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08/07/2021 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA CAMPUS DE ALEGRETE Estruturas de Concreto Armado I Curso: Engenharia Civil Professor: Telmo E. C. Deifeld Aulas 05 e 06 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 2 FLEXÃO NORMAL (simples ou composta) Ocorre quando o plano de carregamento ou da resultante é perpendicular à linha neutra (LN), ou, em outras palavras, quando o plano contém um dos eixos principais de inércia da seção. FLEXÃO OBLÍQUA (simples ou composta) Ocorre quando o plano de carregamento não é normal à LN, ou quando o momento fletor tem uma componente normal ao plano de simetria, ou ainda, quando não houver simetria na ST. 1 2 08/07/2021 2 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 3 FLEXÃO SIMPLES Ocorre quando não há esforço normal atuando na seção. A flexão simples pode ser normal ou oblíqua. FLEXÃO COMPOSTA Ocorre quando há esforço normal atuando na seção, com ou sem esforço cortante. TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 4 FLEXÃO PURA É um caso particular da flexão (simples ou composta), em que não há esforço cortante atuante. FLEXÃO NÃO PURA Ocorre quando há esforço cortante atuando na seção. 3 4 08/07/2021 3 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 5 CLASSIFICAÇÃO DOS CONCRETOS A ABNT NBR 8953:2015 e classifica os concretos estruturais em três critérios: - Massa Específica - Grupos de Resistência - Trabalhabilidade TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 6 CLASSIFICAÇÃO DOS CONCRETOS - Massa Específica Os concretos são classificados em normais, leves ou pesado/denso em função de sua massa específica, classificação que não ocorria em nenhuma outra norma. Leves (CL) – aqueles com massa específica seca menor do que 2000 kg/m3 Normais (C) – aqueles com massa específica seca entre 2000 kg/m3 e 2800 kg/m3 Pesados ou densos (CD) – aqueles com massa específica seca maior do que 2800 kg/m3 5 6 08/07/2021 4 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 7 CLASSIFICAÇÃO DOS CONCRETOS - Grupos de Resistência A Norma classifica os concretos em 3 grupos, sendo os grupos I e II concretos estruturais e um grupo de concretos não estruturais que seriam os fck 10 MPa e o 15 MPa. Os concretos do Grupo I começam com o fck 20 MPa e vão até o fck 50 MPa. Os concretos do Grupo II são considerados de alto desempenho e começam com fck 55 MPa e atingem até fck 100 MPa. TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 8 CLASSIFICAÇÃO DOS CONCRETOS - Grupos de Resistência ABNT NBR 8953:2015 7 8 08/07/2021 5 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 9 CLASSIFICAÇÃO DOS CONCRETOS - Trabalhabilidade A Norma classifica os concretos pela sua trabalhabilidade, sendo criadas 5 classes de consistência no estado fresco: ABNT NBR 8953:2015 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 10 CLASSIFICAÇÃO DOS CONCRETOS - Trabalhabilidade Em todas as classes há exemplos de aplicações típicas o que facilita o entendimento e a especificação por parte dos especificadores do concreto. Com essa classificação (baseada nas Normas Europeias) estimulamos o uso de concreto mais trabalháveis que agilizam a descarga e a aplicação do concreto, facilita o bombeamento, e evitam deficiências de adensamento do concreto e a decorrente perda de resistência e desempenho da estrutura. 9 10 08/07/2021 6 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 11 Quando um carregamento crescente é introduzido em uma viga de concreto, conforme é mostrado na Figura abaixo, uma seção qualquer sofre um giro crescente, definindo uma região tracionada e outra comprimida na seção transversal da viga. Viga de concreto sujeita a um carregamento TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 12 Ao adicionarmos armadura, teremos uma viga de concreto armado. Neste caso o aço e o concreto localizados na região tracionada, passam a experimentar um alongamento crescente, proporcional ao giro da seção transversal. No momento em que a fibra mais tracionada de concreto atinge o valor limite de alongamento, ocorre a ruptura dessa fibra, e o consequente o aparecimento de uma fissura. Viga de concreto armado sujeita a um carregamento crescente 11 12 08/07/2021 7 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 13 Na medida em que o giro da seção aumenta, pois cresce o carregamento, as fibras vizinhas vão passando pelo mesmo processo, e a fissura inicial vai crescendo, caminhando em direção à linha neutra da viga, a partir do bordo tracionado. Na região comprimida o concreto experimenta, inicialmente, baixos níveis de tensão normal, mantendo uma relação tensão- deformação linear. A medida em que o carregamento aumenta, a relação tensão-deformação deixa de ser linear, assumindo a forma parabólica. Distribuição de tensões na seção transversal TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 14 Esse comportamento da viga de concreto é subdividido em diferentes fases, denominadas de estádios de flexão, que apresentam comportamentos distintos do concreto tracionado e comprimido, sendo denominados de estádios I, II e III. Normalmente as peças de concreto se encontram nos estádios I e II quando estão sob as ações de serviço. 13 14 08/07/2021 8 ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 15 ESTÁDIO I O que caracteriza o estádio I é o fato da carga (P) ser de pequena intensidade e a viga apresentar pequena deformação, de modo que o concreto na seção (S1) não se encontra ainda fissurado, significando que as tensões de tração no concreto (σct) são inferiores à sua resistência à tração ftk. Nessa situação, supõe-se que haja linearidade entre tensão e deformação (Lei de Hooke) e as deformações especificas do aço e do concreto são iguais (εs= εc) devido a aderência. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 16 ESTÁDIO I Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio I) ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO 15 16 08/07/2021 9 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 17 ESTÁDIO I Pode-se calcular a rigidez do elemento nesse estádio, considerando a seção homogeneizada e a contribuição do concreto na resistência à tração. Além disso, pode-se tomar o módulo de deformação do concreto tangente na origem. A homogeneização da seção consiste em considerar no lugar da área de aço existente (As), uma área de concreto equivalente (Aceq), ou seja, uma área fictícia de concreto que suporte a mesma resultante (Rs) que atua na área de aço (As): ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 18 ESTÁDIO I Aumentando gradativamente o valor da carga (P), haverá um ponto em que a tensão de tração no concreto atingirá o valor limite de sua resistência à tração (σct=fct) e a seção transversal apresentará uma relação não mais linear entre tensão e deformação para a região tracionada. Nessa fase é calculado um parâmetro importante no estudo dos estados limites de utilização: o momento de fissuração da peça, que separa o estádio I do estádio II. ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO 17 18 08/07/2021 10 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 19 ESTÁDIO I Conhecido o momento de fissuração, é possível calcular a armadura mínima, de modo que esta seja capaz de absorver, com adequada segurança, as tensões causadas por um momento fletor de mesma magnitude. Portanto, o estádio I termina quando a seção fissura. ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 20 ESTÁDIO II Neste nível de carregamento, o concreto não mais resiste à tração e a seção se encontra fissurada na região de tração. A contribuição do concreto tracionado deve ser desprezada. No entanto, a parte comprimida ainda mantém um diagrama linear de tensões, permanecendo válida a lei de Hooke. ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO 19 20 08/07/2021 11 ESTRUTURASDE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 21 ESTÁDIO II Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio II) ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 22 ESTÁDIO II Para o cálculo da posição (x) da linha neutra no estádio II puro, impõe-se o momento estático da seção homogeneizada, em relação à linha neutra, igual a zero. Determina-se a profundidade da linha neutra para vigas de seção retangular considerando-se: ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO O momento de inércia da seção no estádio II puro, em relação à linha neutra, pode ser obtido por: 21 22 08/07/2021 12 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 23 ESTÁDIO II ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO 2 2 0 2 0 2 2 2 0 e s e s e s e s e s X b X A d X X b A X A d A A d X X b b ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 24 ESTÁDIO II Basicamente, o estádio II serve para a verificação da peça em serviço. Como exemplos, citam-se o estado limite de abertura de fissuras e o estado limite de deformações excessivas. Com a evolução do carregamento, as fissuras caminham no sentido da borda comprimida, a linha neutra também e a tensão na armadura cresce, podendo atingir o escoamento ou não. O estádio II termina com o inicio da plastificação do concreto comprimido. ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO 23 24 08/07/2021 13 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 25 ESTÁDIO III No estádio III, a zona comprimida encontra-se plastificada e o concreto dessa região está na iminência da ruptura. Admite-se que o diagrama de tensões seja da forma parabólico- retangular, também conhecido como diagrama parábola-retângulo. ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 26 ESTÁDIO III compressão igual a 0,85fcd, e um trecho no qual a tensão varia segundo uma parábola do segundo grau. ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO DIAGRAMAS DE TENSÃO O diagrama parábola-retângulo é formado por um trecho retangular, para deformação de compressão variando de eC2 (0,2% para fck ≤ 50 MPa) até eCU (0,35%), com tensão de ec2 25 26 08/07/2021 14 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 27 Comportamento do concreto na flexão pura (Estádio III) ESTÁDIO III ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO ec2 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 28 ESTÁDIO III A Norma Brasileira permite, para efeito de cálculo, que se trabalhe com um diagrama retangular equivalente. A resultante de compressão e o braço em relação à linha neutra devem ser aproximadamente os mesmos para os dois diagramas.. Diagrama retangular ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO λ = 0,8, para fck ≤ 50 MPa λ = 0,8 – (fck – 50)/400, para fck > 50 MPa y = λx c fcd ou 0,9c fcd ec2 27 28 08/07/2021 15 ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 29 ESTÁDIO III É no estádio III que é feito o dimensionamento, situação em que denomina “cálculo na ruptura” ou “cálculo no estádio III”. ESTÁDIOS DE FISSURAÇÃO TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 30 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO a) As seções transversais planas permanecem planas após o início da deformação até o estado limite último; as deformações são, em cada ponto, proporcionais à sua distância até a LN da ST (Hipótese de Bernoulli ); b) Admite-se solidariedade perfeita entre o concreto e a armadura; c) As tensões de tração no concreto, normais à ST, são desprezadas; 29 30 08/07/2021 16 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 31 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO d) A ruína da ST, para qualquer tipo de flexão no ELU, fica caracterizada por deformações específicas de cálculo do concreto (ec), na fibra mais comprimida, e do aço (es), próximas a borda mais tracionadas, em que uma delas ou ambas atingem os valores últimos (máximos) das deformações específicas destes materiais. Os diversos casos possíveis de distribuição das deformações do concreto e do aço na ST definem os domínios de deformação. TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 32 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO e) Os encurtamentos últimos (máximos) do concreto no ELU, que correspondem ao encurtamento específico de ruptura, valem: — para concretos de classes até C50: εc2 = 2,0 ‰ – nas seções inteiramente comprimidas; εcu = 3,5 ‰ – nas seções não inteiramente comprimidas (flexão) — para concretos de classes C55 até C90: εc2 = 2,0 ‰ + 0,085 ‰ ⋅(fck – 50)0,53 – compressão; εcu = 2,6 ‰ + 35 ‰ ⋅ [(90 – fck)/100]4 – flexão 31 32 08/07/2021 17 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 33 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO e) O alongamento último (máximo) permitido para as armaduras tracionadas é: • esu=10,0.10-3 (10,0‰), para prevenir deformação plástica excessiva. TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 34 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO g) A tensão nas armaduras pode ser obtida a partir dos diagramas de tensão-deformação. Diagrama simplificado tensão-deformação para aços de armaduras passivas com ou sem patamar de escoamento 33 34 08/07/2021 18 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 35 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO h) Admite-se que a distribuição de tensões no concreto seja feita de acordo com o diagrama parábola-retângulo, com base no tensão-deformação simplificado do concreto. Diagrama parábola-retângulo λ = 0,8, para fck ≤ 50 MPa λ = 0,8 – (fck – 50)/400, para fck > 50 MPa c fcd ou 0,9c fcd εc2 y = λx TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 36 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO h) Admite-se que a distribuição de tensões no concreto seja feita de acordo com o diagrama parábola-retângulo, com base no tensão-deformação simplificado do concreto. Diagrama tensão-deformação simplificado do concreto 35 36 08/07/2021 19 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 37 O diagrama parábola-retângulo é composto por uma parábola de 20 grau, com vértice na fibra correspondente à deformação de ec2 e um trecho reto entre as deformações ec2 e ecu. É permitido substituí-lo por um retângulo de altura y (profundidade da LN) com as seguinte tensão: c ck c cd c f f 0,9 0,9 c ckc cd c f f Zonas comprimidas de largura constante, ou crescente no sentido das fibras mais comprimidas, a partir da LN. Zonas comprimidas de largura decrescente no sentido das fibras mais comprimidas, a partir da LN. HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO c TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 38 Zonas comprimidas de largura constante, ou crescente no sentido das fibras mais comprimidas, a partir da LN. Zonas comprimidas de largura decrescente no sentido das fibras mais comprimidas, a partir da LN. HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO Alguns tipos de seção e respectivas tensões, para diagrama retangular 37 38 08/07/2021 20 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 39 NOMENCLATURA bw - Largura da alma de uma viga c - Cobrimento da armadura em relação à face do elemento d - Altura útil: distância entre o centro de gravidade da armadura longitudinal tracionada até a fibra mais comprimida de concreto; d’ - Distância entre o centro de gravidade da armadura longitudinal comprimida até a fibra mais comprimida de concreto; e - Excentricidade de cálculo oriunda dos esforços solicitantes MSd e NSd f - Resistência h – Altura total da seção transversal s - Espaçamento das barras da armadura w - Abertura de fissura TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 40 NOMENCLATURA x - Altura da linha neutra: distância da borda mais comprimida do concreto até o ponto em que as tensões e as deformações são nulas (distância da linha neutra ao ponto de maior encurtamento da seção transversal de uma peça fletida). y - Altura da linha neutra convencional: altura do diagrama retangular de tensões de compressão no concreto na seção transversalde uma peça fletida. É uma idealização que simplifica o equacionamento do problema e conduz a resultados bem próximos daqueles que são obtidos pelo diagrama parábola-retângulo. z - Braço de alavanca: distância entre o ponto de aplicação da resultante das tensões normais de compressão no concreto até o da resultante das tensões normais de tração do aço (distância entre o centro de gravidade da armadura de tração e o centro de gravidade da região comprimida do concreto) 39 40 08/07/2021 21 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 41 NOMENCLATURA A - Área da seção cheia Ac - Área da seção transversal de concreto As - Área da seção transversal da armadura longitudinal de tração As´ - Área da seção da armadura da armadura longitudinal de compressão Ic - Momento de inércia da seção de concreto TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 42 NOMENCLATURA M – Momento fletor M1d - Momento fletor de 1a ordem de cálculo M2d - Momento fletor de 2a ordem de cálculo MRd - Momento fletor resistente de cálculo MSd - Momento fletor solicitante de cálculo Nd - Força normal de cálculo NRd - Força normal resistente de cálculo NSd - Força normal solicitante de cálculo 41 42 08/07/2021 22 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 43 NOMENCLATURA R - Reação de apoio Rd - Esforço resistente de cálculo Sd - Esforço solicitante de cálculo T – Temperatura Vd - Força cortante de cálculo TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 44 NOMENCLATURA c - Coeficiente de ponderação da resistência do concreto f - Coeficiente de ponderação das ações m - Coeficiente de ponderação das resistências p - Coeficiente de ponderação das cargas oriundas da protensão s - Coeficiente de ponderação da resistência do aço ε - Deformação específica εc - Deformação específica do concreto εp - Deformação específica da armadura ativa εs - Deformação específica do aço da armadura passiva θ - Rotação 43 44 08/07/2021 23 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 45 NOMENCLATURA λ - Índice de esbeltez n - Coeficiente de Poisson ρ - Taxa geométrica de armadura longitudinal de tração ρc - Massa específica do concreto ρmín - Taxa geométrica mínima de armadura longitudinal de vigas e pilares ρs - Taxa geométrica de armadura aderente passiva TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 46 NOMENCLATURA σc - Tensão à compressão no concreto σct - Tensão à tração no concreto σRd - Tensões normais resistentes de cálculo σs - Tensão normal no aço de armadura passiva σSd - Tensões normais solicitantes de cálculo tRd - Tensões de cisalhamento resistentes de cálculo tSd - Tensão de cisalhamento solicitante de cálculo twd - Tensão de cisalhamento de cálculo, por força cortante 45 46 08/07/2021 24 TIPOS DE FLEXÃO ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 47 NOMENCLATURA f - Diâmetro das barras da armadura fl - Diâmetro das barras de armadura longitudinal de peça estrutural fn - Diâmetro equivalente de um feixe de barras ft - Diâmetro das barras de armadura transversal j - Coeficiente de fluência DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 48 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA São situações em que pelo menos um dos materiais − o aço ou o concreto − atinge o seu limite de deformação: alongamento último do aço (εcu = 1,0%) encurtamento último do concreto (εcu na flexão e εc2 na compressão simples). O primeiro caso é denominado ruína por deformação plástica excessiva do aço, e o segundo, ruína por ruptura do concreto. 47 48 08/07/2021 25 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 49 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA encurtamento último do concreto (εcu na flexão e εc2 na compressão simples). — para concretos de classes até C50: εc2 = 2,0 ‰; εcu = 3,5 ‰ — para concretos de classes C55 até C90: εc2 = 2,0 ‰ + 0,085 ‰ ⋅(fck – 50)0,53 εcu = 2,6 ‰ + 35 ‰ ⋅ [(90 – fck)/100]4 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 50 Ruína por Deformação Plástica Excessiva Considerando-se uma seção com armadura dupla: Seção retangular com armadura dupla, Vista lateral da peça e diagrama com os limites das deformações Nesse diagrama, a linha tracejada à esquerda corresponde ao alongamento máximo de 1% − limite do aço −, e a linha tracejada à direita, ao encurtamento máximo do concreto na flexão: εcu. A linha cheia corresponde à deformação nula, ou seja, separa as deformações de alongamento e as de encurtamento. EncurtamentoAlongamento 49 50 08/07/2021 26 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 51 Diagrama Único da NBR 6118:2014 Domínios de deformação na ruína P/ fck ≤ 50 Mpa→ DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 52 Diagrama Único da NBR6118 Alongamento de 1% – Reta a ZERO Reta a 51 52 08/07/2021 27 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 53 Ruína por Deformação Plástica Excessiva a) Reta a A linha correspondente ao alongamento constante e igual a 1% é denominada reta a. Ela pode ser decorrente de tração simples, se as áreas de armadura As e A’s forem iguais, ou de uma tração excêntrica em que a diferença entre As e A’s seja tal que garanta o alongamento uniforme da seção. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 54 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 1 ZERO 53 54 08/07/2021 28 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 55 Ruína por Deformação Plástica Excessiva b) Domínio 1 Para diagramas de deformação em que ainda se tenha tração em toda a seção, mas não-uniforme, com εs = 1% na armadura As e deformações na borda superior variando entre 1% e zero, tem-se os diagramas de deformação num intervalo denominado domínio 1. Neste caso a posição x da linha neutra varia entre −∞ e zero. O domínio 1 corresponde a tração excêntrica. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 56 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 2 ZERO 55 56 08/07/2021 29 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 57 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 2 ZERO DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 58 Ruína por Deformação Plástica Excessiva c) Domínio 2 O domínio 2 corresponde a alongamento εs = 1% e compressão na borda superior, com εc variando entre zero e εcu. Neste caso a linha neutra já se encontra dentro da seção, correspondendo a flexão simples ou a flexão composta, com força normal de tração ou de compressão. O domínio 2 é o último caso em que a ruína ocorre com deformação plástica excessiva da armadura. 57 58 08/07/2021 30 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 59 Ruína por Ruptura do Concreto na Flexão De agora em diante, serão considerados os casos em que a ruína ocorre por ruptura do concreto comprimido. Como já foi visto, denomina-se flexão a qualquer estado de solicitações normais em que se tenha a linha neutra dentro da seção. Na flexão, a ruptura ocorre com deformação específica de ecu na borda comprimida. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 60 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 3 ZERO 59 60 08/07/2021 31 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 61 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 3 ZERO DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURASDE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 62 a) Domínio 3 No domínio 3, há deformação εcu na borda comprimida e εs varia entre 1% e εyd, ou seja, o concreto encontra-se na ruptura e o aço tracionado em escoamento. Nessas condições, a seção é denominada subarmada. Tanto o concreto como o aço trabalham com suas resistências de cálculo. Portanto, há o aproveitamento máximo dos dois materiais. A ruína ocorre com aviso, pois a peça apresenta deslocamentos visíveis e intensa fissuração. Ruína por Ruptura do Concreto na Flexão 61 62 08/07/2021 32 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 63 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 4 Domínio 4 (εyd > εs > 0) ZERO DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 64 b) Domínio 4 No domínio 4, permanece a deformação εcu na borda comprimida e εs varia entre εyd e zero, ou seja, o concreto encontra-se na ruptura, mas o aço tracionado não atinge o escoamento. Portanto, ele é mal aproveitado. Neste caso, a seção é denominada superarmada. A ruína ocorre sem aviso, pois os deslocamentos são pequenos e há pouca fissuração. Ruína por Ruptura do Concreto na Flexão 63 64 08/07/2021 33 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 65 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 4a ZERO DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 66 Ruína por Ruptura do Concreto na Flexão c) Domínio 4a No domínio 4a, as duas armaduras são comprimidas. A ruína ainda ocorre com εcu na borda comprimida. A deformação na armadura As é muito pequena, e portanto essa armadura é muito mal aproveitada. A linha neutra encontra-se entre d e h. Esta situação só é possível na flexocompressão. 65 66 08/07/2021 34 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 67 Diagrama Único da NBR6118 Domínios de deformação na ruína Domínio 5 ZERO DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 68 Ruína de Seção Inteiramente Comprimida a) Domínio 5 No domínio 5 tem-se a seção inteiramente comprimida (x > h), com εc constante e igual a ec2 na linha distante da borda mais comprimida. Na borda mais comprimida, εc varia de εcu à εc2. O domínio 5 só é possível na compressão excêntrica. 2cu c cu h e e e → P/ fck ≤ 50 Mpa 67 68 08/07/2021 35 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 69 Encurtamento de ec2 – Reta b ZERO Reta b Diagrama Único da NBR6118 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 70 Ruína de Seção Inteiramente Comprimida a) Reta b Na reta b tem-se deformação uniforme de compressão, com encurtamento igual a eC2 (0,2% para fck ≤ 50 MPa). Neste caso, x tende para +∞. 69 70 08/07/2021 36 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 71 Diagrama Único da NBR 6118 Para todos os domínios de deformação, com exceção das retas a e b, a posição da linha neutra pode ser determinada por relações de triângulos. Verifica-se, nesta figura, que da reta a para os domínios 1 e 2, o diagrama de deformações gira em torno do ponto A, o qual corresponde à ruína por deformação plástica excessiva da armadura As. DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 72 Nos domínios 3, 4 e 4a, o diagrama de deformações gira em torno do ponto B, relativo à ruptura do concreto com εcu=0,35%(1) na borda comprimida. Finalmente, verifica-se que do domínio 5 e para a reta b, o diagrama gira em torno do ponto C O ponto C correspondente à deformação de εc2 e está distante 3/7*h (1) da borda mais comprimida para os casos em que fck ≤ 50 MPa. (1) - Valor válido para os casos em que fck ≤ 50 MPa Diagrama Único da NBR 6118 71 72 08/07/2021 37 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 73 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO Reta a ZERO ec =-10 o/oo ec2 ecu DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 74 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO ZERO -10 o/oo <ec < 0 Domínio 1 ec2 ecu 73 74 08/07/2021 38 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 75 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO ZERO Domínio 2 ec2 ecu DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 76 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO ZERO Domínio 3 ec2 ecu 75 76 08/07/2021 39 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 77 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO ZERO Domínio 4 e 4a ec2 ecu DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 78 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO ZERO Domínio 5 ec2 ecu 77 78 08/07/2021 40 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 79 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO Reta b ZERO ec2 ecu DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 80 Diagrama Único da NBR6118 AÇO CONCRETO Reta A D1 D2 D3 D4 D4a D5 Reta B Reta A D1 D2 D2 D3 D4 D4a D5 Reta B ec2 ecu 79 80 08/07/2021 41 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 81 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES HIPÓTESES No dimensionamento à flexão simples, os efeitos do esforço cortante podem ser considerados separadamente. Portanto, será considerado somente o momento fletor, ou seja, flexão pura. Admite-se a perfeita aderência entre as armaduras e o concreto que as envolve, ou seja, a deformação específica de cada barra da armadura é igual à do concreto adjacente. A resistência do concreto à tração é desprezada, ou seja, na região do concreto sujeita à deformação de alongamento, a tensão no concreto é considerada nula. FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 82 HIPÓTESES Nas peças de concreto submetidas a solicitações normais, admite- se a validade da hipótese de manutenção da forma plana da seção transversal até o estado limite último, desde que a relação abaixo seja mantida: → distância entre as seções de momento fletor nulo → altura útil da seção Com a manutenção da forma plana da seção, as deformações específicas longitudinais em cada ponto da seção transversal são proporcionais à distância até a linha neutra. 0 2 l d d 0l 81 82 08/07/2021 42 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 83 DIAGRAMA DE TENSÕES NO CONCRETO Permite-se substituir o diagrama parábola-retângulo pelo retangular, com altura y = x λ = 0,8, para fck ≤ 50 MPa λ = 0,8 – (fck – 50)/400, para fck > 50 MPa c fcd ou 0,9c fcd εc2 y = λx e tensão σcd = c fcd ou σcd = c fck/c exceto nos casos em que a seção diminuir a partir da linha neutra no sentido da borda mais comprimida. FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 84 DIAGRAMA DE TENSÕES NO CONCRETO 83 84 08/07/2021 43 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 85 DIAGRAMA DE TENSÕES NO CONCRETO Nos casos em que a seção diminuir a partir da linha neutra no sentido da borda mais comprimida σcd = 0,9 c fcd ou σcd = 0,9 c fck/c FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 86 DIAGRAMA DE TENSÕES NO CONCRETO Alguns tipos de seção e respectivas tensões, para diagrama retangular Diagrama de tensões σcd = 0,9 c fcdσcd = c fcd σcd = c fcd ou σcd = 0,9 c fcd εc2 εcu y = x 85 86 08/07/2021 44 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 87 Define-se o coeficiente bx como sendo a razão entre a distância entreo CG da armadura e a fibra mais comprimida (d) e a posição da linha neura (x) Desta forma, a profundidade da linha neutra pode ser expressa em função de bx , tido por x x d b DIAGRAMA DE TENSÕES NO CONCRETO cu x cu s eb e e FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 88 DOMÍNIOS POSSÍVEIS Na flexão, como a tração é resistida pela armadura, a posição da linha neutra deve estar entre zero e d (domínios 2, 3 e 4), já que para x < 0 (domínio 1) a seção está toda tracionada, e para x > d (domínio 4a e 5) a seção útil está toda comprimida. 87 88 08/07/2021 45 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 89 DOMÍNIO 2 No domínio 2, a ruína se dá por deformação plástica excessiva do aço, com a deformação máxima de 10‰; portanto, σsd=fyd. ‰ A deformação no concreto varia de 0 até εcu. Logo, o concreto não trabalha com sua capacidade máxima e, portanto, é mal aproveitado. A profundidade da linha neutra é expressa por 23 cu x cu s eb e e 10yde FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 90 DOMÍNIO 2 Para os casos em que fck ≤ 50 MPa A profundidade da linha neutra varia de 0 até 0,259 d (0<βx<0,259), pois: Em que βx23 expressa o valor de βx no limite entre os domínios 2 e 3. 23 3,5 0,259 3,5 10 cu x cu s eb e e 89 90 08/07/2021 46 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 91 DOMÍNIO 2 Deformações no Domínio 2 23 3,5 0,259 3,5 10 c x c s eb e e ZERO Para os casos em que fck ≤ 50 MPa FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 92 DOMÍNIO 3 No domínio 3, a ruína se dá por ruptura do concreto com deformação máxima εc = εcu e, na armadura tracionada, a deformação varia de εyd até 10‰, ou seja, o aço está em escoamento, com tensão σs = fyd. É a situação ideal de projeto, pois há o aproveitamento pleno dos dois materiais. A ruína é dúctil, pois ela ocorre com aviso, havendo fissuração aparente e flechas significativas. Diz-se que as seção é subarmada. 34 ; ydcux yd cu s s f E eb e e e 91 92 08/07/2021 47 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 93 DOMÍNIO 3 A posição da linha neutra varia de 0,259 d até βx34 (0,259 < βx < βx34). 34 3,5 ; 3,5 ydc x yd c s syd f E eb e e e e Para os casos em que fck ≤ 50 MPa FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 94 DOMÍNIO 3 Deformações no Domínio 3 34 3,5 ; 3,5 ydc x yd c s syd f E eb e e e e ZERO Para os casos em que fck ≤ 50 MPa 93 94 08/07/2021 48 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 95 DOMÍNIO 4 Assim como no domínio 3, o concreto encontra-se na ruptura, com εc=εcu. Porém, o aço apresenta deformação abaixo de εyd e, portanto, ele está mal aproveitado. O dimensionamento nesse domínio é uma solução antieconômica, além de perigosa, pois a ruína se dá por ruptura do concreto e sem escoamento do aço. É uma ruptura brusca, ou seja, ocorre sem aviso. FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 96 DOMÍNIO 4 Deformações no Domínio 4 ZERO Para os casos em que fck ≤ 50 MPa 95 96 08/07/2021 49 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 97 DOMÍNIO 4 Quando as peças de concreto são dimensionadas nesse domínio, diz-se que elas são superarmadas, devendo ser evitadas; para isso pode-se usar uma das alternativas: Aumentar a altura h, porque normalmente b é fixo, dependendo da espessura da parede em que a viga é embutida; Fixar x como xlim34, ou seja, βx = βx34, e adotar armadura dupla; Outra solução é aumentar a resistência do concreto (fck). FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 98 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Para o dimensionamento de peças na flexão simples com armadura dupla, considera-se que as barras que constituem a armadura estão agrupadas, concentradas no centro de gravidade dessas barras. Resistências e deformações na seção εcu y = x Rcd Rcd R’sd Rsd σcd 97 98 08/07/2021 50 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 99 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO 0cd sd sdR R R As equações de equilíbrio de forças e de momentos são, respectivamente: 0 2d f k cd sd sd y M M R d R d d R 0 0 x As F M Rcd R’sd Rsd y = x Rcd FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 100 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO sd s sdR A As forças resultantes no concreto (Rc) e nas armaduras (Rs e R’s) são dadas por: sd s sdR A cd cd c cdR b y b x f 0cd sd sdR R R 0 2d f k cd sd sd y M M R d R d d R As equações de equilíbrio de forças e de momentos são, respectivamente: 0,9cd cd c cdR b y b x f OBS: Nos casos em que a seção diminuir a partir da linha neutra no sentido da borda mais comprimida Rcd 99 100 08/07/2021 51 FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 101 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO O que resulta, para o caso de armadura dupla e seção T verdadeira E para o caso de seção retangular com armadura simples: 2 0 1 2 + 2 c w x cd s s s s c cd f w f d c w x cd x s f c cd f w f b d f A A f b b h M b d f A d d h f b b h d b b b 2 0 1 2 c x cd s s d c w x cd x b d f A M b d f b b b x x d b cd c cdR b x f FLEXÃO SIMPLES NA RUÍNA: EQUAÇÕES ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I - AULA 05 102 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO Para os casos em que fck ≤ 50 MPa 101 102
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