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Estomatite Felina.pptx (1)

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Cristian Lopes Caldas¹, Debora Mendes Varjão¹, Donatan Oliveira de Andrade¹, Jackson Douglas Mendes da Silvia¹, Jazmim 
Sheyla Pacheco Avila¹, Jéssica Borges de Oliveira¹, Yasmim Cordeiro Miguel¹, Daniela de Alcântara Leite dos Reis², Simone 
Rodrigues Ambrosio², Paulo Sergio Salzo², Milena Rodrigues Soares 3
¹Alunos do Curso de Medicina Veterinária, ²Professor Orientador [USJT] e 3 Coordenador do Curso de Medicina Veterinária 
(USJT)
INTRODUÇÃO
PATOGENIA
SINAIS CLÍNICOS
A estomatite surge devido à resposta imunológica do organismo perante a placa bacteriana, que é 
regulada pelo sistema imune local de cada indivíduo. Outros fatores podem estar associados a uma 
disfunção da resposta imunológica a infecções multifatoriais, incluindo vírus, doenças 
imunomediadas, conformação oral, genética, nutrição, meio ambiente e a domesticação de um 
modo geral (HENNET, 1997; LOMMER & VERSTRAETE, 2003; GRUFFYDD-JONES, 1991).
O sistema imunológico responde à inflamação gengival crônica por meio da produção de 
anticorpos, sendo os plasmócitos e os linfócitos as primeiras células a surgir e predominar nesse 
tipo de inflamação (HARLEY, 2003; MARTIJIN, 2008). (FIGURA 1)
Microrganismos mais importantes: Vírus- FIV, Calicivírus; Bactérias- Microbiota Natural, Bartonella 
Henselae; Fungos- Esporotricose. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O complexo gengivite estomatite felina é uma doença pouco conclusiva e a condição do animal influenciará 
no resultado do tratamento. É uma patologia de caráter crônico e os proprietários devem estar cientes da 
gravidade da doença. Dentre todas as alternativas de tratamento, é indispensável o tratamento periodontal 
associado, com tratamento suporte, uma vez que a presença de tártaro pode ser um fator que provoca as 
lesões. O trabalho em questão contribuiu para o conhecimento dos graduandos, proporcionando a 
oportunidade de novas experiências, aumento de conhecimento sobre a doença e conhecimento de diversas 
áreas de atuação da medicina veterinária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1- JERICÓ, Márcia M.; KOGIKA, Márcia M.; NETO, João Pedro de A. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos 2 Vol. ed. Roca.Grupo GEN, 2014.
2- Niza, M. M. R. E., Mestrinho, L. A. & Viela, C. L.. (2004). Gengivo-estomatite crónica felina – um desafio. Revista Portuguesa de Ciências 
Veterinárias. v 99, n 551. (pp.127-135).
3- CORRETO, Vanice..[et al.]. Gengivite-estomatite linfoplasmocitária felina: relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e 
Zootecnia do CRMV-SP, São Paulo,Conselho Regional de Medicina Veterinária, v. 11, n. 3 (2013), p. 24–29.
4- HOFMANN, Fernanda...[et al.]. Complexo gengivite-estomatite- faringite dos felinos. Clínica veterinária, Ano XV, n.84, janeiro/fevereiro, 2010. 
5-Lyon, K.F. (2005). Gingivostomatitis. The Veterinary clinics of North America. Small animal practice, 35(4),891-911, vii; 
6-Hennet, P. (1997). Chronic gingivostomatitis in cats: long-term follow-up of 30 cases treated by dental extractions. Journal of Veterinary Dentistry, n.1, v.14, 
15-2;
7-Harley, R. (2003). Feline gingivostomatitis. In: Proceedings of Hill’s European Symposium on Oral Care. Amesterdão, Holanda. 34-41; 
8-Crawford, J. (2013). Small Animal Dental Procedures for Veterinary Technicians and Nurses. 2ª Edição. Wiley-Blackwell. Capítulo 8 (145-151);
9- Dolieslager, S.M.J. (2012). Studies on the aetiopathogenesis of feline chronic gingivostomatitis. Univiversity of Glasgow Thesis.
TRATAMENTO
Estomatite Felina
O Complexo Gengivite-Estomatite Felina (CGEF) é uma patologia crônica e é definida como uma 
infecção de alto grau em mucosas orais, afetando gengiva e mucosas de lábio, língua e faringe, 
podendo atingir a dentição. É a segunda patologia oral mais diagnosticada nos felinos, ficando 
atrás da doença periodontal (NIZA et al., 2004). Acomete mais felinos com idade entre 4 e 17 anos 
(ROBSON & CRYSTAL, 2011). Apresenta causas multifatoriais. O diagnóstico engloba informações 
provenientes da anamnese e exames laboratoriais. O tratamento é individual para cada paciente. O 
sucesso terapêutico é obtido quando existe eliminação do tecido proliferativo e da inflamação 
(LYON, 2005).
Não existe, até o momento, um tratamento efetivo para todas as estomatites. 
Winner et al. em 2016 descreveu que o tratamento deve contar com a modulação da resposta 
imunológica, diminuição e eliminação dos fatores inflamatórios presentes na cavidade oral, 
controle de bactérias e outras infecções secundárias e controle do desconforto e dor do paciente.
DIAGNÓSTICO
Os animais acometidos apresentam lesões eritematosas, ulcerativas, proliferativas acometendo a 
gengiva, arcos glossopalatinos (região de fauces), língua, palato, lábios e mucosa bucal. (FIGURA 2) 
Os sinais clínicos variam com a gravidade das lesões e incluem: inapetência; anorexia; disfagia; 
halitose; ptialismo; dor; perda de peso e desidratação. Também são relatados pateamento da face, 
redução de hábitos de toalete, piodermite de prega labial, dificuldade de apreensão de alimento, 
alteração de preferência de alimento (o animal passa a preferir alimentos macios) e linfadenopatia 
submandibular (NIZA; MESTRINHO; VILELA, 2004; LYON, 2005).
FIGURA 1 - Mapa Mental Resposta Imunológica da Estomatite Crônica Felina.(Fonte: Próprio Autor).
QUADRO 2: Agentes imunossupressores e imunomoduladores empregados no tratamento do CGELP com protocolo. (Fonte: 
Adaptado de ABREU, 2012).
QUADRO 1: Antimicrobianos empregados no tratamento do CGELP. * 1: mg/kg. (Fonte: Adaptado de ABREU, 2012). 
Anamnese bem detalhada. O exame físico da cavidade oral deve ser realizado com o animal 
sedado ou anestesiado (NIZA et al., 2004; CRAWFORD, 2013; SANTOS et al., 2016). Hemograma e 
Bioquímicas séricas, podem indicar leucocitose, linfopenia absoluta e neutrofilia com um ligeiro 
desvio à esquerda (DOLIESLAGER, 2012); Proteinograma, elevado por conta da inflamação 
crônica; PCR e isolamento em cultivo celular, análises sorológicas e virológicas; Rx intraoral; 
Histopatológico, exame ouro, realiza-se apenas para diagnóstico diferencial, mostrando infiltrado 
inflamatório difuso predominantemente linfoplasmocitário com presença de neutrófilos e 
mastócitos (FIGURA 3) (COSTA et al., 2007), Urinálise.
Diagnósticos diferenciais: Neoplasias, Doença Periodontal Severa, Imunodepressão causada por 
doenças virais ou bacterianas, Diabetes Melito, Granuloma eosinofílico e Insuficiência Renal.
FIGURA 2 - Complexo Gengivite Estomatite Felina. Aspecto macroscópico da cavidade oral de pacientes evidenciando tecido proliferativo 
ulcerado vestibular (A seta; grau IV), perda acentuada de elementos dentários (B), hiperemia periodontal leve (C-seta) e hiperemia em 
orofaringe (D-asterisco) com eritema vestibular. (Fonte: (A) HOFMANN-APPOLLO et al., 2010. (B) HENNET, et al., 2011. (C) LAGE- MARQUES, 
2009. (D) CORRÊA, 2011.)
FIGURA 3 - Felino, mucosa oral, HE, obj. 10. A: Felino 12, mucosa sem alterações (grau 0). B: Felino 10, discreta hiperplasia do epitélio 
(seta preta) e discreto infiltrado inflamatório na submucosa (seta vermelha) (grau 1). C: Felino 25, acentuada hiperplasia do epitélio (seta 
preta), infiltrado inflamatório moderado multifocal na submucosa (seta vermelha) (grau 2). D: Felino 13, infiltrado difuso acentuado (seta 
vermelha), extensa área de ulceração (seta preta) (grau 3). (Fonte:ADAPTADO de ROLIM et al.,2016.)

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