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AULA 10 - AVALIAÇÃO E PREVENÇÃO

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2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 4 
2 O ATUAL QUADRO DA OBESIDADE ...................................................... 5 
2.1 Influências no comportamento alimentar .................................................... 6 
2.2 Forma de avaliação nutricional ................................................................... 6 
2.2.1 Métodos convencionais .............................................................................. 7 
2.3 Exame físico ............................................................................................... 8 
2.4 Antropometria ............................................................................................. 9 
2.4.1 Altura ........................................................................................................ 10 
2.4.2 Peso ......................................................................................................... 10 
2.4.3 Combinação peso e altura ........................................................................ 11 
2.4.4 Circunferência .......................................................................................... 11 
2.4.5 Pregas cutâneas ....................................................................................... 12 
3 EXAMES LABORATORIAIS.................................................................... 12 
3.1 Hematológico............................................................................................ 13 
3.2 Avaliação da proteína ............................................................................... 13 
3.2.1 Albumina................................................................................................... 13 
3.2.2 Transferrina .............................................................................................. 14 
3.2.3 Pré-Albumina ............................................................................................ 14 
3.2.4 Creatina .................................................................................................... 15 
3.2.5 Balanço nitrogenado ................................................................................. 15 
3.2.6 Colesterol Sérico ...................................................................................... 15 
4 ASPECTO DO IDOSO ............................................................................. 15 
5 HORMONIO E METABOLISMO .............................................................. 16 
 
3 
 
5.1 Leptina ........................................................................................................ 16 
5.2 Grelina ........................................................................................................ 18 
6 FATORES FISIOLÓGICOS NO CONTROLE DE PESO E APETITE ........ 19 
6.1 Fatores neuronais: ...................................................................................... 19 
6.2 Fatores endócrinos e adipocitários ............................................................. 19 
6.3 Fatores intestinais ...................................................................................... 20 
7 PLANEJAMENTO NUTRICIONAL ............................................................ 21 
7.1 Implementação da Dietoterapia .................................................................. 22 
7.2 Educação nutricional .................................................................................. 23 
7.3 Boa alimentação na prática esportiva ......................................................... 23 
7.4 Prática de exercício e alimentação: recomendações.................................. 24 
7.5 Hidratação .................................................................................................. 25 
8 PROCESSO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ............................. 26 
8.1 Fatores de influência .................................................................................. 26 
9 FARMÁCOS ............................................................................................... 29 
9.1 Uso da sibutramina ..................................................................................... 30 
9.2 Uso da anfepramona .................................................................................. 30 
9.3 Uso da Garcinia Cambogia ......................................................................... 31 
9.4 Uso de Orlistate .......................................................................................... 32 
9.5 Uso da cafeína ........................................................................................... 32 
10 PROCEDIMENTOS PARA EMAGRECIMENTO ........................................ 33 
10.1 Acompanhamento nutricional ..................................................................... 34 
10.2 Cirurgia bariátrica ....................................................................................... 34 
11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 37 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - 
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 O ATUAL QUADRO DA OBESIDADE 
Atualmente, a obesidade é conhecida como um dos maiores problemas de 
saúde pública em alguns países, principalmente nos países em desenvolvimento, o 
que é considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). E por 
esse motivo, essa doença tem causado preocupação em vários países, pois reduz a 
qualidade de vida das pessoas. 
A obesidade é definida como o excesso de gordura corporal associado a riscos 
à saúde, envolvendo aspectos comportamentais, sociais e biológicos. O aumento 
dramático dessa condição é um dos fatores que explicam o alargamento das doenças 
crônicas não transmissíveis (DCNT), pois é um dos principais fatores de risco para 
uma ampla gama de doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. 
Esta doença caracteriza-se como uma das principais causas de morte evitável, é 
considerada como uma das doenças crescentes da sociedade moderna, causada pela 
mudança do estilo de vida da população, através da industrialização, principalmente 
da produção de alimentos, tecnologia do meio de locomoção, os efeitos do uso 
recreativo da televisão e do computador, levando a má alimentação e sedentarismo, 
contribuindo para a morbidade, fazendo com que novas políticas sejam necessárias 
para promover, prevenir e restabelecer a saúde da população. 
Dentre os fatores associados à obesidade, o nível socioeconômico é o que mais 
influência no consumo alimentar e faz a diferença no acesso à alimentação saudável. 
No Brasil, a população de baixa renda apresenta maior risco de sobrepeso e 
obesidade devido ao consumo de alimentos de baixo custo, com menor valor 
nutricional e alto valor calórico. O consumo de alimentos com maior densidade 
calórica e baixo valor nutricional domina as decisões de consumodas famílias. Esse 
comportamento alimentar desfavorável contribui para o aumento das taxas de 
sobrepeso e obesidade, além de doenças crônicas associadas a dietas hipercalóricas. 
 
 
6 
 
2.1 Influências no comportamento alimentar 
A epidemia de obesidade está frequentemente associada aos estilos de vida 
modernos, que são definidos como as escolhas de indivíduos ou grupos. Por meio 
desse viés de pensamento, a obesidade leva as pessoas a pensarem que "ele come 
demais", tornando a ocorrência dessa comorbidade de responsabilidade do indivíduo 
independente de outros fatores exógenos e endógenos envolvidos na doença. 
O ambiente inclui alimentos modernos, processados, fast food, açúcares, alto 
consumo de gordura e álcool, estresse crônico, padrões de sono irregulares, 
contenção severa, estilo de vida sedentário, alguns considerados exógenos (externos) 
refere-se ao ambiente onde uma pessoa vive, e endógenos (internos), como 
suscetibilidade genética, hereditariedade, tempo fisiológico. Além dos fatores 
intrínsecos e extrínsecos, a obesidade também está associada a fatores sociais, 
culturais, familiares e emocionais. (EGGER; DIXON, 2014). 
2.2 Forma de avaliação nutricional 
O objetivo que pretende alcançar na avaliação nutricional é identificar os 
pacientes que demonstram grande risco de desenvolver complicações relacionadas 
ao estado nutricional, para que possam ter o tratamento adequado e ainda, verificar a 
eficácia da intervenção da dieta. 
Essa avaliação pode ser feita de duas formas, quais sejam por métodos 
convencionais e não convencionais. Os métodos convencionais são os 
tradicionalmente utilizados, pois são utilizados tanto na prática clínica quanto em 
estudos epidemiológicos. Suas principais características são: 
 praticidade; 
 custos aceitáveis; 
 refletem com precisão o estado nutricional de um indivíduo. 
Métodos não convencionais são aqueles que possuem limitações em seu uso, 
como equipamentos caros, dificuldades técnicas de implementação, e outros métodos 
 
7 
 
que fazem com que o uso rotineiro deles não possa ser feito. Esses são, muitas vezes, 
os métodos mais sensíveis, usados como referência em pesquisas. 
2.2.1 Métodos convencionais 
Nesta categoria, há uma ampla gama de procedimentos, incluindo: 
 Histórias Clínicas; 
 Exame físico para detectar deficiências nutricionais específicas; 
 Antropometria: peso; Tamanho; altura e peso combinados; medição de 
dobras ou dobras da pele; perímetro; comprimento dos segmentos; 
largura do osso; compleição; 
 Teste biológico: hematócrito, hemoglobina, contagem total de linfócitos, 
proteínas séricas tal como: albumina, pré-albumina; transferrina, índice 
de creatinina, altura, colesterol sérico, balanço de nitrogênio; 
 Múltiplos indicadores: alguns indicadores prognósticos; 
 Histórico de bioimpedância elétrica; 
Na prática clínica, a anamnese do paciente é fundamental para o nutricionista, 
para verificação das questões: 
 eliminação de peso: é provavelmente a variável mais frequentemente 
avaliada. A eliminação de peso superior a 10% é significativa. Outra 
causa que deve ser pesquisada é como ocorreu a perda, se contínua ou 
reversível, avaliando a situação nas últimas duas semanas; 
 Mudanças na dieta: precisa ser analisado em termos de duração 
(semanas) e tipo (quantitativa e qualitativa). Nesse caso, tenta-se 
detectar a presença de disfagia ou alteração do estado mental; 
 Manifestações de sintomas gastrointestinais: perda de apetite, náuseas, 
vômitos e diarreia (pelo menos três evacuações amolecidas por dia) são 
considerados importantes quando ocorrem continuamente por mais de 
15 dias; 
 Teste da capacidade funcional: envolve alterações nas atividades físicas 
rotineiras do paciente, que podem exigir a interrupção das atividades 
 
8 
 
diárias até o ponto de extrema inatividade, na forma que o paciente fica 
acamado na maioria do tempo; 
 Necessidades metabólicas: procurar estudar situações que levem ao 
aumento das necessidades nutricionais, como infecção, trauma, 
queimaduras, fraturas, sepse, gravidez, lactação; 
 História médica: cirurgias prévias com localização de ressecções 
intestinais, doenças crônicas e suas complicações; 
 Uso de medicamentos: podem alterar o estado nutricional de diversas 
maneiras: diminuição do apetite: furosemida, hidroclorotiazida, 
digitálicos, etc.; alteração ou diminuição do paladar: AAS, anfetaminas, 
etc.; aumento do apetite: anti-histamínicos, psicotrópicos, 
corticosteroides; absorção alterada de nutrientes (por exemplo, o uso de 
anticoncepcional oral influencia na absorção de folato); 
 História social: incluem aspectos importantes a serem investigados, pois 
são capazes de influenciar na compreensão da doença e incluem fatores 
de risco que podem afetar a adesão ao tratamento: ocupação; ir à 
escola; Condições de habitação; nível socioeconômico; uso de álcool, 
tabaco, drogas ilícitas e cafeína; 
 História alimentar: refere-se ao exame dos padrões habituais de 
consumo alimentar usando técnicas especiais, mais conhecidas como 
registro alimentar de 2 horas (um método de determinação calcula tudo 
o que o paciente comeu nas últimas 2 horas). 
2.3 Exame físico 
O exame físico precisa ser minucioso para detectar sinais de deficiência 
nutricional específica por parte do paciente. 
O exame geral fornece informações úteis, como: 
a) sinais de desnutrição: perda de tecido subcutâneo na face, tríceps, coxas e 
cintura; 
 
9 
 
b) perda de massa muscular do quadríceps e deltoide, lembrando que o 
descanso prolongado leva à atrofia muscular; 
c) existência de edema nos membros inferiores, região sacral e ascite; 
d) coloração da membrana mucosa: palidez devido à anemia. 
Vale lembrar que Detsky (et al.) propuseram um padrão de perguntas que 
investiga aspectos da história clínica e do exame físico, conhecido como Avaliação 
Subjetiva Global (ASG). A ASG permite a classificação em três categorias: A = Bem 
nutrido; B = Moderadamente desnutrido (ou suspeito); e C = Desnutrição grave. Desde 
então, a ASG vem sendo amplamente pesquisada e informada na literatura, validada 
quando comparada em métodos diversificados e modificada para se adequar a 
diferentes situações clínicas, como pacientes com doença renal, câncer, doença 
hepática, pacientes HIV positivos e geriatria. 
 NORMAL IMC < 25kg/m² alimentação nutricional adequada. 
 SOBREPESO IMC de 25 a 29 kg/m² alimentação adequada e atividade 
física. 
 Obesidade IMC de 30 a 40 kg/m² vigilância alimentar e nutricional com 
orientação adequada e atividade física. 
 Obesidade elevada IMC de 30 a 40 kg/m² vigilância alimentar e 
nutricional com orientação adequada. atividade física. 
2.4 Antropometria 
A antropometria é uma forma desenvolvida por antropólogos no final do século 
XIX que usa formas simples para quantificar diferenças na aparência humana, mas a 
era atual da antropometria nutricional começou durante a Primeira Guerra Mundial 
com preocupações sobre o desempenho físico dos soldados. 
A antropometria é um método barato, universalmente aplicável e não invasivo 
para distinguir o tamanho, proporções e composição do corpo humano. 
 
10 
 
A idade precisa ser estabelecida pois, a recomendação da medida e os padrões 
de referência são considerados pela idade. Outro fator a ser considerado é o gênero, 
pois há uma diferença significativa entre as alturas de homens e mulheres. 
A antropometria fornece uma riqueza de informações, mas peso, altura, suas 
junções são os métodos antropométricos de maior utilização em estudos 
epidemiológicos. 
2.4.1 Altura 
A altura é o maior indicador do tamanho geral do corpo e do comprimento dos 
ossos. Geralmente os adultos são medidos em pé. Quando a altura não pode ser 
medida devido à dificuldade em ficar em pé ou problemas graves nas costas, em 
adultos jovens, o arqueamento dos braços é igual à altura. De outromodo, é possível 
usar uma medida de altura do joelho. Então terá uma estima da altura usando a 
fórmula: 
 homem (cm) = 64,19 - (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm). 
 mulher (cm) = 84,88 - (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm). 
 
2.4.2 Peso 
O peso é a soma de todos os componentes de cada nível de composição 
corporal. Esta é uma medida aproximada das reservas totais de energia do corpo, e 
as alterações no peso refletem as mudanças no equilíbrio entre a ingestão e o 
consumo de nutrientes. 
Variação percentual do peso (% AP): peso normal (PU), que o indivíduo 
geralmente está em boas condições de saúde, estabelecido com o peso atual (PA), 
medido no momento da avaliação, conforme a fórmula: % PA = (PA - PH) / PH x 100. 
Peso corporal ideal (PI): É um referencial para grupos de idade e sexo, 
conforme obtido pelos americanos do National Health and Nutrition Examination 
Survey (NHANES I 1971-197; NHANES II 1976-1980). Pelo National Center for Health 
Statistics, NCHS. A OMS recomendou o uso do gráfico de crescimento do NCHS. 
Percentual do peso corporal ideal (PCI%): tem seu cálculo por meio da fórmula: 
PA/PI x 100. Albert & Callaway (1992) consideraram 80% do PCI% como altamente 
 
11 
 
indicativo de desnutrição; já Stallings & Hark (1996) consideraram PCI% abaixo de 
70% como desnutrição grave e acima de 120% como obesidade; Waitzberg (1981) 
considerou redução moderada entre 61 a 80% e grave <60%. 
2.4.3 Combinação peso e altura 
O peso e a altura são as variáveis antropométricas mais comuns em estudos 
epidemiológicos. Sua combinação mede o peso corporal ajustado para a altura, mas 
não consegue distinguir entre gordura e massa muscular e edema. 
Assim, em adultos, temos as seguintes combinações: 
 Peso Altura: Para definir se o peso de um adulto é propício para sua 
altura, ele deve ser contraposto com os padrões de referência. A mais 
popular é a tabela Metropolitan Life Insurance, que distribui o peso ideal 
pela altura, levando em consideração o sexo e a cor da pele. 
2.4.4 Circunferência 
Quando for necessária uma avaliação mais completa da composição corporal, 
dados antropométricos adicionais precisam ser coletados. A circunferência é 
influenciada pela massa gorda, massa muscular e tamanho ósseo. Muitos tipos de 
circunferência corporal podem ser medidos, mas tem-se cruciais as circunferências 
utilizadas na prática clínica são: desde a aplicação das fórmulas, até o cálculo das 
circunferências musculares do bíceps superior (AMC) e do bíceps superior (AMA), 
uma área do músculo sem osso, que se correlaciona com a massa muscular total, é 
utilizado para diagnosticar alterações na massa corporal total e portanto, no estado 
nutricional proteico; 
Cintura: Suas medidas não devem ultrapassar a roupa, o sujeito ainda está de 
pé, pernas juntas, braços esticados horizontalmente e abdômen relaxado. A medição 
deve ser feita em um plano horizontal com uma fita métrica inelástica no ponto mais 
estreito da haste. É um indicador de gordura profunda; 
Circunferência do quadril: deve ser medida com o paciente vestido com roupas 
leves e folgadas, em pé com os braços levantados na altura do quadril e os pés juntos. 
O examinador senta-se ao lado do sujeito para melhor visualizar o alongamento 
 
12 
 
máximo dos músculos glúteos, colocando a fita antropométrico em um plano 
horizontal, que deve ser esticado sobre a pele sem apertar as partes moles; 
Relação Cintura-Quadril (RCQ): Calculada pela divisão da medida da cintura 
(cm) pela medida do quadril (cm). Está fortemente associado à gordura visceral, sendo 
um indicador aceitável de gordura da barriga. Esta é a medida de gordura mais 
utilizada, que distingue a obesidade ginecóide da obesidade androide. Uma RCQ de 
1,0 ou superior para homens e 0,8 ou mais para mulheres indica obesidade androide 
e um risco aumentado de doenças relacionadas à obesidade; 
Circunferência da panturrilha: mostra a medida mais sensível da massa 
muscular em idosos, maior que a circunferência do bíceps; 
Circunferência da Cabeça: Amplamente utilizado para monitorar o crescimento 
de crianças menores de três anos. 
2.4.5 Pregas cutâneas 
A gordura subcutânea é responsável por 50% da gordura corporal e, com base 
em sua espessura relativamente baixa, pode refletir com precisão a gordura corporal. 
A medição de dobras cutâneas ou dobras subcutâneas (SC) apresenta duas 
vantagens: 1) fornece uma forma relativamente simples e não invasiva de estimar a 
gordura corporal; 2) caracterizar a distribuição da gordura subcutânea. 
Muitos tipos de dobras cutâneas podem ser mensurados, mas o tríceps é o 
mais utilizado na prática clínica. Pode ser equiparado com um modelo de referência 
para determinação de percentil. Os modelos comparativos corriqueiros são os 
propostos por Jelliffe, com base em militares europeus de baixa renda e mulheres 
americanas, e por Frisancho, com base em medidas feitas em homens e mulheres, 
mulheres brancas americanas participantes do National Health and Nutrition 
Examination Survey (NHANES) (1971). 
3 EXAMES LABORATORIAIS 
Diversos exames bioquímicos são usados como medidas mais objetivas do 
estado nutricional, utilizados para localizar deficiências subclínicas e confirmar o 
 
13 
 
diagnóstico, com a vantagem de permitir o acompanhamento das intervenções 
nutricionais. 
Os exames laboratoriais mais utilizados na prática clínica estão descritos a 
seguir. Deve-se lembrar que uma série de medições sanguíneas para estudo de 
componentes nutricionais específicos, como minerais (por exemplo, cálcio), ferro, 
vitaminas, que possuem suas indicações específicas, normalmente não são 
consideradas métodos definitivos. 
3.1 Hematológico 
Os parâmetros hematológicos de maior utilização na avaliação nutricional são: 
hematócrito (HT), hemoglobina (HG) e contagem total de linfócitos (LINF). Os valores 
de hemoglobina e hemoglobina dependem da idade e do sexo. 
Contagens totais de linfócitos (CTL) representando o estado imunológico e os 
valores normais também variaram por autor. Para Weinsier et al. (1979), normalmente 
inclui valores iguais ou superiores a 1500/mm3, atenuação moderada entre 1200 e 
1500/mm3 e comprometimento grave abaixo de 1200/mm3. Segundo Seltzer et al 
(1979), o maior risco de complicações relacionadas ao estado nutricional ocorre 
quando o CLT é menor que 1500/mm3, compatível com os valores recomendados 
para FELANPE. 
3.2 Avaliação da proteína 
As proteínas são necessárias para funções reguladoras (por exemplo, 
hormônios e enzimas) e estrutura (por exemplo, colágeno e elastina). 
As proteínas séricas mais frequentemente avaliadas para determinar o estado 
nutricional são albumina, transferrina e pré-albumina. 
3.2.1 Albumina 
É a proteína mais abundante no plasma e no líquido extracelular. 
 
14 
 
É de primordial importância na determinação da pressão coloidosmótica 
plasmática, atuando como proteína carreadora (cálcio, ácidos graxos de cadeia longa, 
drogas, etc.). 
Os níveis de albumina sérica são dependentes de vários fatores: 
 Síntese hepática: dependente da função dos hepatócitos e da digestão 
e absorção de substratos proteicos, e diminuída no hipotireoidismo na 
presença de excesso de cortisol circulante durante o estresse e na 
hepatopatia parenquimatosa; 
 Perda anormal de albumina: doença renal (síndrome nefrótica), 
eclampsia, enteropatia proteolítica e queimaduras; 
 Aumento do catabolismo: estresse, aumento do metabolismo, síndrome 
de Cushing e certos tipos de câncer; 
 Troca intercompartimental: variável em situações patológicas, com 
arranjo extravascular (por exemplo, trauma, infecção); 
 Volume de distribuição: afetado pelo estado de hidratação. 
 
3.2.2 Transferrina 
É uma beta-globulina transportadora de ferro do plasma, que é uma proteína 
com meia-vida intermediária (cerca de 8 dias) entre a albumina e as proteínas de 
metabolizaçãorápida. 
Apesar de uma meia-vida teoricamente mais curta ser uma vantagem sobre a 
albumina, estudos clínicos não observaram diferença significativa. 
Por esse motivo, alguns autores argumentam que os convencionais, não para 
fins de pesquisa, não têm benefício sobre a dosagem de albumina, e outros não 
incluem mais a transferrina na avaliação do status proteico. 
3.2.3 Pré-Albumina 
É uma proteína circulante de transporte de hormônio tireoidiano que forma um 
complexo com a proteína de transporte de retinol. Tem vida útil média de 2 a 3 dias, 
mas os estudos não divulgaram benefícios sobre a albumina, apreciada por outros 
autores pouco confiável como indicador do estado nutricional. 
 
15 
 
3.2.4 Creatina 
Este é um método de avaliação da massa muscular corporal com base no fato 
de que 98% creatinina está localizada no músculo. 
É calculada a partir da dose de creatinina de 24 horas na urina, que deve ser 
coletada rigorosamente, dificultando a utilização em pacientes que apresentam 
insuficiência renal ou que estejam em uso de diuréticos, como no caso de insuficiência 
cardíaca ou hepática. 
A confiança na coleta de urina precisa e completa e a exigência de uma dieta 
livre de carne podem dificultar a realização desse exame na prática clínica. 
3.2.5 Balanço nitrogenado 
Admite monitorar a adequação da terapia nutricional, avaliando o equilíbrio 
entre a ingestão de nitrogênio e a excreção urinária. Quando a ingestão é suficiente 
para compensar as perdas, obtém-se um balanço positivo (por exemplo, fase 
anabólica após um evento catabólico, estirão de crescimento, atleta). Por outro lado, 
se a perda ultrapassar o encaminhamento, então há um saldo negativo (por exemplo, 
trauma, sepse, queimadura, vazamento, etc. Devido a dificuldades técnicas, sua 
precisão só pode ser alcançada em pacientes internados em unidades metabólicas. 
3.2.6 Colesterol Sérico 
A hipocolesterolemia (menor que 150 mg/dl) tem sido estudada como indicador 
prognóstico de desnutrição, com achado de aumento da mortalidade e do tempo de 
internação. O colesterol alto é um fator de risco para doença cardíaca coronária. 
4 ASPECTO DO IDOSO 
Os idosos (60 anos ou mais) apresentam características associadas ao 
envelhecimento, como: a) diminuição gradual do tamanho, de um a dois centímetros 
por década; b) o peso e o IMC progressivos aumentam até cerca de 65 a 70, depois 
diminuem; c) alterações na composição corporal, com redistribuição de gordura, 
diminuição dos níveis periféricos e intra-abdominais e diminuição da massa magra. 
 
16 
 
Alguns autores argumentam que a desnutrição pode ser complicada para diferenciar 
das alterações decorrentes do envelhecimento natural, mas, se não for detectada, 
pode exacerbar as condições clínicas e aumentar a mortalidade. 
Os idosos são particularmente suscetíveis a problemas nutricionais pelos 
fatores relacionados a alterações fisiológicas e sociais, doenças crônicas, uso de 
múltiplas drogas, problemas de alimentação (dificuldade de mastigação e deglutição), 
depressão e mobilidade alterada quando funcionalmente dependentes. 
Perda de peso não intencional, perda de apetite e fraqueza são comuns em 
idosos. A anorexia é uma das principais causa de desnutrição em idosos, com 
etiologia multifatorial, incluindo doenças sistêmicas, patologia e fatores psicossociais. 
Os receptores de paladar e olfato encontram sua função declinar com a idade, 
reduzindo as qualidades palatáveis dos alimentos. Há também uma desaceleração do 
esvaziamento gástrico, aumento da saciedade (um estado pós-prandial em que a 
fome é suprimida) e saciedade (processos regulatórios que ocorrem durante a 
alimentação que inibem a ingestão de mais alimentos). Essas alterações decorrentes 
do envelhecimento fisiológico afetam a ingestão de nutrientes, podendo levar à 
desnutrição. 
5 HORMONIO E METABOLISMO 
5.1 Leptina 
A leptina (do grego leptos = magra) é uma proteína composta por 167 
aminoácidos e estruturalmente semelhante a uma citocina, do tipo interleucina 2 (IL2), 
produzida principalmente no tecido adiposo. Sua liberação máxima ocorre à noite e 
no início da manhã, e sua meia-vida plasmática é de 30 min. É responsável pelo 
controle da ingestão alimentar, atuando nos neurônios do hipotálamo no sistema 
nervoso central. A ação da leptina no sistema nervoso central (hipotálamo) em 
mamíferos promove diminuição da ingestão alimentar e aumento do gasto energético, 
além de regular a função neuroendócrina e o metabolismo da glicose e da gordura. 
 
17 
 
Também é sintetizado nas glândulas mamárias, músculo esquelético, epitélio gástrico 
e trofoblastos placentários. 
Em primeiro lugar, a leptina é parte integrante do complexo sistema fisiológico 
que regula o armazenamento, o equilíbrio e o uso de energia do corpo. Além desse 
papel, a leptina sinaliza e regula o estado nutricional do organismo para outros 
sistemas fisiológicos. Este último aspecto é evidente em seu efeito inibitório sobre 
todas as alterações neuroendócrinas secundárias à inanição. Outro papel da leptina 
além de sua ação na regulação do peso corporal é sua capacidade de atuar como um 
sinal bioquímico que informa ao cérebro que as reservas de energia são suficientes 
para sustentar o início da puberdade e a reprodução. 
A expressão da leptina é controlada por várias substâncias, como insulina, 
glicocorticóides e citocinas inflamatórias. Infecções e endotoxinas também podem 
aumentar as concentrações plasmáticas de leptina. Em contraste, testosterona, 
exposição ao frio e catecolaminas diminuem a síntese de leptina. Situações 
estressantes impostas ao organismo, como jejum prolongado e exercícios intensos, 
reduzem os níveis circulantes de leptina, demonstrando assim um papel do sistema 
nervoso central na inibição da liberação de leptina pelas células adiposas. Em 
humanos, o gene da leptina está localizado no cromossomo 7q31 e é produzido 
principalmente pelo tecido adiposo branco. 
A concentração plasmática de leptina está relacionada em parte ao tamanho 
da massa de gordura corporal. Os mecanismos que aumentam o tecido adiposo 
levando ao aumento dos níveis séricos de leptina envolvem tanto a contagem de 
adipócitos quanto a indução de mRNA de ob13. Indivíduos obesos apresentaram 
maior número de adipócitos, ou seja, maior quantidade de mRNA foi encontrada em 
seus adipócitos do que indivíduos obesos. 
No entanto, as concentrações séricas de leptina não foram apenas 
dependentes do tamanho do tecido adiposo, pois uma diminuição de 10% no peso 
corporal resultou em uma diminuição de aproximadamente 53% na leptina plasmática, 
sugerindo que outros fatores além do tecido adiposo estão envolvidos no mecanismo 
de regulação da sua produção. 
 
18 
 
5.2 Grelina 
O hormônio grelina é um potente estimulador da liberação de GH nas células 
somatotróficas da hipófise e hipotálamo, um ligante endógeno do receptor secretor de 
GH (GHSR). Assim, a descoberta da grelina permitiu o surgimento de um novo 
sistema de regulação da secreção de GH, pois seu efeito estimulador na liberação de 
GH é mais evidente em humanos do que em animais e ocorre na ativação do receptor 
de GHS tipo 1 (GHS1a). Além de atuar como redutor de GH, a grelina tem outras 
atividades importantes, notadamente a estimulação da secreção lactotrófica e 
corticotrófica, atividade orexígena com o controle do consumo de energia; controla a 
secreção e a motilidade do ácido gástrico, afeta a função endócrina pancreática e o 
metabolismo da glicose, bem como as atividades cardiovasculares e os efeitos 
antiproliferativos nas células cancerígenas. 
Dentre as atividades periféricas do ligante natural do receptor GHS, 
destacamos a secreção de ácido gástrico e a estimulação da motilidade em ratos e o 
esvaziamento gástrico em humanos. Em relação ao seu papel cardioprotetor, sítios 
de ligação específicos para o GHS estão presentes no sistema cardiovascular, ondeestudos demonstraram que a administração de grelina em voluntários jovens 
saudáveis, causa aumento do débito cardíaco sem ajustar sua taxa. Os efeitos 
antiproliferativos da grelina mostram muitas de suas atividades biológicas, sugerindo 
que ela pode induzir atividades antitumorais, uma vez que receptores específicos para 
GHS foram encontrados nos tecidos tumorais de órgãos que não possuem expressão 
desses receptores em condições fisiológicas normais. 
A grelina está diretamente envolvida na regulação de curto prazo do balanço 
energético. As concentrações circulantes de grelina aumentam com o jejum 
prolongado e no estado hipoglicêmico, e suas concentrações diminuem após as 
refeições ou por infusão intravenosa. Salbe et al. (2004) confirmaram isso em seu 
estudo com os índios PIMA, nos quais descobriram que as concentrações endógenas 
de grelina em jejum foram elevadas, sugerindo uma relação inversa. Entre os níveis 
de grelina e a ingestão de energia. 
 
19 
 
6 FATORES FISIOLÓGICOS NO CONTROLE DE PESO E APETITE 
6.1 Fatores neuronais: 
O controle da ingestão de nutrientes e a homeostase resultante dependem de 
uma série de sinais periféricos que atuam diretamente no sistema nervoso central, 
levando a respostas adaptativas adequadas. A ingestão de alimentos e o gasto 
energético são regulados pelo hipotálamo do cérebro (Williams et al., 2001; Sainsbury 
et al., 2002). Nos dizeres de Sainsbury et al. (2002), neurônios que expressam esses 
neuropeptídeos interagem entre si e com sinais periféricos (como leptina, insulina, 
grelina e glicocorticóides), que atuam na regulação do controle alimentar e do 
consumo de energia. Embora os locais hipotalâmicos envolvidos na regulação do 
apetite possam ser identificados, as localizações exatas dos receptores neuronais 
para cada um dos sinais de comando ainda não foram determinadas. 
6.2 Fatores endócrinos e adipocitários 
A homeostase energética é controlada por um sistema nervoso que minimiza 
os efeitos de pequenas flutuações no balanço energético, com leptina e (Halpern, 
Z.S.C.; et al., 2004) a insulina é um elemento importante desse controle e é secretada 
na proporção da massa gorda (Woods et al., 1998). A leptina, produzida no tecido 
adiposo branco, atua em receptores expressos no hipotálamo para promover a 
saciedade e regular a homeostase energética (Suyeon e Moustadid-Moussa, 2000). 
Vários estudos demonstram que a leptina atua no sistema nervoso central através de 
mediadores como neuropeptídeo Y, peptídeo agouti (AgRP), hormônio liberador de 
corticotropina (CRH), hormônio estimulante de melanócitos (MSH), colecistocinina 
(CKK), entre outros. 
Em altas concentrações séricas, a leptina é inativa porque a resistência limita 
seu efeito na anorexia (Woods et al., 1998). A insulina é produzida pelas células beta 
do pâncreas e sua concentração sérica também é proporcional à gordura. Através de 
seu efeito anabólico, a insulina aumenta a captação de glicose e diminui os níveis de 
 
20 
 
açúcar no sangue como estímulo para aumentar o apetite (Woods et al., 1998). Por 
outro lado, estudos experimentais mostraram que a insulina tem funções essenciais 
no sistema nervoso central que dão saciedade, aumento do gasto energético e 
modulação da atividade da leptina (Schwartz, 2000). 
A insulina também interfere na secreção de enterohormônios como o peptídeo 
semelhante ao glucagon (GLP 1), que atuam inibindo o esvaziamento gástrico e 
promovendo saciedade prolongada (Verdich et al., 2001). Pessoas obesas têm altos 
níveis de insulina e leptina. O uso desses hormônios não é uma alternativa viável de 
tratamento, justamente pela resistência devido às altas concentrações séricas. Além 
disso, deve-se destacar que a insulina tem efeito periférico no aumento da absorção 
de glicose e lipídios, levando à diminuição da glicemia e consequente retorno da fome, 
além de promover o aumento do armazenamento de gordura. (Woods et al., 1998). 
6.3 Fatores intestinais 
A absorção, ou mesmo a presença de alimentos no trato gastrointestinal, 
contribui para a regulação do apetite e regulação energética (Verdich et al., 2001). O 
trato digestivo possui diferentes tipos de células que secretam peptídeos que, com 
outros sinais, regulam a digestão e atuam no sistema nervoso central para regular a 
fome e à saciedade. A sinalização ocorre por meio de nervos periféricos (como fibras 
aferentes do vago) através de receptores (Guido, 2004). 
No início da década de 1970, descobriu-se que o CCK, um peptídeo no 
intestino, promove a saciedade (Woods et al., 1998). Evidências demonstram que a 
saciedade é de fato principalmente devido à ação da CCK liberada pelas células I do 
trato gastrointestinal em resposta à presença de gorduras e proteínas (Konturek et al., 
2004). A CCK, além de inibir a ingestão, também induz secreção pancreática, 
secreção biliar e contração vesicular (Konturek et al., 2004). 
Outro inibidor de absorção de alimentos é o peptídeo YY ou PYY. Esse 
peptídeo é expresso por células da mucosa intestinal e acredita-se que o mecanismo 
regulador seja neural, uma vez que sua concentração plasmática aumenta quase 
imediatamente após a ingestão do alimento (Konturek et al., 2004). Indivíduos obesos 
 
21 
 
apresentaram menores níveis de PYY pós-prandial, principalmente durante as 
refeições noturnas, resultando em maior ingestão calórica. A oxintomodulina (OXM) 
foi recentemente identificada como um inibidor de absorção de alimentos de curto 
prazo. Este peptídeo é secretado no intestino distal e parece agir diretamente nos 
centros hipotalâmicos para reduzir o apetite, reduzir a ingestão calórica e diminuir as 
concentrações séricas de grelina (Konturek et al., 2004). OXM funciona 
principalmente em condições especiais, como após a cirurgia para remover a glândula 
lacrimal. 
7 PLANEJAMENTO NUTRICIONAL 
Para planejar uma intervenção nutricional, é necessário definir metas de 
tratamento. É comum encontrar objetivos diferentes entre o especialista e o paciente, 
que aspira à recuperação, como suas medidas antropométricas de um passado 
distante, tendo como modelo a estética rigorosa, sua felicidade. Este fato pode 
certamente ser uma causa de baixa coesão. Em outras palavras, o paciente que 
desiste do tratamento porque não está atingindo seus próprios objetivos costuma ser 
extremamente ambicioso. 
Um objetivo razoável de uma intervenção dietética é reduzir a gordura corporal 
a um estado que esteja associado à melhoria da saúde ou seja consistente com um 
risco reduzido de complicações. 
As metas individuais devem ser baseadas em importantes indicadores 
fisiológicos, como glicemia, lipídios e pressão arterial. Tais parâmetros são mais 
adequados do que tabelas de massa arbitrárias ou porcentagens de perda de massa. 
O planejamento também se baseia no estabelecimento de que hábitos e 
práticas relacionadas às escolhas alimentares, comportamentos alimentares e 
ingestão adequada de energia (atividade física) devem ser integrados a longo prazo, 
para manter a perda de peso. 
Nesta fase, é necessário considerar a realidade do paciente, ou seja, suas 
atividades profissionais, hábitos, horários, capacidade financeira, seus hábitos 
 
22 
 
regionais, entre outros, novamente, visam personalizar a intervenção, sem isso, é 
difícil obter bons resultados em termos de adesão. 
7.1 Implementação da Dietoterapia 
O tratamento da obesidade pode ter ainda resultados frustrantes por diversas 
razões, algumas por utilizar formas equivocadas, pelo mau uso dos recursos 
terapêuticos acessíveis e pelo baixo nível de acompanhamento, evolução e adaptação 
da dieta estipulada. 
Os planejamentos que não tem comprovação são as dietas desequilibradas de 
baixas calorias, apontando modificações dos teores de macronutrientes muito 
marcantes, que também podem causar alterações do estado de micronutrientes. Elas 
evidenciam um grupo de nutrientes em específico(carboidrato, proteína ou gordura) 
e censura ou desencoraja o consumo de outros. Estas dietas podem ser facilmente 
seguidas pelos indivíduos, pelo motivo de sua natureza concentrada (focada), 
tornando-as bastante populares. A aceitação, é restringida pelo período em que se 
pode manter a curiosidade do paciente. A lacuna entre os hábitos e costumes do 
indivíduo e a terapia proposta determina seu abandono, independentemente do 
desfecho inicial. Além disso, apelos ou argumentos técnicos muitas vezes não são 
apoiados por definições e estratégias aceitas pela comunidade científica mais 
conceituada. 
Planos Alimentares: 
 De baixo valor calórico: denomina-se assim os que estão entre 800-1200 
kcal ou entre 10 a 19 kcal por kg que o paciente deseja. Tem indicação 
se após um período razoável com um plano moderado não se conseguiu 
diminuir de peso. 
 De muito baixo valor calórico: apresenta-se assim o que provém menos 
de 800 kcal diárias ou menos de 10 kcal por kg de peso desejável/dia. 
Tem indicação para obesidades graves e recorrentes, desequilíbrio 
diabético e outros estados que necessitam rápida perda de peso. Deve 
aplicar-se por períodos curtos (3-4 semanas). 
 
23 
 
 Não é recomendado dietas de menos de 400 kcal/dia, nem o jejum total 
(menos de 200 kcal/dia). 
 Dietas não aconselhadas: as que não têm base cientifico nutricional, 
como as dietas da moda. 
7.2 Educação nutricional 
A cultura de um grupo étnico pode determinar a adoção de uma determinada 
dieta, incluindo suas crenças e tabus. Uma vez que uma dieta esteja em vigor, pode 
não ser possível alterá-la para cada indivíduo, especialmente para adultos. A inclusão 
de disciplinas relacionadas à alimentação e nutrição nos currículos escolares pode 
ajudar a estabelecer hábitos alimentares saudáveis em um contexto social. 
Dificuldades de adesão são relatadas e a não resposta pode levar à 
descontinuação do tratamento. Se o contato com o paciente puder ser mantido, novos 
estímulos podem surgir, dando continuidade à intervenção. No entanto, deve-se 
considerar que o tratamento é muitas vezes abandonado, caracterizando uma 
experiência desagradável para o paciente e para o especialista. 
Certas dificuldades práticas na preparação ou adesão da dieta podem ser a 
causa do insucesso da intervenção, que pode envolver o especialista, o paciente e 
até mesmo a dieta do paciente (informações). Compreender este contexto é o primeiro 
passo para tentar minimizar a baixa ou nenhuma adesão, simplesmente, a falta de 
vontade do paciente. 
7.3 Boa alimentação na prática esportiva 
Comer não é apenas comer para não sentir fome ou, porque o que você 
escolheu é delicioso. A alimentação envolve aspectos mais profundos como a 
quantidade, que deve ser suficiente para suprir as necessidades energéticas; a 
qualidade e o consumo dos alimentos devem atender às exigências nutricionais; 
harmonia, pois deve haver equilíbrio entre os nutrientes e as quantidades em que são 
 
24 
 
consumidos; adequado, o que significa que deve ser adaptado às necessidades 
específicas de cada pessoa. 
Os benefícios para a saúde associados à prática adequada e regular de 
atividade física moderada e vigorosa, bem como os riscos associados à inatividade 
física ou intensidade insuficiente de exercício, foram amplamente relatados e 
documentados. Esta evidência tem contribuído para as recomendações mínimas para 
a prática de atividade física saudável e para uma significativa mudança de paradigma 
na área da saúde, que ocorreram em meados da década de 1990. Para obter-se os 
benefícios para a saúde, é necessário mudar o nível de condicionamento físico - para 
o modelo aditivo, aumentar o processo de atividade física, benefícios para a saúde 
podem ser obtidos a partir de um estilo de vida ativo, mesmo que não haja alteração 
na atividade e na condição física da pessoa. 
Comportamento sedentário é um termo utilizado para descrever um conjunto 
de atividades, realizadas na posição sentada, cujo gasto energético está próximo aos 
valores basais/repouso (1, 0 1- 5 MET), incluindo atividades como assistir televisão, 
usar computadores, jogar videogame, conversar com amigos, falar ao telefone, entre 
outras atividades semelhantes. Nesse sentido, o comportamento sedentário é um 
construto diferente da atividade física, com “fatores determinantes” específicos e 
efeitos diversos na saúde humana. É um comportamento que não se caracteriza pela 
ausência de atividade física (inatividade física), ou mais ainda, pelo desrespeito a 
determinadas recomendações de prática. Em uma linha de atividade física, o 
comportamento sedentário não é inferior a zero. 
7.4 Prática de exercício e alimentação: recomendações. 
A refeição pré-treino deve cumprir os seguintes objetivos: estabilizar o açúcar 
no sangue, aumentar ligeiramente as reservas de glicogênio no fígado e nos 
músculos. Para atingir esses objetivos, as refeições devem ser ricas em carboidratos, 
moderadas em proteínas e relativamente baixas em gordura. A quantidade de 
carboidratos consumidos deve corresponder ao tempo que você consome e digere 
para evitar distúrbios gastrointestinais, portanto, você deve consumir 0,03g/kg de peso 
 
25 
 
corporal com três horas restantes para atividade atlética, 0,02g/kg quando faltam duas 
horas e 0,01g/ kg uma hora antes do exercício e, neste último caso, recomendam-se 
alimentos líquidos, pois absorvem mais rapidamente. 
Durante o exercício, os estoques de glicogênio são esgotados à medida que a 
atividade continua. Portanto, é interessante realizar a reposição de carboidratos 
quando o tempo de treino ultrapassar 60 minutos, para manter o desempenho atlético 
e retardar o aparecimento da fadiga. A reposição de carboidratos eleva o açúcar no 
sangue, o que impede que o fígado libere glicose da hidrólise do glicogênio 
armazenado, reduzindo os estoques desse glicogênio. 
Terminada a atividade, o mais emocionante é trazer carboidratos de alto índice 
glicêmico com proteínas e de preferência alimentos que promovam a reposição 
hídrica. Alimentos gordurosos devem ser evitados para não retardar o esvaziamento 
gástrico (postergando assim a reposição energética) e, porque podem causar 
distúrbios gastrointestinais. 
O consumo recomendado de carboidratos entre quatro e cinco horas após a 
atividade física varia de 0,7 a 1,5 g/kg de peso corporal. 
7.5 Hidratação 
A hidratação é um dos fatores mais importantes para os atletas, pois durante o 
esforço a produção de calor é 100 vezes maior do que em repouso. Esse calor é 
dissipado pela evaporação do suor, ou seja, pela perda de líquido. Para que isso 
ocorra corretamente, é melhor manter o corpo hidratado, pois se o calor não for 
dissipado, estima-se que a temperatura corporal aumente 1ºC a cada 5/8 minutos e o 
valor da temperatura corporal seja de 5 ºC. é incompatível com a vida. Uma maneira 
de se manter hidratado é beber líquidos antes, durante e após a atividade física. 
Antes da atividade, a recomendação geral é consumir cerca de 500-600 ml de 
líquido duas horas antes de iniciar o exercício para que o corpo possa se ajustar aos 
líquidos e se livrar do excesso. Esse momento de hidratação permite que o atleta inicie 
a atividade hidratado e é especialmente importante em esportes onde não há muitos 
intervalos de ingestão de água. Durante o exercício, você deve consumir de 150 a 200 
 
26 
 
ml de líquido a cada quinze/vinte minutos de exercício. Nessa situação, uma bebida 
aromatizada, com temperatura mais fria com a porcentagem e o tipo certo de 
carboidratos, é melhor aceita e mais fácil de absorver. 
8 PROCESSO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO 
Vários fatores podem interferir na adesão à dieta, incluindo idade, sexo, etnia, 
escolaridade e nível socioeconômico. No entanto, os idosos são mais resistentes à 
adesão, desde cedo, mesmo não dando importância à doença, também tendem a ser 
mais flexíveis, enquanto os idososse interessam em aumentar a expectativa de vida, 
mas encontram dificuldades em aplicar as alterações eficazmente, após anos de 
hábito. O histórico familiar do sujeito também pode influenciar a adesão ao tratamento 
dietético. A escolaridade afeta diretamente a adesão, pois quanto menor a 
escolaridade, mais difícil é compreender e entender o tratamento e suas 
recomendações dietéticas (VERAS; OLIVEIRA, 2009). 
Outros aspectos que influenciam a adesão são fatores específicos do paciente, 
como percepções e atitudes dos pacientes em relação à terapia e motivações 
pessoais, além do custo. Ressalta-se aqui a importância dos fatores desencadeados 
pelo profissional, que deve determinar a melhor forma de tratamento e incentivar o 
indivíduo a participar e aderir às decisões e ações (COELHO; NOBRE, 2006). 
Essas são as principais questões enfrentadas pelos profissionais, afetando a 
eficácia, a continuidade e a adesão ao tratamento. Nesse sentido, é necessário aplicar 
mecanismos e promover estímulos para efetuar mudanças comportamentais em 
pessoas que recebem terapias que focam na mudança de hábitos alimentares. 
8.1 Fatores de influência 
O comportamento alimentar tem diversas influências como aspectos 
nutricionais, demográficos, econômicos, sociais, culturais, ambientais e psicológicos 
de um indivíduo ou de uma comunidade. Acredita-se também que quanto mais os 
 
27 
 
fatores que determinam o comportamento alimentar de um indivíduo são conhecidos, 
maior a probabilidade de sucesso e adesão a novos hábitos alimentares saudáveis. 
(TORAL; SLATER, 2007). 
Aspectos fisiológicos e neurotransmissores também influenciam as escolhas 
alimentares, motivando os indivíduos a escolher e comer determinados alimentos. 
(DOVERY, 2010). 
A forma como as pessoas pensam, agem, iniciam e mantêm novos 
comportamentos é conhecida como processo ou estágios de mudança, consistindo 
em uma série de estágios a partir dos quais cada indivíduo evolui naturalmente. 
Ao longo do estudo, os pesquisadores descobriram que as mudanças 
comportamentais relacionadas à saúde ocorreram por meio de cinco estágios distintos 
de mudança: antecipar, contemplar, preparar ou decidir, agir e manter (TORRAL, 
2006). 
Na fase pré-contemplativa, o indivíduo não consegue mudar nos próximos 
meses e nega a presença de problemas. Os indivíduos muitas vezes são incapazes 
de variar seu comportamento devido à falta de confiança em sua capacidade de 
transformar e muitas vezes não têm um plano para modificar seu comportamento 
alimentar. (SUMMERFIELD, 2012). Tal situação pode ser devido à falta de 
informações precisas sobre as consequências de seu comportamento ou refere-se a 
uma situação em que o indivíduo fez várias tentativas frustradas de variar sua atitude 
e não existe mais forma de alterá-los efetivamente. Em outras palavras, os indivíduos 
neste estágio reconhecem a solução, mas não o problema. 
Durante o período de contemplar, o indivíduo pretende mudar nos próximos 
meses. Essa é a fase em que as pessoas passam mais tempo de estagnação 
(SUMMERFIELD, 2012). O indivíduo está ciente da existência do problema e está 
disposto a mudá-lo, mas não faz previsões sobre quando ele começará. Percebam-
se intervalos do entorno, caso em que o indivíduo vê obstáculos que o impedem de 
realizar mudanças, mesmo diante de benefícios visíveis. 
Uma vez que o indivíduo esteja pronto para fazer a mudança, ele entra na fase 
de preparação, mesmo que seja uma pequena mudança. Um indivíduo passa de um 
estágio para outro somente quando toma consciência das vantagens e desvantagens 
 
28 
 
dessa mudança, porque as vantagens devem superar as desvantagens 
(SUMMERFIELD, 2012). O indivíduo começa a pensar em mudar o comportamento e 
pretende mudá-lo em um futuro próximo, como no próximo mês. Muitas vezes, após 
a superação de tentativas fracassadas anteriores, pequenas mudanças são feitas e 
um plano de ação é executado sem um compromisso sério. 
Ação é o estágio em que uma pessoa muda seu comportamento. A intenção é 
o maior determinante do desejo de um indivíduo de adotar a mudança, nesta fase, é 
necessário descobrir os motivos que ultrapassam o custo da mudança 
(SUMMERFIELD, 2012). Nesta fase, as recaídas são muito grandes e é necessária 
atenção frequente para evitar que isso aconteça. Esta é uma etapa que exige muita 
dedicação e vontade de evitar repeti-la. Por exemplo, alguém que reduz a ingestão de 
alimentos gordurosos para melhorar o perfil lipídico e começa a ver os benefícios 
iniciais da mudança de práticas anteriores pode ser classificado como trabalhando. 
A fase de manutenção é o período em que a mudança de comportamento 
ocorreu e está presente no hábito há mais de seis meses. (TORAL; SLATER, 2007). 
Este é o estágio em que o sujeito deve ficar, caso em que é necessária a prevenção 
da recaída A recaída ocorre quando as pessoas não conseguem se ater às novas 
mudanças, remetendo o indivíduo de volta ao estágio anterior à mudança. Este evento 
faz parte de um processo de mudança e deve ser encarado como um processo de 
aprendizagem, como um reforço para uma continuação mais sólida do tratamento. 
Deve-se notar que esta não é uma etapa estática, pois há uma continuação da 
mudança de comportamento iniciada na etapa anterior. Em termos de alimentação, 
isso pode corresponder a um adulto que está se recuperando da alimentação e se 
alimenta de forma saudável há mais de um ano. 
Uma maneira de minimizar a recorrência é apenas permitir que o indivíduo 
passe de um estágio para outro quando estiver pronto. No entanto, verificamos que 
os indivíduos classificados como regularmente ativos não conseguiram manter suas 
estratégias na primeira tentativa, favorecendo uma nova classificação dos indivíduos 
em períodos anteriores. Em outras palavras, ocorrências repetidas são universais e 
levam à evolução dinâmica e ao desenho espiral de fases de mudança de padrões. 
 
29 
 
9 FARMÁCOS 
As proporções corporais são ilustradas por muitos dos indicadores 
antropométricos apresentados na literatura. Atualmente, o mais utilizado para 
classificar a obesidade é o índice de massa corporal (IMC), equação proposta por 
Quetelet em 1835 (peso/altura²). A faixa de IMC considerada normal é de 19 a 24,9 
kg/m2. Pessoas com IMC entre 25-30 kg/m2 foram consideradas com sobrepeso 
enquanto aquelas entre 30-34,9 kg/m2 foram classificadas como obesas I, 35-39,9 
kg/m2 são classificadas como obesas II e classificadas como obesas III acima de 40,0 
Kg/m2. 
Em 98% dos casos a naturalidade da ádipe é o desequilíbrio entre ingestão e 
a absorção energética. A premissa desse desequilíbrio é que a ingestão é maior que 
a energia exigida pelo organismo. Apenas em 2% dos casos a ádipe tem quanto 
interesse fatores endógenos, por exemplo, hipotireoidismo, distúrbios 
neuroendócrinos e os medicamentos (glicocorticoides, antidepressivos tricíclicos, lítio 
e fenotiazinas). São muitos os prejuízos acarretados pela ádipe, entre eles podemos 
intimar as dificuldades respiratórias, problemas dermatológicos e distúrbios do 
utensílio locomotor. A ádipe favorece o desponta de enfermidades potencialmente 
letais quanto dislipidemias, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus tipo 2 e 
também está associada com alguns tipos de câncer. 
A intervenção farmacológica torna-se necessária quando as mudanças no 
“estilo de vida” não produzem o efeito desejado e/ou quando as comorbidades são 
potencialmente fatais em pacientes obesos. Para as indicações de farmacoterapia no 
tratamento da obesidade, podemos falar que a medicação não deve ser o único critério 
de tratamento; deve se concentrar no tratamento holístico de pacientes obesos e não 
apenas na perda de peso; e o tratamento deve ser prescrito e seguido por um 
especialista. 
Além disso, sob a orientação de um médico e de um consultor farmacêutico, as 
plantas medicinais podem ser uma alternativa no tratamento da obesidade.A Garcinia 
cambogia é um fitoterápico registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) com indicação terapêutica específica para esse fim. 
 
30 
 
9.1 Uso da sibutramina 
A ação farmacológica da sibutramina está relacionada principalmente à inibição 
da recaptação de serotonina e norepinefrina, neurotransmissores que existem em 
maior quantidade e por mais tempo na fenda sináptica, promovendo maior sensação 
de saciedade. Outro efeito que se mostrou relacionado à perda de peso é o aumento 
da taxa metabólica basal do paciente. Apesar desses efeitos, a sibutramina foi 
originalmente sintetizada como um antidepressivo. 
A sibutramina é eficaz no tratamento da obesidade, sobrepeso e componentes 
da síndrome metabólica e seus efeitos são potencializados quando utilizada em 
conjunto com orientação nutricional e atividade física. A sibutramina promoveu 
reduções estatisticamente significativas nos níveis de peso, colesterol total, 
triglicerídeos, LDL e hemoglobina glicada em pacientes obesos e diabéticos. 
Os efeitos colaterais mais comuns foram dor de cabeça, boca seca, 
constipação, insônia e pressão alta. Os efeitos colaterais mais comuns ocorrem em 
10-20% dos casos. Além disso, o efeito adrenérgico do uso de sibutramina pode 
aumentar a pressão arterial em pacientes obesos. 
9.2 Uso da anfepramona 
A anfepramona é estruturalmente semelhante à anfetamina, foi desenvolvida 
para controlar a hiperatividade em crianças e, paradoxalmente, para tratar a 
narcolepsia. No entanto, tem sido amplamente utilizado como um medicamento para 
anorexia devido ao seu efeito colateral de reduzir a fome. Atua na fenda sináptica 
inibindo a recaptação de norepinefrina e aumentando a interação deste 
neurotransmissor com os receptores pós-sinápticos, nos centros alimentares e de 
saciedade do hipotálamo, fazendo com que a fome diminua. No entanto, o aumento 
da atividade noradrenérgica não é seletivo, levando a efeitos adrenérgicos periféricos 
e centrais. 
Tem um efeito rápido (até 20 semanas), mas não mostra uma resposta 
duradoura à medida que a tolerância à anorexia se desenvolve. Induz dependência 
 
31 
 
sem sintomas óbvios de abstinência, no entanto, estima-se que 5% dos usuários 
evoluam para dependência total. 
Estudos clínicos não são considerados para apoiar totalmente sua eficácia no 
tratamento da obesidade. Os ensaios clínicos avaliaram apenas o desfecho primário 
da perda de peso, mas não as melhorias na morbidade e mortalidade associadas às 
complicações da doença relacionada à obesidade, confirmando sua eficácia. 
9.3 Uso da Garcinia Cambogia 
Garcinia é um gênero da família Clusicaceae que inclui muitas espécies de 
arbustos e árvores nativas da África, Ásia, América tropical e Polinésia. Muitas 
espécies de Garcinia são encontradas na Índia, como Garcinia cambogia. Garcinia 
cambogia é uma fruta exótica nativa do sul da Índia usada como tempero para 
adicionar um sabor diferenciado à culinária indiana. O extrato de garcinia é obtido de 
sua casca, e o principal componente químico é o ácido hidroxicítrico (HCA). 
A capacidade de controlar e reduzir o peso corporal se deve a ela, por acelerar 
o próprio processo de utilização da gordura pelo próprio organismo. O mecanismo de 
ação do HCA promovendo a redução da lipogênese está relacionado à inibição da 
clivagem do citrato pela enzima ATP citrato desidrogenase. Ao inibir essa clivagem, o 
HCA impede a liberação de acetil coenzima A, substrato necessário para a síntese de 
ácidos graxos, que induz aumento do glicogênio hepático, reduzindo o apetite e 
aumentando o peso. Outra via metabólica do HCA está relacionada à redução do 
colesterol e da síntese de ácidos graxos no fígado, ajudando a reduzir a concentração 
plasmática de insulina, o que reduz a utilização de glicose pelos tecidos. 
Devido aos efeitos colaterais, há relatos crescentes de hepatotoxicidade na 
literatura. De acordo com o banco de dados de eventos adversos para plantas 
medicinais da ANVISA, foi relatado um relatório de farmacovigilância de anemia 
aplástica, faringite, pneumonia e hemorragia para garcinia cambogia, seguido de 
óbito, em paciente em uso concomitante de métodos contraceptivos. Garcinia 
cambogia pode causar desconforto estomacal leve e não deve ser administrado a 
crianças com menos de 12 anos de idade. 
 
32 
 
9.4 Uso de Orlistate 
Orlistate é derivado de uma substância de fungos (Streptomyces toxytricini 
NR0619), a lipostatina. Esta droga foi introduzida em 1999 por Hoffmann LaRoche 
para indicação na obesidade. Orlistate é um análogo mais estável e parcialmente 
hidrolisado da lipostatina (tetrahidrolipstatina), que inibe a lipase gastrointestinal por 
ligação irreversível (covalente) ao sítio ativo da lipase. 
Orlistate é atualmente o único inibidor de lipase aprovado para perda de peso 
e um potente inibidor de lipase gástrica e pancreática, atuando localmente no lúmen 
intestinal com mínima absorção gastrointestinal. Este medicamento inibe a hidrólise 
dos triglicerídeos em até 30%, reduzindo a taxa de absorção de gordura. A maioria 
dos efeitos colaterais causados pelo Orlistate são gastrointestinais e estão 
relacionados ao seu mecanismo de ação. Aumento do volume das fezes, fezes 
gordurosas, inchaço com ou sem passagem de gordura e urgência dos movimentos 
intestinais foram as reações mais comumente relatadas. 
9.5 Uso da cafeína 
A cafeína pertence a um grupo de compostos solúveis conhecidos como 
purinas (trimetilxantina), encontrados naturalmente no café e grãos de cacau, chá, 
guaraná, chocolate, refrigerantes à base de cola e em forma de comprimido. A cafeína 
estimula a liberação de adrenalina, que atua como antagonista dos receptores de 
adenina nas células adiposas. Com isso, um aumento no nível intracelular de 
adenosina 3'5'monofosfato, ativa a lipase hormônio-sensível, promove a lipólise, com 
liberação de ácidos graxos livres na circulação. Esses compostos, usados para 
energia, armazenam glicogênio. 
A cafeína é solúvel em gordura e, quando entra no corpo, é rapidamente 
absorvida pelo trato digestivo. Seu metabolismo ocorre no fígado, iniciando-se com a 
remoção dos grupos metil 1 e 7, reação catalisada pelo citocromo P 50 1A2, 
resultando na formação de três metilxantinas. Apenas uma pequena quantidade de 
 
33 
 
cafeína pode ser excretada sem alterar sua estrutura química (0,5-3%) e sua detecção 
na urina é relativamente fácil. 
A cafeína afeta quase todos os sistemas do corpo, com seus efeitos mais 
óbvios ocorrendo no sistema nervoso central. Quando consumida em doses baixas (2 
mg/kg), a cafeína aumenta o estado de alerta, reduz a sonolência, reduz a fadiga, 
aumenta a respiração, a liberação de catecolaminas, frequência cardíaca, o 
metabolismo e é diurética. Em alta dosagem (15mg/kg), causa nervosismo, insônia, 
tremores e desidratação. 
É rápida e eficazmente absorvida quando tomada por via oral, atingindo 
concentrações sanguíneas máximas 15 a 60 minutos após a administração oral, 
produzindo efeitos comportamentais, alerta e redução da fadiga, melhor desempenho 
em atividades que exigem mais alerta. A cafeína é considerada incomum em 
comparação com outras substâncias na produção de efeitos benéficos em uma ampla 
gama de rotinas de exercícios: desde os esforços de exercícios mais curtos e intensos 
até aqueles sob exercícios máximos e de alongamento. 
10 PROCEDIMENTOS PARA EMAGRECIMENTO 
A cirurgia é um ramo da medicina especializado no tratamento de deformidades 
externas ou internas, lesões ou doenças realizadas por cirurgia. No quadro das 
possibilidades cirúrgicas, encontra-se a cirurgia plástica, que visa reconstruir 
artificialmente uma parte do corpo. A cirurgia plástica é dividida em cirurgia 
reconstrutiva e cirurgia plástica, com o objetivo anterior de restaurar a função e 
restaurar a forma causada por doença, lesão ou defeitos congênitos. A cirurgia 
plástica visaembelezar melhorando a aparência. No entanto, há uma dificuldade em 
delinear precisamente entre as duas cirurgias, pois ambas visam alcançar o equilíbrio 
da estrutura corporal com o objetivo de ser esteticamente unificador. 
 
34 
 
10.1 Acompanhamento nutricional 
O acompanhamento nutricional é a principal forma de tratamento que deve ser 
realizada em pacientes cujo objetivo é a perda de peso. Existem tipos diferentes de 
dietas e/ou planos alimentares, mas todos eles visam a perda de peso saudável e 
sustentável, promovendo os benefícios para a saúde do paciente. 
Segundo Bernardi e Vitolo (2005.) deve considerar tanto as motivações 
psicológicas do indivíduo para o ato de comer, quanto os efeitos fisiológicos 
decorrentes da recomendação dietética. A atividade física também é essencial para o 
controle do peso, além disso, tem sido implicada em benefícios físicos, psicológicos e 
sociais e no controle da composição lipídica e na redução do risco de doenças 
crônicas, propriedades não degenerativas, como obesidade, diabetes mellitus, 
hipertensão arterial e doenças cardiovasculares. 
10.2 Cirurgia bariátrica 
A cirurgia bariátrica é o tratamento mais eficaz para a obesidade grau III 
(Capoccia et al., 2012). O objetivo do tratamento cirúrgico é melhorar não só a 
qualidade, mas também prolongar a vida das pessoas obesas, abordando os 
problemas físicos e psicossociais causados pelo excesso de peso (Buchwald, 2004). 
Candidatos à bariátrica são pacientes com índice de massa corporal (IMC) 
maior que 40 kg/m² (obesidade grau 3) ou com IMC maior que 35 kg/m em relação às 
seguintes condições: outras doenças, como hipertensão arterial, dislipidemia, 
diabetes tipo 2, apneia do sono, entre outros (Neligan e Williams, 2005). 
No entanto, deve ser contraindicado em casos de doença pulmonar grave, 
casos de insuficiência renal crônica, lesão miocárdica grave e cirrose, ou naqueles 
que discordaram da cirurgia, ou que não puderam ser avaliados, sejam as alterações 
que ocorrerão após a cirurgia, seja devido a distúrbios alimentares, distúrbios 
psicológicos ou deficiências cognitivas. A cirurgia foi classificada como de difícil 
absorção, limitada ou mista. Os processos de má absorção reduzem a absorção de 
macro e micronutrientes. A restrição de atividade reduz a ingestão de alimentos e 
 
35 
 
promove a saciedade rápida após uma refeição. O procedimento misto é uma 
combinação das duas técnicas. 
Dos tratamentos cirúrgicos, os mais conhecidos são: 
 Cirurgia de derivação biliopancreática; 
 Duodenal switch ou cirurgia de hess; 
 Gastroplastia vertical bandada ou cirurgia de mason; 
 Banda gástrica ajustável (anel gástrico); 
 Gastroplastia redutora com bypass gástrico em Y de roux; 
 Terapia auxiliar conhecida como balão intragástrico (american society for 
bariatric surgery, 2012). 
A histerectomia consiste em pancreatectomia Scopinaro e obstrução duodenal, 
na qual um grande segmento do intestino delgado é excluído, prejudicando a absorção 
da maioria dos nutrientes e levando a deficiências nutricionais (American Society of 
Pathological Surgeons, 2012). 
Nessas cirurgias, o estômago, também reduzido de tamanho, mas em menor 
grau, ainda tinha capacidade de aproximadamente 500 mL, a má absorção, causada 
por um intestino curto, é uma das principais causas de perda de peso. 
Também conhecida como pancreatectomia parcial com gastrectomia distal, 
essa cirurgia é uma técnica que promove leve restrição alimentar e relativa má 
absorção, podendo o paciente ingerir quantidades razoáveis de alimentos. (Garrido et 
al., 2002). 
Outro procedimento bastante conhecido é a gastroplastia longitudinal em 
banda, desenvolvida em 1982 por Mason. Esta é uma cirurgia limitada que envolve o 
fechamento parcial do estômago com uma sutura, criando uma cavidade fechada. 
O uso de um anel compartimental resulta em esvaziamento mais lento desse 
“estômago pequeno”. Com este procedimento, os pacientes perdem em média 30% 
do seu peso total durante os primeiros anos (Consenso Latino-Americano de 
Obesidade, 1999). 
A "Lap Band" ou banda gástrica ajustável é outra técnica cirúrgica limitada. 
Consiste na implantação endoscópica de uma faixa de ajuste na parte superior do 
 
36 
 
estômago. Esse artefato é conectado a um dispositivo colocado sob a pele, permitindo 
a produção do volume do recipiente gástrico (Consenso Latino-Americano sobre 
Obesidade, 1999). 
No entanto, nos últimos anos, prevaleceu uma técnica, conhecida como cirurgia 
de Capella. Nesta intervenção, a cirurgia de bypass gástrico é combinada com um 
loop através do estômago em forma de Y (conhecido como Y de Roux). Esta técnica 
envolve restringir o estômago para manter um volume inferior a 30ml. A redução do 
volume da cavidade é conseguida pela colocação de um anel de compartimento na 
saída da cavidade formada (o orifício é inferior a 1,5 cm) e ligando-o a uma alça 
intestinal. Portanto, o consumo de carboidratos simples pode causar a chamada 
síndrome de "dumping" (náuseas, vômitos, ondas de calor, dor epigástrica, sintomas 
de hipoglicemia). Esta síndrome pode desempenhar um papel importante na 
manutenção da perda de peso. Com este procedimento, os pacientes recebem uma 
média de perdas de aproximadamente 35% a longo prazo. Esta é uma técnica segura 
com uma baixa taxa de morbidade (Buchwald, 2005). 
O balão gástrico é reconhecido como coadjuvante do preparo pré-operatório, 
que é um procedimento laparoscópico não cirúrgico para o implante de uma prótese 
de silicone, destinado ao para reduzir o volume do estômago e criar uma sensação de 
plenitude. O balão é preenchido com 500 ml de líquido azul de metileno que, se vazar 
ou estourar, será expelido na cor azul da urina. Os pacientes mantiveram a bola por 
uma média de seis meses. É indicado em pacientes com excesso de peso ou em 
pacientes pré-operatórios com excesso de (IMC superior a 50 kg/m2) (Sociedade 
Brasileira de Cirurgia Metabólica e Astênica, 2012). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
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	1 INTRODUÇÃO
	2 O ATUAL QUADRO DA OBESIDADE
	2.1 Influências no comportamento alimentar
	2.2 Forma de avaliação nutricional
	2.2.1 Métodos convencionais
	2.3 Exame físico
	2.4 Antropometria
	2.4.1 Altura
	2.4.2 Peso
	2.4.3 Combinação peso e altura
	2.4.4 Circunferência
	2.4.5 Pregas cutâneas
	3 EXAMES LABORATORIAIS
	3.1 Hematológico
	3.2 Avaliação da proteína
	3.2.1 Albumina
	3.2.2 Transferrina
	3.2.3 Pré-Albumina
	3.2.4 Creatina
	3.2.5 Balanço nitrogenado
	3.2.6 Colesterol Sérico
	4 ASPECTO DO IDOSO
	5 HORMONIO E METABOLISMO
	5.1 Leptina
	5.2 Grelina
	6 FATORES FISIOLÓGICOS NO CONTROLE DE PESO E APETITE
	6.1 Fatores neuronais:
	6.2 Fatores endócrinos e adipocitários
	6.3 Fatores intestinais
	7 PLANEJAMENTO NUTRICIONAL
	7.1 Implementação da Dietoterapia
	7.2 Educação nutricional
	7.3 Boa alimentação na prática esportiva
	7.4 Prática de exercício e alimentação: recomendações.
	7.5 Hidratação
	8 PROCESSO DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO
	8.1 Fatores de influência
	9 FARMÁCOS
	9.1 Uso da sibutramina
	9.2 Uso da anfepramona
	9.3 Uso da Garcinia Cambogia
	9.4 Uso de Orlistate
	9.5 Uso da cafeína
	10 PROCEDIMENTOS PARA EMAGRECIMENTO
	10.1 Acompanhamento nutricional
	10.2 Cirurgia bariátrica
	11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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