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Abdome agudo

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Adrieli Bertotti – TXXI 
ABDOME AGUDO 
- Trauma não gera abdômen agudo, é uma síndrome, é uma dor aguda de intensidade variável levando o paciente a buscar atendi-
mento médico. 
 
DOR 
Visceral - Estímulo das fibras C, será uma dor vaga, mal locali-
zada, difusa 
Parietal - Estimulo das fibras C que inerva o peritonio (reveste 
a cavidade abdominal), a dor será intensa e bem loca-
lizada 
Referida - É uma dor distante do órgão 
 
- Sintomas associados: febre, náusea, vomito, diarreia e sangramentos. 
- Anamnese: início dos sintomas se foi súbito ou vai piorando, fatores de melhora e piora, cirurgias prévias, comorbidades, uso de 
medicamentos, antecedentes ginecológicos ou proctologico, exame físico. 
- Raio x de abdome: posição ortostática, decúbito dorsal horizontal (DDH) e tórax em perfil. 
 
ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO 
 
 
 
 
Apendicite 
Aguda 
(mais co-
mum) 
 
 
 
 
Fisiopatologia 
- O apêndice fecal tem cerca de 15 a 20 cm e fica na ponta do ceco, pode obstruir por fecá-
lito, tumor ou verme -> aumenta a produção de muco com proliferação bacteriana -> ocorre 
distensão intraluminal -> o apêndice vai aumentando -> comprime vasos e isso diminuiu a 
vascularização -> isquemia -> inflamação 
- A ponta do apêndice que geralmente começa inflamando porque tem menos vasculariza-
ção e a ponta toca o peritônio e provoca a dor parietal. 
 
 
Quadro clinico 
 
- Dor periumbilical que leve intensidade que vai piorando, difusa, mal definida, náuseas, hi-
porexia na fossa ilíaca direita. 
- Pode cursar com anorexia, febre baixa, leucocitose, a dor começar na fossa ilíaca esquerda 
e depois migrar para a direita. 
 
 
Exame físico 
 
- Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca do ponto de McBurney. 
- Sinal do Psoas: não é especifico da apendicite, paciente deita de lado, lateral esquerdo sen-
tirá dor no musculo psoas, que está posterior ao ceco (quando apêndice é retrocecal). 
- Sinal de Rovsing: dor no quadrante inferior direito induzida pela palpação do quadrante in-
ferior esquerdo 
 
 
 
Diagnostico 
 
- Clínica: história típica, principalmente se é do sexo masculino que não tem órgãos ali para 
diferenciar. 
- Escala modificada de Alvarado: total de 7 pontos, dor migratória para a fossa ilíaca direita, 
náuseas e vômitos, anorexia, defesa na fossa ilíaca direita, descompressão dolorosa, febre 
acima de 37,2 graus, leucocitose e desvio para esquerda. 
 Menor que 4: não corroboram com diagnóstico de apendicite 
 De 4 a 7: precisa de investigação complementar 
 Maior que 7: cirurgia 
- Ultrassonografia de abdome: parede espessada com gordura e edema, com fecálito. 
- Tomografia abdominal: mais sensível, melhor para apendicite, mais caro, indisponível em 
alguns lugares. 
 
Tratamento - Cirurgia apendicectomia 
 
 
 
Adrieli Bertotti – TXXI 
 
 
 
 
 
Colicistite 
aguda 
 
 
 
 
 
 
Anatomia 
 
 
- Colelitíase: presença de cálculos na vesícula biliar 
- Colecistite: inflamação na vesícula 
- Na vesícula biliar tem o ducto cístico que se junta com ducto hepático comum que vem dos 
ramos direito e esquerdo do fígado -> virando ducto colédoco -> drena para papila duodenal 
na segunda porção do duodeno. 
- Terá uma pedra que obstrui o ducto cístico -> a vesícula biliar vai inflamar e distender -> o 
paciente pode ter crises recorrentes de dor após comer comidas gordurosas -> pedra entra e 
sai -> gerando a cólica biliar. 
 
 
Quadro clinico 
 
- Dor em hipocôndrio direito – pode iniciar inespecífica. 
- Febre e leucocitose 
- Sexo feminino, obesas, multíparas, acima de 50 anos. 
Exame físico 
 
- Sinal de Murphy: interrupção da inspiração durante compressão do ponto cístico 
Exame com-
plementares 
 
- Ultrassom é o principal exame, observa-se o cálculo impactado do infundíbulo, espessa-
mento da parede da vesícula e líquido Perivesicular 
 
Tratamento 
- Indicação de cirurgia, mas não de urgência: colecistectomia 
- Colecistite litíase: é por pedra, mas há alitiase – por fator obstrutivo, paciente de UTI, crí-
tico, em jejum prolongado – isquemia da parede, não tem estimulo de esvaziamento, pacien-
tes muito graves não tem uma boa vascularização da vesícula. 
- Em casos de pacientes que não toleram cirurgia pode drenar a vesícula percutânea, no ul-
trassom ao estar distendida fica na parede, tira da urgência e opera depois. 
 
 
 
 
Diverticulite 
aguda 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiopatologia 
 
 
- Divertículos são saculações do colón, pseudodiverticulos, são uma herniação da mucosa e 
submucosa, comum em pessoas idosas ou constipadas que aumentam muito a pressão ab-
dominal e formam essas saculações, comum no cólon descendente e sigmoide. 
- Diverticulose em que há presença de divertículo -> vira doença diverticular quando apre-
senta sintomas como diarreia, se tornando uma diverticulite aguda quando inflama. 
- Ocorre obstrução do divertículo -> produção de muco -> distensão -> inflamação -> micro-
perfuração. 
 
Quadro clínico - Dor em fossa ilíaca esquerda, com febre, leucocitose e massa palpável. 
 
Exames com-
plementares 
 
 
- Tomografia computadorizada de abdome, deve-se caracterizar o quadro de diverticulite, 
quando é não complicada significa que não formou abcesso, sem peritonite difusa. 
- Jamais fazer colonoscopia porque joga ar e nos divertículos tem microperfurações e isso 
pode cair conteúdo fecal e gerar uma peritonite. 
 
 
 
 
 
Classificação 
de Hinchey e o 
tratamento 
 
- Tipo I: abcesso pericólico, não complicada, terá dor local, borramento de gordura, usa-se 
antibiótico via oral. 
- Tipo II: abcesso intra-abdominal pélvico ou retropeitoneal, nesses casos é necessário ul-
trassom abdominal da coleção, colocar um dreno e antibiótico para a inflamação. 
- Tipo III: peritonite purulenta, é indicado cirurgia porque tem coco e pus na cavidade, en-
tão precisa lavar para o paciente não chocar. 
- Tipo IV: peritonite fecal, lavagem da cavidade associada com ressecção do segmento com-
prometido (diverticulite aguda complicada). 
 
- Pode ser feito anastomose primária. 
- Cirurgia de Hartmann: retossigmoidectomia + colostomia terminal + sepultamento do 
coto retal, nesses casos fica com a bolsa de colostomia 
 
 
 
 
Adrieli Bertotti – TXXI 
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO 
 
Definição 
 
 
- Ocorre uma obstrução de alça intestinal, o ponto que separa em alta e baixa é na válvula ilio cecal 
- Simples: é quando tem algo obstruindo, dobrado, não distendeu a ponto de isquemia necrose, dor leve. 
- Complicada: peritonite, sofrimento de alça, pode ter necrose. 
- Mecânica: tem algo obstruindo. 
- Funcional: pseudobstruido. 
- Pode ser por: sepse, distúrbios eletrolíticos e ílio paralítico 
 
Etiologia - Bridas, câncer colorretal, volvo sigmoide, hernias, benzoares. 
 
 
Quadro 
clinico 
 
 
- Dor abdominal em cólica, distensão abdominal e vômitos 
- Parada de eliminação de fezes e flatos 
- Paciente pode ter vomito fecaloide em casos de obstrução baixa com válvula íleo cecal incompetente. 
 
 
Exame físico 
 
 
- Dor leve, moderada, difusa pode ter sinais de peritonite pelo sofrimento de alça pode inflamar e necrosar 
- RHA de alta frequência (timbre metálico) -> ausência de RHA em estágios mais tardios 
- Timpanismo 
- Toque Retal para avaliar se tem fecalomas (fezes endurecidas precisam tirar manualmente). 
- Avaliação da parede abdominal (cirurgias, hérnias em que o intestino sai e obstrui) 
 
Exames 
complemen-
tares 
 
 
- Hemogramas, Eletrólitos, Função Renal 
- Raio X de abdome vai ter: 
 a) Empilhamento de moedas: as válvulas coniventes do intestino delgado quando faz força elas aparecem. 
 b) Níveis hidroaéreos: sinal de distensão e obstrução porque na posição ortostática o liquido desce. 
 c) Sinal do Grão de café: paciente com megacólon ou meso muitogrande no sigmoide. 
- Tomografia de abdome: foco de obstrução, massa pensando em tumor, diagnosticar localização e etiologia. 
 
 
Tratamento 
 
- Em casos de obstrução em alça fechadae peritonite -> OPERA 
- Suspeita de Brida que são cordões de cicatriz e tecido fibroso que se formam após uma operação 
Abdominal, então teve uma cirurgia prévia -> tratamento clínico -> hidratação, SNG, analgesia e reavaliações 
seriadas -> se evoluir para peritonite, piorar ou não melhorar em 48h -> opera -> laparotomia exploradora. 
 
 
ABDOME AGUDO PERFURATIVO 
 
Etiologia 
 
- Úlcera Péptica Perfurada 
- Divertículo perfurado 
- Corpo Estranho 
- Doença Inflamatória Intestinal 
Quadro 
clínico 
 
- Dor difusa, intensa e súbita porque ocorre uma perfuração de víscera oca, vai cair acido no estomago e vai 
gerar a dor. 
- Uso de AINEs 
 
Exame 
Físico 
 
 
- Taquicardia, sudorese, palidez, peritonite, descompressão brusca positiva 
- Sinal de Jobert: percussão timpânica em região hepática (no hipocôndrio direito seria percussão maciça). 
 
 
Exames 
complemen-
tares 
 
- Raio X de abdome é fundamental para ver as cúpulas diafragmáticas. 
- Pneumoperitôneo 
- Na tomografia de abdome: pneumoperitonio e estravazamento de contrate oral, isso ajuda na cirurgia. 
 
 
Tratamento 
 
 
- Cirúrgica videolaparoscopia ou laparotomia exploratória depende da condição do paciente. 
 
 
Adrieli Bertotti – TXXI 
ABDOME AGUDO VASCULAR 
 
Dados 
 
- Ausência ou diminuição do fluxo intestinal levando ao sofrimento tissular 
- Principal vaso que nutre o intestino: artéria mesentérica superior 
 
 
Etiologia 
- Embolia da Artéria mesentérica superior o embolo que geralmente formou no coração, normalmente são 
paciente cardiopata, com arritmia oufibrilação arterial 
- Isquemia não oclusiva: paciente que já tem uma arterioesclerose faz vasoconstrição e interrompe o fluxo. 
- Trombose de Artéria mesentérica superior em casos de trombofilia 
- Trombose de veia mesentérica superior em casos de trombofilia. 
Fatores de 
risco 
- Pacientes mais idosos e vasculopatas 
 
Quadro 
clinico 
 
- Dor abdominal intensa, súbita e difusa 
- Mal estado geral (taquicardia, hipotensão) 
- Quadro prévio (angina mesentérica) com perdendo peso, dor difusa 
Exame físico 
 
- Abdome Doloroso: desproporção entre clínica e exame físico 
- Distensão abdominal 
- Toque retal – sangue escurecido (geléia de framboesa) 
 
Exames 
complemen-
tares 
- Exames laboratoriais inespecíficos 
- Angiotomografia de abdome 
- Arteriofragia 
 
Tratamento - Na suspeita – avaliação cirúrgica de emergência 
- Suporte hemodinâmico e ressuscitação volêmica 
- Anticoagulação plena 
- Revascularização 
- Se houver peritonite - já vai operar: ressecção de segmentos inviáveis e peritoneostomia (Second-Look) 
 
 
ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO 
 
Dados 
- Mais raro, para o gastro é o que tem menos conduta. 
- Presença de sangue livre na cavidade abdominal 
 
 
Etiologia 
 
- Gravidez Ectópica rota se for um caso clinico de uma jovem em idade fértil. 
- Aneurismas 
- Adenoma Hepático 
- Cisto Hepático Roto 
 
Quadro 
Clinico 
 
- Dor abdominal aguda difusa e intensa 
- Paciente jovem, dor abdominal difusa, choque, palidez, taquicardia. 
- Choque Hipovolêmico (Taquicardia, hipotensão, palidez) é o principal sinal. 
- Exame físico não terá peritonite intensa 
 
 
Exames com-
plementares 
 
- Hemograma para ver possível anemia 
- USG abdominal (ultrassom) 
- B-HCG 
- Exames laboratoriais demoram muito tempo e o paciente não pode esperar muito. 
 
 
Tratamento 
 
- Videolaparoscopia ou Laparotomia exploradora 
- Cirurgia Mesentérica – new england

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