futura e traçar os caminhos para 
atingi-la. Planejar significa diminuir tarefas maiores em menores, estipulando 
prazos e obtendo resultados. 
 Capacidade de convencimento: manter uma rede de relações comerciais e 
pessoais, fazendo com que as pessoas ajudem na concretização dos objetivos 
planejados. 
 Inovador: segue a sua linha de pensamento independente de resultados 
desanimadores ou de oposição, confiando em si próprio, superando os desafios. 
Por ser independente, sempre busca formas de fazer coisas diferentes, 
rompendo paradigmas. 
 Autoconfiança: o empreendedor irradia realização. 
 
Vale ressaltar que existem três fatores chave no processo de desenvolvimento de 
competências de um empreendedor: saber, querer e fazer. Ou seja, sabe o que tem que 
fazer (saber), quer levar para frente um empreendimento (querer) e; começar e recomeçar 
várias vezes (fazer). 
 
O empreendedor de sucesso possui características extras, que somados a 
características sociológicas e ambientais, nasce uma empresa. Ou seja, de uma ideia surge 
uma inovação e como consequência, a empresa. 
 
São características dos empreendedores de sucesso: 
 Visionários; 
 Sabem tomar decisões; 
 São persistentes; 
 São indivíduos que fazem a diferença; 
 Sabem explorar ao máximo as oportunidades; 
 São determinados e dinâmicos; 
 
 
11 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 São dedicados; 
 São otimistas e apaixonados pelo que fazem; 
 São independentes e constroem o próprio destino; 
 São líderes; 
 Possuem conhecimento; 
 Assumem riscos e criam valor para a sociedade. 
 
As características do empreendedor de sucesso, segundo SEBRAE, são: imaginação, 
determinação, autoavaliação, habilidade de organizar e habilidade de liderar pessoas. 
 
As habilidades de um empreendedor são classificadas em três áreas: técnicas, 
gerenciais e características pessoais. Ou seja, as técnicas são: saber escrever, ouvir as 
pessoas, captar informações, possuir know-how, ser organizado, saber liderar e trabalhar 
em equipe. Já as gerenciais estão mais ligadas à área de criação, desenvolvimento e 
gerenciamento de uma nova empresa, incluindo as áreas de administração, marketing, 
finanças, operacional, etc. e ser um bom negociador. Quanto às características, já 
comentadas acima, assumir riscos, ser inovador, ser orientado a mudanças, persistente, 
enfim, ser um líder visionário. Essa tríade empreendedora são os três componentes 
essenciais do empreendedor e precisam estar harmonizados, integrados e balanceados, 
resultando no equilíbrio necessário perante os desafios de cada passodesta caminhada 
empreendedora. 
 
Existem inúmeras vantagens concretas em operar ou criar um negócio próprio, 
porém, existem aspectos desfavoráveis que devem ser considerados. Portanto, abaixo, 
vantagens e desvantagens de ser um empreendedor: 
 
 Vantagens: Autonomia – ter independência e liberdade para tomar decisões, 
resolver os problemas sem precisar consultar os outros, é ter a sensação de ser 
chefe de você mesmo. Desafio – a oportunidade de transformar uma ideia em 
negócio é um grande desafio, pois o sucesso ou o fracasso, só dependem de 
você. Controle financeiro – você está livre de ser demitido, mas deve saber seus 
limites, para poder crescer, dentro das suas condições, sempre tendo o controle 
sobre o seu negócio. 
 
 
12 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Desvantagens: sacrifício pessoal – ter uma empresa significa trabalhar por 
muitas horas, e muitas vezes deixando de lado família e lazer, pois a pergunta 
é: quanto de sacrifício é necessário para tornar seu empreendimento um 
sucesso? Sobrecarga de trabalho – o empreendedor tem responsabilidades 
muito grandes, diferentes dos seus funcionários, portanto a sobrecarga. 
Pequena margem de erro – se o empreendedor errar pode acarretar em prejuízo 
para a empresa e grandes perdas, até mesmo falência, portanto, deve-se pensar 
muito antes de agir. 
 
O talento empreendedor é resultado de percepção, direção, dedicação e muito 
trabalho das pessoas que fazem acontecer, porém talento sem ideia é como semente sem 
água. Quando o talento é somado à tecnologia, as pessoas têm ideias viáveis e o processo 
empreendedor acontece. 
 
Quando uma pessoa tem a decisão de ser tornar um empreendedor, até para definir 
o seu negócio, ela precisa responder algumas perguntas, como: 
 O que o levou a criar a sua empresa? É um sonho, uma ideia, uma oportunidade, 
uma realização? 
 Quem será o seu cliente? Não basta saber quem é o cliente, mas como ele é, 
quais são seus desejos e expectativas. 
 O que é de valor para o seu cliente? O que é importante para o cliente que se 
pretende conquistar: marca, preço, qualidade, facilidade de uso, tamanho, 
potência, beleza, inovação? O importante é ajustar o seu produto e ou serviço. 
Visualize o seu negócio de fora para dentro, isto é, a partir daquilo que o cliente 
valoriza e procura para que você compreenda o que o cliente busca. Se você 
não sabe, pesquise. 
 
E para ser um melhor empreendedor, é necessária formação de grupos com outros 
empreendedores da sua região, ter interação com grandes empreendedores, e além disto, 
buscar mentores relevantes do seu setor, porque sempre abre portas. 
 
Outra dica é sempre se atualizar, assistindo palestras, ter acesso aos e-books, blogs, 
cursos on-line, podcast, etc. 
 
 
 
13 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Sempre que possível, assistir o programa Pequenas Empresas, Grandes Negócios 
e também dicas de livros como: Da ideia ao bilhão e O Lado difícil das situações difíceis. 
 
Vale ressaltar que, a missão de vida das pessoas é encontrar a felicidade, portanto, 
as pessoas empreendem pela felicidade, não pensando nela como um alvo, mas como uma 
empreitada no qual vai colhendo momentos de felicidade na busca de realização de seus 
sonhos. 
 
E para a realização dos sonhos, é necessário planejar muito bem o futuro, e para 
isso, é importante agir no presente, não é verdade? E para transformar seu sonho em ações 
concretas, é importante ter um sonho bem claro e definido, através do SMART. 
 Especificidade – coloque informações específicas, tornando seu sonho claro e 
objetivo. 
 Mensurável – medindo seu avanço ao encontro do seu sonho. 
 Alcançável – como tornar seu sonho alcançado. 
 Relevante – seu sonho, sendo importante para você. Enxergando seus 
benefícios, se sentindo orgulhoso de sua conquista. 
 Temporal – definindo o tempo para realizar seu sonho. Que prazo é possível para 
realizar o sonho. 
 
É ter responsabilidade sobre as estratégias e ações, aprendendo sempre para poder 
evoluir. Um exemplo que podemos citar é a Luiza Helena Trajano, que levantou a Magazine 
Luiza, com seu sonho. 
 
O empreendedor do século XXI precisa estar consciente para planejar sua ação 
empreendedora, e ter também consciência sustentável e os passos são: decidir, criar, 
inovar, ter consciência sustentável, planejar e agir. Portanto, cabe ao empreendedor 
sempre pensar no todo, a qualquer momento e em toda a situação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1.3. Processo Empreendedor 
De acordo com Dornelas (2014, p.30), o processo empreendedor inicia em virtude 
de “fatores externos, ambientais e sociais, e as aptidões pessoais ou um somatório de todos 
esses elementos são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa, ou 
seja, inicia-se quando um evento gerador desses fatores possibilita o início de um novo 
negócio”. 
 
O processo empreendedor inicia-se quando todas estas perguntas são respondidas, 
possibilitando o início de um novo negócio. Além disto, a inovação é a semente do processo 
empreendedor e depende de quatro fatores críticos para entender melhor. De acordo com 
Smillo & Gill, são eles: 
 
1- Talento – Pessoas 
2- Tecnologia – Ideias 
3- Capital – Recursos 
4- Know-how – Conhecimento 
 
Que geram negócios de sucesso. O talento é resultado da percepção, direção, 
dedicação e muito trabalho de pessoas que fazem acontecer, porém o talento sem ideia é 
como uma semente sem água. Quando o talento é somado à tecnologia e as pessoas têm 
boas ideias, o processo empreendedor está prestes a acontecer. O capital é necessário 
para que o negócio saia do papel e o conhecimento vão tornar a empresa viável. Diante 
disto, podem-se entender as fases do processo empreendedor que são: 
 
 Identificar e avaliar a oportunidade 
 Desenvolver o plano de negócios 
 Determinar e captar os recursos necessários 
 Gerenciar a empresa criada. 
 
 
 
 
15 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Figura 1 – O Processo Empreendedor (adaptado de Hisrich, 1998) 
 
Fonte: Google Imagens 
 
Por mais que na figura 1, seja apresentada uma sequência, nenhuma das fases 
precisa ser completamente concluída para iniciar outra. 
 
 Identificar e avaliar a oportunidade: Esta fase implica em identificar uma 
oportunidade e analisar a sua potencialidade no que se refere a itens como: 
necessidades e potencial de mercado, potencial da concorrência e de mercado, 
ciclo de vida do produto, retorno econômico, etc porque uma ideia não é 
necessariamente uma oportunidade. É válido o empreendedor testar a sua ideia 
com seus potenciais clientes, na possibilidade em adquirir seu produto ou serviço 
através de pesquisas de mercado. A pesquisa lhe fornecerá o tamanho do 
mercado, se está em crescimento, estável ou estagnado, quem é a concorrência 
e quais são seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades do ambiente 
de mercado. Nesta etapa é muito importante o talento, a percepção, o 
conhecimento e o feeling do empreendedor. 
 
 Desenvolver o plano de negócios: Talvez seja a fase que mais dê trabalho, 
para os empreendedores de primeira viagem. Ele é um documento que resume 
toda a empresa, sua estratégia, seu mercado e concorrentes, sua estrutura, o 
financeiro explicando como vai gerar receitas e crescer, dentre outros aspectos, 
como dicas e ferramentas para ajudar o empreendedor nesta fase. 
 
 
 
16 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Determinar e captar os recursos necessários: Determinar os recursos 
necessários é consequência do que foi feito e executado no plano de negócios. 
Já a captação dos recursos pode ser feita por meio de várias fontes distintas. O 
empreendedor deve saber utilizar a suacapacidade de planejamento para 
relacionar no mercado as melhores oportunidades de financiamento para seu 
empreendimento recorrendo a bancos, economias pessoais, até a familiares e 
amigos. Ou recorrer a um investidor que prefere arriscar em novos negócios, do 
que deixar seu dinheiro aplicado em bancos. 
 
 Gerenciar o negócio: gerenciar a empresa pode parecer a parte mais fácil 
do processo empreendedor, pois já foi identificada a oportunidade, desenvolvido 
o plano de negócios e relacionada a fonte de financiamento. Ou seja, quando é 
hora de colocar as ações em prática, é quando começam os problemas. Por isso 
o empreendedor deve saber das suas limitações, escolher uma equipe de 
trabalho muito boa para colaborar na gestão da empresa, implementar ações 
que minimizem os problemas e maximizem os lucros, ou melhor, produzir mais 
com o mínimo de recursos necessários, conjugando eficiência e eficácia. Vale 
destacar que nem sempre a equipe inicial estará completa. Não adianta 
identificar uma excelente oportunidade de negócio, desenvolver detalhadamente 
o plano de negócios, captar os recursos necessários para iniciar as atividades 
se o empreendedor não tiver capacidade administrativa para gerir o seu negócio. 
Existe outra forma de analisar os aspectos críticos do processo empreendedor, 
segundo Timmons. A primeira fase é a oportunidade, que deve avaliar se 
continua ou não com o projeto. A segunda fase é a equipe, que estará atuando 
em conjunto e por último a captação dos recursos. 
 
De acordo com a figura 2, o planejamento feito pelo plano de negócios (business 
plan), é a ferramenta que o empreendedor precisa, pois junto com a sua equipe, saberá 
lidar com os riscos de forma calculada, analisando as possibilidades e consequências para 
a realização do negócio. 
 
 
 
17 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Figura 2 – Processo Empreendedor (adaptado de Timmons) 
Fonte: Google Imagens 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
2. OPORTUNIDADE E INOVAÇÃO 
 
Objetivo: 
Analisar o que é uma oportunidade de negócios, conhecer os tipos de inovação e o 
entendimento sobre empreendedorismo por oportunidade e por necessidade. 
 
Introdução: 
Quando um empreendedor tem uma ideia, não quer dizer que seja uma 
oportunidade. Uma boa ideia deve atender uma necessidade de mercado. Na verdade, as 
boas ideias, não surgem de um jeito tão simples. Porque não adianta ter uma ideia que não 
chega a lugar nenhum, que não agregue valor a nada. Quando se trata de abertura de 
novos negócios, é imprescindível que as ideias sejam bem direcionadas. 
 
Tudo começa com uma ideia e no empreendedorismo, o pensamento precede a 
ação. É possível pensar e aprimorar uma ideia, que pode ser transformado em um 
empreendimento de sucesso. De acordo com Schneider (2012), se você tirar a ideia do 
papel e buscar novas tendências e oportunidades de mercado. O ideal é encontrar 
oportunidade que proporcione mais facilidade para as pessoas, melhorando sua qualidade 
de vida. 
 
2.1. Oportunidade 
Quando uma ideia isolada acaba não tendo valor, se ela não for transformada em 
uma situação viável, que atenda um público-alvo e faça parte de um nicho de mercado, ela 
pode virar uma oportunidade, ou seja, uma boa ideia de negócio, pode sim, virar uma boa 
oportunidade. 
 
O empreendedor com uma ideia, conhece o mercado no qual atua, tem visão de 
negócio e com determinação, identifica suas deficiências protegendo suas ideias, além de 
conhecer a concorrência. Mas não é só isto. 
 
Muitas pessoas se queixam de boas ideias, falta de criatividade, que trabalham muito 
e não são reconhecidas, se acomodando e achando tudo normal. Os empreendedores são 
diferentes: eles estão sempre atentos a tudo que acontece à sua volta, atrás de novas ideias 
de negócios e oportunidades de mercado. 
 
 
 
19 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O potencial criativo do empreendedor é sempre exigido, seja inovando em produtos 
ou serviços, ou seja, em suas atitudes, decisões, ações e percepções. Predebon (2002, 
p.34), diz que: “criatividade é característica da espécie humana: o homem criativo não é o 
homem comum ao qual se acrescentou algo; o homem criativo é o homem comum do qual 
nada se tirou”. 
 
O empreendedor precisa ter criatividade, porque oportunidades de negócios estão 
em toda a parte, mas também de predisposição para identificar, avaliar e conhecer a fundo 
o negócio que pretende investir, para ter sucesso. É com a criatividade que pode 
transformar um simples negócio em um imponente sucesso empresarial. É necessário 
coletar muitas informações, muitas ideias que deram certo e também as que não deram, 
para não errar no mesmo problema. Observar faz parte do processo. 
 
Quanto a predisposição, o empreendedor é aquele que não se cansa de observar os 
negócios, na intenção de enxergar novas ideias e oportunidades, porque para desenvolver 
um negócio, o empreendedor sabe que o sucesso só acontece para aquele que trabalha 
muito para alcançar o seu objetivo. Entender e compreender porque alguns negócios dão 
certo e outros não, é primordial para seu aprendizado. Com muita dedicação e esforço, 
degrau por degrau, o conhecimento e a experiência fazem a diferença para poder avaliar e 
escolher um bom negócio. Ter vivência prática ou teórica já é um grande ponto positivo na 
escolha. Enxergar a importância estratégica em detectar tendências, comportamentos e 
mudanças. Além de entender o ambiente econômico, político e social, assuntos 
necessários para elaboração do Plano de Negócios. 
 
Informação é a base de novas ideias, porque a informação está ao alcance de 
qualquer pessoa e em veículos diferentes como: revistas, rádio, televisão, jornais, livros, 
internet, etc. Diante de tantas opções, tantas fontes de informação, identificar uma 
oportunidade não é tarefa fácil. Saber o que pode dar certo ou não, o que pode virar um 
sucesso ou fracasso. 
 
Por que alguns comércios são abertos em determinado local dando certo e outros 
não? Por que os clientes optam por um produto, ao invés de outro mais barato? Qual a 
fórmula do sucesso? Para isto tem que ter foco. 
 
A seguir, três caminhos que o empreendedor pode optar: 
 
 
20 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Entender as necessidades dos clientes e procurar as necessidades não 
atendidas; 
 Observar as deficiências no atendimento das necessidades dos clientes e 
atender melhor. 
 Entender as tendências que mudam as necessidades dos clientes e atender as 
suas novas necessidades. 
 
Crises e transformações, acabam exigindo novos comportamentos dos 
empreendedores para atender as novas necessidades dos clientes, porque eles estão mais 
conectados, mais digitais, mais apressados e por consequência, mais exigentes. 
 
O futuro não será feito amanhã, porque ele está sendo construído hoje. Os 
empreendedores inteligentes, com visão naquilo que pretendem empreender, deve-se levar 
em conta a eficácia, porque muitos são dotados de conhecimento técnico, mas não são 
bons na parte gerencial. Daí a importância da eficácia, para melhor desempenho dos seus 
atos e a escolha no alvo certo para focar as suas energias. 
 
Saber se uma oportunidade é realmente viável, envolvem muitos fatores como o 
conhecimento em que a oportunidade está inserida, o mercado que irá atuar, seus 
diferenciais competitivos e sua concorrência. Mas como identificar e selecionar a melhor 
oportunidade? Toda e qualquer oportunidade, deve ser analisada pelos menos, sobre as 
seguintes questões: 
 Que mercado que ela atende? 
 E quanto ao retorno econômico, o que ela proporcionará? 
 Quais as vantagens competitivas que ela trará ao negócio? 
 Qual a equipe que transformaráessa oportunidade de negócio? 
 Até que ponto o empreendedor está comprometido com o negócio? 
 
Não existe uma regra para saber se a oportunidade é boa ou ruim. Cabe ao 
empreendedor, explorar a oportunidade. 
 
E falando em oportunidade, mais uma ajuda para saber se a sua ideia é viável ou 
não, é utilizar o Canvas. É um método muito recomendado para analisar novos modelos de 
negócios, antes de fazer um plano de negócios detalhado. Business Model Canvas é uma 
 
 
21 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
ferramenta de planejamento estratégico, que permite desenvolver e esboçar modelos de 
negócios já existentes ou novos e vai ajudar na organização de ideias e conhecimentos. 
Foi uma ferramenta desenvolvida em 2009 por Alexander Osterwalder, resultado da sua 
tese de doutorado. 
 
O Canvas vai ajudar a tirar sua ideia do papel e com essa ferramenta, ter uma visão 
mais estratégica, organizando todos os elementos da sua ideia de empreendimento em um 
quadro visual. 
 
O Canvas possui nove blocos. São eles: 
- Proposta de valor: o que sua empresa vai oferecer para o mercado que realmente 
terá valor para os clientes. A etapa de proposta de valor é a celula mater da técnica, 
porque refletimos sobre a real existência da empresa, ou seja, porque ela de fato 
existe. 
- Segmento de clientes: que segmentos serão foco da sua empresa 
- Os canais: como o cliente compra e recebe seu produto/serviço 
- Relacionamento com clientes: como a empresa se relacionará com cada segmento 
de cliente 
- Atividade-Chave: quais são as atividades essenciais para que seja possível 
entregar a proposta de valor. 
- Recursos principais: recursos necessários para realizar as atividades chave. 
- Parcerias principais: são as atividades chave realizadas de maneira terceirizada e 
os recursos principais adquiridos fora da empresa; 
- Fontes de renda: formas de obtenção de receita por meio de propostas de valor; 
- Estrutura de custos: custos necessários para que a estrutura proposta funcione. 
 
Para melhor entendimento, as ideias sendo representadas nos nove blocos, formam 
o conceito do seu negócio, ou melhor, a forma como irá operar e gerar valor ao mercado, 
permitindo uma análise e melhor visualização da sua atuação no mercado. 
 
A partir do Canvas, onde foi definido o seu segmento alvo, deve-se definir a figura 
do Persona que representa de forma mais clara, quem irá se beneficiar de seus 
produtos/serviços. Compreender quem são seus clientes, é essencial para os negócios. 
Assim, com o Persona definido, deve-se fazer o Mapa de Empatia. 
 
 
 
22 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Portanto, outra opção para ajudar a clarear suas ideias, é o mapa de empatia. É uma 
ferramenta bem simples que além de visual, faz você observar as pessoas e como elas se 
comportam (persona), ou seja, o cliente que você irá trabalhar. Enxergar as dores e 
necessidades do seu cliente. 
 
Figura 2.1 – Mapa de Empatia 
 
Fonte: Sebraeminas – Mapa de Empatia 
 
As soluções inovadoras e disruptivas, acabam ganhando destaque, porque trazem 
respostas ao seguinte desafio: resolver as dores da persona e gerar valor para o cliente. 
 
Outro ponto que deve ser levado em consideração, é o timing da ideia, ou seja, o 
momento que a ideia foi gerada. Dando como exemplo empresas de base tecnológica, o 
timing é importante, porque como a tecnologia costuma evoluir muito rapidamente, o ciclo 
de vida do produto de base tecnológica, é cada vez mais curto, acontecendo uma maior 
inovação e agilidade das empresas, para que se mantenham competitivas. A velocidade 
das transformações tecnológicas afetou também a maneira de empreender. Cada vez mais 
recém-formados ou jovens estudantes, procuram no modelo digital, formas de começar um 
 
 
23 Nome da Disciplina 
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negócio e pretender o sucesso. Por isso, alguns mercados, não sendo de tecnologia, 
acabam atuando em menor velocidade, mas o que realmente importa, é o bom serviço 
prestado ao cliente. Isso sim, é prioridade. 
 
O empreendedor, de acordo com Schumpeter, é um agente de processo de 
destruição criativa, ou seja, manifesta-se por meio da formação de pequenas empresas 
inovadoras e agressivas. Como consequência, acabam desafiando empresas 
consolidadas. Às vezes, uma pequena empresa inovadora pode provocar a queda de uma 
empresa grande. Porque a pequena empresa inovadora pode atender às necessidades do 
mercado, o que a empresa já estabelecida no mercado, não atende. Ou seja, é o processo 
da destruição criativa. 
 
2.2. Inovação 
Não seria possível falar de empreendedorismo sem citar a inovação, porque ela é a 
peça-chave para o nascimento e para a manutenção de um empreendimento, porque 
segundo Drucker (1987), a inovação é o instrumento específico do empreendedor. 
 
Com uma grande concorrência acontecendo nos mercados atuais, além da demanda 
dos clientes e seu poder de escolha, forçam as empresas a buscarem uma elevação dos 
níveis de qualidade nos produtos/serviços, e a redução de custos. Para se manter 
competitivo, tem que investir em tecnologia e inovação. Uma empresa pode ser 
considerada inovadora, por causa da sua capacidade de gerar inovação. Com isto, o 
investimento em inovação para o lançamento de novos produtos/serviços, ou mesmo a 
renovação dos já existentes, é motivo para garantir a sobrevivência e abrir novos caminhos 
no mercado. 
 
A inovação é um processo dividido em quatro etapas: geração de ideias, priorização 
de ideias, teste e validação de ideias e o lançamento dessas ideias. Apenas quando esse 
ciclo é completo, que a ideia se transforma em inovação. 
 
Na geração de ideias, é quando se identifica um problema, que impede a empresa 
de entregar valor para o seu cliente e esses problemas, leva à grandes oportunidades. A 
priorização de ideias, deve ser feita de maneira estruturada, com rotinas e tecnologia 
adequada. Quanto a validação e teste de ideias, dependem das hipóteses do mercado, dos 
clientes, da competição e da capacidade de execução. E por fim, o lançamento dessas 
 
 
24 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
ideias. Exemplo: as Casas Bahia, criou um mercado ao oferecer opções de financiamento 
que desse às pessoas de baixa renda, oportunidade de adquirir móveis e eletrodomésticos. 
 
Em um mundo de negócios, cheio de mudanças e transformações, a inovação é a 
solução para muitas situações no tocante à tecnologia e também à produtos novos. A 
expectativa com relação às novidades, tornou a fidelidade dos clientes em relação às 
marcas, diminuída. Para Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) a inovação é o motivo do 
processo de expansão da economia, pois causa um desequilíbrio no mercado, e é 
introduzida por um empreendedor. Com isto, este autor faz uma classificação para as 
principais formas de inovação: 
- Um produto não existente; 
- Um novo método de produção por meio de uma nova descoberta científica; 
- A abertura de um novo mercado; 
- Uma nova fonte de matéria prima 
- Uma nova organização, como a conquista de uma posição de monopólio. 
 
Ou seja, o processo de inovação de uma empresa, está diretamente relacionado ao 
monitoramento das necessidades de mercado, e também a mudança contínua para atender 
as demandas. 
 
A inovação requer fazer algo criativo, novo, diferente. Apesar da inovação ter 
diferentes tipos de conceitos, podemos qualificar da seguinte maneira: Inovação é o 
processo de transformar as oportunidades em novas ideias que tenham amplo uso prático. 
Vale destacar que não se deve confundir a criação de algo novo ou a exploração de novas 
ideias com invenção, porque ela precisa agregar valor e suprir uma necessidade. 
 
E falando em inovação, existem os hubs de inovação, que são iniciativas para gerar 
novos negócios e inovar deforma compartilhada, conhecimentos, habilidades e 
tecnologias. Possuem um espaço físico ou plataformas digitais nas quais empresas jovens, 
geralmente startups, colocam em prática, suas ideias inovadoras Exemplo: o Cubo, que é 
uma iniciativa do Banco Itaú, conectando soluções para construir grandes casos de 
inovação para o mercado. 
 
Portanto, empresas que não inovam, podem estar correndo riscos de fracassar, 
porque é a inovação que mantém vivas as empresas. Isto não afeta somente os novos 
 
 
25 Nome da Disciplina 
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entrantes no mercado, como também as empresas já existentes, inclusive aquelas que um 
dia foram inovadoras, mas por algum motivo, deixaram de ser. A seguir, tipos de Inovação: 
 Inovação Evolucionária: melhora e aperfeiçoa a tecnologia ou produtos de forma 
contínua, de maneira incremental. É a mais utilizada nas empresas porque extrai 
o máximo valor possível de produtos existentes sem a necessidade de fazer 
mudanças significativas ou grandes investimentos Exemplo: as empresas de 
carros que fazem pequenas melhorias em seus modelos e lançam no mercado. 
 
 Inovação Revolucionária: é a inovação que rompe paradigmas. As mudanças 
são rápidas nas tecnologias ou produtos atuais, tornando velho, aquilo que é 
novo, e trazendo soluções e negócios novos. Cria novas expectativas. Ex: 
supermercado utilizando o QR Code 
 
 Inovação disruptiva: começa com um produto ou uma tecnologia mais barata e 
com desempenho inferior para preencher um espaço que as organizações não 
estão dispostas a ocupar, ou seja, quando um produto ou serviço se transforma 
em algo totalmente novo. Ex: Airbnb. 
 
As mudanças e transformações que ocorrem no mundo dos negócios, não é 
suficiente a inovação evolucionária, muito menos a revolucionária. É preciso passar à frente 
das transformações e mudanças e partir para a inovação disruptiva. É o que está 
acontecendo com o mercado hoje. 
 
E com o passar dos anos, a inovação foi se dividindo em mais tipos. As inovações 
podem ser implementadas pelas empresas, segundo Sosnowski (2018): 
 Inovação organizacional: implementação de um novo método organizacional nas 
práticas de negócios da empresa, na organização do seu local de trabalho, ou em 
suas relações externas; 
 Inovação de marketing: mudanças na concepção do produto ou sua embalagem, no 
posicionamento do produto, em sua promoção ou na fixação de preços; 
 Inovação mercadológica: é o processo de construção de valor a partir de uma nova 
ideia ou de uma invenção. Implicando em criação, implantação e adoção de algum 
produto, serviço, processo ou modelo de negócio novo; 
 
 
26 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Inovação aberta: processo pelo qual produtos, serviços e experiências 
desenvolvidas pelas empresas em conjunto com consumidores, comunidade, 
colaboradores, acionistas e fornecedores com o objetivo de gerar inovação para 
criação de valor; 
 Coinovação ou cocriação: arrisca mais fundo na onda da colaboração como forma 
de inovar. O modelo faz referência à participação ativa de clientes, funcionários, 
parceiros na criação de produtos, serviços e experiência. 
 
Estamos num momento de mudanças em que muitas oportunidades são criadas. O 
emprego antes era o sonho da maioria das pessoas, e hoje, em um ambiente de maior 
competição, pensar em ser empreendedor, já é uma realidade para muitos. Ter chance de 
ganhar mais dinheiro, vender uma ideia, transformá-la em uma oportunidade, é muito 
melhor. Podemos dizer que estamos no momento da era do compartilhamento, do consumo 
participativo. Uber e Airbnb são os melhores exemplos de empresas criadas a partir do 
compartilhamento. 
 
A criação de uma empresa de base tecnológica, é o embrião das transformações 
radicais e em futuro bem próximo, poderá ter um papel decisivo na economia brasileira e 
mundial. Elas podem ser criadas via incubadora, com as seguintes vantagens: 
 Produtos ou serviços de alta qualidade; 
 Existência de know-how superespecializado; 
 Flexibilidade estrutural; 
 Proximidade e conhecimento de clientes; 
 Mercado com forte crescimento e tecnologia de ponta; 
 Capital humano. 
 
A Era Industrial deu origem a era da informação para ter vantagem competitiva, 
gerando informação e conhecimento. Todos estamos ficando mais inteligentes, mas a 
quantidade de informações, nos tornam mais ignorantes. 
 
Enfim, o capital humano, o capital intelectual, possuindo mais conhecimento, mais 
informação, mais experiência, pode gerar mais riqueza. 
 
 
 
27 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A figura do empreendedor inovador, surge com força a partir da década de 70. 
Depois disso, criar o próprio emprego é fundamental para a sociedade. A mobilidade e a 
autonomia de saber fazer e fazer serão decisivas para que o crescimento econômico seja 
sustentável a longo prazo. Pessoas mais cultas, comprometidas com a ética e 
responsabilidade social, e por consequência, mais empreendedores com inovação. 
 
É importante destacar que a evolução dos negócios tem levado a uma procura de 
produtos inovadores e exigindo das pessoas, maior formação acadêmica, científica e 
profissional. 
 
A competitividade e a inovação colocam as empresas em desafios como: 
 Uma cultura do saber científico e tecnológico; 
 Um espírito empreendedor e de capacidade de inovação; 
 Capacidade de autoaprendizagem ao longo da vida, criando estímulos para a 
melhoria da produtividade individual e de equipe; 
 Capacidade estratégica e de visão sobre novas oportunidades de negócios ou 
novas atividades; 
 Capacidade de liderança, de organização por processos e de gestão por 
projetos. 
 
Portanto, a necessidade de novos modelos de organização, gestão, produção, com 
o desenvolvimento de novos produtos e serviços, em um modelo de competitividade, 
inovação e empreendedorismo dos seus colaboradores, para não cair no erro da Kodak 
(maior empresa de fotografia do mundo) que por não inovar, faliu em 2012. 
 
As empresas estão cada vez mais unindo forças para desenvolver inovações, como 
parcerias da cadeia de abastecimento ou alianças entre concorrentes, para ter 
oportunidades maiores. 
 
Falando em oportunidade, inovação, necessidade, é importante entender o 
empreendedorismo por necessidade e por oportunidade. O empreendedor nasce a partir 
de um sonho, uma ideia (oportunidade) ou de uma necessidade imediata. 
 
 
 
28 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Com a queda da economia no Brasil e o aumento da taxa de desemprego no país, o 
ato de empreender aumentou muito e com isto, o empreendedorismo por necessidade 
também. O empreendedorismo por necessidade está ligado à necessidade de 
sobrevivência, portanto: são empreendedores que perderam seu emprego ou mesmo 
aqueles que querem complementar sua renda, pela falta de um salário satisfatório de 
trabalho. O empreendedorismo por necessidade geralmente não possui um planejamento 
adequado, se aventurando, na esperança de ter a chance de ganhar seu dinheiro, 
investindo em um pequeno negócio. 
 
Já o Empreendedorismo por oportunidade: são aqueles que identificam uma nova 
oportunidade de negócio, uma oportunidade de explorar uma atividade de sucesso. Sabem 
onde querem chegar, fazem um planejamento prévio, conhecem o mercado, possuem visão 
de negócio, conhecem também seus concorrentes e tudo o mais que foi apresentado neste 
capítulo. Vale ressaltar que o empreendedorismo por oportunidade é considerado o maior 
motivo de abertura de novos negócios. 
 
Silva (2020), apresenta nove perfis de empreendedores, suas características e a 
relação sobre necessidade e/ou oportunidade. Vale ressaltar que as motivações (tanto 
necessidade, quanto oportunidade), são centrais para entender o Empreendedorismo, 
conforme quadro abaixo:Quadro 2.1 - Os nove perfis de empreendedores, suas características e relação com 
a motivação por necessidade ou oportunidade. 
 
Perfil Característica Necessidade ou Oportunidade 
Informal Busca ganhar dinheiro 
imediatamente 
Necessidade 
Cooperado Sua produção é agregada a de 
outros trabalhadores 
Necessidade 
Individual Formalizado, sem perspectiva de 
crescimento 
Necessidade 
Franqueado Comanda um negócio criado por 
outra pessoas 
Necessidade 
Social Busca resolver problemas, gerar 
emprego e renda 
Necessidade 
 
 
29 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Corporativo Cria novos projetos na empresa 
em que trabalha 
Oportunidade 
Público Cria novos projetos na repartição 
pública na qual atua 
Oportunidade 
Conhecimento Utiliza experiência e domínio na 
área para ganhar dinheiro 
Oportunidade 
Negócio Próprio Procuram satisfação pessoal e 
pensam em grande crescimento 
Oportunidade 
 
No próximo capítulo, será apresentado o Plano de Negócios (business plan). Ele é 
um documento de apresentação das empresas no intuito de análise de um financiamento, 
além de ser um documento de planejamento para as empresas tanto de pequeno porte, 
quanto de médio e grande porte, ou seja, uma empresa precisa imaginar como será o seu 
futuro, identificando ameaças e traçando planos para eliminar essas ameaças. 
 
Apesar da importância do plano de negócios no Brasil, ele começou nos Estados 
Unidos por volta da década de 60, quando o assunto planejamento estratégico, tornou-se 
imprescindível para as empresas norte americanas. Inicialmente este documento era 
conhecido como plano mestre ou sistema de planos. O plano era usado como uma 
ferramenta gerencial de resolução sistemática de problemas organizacionais, porque antes, 
os problemas eram na base da tentativa e erro. Com o implemento do planejamento 
estratégico, este documento tornou-se abrangente com objetivos, estratégias, etc. 
 
Porém, o plano de negócios só se tornou conhecido no Brasil, a partir do ano 2000, 
por consequência da importância do Empreendedorismo, principalmente das pessoas que 
estavam interessadas em abrir seu próprio negócio. Além disto, incubadoras de empresas 
passaram a pedir este documento no processo de seleção e investidores privados, 
passaram a exigir este documento para tomada de decisão de investimento. 
 
No final da década de 1990, o desenvolvimento do plano de negócios, começou a 
ser ensinado nas principais faculdades de Ciências e Engenharias, e o curso pioneiro, foi 
Administração de Empresas. 
 
Este plano continua inalterado e não há indicações de que o método de 
desenvolvimento do plano de negócios seja superado pelos próximos anos. O Plano de 
Negócios é o documento que leva a empresa para o futuro e segundo Biagio (2012), “o 
 
 
30 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
maior problema das empresas ao escrever um plano de negócios é empregá-lo com 
fidelidade no futuro”. 
 
À saber, o desempenho das empresas incubadoras é medido pelo cumprimento das 
metas estabelecidas pelo Plano de Negócios, diminuindo riscos e incertezas, identificando 
o potencial de negócio, como também as falhas, erros e ameaças, antes de colocá-lo em 
prática no mercado. É através do plano de negócios é que você poderá analisar se o seu 
negócio é viável ou não. 
 
 
 
31 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. PLANOS DE NEGÓCIOS 
 
Objetivo: 
Entender o que é e para que serve um Plano de Negócios. Conhecer a estrutura de 
um plano de negócios com seus respectivos itens. Além da capa, sumário e sumário 
executivo, também a descrição da empresa e planejamento estratégico. 
 
Introdução: 
A abertura de uma empresa, vem sempre acompanhada de muitas ideias, planos, e 
grandes expectativas. Mas só a intenção não é suficiente para se iniciar um negócio. É 
necessário planejamento, muita análise para transformar a ideia em oportunidade de 
negócio. Além disso, existem dados e informações necessárias, taxas, documentos, 
pesquisas, pessoas, enfim, uma série de decisões a serem tomadas antes de produzir e 
vender. 
 
Muitas pessoas que abrem uma empresa, não conseguem ficar por muito tempo, por 
falta de dinheiro no mercado, escassez de recursos próprios, falta de habilidade 
administrativa, financeira, tecnológica, etc. E para isto, o primordial seria um bom plano de 
negócios. 
 
E o que é um plano de negócios? O termo plano de negócios vem da expressão em 
inglês business plan. É um documento usado para descrever o negócio e serve para que a 
empresa se apresente para os investidores, clientes, fornecedores, parceiros, empregados, 
etc. O plano de negócios tem como objetivo ter uma visão melhor do seu 
empreendimento e testar sua viabilidade economica. Além disto, serve como 
ferramenta de avaliação do desempenho da empresa e também como guia para a tomada 
de decisão. É importante dizer que é uma estratégia empresarial além de simplesmente 
convencer o investidor de que o negócio é viável, tudo porque o plano de negócios hoje é 
muito mais que um documento, ele considera estratégia, mercado, operações, gestão 
financeira, etc. Quando o plano de negócios é feito exclusivamente para atender os 
objetivos de um financiamento, ele deixa de servir como plano de voo, que deve ter 
atualização permanente. 
 
 
 
 
 
32 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Outro ponto importante é saber que o plano de negócios não serve apenas para 
empresas novas, e sim para empresas que já existentes, principalmente quando elas estão 
em crescimento, porque leva o empreendedor a pensar no futuro, avaliando seus riscos e 
oportunidades. Define os pontos fortes e fracos do concorrente; identifica aquilo que agrega 
valor para o cliente, conhecer as vantagens competitivas da empresa, que características 
os clientes procuram nos produtos ou serviços, planejar e implantar uma estratégia de 
marketing, calcular o retorno sobre o capital investido, além da sua lucratividade e 
produtividade, etc. 
 
O plano de negócios deve apresentar a visão do empreendedor, contemplando seu 
sonho, deixando claro seu produto ou serviço. Os empresários que estão dentro de uma 
Incubadora, são obrigados a fazer este documento. 
 
Existem cinco razões básicas para que uma empresa desenvolva um plano de 
negócios. São eles: 
 O empreendedor tem oportunidade única de olhar para o negócio de maneira 
objetiva, crítica e imparcial, ajudando a focalizar as ideias e apresentando a 
viabilidade do empreendimento; 
 O plano de negócios serve como uma ferramenta operacional para definir a 
posição presente e as possibilidades futuras da empresa; 
 O plano de negócios ajuda na administração da empresa, preparando-a para o 
sucesso, sendo uma ferramenta pró-ativa na previsão e na solução dos 
problemas; 
 O plano de negócios é uma ferramenta de comunicação, porque nela são 
definidos os propósitos da empresa, sua estratégia competitiva, suas 
competências e o conhecimento da sua equipe, tornando-se um excelente guia 
para a tomada de decisões; 
 O relatório final do plano de negócios, pode prover a base para uma proposta de 
financiamento. 
 
Muitos empreendedores, após a conclusão do Plano de Negócios, desistem da ideia 
inicial e acabam identificando uma nova oportunidade de negócio mais lucrativa, mais 
rentável, que possa ocasionar mais sucesso. Por isso é tão importante a elaboração de um. 
 
 
 
33 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
As seções que compõem o Plano de negócios costumam ser padronizadas, pois 
cada uma tem seu propósito. Geralmente é dividido em itens para melhor compreensão dos 
vários aspectos envolvidos. Não existe um tamanho ideal e ele pode ser complementado 
com anexos, fotos, mapas, cálculos de custos, certidões e autorizaçõescomo licenças 
ambientais. São documentos que, embora não fundamentais, ajudam a trazer credibilidade 
para o negócio. Existem muitos modelos, mas será apresentado este, para esta disciplina, 
onze itens. São eles: 
 
Capa, Sumário, Sumário Executivo, Descrição da Empresa, Planejamento 
Estratégico, Produtos e Serviços, Análise de Mercado, Plano de Marketing, Plano 
Operacional, Plano de Gestão de Pessoas e Plano Financeiro. 
 
1º CAPA 
Geralmente a capa contém a razão social da empresa, uma logomarca da empresa 
se tiver, nome do projeto, data (mês e ano da elaboração), etc. A capa causa a primeira 
impressão da empresa. 
 
2º SUMÁRIO 
O sumário serve para que o leitor veja as informações rapidamente e deve conter o 
título de cada parte do plano de negócios e a sua respectiva página. Costuma funcionar 
como um índice. 
 
3º SUMÁRIO EXECUTIVO 
É a seção mais importante do plano de negócios. Deve ser direcionado ao seu 
público alvo. É neste local que são apresentados os objetivos de uma forma bem definida, 
apresentando um resumo das principais informações do plano, como por exemplo, a 
localização do negócio e seu ramo de atuação, tempo de existência, quem são seus 
parceiros estratégicos, missão da empresa, capacidade do empreendedor/gestor; 
características do mercado e diferenciais da empresa para atingi-lo; requisitos tecnológicos 
e capacidade produtiva; necessidade de capital e indicadores de viabilidade econômica; e 
de preferência, não ultrapassar três páginas. 
 
 
 
 
 
 
34 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
O sumário executivo é o primeiro item que aparece no documento (obviamente após 
capa, e sumário), e por isso deve ser muito bem escrito de modo a conquistar o leitor, 
apresentando de maneira objetiva a essência do empreendimento e suas potencialidades, 
pois está ligado à geração de interesse imediato. Mas é o último a ser feito. O Sumário 
Executivo é o momento de vender a ideia do seu negócio. 
 
4º DESCRIÇÃO DA EMPRESA 
Inicialmente deve-se definir o ramo de atividades que irá atuar, porque existem 
muitas atividades a serem exploradas, e para isto uma série de fatores influenciam o seu 
ramo de negócios. Deve-se levar em consideração a experiência profissional, analisar o 
mercado fornecedor e o mercado consumidor, escolher os recursos humanos e financeiros, 
uma boa localização e um bom ponto de venda. Para isto vamos começar a estratégia. 
 
 Apresentação da empresa: Neste item, você deve se preocupar com as 
questões legais da empresa. Deve-se descrever a empresa procurando mostrar 
o porquê da sua criação, apresentando a empresa, sua localização, sua história 
e sua situação atual e futura. Enfatizando as características únicas, o seu 
propósito, a natureza dos seus produtos ou serviços e os benefícios que a 
empresa pode trazer ao cliente. Apresentando também sua razão social/nome 
fantasia, o porte da empresa e como estará sendo enquadrada na legislação: 
micro, pequena, média ou grande empresa. 
 Dados da Empresa: ramo de atividade, apresentar seus clientes, o que oferece 
aos clientes e como, área de atuação. 
 Estrutura Legal: Explicar como será feita a distribuição de lucros e de quem é 
a responsabilidade financeira em caso de perda. Para que a empresa seja 
constituída, o contrato social deve ser registrado na Junta Comercial para 
adquirir o CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), depois buscar o 
registro na Prefeitura Municipal (Inscrição Municipal), no qual receberá o Alvará 
de Funcionamento. Para empresas industriais e comerciais, precisa da Inscrição 
Estadual. Se for empresa industrial, devem procurar a legalização do 
empreendimento na Companhia Estadual de Tratamento de Esgotos e 
Saneamento Básico (Cetesb). As instalações devem ser aprovadas pelo Corpo 
de Bombeiros e de acordo com a legislação de zoneamento urbano do Município. 
Importante também se preocupar com o ramo de atividades e seu 
enquadramento dentro das classificações fiscais municipais (referente 
 
 
35 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
pagamento de taxas e tributos). Nem sempre optar pela tributação simples é bom 
negócio para a empresa, principalmente para empresas industriais, pois ele 
perderá o benefício do crédito do ICMS e IPI e a empresa perderá a vantagem 
de operar com preços menores em função de menor tributação. Um advogado 
especializado em tributação poderá orientar sobre a elaboração do contrato 
social. Um prestador de serviços sobre Contabilidade também é essencial. Outro 
serviço que pode ser contratado é o de marcas e patentes. Através do site do 
Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), ou por empresas 
especializadas que conhecem todos os problemas e soluções de burocracia. 
 Equipe Gerencial: A equipe de gestão é o principal foco dos investidores 
quando analisam um plano de negócios. Em uma sociedade, informar por que 
os sócios foram escolhidos. A contribuição de cada um na empresa e suas 
habilidades individuais. Só depois eles avaliam a oportunidade de mercado, a 
ideia inovadora e as perspectivas de altos lucros. Muitos investidores, ao 
receberem um plano de negócios, depois de lerem o Sumário Executivo do 
plano, vão direto para os curriculum vitae da equipe de gestão da empresa 
(anexar estes curriculuns no final do plano de negócios, junto com a cópia do 
contrato social e cópia do CNPJ). Isso porque sem uma equipe de primeira linha, 
qualquer outra parte do plano de negócios dificilmente se concretizará. 
 Localização: a localização influencia muito, dependendo do ramo de atividade, 
como fornecimento de materiais, disponibilidade de mão de obra, proximidade 
com os clientes, etc. Exemplo: Se for indústria, situar em áreas que tenham 
infraestrutura mínima (água, energia, estradas, transportes, etc) se for comércio 
locais onde existam tráfego de pessoas, veículos e principalmente clientes. 
Portanto, é necessário descrever o bairro e o motivo pelo qual esta localização 
foi escolhida. Não se deve levar em consideração somente o valor do aluguel, 
pois tem casos que o cliente ou fornecedor definem o local. Se o local for 
alugado, os valores mensais devem constar no fluxo de caixa. Se for imóvel 
próprio, o valor deve constar na folha de balanço atual e projetado. 
 Manutenção de Registros: indicar o sistema contábil e o motivo da escolha 
deste fornecedor. O responsável pela manutenção dos registros será ou um 
contador externo, ou um contador interno. O objetivo é deixar clara a forma pelo 
qual a empresa arquiva seus registros, levando em conta as questões legais, de 
segurança e também questões em relação às necessidades dos clientes e 
também dos fornecedores. Esta parte de Registros é importante para a empresa, 
 
 
36 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
que pretende implantar a ISO 9000 ou mesmo a ISO 14000, e também para dar 
credibilidade ao cliente, porque qualquer informação sobre produto ou serviço 
será informada precisamente. 
 Seguro: Para que o empreendedor não corra risco de perder todo o investimento 
realizado, é necessário provisionar recursos para o pagamento do seguro anual. 
Todo empreendimento deve contar com uma seguradora, preocupando-se 
principalmente com a cobertura. Exemplo: se for uma seguradora, o seguro deve 
contemplar o uso dos veículos. Porque na visão do analisador do plano de 
negócios, a empresa estará preparada para qualquer tipo de sinistro que venha 
ocorrer. A proteção do patrimônio da empresa, por meio de uma apólice de 
seguro, é a segurança que a empresa tem contra roubo, incêndio e ocorrências 
naturais. O seguro inclui o imóvel, os bens como máquinas, equipamentos, 
computadores, móveis, além das mercadorias produzidas. 
 Segurança: A empresa precisa demonstrar que está preparada para enfrentar 
a desonestidade das pessoas e dos clientes.Portanto, a empresa deverá 
descrever os produtos e processos que deverão estar patenteados (caso 
precise), as marcas registradas, etc. A carteira de clientes deve ser protegida, 
assim como informar sobre a segurança física dos funcionários, para que não 
sejam expostos à situação de risco. Antecipar aos problemas de segurança e 
adotar as medidas adequadas. 
 
5º PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 
O Planejamento Estratégico é composto de técnicas que ajudam as empresas na 
realidade ambiental, estimulando para uma mudança cultural, porque é o item que define 
os caminhos que a empresa irá seguir, como: posicionamento atual, objetivos, metas, 
missão, visão e valores em um período não inferior a cinco anos. Enfim, é uma metodologia 
de posicionamento da empresa frente o mercado, e serve também de alicerce para novas 
implantações de ações da empresa. 
 
Todo empreendedor deve se preocupar com o futuro da sua empresa e fazer o 
planejamento estratégico é necessário para expressar essa preocupação. 
 
A grande vantagem do Planejamento Estratégico é a sua proatividade, porque a 
empresa consegue antecipar os problemas dando alternativas para as consequências. 
Fazer este item, é enxergar as perspectivas da empresa, para o seu futuro. 
 
 
37 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 Missão é a razão de existir da empresa, explicando melhor, é o que ela entrega 
aos seus clientes. A declaração da missão é captar o propósito da empresa e 
traçar um plano, destacando as atividades da empresa, o mercado que ela serve, 
as áreas que atua e seus produtos ou serviços oferecem. 
 
 Visão: a visão da empresa representa as aspirações futuras, ou seja, como a 
empresa gostaria de ser vista no futuro. Ou seja, são as intenções e a direção 
que a empresa pretende chegar lá. Ela representa as esperanças e o sonho da 
empresa, apontando um caminho para o futuro, motivando a empresa a andar 
sempre para frente. 
 
 Valores são como o coração da empresa, e vale ressaltar que a empresa terá 
garantia de sucesso, em função de como seus clientes atribuem seus produtos 
e ou serviços. Pode ser através do valor monetário, ou seja, o quanto seus 
clientes estão dispostos a pagar, pode ser através de sua vantagem competitiva, 
ou seja, seu diferencial competitivo, ficando à frente de seus clientes, e pode ser 
também através de crenças que definem os padrões da empresa, perante 
comunidade, cliente e fornecedores. 
 
 Objetivos: os objetivos estratégicos detalham as estratégias, definindo os 
resultados que a empresa pretende realizar. Exemplos: manter ou aumentar 
participação de mercado; diversificar a linha de produtos; investir em uma nova 
unidade produtiva, etc. 
 
Outro fator importante é em relação ao processo, que alinha a administração da 
empresa com a visão do cliente. Tanto a estrutura hierárquica e suas responsabilidades, 
quanto as relações de operação e a estrutura de processos gera valor. De acordo com 
Michael Porter, a organização gera pelo menos cinco atividades básicas. São elas: 
 
 Logística interna: é a disponibilização dos materiais para a empresa, 
abrangendo recebimento, estocagem, manuseio interno, controle de estoques, 
programação de retirada, devolução de materiais, distribuição interna de 
materiais e armazenamento dos mesmos. 
 
 
38 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
 Operações: ou seja, a transformação dos insumos em produtos, 
compreendendo fabricação, montagem, manutenção, testes em processo, 
embalagem, impressão, etc. 
 
 Logística externa: é o relacionamento da empresa com seus clientes, com 
exceção de vendas. Compreende coleta, armazenamento de produto acabado, 
distribuição física dos produtos, entrega, manuseio de produtos na expedição, 
processamento de pedidos e programação de entrega. 
 
 Marketing e vendas: despertar no cliente a necessidade de obter o produto e 
fazer com que o cliente possa adquirir o produto. Incluem propaganda, 
promoção, força de vendas, relação com canais de vendas e fixação de preço. 
 
 Serviço: é a compra dos insumos empregados na empresa. Como exemplo 
podem ser novos fornecedores, aquisição de diferentes insumos, supervisão dos 
fornecedores. 
 
Esta é a de cadeia de valores do Porter, consideradas primárias, dividindo as 
atividades da empresa. Vale lembrar que o processo de inovação para algumas empresas, 
serve como processo de apoio. Ou seja, a empresa dentro de um mercado altamente 
competitivo, é interessante uma cadeia de valores com a inovação em destaque. 
 
Para a empresa, uma cadeia de valores, é identificar os pontos que a empresa cria 
valor para os seus clientes. 
 
 Competências: as competências neste caso são as habilidades. Se a empresa 
não tiver, ela terá que desenvolver ou adquirir para que o ciclo estratégico seja 
atuante. As habilidades servem para transformar suas atividades na cadeia de 
valores em benefícios para o cliente e devem estar no coração do processo de 
criação e de novas oportunidades de negócios. Já as grandes empresas usam 
o benchmarking comparando suas competências com a de outras empresas. 
 
 
 
39 Nome da Disciplina 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Análise ambiental: o ambiente de uma empresa é dividido em quatro níveis: 
ambiente geral, operacional, intelectual e interno. O ambiente geral possui 
componentes que não estão sob o controle da empresa. Seus componentes são: 
econômico (como os recursos são distribuídos), social (características da 
sociedade onde a empresa está inserida), político (postura governamental), legal 
(regras que as sociedades devem seguir) e tecnológico (processos de produção 
de mercadorias e serviços). O ambiente operacional é parte do ambiente 
externo. Podem ser clientes (são as características e comportamentos de quem 
consomem os produtos/serviços), fornecedores (recursos para a empresa 
operar), concorrentes (características das empresas que buscam os mesmos 
recursos), etc. Ambiente intelectual é formado pelo Capital intelectual que 
compreende o capital humano, o capital estrutural e o capital do cliente. 
Ambiente interno são os fatores que estão dentro da empresa que implicam nas 
ações que a empresa vai atuar e para que as metas sejam atingidas. Portanto é 
muito importante que a empresa acompanhe os fatores macro ambientais que 
são as políticas, sociais, legais, demográficas, tecnológicas e econômicas, 
quanto os fatores micro ambientais que são os canais de distribuição, os 
fornecedores, consumidores, concorrentes, etc. 
 
Dentro do planejamento estratégico, existem muitas ferramentas para a 
análise ambiental, identificando ameaças e oportunidades, no ambiente externo 
e forças e fraquezas no ambiente interno, daí a importância da SWOT. 
 
 Análise SWOT: esta matriz apresenta a análise da situação atual do negócio, 
portanto, sempre que possível, refazer, para atualizá-la sempre. Tem o objetivo 
de ajudar a empresa na identificação de pontos fortes e fracos da mesma. A 
análise do macro ambiente possibilita conhecer oportunidades e ameaças que 
interferem no negócio, mostra como o mercado se apresenta para a empresa. A 
SWOT é uma boa técnica para identificar essas oportunidades e ameaças (do 
ambiente externo), forças e fraquezas da sua empresa (do ambiente interno). A 
sua estratégia é eliminar os pontos fracos em áreas que possam ocorrer riscos 
e por consequência fortalecer os pontos fortes, identificando as oportunidades. 
Eliminando os pontos fracos, otimizando as oportunidades, para que sejam 
definidos os objetivos e suas respectivas metas. 
 
 
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Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
As metas devem ser SMART, ou seja, específicas, mensuráveis, atingíveis, 
relevantes e temporais. 
 
 Formulação e implementação da estratégia: a empresa deve escolher a 
melhor forma de atuar

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