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DISCIPLINA: CUIDADO AO IDOSO 
ENFERMAGEM 7 SEMESTRE 
Enf. Thaianna Imbiriba 
 
O envelhecimento é um processo normal acompanhado por 
alteração progressiva das respostas adaptativas homeostáticas do corpo. 
Ele provoca alterações observáveis na estrutura e na função e aumenta a 
vulnerabilidade a estressores ambientais e a doenças.(TORTORA, 2016) 
O envelhecimento representa o conjunto de consequências ou os 
efeitos da passagem do tempo. Pode ser considerado biologicamente 
como a involução morfofuncional que afeta todos os sistemas fisiológicos 
principais, de forma variável. (MORAES; MORAES; LIMA, 2010) 
Os “genes do envelhecimento” fazem parte da programação 
genética ao nascimento. Esses genes têm uma função importante nas 
células normais, mas suas atividades diminuem ao longo do tempo. Eles 
causam envelhecimento por diminuírem ou pararem os processos vitais. 
(TORTORA, 2016) 
À medida que se envelhece, os sistemas do corpo humano sofrem 
alterações morfológicas e funcionais, que geram perda gradual dos 
mecanismos que mantêm a homeostasia do organismo, caracterizando o 
processo de envelhecimento (KANE et al., 2015 apud MATIELLO 2021). 
Essas alterações iniciam geralmente no início da vida adulta, mas se 
intensificam à medida que os anos passam. 
Outro aspecto do envelhecimento envolve os telômeros, 
sequências específicas de DNA encontradas apenas nas extremidades 
de cada cromossomo. Esses pedaços de DNA evitam que as 
extremidades dos cromossomos sofram erosão eque elas se liguem umas 
às outras. Entretanto, na maior parte das células normais do corpo, cada 
ciclo de divisão celular encurta os telômeros. (TORTORA, 
2016) 
O envelhecimento pode ser observado nos níveis molecular, celular 
e do organismo – do micro ao macro. Se um tecido tem muitas células 
com telômeros encurtados, esse tecido começa a ter muita morte celular 
e entra em colapso, comprometendo sua função. Em doenças bem 
conhecidas como o Parkinson e o Alzheimer, é observado um grande 
número dessas células senescentes (em processo de morte) no sistema 
nervoso central. (TUANA, 2016 apud DUTRA; CORREA, 2018) 
Eventualmente, após muitos ciclos de divisão celular, os telômeros 
podem desaparecer completamente e, até mesmo, alguma parte do 
material funcional do cromossomo pode ser perdida. Essas observações 
sugerem que a erosão do DNA nas extremidades dos cromossomos 
contribui vastamente para o envelhecimento e para a morte das células. 
(TORTORA, 2016) 
 
1.1 Teorias do envelhecimento 
A manifestação do processo de envelhecimento ao longo da vida é 
variável entre os indivíduos e, por esse motivo, a busca pelo entendimento 
do processo de envelhecimento deu origem a inúmeras definições e 
várias vertentes, cada uma delas com características específicas. 
Acredita-se que o ato de envelhecer é um processo complexo e 
multifatorial, no qual vários sistemas interagem e operam 
simultaneamente. (CZARNABAY,2017) 
Teoria do relógio biológico ou teoria genética (Fassheber,2017) 
Seria, do nascimento até a morte, geneticamente programado pelos genes o 
tempo de vida. Com o envelhecimento cronológico cutâneo, ocorre a alteração do 
material genético por meio de enzimas, as alterações proteicas e o decrescimento 
da propagação celular. 
Logo, o tecido perde a elasticidade, a competência de regular as trocas aquosas 
e a replicação do tecido se torna menos eficiente. 
É o resultado da danificação de moléculas, células e tecidos, os quais 
gradativamente perdem a capacidade de se adaptar ou de reparar um dano. 
 
Enfim, a velocidade que um indivíduo envelhece está predeterminada pele seu 
gene, determinando quanto tempo suas células irão viver. 
Teoria da multiplicação celular (Fassheber,2017) 
Todos os organismos são formados por células e estas surgem apenas por 
divisão de células preexistentes. Essa teoria defende que todas as células do 
organismo, exceto as cerebrais, se multiplicam e essa capacidade vai declinando 
progressivamente ao longo da vida, ocasionando o envelhecimento celular. 
Teoria das reações cruzadas de macromoléculas (Fassheber,2017) 
O organismo é formado por inúmeras moléculas e, por reações cruzadas, perdem 
suas características e alteram a pele, dando sinais de envelhecimento. Apresenta 
o colágeno como elemento de maior abundância no organismo e este é o alvo 
das reações cruzadas. 
Teoria dos radicais livres (Fassheber,2017) 
Radicais livres são moléculas instáveis, cuja órbita externa não está pareada, pois 
perdeu um elétron de sua camada externa. Essa situação sugere alta 
instabilidade energética e cinética e, para se sustentarem estáveis, carecem de 
doação ou retirada de um elétron de outra molécula. 
A concepção de radicais livres conduz ao estresse oxidativo, processo no qual 
estes iniciarão uma cadeia de reações, originando alterações em proteínas 
extracelulares e modificações celulares. 
 
2 BIOQUÍMICA DO ENVELHECIMENTO 
Balcombe e Sinclair (2001 apud TEIXEIRA, GUARIENTO, 2010) 
afirmam que os termos envelhecimento e senescência são usados como 
sinônimos porque ambos se referem às alterações progressivas que 
ocorrem nas células, nos tecidos e nos órgãos. O envelhecimento 
biológico é um processo que se inicia no nascimento e continua até que 
ocorra a morte. 
O termo senescência descreve um período de mudanças 
relacionadas à passagem do tempo que causam efeitos deletérios no 
organismo. A senescência representa um fenótipo complexo da biologia 
que se manifesta em todos os tecidos e órgãos. Esse processo afeta a 
fisiologia do organismo e exerce um impacto na capacidade funcional do 
indivíduo ao torná-lo mais suscetível às doenças crônicas. (TEIXEIRA, 
GUARIENTO, 2010) 
A senescência abrange todas as alterações produzidas no 
organismo de um ser vivo – seja do reino animal ou vegetal – e que são 
diretamente relacionadas a sua evolução no tempo, sem nenhum 
mecanismo de doença reconhecido. (JACOB FILHO, 2020 apud SBGG, 
2020) 
São alterações pelas quais o corpo passa e que são decorrentes 
de processos fisiológicos, que não caracterizam doenças e são comuns a 
todos os elementos da mesma espécie, com variações biológicas. São 
exemplos de senescência a queda ou o embranquecimento dos cabelos, 
a perda de flexibilidade da pele e o aparecimento de rugas. (JACOB 
FILHO, 2020 apud SBGG, 2020) 
 
3 ENVELHECIMENTO E SISTEMA TEGUMENTAR 
 
O envelhecimento cutâneo é decorrente de fatores intrínsecos e 
extrínsecos (fotoenvelhecimento). Os fatores intrínsecos são de natureza 
genética, os quais aparecem ao longo da vida, promovendo 
transformações e implicações inevitáveis decorrentes do processo de 
envelhecimento, em que a pele vai perdendo a capacidade de 
regeneração, resultando no surgimento de flacidez, rugas e linhas de 
expressão; os fatores extrínsecos são causados por exposição solar, 
tabagismo, bebidas alcoólicas, sedentarismo, agrotóxicos, má 
alimentação, entre outros. (FASSHEBER, 2018) 
A maior parte das modificações relacionadas com a idade começa 
por volta dos 40 anos e ocorre nas proteínas da derme. Fibras colágenas 
na derme começam a diminuir em quantidade, se tornam mais rígidas, se 
quebram e se desorganizam em uma rede emaranhada e sem formato. 
As fibras elásticas perdem um pouco de sua elasticidade, se aglomeram 
e se desgastam, um efeito que é bastante acelerado na pele de fumantes. 
O número de fibroblastos, que produzem tanto fibras colágenas quanto as 
elásticas, diminui. Como resultado, a pele forma cristas característicos 
conhecidos como rugas. (TORTORA, 2016) 
A produção de suor diminui, o que provavelmente contribui para o 
aumento de incidência de insolação nos idosos. Ocorre diminuição do 
número de melanócitos funcionais, resultando em cabelo grisalho e 
pigmentação atípica da pele. A perda de pelos aumenta com a idade 
conforme os folículos pilosos deixam de produzir pelos. (TORTORA,2016) 
Cerca de 25% dos homens começam a apresentar sinais de perda 
de cabelo aos 30 anos de idade e cerca de dois terços apresentam perda 
significativa de cabelo aos 60 anos de idade. Tanto homens quanto 
mulheres desenvolvem padrões de perda de cabelo. O aumento do 
tamanho de alguns melanócitos produz áreas pigmentadas (manchas 
senis ou melanose solar). (TORTORA, 2016) 
As paredes dos vasos sanguíneos na derme ficam mais espessas 
e menos permeáveis e é perdido tecido adiposo subcutâneo. A pele 
envelhecida (especialmente a derme) é mais fina do que a pele jovem e a 
migração de células da camada basal para a superfície epidérmica diminui 
consideravelmente. Com o início da velhice, a pele cicatriza pouco e se 
torna mais suscetível a condições patológicas como o câncer de pele e os 
hematomas. (TORTORA, 2016) 
4 ENVELHECIMENTO E TECIDO ÓSSEO 
Desde o nascimento até a adolescência, mais tecido ósseo é 
produzido do que perdido durante a remodelação óssea. Em adultos 
jovens, as taxas de deposição e reabsorção óssea são mais ou menos as 
mesmas. Com o declínio do nível dos hormônios sexuais na meiaidade, 
especialmente depois da menopausa, ocorre diminuição da massa óssea 
porque a reabsorção óssea realizada pelos osteoclastos ultrapassa a 
deposição óssea feita pelos osteoblastos. (TORTORA, 2016) 
Shephard (2003) afirma que, com o envelhecimento, os ossos dos 
idosos tornam-se progressivamente mais vulneráveis a fraturas, pois 
mostram uma perda progressiva, tanto de minerais quanto de matriz 
óssea. (apud FECHINE; TROMPIERI, 2012) 
Durante o processo do envelhecimento, o indivíduo perde osso, 
tornando-se mais finos e suscetíveis de sofrerem fraturas, 
desencadeando, dentre outros problemas, osteoporose, a qual é uma 
doença de perda óssea progressiva. A genética, a menopausa, os maus 
hábitos e alguns medicamentos contribuem para o surgimento da 
osteoporose. Percebe-se uma atrofia óssea por reabsorção, como o osso 
da arcada dentária. (FASSHEBER,2013) 
O envelhecimento exerce dois grandes efeitos sobre o tecido ósseo: perda 
de massa óssea e fragilidade. A perda de massa óssea resulta da 
desmineralização, que consiste na perda de cálcio e outros minerais da matriz 
óssea extracelular. Essa perda normalmente começa depois dos 30 anos nas 
mulheres, acelera bastante por volta dos 45 anos com a diminuição dos níveis 
de estrogênio e persiste, com cerca de 30% do cálcio dos ossos perdidos por 
volta dos 70 anos. (TORTORA, 2016) 
Em condições fisiológicas, a matriz óssea é sintetizada por células 
chamadas de osteoblastos, que são responsáveis pela produção dos 
componentes de sustentação do osso. Ao mesmo tempo, parte dessa 
matriz é reabsorvida por células chamadas de osteoclastos, que 
degradam a matriz óssea. Esse processo é chamado de remodelamento 
ósseo, acontece fisiologicamente e permite a integridade do tecido ósseo, 
pela substituição de osso antigo por osso jovem (MALLOY-DINIZ; 
FUENTES; COSENZA, 2013 apud MATIELLO, 2021). 
O segundo grande efeito do envelhecimento sobre o sistema 
esquelético, a fragilidade, decorre de uma taxa mais baixa da síntese de 
proteína. A perda da resistência à tração faz com que os ossos se tornem 
muito frágeis e suscetíveis à fratura. Em algumas pessoas idosas, a 
síntese de fibras de colágeno é mais lenta, em parte devido à produção 
menor do hormônio de crescimento. Além do aumento da suscetibilidade 
a fraturas, a perda de massa óssea também ocasiona deformidade, dor, 
diminuição da altura e perda dos dentes. (TORTORA, 2016) 
5 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA ARTICULAR 
 
De acordo com Barbosa (2012) o conjunto de estruturas que servem 
como meio de união entre dois ou mais ossos ou partes rígidas do 
esqueleto formam as articulações, as quais reunidas constituem o 
sistema articular. 
Em geral, o envelhecimento ocasiona a redução da produção de 
líquido sinovial nas articulações. Além disso, a cartilagem articular se 
torna mais fina com o avanço da idade e os ligamentos encurtam e 
perdem parte da flexibilidade. Os efeitos do envelhecimento sobre as 
articulações são influenciados por fatores genéticos e pelo uso e 
desgaste, além de variar de maneira considerável de uma pessoa para 
outra.(TORTORA, 2016) 
Todavia, o tecido articular é, segundo Malloy-Diniz, Fuentes e Cosenza 
(2013), o tecido mais prejudicado pelo processo de envelhecimento 
fisiológico, o que justifica a grande prevalência de doenças articulares em 
pacientes idosos. Isso se deve, em grande parte, ao fato de o tecido 
articular ser fisiologicamente, em condições normais, um tecido que 
apresenta baixo metabolismo e pouca vascularização, o que o torna uma 
estrutura com capacidade de reparação limitada — quando se considera 
o processo de envelhecimento, esta capacidade de reparação se estreita 
ainda mais.(apud MATIELLO,2021) 
Embora as alterações degenerativas nas articulações possam 
começar cedo, por volta dos 20 anos de idade, a maior parte das 
alterações não acontecem tão cedo. Por volta dos 80 anos, quase todo 
mundo desenvolveu algum tipo de degeneração nos joelhos, cotovelos, 
quadris e ombros. Também é comum o desenvolvimento por indivíduos 
idosos de alterações degenerativas na coluna vertebral, produzindo uma 
postura curvada e pressão sobre as raízes nervosas. 
(TORTORA, 2016) 
No envelhecimento cartilaginoso, a rede colágena se torna cada 
vez mais rígida, paralelamente ao fato de apresentar níveis elevados de 
pentosidina, cujos produtos finais de glicação se acumulam com a idade. 
Tanto na cartilagem velha quanto naquela experimentalmente enriquecida 
com produtos finais de glicação, a taxa da síntese dos proteoglicanos é 
inversamente proporcional ao grau de glicação. Assim, o aumento idade-
relacionada dos produtos de glicação na cartilagem pode ser responsável, 
em parte, pelo declínio na capacidade de síntese cartilaginosa. (ROSSI, 
2008) 
De acordo com Ribeiro, Alves e Meira (2009 apud PINHEIRO, 
BARRENA e MACEDO, 2019), com o envelhecimento há a diminuição da 
produção de líquido sinovial e adelgaçamento do tecido, como também os 
tendões e ligamentos tornamse menores e menos flexíveis, o que leva à 
menor amplitude de movimento articular. As articulações sinoviais são as 
mais acometidas, uma vez que, joelhos, quadris, punhos os e cotovelos 
são mais afetados durante o envelhecimento. Isso ocorre devido ao fato 
de que essas articulações podem apresentar até sete movimentos 
fundamentais que são: flexão, extensão, abdução, adução, rotação 
medial, rotação lateral e circundução, movimentos esses realizados 
repetidamente durante toda a vida do indivíduo. 
Nos discos intervertebrais, a degeneração aumenta com o 
envelhecimento, aumentando assim as a fibronectina e seus fragmentos, 
substâncias que estimulam as células para a produção de 
metaloproteases e citocinas que inibem a síntese da matriz intercelular. A 
degeneração discal compreende rupturas estruturais grosseiras e 
alterações na composição da matriz. (ROSSI, 2008) 
Há evidências de que sobrecargas mecânicas moderadas e 
repetidas, sobretudo nos discos de indivíduos dos 50 aos 70 anos, 
possam ser a causa inicial do processo. Por outro lado, crescem 
evidências de que fatores genéticos desempenhem importante papel na 
patogênese da degeneração discal na velhice. (ROSSI, 2008) 
 
 
6 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA MUSCULAR 
O movimento do corpo é resultado da alternância entre contração 
e relaxamento dos músculos, que constituem 40 a 50% do peso corporal 
total do adulto (dependendo do percentual de gordura, do sexo e da 
intensidade da atividade física). A força muscular reflete a função primária 
do músculo – a transformação de energia química em energia mecânica 
para gerar força, realizar trabalho e produzir movimento. Além disso, os 
tecidos musculares estabilizam a posição do corpo, regulam o volume dos 
órgãos, geram calor e impulsionamlíquidos e alimentos pelos vários 
sistemas do corpo. (TORTORA, 2016) 
Diversas evidências têm apontado para o fato de que o 
envelhecimento está associado a um progressivo declínio na massa 
muscular, fenômeno conhecido como sarcopenia. A sarcopenia afeta 
diretamente a arquitetura muscular, reduzindo a área de seção transversa 
anatômica (ASTA), comprimento das fibras musculares, volume e ângulo 
de penação dos músculos, além de reduzir a capacidade de produção de 
força específica, ou seja, a força produzida por unidade de massa 
muscular. (HEPPLE, 2003; NARICI et al, 2003; apud BAPTISTA; VAZ, 
2009) 
Entre as alterações tipicamente ligadas ao envelhecimento do 
aparelho locomotor devem ser lembradas alterações tróficas e 
metabólicas, principalmente a sarcopena e a osteoporose, as alterações 
anátomodegenarativas, representadas pela osteoartrose e pelas 
alterações tróficas dos pés, pelas alterações inflamatórias, autoimunes e 
traumáticas. Estes problemas do aparelho locomotor estão ligados a 
alterações comuns envelhecimento que explicam boa parte de sua 
fisiopatologia e de suas principais complicações.(LEME, 2017) 
Entre as idades de 30 e 50 anos, os seres humanos sofrem perda 
lenta e progressiva de massa muscular esquelética que é substituída em 
grande parte por tecido conjuntivo fibroso e tecido adiposo. Estima – se 
que 10% da massa muscular sejam perdidos durante esses anos. Em 
parte, esse declínio pode ser decorrente de níveis reduzidos de atividade 
física. A perda de massa muscular é acompanhada por diminuição na 
força máxima, redução dos reflexos musculares e perda de flexibilidade. 
Com o envelhecimento, a quantidade relativa de fibras oxidativas 
lentas (OL) parece aumentar, o que pode ser consequência da atrofia dos 
outros tipos de fibras ou da sua conversão para fibras oxidativas lentas. 
Em geral, outros 40% de músculo são perdidos entre as idades de 50 e 
80 anos. (TORTORA, 2016) 
Outra situação evidenciada em idosos que contribui para as 
alterações musculares é a inatividade física. O desuso secundário à 
inatividade física, muito comum durante o envelhecimento, contribui para 
o declínio da massa e da função muscular. Observa-se modificações 
particulares nas fibras musculares relacionadas ao tipo de fibra. Mesmo 
sendo evidenciadas alterações em todas as fibras musculares com o 
envelhecimento, as fibras de contração rápida (tipo II) reduzem em 
número e volume de maneira mais intensa; enquanto as fibras de 
contração lenta (tipo I), mesmo apresentando perdas, são menos afetadas 
(REBELATTO; MORELLI, 2007 apud MATIELLO, 2021) 
A perda de força muscular normalmente não é percebida pelas 
pessoas até chegarem aos 60 a 65 anos de idade. A essa altura, é mais 
comum que os músculos dos membros inferiores enfraqueçam antes dos 
músculos dos membros superiores. Assim, a independência dos idosos 
pode ser afetada quando se torna difícil subir escadas ou levantarse a 
partir da posição sentada. (TORTORA, 2016) 
 
 
6.1 Sarcopenia 
Modificações morfológicas na unidade músculo-tendão como a 
sarcopenia ou a diminuição da rigidez tendínea reconhecidamente 
causam alterações de suas propriedades mecânicas. As propriedades 
mecânicas dos músculos determinam sua capacidade de produção de 
força em diferentes comprimentos e velocidades, podendo assim 
influenciar de maneira significativa as atividades de vida diária dos seres 
humanos, independente da faixa etária. (LIEBER, FRIDÉN, 2000 apud 
BAPTISTA, VAZ, 2009) 
Segundo alguns autores, o processo de sarcopenia começa 
aproximadamente a partir dos 50 anos de idade. Quando indivíduos 
idosos são submetidos a um programa de treinamento de força, os efeitos 
deletérios do envelhecimento são contrabalançados, sugerindo que 
grande parte dos mecanismos relacionados à sarcopenia são decorrentes 
do sedentarismo. (HAKKINEN, et al, 1998; HUNTER, MCCARTHY, 
BAMMAN, 2004 apud BAPTISTA, VAZ, 2009) 
 A sarcopenia do idoso pode ser causada por alterações hormonais 
e fisiológicas do próprio envelhecimento, por doenças que ocorrem 
frequentemente na velhice, mas também está associada ao sedentarismo 
e à má alimentação. Em pessoas saudáveis, a diminuição da massa 
magra geralmente inicia-se após os 30 anos de idade, com perdas em 
torno de 1% a 2% ao ano. Sem medidas preventivas, idosos com 80 anos 
de idade podem ter somente 50% de sua massa muscular da juventude. 
(RIBEIRO, 2017) 
A perda de massa muscular costuma demorar para ser percebida. 
Alguns dos primeiros sinais, no entanto, são: (RIBEIRO, 2017) 
• Dificuldade em realizar atividades físicas, anteriormente 
consideradas fáceis, como subir escada, trocar uma lâmpada e 
carregar malas ou compras. 
• Desequilíbrio ao andar em terrenos acidentados, como ruas com 
desníveis e buracos. 
• Quedas constantes, geralmente, quando a perda muscular já está 
em estado avançado. 
7 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA ENDÓCRINO 
As mudanças que ocorrem no sistema endócrino relacionadas ao 
envelhecimento são, entre outras, as alterações tireoidianas, que se 
caracterizam por diminuição da vascularização desta glândula e aumento 
do tecido conjuntivo entre os seus folículos (aumentando a incidência de 
nódulos), podendo levar a disfunções hormonais, especialmente nas 
mulheres, causando o hipotireoidismo (baixa função hormonal), ou o 
hipertireoidismo (alta função hormonal). (CAMBIAGHI et al, 2018) 
Com o envelhecimento, o nível sanguíneo de PTH sobe, talvez 
devido à ingestão inadequada de cálcio na dieta. Tanto o nível de calcitriol 
quanto de calcitonina são menores em pessoas mais idosas. Juntas, a 
elevação no nível de PTH e a queda do nível de calcitonina acentuam a 
diminuição relacionada com a idade da massa óssea que predispõe à 
osteoporose e ao risco mais alto de fraturas.(TORTORA, 2016) 
As glândulas suprarrenais contêm cada vez mais tecido fibroso e 
produzem menos cortisol e aldosterona com o avanço da idade. 
Entretanto, a produção de epinefrina e norepinefrina continua normal. 
Com o envelhecimento, o pâncreas libera insulina mais devagar e a 
sensibilidade dos receptores de glicose diminui. Em consequência disso, 
os níveis sanguíneos de glicose em pessoas mais idosas aumentam com 
mais rapidez e retornam ao normal mais lentamente em comparação aos 
indivíduos mais jovens. .(TORTORA, 2016) 
Os ovários reduzem de tamanho com a idade e não respondem 
mais às gonadotrofinas. A resultante produção menor de estrogênios 
contribui para condições como osteoporose, elevação do nível sanguíneo 
de colesterol e aterosclerose. Os níveis de FSH e LH estão altos devido à 
menor inibição por feedback negativo dos estrogênios. Embora a 
produção de testosterona pelos testículos diminua com a idade, em geral, 
os efeitos não são evidentes até uma idade bem avançada e muitos 
homens idosos conseguem, ainda, produzir espermatozoides ativos em 
quantidade normal, mesmo havendo mais espermatozoides 
morfologicamente anormais e com diminuição da motilidade. 
.(TORTORA, 2016) 
8 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA 
CIRCULATÓRIO/CARDIOVASCULAR 
Com a idade ocorrem alterações na anatomia, fisiologia e nos 
conceitos de normalidade cardiovascular atribuídos à população mais 
jovem mesmo na ausência de doenças. A diminuição da elasticidade das 
artérias, comprometimento da condução do estimulo elétrico e diminuição 
da distensibilidade do coração, que, em alguns casos, podem causar 
arritmias, além de redução na função adaptativa da pressão, diminuindo 
a adaptação postural (MENDES et al., 2008; WAJNGARTEN et al., 2010 
apud SILVA,PINTO, 2018). 
As alterações mais presentes decorrentes da senescência humana 
no sistema vascular são a rigidez arterial e a disfunção endotelial. A 
rigidez vascular ao longo do envelhecimento, caracteriza-se pela 
degradação da elastina e o aumento do colágeno na parede vascular, 
resultando numa perda da elasticidade, para comportaro bombeamento 
intenso do sangue por parte do coração, e o estacionamento dessa 
inelasticidade pelo acúmulo do colágeno (SHINMURA, 2016 apud 
RODRIGUES et al 2020). 
Considerando algumas estruturas especificas do coração, o 
processo de envelhecimento causa alterações distintas em cada uma 
delas. Segundo Freitas e Py (2016), no pericárdio observa-se um 
espessamento difuso, principalmente na parte esquerda do coração, 
sendo comum o aparecimento do aumento de gordura epicárdica. No 
miocárdio, observam-se alterações semelhantes às que ocorrem nas 
estruturas vasculares, com aumento de colágeno e redução de elastina. 
No endocárdio, camada mais interna do coração, observa-se 
espessamento, com proliferação de fibras de colágeno.(apud MATIELLO, 
2021) 
O colesterol total do sangue tende a aumentar com a idade, assim 
como a lipoproteína de baixa densidade (LDL); a lipoproteína de alta 
densidade (HDL) tende a diminuir. Há aumento da incidência de doença 
da artéria coronária (DAC), a principal causa de cardiopatia e morte em 
idosos norteamericanos. A insuficiência cardíaca congestiva (ICC), um 
conjunto de sinais/sintomas associados ao comprometimento no 
bombeamento do coração, é também prevalente nos idosos. As 
alterações nos vasos sanguíneos que irrigam o tecido encefálico – por 
exemplo, a aterosclerose – reduzem os nutrientes para o encéfalo e 
resultam em disfunção ou morte das células encefálicas.(TORTORA, 
2016) 
 
 
Em relação às mudanças funcionais, observa-se uma pequena 
redução da frequência cardíaca de repouso, em torno de 10%, em idosos, 
associada a aumento do volume diastólico final; enquanto outros 
parâmetros, como fração de ejeção e débito cardíaco, praticamente não 
sofrem alterações (PERRACINI; FLÓ, 2009 apud MATIELLO, 2021). 
 
9 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA RESPIRATÓRIO 
Com o avançar da idade, as vias respiratórias e os tecidos do 
sistema respiratório, incluindo os alvéolos, se tornam menos elásticos e 
mais rígidos; a parede do tórax também se torna mais rígida. O resultado 
é diminuição na capacidade pulmonar. Na verdade, a capacidade vital (o 
volume máximo de ar que pode ser expirado após uma inspiração 
máxima) pode diminuir em até 35% aos 70 anos. Ocorre diminuição no 
nível sanguíneo de O2, redução na atividade dos macrófagos alveolares 
e diminuição na ação ciliar do epitélio que reveste o trato respiratório. 
(TORTORA, 2016) 
As alterações morfofuncionais acometem tanto o pulmão, como 
outras estruturas envolvidas direta ou indiretamente no funcionamento 
respiratório. As principais alterações no aparelho respiratório são: (UNA-
SUS, 2013) 
• Diminuição complacência da parede torácica; 
• Diminuição de força da musculatura respiratória; 
• Perda de elasticidade pulmonar, ocasionando aumento da 
complacência alveolar, colapso de vias aéreas 
menoresrepresamento de ar; 
• Colapso de vias aéreas menores, ocasionando 
desigualdade de ventilação e perfusãodeclínio da PO2(0,3-
0,4 mmHg/ano); 
 
 
À medida que essas alterações acontecem, o sistema respiratório 
torna-se mais suscetível a afecções pulmonares, aumentando não 
apenas a incidência, como também a gravidade das afecções. Contudo, 
mesmo com essas modificações, o sistema respiratório ainda mantém a 
sua capacidade em realizar trocas gasosas, salvo em situações em que 
há doenças associadas que comprometam essa função.(MATIELLO, 
2021) 
Em decorrência desses fatores relacionados com a idade, os 
idosos são mais suscetíveis a pneumonia, bronquite, enfisema pulmonar 
e outras doenças pulmonares. Mudanças relacionadas com a idade na 
estrutura e nas funções do pulmão também podem contribuir para a 
redução na capacidade de uma pessoa idosa de realizar exercícios 
vigorosos, como corridas.(TORTORA, 2016) 
 
 
10 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA GENITURINÁRIO 
No período de 25 a 85 anos, aproximadamente 40% do néfrons 
ficam escleróticos, o restante sofre hipertrofia. Além disso, ocorre atrofia 
da arteríola aferente e eferente e redução das células tubulares, 
provocando um fluxo plasmático renal diminuído em 50%. (UNA-SUS, 
2013) 
Com o envelhecimento, os rins diminuem de tamanho e o fluxo 
sanguíneo renal assim como a filtração sanguínea diminuem. Estas 
mudanças no tamanho e na função renal parecem estar ligadas à redução 
progressiva no suprimento sanguíneo para os rins conforme o indivíduo 
envelhece. Do mesmo modo, o fluxo sanguíneo renal e a Taxa de 
Filtração Glomerular diminuem em 50% entre os 40 e 70 anos de idade. 
Aos 80 anos, aproximadamente 40% dos glomérulos não estão 
funcionando e, portanto, a filtração, a reabsorção e a secreção 
diminuem.(TORTORA, 2016) 
Além disso, os túbulos e o interstício também são afetados pelo 
envelhecimento, de havendo menor capacidade de concentrar e diluir a 
urina, em razão de fibrose intersticial e de redução no volume, no número 
e no comprimento dos túbulos. Isso causa uma propensão ao 
desequilíbrio acidobásico do organismo, predispondo a quadros de 
desidratação em idosos. (MATIELLO, 2021) 
 
Nos idosos a produção de creatinina diminui com a idade e a sua 
secreção nos túbulos renais aumenta. Desta forma, apesar da redução da 
TFG nos rins dos idosos, o nível sérico de creatinina mantém-se 
inalterado, o que se torna numa limitação para o seu uso como marcador 
de função renal. E apesar da redução da TFG no envelhecimento, este 
demonstra também um nível sérico de ureia normal pelo aumento da 
excreção urinária de ureia. (KANASAKI; KITADA; KOYA apud, 2012; 
MUSSO, 2015 apud LONGRAS,2016) 
Em decorrência daredução na sensação de sede com a idade, os 
indivíduos idosos também são sensíveis à desidratação. Alterações 
vesicais que ocorrem com o envelhecimento incluem uma redução no 
tamanho e na capacidade da bexiga e o enfraquecimento dos músculos. 
As infecções urinárias são mais comuns nos adultos mais velhos, assim 
como poliúria (produção excessiva deurina), nictúria (micção excessiva à 
noite), aumento da frequência urinária (polaciuria), a disúria (dor à 
micção), retenção ou incontinência urinária e hematúria.(TORTORA, 
2016) 
 
11 O ENVELHECIMENTO E O SISTEMA NERVOSO CENTRAL 
O sistema biológico mais comprometido com o envelhecimento é o Sistema 
Nervoso Central (SNC), responsável pelas sensações, movimentos, funções 
psíquicas (vida de relações) e pelas funções biológicas autônomas. (CANÇADO 
E HORTA, 2002 apud FECHINE; TROMPIERI, 2012). 
O sistema nervoso central (SNC), embora tenha evoluído 
filogeneticamente há milhões de anos, só recentemente adquiriu 
propriedades anatômicas e moleculares altamente especializadas. Os 
neurônios, unidades formadoras desse sistema, possuem estabilidade de 
estrutura, atributo este que é pré-requisito para a cognição. Essa 
propriedade torna o SNC apto ao acúmulo de informações do presente, à 
lembrança do passado e à formulação de novos conceitos. O SNC é 
incapaz de realizar reparos nas alterações morfológicas adquiridas com o 
envelhecimento.(MORAES;MORAES;LIMA, 2010) 
Do ponto de vista anatômico, observa-se redução das 
circunvoluções e ampliação dos sulcos cerebrais e uma redução 
importante da função dos neurotransmissores. Essas alterações 
impactam diretamente na plasticidade cerebral. (UNA-SUS, 2013) 
 
A partir do início da idade adulta, a massa encefálica diminui. 
Quando um indivíduo chega aos 80 anos de idade, o encéfalo tem um 
peso 7% menor que na idade adulta. Emboranão haja diminuição 
significativa do número de neurônios, observa –se diminuição mais 
acentuada do número de sinapses. Junto com a diminuição da massa 
encefálica ocorre diminuição na capacidade de envio e recebimento de 
impulsos do encéfalo. Consequentemente, há queda no processamento 
das informações. As velocidades de condução diminuem, os movimentos 
motores se lentificam e os tempos dos reflexos aumentam.(TORTORA, 
2016) 
11.1 Alzheimer 
A Doença de Alzheimer(DA) é um transtorno neurodegenerativo 
progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da 
memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e 
uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações 
comportamentais. A doença instala-se quando o processamento de 
certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar 
errado.(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020) 
A DA se instala, em geral, de modo insidioso e se desenvolve lenta 
e continuamente por vários anos. As alterações neuropatológicas e 
bioquímicas da DA podem ser divididas em duas áreas gerais: mudanças 
estruturais e alterações nos neurotransmissores ou sistemas 
neurotransmissores. As mudanças estruturais incluem os enovelados 
neurofibrilares, as placas neuríticas e as alterações do metabolismo 
amiloide, bem como as perdas sinápticas e a morte neuronal. As 
alterações nos sistemas neurotransmissores estão ligadas às mudanças 
estruturais (patológicas) que ocorrem de forma desordenada na doença. 
(MINISTÉRIO DA 
SAÚDE,2013) 
Pessoas com DA inicialmente apresentam problemas em lembrar 
eventos recentes. Na sequência, elas se tornam confusas e esquecidas, 
geralmente repetindo perguntas ou se perdendo quando se deslocam 
para lugares já conhecidos. Com o passar do tempo, a desorientação 
aumenta, a memória de eventos passados desaparece, e podem ocorrer 
episódios de paranoia, alucinações e mudanças bruscas de humor. À 
medida que a doença progride,os indivíduos perdem a capacidade de ler, 
escrever, falar, comer ou caminhar. A doença por fim chega ao estágio de 
demência. Pessoas com DA morrem costumeiramente de complicações 
que atingem indivíduos acamados, como pneumonia. (TORTORA, 2016) 
 
12 O ENVELHECIMENTO DOS ORGÃOS DOS SENTIDOS 
 
Segundo Papalia (2006), “o início da senescência, é um período 
marcado por evidentes declínios no funcionamento corporal” (p.670). No 
processo natural de envelhecimento, a visão, a partir dos 60 anos, passa 
a apresentar sinais de deterioração.(apud LIMA, 2007) 
A capacidade de interagir com o ambiente, recebendo estímulos, 
interpretando e gerando respostas é fundamental para o organismo 
humano e depende do pleno funcionamento dos sentidos: visão, audição, 
tato, olfato e paladar. Contudo, durante o processo de envelhecimento, 
diversas alterações ocorrem nos órgãos dos sentidos, determinando 
privações sensoriais e contribuindo para o declínio funcional do idoso. 
(MATIELLO, 2021) 
Várias mudanças associadas à idade ocorrem nos olhos. A lente 
perde uma parte de sua elasticidade e desse modo não consegue 
modificar seu formato tão rapidamente, resultando em presbiopia. 
Também ocorrem cataratas (a perda da transparência das lentes) com o 
envelhecimento. Em idades avançadas, a esclera se torna espessa e 
rígida e desenvolve uma coloração amarelada ou amarronzada por causa 
dos muitos anos de exposição à luz ultravioleta, ao vento e à poeira. A 
esclera também pode desenvolver acúmulos aleatórios de pigmento, 
especialmente em pessoas de pele escura. A íris desbota ou desenvolve 
pigmentos irregulares. Os músculos que regulam o tamanho da pupila se 
enfraquecem com a idade e as pupilas ficam menores, reagem mais 
lentamente à luz e dilatam mais lentamente no escuro. (TORTORA, 2016) 
Quanto ao olfato e paladar, esses sentidos estão, extremamente, 
ligados à grande perda do interesse e motivação nessa idade; isto porque, 
com o envelhecimento, esses sentidos ficam bastante reduzidos, além de 
se tornarem menos eficientes, provocando inadequações no processo de 
ingestão de alimento prejudiciais, tais como: mais sal e açucares, 
prejudicando a saúde do idoso; também a não transmissão de odores, 
interrompendo a transmissão das informações ao cérebro, as quais são 
de capital importância para a autonomia do idoso. (LIMA, 2007) 
Após os 30 anos, o aparelho auditivo se torna mais suscetível a 
alterações do envelhecimento. Podem ocorrer perdas auditivas, zumbido, 
prurido e impactação de cera. Uma situação bastante prevalente com o 
envelhecimento é a hipoacusia neurossensorial, chamada de 
presbiacusia, que se caracteriza por deterioração da sensibilidade 
auditiva bilateral, que acontece lenta e progressivamente para sons de 
alta frequência, dada a perda de células sensoriais auditivas e de células 
do processamento auditivo central (MALLOY- -DINIZ; FUENTES; 
COSENZA, 2013 apud MATIELLO, 2021)

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