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.... -~ Ventilação Industrial e Controle da Poluição ( i I, ARCHIBALD JOSEPH MACINTYRE Professor de Máquinas Hidráulicas da Escola de Engenharia da UFRJ; do Centro Técnico-Cientifico da PUC - RJ; da Escola de Engenharia da UERJ; Professor de Sistemas Fluidodinâmicos e de Instalações Hidráulicas do Instituto Militar de Engenharia - IME e Professor do Núcleo de Treinamento Tecnológico - NTT --- { Segunda edição r . \',."""I. . \.~.. q, ~";pt.~, . " \ \~'! ( :t íTé \ EDITORA --- ;; t. URI - Bib:ioteca CAMPUS - Sento Angeto (R8) Ir AIIog. / <>' :::-' DII8I~.'.2.J~ Direitos exclusivos para a língua portuguesa Copyright @ 1990 by LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Travessa do Ouvidor, 11 Rio de Janeiro, RJ - CEP 20040-040 Reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecãnico, gravação, fotocópia, ou outros), sem permissão expressa da Editora. Prefácio da 2. a Edição Durante muitos anos a preocupação contra a poluição se voltava quase que exclusivamente para a defesa dos empregados em indústrias onde é elevado o risco de danos à saúde, em face dos contaminantes e poluentes nelas produzi- dos. Não havia preocupação maior quanto aos males causados às populações mais ou menos próximas às indústrias e que respiravam o ar po- luído. Eventualmente, um caso de doença grave veiculado pelos meios de comunicação, ou o cla- mor público, movimentavam oS,órgãos compe- tentes que, então, acionavam dispositivos de pe- nalização e intimação à indústria causadora do mal- talvez irreversível - para as providências cabíveis. Nos últimos anos, a opinião pública, alerta- da por defensores da preservação ecológica, to- mou conhecimento e se posicionou em defesa do meio ambiente contra várias formas de devas- tação e poluição ambiental, entre as quais as que decorrem do lançamento, na atmosfera, de gases, fumaças, vapores, particulados e fumos provenientes das mais variadas indústrias. Entidades nacionais e de âmbito internacio- nal, governos, partidos políticos e meios de co- municação se mobilizam para impedir que os efeitos da poluição atinjam as temíveis propor- ções de calamidade em escala mundial, afetando a saúde, a temperatura, os climas, os níveis dos mares, a camada protetora de ozônio e ocasio- nando a precipitação de chuvas ácidas. i I I I L A solução dessas questões em âmbito do planeta é o grande desafio que os países de todo o mundo deverão enfrentar, para preservar as \ condições de sobrevivência das gerações futuras. A solução global é compl~xa e dispendiosa,! mas não é concebível que se aguardem anos até que a ciência chegue a precisar melhor as causas dessa ou daquela perturbação ecológicaou climá- tica. Enquanto se realizam as pesquisas, é im- prescindível combater causas perfeitamente co- nhecidas como poluidoras, conscientizando as in- dústrias a se equiparem com os recursos que im- \ peçam males que possam ser causados aos seus operários e, pela poluição da atmosfera circun dante, às populações mais ou menos afastadas. Os países mais industrializados são certa-\ mente os mais'poluidores, mas atualmente inves- tem mais maciçamente em controle da poluição e eliminação de resíduos poluidores oriundos de combustão e de processos industriais na recicla- gem dos resíduos e poluentes captados. Este livroé, por assimdizer, o primeiro está- gio nos estudos que o leitor irá realizar na elabo- ração de seus projetos e na busca de soluções de questões relacionadas com Ventilação Indus- trial e Controle da Poluição. Um agradecimento especial é feito a vários fabricantes de equipamentos e a industriais pelas valiosas informaçõesprestadas e que foram intro- duzidas nesta segunda edição. O Autor \ - - . - I I L Conteúdo 1 Conceitos Fundamentais, 1 1.1 Objetivos da Ventilação Industrial, I 1.2 Classificação Sumária dos Sistemas de Ventilação, 2 2 Ar Atmosférico e Ar Poluido, 4 2.1 Composição do Ar, 4 2.2 Poluentes do Ar, 5 2.3 Propriedades das Partículas dos Aeres- sóis, 6 2.4 Proteção do Meio Ambiente contra a Po- luição, 9 2.5 Valores Limiares de Tolerância, 10 2.6 Considerações Breves sobre Toxicologia Industrial, 15 2.7 Agentes Químicos e seus Efeitos Fisioló- gicos Prejudiciais, 16 2.8 Atuação dos Contaminantes no Organis- mo Humano, 21 3 Efeito do Movimento do Ar sobre o ConfOrlo de Uma Pessoa, 26 3.1 Sensação de Frio e Calor. Condições de Conforto, 26 3.2 Formas de Transmissão de Calor, 26 3.3 Umidade Absoluta e Umidade Relativa, 30 3.4 Temperatura Efetiva, T", 30 3.5 Ventilação para o Conforto Térmico, 33 3.6 Metabolismo, 35 4 Ventilação Geral, 37 4.1 Conceituação,37 4.2 Entrada de Ar e Exaustão Naturais, 37 4.3 Movimento do Ar Devido ao Vento, 39 4.4 Movimento do Ar nos Recintos em Virtu- de da Diferença de Temperaturas, 40 4.5 Combinação dos Efeitos da Ação do Ven- to com o Efeito de Chaminé, 41 5 Psicrometria, 44 5.1 Recordação de Noções Fundamentais de Calor e Termologia, 44 5.2 Carta Psicrométrica, 58 (fi)Ventilação Geral Diluidora Obtida Mecanicamente, 73 6.1 Insunação Mecãnica e Exaustão Natural, 73 6.2 Insuflação Natural e Exaustão Mecãnica, 74 6.3 Insuflação e Exaustão Mecãnicas, 75 6.4 Ventilação de Ambientes "Normais", 78 6.5 Mistura de Retorno com Ar Externo, 88 6.6 Remoção da Umidade do Ar, 89 6.7 Resfriamento do Ar, 90 6.8 Compartimentos "Limpos" ou "Purifica- dos", 91 7 Ventilação Geral Diluidora para Re- dução de Calor Sensivel, 92 7.1 Considerações Preliminares, 92 7.2 Condições Ambicntais de Conforto, 93 7.3 Taxas de Ocupação dos Recintos, 93 7.4 Calor Liberado por uma Pessoa, 93 7.5 Calor Devido à Penetração do Exterior para o Recinto, por Condução, em Razão da Diferença de Temperaturas entre o Exterior e o Interior do Mesmo, 93 7.6 Carga Térmica Devida à Insolação, 94 7.7 Carga Térmica Devida à Energia Dissi- pada pelos Aparelhos de Iluminação, 95 7.8 Carga Térmica Devida ao Funcionamen- to de Motores Elétricos, 95 7.9 Carga Térmica Devida a Equipamentos em Funcionamento no Recinto, 95 7.10 Calor Devido à Ventilação ou Infiltração do Ar para o Ambiente, 96 7.l\ Carga Térmica Total, 98 7.12 Método Aproximado para Avaliação de Carga Térmica e do Volume de Ar de Insuflamento para Remoção da Mesma, 100 7.13 Ventilação de Salas de Máquinas ou Re- cintos Industriais, 101 8 Ventilação Industrial Diluidora, 105 8.1 Ventilação Local Diluidora ou Geral Df- luidora Industrial, 105 8.2 Taxa de Ventilação, 107 8.3 Casos a Considerar, 109 1'.4 Tempo para o Estahelecimento de um Dado Grau de Concentração num Recin- to. 11-1-~". 1'.5 Ventilação Geral Diluidora para Evitar Fogo ou Explosão. 113 X.h Mistura de Solventes. 114 9 Dutos para Condução do Ar, 117 9.\ Divisão do Assunto. 117 9.2 ConsideraçÜes Preliminares Quanto ao Dimensionamento dos Dutos para Insu- nmnento e Aspiraç,io. 117 9.3 Dimensionamento dos Dutos. 124 9.4 Perdas de Carga em Peças Especiais. 13K 9.5 Expansão ou Alargamento Gradual. 143 9.h Comprimentos Equivalentes em Peças. 144 9.7 Curvas c JunçÔes. 147 9.1' JunçÔes ue RamifieaçÜes em Duto. 14K 9.9 Material dos Dutos. 154 lO Ventiladores, 157 10.1 Ddiniç.jo. 157 10.2 Classificação. 157 10.3 FUl1llamentos da Teoria dos Ventilado. res. 164 10.4 Grandezas Características. 171 10.5 l.eis de Semelhança. 176 10.6 Escolha do Tipo de Ventilador. Veloci. dade Especifica. 171' 10.7 Codicientes AdimensiOlmis. 179 10.1' Velocidades Perif.:ricas MÜximas. 179 10.9 Projeto de um VentiladurCentrífugo. 11'1 10.10 Escolh.l Preliminar do Tipo de Rotor. 11'5 10.11 Curva Característica do Sistema. 11'6 10. I:! Controle da Vaz.jo. 11'9 1O.1J Operaç.jo de Ventiladores em S.:rie e em Paralelo. 192 10.14 Efeito da VariaçÜo da Densidade sohre o Ponto de OperaçÜo. 193 10.15 InstalaçÔes de Ventilauores em Condi. çÜes Perigosas. 195 10.16 Ruído Provocado pelo Ventilador. 197 11 Ventilação Local Exaustora, /99 11.1 Caracterizaç.jo do Sblema. IW I \.2 Captor. 201 11.3 Estimativas da Vazãoa Ser Exaurida com o Captor. 229 . liA VazÜoa Considerar em Captores. 255 11.5 Projeto de uma InstalaçÜo de Exaust.io Local. 25K 12 Purificação do Ar, 270 12.1 Generaliuaues.270 12.2 Fatores a Serem Considerados na Escolha uo Equipamento. 270 12.3 Equipamentos para Coleta e Eliminação das Partículas. 283 12.4 Equipamentos para Separação e Coleta de Contaminantes Gasosos. 283 12.5 Filtros. 285 . 12.6 Coletores Gravitacionais. 303 12.7 Coletores de Cãmaras lnerciais. 305 12.8 Coletores Centrífugos ou Ciclones. 306 12.9 Coletores Úmidos. Lavadores de Gases ou Torres Lavadoras. 316 12.10 Tratamento de Gases e Vapores. 323 12.11 Filtros Eletrostáticos ou Eletrofiltros. 332 13 Remoção e Eliminação do SOl-Ani- drido Sulfuroso, 338 13.1 Natureza da Questão. 338 13.2 Emissão do Enxofre. '339 13.3 Chuvas Ácidas. 339 13.4 Limites de Emissão de SO.. 340 13.5 Exemplo. 341 . 13.6 SoluçÜes para Controle do 50, no Ar. 342 - 13.7 Tratamento do 50. Contido nos Gases de Comhustão. 342- 13.8 Métodos de Verificação do Teor de SO.. 347 . ! . i I L 17.2 Exemplos de Aplicação. Produtos Em- pregados Causadores de Maus Odores e Recursos Adotados para Eliminar esses Odores. 363 18 Ejetor de Ar ou Bomba de Jato, 365 Medições em Ventilação Industrial, 370 ma - Funuaç.jo de Engenharia Estauual \ do Meio Amhiente do Rio de Janeiro. 31'1 20 21 Tabelas Úteis, 383 Licenciamento de Atividades Poluido- ras e Aprovação de Projetos de Siste- mas de Controle da Poluição do Ar, 3n I l4 Controle.das Emissões de NO... (Óxidos de Nitrogênio), 348 14.1 Fonnaç.jo dos Óxidos de Nitrogênio. 348 14.2 Controle pela Ação no Comhustor. 349 14.3 Controle pela AçÜo na Fornalha. 349 1.\.4 Controle dos Gases antes de Entrarem na Chamin.:. 349 19 19.1 Natureza das MediçÜes. 370 19.2 Medição dos Níveis dos Gases Presentes no Ar. 370 19.3 Tclemedição com Lasers. 372 19.4 Medição da Velocidade do Ar. 373 19.5 Medições de Vazão. 379 19.6 Medição da Pressão (Estática). 3X(} 19.7 Medição de Temperatura. 381 19.1' Métodos ue Mediç.io Adotados pc "I I'ee- 21.1 Entidade Controladora. 392 21.2 Lieenciamen\(). 392 21.3 Sistema de Lieenciamento de Atividade, Poluidoras - SLAP. 393 Bibliografia, 396 Índice Alfabético, 399 . -- .A 15 Poluição pelas Pedreiras, Mineração e Perfuração de Túneis, 351 15.1 ConsidemçÔes Preliminares. 351 15.2 PerruraçÜo da Rocha. 351 15.3 BeneficiamenlO do Material Extraído. 353 15..\ Sistema de ExaustÜo-ventilação. 354 15.5 Lavagem da Pedra Britada. 354 15.6 Remoção de Gases em Túneis c Minas. 355 15.7 Doenças Provocadas pela RespiraçÜo de Poeiras 5ilicosas. 355 16 Poluição na Indústria Siderúrgica, 356 16. I O Processo Sidenirl!ico. 356 16.2 Poluentes Formado~. Depuraç.jo dos Ga- ses e Separação do PÓ. 351' 17 Controle do Odor, 362 17.1 M.:todos Empregados. 362 - ---- ...... ...I . ; ~Q.L\!,.&ií,~ ./ iJv..~ ( \ (:1 URl ~} 'l.cAMPu:~~ 1 Conceitos Fundamentais OBJETIVOS DA VENTILAÇÃO INDUSTI.UAL j'" i.~i Numa acepção ampla, ventilar significa deslocar o ar. Na prática, o deslocamento do ar tem como finalidadl' a retirada ou o fornecimento de ar a um ambiente, ou seja, a renovação do ar no mesmo. Essa renovação tem como fim primordial a obtenção, no interior de um recinto dito fechado, de ar com um grau de pureza e velocidade de escoamento compatíveis com as exigências fisiológicas para a saúde e o bem-estar humanos, e uma adequada distribuição do mesmo no local. A renovação consegue, além disso, controlar, dentro de certos limites, a temperatura e a umidade ambiente. Entretanto, o controle rigorosll destas duas grandezas só se realiza de um modo praticamente perfeito em instalações de climatização designada, como instalações de ar condicionado. . A Ventilação Industrial é em geral entendida como a operação realizada por meios mecânicos que viselI' a controlar a temperatura, a distribuição do ar, a umidade e a eliminar agentes poluidores do ambiente, tais como gases, vapores, poeiras, fumos, névoas, microrganismos e odores, designados por "contaminantes" 011 "poluentes". Podem-se considerar também como contaminantes substâncias que normalmente existen!, na composição do ar normal quando elas excedem determinados teores ou índices de concentração, passandQ a oferecer risco maior ou menor à saúde daqueles que se expõem durante tempo considerável ao ar que. as contém. Além de remover de um determinado local os elementos contaminantes, o controle da poluição pOl meio da ventilação requer muitas vezes que os elementos poluidores, depois de captados, sejam coletados dando-se a eles, em seguida, uma adequada destinação, de modo a não contaminarem o ar exterior, 01. rios e lagoas, caso venham a ser dissolvidos ou misturados à água. A ventilação industrial, adequadamente projetada e operada, consegue eliminar agentes nocivos à saúde humana, ou no mínimo consegue uma reduçãL na intensidade e na concentração dos agentes contaminantes a níveis de quase total inocuidade e evita quI' esses agentes se dispersem na atmosfera, prejudicando um número considerável de pessoas, afetando mesmL as condições ecológicas indispensáveis à vida. Permite, outrossim, reduzir as temperaturas dos locais de trabalho a níveis suportáveis e até mesmo a condição de relativo conforto ambiental. ' É necessário insistir que a Ventilação Industrial não visa apenas a atender a condições favoráveis par:.> aqueles que trabalham no interior das fábricas ou nos limites das mesmas. Objetiva, também, impedir quL o lançamento na atmosfera, através de chaminés ou outros recursos, de fumaças, poeiras, gases, vapores e partículas venha a contaminar o ar, ameaçando a saúde e a vida da população das vizinhanças e atL mesmo de locais relativamente afastados. As indústrias siderúrgicas (calcinação, sinterização etc.), petroquímicas e químicas são normalmente muite poluidoras. Lançam na atmosfera, em certos casos, sem tratamento adequado, grande quantidade de material particulado e poluentes no estado de gases ou vapores. As estatísticas revelam números estarrecedorcs part- a massa de substâncias poluidoras lançadas na atmosfera, não obstante o esforço que em muitos países vem sendorealizadopara reduzira poluição. \ As conseqüências de uma poluição em larga escala, dependendo naturalmente do poluente, podem manifes- tar-se sob a forma de graves doenças, entre as quais devem ser mencionadas: il, - .enfisema pulmonar e outras afecções broncopulmonares;- hipertensão arterial;- doenças do fígado;- doenças dos olhos e irritação das mucosas; . .... 1 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL - doenças do sistema nervoso central;- dermatites;- câncer da pele ("pele de jacaré");- câncer do sangue (Ieucemia) num processo inexorável, que pode levar de 10 a 20 anos até o desenlace. - anomalias congênitas: anencefalia (nascimento de crianças sem cérebro); hidrocefalia (aumento da quantidade de líquido no encéfalo); microencefalia (redução do tamanho do cérebro);- alteração de fertilidade no homem e na mulher. Os conhecimentos da medicina estabelecem níveis de conforto e índice de poluição e limites de tolerância do organismo humano a grande número de substâncias cuja liberação no ar tem lugar no ambiente em que se vive, e, mais particular e intensamente, em indústrias, processos extrativos, de beneficiamento, químicos, mecânicos. siderúrgicos, perfuração de galerias de minas, de túneis, desmonte de pedreiras e tantos outros. Cabe à engenharia encontrar a solução adequada, para que os limiares de segurança sejam respeitados, proporcionando condições ambientais adequadaS à vida humana e à preservação da fauna e da flora. Entre as "medidas de engenharia" relacionadas com a Ventilação Industrial e Controle da Poluição, devem ser citados: Projeto adequado, compatível com o grau de risco dos poluentes envolvidos nos processos. A preocupação exclusiva com a economia pode conduzir a soluções paliativas ou ilusórias. O projeto deve ser entendido como o do processo industrial em si, e o da Ventilação correspondente. A substituição de materiais nocivos ou muito tóxicospor outros de menor nocividade, quando for possível, deve ser tentada. " Umidificação do ar. É muito usada quando há poeira. Aplicada na indústria de cerâmica, perfuração de minas, aberturas de valas em pavimentação de ruas, estradas, britagem de pedras, pátios de carvões etc. Confinamento. Usado no jateamento de areia, em pintura, trituração, moagem de cereais etc. A operação é realizada em compartimentos que impeçam o escapamento das substâncias poluidoras para outros ambientes. Isolamento. Consiste na instalação do equipamento de uma unidade altamente poluidora em um prédio separado do conjunto industrial. Recorrendo também à automação, consegue-se que, na trituração, a poeira e, nas pinturas, a tinta s6 venham a alcançar os poucos operários encarregados de sua "vistoria", os quais, nas vezes em que operarem, irão devidamente protegidos. Ventilação de ambientes, para assegurar condições de conforto adequadas, de modo a 'remover do ambiente contaminantes provenientes de equipamento e processos químicos e industriais. É o que se pretende com a aplicação da técnica da Ventilação Industrial. Separação e coleta dos poluentes, processando-se um tratamento, quando necessário, e dando-se ao produto residual uma destinaçâo que não prejudique as condições ecológicas ambientais. É o objetivo do Controle da Poluição. 1.2 CLASSIFICAÇÃO SUMÁRIA DOS SISTEMAS DE VENTILAÇÃO h.1 Os sistemas de ventilação se dividem em Sistemas de Ventilação Geral e em Sistemas de Ventilação Local Exaustora. Vejamos em que consistem. 1.2.1 Sistema de ventilação geral Realiza a ventilação de um ambiente, de um modo global e geral. Pode ser: Natural, quando não são empregados recursos mecânicos para provocar o deslocamento do ar. A movi- mentação natural do ar se faz através de janelas, portas, lantemins etc. Geral diluidora, quando se empregam equipamentos mecânicos (ventiladores) para a ventilação do recinto. A ventilaçâo geral diluidora pode realizar-se por meio de: insuflação; exaustão; insuflação e exaustão combinados,constituindo o chamado Sistema Misto. A Ventilação Geral tem por finalidade: a) Manter o conforto e a eficiencia do homem. Para isto, procura realizar: - o restabelecimento das condições ambientais do ar, alteradas pela presença do homem; - a refrigeração do ar em climas quentes; CONCEITOS FUNDAMENTAIS 3 - o aquecimento do ar em climas frios;- o controle da umidade do ar. Estes objetivos são conseguidos da forma mais perfeita nas denominadas instalações de ar condicionado. b) Manter a saúde e a segurança do homem. Visa a conseguir: - reduzir a concentração de aerodispers6ides e particulados nocivos, até um nível considerado compatível com as exigências de salubridade; - impedir que a concentração de gases, vapores e poeiras inflamáveis ou explosivas ultrapasse limites de segurança contra a inflamabilidade ou a explosão. c) Conservarembomestadomateriaiseequipamentos(subestaçõeselétricaseminteriores;"locais"decompres- sores, de motores a diesel e de geradores e motores elétricos). 1.2.2 SIstema de ventllação local exaustora Realiza-se com um equipamento captor de ar junto à fonte poluidora, isto é, produtora de um poluente nocivo à saúde, de modo a remover o ar do local para a atmosfera, por um sistema exaustor, ou a tratá-Io devidamente, a fim de ser-lhe dada destinação conveniente, isto é, sem riscos de poluição ambiental. . - 7 2 Ar 'Atmosférico e Ar Poluído 2.1 Composição do ar o ar atmosférico é uma mistura de gases, contendo pequena quantidade de matérias sólidas em sqspensão e cuja composição, quando seco e considerado puro, é indicada na Tabela 2.1. Tabela 2.1 Composição do ar Ar externo seco Substâncias . Nitrogênio, gases raros, hidrogênio Oxigênio CO2 (dióxido de carbono) % em volume % em peso 79,00 20,97 0,03 76,80 23,16 0.04 Em recintos onde existam pessoas, os teores acima se modificam. As porcentagens em volume, quando a umidade relativa do ar é de 50% e a temperatura de 21'C, podem passar a ser de: Nitrogênio, gases raros, hidrogênio Oxigênio ................................ CO2...................................................... Vapor de água 78,00% (em volume) 20,69% 0,06% 1,25% Uma redução de oxigênio para 16 a 20% ocasiona dificuldade de respirar. Entre 11 e 16% produz dor de cabeça. Entre 8 a 10%, ãnsia de vômito e perda da consciência. Compreende-se que o estado higrométrico do ar e a existência de indústrias poluidoras e de grande número de veículos trafegando em uma cidade alterem os valores acima indicados nas áreas industriais e centros urbanos densamente povoados. A simples presença do homem em um ambiente altera as taxas dos componentes. De fato, no ar expirado pelo homem, as taxas a 36'C e 100% de umidade relativa assumem os valores seguintes: Nitrogênio, gases raros, hidrogênio Oxigênio CO2...... Vapor de água 75% (em volume) 16% 4% 5% ~ I ~, Uma pesquisa realizada pelo ProL Ernesto Schneider revela que 42% das substâncias tóxicas espalhadas no ar em um centro urhano de muito tráfego (monóxido de carhono, chumbo, benzopireno etc.) provêm dos gases de escapamento dos veículos automóveis; 35% provêm das indústrias; e 23%, das emanações dos fogões domésticos. Naturalmente, a presença de uma ou mais indústrias no local, lançando, sem qualquer tratamento, poluentes na atmosfera altera completamente esse quadro de proporções. As "queimadas" na lavoura e eventuais incêndios em matas ocasionam também poluição, mas de caráter ocasional. . O consumo normal de ar por um homem com peso de 68,5 kg é o seguinte: AR ATMOSFÉRICO E AR POLuioo 5 Em repouso Trabalho leve Trabalho pesado IImin 7,4 28 13 kgf/dia 12 45 69 IIdia 10.600 40.400 62.000 Ib/dia 26 98,S 152 2.2 Poluentes do ar o ar, mesmo o considerado puro, contém normalmente, além do que foi mencionado na Tabela 2.1, quantidades pequenas de poeira de origem mineral, vegetal ou animal, além de bactérias e os chamados odores, que são gases de origem vegetal ou animal, desagradáveis ou não ao olfato. Acima de certa concentração, essas substâncias passam a constituir poluentes ou contaminantes ocasionando prejuízos à saúde humana e danos ecológicos. Vejamos os principais poluentes: 2.2.1 Aerossóis As partículas de materiais sólidos, líquidos e organismos vivos microscópicos se apresentam no ar atmos-' férico, formando com esse meio gasoso o que se denomina um aerossol. Pode-se definir o aerossol como um sistema constituído por meios de dispersão gasosa onde se encontram partículas sólidas, líquidas ou microorganismos, donde o nome de aerodispers6ide, pelo qual também é conhe- cido. 2.2.2 Modalidades de aerossóis Os aerossóis podem ser formados por dispersão, como resultado de pulverização, atomização de sólidos ou líquidos, ou transferência de poeiras, pólen e bactérias, para o estado de suspensão em virtude da ação de correntes de ar. As partículas se apresentam de tamanho variado e de forma irregular. Podem também ser formados pela condensação,de vapores supersaturados ou por uma reação processada entre gases, produzindo um material não-volátil. Existem aerossóis cuja fase dispersa é líquida. As partículas constitutivas, em geral, no caso, possuem forma esférica e tendem a fundir-se, originando partículas esféricas cada vez maiores que acabam por desinte- grar-se no choque entre as mesmas. Vejam os principais aerossóis poluentes: a) Fumos. São partículas sólidas, em geral com diâmetros inferiores a 10 p., chegando mesmo a 1 p. (1 mícron = 0,001 mm). Resultam da condensação de partículas em estado gasoso, geralmente após volatilização de metais fundidos, e quase sempre acompanhada de oxidação. Os fumos tendem a flocular no ar. É o caso dos fumos metálicos, como o cloreto de amônio, por exemplo. Quando o chumbo é derretido, o vapor de chumbo sublimado em contato com o ar se transforma em óxido de chumbo, PbO, constituindo partículas sólidas extremamente pequenas em suspensão no ar, isto é, aerossóis. Esses fumos de PbO são tóxicos, venenos acumulativos, razão por que, nos linotipos,onde são fundidas ligas de chumbo e antimônio, deve-se executar uma instalação de ventilação adequada. Os fumos de óxidos metálicos produzem a chamada "febre dos fundidores" ou "febre dos latoeiros" que se manifesta acompanhada de tremores, algumas horas após a exposição ao "fumo". b) Poeiras. Os aerossóis no caso são formados por partículas sólidas, predominantemente maiores que as - coloidais, com diâmetros compreendidos entre 1 p. e 100 p.. (Segundo o Manual da Connor, variam de 1 aiO p..) Resultam da desintegração mecânica de substâncias inorgânicas ou orgânicas, seja pelo simples manuseio (embalagem), seja em conseqüência de operações de britagem, moagem, trituração,esmerilha- mento, peneiramento, usinagem mecânica, fundição, demolição etc. Exemplo: poeiras de carvão, sflica, asbesto, algodão, papel, fibras e outras. As poeiras de dimensões maiores são às vezes designadas por particulados ou areias finas, ou ainda, material fragmentado. As poeiras não tendem a flocular, exceto se submetidas a forças eletrostáticas. Não se difundem; ao contrário, precipitam pela ação da gravidade. c) Fumaça. São aerossóis constituídos por produtos resultantes da combustão incompleta de materiais orgânicos (lenha, óleo combustível, carvão, papel, cigarro etc.). As partículas possuem diãmetros inferiores a 1 p. (ou a 0,1 p., segundo o Manual da Connor). d) Névoas. São aerossóis constituídos por gotículas líquidas com diâmetros entre 0,1 (ou mesmo 0,01 p.) e 100 p., resultantes da condensação de vapores sobre certos núcleos, ou da dispersão meciJnicade líquidos em conseqüência de operações de pulverização, nebulização, respingos etc. Exemplos: névoa de ácido sulfúrico, de ácido crômico, de tinta pulverizada, de "sprays" etc. As neblinas se acham compreendidas entre 1 p. e 50 p. e se classificam em mist e em fog, sendo as partículas de um {og (cerração, orvalho, Ir? 6 VENTILAÇÃO INDUSTRIAl. dispersões de água ou gelo) menores que as de um mist (pulverizações, atomizações, espirro de uma pessoa etc.). No mist ocorre uma baixa concentração de partículas líquidas de tamanho "grande". Em meteorologia, o mist indica uma leve concentração de partículas de água de tamanho suficientemente grande para que caiam. O smog resulta de reações na atmosfera entre certos hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio e o ozônio, sob a ação da luz solar. Provoca irritação nos olhos, dificuldade respiratória e reduz a visibilidade. e) Organismos vivos. Os mais comuns são o pólen das flores (5 a 10 p.), os esporos de fungos (1 a 10 p.) e as bactérias (0,2 a 5 p. ou mesmo até 20 p.). Em circunstãncias especiais e em geral em locais confinados, pode ocorrer a presença de vírus (0,002 a 0,05 p.). f) Além dos ae,rossóis devem-selevar em consideraçãoos gasese vapores,que podem ocorrer em certos ambientes ou processos industriais, como é o caso do NHJ, S02' NOz, CO, CH.. CI e CO2 (em excesso). São considerados por alguns autores como sendo também aerodispersóides. Gás. É um dos estados ~e agregação da matéria. Não possui forma e volume próprios e tende a expandir-se indefinidamente. A temperatura ordinária, mesmo sujeitas a pressões fortes, não podem ser total oUl arcialmente reduzidos ao estado líquido.Vapor. a forma gasosa da matéria, a qual, à temperatura ordinária, pode ser reduzida total ou parcialmente ao estado líquido. g) "Fly ash" (fuligem). São partículas finamente divididas de produtos de queima de carvão e óleo combustível e que são carregadas nps gases de combustão em geral de fornalhas e queimadores de caldeiras. Alguns autores classificam os aerodispersóides simplesmente em: poeiras; líquidos e vapores condensados; gases e vapores não-condensados; fumaças. A Fig. 2.1 do livro Air Conservation Engineering,da Connor Engineering Corporation, fornece, grafica- mente, indicações quanto aos aerossóis, vapores e gases, aos tamanhos das partículas e aos métodos recomen- dados para a eliminação das mesmas. A Fig. 2.2 (gráfico de S. Sylvan) indica os níveis de concentração e o tamanho médio das partículas, bem como os recursos aplicáveis ao combate à poluição, próprios a cada caso. Existe um gráfico devido a C.E. Laple, publicado pelo ROYCO lnstruments, lnc. e pelo Standard Research lnstitute, que apresenta também sob forma gráfica, de um modo ainda mais detalhado, as caracte- rísticas de partículas e aerodispersões, métodos para avaliação do tamanho das partículas e equipamentos recomendáveis para a col~ta de partículas. (Ver no livro Engenharia de Ventilação Industrial, citado na Biblio- grafia. ) 2.3 PROPRIEDADES DAS PARTíCULAS DOS AEROSSÓIS 2.3.1 Comportamento das partículas O comportamento das partículas no ar e sua velocidade de sedimentação dependem: - do tamanho das partículas;- da densidade das mesmas; - da concentração de partículas no ar;- do movimento do ar. Estas propriedades são levadas em consideração nos captores e nos eliminadores de partículas do ar (filtros, precipitadores, lavadores, ciclones, impactadores inerciais, precipitadores hidrodinâmicos etc.) 2.3.1.1 Tamanho das partículas O tamanho aerodinâmico de uma partícula é o diâmet~o ou o raio de uma esfera hipotética, tendo a mesma velocidade de queda da partícula e uma massa específica igual ai glcmJ. 2.3.1.2 Área superficial Uma mesma massa subdividida em grande número de partículas tem sua superfície grandemente aumen- tada, o que aumenta a taxa de reação química e agrava o risco de inalação dos aerossóis. 2.3.1.3 Evaporação e condensação Partículas muito finas podem funcionar como núcleos de condensação de umidade nos processos de transferência de massa na condensação e na evaporação. Essa difusão de massa varia proporcionalmente com a área superficial das partículas. AR ATMOSFÉRICO E AR POLuíDO 7( Vejamos algumas propriedades importantes ligadas ao comportamento das partículas em suspensão noar. iOOOO 'o 1000'0 100'0 10'0 1'0 01 001 000 I 000 01 <li .. C "O o o CJ ~ .~ õ<>E ~ ~ ElU..... ~I- UI ~I-;;; o lUI:;U ... Ul I - lUo o:E0-a. ~I i I ~ <lio ~ ~ .!:!' <l: 1 ~ 00 I- .~:; - z.~- o ~~ ~; ~ , I&.~ oa ....J '0 ... a c O> .... z cU .E 0 1 ;:> I- = ~. l u z 'c~ > ,q,q li: O~t ~.. ..~c ~ 5: ;1 :Ia ~I ul I I <li C '" .... I- U ,q 10 O oc ~ <li O li. ... a .. O "O 'o... o <> "O Co .-- E... .- 2 'ii <li '" z O .J U-U li O U j: 'cI- li O'"I-'".J ... t- .J C ~ I-.- ...<li.J :;; 2 i=l-I- '"U I-... .J 1.t lU ~ o Ul I ~ o" 20 ::::I] 1&,,'0 i~ - c ! I - .JO 100 ...~ Z + 1- ~I" ~ ~'" .J11: '" O :a"' 1 0 "'1-o c '" .. I ~ > O - '" ~I- '".J li.-,1&., + ---1---" =-.. ,80 a!!1: ;!~O I C 'O O";"C f 0'0 Q.C Uo. E o .-.- o O EI-'Õu.g .... Fia, 2.1 Impurezas em suspensão no ar (Connor Engineering Corp. Ai, Conservalion Enginee,ing). .. o "O 'õ <li-, UI '0 UI UI O o: lU <I: Ul I ~ <I:~I-~- 00' (!):: lU (l) j <1:.. 0:0--"O lU:: 0'0 0." o N.. .. ~ o. E- li !:! ~ .... o ;: U.. .- o o. 0..'.; )( ~I - c '" c'"... ! I ô " E.. 1- o.... " E E 8 ô - 8 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL m: J~... ... MI~ ! 1 10010 TAMAM-IO M€OIO OAS ~RTlcuLAS (}Jj illi .. 20-c . .tatm Flg. 2.2 Carta de. S. Sylvan - níveis de concentração e "tamanho" médio das partículas. 2.3.2 Adesividade Quando uma pequena camada de líquido se espalha sobre uma superfície fica sujeita a forças de adesão proporcionais à atração molecular, à tensão superficial do líquido e ao raio de curvatura da superfície líquidamolhante. r AR ATMOSFÉRICO E AR POLUfDo 9 A umidade do ar favorece a adesão. O fenômeno de adesão está relacionado com o fenômeno de tensãosuperficial e com as chamadas forças de Van der Waals. 2.3.3 Densidade A densidade de uma partícula formada por dispersão de um sólido será a mesma do material que aoriginou. Quando, porém, diversas partículas sólidas não-porosas se juntam, a partícula resultante terá uma forma geométrica diferente e que inclui espaços vazios. Por este motivo, a massa específica da partícula resultante será menor que a das partículas originais. A massa específica de um conglomerado departículas pode ser até 10 vezes menor que a do material que a formou devido a essa porosidáde. 2.3.4 Adsorção É a adesão ou concentração de partículas dissolvidas ou dispersas sobre a superfície de um corp~. É um fenômeno de superfície que se verifica na camada que separa dois meios diferentes. Partículas sólidas e líquidas de dimensões muito pequenas se apresentam recobertas por uma película superficial de gás, a qual é mantida pela ação de forças elétricas de atração ou pelas condições de valência químicaoriginadasna camadasuperfidaldas moléculas. , Esta formação de camada adsorvente de gás sobre a superflcie de uma partícula depende do grau de concentração do mesmo no ambiente, e a quantidade de gás que é adsorvido é função da superfície externada partícula. Quando Ocorre adsorção de gases sobre a superfície de partículas, várias características superficiais das mesmas, tais como a evaporação, adesão molecular e carga elétrica, sofrem alterações. Designam-se por adsorvedores substâncias ou equipamentos capazes de extrair certas impurezas gasosas ou a umidade do ar por efeito do fenômeno de adsorção. São por isso usadas em filtros e em secadores. 2.3.5 Carga eletrostática O contato, a separação, o choque ou atrito entre as partículas em um meio gasoso provocam a transferência de elétrons livres, o que comunica às partículas uma certa carga elétrica. A difusão de íons livres no meio gasoso também influi na carga das partículas. Assim, as cargas de sinal elétrico + e as de sinal - se distribuem quase que igualmente entre as pequenas partlculas que vão ficar contidas no ar, de modo que, conquanto cada partícula possa individualmente estar com alta carga elétrica, o aerossol, em seu conjunto, pode ter uma carga resultante bastante pequena, devido ao equilíbrio das cargas eletrostáticas de sinais opostos. Quando as partículas são submetidas a uma carga pela ação de um campo eletrostático, as forças que atuam sobre as partículas modificam suas condições de escoamento, podendo, desse modo, provocar a atração e a aglutinação das mesmas. A carga elétrica recebida pela partlcula é proporcional ao seu tamanho, e neste fato se fundamentam os precipitadores e classificadores eletrostáticos, conforme veremos oportunamente. 2.4 PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE CONTRA A POLUIÇÃO. A Lei Federal n° 6938, de 31 de agosto de 1981, dispõe sobre a Polltica Nacional do Meio Ambienteno Brasil. Esta lei foi regulamentada em 1° de junho de 1983 pelo Decreto n° 88.351, que conferiu ao Ministro de Estado do Interior a coordenação geral da política nacional do meio ambiente. Em 15 de março de 1985foicriadoo Ministériode DesenvolvimentoUrbanoe MeioAmbiente. ' O Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) tem como órgão superior o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), cujo Regimento inicial foi ~lterado em 03 de junho de 1985. Cabe ao CONAMA, entre outras atribuições, as seguintes: - Estabelecer, com o apoio técnico da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), normas e critérios gerais para o licenciamento das atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.- Determinar, quando julgar necessário, antes ou após o respectivo licenciamento, a realização de estudo das alternativas e das possíveis conseqüências ambientais de projetos públicos ou privados de grande porte.- Estabelecer, com base em estudos da SEMA, normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manu,-tenção da qualidade do meio ambiente. O Decreto, em seu artigo 9", criou várias Câmaras Técnicas coordenadas pela SEMA, sendo uma delas a encarregada dos assuntos relativos à qualidade geral do ar, a DIPAR. Cabe aos Estados e Municípios a regionalização das medidas emanadas do SISNAMA, elaborando normas 10 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL e padrões supletivos e complementares. O órgão estadual do meio ambiente em São paulc(é a CETESB, e no Estado do Rio de Janeiro é a FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente - e a SEMA, esta em caráter supletivo. Determinarão, sempre que necessário, a redução das atividades geradoras de poluição, para manter as emissões gasosas ou efluentes líquidos e resíduos sólidos nas condições e limites estipulados no licenciamento concedido. O Decreto citado prevê multas a "quem causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos habitantes de um quarteirão urbano ou localidade equivalente". A Associação Brasileira de Meio Ambiente e a Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza defendem o meio ambiente contra a poluição e a predação ecológica. 2.5 VALORES LIMIARES DE TOLERÂNCIA São muitos os poluentes que resultam de operações e processos industriais. O organismo humano, os animais e os vegetais podem vir a ser gravemente afetados, caso o grau de concentração desses poluentes no ar venha a ultrapassar certos limites de tolerância. Na prática, não existe a pretensão de se alcançar uma purificação total do ar, mas atingir um grau de pureza que não ofereça riscos à saúde e à ecologia nem a médio nem a longo prazo. Pesquisas quanto à suscetibilidade dos organismos à ação de agentes poluentes têm sido e continuam sendo levadas a efeito por várias organizações de Saúde Pública e higienistas em todo o mundo. O levantamento das observações e os resultados apurados permitiram a elaboração de tabelas indicativas dos limites de tolerância do organismo humano a um considerável número de poluentes industriais. Assim, por exemplo, a American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) publica periodicamente uma tabela dos chamados valores limiares de lolerlJncia(Ihreshold limit va/ues - TL V). A definição correta dos limiares de tolerância permitirá o cálculo do limite total permissível de emissão de um determinado poluente. A partir daí poderão ser estudados os métodos de redução da emissão, da coleta dos poluentes, do tratamento para a purificação do ar e estabelecidos sistemas de controle do teor do poluente. O Valor do limiar de lolerlJncia (YLT) corresponde a uma concentração média de substâncias suspensas ou dispersas no ar de um certo ambiente de trabalho, em um determinado intervalo de tempo, e que representa condições para as quais se pode presumir com cerla segurança que quase todos os tr!lbalhadores possam estar expostos a esse ar s~m que ocorra a manifestação de um efeito adverso em seu organismo. Existem três valores limiares de tolerância mais conhecidas e que são: a) TLY-TWA (Threshold Limil Value - Time Weighted Average). Corresponde a concentrações ponderadas pelo tempo, para uma jornada de trabalho de 8 horas e uma semana de trabalho de 40 horas e para as quais todos os trabalhadores podem ser expostos repetidamente dia após dia, sem efeito adverso. b) TLY-8TEL (Threshold Limit Value -Short Term Exposure Umil). Ê a concentração para a qual os trabalha- dores podem ser expostos continuadamente, por um curto intervalo de tempo, sem sofrerem: 1. Irritação das mucosas e da pele; 2. Dano crônico ou irreversível de qualquer tecido; 3. Narcose em grau tal que possa aumentar a possibilidade de um acidente ou reduzir a capacidade de autodefesa, ou ainda, o rendimento no trabalho. Trata-se de um parâmetro que suplementa mas não exclui o TL Y-TWA e se aplica a casos em que se saiba que existem conseqüências graves provocadas por substâncias cujos efeitos sâo primária e normal- mente de natureza crônica. Um STEL se define como a concentração durante um intervalo de tempo de 15 minutos e que não deve ser excedida em nenhum tempo durante um dia, supondo que a concentração ponderada diária esteja dentro dos limites de TLY-TWA. As exposições correspondentes ao STEL não devem exceder 15 minutos e não podem ser repetidas mais de quatro vezes ao dia. Deve haver pelo menos 60 minutos entre duas exposições sucessivas de.um STEL. c)TLY-C (Threshold Limil Va/ue-Ceiling). Vem a ser a concentração que não deverá ser excedida em qualquer tempo da jornada de trabalho. Corresponde pois a um "teto" ou limite superior que não deve ser atingido. Sempre que possível, devemser realizados estudos aprofundados para a fixação dos limites de tolerância, uma vez que a capacidade de defesa e a resistência dos organismos. variam muito e é sempre conveniente trabalhar-se com boa margem de segurança. Segundo a entidade que publica os valores, os TLYs devem ser usados como guias no controle do risco à saúde e não como se constituíssem limites precisos entre concentrações seguras e perigosas. Para o ar ambiente exterior à indústria, respirado pela população na vizinhança, os valores devem ser muito mais baixos, pois o ar poluído será respirado durante as 24 horas do dia. A Tabela 2.2 indica os valores dos TLY-TWA e TLY-STEL para os casos de alguns produtos químicos mais usuais. ., ~ AR ATMOSFÉRICO E AR POLUÍOO 11 Tabela 2.2 Yalores limites máximos para poeiras, fumaças e neblinas tóxicas, segundo a ACGIH - American Conference of Governamental Industrial Higienists - Industrial Yentilation, ed. 1985-1986 TLY-TWA Substâncias Acetaldeído Acetato de etila Acetato de metila Acetato de vinila Acetato n-propil Acetona Acetonitrila Ácido acético Ácido tricloroacético Ácido fórmico Ácido crômico e cromatos Ácido fosfórico Ácido nítrico Ácido pícrico (efeito sobre a pele) Ácido sulfúrico Acetileno (tetrabrometo de) Acroleína (aldeído acético) Acrilato de etila (pele) Acrilato de metila (pele) Álcool alOico (pele) Álcool n-butOico (pele) Álcool etOico (etanol) Álcool meUlico (metanol) (pele) Álcool propOico (pele) Aldrin (hexacloro) (pele) AmÔnia Anidrido acético Anilina (pele) Antimônio Arsenato de chumbo Arsênico e compostos Arsina Bário (compostos solúveis) Benzemo (benzol) (pele) Benzila, cloreto de Berílio Bióxido de carbono (COz) Boro, óxido de Brometo de metila (pele) Brometo de hidrogênio (ácido bromídrico) Bromofórmio (pele) Butadieno (1,3 butadieno) Butilamina (pele) (valores teto) Butano Cádmio, óxido de (fumo) Cálcio, carbonato de Cálcio, óxido de Cánfora Carbono, suIfeto de Carbono, monóxido de Celosolve (2 etoxietanol) Chumbo Chumbo, arseniato de Chumbo, tetraetila (pele) Cianetos, pele Cianogênio Ciclo hexanol Cloreto de alila Cloreto de etila aoreto de hidrogênio (ácido clorídrico) ppm 100 400 200 10 200 750 40 10 1 5 1 0,1 5 10 2 50 1.000 200 200 25 5 2 5.000 5 3 0,5 1.000 5 800 2 20 50 200 10 50 1 1.000 5 2 0,05 10 1 - TLY-STEL mglm3 ppm mglm3 ISO 150 270 1.400 - - 610 250 760 30 30 60 840 250 1.050 1.780 1.000 2.375 70 60 105 25 150 270 7 9 0,5 1 - 3 5 4 10 0,1 . - 0,31 - - 15 1,5 20 0,25 0,3 0,8 20 25 100 35 - - 5 4 10 150 1.900 260 250 310 500 250 1.050 0,25 - 0,75 18 35 27 20 - - 10 5 20 0,5 0,15 0,2 0,2 0,5 30 25 75 5 0,002 9.000 10 - 20 20 15 60 10 5 2.200 1.250 2.750 15 1.900 0,05 - 0,2- - 20 5 - - 12 3 18 30 - - 55 400 440 740 - - 0,15 - 0,45 0,15 - - 0,1 - 0,3 5 20 200 3 2 6 2.600 1.250 3.25.0 7 '" . IW I I lU:' 12 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL AR ATMOSFÉRICO E AR POLUtDO 13 Além da tabela de TLV como indicação do limite de tolerância dos organismos a uma substância ou produto químico, encontram-se tabelas que aplicam outras referências baseadas na experiência das entidades que as publicaram ou na de seus autores. As mais conhecidas são: - Toxic limits (TL) - da United States Public Health Service (USPHS);- Maximum acceptable concentration (MAC) - concentração máxima aceitável, da American Standard Association (ASA);- Recommended maximum concentration (RMC) - concentração máxima recomendada, da American Indus- trial Hygiene Association (AIHA); Tabela 2.2 (cont.) Valores limites máximos tara poeiras, fumaças e neblinas tóxicas,segundo a ACGIH - American Conferenc of Governamental Industrial Higienists - Industrial Ventilation, ed. 1985-1986 TLV-TWA TLV-STEL Substâncias ppm mglm3 ppm mglm3 Cloreto de metila 50 105 100 205 Cloreto de metileno (diclorometano) 100 350 500 1.740 Cloreto de vinila (cloroetileno) 5 10 - - Cloro, 6xido de (CI,o) 0,1 0,3 0,3 0,9 Cloroacetaldeído (limites máximos) 1 3 Clorobenzeno 75 350 Clorodifenil (54% cloro) 0,5 1 Cloroetileno (cloreto de vinila) 5 10 Clorof6rmio (triclorometano) 10 50 50 225 Cloroprene 10 35 Cobalto - 0,1 Cobre (fumos) - 0,2 Cianamida - 2 Cobre (poeirase neblinas) 1 - - 2 Cromo 0,5 - Cresol(e todosos isOmeros)(pele) 5 22 DDT [2.2-bis(p-clorofenil)-tricloroetano](pele) - 1 - 3 Clorodifluorometano 1.000 3.500 1.250 4.350 Dicloreto de propileno 75 350 110 510 Dimetilamina 10 18 - - Dinitrobenzeno(e todosos isômeros)(pele) 0,15 1 0,5 3 Dinitrotolueno(pele) - 1,5 - 5 Di6xido de enxofre 2 5 5 10 Di6xidode nitrogênio 3 6 5 10 Di6xidode titânio - - - 20 t Enxofre, hexaflubreto de 1.000 6.000 1.250 7.500 Enxofre, pentafluoreto de 0,025 0,25 0,075 0,75 Estanho (compostos inorgânicos) - 2 Estanho (compostos orgânicos) - 0,1 Estricnina - 0,15 - 0,45 Etanol (ver álcool etílico) Éter etílico . 400 1.200 500 1.500 Éter isopropílico 250 1.050 310 1.320 Etila, brometo de 200 890 250 1.110 Etila, cloreto de 1.000 2.600 1.250 3.250 2 Etoxietanol (pele) 5 19 - - Fenil-hidrazina (pele) 5 20 10 45 Fenol (pele) 5 19 10 38 Ferrovanádio,poeirasde - 1 - 3 Flúor 0,1 0,2 - - Fluoretode hidrogênio(ácidofluorídrico) 3 2,5 6 5 Fluoretos - 2,5 Fosgênio 0,1 0,4 Formaldeído 1 1,5 2 3 F6sforo (amarelo) - 0,1 - 0,3 F6sforo (tricloreto de) 0,2 1,5 0,5 3 Gás carbônico (CO,) 5.000 9.000 15.000 27.000 Fumos de 6xido de magnésio - 10 - - Furtural (pele) 2 8 10 40' Gasolina 330 900 500 1.500 GLP 1.000 1.800 1.250 2.250 Hexana (n-Hexane) 50 180 Hexona (metil-isobutil-cetona) 100 410 Hidrazina (pele) 0,1 0,1 ,.Hidr6xido de s6dio ou potássio - 2 lodo 0,1 1 (socianetode metilenobiofenil(MDI) 0,02 0,05 Lítio,hidreto - 0,025 Magnésio,fumosde 6xidode - 10 Manganês - 5 Tabela 2.2 (cont.) Valores limites má.x1mospara poeiras, fumaças e neblinas tóxicas, segundo a ACGIH - American Conference of Governamental Industrial Higienists- Industrial Ventilation, ed. 1985-1986 TLV-TWA TLV-STEL Substâncias ppm mglm3 ppm mglm3 Mercúrio(compostosorgânicos)(pele) - 0,05 Metilmercaptan 0,5 1 Metilcelosolve(pele) 25 80 Molibdênio(compostosinsolúveis) - 10 - 20 Molibdênio(compostossolúveis) - 5 - 10 Monocloreto de enxofre 1 6 3 18 Naftaleno 10 50 15 75 Neblina de 61eo (mineral) - 5 - 10 Nicotina(pele) - 0,5 - 1,5 Níquelcarbonila(comoNi) 0,05 0,35 - - Nitrobenzeno (pele) 1 5 2 10 Nitrogênio, di6xido de 3 6 5 10 Nitroglicerina (pele) 0,05 0,5 Nitrotolueno, pele .2 11 Óxido de cálcio - 2 Óxido de cloro (CI,O) 0,1 0,3 0,3 0,9 Óxido de etileno 1 2 Óxido de propileno 20 50 Óxido de zinco (fumos) - 5 - 10 Ozônio 0,1 0,2 0,3 0,6 Percloroetileno (tetracloroetileno) 50 335 200 1.340 Pentacloretode f6sforo 0,1 1 - - Pentaclorofenol(pele) 0,1 0,5 - 1,5 Pentafluoreto de enxofre 0,025 0,25 0,075 0,75 Per6xido de hidrogênio, 90% 1 1,5 2 3 Piretro - 5 - 10 Piridina 5 15 10 30 Platina (sais solúveis) - 0,002 - - Propileno, dicloreto de 75 350 110 510 Quinona 0,1 0,4 0,3 1 S6dio, hidr6xido de - 2 - - Sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico) 10 14 15 21 Sulfeto de carbono 1(1 30 - - Sulfuril, fluoreto de 5 20 10 40 Tetracloreto de carbono 5 30 20 125 Titânio, di6xido de - - - 20 Tolueno (toluol) 100 375 150 560 Triclorometano (clorofórmio) 10 50 50 225 Tricloreto de f6sforo 0,2 1,5 0,5 3 Trinitrotolueno (pele) 0,5 - - 3 Urânio (compostossolúveise insolúveis) - 0,2 - 0,6 Vanádio(V,O, - fumos) - 0,05 - - Zinco, 6xido de (fumos) - 5 - 10 Zircônio, compostosde - 5 - 10 1 ppm = 1 pane de vapor ou gás por milhão de panes de ar, por volume, a 25"C e 7fIJ miUmetros de mercúrio. 1 ppm = \0-. m'/m' 1 mglm' = 1 miligrama de substância por 1 metro cúbico de ar 1% de volume = 10.000 ppm -. -í, 14 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL - Hygienic Standard for Daily Inhalation - Padrrs higiênicos para a inalação diária, do Dr. Henry Field Smith Jr. . Neste capítulo faremos referência especial a dois poluentes à base do carbono e que são oCO, monóxido de carbono, e o CO2, anídrido carbônico. No Capo 13 trataremos dos óxidos de enxofre, e no 14, dos óxidos de nitrogênio, altamente poluidores. 2.5.1 Monóxido de carbono.CO IaI o CO é um gás incolor e inodoro. Possui uma, afinidade com a hemoglobina do sangue maior que o oxigênio e forma a carboxiemoglobina, a qual reduz a capacidade tran~portadora de oxigênio pelo sangue até as células. É, portanto, um gás insidioso e venenoso, podendo ocasionar a morte. A poluição com monóxido de carbono se deve principalmente à combustão de hidrocarbonetos com deficiência de oxigênio e portanto, aos veículos com motores de combustão interna que trafegam nas cidades, notadamente os de motores diesel. Como se observa na Tabela 2.3, a Secretaria Especial de Meio Ambiente - SEMA, de São Paulo, estabelece para o monóxido de carbono: - uma concentração máxima, em 8 horas, de 10.000 microgramaslmJ, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;- uma concentração máxima horária de 40.000 microgramas/mJ, que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. - uma concentração de 4.000 ppm durante 30 min pode ser fatal. Tabela 2.3 Padrôes de qualidade do ar recomendados pela Portaria SEMA N." 23 e pelo Decreto-lei n." 8468 do Estado de São Paulo a. Partículas em suspensão: a.I Uma concentração média geométrica anual de 80 microgramaslm', a.2 Uma concentração máxima diária de 240 microgramaslm' que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. b. Dióxido de enxofre (SO,): b.I Uma concentração média aritmética anual de 80 microgramas/m'. b.2 Uma concentração máxima diária de 365 microgramaslm' que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. c. Monóxido de carbono (CO): c.I Uma concentração máxima de 8 h de 10,000 microgramas/m', que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. c.2 Uma concentração máxima horária de 40.000 microgramaslm'. que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. d. Oxidantesfotoquímícos: . d.l Uma concentração máxima horária de 160 microgramaslm', que não deve ser excedida mais de uma vez por ano. o CONAMA- Conselho Nacional de Meio Ambiente - prevê que a evolução tecnológica dos veículos com motor de combustão interna, através de aperfeiçoamentos e alterações de projeto, com injeção eletrônica ou aerodinâmica, melhor combustão, filtragem em certos casos, poderão em 10 a 12 anos reduzir os níveis de poluição dos gases de carbono e nitrogênio causados pelos veículos a valores aceitáveis. Atualmente os índices máximos permitidos são, no caso de veículos, para cada quilômetro rodado: 24gdeCO 2,1 g de hidrocarbonetos (HC) 2,1 g de óxidos de nitrogênio (NO,) Espera-se, com alguns dos aperfeiçoamentos mencionados, reduzir, dentro de alguns anos, esses índices para: 12 g de CO/km rodado .1,2 g de HC/km rodado 1,4 g de NO,/km rodado Numa bem-sucedida série de aperfeiçoamentos, espera-se em uma década, ou pouco mais, chegar a 2,0 glkm de. CO O,3,glkm de HC 0,6 glkm de NO, Os veiculos a álcool apresentam menores indices de poluição que os a gasolina. 2.5.2 Gás carbônico - C01 Resulta da combustão do carbono quando há excesso de oxigênio, como ocorre nas "queimadas", incêndios, queima de lenha, de petróleo, de carvão, de metano etc. . AR ATMOSFÉRICO E AR POLuíDO ,15 ( \ Não constitui propriamente um "gás venenoso". Entretanto, o excesso de CO! em ambientes confinados produz asfixia e na atmosfera ocasiona o chamado efeito estufa, que se apresenta com os seguintes graves ( inconvenientes: ( a) Impede que o calor irradiado da terra para a atmosfera se dissipe. Poderá, no futuro, vir a alterar as temperaturas, fundir os gelos e elevar o nível dos mares, com terríveis conseqüências. ( b) Altera o nível do ozônio (OJ) na atmosfera. Numa camada relativamente pequena, o ozônio impede que grande parte da radiação ultravioleta chegue até nós, o que, se ocorresse, ocasionaria danos nos ( seres humanos (câncer de pele, por exemplo). O ozônio é um gás tóxico, formado nas camadas baixas da atmosfera, quando emissões de hidrocarbonetos, como combustíveis não-queimados totalmente, reagem ( na presença de radiação solar com produtos de combustão. c) Aprisiona os raios infravermelhos emitidos pelo sol, aquecendo a Terra além do desejável. 2.6 CONSIDERAÇÕES BREVES SOBRE TOXICOLOGIA INDUSTRIAL 2.6.1 Toxicologia É o estudo das ações nocivas de substâncias químicas sobre os IIlecanismos biológicos. A toxicologia pode ser encarada sob vários aspectos. O que nos interessa neste estudo é a toxicologia, ambiental industrial, assunto apresentado, de modo excelente, no extenso capítulo do livro Engenharia de Ventilação Industrial, de A.L.S. Mesquita, F.A. Guimarães e N. Nafussi. ( A toxicologia ambiental é o ramo da toxicologia que trata da exposição casual do tecido biológico do homem a produtos químicos basicamente poluentes do seu ambiente e de seus alimentos. É o estudo das( causas, condições, efeitos e limites de segurança, para tais exposições. Trata da poluição, dos resíduos e da higiene industrial. ( Toxicidade é a propriedade de uma substância que se manifesta em ambiente fisiológico vivo, produzindo uma alteração indesejável do mesmo. Em outras palavras, é a propriedade de uma substância sob cuja ação, pode vir a ocorrer dano a um organismo. Sinergismo é o aumento de toxicidade acima daquela comumente verificada e que ocorre quando o. agente tóxico é aplicado em combinação com outras substâncias. Antagonismo é uma ação oposta à toxicidade e pode ocorrer quando duas ou mais substãncias estão presentes no organismo. A ação antagônica pode resultar na completa neutralização e eliminação dos efeitos tóxicos, ou a toxicidade pode ser apenas parcialmente reduzida. 2.6.2 Agentes tóxicos Os agentes tóxicos podem classificar-se em: ( - Irritantes. São corrosivos e vesificantes (produzem bolhas e vesículas na pele e nas mucosas). Existem os que afetam principalmente o tratorespiratóriosuperior- nariz, traquéia, faringe (por exemplo, os aldeídos, poeiras e névoas alcalinas, amônia, ácido crõmico, ácido clorídrico, ácido fluorídrico, fluoreto de hidrogênio, dióxido de enxofre, acroleína e outros); os que afetam também os pulmões: bromo, cloro, óxidos clorados, flúor, iodo, ozônio, ácido sulfídrÍco, tricloreto de fósforo e alguns dos acima mencionados, quando concentrados ou respirados durante longos períodos de tempo; e os que afetam principalmente o trato respiratório inferior: NO!, fosgênio, tricloreto de arsênico etc. - Asfixiantes. Interferem na oxidação dos tecidos, diluindo ou reagindo com o oxigênio atmosférico, ou impedindo seu transporte pelo sangue. Podem ser simples - CO2, etano, hélio, hidrogênio! metano, nitrogênio, óxido nitroso; qu{micos - isocianato de metila, fosgênio, CO, cianeto de hidrogênio, anilina, metilanilina, nitrobenzeno. Este último e o sulfeto de hidrogênio (H2S) formam metemoglobina e subseqüente redução da pressão sangüínea, podendo provocar parada respiratória. A falta de oxigenação dos tecidos pelo sangue chama-se anóxia anoxêmica. É produzida pelos venenos hemáticos, entre os quais CO, H2S, As, Pb, NOJ, C6H6 (benzeno). - Narcóticos. Funcionam como anestésicos em seu estádio extremo de ação. É o caso dos hidrocarbonetos acetilênicos e olefínicos; do éter etílico, do éter isopropílico, dos hidrocarbonetos parafínicos, das cetonas e álcoois alifáticos. - Tóxicos sistêmicos. São agentes de natureza química tal, que atuam mais diretamente sobre alguns órgãos ou sistemas, mas acabam por comprometer todo o organismo. a) Afetam as vísceras: a maioria dos hidrocarbonetos alógenos (que contêm um dos elementos F, CI, Br e I). --1- --- Tabela 2.4 Partes do organismo humano afetadas pelos contaminantes mais usuais e valores limites críticos de tolerância (TLV-TWA) OLHOS 1. Gases e vapores Cresol Quinona Anidrido acético Acroleina (aldeido acético) Cloreto de benzina Álcool but/lico 2. Poeiras tóxicas, neblinas, fumaças Hidroquinona 2 mglm3 CÉREBRO OU SISTEMA NERVOSO CENTRAL 1. Gases e vapores Benzeno (benzol) Tetracloreto de carbono Sulfeto de carbono Butilamina Gás sulf(drico, SHz Chumbo tetraetila Acetaldeído (aldeído acético) Nitrobenzeno 2. Poeiras tóxicas, neblinas, fumaças Manganês Mercúrio Chumbo 16 VENTII.AÇÃOINDVSTRIAI. i l ! I. :1 b) Afetam a formaçüo Lsangue: bcnzeno, fenóis, tolueno, xilol e naftaleno. A emanação de benzeno nas indústrias siderúrgicas provoca a leucopenia, isto é, redução na taxa de glóbulos brancos no sangue. c) Afetam o sistema nervoso: dissulfato de carbono, álcool metnico (metanol). Constituem também tóxicos causadores de dano sistêmico progressivo: a) Metais tóxicos: chumbo, mercúrio, antimônio, cádmio, manganês, berilo etc. b) Não-metais tóxicos inorgânicos: compostos de arsênico, fósforo, selênio, enxofre, nuoretos, dissulfato de carbono, tetraeJoreto de carbono. - Ma/erial particulado nüo constituindo propriamente tóxico sistémico: ::I a) Poeiras que produzem fibrose: silício, asbestos (amianto). b) Poeiras inertes: carborundum, carvão. c) Poeiras que produzem reações alérgicas: pólen, serragem, resinas e muitas outras poeiras orgânicas. d) Pós i"itantes: sais, ácidos, álcalis, nuoretos, cromatos. . e) Bactérias e outros microorganismos. '11 I I I 2,6.3 Classificação das substâncias segundo seus efeitos tóxicos a) Venenos por concentração: Produzem um efeito proporcional à quantidade que já estiver presente no organismo: 1) fisicamente tóxicos - óxido nitroso, éter etílico, narcóticos em geral; 2) farmacologicamente ou bióquimicamente tóxicos - compostos orgânicos fosforados, que permitem acúmulo de grandes quantidades de acetilcolina no organismo; 3) fisiologicamente tóxicos - Butilcelosolve, que causa anemia hemofilítica (fragilidade dos glóbulos vermelhosdo sangue). . PULM6ES 1. Gases e vapores Níquel carbonila Gás sulí{drico Cio reto de alila Dicloretil-éter Dióxido de nitrogênio 2. Poeiras tóxicas, neblinas, fumaças Compostos de cromo Ber/lio 3. Poeiras minerais Quartzo e cristabolita, calculados 250 I. b) Venenos crónicos: tetraeloretro de carbono, que causa cirrose do fígado; benzeno, dissulfato de car- bono; c) Venenos cumulativos: que se armazenam no organismo quando atingido o limite de tolerância do sangue (chumbo, núor, DDT). d) Venenos aditivos: cada molécula que entra no organismo produz efeito permanente irreversível. Podem produzir cãncer. Exemplos: o níquel-carbonila e a benzopireno produzem câncer no trato respiratório. 2.7 AGENTES QUÍMICOS E SEUS EFEITOS FISIOLÓGICOS PREJUDICIAIS pela fÓrmula % SiOz+ S I I!II 'I~, Entre os numerosíssimos produtos químicos capazes de causar danos a células, tecidos, órgãos, aparelhos e sistemas do organismo humano, existem alguns que pelo seu largo emprego devem ser mencionados como um alerta e um dado no estudo das condições de higiene industrial e no projeto de uma instalação de ventilação adequada. Existe uma idéia simplória, ingênua e às vezes irresponsável, de achar-se que, para evitar danos aos olhos, basta colocar óculos especiais; para defesa do sistema circulatório e respiratório, basta colocar uma máscara; e que, para proteger os tecidos cutâneos, são suficientes luvas compridas. Esses recursos de defesa são m;cessários mas, dependendo do grau de poluição, podem não ser suficientes para evitar que, embora mais lentamente, as doenças acabem por se instalar no organismo. Roupas especiais, tipo escafandro, podem ser necessárias numa emergência e em trabalho de extremo risco, como no caso de haver radiações, mas não como indumentária para um trabalho rotineiro prolongado. É necessário que sejam removidas do ar as substâncias tóxicas por métodos que veremos adiante, de tal modo que o nível de toxicidade fique abaixo dos limites considerados aceitáveis para que os operários que trabalharem sob aquelas condições não estejam com sua saúde e sua vida ameaçadas. Em certos casos, mesmo com captação local do poluente as operações podem exigir o uso de másCaras, óculos e luvas, dada a proximidade do operador com os produtos tóxicos, sua manipulação e até mesmo o risco de uma eventual paralisação no sistema de captores, por falta de energia elétrica. É o caso da decapagem de metais, jateamento de areia e pintura a pistola. A Tabela 2.10, ao final deste capítulo, indica algumas substâncias. empregadas nos filtros de máscaras e os produtos que os mesmos retêm ou neutralizam. Quando se tiver que fazer um projeto para combater a poluição por alguma substância ou produto não constante das Tabelas 2.2, 2.3 e 2.4, deve-se consultar um químico e um médico que conheçam as propriedades do produto e seus efeitos sobre o organismo humano. CORAÇÃO 1. Gases e vapores Anilina 2 SISTEMA RESPIRAT6RIO SUPERIOR 1. Gases e vapores Ozônio Dimetilsulfato Anidrido acético Acroleína Gás sulfídrico Acetaldeído (aldeído acético) Álcool butaico 2. Poeiras t6xicas, neblinas, fumaças Composto de cromo (como cr03) FfGADO 1. Gases e vapores Cresol (todos os isómeros) SRica amoría Mica (abaixo de 5% de silica livre) Talco ~ AR ATMOSFÉRICO E AR POLUjDO 17 5 0,1 5 0,1 1 50 ppm (partes por milhão) ppm ppm ppm ppm ppm 10 5 10 5 10 0,2 100 ~ ppm ppm ppm ppm ppm mglm3 ppm ppm 5 mglm3 0,05 mglm3 0,15 mglm3 0,05 ppm 10 ppm 1 ppm 15 ppm 3 ppm 0,5 mglm3 0,002 mglm3 20 20 20 mppcf (m.p.p.ft3) mppcf mppcf ppm . 0,1 1 5 0,1 10 100 50 ppm ppm ppm ppm (fabricação de resinas sintéticas) ppm ppm ppm (dissolvente de vernizes) mwm30,1 5 ppm lr ~; ~ ~ ~ ( 18 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Tabela 2.4 (cont.) Partes do organismo humano afetadas pelos contaminantes mais usuais e valores limites críticos de tolerância (TL V-TW A) Dimetilsulfato Clorofórmio (triclorometano) Tetracloreto de carbono Dicloroetileno Tolueno (toluol) RINS 1. Gases e vapores Clorofórmio Dimetilsulfato 2. Fumos tóxicos Mercúrio PELE 1. Gases e vapores Álcool butRico Níquel carbonila Fenol 1 10 5 10 100 ppm ppm ppm ppm ppm 10 1 ppm ppm 0,05 mglm' 50 ppm 0,001 ppm 5 ppm Tabela 2.4a Alguns agentes químicos, as indústrias que os utilizam e os órgâos do corpo humano mais afetados I, I! I I I I I . . ,11t Agente OLHOS (oftalmoconioses) . Fumos metálicos Cresol Quinona Hidroquinona Anidrido acético Acroleína Cloreto de benzila Álcool butRico Acetona Indústria Fundição de metais, linotipos Fabricação química, refinação de óleo Fabricação química Ind. de corantes sintéticos Fabricação de tecidos .Fabricação química, resinas sintéticas Ind. de corantes sintéticos Ind. de lacas e tintas Ind. de lacas e tintas SISTEMA RESPIRATÓRIO SUPERIOR - MEMBRANAS, MUCOSAS Fumos metálicos Fundição de metais, linotipos Ozônio Operações de solda elétrica Dimetilsulfato Fabricação química, indo farmacêutica Cromo Fabricação de cromato, cromagem Anidrido acético Fabricação de tecidos Acroleína Ind. qu(mica Sulfeto de hidrogênio Ind. de raion: tratamento de resíduos de esgotos sanitários Álcool butRico Fabricação de lacas e tintas; dissolução de vernizes Acetaldeído Fabricação química, fabricação de tintas Acetona Fabricação de lacas e tintas; dissolução de vernizes PULMÕES Níquel SRica cristalina (produz a pneumoconiose) Asbesto (produz a asbestose) Berílio Cromo (pode provocar câncer pulmonar) Sulfeto de hidrogênio Cloreto de alila Dicloroetil-éter Mica Talco Isocianeto de metila Dióxido de nitrogênio Aldeído acético Processos de refinação metalúrgica Ind. de mineração; indo fundição Ind. mineração; indo tecelagem Ind. fundição; indo metalúrgica Fabricação de cromatos Ind. de raion viscose Tratamento de resíduos industriais Fabricação de plásticos Fabricação de inseticidas; ref. de óleo Ind. borracha; indo isolantes; indo mineração Fabricação química de plásticos Fabricação química, decapagem de metais Fabricação química; fabricação de tintas Tabela 2.4a (cont.) Alguns agentes químicos, as indústrias que os utilizam e os órgãos do corpo humano mais afetados Agente Indústria F{GADO Cresol Dimelilsulfato Clorofórmio Tetracloreto de carbono Tricloroetileno percloroetileno Tolueno Fabricação química; refinação de óleo Fabricação química; indo farmacêutica Fabricação química; fabricação de piásticos Fabricação química, limpeza a seco. Extintores Fabricação química, desengraxe de metais Fabricação química, limpeza a seco Ind. borracha,indo de plásticos PELE - As lesões na pele, apesar de não serem produzidas por poeira, chamam-se dermaroconioses Álcool butílico Fabricação de produtos químicos, lacas e vernizes Níquel Processos metalúrgicos de refinação Fenol Fabricação de plásticos Tricloroetileno Fabricação de produtos químicos. Desengraxe de metais Isocianeto de metila Fabricação de produtos químicos plásticos CÉREBRO OU SISTEMA NERVOSO CENTRAL Benzeno Ind. de borracha, fabricação química Tetracloreto de carbono Fabricação de solvente, limpeza a seco Sulfeto de carbono Fabricação raion, viscose; fabricação de borracha Butilamina Fabricação de corantes sintéticos. Ind. farmacêutica Sulfeto de hidrogênio Ind. de raion viscose Chumbo tetraetila Fabricação química Manganês Mineração. Processamento metalúrgico Mercúrio (hidrargirismo) Oitenta indústrias diferentes. Fabricação de equipamento elétrico. Serviços de laboratório Fabricação de automóveis, de baterias. Refina- ção de minérios metálicos Fabricação química Fabricação química, tintas, vernizes Fabricação de corantes sintéticos. Pastas para sapatos Fabricação de pesticidas. Fogos de artifício Chumbo (saturnismo ou plumbismo) Dimetilamina Acetaldeído Nitrobenzeno Tálio CORAÇÃO Anilina Fabricação de corantes sintéticos. Fabricação de tintas. Indústria de borracha. RINS Clorofórmio Mercúrio Fabricação química. Fabricação de plásticos Fabricação de equipamentos elétricos. Laboratórios científicos Fabricação química. Ind. farmacêuticaDimetilsulfato SANGUE Nitrobenzeno Anilina Arsênico (com arsina) Benzeno (produz leucopenia) Monóxido de carbono Fabricação de cor~ntes sintéticos Fabricação de tintas. Ind. de borracha Decapagem de metais Fabricação química. Ind. de borracha. Ind. siderúrgica. Ind. de tratamento térmico Serviço de automóveis; oficinas de reparo de veículos Fabricação tintas; fabricação de borrachaTolueno Tabela 2.4b Concentrações consideradas como fatais ao homem expressas em ppm Dióxido de carbono (C02) Dióxido de enxofre (502) Amônia (NH,) Gás sulfídrico (H,S) Ácido clorídrico (HCI) Óxidos de nitrogênio (NO + NO,) Ácido fluorídrico - 100.000 400 750 750 500 250 100 , 1 i~ 20 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Tabela 2.5 Órgãos afetados, doenças e outros males causados por alguns produtos químicos largamente fabricados e empregados I. HIDROCARBONETOS ALlFÁTlCOS Metano ......................... Propano TL V = 1.000 ppm Butano ......................... GLP (gás liquefeito de petróleo) Acetileno 2. HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS BenzenoTLV=25 ppm GV Nafta (alcatrão de hulha) TL V = 100 ppm. O-N-G EstirenoTLV = looppm O-N-G Voláteis de alcatrão TLV = 0,2 mglm' O-N-G 3. HiDROCARBONETOSCLORADOS Cloreto de metila TLV = 100 ppm, F.O-N-G ClorofórmioTLV = 50ppm ,.. F Tetracloretode carbonoTLV = 10ppm F-P-R HexacloroetanoTLV = 1ppm P-F Cloreto de vinila TL V = 500 ppm 4. ÁLCOOiS, FENÓiS, ÉTERES ~Icool metOico (metanol) TLV = 200ppm. O.N.G AlcooletOicoTLV = 1.000ppm O.N.G Álcoolpropl1icoTLV= 200ppm O.N-G FenolTLV = 5ppm P-O-N-G-F-R ÉteretOicoTLV= 400ppm O-N-G 5. ALDEIDO CETONAS AldeídofórmicoTLV= 5ppm O-N-G-B AldeídoacéticoTLV'" 200ppm O-N-G-B AcetonaTLV=400a1.000ppm O.N-G 6. ÁCIDOS ORGÂNICOS ANIDROS Ácido fórmico TL V =5 ppm . Ácido acético TL V = 10 ppm asfixia narcose narcose narcose asfixia asfixia narcose, anemia narcose câncer narcose narcose narcose narcose narcose narcose narcose narcose narcose narcose alergia edema pulmonar narcose O-N-G O-N-G 7. COMPOSTOS METÁLiCOS (FUMOS, POEiRAS) AntimônioTLV = 0,5 mglm' Açãosobreo coraçâoe os rins ArsênicoTLV = 0,5 mglm' Distúrbios gástricos, pele, pigmentação Cádmio(poeira)TLV = 0,2 mglm' Vômito, cãibras abdominais. Cádmio (fumos)TLV =0,1 mglm' Vômito. pneumonite, rins ÓxidodecálcioTLV = 5ppm Irritação dos olhos, nariz e garganta Cromo (metal e insolúvel) TLV =1mglm' Rins, cãncer pulmonar Saiscromosoe crômicoTLV = 0,5mglm' Rins,câncer Ácidocrômico.cromatosTLV = 0,1 mglm' lrritação do nariz. Rins; cãncer pulmonar; aumento do número de GV. Hipertrofia do baço Cobalto (metal, poeira)TLV =0,1 mglm' Policitemia, pneumonite, rins. Cobre (poeira) TLV =1mglm' Irritação do nariz. distúrbios gástricos. rins. anemia Cobre (fumo)TLV = 0.1 mglm' Idem.idem. Óxidos de ferroTLV = 10mglm' Febre de fumo (depósito nos pulmôes) ChumboTLV = 0.2 mglm' Anemia. rins Mercúrio TLV = 0,1 mglm' Pele. SNC. tremores; rins; aparelho digestivo; vias respiratórias NíquelTLV =0,1 mglm' Coração, rins, fígado Prata (metal. solúvel) TLV = 0.1mglm'.. Depósitosnegrosna pele ChumbotetraetiloTLV =0.075mglm' Pele. depósitos nos pulmões Estanho (inorgânico. exceto óxido) TLV = 5mglm' Rins; anemia Óxido de zinco TLV = 5 mglm' Câncer intestinal; febre de fumo; vias respiratórias. 8. GASES E VAPORES lNORGÂNlCOS Ozona (ozônio)TLV = 0.1 ppm Óxido nítrico TL V = 25 ppm .... Dióxido de nitrogênio TL V = 5 ppm Amônia TL V = 50 ppm O-N-G-B-A O-N-(J-B-A O-N-G-B-A O-N-G-B '""'- AR ATMOSFÉRICO E AR POLUÍDO 21\ Tabela 2.5 (cont.) Órgãos afetados, doenças e outros males causados por alguns produtos químicos lar~amente fabricados e empre~ados CloroTLV = 1ppm : O-N-G-B BromoTLV=0,1ppm O.N-G-B IodoTLV = 0,1ppm O.N.G-B Cloretode hidrogênio(HCI)TLV= 5ppm O-N.G.B Brometode hidrogênioTLV= 3ppm O-N.G-B F1uoretodehidrogênioTLV=3ppm O-N-G-B Ácido nítricoTLV =2ppm O-N-G-B DióxidodeenxofreTLV =5ppm O-N-G-B Dióxidode carbonoTLV = 5000ppm.................... MonóxidodecarbonoTLV = 50ppm O-N-G.B Cianeto de hidrogênio TL V = 10ppm CianogênioTLV = 10ppm ............. Sulfeto de hidrogênio TLV = 10ppm ( \ asfixia asfixia química asfixia química asfixia química paralisia respiratória 9. PARTlcULAS iRRiTANTES Negrode fumoTL V = 3,5 mglm' Hidróxido de sódio TL V = 2 mglm' Ácido sulfúrico TL V = 1 mglm' 10. POEiRAS Cristalinas SOica alta (acima de 50% de Si02 livre) TLV = 5 mppcf Fibrose pulmonar progressiva SOica média (5 a 50% de Si02livre) TLV = 20 mppcf ............ Poeiras amorfas, incluindo terras diatomáceas TLV = 20mppcf Fibrose pulmonar progressiva Asbesto (amianto) TLV = 5mppcf Fibrosepulmonar progressiva Pedra-sabão, talco e micaTLV = 20mppcf Fibrosepulmonar progressiva Cimento poltland TLV = 50mppcf Fibrose pulmonar progressiva Fibrose pulmonar progressiva Abreviaturas: O = olhos; N = nariz; G = garganta; B = brónquios; A = alvéolos pulmonares; PS - pressãosangüínea;SNC = sistema .ervoso central: GV = glóbulos vermelhos; F = ffgado; P = pele; R = rim I ( 2.8 ATUAÇÃO DOS CONTAMINANTES NO ORGANISMO HUMANO 2.8.1 Penetração de contaminantes através da pele A camada externa da epiderme é constituída de queratina, uma proteína sulfurada que resiste à águal aos ácidos diluídos, aos raios ultravioletas e a danos físicos. Pode, entretanto, ser danificada pelos álcalis, pelos detergentes e solventes e pela ação prolongada de água quente. Sobre a pele, existe um verdadeiro' manto de ácido protetor, com pH da ordem de 4, e que representa uma primeira linha de defesa do organismo. Irritante primário é uma substância que, permanecendo em contato com a pele, produzirá uma alteração~ visívelsobre ela. 2.8.1.1 Meios de atuar do irritante o agente contaminante pode atuar: - como solvente de queratina. É o caso do hidr6xido de s6dio (soda cáustica) e de potássio; -por dissolução de óleos e gorduras. É o modo de agir dos solventes orgânicos. Podem causar inflamaçóesl graves na pele. Exemplo: álcalis e detergentes;- por desidratação. A pele fica seca, fissura e fica sujeita a uma eventual infecção secundária: ácidos inorgânicos', e anidridos;- por oxidação. Ocorre quando se verifica uma excessiva exposição a alvejantes, como os per6xidos e' o cloro. Causam distúrbios no balanço fluido da camada de queratina; ,- por precipitação da proteina. Certos elementos, como o arsênico, o cromo e outros metais pesados, alteram\ a estrutura bioquímica da pele, causando u1ceração;- por redução. A redução vem a ser o aumento da valência positiva ou a diminuição da negativa de qualquer elemento químico em uma substância_~ O ácido salicílico, o ácido oxálico e outros ácidos reduzem quimicamentea camada mais externa I 24 VI::I"TILAÇÁOINDUSTRIAL Tabela 2.7 (cont.) Concenlração máxima para I hora de exposição e máxima admissível para exposição prolongada (partes por 10.000 partes de ar) I I Substância Concentração máxima para I hora de exposição Concentração máxima para exposição prolongada Fumos ("vapor") de chumbo Gasolina Metanol Nitrobenzeno Óxido de carbono Sulfeto de hidrogênio Sulfureto de carbono Terebintina retracloroetano Tetracloreto de carbono Tolueno Xileno IIJJ\ 111 2-3 5 10 30 30 5-6 10 2 lI.n02 0.5 I n.z 2 1.5 5 2 I Tabela 2.8 Substâncias comprovadamente cancerígenas e valores correspondentes do TL V (ACGIH - revisão de 1985-1986) Substância TLV Amianto- Amosite - .Crisólito - Outras formas Benzopireno (queima de óleo diesel) Cloreto de vinil . Cromato (processamento do minério cromita) Cromo (compostos solúveis) Éter biclorometí1ico Sulfato de níquel (fumo ou poeira) Voláteis de alcatrão n.5 fibra/em' 2 fibra/cm" Z fibra/em' 5ppm 0.05 mglm-' como Cr 0.05 mglm' como Cr 0.001 p~m I mglm' como Ni 0.2 mglm' como solúveis de benzeno Tabela 2.9 Substâncias suspeitas de serem cancerígenas (ACGIH -revisão de 1985-1986) Substância TL V Acrilamida Acrilonitrila Benzeno Berilo Brometo de vinil Butadieno (1,3) Clorofórmio Cromato de Pb, Zn (como cromo) Dimetil hidrazina (pele) Formaldeído Hidrazina (pele) lodeto de metila (pele) .Nitropropano Tetracloreto de carbono (pele) Tolidina (pele) 0,03 2 10 2 5 10 10 0.05 0,5 I 0,1 2 10 5 2 ppm ppm ppm ".glm-' ppm ppm ppm mglm' ppm ppm ppm ppm ppm ppm ppm AR ATMOSFÉRICO E AR POLUÍDO 2~ (...... Tabela 2.10 Substâncias usadas nos filtros das máscaras protetoras indust~iais ~Iiminar Substância do filtro ( a) COlo CI, formol, ácido fórmico. ácidos clorí- Soda cáustica fundida sobre pedra-pomes ( drico, cianídrico e sulfídrico. NO!, SOl' SO,. Concentraçâo máxima de 2% no ar \ b) Amônia NH, Sulfato de cobre sobre gel de sí1ica, com filtro de algodâo (, Mistura de óxidos de manganês, cobre, prata e cobalto. É um catali- ( sadorque transformaCO em CO! d) Cetona. benzeno,anilinas,SOl' hidrocarbo. Carvâode madeiraativado.seco, emgrânulos.Adsorveas substância'- ~ ( c) CO (até 3%) 2.8.5 O ozônio \ Na estratosfera e na troposfera existe uma concentraçãode ozônio (03) que protege os seres vivos ao filtrar os raios ultravioleta provenientes da radiação solar, os quais podem provocar câncer da pele J doenças nos olhos. Essa camada de ozônio tem sido ameaçada pela presença, na atmosfera, de c1orofluorcar( bonetos, que reagem com o ozônio. É grave a ação do CFC (c1orofluorcarbono) usado em sprays e do 'freon (dic1orofluormetano) usado em geladeiras, freezers, aparelhos de ar-condicionado, sistemas de refrige- ração, fabricação de espuma sintética etc. ( ~e, por um lado, a existência da camada de ozônio na estratosfera e troposfera é necessária, o excesso de ozônio nas camadas inferiores da atmosfera é prejudicial à saúde, dada sua atividade de oxidante. Uma concentração de 1 mm cúbico de ozônio por metro cúbico de ar provoca irritação dos olhos e das membranas e perturbações circulatórias. \ \ . ( -..a ~ ( n",i ( II1 !: ~ I::j, li ( ( ( I I ( I I I ( I ( I 1 1 ; ( ~ . : ( , r ..-*",,"--;j o 3 .I II li I Efeito do Movimento do ar Sobre o Conforto de uma Pessoa 3.1 SENSAÇÃO DE FRIO E CALOR. CONDIÇÕES DE CONFORTO É sabido que o movimento do ar alivia a sensação de calor, uma vez que o mesmo abaixa a temperatura da pele. É importante que se façam umas considerações sobre as perdas de calor sofridas pelo corpo humano, para uma melhor compreensão do conforto relativo que se pode alcançar com a ventilação. A assimilação dos alimentos após as transformações biológicas realizadas, fornece continuamente o calor necessário ao equilíbrio metab6lico do organismo. Essa quantidade de calor produzida aumenta conforme os esforços despendidos. Assim, um homem em repouso (sentado, parado) desenvolve cerca de 100 kcallh, ao passo que em march.a rápida, digamos a 6,S km/h, desenvolverá cerca de 3S0 kcallh. O corpo humano não tem porém condições de armazenar calor à medida que o mesmo vai se produzindo, uma vez que a temperatura interior ou subsuperficial deve situar-se pr6ximo a 37"C, e a superficial, a 36,S'C. Deverá portanto haver uma permanente eliminação do excesso de calor formado, o que ocorre através da pele, e esta eliminação deve fazer-se à medida e tão rapidamente quanto o calor vai sendo produzido. É necessário que isto aconteça para que a temperatura do corpo não se eleve a ponto de ameaçar o organismo \:Omum acidente circulat6rio-respiratório. Quando no ambiente local "faz frio", a perda de calor do corpo se processa rapidamente, mas se a temperatura ambiente for elevada, o corpo humano passa a aquecer-se. O ar em movimento favorece a transferência de calor através da pele, de modo a eliminar o excesso de calor produzido pelo corpo ou adquirido pelo mesmo em conseqüência do calor reinante no ambiente. Para que, em um clima tropical, seja possível trabalhar em condições ambientais necessárias primordial- mente à saúde e secundariamente à produtividade, deve-se procurar atender a condições adequadas de ventila- ção. Às vezes se imagina que o problema da ventilação industrial se relaciona apenas com a remoção de substâncias nocivas ao organismo, as quais possam encontrar-se no ar. Entretanto, é preciso atentar para o fato de que condições ambientais adversas de calor, traduzidas por uma temperatura e grau de umidade elevados ou uma secura excessiva do ar e baixa temperatura, podem, em prazo maior ou menor, minar e abalar a resistência do organismo, favorecendo o estabelecimento de uma série de doenças. 3.2 FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CALOR Para uma melhor compreensão do modo segundo o qual o ar em movimento é favorável ao conforto ambiental, convém lembrar que a temperatura do corpo é regida por três processos físicos de transmissão de calor: a radiação, a convecção e a evaporação. A liberação de calor por convecção e evaporação é considera- velmente influenciada .pelo movimento do ar. 3.2.1 Radiação ou irradiação O corpo humano transmite ou recebe calor por radiação, conforme sua temperatura seja maior ou menor que as das superfícies existentes no ambiente. Assim, se as paredes do ambiente forem frias, o corpo humano EFEITO DO MOVIMENTO DO AR SOBRE O CONFORTO DE UMA PESSOA 27 perderá calor por radiação ou irradiação (como às vezes se diz) para as mesmas. Se as superfícies forem mais quentes do que a pele, a temperatura do corpo aumentará por efeito da radiação. A transferência de calor por radiação depende pois das temperaturas do corpo e das superfícies circundantes, mas não necessita da movimentação do ar para que se processe, uma vez que a propagação se realiza sob a forma de energia radiante. Quando esta energia radiante atinge a superfície do corpo, transforma-se em calor. A emissão de calor por radiação pode ser calculada pela equação I Q"d = a,ad' S"d'P (lho-t.r) I sendo Q"d arad S"d 'P a emissão de calor por radiação (kcallh); o coeficiente de transmissão de calor por radiação pelo homem vestido (kcallm2h'q; a superfície do corpo (m2) eficaz para a radiação; a relação de ângulos da radiação do homem sobre o volume ambiente total (coeficiente de radiação) ; a temperatura superficial média do homem vestido; e a temperatura superficial média das superfícies do local ("C). . tho t" A radiação se realiza sob forma de ondas do tipo das eletromagnéticas e não necessita de ar nem outro qualquer meio intermediário para se propagar. Para se evitar a incidência da radiação proveniente de massas de metal ou vidro em fusão, colocam-se anteparos entre a fonte emitente e o trabalhador. O anteparo reduzirá o efeito do calor radiante, pois refletirá a maior parte do mesmo para o ambiente, reemitindo sobre o operador apenas pequena parte do calor radiante que foi absorvido. . 3.2.2 Convecção Quando a temperatura do ar ambiente é inferior à da pele, processa-se uma perda de calor do corpopara o ar por efeito de condução e de convecção. A condução se dá pelo contato do corpo com a película de ar que o envolve. Isto porque, na condução, o calor se propaga de molécula a molécula sem transporte de massa. Quando o corpo humano se encontra em repouso e o ar circundante se acha tranqüilo, o ar que estiver imediatamente em contato com a pele se aquece, de modo a ficar com a temperatura da pele. Inicialmente, verifica-se um fluxo de calor através dessa camada de ar por condução. À medida que isto vai ocorrendo, a transferência de calor da pele para o ar vai se amortecendo. Se o ar aquecido pela pele for removido por uma corrente de ar, estabelece-se com o ar ambiente uma corrente de convecção; a velocidade da convecção aumentará e a temperatura do corpo irá diminuindo. Isto explica por que a corrente de ar proporcionada por um ventilador produz sensação de frescor. Convém repetir que se a temperatura ambiente do ar for inferior à da pele, haverá uma transferência de calor por condução e convecção para o ar. Se entretanto a temperatura do ar for sensivelmente maior que a da pele, o calor do corpo sofrerá um aumento por efeito da convecção. As correntes de ar por convecção se realizam porque o ar quente, sendo de menor densidade que o ar frio, tende a elevar-se, à medida que o ar frio, mais denso, desce, ocupando o espaço do ar quente ascendente. 3.2.3 Evaporação Nem sempre a perda de calor do corpo humano por radiação e convecção é suficiente para regular a temperatura do corpo. Então, entram em atividade as glândulas sudoríparas, de modo que o corpo possa vir a perder calor por efeito da evaporação da umidade que se forma na pele. Simultaneamente com a transpiração, ocorre um fenômeno de mudança de estado físico, com a transformação do suor em vapor d'água. Mas para que isto aconteça, é necessário que ocorra uma certa absorção de energia. Essa energia é fornecida pelo calor da superfície da pele, cuja umidade está sendo evaporada, e vem a ser o calor latente de vaporização. De um modo simples podemos dizer que à medida que a umidade ' I ' . ~ I i\ I lil!' ! I !E I :', !: , i 1m, !II; i~', I~ ImlII 28 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL :r I:, I, I 11 evapora sobre uma superfície quente, extrai calor, resfriando a superfície. O corpo elimina quantidades variáveis de água, e em casos extremos e que só podem ocorrer excepcionalmente, pode chegar a eliminar até 3 I em uma hora e um total máximo de 6 I por dia. Convém recordar que calor latente é calor aplicado na mudança de estado físico, sem que ocorra simultanea- mente variação da temperatura, e que calor sensivel é aquele que se manifesta pela existência de uma certa temperatura ou por uma variação da mesma. A eliminação desse calor latente do corpo se realiza portanto pela evaporação do suor da pele. A velocidade segundo a qual o calor é eliminado depende da rapidez com que se processa a evaporação, a qual por sua vez depende da capacidade que o ar possui de eliminar a umidade que nele vai se formando com a evaporação. Quando o ar se encontra parado, a camada do mesmo em contato com a pele e a que fica entre a roupa e a pele ficam praticamente saturadas de umidade, e portanto não possuem mais êondições de absorver a umidade existente na pele. Por conseguinte, o suor evapora mais lentamente do que vai sendo formado, e a pele fica molhada de suor. Nessa situação, há uma transferência de calor por condução através da camada superficial de ar sobre a pele. Fazendo-se incidir correntes de ar sobre a pele, a camada de ar junto à mesma, saturada de umidade, dispersa-se, e portanto a perda de calor por evaporação melhora. Desde que o ar do ambiente não esteja excessivamente impregnado de umidade, e, evidentemente, não esteja saturado, um movimento de ar, com certa velocidade, conseguirá evaporar o suor sobre a pele mais rapidamente do que o mesmo está sendo produzido, conduzindo a uma sensação de certo bem-estar. Resumindo: O movimento do ar tem por efeito; a) acelerar a perda de calor por convecção; b) auxiliar o corpo a dissipar o calor fornecido por condução na camada de ar superficial da pele; c) auxiliar a perda de calor por Iranspiração, permitindo ao homem suportar temperaturas até certo ponto elevadas. O movimento do ar é necessário não somente para remover o calor por evaporação, mas também para controlar a intensidade da transpiração. Uma transpiração excessiva debilita o organismo humano, principal- mente devido à perda de sais minerais. Até mesmo em temperaturas moderadas é conveniente provocar-se um certo movimento de ar para acelerar a perda de calor do corpo por convecção, de modo a reduzir a tr~~piraçã~. Em locais onde a temperatura varia de 21 a U'C, um deslocamento de ar com velocidade de 12 m/min provoca uma sensação refrescante, confortável, desde que as pessoas estejam realizando atividades fracas. Em locais mais quentes, proximidade de fornos, estufas etc. ou onde se realizem trabalhos mais intensos, a velocidade do ar poderá ter que chegar a 30 e até 130m/min e até mais para que se possam obter condições suportáveis. A Fig. 3.1 mostra a zona de bem-estar considerando a temperatura do ar local e sua velocidade, segundo o autor Roedler. O gráfico não considera porém a umidade relativa do ar no recinto. Se o ar se encontrar com elevada umidade, mesmo que se aplique ventilação com velocidade considerável, não será possível conseguir a evaporação nas condições necessárias. O conforto ambiental só se tomará possível com a remoção da umidade do ar, e esta remoção constitui um dos objetivos básicos das instalações de climatização, isto é, de ar condicionado, embora em certos casos de ventilação industrial também se aplique Para uma umidade relativa do ar moderada, pode~se ter uma idéia do bem-estar proporcionado pelo ar em movimento comparando e exprimindo seu efeito em função da diminuição da temperatura do ar (medida com o termõmetro de bulbo seco) que produziria o mesmo efeito refrescante caso este estivesse calmo. Assim, se o ar ambiente se deslocar, por exemplo, a uma velocidade de 2,2 m/s em contato com a pele, produzirá o mesmo efeito que o ar "parado" com uma temperatura de'S'C mais baixa que a do ambiente. Segundo a ABNT, para ambientes "normais" a velocidade do ar em determinadas zonas nos recintos deve estar compreendida entre 1,S e 1S m/mino Se houver "captores" de poluentes no recinto, no local de captação a velocidade do ar ambiente deverá ser no máximo de 15 a 22 m/min (50 a 75 fpm). A emissão total de calor por uma pessoa trabalhando em um escritório com temperatura de 20'C e umidade relativa de 40 a 60% se compõe de: '\1 ~I , t Emissão de calor por irradiação 54 kcallh Emissão de calor por convecção e condução 26 kcal/h Emissão de calor por evaporação 23 kcal/h Emissão total de calor 103kcallh EFEITO DO MOVIMENTO DO AR SOBRE O CONFORTO DE UMA PESSOA 29l I 50 ( ( \ ~ S , Temperatura do ar local (OC) Flg. 3.1 Zona de bem-estar para valores da temperatura do ar local e velocidade do ar, segundo Rocdler. Tabela 3,1 Velocidade do ar m/s m/min ftlmin Sensação de resfriamento equivalente 0,1 0.3 0,7 1,0 1,6 2,2 3,0 4,5 6,5 6 18 42 60 96 132 ISO 270 390 20 59 138 197 315 432 590 885 1.279 O' (ar parado) I' 2' 3' 4' 5' 6' 7' 8' A Fig. 3.2 permite obter os valores aproximados das quantidades de calor emitidas por uma pessol. num ambiente sob certa temperatura e de acordo com sua ocupação. t EXEMPLO 3.1 Qual a emissão de calor de uma pessoa num recinto a 25'C, realizando um trabalho leve? Solução Entrando no gráfico da Fig. 3.2 com temperatura do local = 25'C, vê-se, pelas linhas tracejadas (qu1correspondem a trabalho moderado), que teremos: 80 kcal de calor emitido por convecção e irradiação e 225 - 80 = 14S kcal para emissão de calor por evaporação na transpiração, 225 kcal para emissão total de calor (soma de Q..,p + Q,onv.'ÇIO+ irradiação). -. 40 ..... .." I I DESAGRADÁVELe 30 u 11: oS g 20 bI Q oS Q g 10 ..J 111 > o 12 14 16 18 20 22 24 26 28 r .. ' l iJ ., i .: il { q,I I~ li ~ i . . . '!: I !I ~ I':: I~ IJI l I I 1 1 . I, I. I~ ( I ( I I I ( ~ {' ,~. !I. , ~ '. \1 ~\ [ -t' ",~< " 30 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL o 1<& 1ft'" :& 111 Fig. 3.2 Emissão de calor por pessoa em função da temperatura local, para ocupações diversas (VDI, Dusseldorf, 1968). liSO - TRABALHOPESADO -- TRABALHOLEVEOUMODERADO SENTADO,EM REPOUSO 250 ~ , 'ii 200 (,) ~ -- 11:150 o .J C(u 1!I100 50 O O 5 10 15 20 25 30 TEMPERATURA DO LOCAL (O C) 35 3,3 UMIDADE ABSOLUTA E UMIDADE RELATIVA .," A unidade de medição da umidade absoluta, isto é, da quantidade total de umidade presente no ar, é o grama. Nos EUA e em outros países, emprega-se como unidade de umidade o grain ou grão, medida antiga de peso, relacionada ao peso de um grão de trigo. Uma libra de água "contém" 7.000 grãos. Um quilograma de água corresponde a 15.542 grãos. A umidade que geralmente se considera na prática é a umidade relativa, ou seja, a relação entre o número de gramas de umidade existente em um m3 de ar num determinado ambiente e numa determinada temperatura, e a quantidade máxima de gramas de umidade que o ar nessa mesma temperatura poderá conter quando estiver saturado. Assim, por exemplo, um metro cúbico de ar a 27'C pode conter, no máximo, 25,4 gramas de água. Se contiver 12 gramas e a temperatura for a mesma, a umidade relativa será de 12 = 0,47, ou seja, de 47%. 25,4 A umidade relativa aumenta, portanto, com o conteúdo de água no ar e com a diminuição da temperatura ambiente. Quanto maior a umidade relativa do ar, mais lento se torna o processo de evaporação e, portanto, menor será a taxa com a qual o suor evapora do corpo, e chegando à saturação, o ar não terá mais condições de possibilitar a evaporação do suor. Considera.se como faixa de conforto a que corresponde à temperatura entre 22 e 26'C e umidades relativas entre 45 e 50%. 3,4 TEMPERATURA EFETIVA, T'I A temperatura efetiva é uma grandeza empírica capaz de exprimir em um único índice a sensação de calor, combinando a temperatura do ar, a umidade relativa do mesmo e sua velocidade. Suponhamos uma certa temperatura de bulbo seco, uma certa umidade relativa e uma determinada velocidade do ar. A temperatura efetivacorrespondente a essas condições seria a temperatura do ar praticamente parado (10 cmls), saturado de umidade e que provocaria a mesma sensação de calor ou frio que aquela verificada nas condições dadas. EFEITO DO MOVIMENTO DO AR SOBRE O CONFORTO DE UMA PESSOA 3J Vê-se, portanto, que a temperatura efetiva não pode ser medida diretamente com instrumentos. Utili- zam.se, para sua determinação, diagramas, nos quais, entrando-se com os valores das temperaturas dos termô- metros de bulbo seco e de bulbo úmido e da velocidade do ar, obtém-se o valor da temperatura efetiva, Empregam-se duas escalas de temperaturas efetivas:- a da temperatura efetiva normal, aplicável ao homem vestido (Fig. 3.3); - a da temperatura efetiva básica; correspondente ao homem sem roupa da cintura para cima (Fig. 3.4). EXEMPLO 3.2 Qual a temperatura efetiva, sabendo-se que a temperatura do termômetro de bulbo seco é de 24,4'C (..76'F) e a do termômetro de bulbo úmido é de 16,7'C (=62'F), admitindo uma velocidade do ar de 0,50 mls (30,0 m/min = 98,4 pés/min) e supondo a pessoa normalmente vestida? Solução: No ábaco da Fig. 3.3, ligando-se os valores 76'F e 62'F por uma reta, encontra-se na linha correspondente 120 110 100 íP40 1 pli/min. = 0,3048 m/mino = 0,005 m/s Flg. 3.3 Escala de temperatura efetiva normal para pessoas em repouso e normalmente vestidas. 30 l20 110 100 80 40 30 90 -... ..iJ-H/IX1 .... - o o io:> 80 o..... :>.. ..o 70 ::>....a:.. .. :li.. 60 .. t , ~iQ. 31 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL à velocidade aproximada de 100 pés/min um ponto que pertence à reta de temperatura efetiva de 69°F == ZOOc. EXEMPLO 3.3 Se o operário estivesse trabalhando sem camisa, nas mesmas condições do Exemplo 3.3, qual seria a temperatura efetiva? Solução: Utilizando o ábaco da Fig. 3.4 e entrando com os valores 76'F (bulbo seco), 62'F (bulbo úmido) e v = 100 pés/min, achamos a temperatura efetiva de 65'F (18,3'C). ~ li, ° R ~--...... ---...........-- li,° o Q i .:;) 80 o ID ..J :;) ID 1&1 Q 70 a: 2 1&1... 60 50 40. 30 Fig. 3.4 Temperatura efetiva básica (para homens sem roupa da cintura para cima). EFEITO DO MOVIMENTO DO AR SOBRE O CONFORTO DE UMA PESSOA -- 33( ( 3,5 VENTILAÇÃO PARA O CONFORTO TÉRMICO A compreensão dos benefícios da ventilação para o conforto humano supõe o conhecimento de certos ( fatos relacionados com o comportamento do organismo humano em face de variações da temperatura. Nã~ abordaremos a questão na profundidade e extensão que o estudo de instalações de ar condicionado aconselharia, mas apenas enfocaremos o efeito da ventilação na promoção do conforto térmico para o homem. \ Os mamíferos e, portanto, também o homem são homotérmicos, isto é, conseguem, até certo ponto, manter uma temperatura relativamente constante para seu corpo, independentemente da temperatura dor ambiente em que se encontram. Como sabemos, a temperatura média superficial do corpo humano é de 36,5'<:, admitindo-se mesmo que até 36,8'<: se possa considerãr normal a temperatura. . Para que o homem possa manter o equilíbrio térmico é necessário que a temperaturà interna seja aproxima\ damente I'C acima da temperatura superficial do corpo. Podemos exprimir o equilíbrio térmico no organismo pela igualdade: quantidade de calor produzido{ pelo corpo = quantidade de calor despendido pelo mesmo para atender ao metabolismo + quantidade perdida pelo mesmo para o exterior. A quantidade de calor trocada entre o corpo humano e o ambiente depende: .- da diferençade temperaturasentre os dois;. '- da pressão de vapor d'água do ar ambiente próximo à superfície da pele. 35° o~o o'"" "'0 ,,0 r!'"Gi ~oolo ..0°\0 ,~oo'" .,polo 0. .\ u ~ 30° g i -:I o 25° m ..J :2ID I!I 20° ° 11: ... 1&1 a l5° <o a 11: 1&1 I- o 10° Q 111 ... 11: g 5° ~ 10° 15° 20° 25° i !Ia o 35° VALORES DO TERMÔMETRODE 8ULBO SECO (OCI 40° rJ8 ~ ZONA MÉDIA DE BEM- ESTAR NO INVERNO ZONA MtDIA DE BEM- ESTAR NO VERAo BEM- ESTAR ÓTIMO NO INVERNO BEM -ESTAR ÓTIMO NO VERlO ZONA DE BEM- ESTAR NO VERAD ZONA DE BEM- ESTAR NO INVERNO PERCENTAGEM DAS PESSOAS OUE SE SENTEM BEM TEMPERATURAS EFETIVAS UMIDADE RELATIVA . ( A B C-O E F Flg. 3.5 Zonas de bem-estar (segundo Yaglou). - I h 't 'I 1'1 I ::I r [., I : ~:Li I: I ~ i ! .. ' ~ ': ! :: li, Ili, I," II l l~ t .~.. , .1 " ,~ I; t, ;. !tI I: I!: 1\ "li ! il ( ( I i f ~.. .\", 34 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL o organismo humano possui um mecanismo de auto-regularização, necessário para que possa adaptar-se a condições ambientais desfavoráveis. O comando responsável pelo controle de termorregularização é proporcionado pelo hipotálamo, que por sua ação sobre a hipófise controla também as atividades vasomotoras, hormonais, humorais e metabólicas. Para manter o caror do corpo em um ambiente frio, realiza-se uma vasoconstrição periférica, de modo que o organismo não tenha tendência a uma elevada dissipação de calor. Com o abaixamento da temperatura da pele, fica reduzida a perda de calor do organismo para o exterior. Quando, pelo contrário, o ambiente é quente, para realizar uma dissipação de calor pelo efeito da evaporação do suor realiza-se uma vasodilatação cutãnea. As glândulas sudoríparas, estimuladas pelas ramifi- cações do sistema neurovegetativo, secretam o suor, cuja evaporação reduz a temperatura superficial do corpo. , A evaporação do suor é o meio pelo qual o organismo se protege contra um calor excessivo do ambiente, mas uma sudorese excessiva pode ter, como desfecho, um acidente circulatório, fato que tem ocorrido com operários que trabalham em alimentação de cableiras, fornos e estufas. A Fig. 3.5 apresenta o gráfico de Yaglou publicado pela Sulzer e que permite conhecer as zonas de conforto ou bem-estar no verão e no inverno, supondo o ar parado, partindodo conhecimento das temperaturas dos termômetros de bulbo seco e de bulbo úmido (e, portanto, da temperatura efetiva normal). 90°F CARTA DE CONFORTO DO AR PARADO 80 26.1oC ... ;;; I Ilt '" 70 ~ 21,l°Co:C> ::E... oc ~ 80 r~'60CI c .. o: :;) ~o ~ 10°C o: ~ ::E'"... jili, 60 70 '8Ó 90 l5.aGe tI,loe 26.7oC 32~oC TEMPERATURA DO BULBO SECO EM GRAUS FAHRENHEIT 100°F 37,8°C ~ f[JJ}JJJJJJ- ZONA DECONFORTO MÉDIO NO INVERNO - LINHA DE CONFORTO IDEAL NO INVERNO - ZONADE CONFORTO MÉDIO NO VERÃO - UNHA DECONFORTO IDEAL NO VERÃO --- Flg. 3.6 Ábaco de Houghten de conforto para verão e inverno, "",- EFEITO DO MOVIMENTO DO AR SOBRE O CONFORTO DE-UMA.PESSOA 35 Pelos gráficos A e B, nas escalas C e D vê-se a percentagem de pessoas que presumivelmente se sentirão bem nessas condições. EXEMPLO 3.4 A temperatura do bulbo seco é de 27'C, e a do bulbo úmido é de 18'C. Quais os valores da temperatura efetiva e da umidade relativa? Qual a percentagem de pessoas que se sentirão bem nessas condições? Solução: Entrando com os valores de 27'C (bulbo seco) e de 18'C (bulbo úmido), obtemos o ponto P (não representado). Seguindo a linha inclinada que passa por P, achamos à direita uma umidade relativa de 42%. Na escala E, vemos que a temperatura efetiva é de 23'C. No gráfico A, escala C, vemos que, no verão, 70% das pessoas se sentiriam bem nas condições propostas. No gráfico B correspondente à zona de bem-estar no . inverno, vemos, na escala D, que ninguém se sentiria confortável nessas condições. Pode-se também usar o ábaco de conforto térmico para verão e inverno, proposto por Houghten, muito utilizado em projetos de conforto ambiental, no qual as temperaturas são expressas em graus Fahrenheit (Fig. 3.6). Entrando-se com as temperaturas dos termômetros de bulbo seco e de bulbo úmido, verifica-se se corresponde à zona de conforto no verão ou no inverno, conforme o caso. Acha-se também a umidade relativa e a percentagem de pessoas que se sentiriam confortáveis. 3.6 METABOLISMO É definido como o conjunto das transformações que os organismos vivos provocam nas moléculas de seus alimentos, quer para construir suas próprias estruturas celulares ("anabolismo"), quer para libertar a energia necessária ao seu funcionamento vital ("catabolismo"). O balanço energético desse conjunto de transformações é que na realidade constitui o metabolismo, saldo entre a assimilação e a desassimilação. Metabolismo basal é a produção calórica por metro quadrado de superfície corpórea de um indivíduo , em repouso, em jejum e em equilíbrio térmico com o meio exterior. Corresponde à quantidade mfnima de energia despendida para a manutenção da respiração, circulação sangüínea, peristaltismo, tono muscular, temperatura corporal, atividade glandular e outras funções do organismo. É determinado em clínica médica, porque fornece indicação sobre a importância das combustões, as quais estão ligadas ao funcionamento da glândula tireóide; sua medida permite apreciar as disfunções, para mais ou para menos, do funcionamento da tireóide. Sua avaliação se mede em quilocalorias por metro quadrado de superfície corporal e por hora, e seu valor se situa em torno de 37 quilocalorias para o homem adulto e de estatura média. Segundo Missenard, o "homem padrão", conforme a atividade que desempenha, emite uma certa quanti- dade de calor cujo valor aproximado se encontra na Tabela 3.2. Tabela 3.2 Emissão média de calor por um homem de porte médio, segundo Missenard Deitado Sentado e imóvel De pé e imóvel Vestir-se e despir-se Pequena atividade de pé Escrever à máquina (depressa) Executando um trabalho pouco fatigante, de pé, atrás de um balcão Encadernador Trabalho leve de bancada Carpin teiro Empregado de mesa Marcha, velocidade de 5 kmlh Dança ou marcha a uma velocidade de 6.5 kmlh Pedreiro, canteiro Operário serrando madeira Corrida a uma velocidade de 8.5-9 kmlh Esforço máximo segundo a força e resistência individuais kcallh 74 96 108 118 140 142 150 155 215 240 250 270 350 375 450 580 75011.200 f1i 36 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL <. \ 4 Ventilação Geral c.. Para efeito do cálculo do calor metabólico, o "homem padrão" vem a ser: jovem; físico e saúde superiores ao normal e aclimatado ao calor; peso: 70 kgf; altura: 1,73 m; superfície do corpo: 1,86 m2. Para as mulheres, a emissão de calor atinge 85% destes valores; para as crianças, 75%. A Tabela 3.3 apresenta indicação do suprimento de ar externo necessário por pessoa. de acordo com o tipo de local ou ocupação. Tabela 3.3 Quantidades recomendadas de ar externo por pessoa Pés'/min/pessoa Tipo de espaço ou ocupação. locais de grande pé direito. tais como auditórios. lojas de departamento. salas com proibição de fumo Apartamentos, salas com pouco fumo lanchonetes. cafeterias, escritórios, salas de jantar públicas. restaurantes: salas com fumo moderado Escritórios particulares, salas com fumo abundante Sala de conferéncias; salas cheias de pessoas fumando abundantemente Para não-fumantes" Para fumantes" - r 4.1 CONCEITUAÇÃO A ventilação geral consiste na movimentação de quantidades relativamente grandes de ar através dJ espaços confinados, com a finalidade de melhorar as condições do ambiente graças ao controle da temperatura( da distribuição e da pureza do ar e, em certos casos, também da umiclade. Costuma-se classificar a ventilação geral em: ( 4.1.1 Ventilação geral para manutenção do conforto e eficiência do homem I Restabelece, para isso, as condições desejáveis para o ar, alteradas pela presença do homem; pelo aqueci- mento devido a equipamentos ou a condições climatéricas; ou pelo resfriamento do ar devido a certas instalações ou ao clima. É designado também como ventilação. geral de ambientes no.rmais. ( 4.1.2 Ventilação geral visando à saúde e à segurança do homem Controla a concentração ambiental de gases, vapores e partículas. É o que se pretende nos ambiente~ industriais para diluir contaminantes gerados em um recinto quando não é possível capturar o contaminante antes que o mesmo se espalhe, e, por isso, é conhecida como ventilação geral diluidora, ou ventilação po.~ diluição. Pode-se realizar a ventilação geral por um dos seguintes métodos: (- admissão e exaustão naturais do ar;- insuflação mecãnica e exaustão natural;- insuflação natural e exaustão mecãnica;- insuflação e exaustão mecânicas. É o sistema misto. ( Veremos em que consistem estes métodos, mas trataremos neste capítulo apenas do primeiro método mencionado. ( 4.2 ENTRADA DE AR E EXAUSTÃO NATURAIS ( A ventilação natural consiste em proporcionar a entrada e a safda do ar de um ambiente sob uma forma controlada e intencional graças a aberturas existentes para esse fim, como é o caso de janelas, porta!Í e lantemins. A ventilação natural é objeto das considerações que se fazem na elaboração do projeto de arquiteturi e se baseia nas constatações de que: . r a)O fluxo de ar que penetra ou sai pelas aberturas de um prédio por ventilação natural depende:- da diferença entre as pressões existentes no exterior e no interior do prédio ou recinto;- da resistência oferecida à passagem do ar pelas aberturas. c ... - - - -- - -- -- 5~0 10-15 15-20 20-30 30-60 5-7.5 25-40 -Não se prevê uso de equipamento de limpeza de ar. O espaço não deve ser inferior a 150 pés\/pes~oa ou IS pés'/pessoa. ..O limite inferior é o mínimo e o limite superior é o recomendado (Pany. F.. Indu.uriul Hygi~n(* and To:xicology, 2ttdedition. Interscience Publishcrs. 1967). Tabela 3.4 Padrões de ventilação geral pés'/min/pessoa pés'/min/pé2 de piso (mínimo) 0.25 1.0 4.0 1,25 (Carrier Air Conditioning Cu.. Hundbook of Air Comlilioll;ng Systtm f)ts;gn). Aplicação Fumo Recomendado Mínimo Bares (american bar) muito 30 25 Corredores - - - Salas de diretoria Excessivo 50 30 lojas Considerável 10 7.5 Fábricas (geral) nenhum 10 7,5 Garagens Cozinhas e restaurantes laboratórios Algum 20 15 Salas de reuniões Excessivo 50 30 Escritórios gerais Algum 15 10 Restaurantes (cafeteria) Considerável 12 10 Restaurantes (salas de jantar)Considerável 15 12 Salas de aula Nenhum ~ ,.' ! ! 38 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL > 1.3-2.0H H a()~ Chaminé alta e entrada de ar peto t.to DEFICIENTE Chaminé com peqlJeno altura em relac;iro ao prédio: entrado pelo teto e pelas Janelas Fig. 4.1 Ventilação natural em prédio (ACGlH). Efeito de "tiragem" com chaminé. b) A diferença de pressão é uma conseqüência da ação direta do vento sobre as paredes e coberturas e da diferença entre as densidades do ar no exterior e no interior do prédio (efeito de chaminé). As posturas municipais em geral estabelecem algumas exigências mínimas para orientação do projeto arquitetõnico, entre as quais citamos: - "A superfície iluminante natural dos locais de trabalho deve ser no mínimo de um sexto ou um quinto do total da área do piso" (conforme o município). - "A área de ventilação natural deve corresponder no mínimo a 2/3 da superfície iluminante natural". Denomina-se ventilação por gravidade o sistema de ventilação natural pelo qual o deslocamento do ar é provocado por aberturas situadas na parte superiqr do ambiente ou da edificação (lanternins, p. ex.) e pela diferença de densidade do ar. Aplica-se a edifícios industriais, ginásios desportivos, garagens, salas de aula e até mesmo a edifícios públicos e habitações. Quando não for possível adotar o sistema de ventilação natural, seja pelas características das atividades, presença de poluentes, exigência de que o ambiente seja fechado, seja por imposição arquitetõnica, que não aceite lanternins, brise-soleil e outras aberturas, tem-se que adotar a ventilação mecânica. Observações: - Qualquer que seja o sistema de ventilação que se aplique, deverá prever a remoção do ar contaminado do recinto, mas de modo a não causar prejuízo à vizinhança. - A diferença de elevação entre a altura média das tomadas e das saídas de ar (janelas) em relação ao piso do prédio deve ser a máxima possível, para que o resultado obtido seja bom. Pode-se dividir o estudo da ventilação natural em três partes:- ventilação devida à ação do vento; - ventilação devida à diferença de temperaturas; - ventilação pela ação combinada da ação do vento e da diferença de temperaturas. Conforme o projeto, a localização e a posição do prédio, dependendo das condições atmosféricas e climáticas, poderá haver predominância da ação do vento ou do movimento do ar decorrente da diferença de. tempe~at~ra. Sob certas c?ndições, estas ações se somam. O projeto de localização de aberturas como . brlS~-solells, }anelas e lanternl?s deve ser feito procurando conseguir que os efeitos favoráveis à ventilação devidos à açao do vento e da diferença de temperaturas se somem e não se contraponham. Vejamos os três casos acima referidos: VENTILAÇÃO GERAL 39 4.3 MOVIMENTO DO AR DEVIDO AO VENTO Para que se possa tirar partido da ação do vento devem-se projetar as aberturas de entrada do vento voltadas, evidentemente, para o lado dos ventos predominantes (zona de pressão positiva). As saídas de ar d.evem ser colocadaS\em regiões de baix~ pressão ex.terior, como por exemplo:- nas paredes laterais à fachada, que rec'e.be a ação dos v<;rttos predommantes;- na parede oposta àquela que recebe a açã~dos ventos predominantes. As saídas podem consistir em lanternins e-clarabÓias ventiladas, colocadas em locais dos telhados e coberturas onde a pressão é mais baixa, por ser maior aí a velocidade do vento. As chaminés representam a solução para a saída de gases ou ar em temperatura tal que sua densidade menor permita. sua elevação até a atmosfera exterior. Como se sabe, as condições do vento não são sempre as mesmas, variando em intensidade e direção ao longo do ano e mesmo no decurso das 24 horas diárias. Por isso, a ventilação natural pela ação do vento não oferece garantia de uniformidade, o que não invalida sua adoção em muitos casos, desde que o ar interno não contenha poluentes. Conhecendo-se a velocidade média sazonal dos ventos locais e adotando-se 50% de seu valor como base para cálculo, pode-se determinar a vazão Q de ar (pés cúbicos por minuto) que entra em um recinto através de aberturas de área total A (pés quadrados), quando a velocidade do. vento for igual a v (pés/min). Para o cálculo de Q, usa-se a fórmula 4.1, com as unidades referidas: I Q=~'A'v I I 4.1 I A grandeza rp é um fator que depende das características das aberturas. Pode-se adotar: rp = 0,5 a 0,6, considerando ventos perpendiculares à parede onde estão as aberturas, e rp = 0,25 a 0,35, quando os ventos forem diagonais em relação à empena. 12 coso VENEZIANA 32 coso PEQUENO COLCHAo DE AR QUENTE 1- AR QUENTE 62 coso SAloA AO NlvE" OA "AJE ou fORRO. REDUZo COLCHÃODE AR QUENTE SUPERIOR. FIg. 4.1 Casostípicos de ventilação natural em galpões. 211 coso 42 coso 72 COSO :~:~~~::~MM ~g~~H'1'cJ~:~R QUENTE. 52 coso 82 coso JANE LAS NA MESMA ALTURA E LANTER'flN. ..~; li' 111:1 !IIII., !Ir,I" ~I ; I~I i I iM~, ' I Ir' i 1 , 1 , itul I 40 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL EXEMPLO 4.1 Qual a vazão de ar que penetra em um recinto perpendicularmente a uma parede onde existem quatro aberturas de 4 m x 1,50 m, sendo a velocidade média sazonal do vento de 2,0 m/s? Solução A área A é igual a 4 x (4 x 1,50) = 24 m2 ou 24 x 10,7 ... 258 pés2 A velocidade v é 0,5 x 2,0 m/s ou. 196,8 pés/min Adotemos para", o valor 0,5 (ventos perpendiculares à parede). A vazão de ar que entra no recinto será: Q = '" . A . v = 0,5'x 258 x 196,8 = 25.287pés3/miri = 716 m3/min 4.4 MOVIMENTO DO AR NOS RECINTOS EM VIRTUDE DA DIFERENÇA DE TEMPERATURAS A menor densidade do ar quente faz com que o mesmo se eleve e tenda a escapar por aberturas colocadas nas partes elevadas, em lanternins etc. Esse escoamento se realiza pelo chamado efeito de chaminé e proporciona uma vazão dada por I Qc = 9,4'A' Vh(Tj- T,) I I 4.2 1 sendo: I~I Qc = vazão de ar (pés cúbicos/min - cfm) A = área livre das entradas ou saídas supostas iguais (pe2) h = distância vertical entre as aberturas de entrada e saída = diferença de alturas (pé) Ti = Temperatura média do ar interior à altura das aberturas de saída (oF) T, = Temperatura do ar exterior (oF) 9,4 = constante de proporcionalidade, incluindo o valor correspondente a 65% para levar em conta a efetividade das aberturas. Deve-se reduzir este valor para 50% (a constante passa a ser 7,2) se as condições de escoamento entre a entrada e a saída não forem favoráveis. 4.4.1 Caso de aberturas de tamanhos desiguais IIi1 il :11 As'equações acima indicadas se referem a aberturas de igual tamanho, e é nestas condições que se verifica a maior vazão de ar por unidade de área. Quando as áreas não forem iguais, deve-se fazer uma O/o 40 I? 30 z... :I:> c( ... Q 20 a <11 j:! z ~IOIE 2 o I 2 3 4 5 RELAÇ,!tOsArDA / ENTRADAOU VICE-VERSA Fig. 4.3 Correção para o caso de aberturas de entrada e saída desiguais (Fan Engineering, R. Jorgensen). 6 VENTILAÇÃO GERAL 41<. correção. Faz-se o cálculo, considerando-se a menor das áreas de passagem do ar, e acrescenta-se um aumento ( de vazão que pode ser obtido com consulta ao gráfico da Fig. 4.3. Assim, se a relação entre as áreas for 2, vemos que o acréscimo de vazão será de 27%, considerando-se a área menor das janelas. '\ 4.5 COMBINAÇÃODOS EFEITOS DA AÇÃO DO VENTO COM O EFEITO DE CHAMINÉ \ No livro Fan Engineering, de R. Jorgensen, encontra-se o gráfico da Fig. 4.4. aplicável à correção parar efeitos combinados. Calculam-se as vazões devidas à ação do vento e devidas à diferença de temperaturas. Somam-se as( duas vazões e obtém-se OT' Acha-se a relação entre Q" vazão produzida pela diferença de temperatura, e QT' vazão total. Entrando-se no gráfico com esse valor da relação, acha-se o fator pelo qual se deve< multiplicar a vazão devida ao efeito de temperatura para se obter a vazão real dos dois efeitos combinados. ( , QT = Q. + Q, EXERCícIO 4.2 Em uma pequena fábrica medindo 30 m x 10 m x 5 m existem equipamentos dissipando uma quantidade' de calor igual a 3.000 Btulmin, em uma operação industrial. A temperatura exterior é de 26,7°C(80°F) e a interior deve ser mantida igual a 32,8"C (910F). . . \ A área das aberturas de entrada é de 7 m2 (75,32 sq.ft) e a das aberturas de saída é de 12 m2 (129,12 sq.ft). \ O vento sopra perpendicularmenteà fachada, com uma velocidadede 3 kmlh (ou 50 m/min = 164 ftlmin). Pergunta-se: \ (- Oual a vazão Q necessária para a remoção do calor g~rado no ambiente?,.. .- Ouais as vazões correspondentes à ação do vento Q. e 'à'diferença de témperaturas Q,? (- Oual a vazão correspondente à ação simultânea do vento é da diferença de temperaturas Q,?- Qual a vazão total real QT,? \ - A ação combinada do vento com a da variação de temperatura será suficiente para remover a quantidade de calor produzida? { Solução 1. A vazão Q (pés3/min)necessária para remover o calor ambiente é dada por I I C, I I I' Q = [cfm] 4.3 Cp. P '60(Ti - T.J { 7 . ( ) I ( ( ..J Õ~5 1oI..J Q~ i~4cr-u :; ... !:03 1-& 5~a. I!Io :t101 &" ~:Sl ~i. 9- ( \ , o 20 40 10 80 VAZ).O DEVIDAi\ DIFERENÇADE TEMPERATURA í% DO TOTAL) Flg.4.4 Correção dos efeitos combinados do vento e da diferença ( de temperaturas (Fan Engineering, R. Jorgensen). 100 --J -- :/" V / / 1/ \ \ \ \ \ \ '\ r-.... r---. -- N I' ! Ir: \ I 1m ' i f li/' IUI ; L"I ; I li'; ,d II~ ~I: J 42 VENTILAÇÃO INDUSTRIAl. VENTILAÇÃO GERAL 43 I, As: 12m2 - "1. Vazão real QT, Temos que fazer a correção levando em conta a simultaneidade dos efeitos da pressão do vento e das temperaturas. Para isto, entramos no gráfico da Fig. 4.4 com o valor Q, = 0,34e achamos2,2comoo fator QT pelo qual deveremos multiplicar Q, para obtermos a vazão total real Qi, QT, = 2,2 X 4.253 = 9.357 cfm 8. A guantidade de calor a ser removida é, conforme o item I, de"Q '" 15.151 cfm. Mas a ação do vento e o efeito chaminé têm condições de remover apenas 9.357 cfm. Logo, deverá ser estudada ventilação forçada no recinto, para atender à diferença15.151- 9.357 = 5.794cfm I \ Q, 4.253- = - = 0,34 QT 12.406 --""'- v : 60 m/min .'. =--- 7 m2: Ac Im~ ti : 33° C ( 91,40F) 10m t~ : 26° C (78,8°F) 5m , I ;~.~.~ \ ~ "o" :. .'~-.. T~ 0'0:~~~~T]7...i~.~~:~r! Flg. 4.5 Dados do Exemplo 4.2. sendo c, Cp p - quantidade de calor a ser removida (Btulhora) . calor específico a pressão constante = 0,24 Btullb. 'F - massa específica do ar = 0,075 Ib/pé3 3.000x 60 Q= 0,24 x 0,075 x 60(91 - 80) = 15.151 cfm 2. Vazão de ar devida à I?ressão do vento Consideremos primeiramente os vãos das janelas de entrada e saída do ar como sendo iguais: Q. rp A v Q. = <pA .v. = O,55-vento perpendicular à parede = 7 m2 = 75,32sq.ft- é a menor das duas áreas de janelas= 164 ft/min = 0,55x 75,32x 164= 6.794cfm 3. Vazão de ar devida à diferença de temperaturas pelo efeito chaminé. Como vimos (fórmula 4.2) Q, = 9,4 . A . Vh (T, - T,) (h. em pés) Q, = 9,4x 75,32x v'3,28(91- 80)"';; 4.253cfm h é o desnível entre as aberturas de saída e de entrada (em pés). Na Fig. 4.5 vemos que h = 1 m = 3,28 pés. 4. Correção da vazão devida ao vento levando em conta que as aberturas de entrada e saída são desiguais. A, (área de saída) A, (área de entrada) 129,12 = 1,714 = 75,32 Entrando com este valor no gráfico da Fig. 4.3, vemos que a percentagem de aumento é de 20%. Teremos, portanto: Vazão devida ao vento == 1,2. Q. == 1,2 x 6.794 == 8,153cfm= Q~ 5. Vazão total (técnica Q,) devida à ação simultãnea do vento e da diferença de temperaturas QT = Q;+ Q, = 8.153 + 4.253 = 12.406 cfm 6. Relação entre Q Q, , T ~.i :1,I III I. I I; I' , i ~ ! II : I 1 1 ' II" i, ~ 5 Psicrometria Psicrometria é o estudo das propriedades e características do ar e da determinação das mesmas. Em Ventilação Industrial são feitas referências ou utilizadas grandezas denominadas psicrométricas, razão pela qual serão apresentadas as informações que se seguem. Em instalações de conforto ambiental e ar condicionado, a psicrometria se acha sempre presente na elaboração de projetos e na execução e manutenção das instalações. Rememoraremos algumas noções que explícita ou implicitamente se acham contidas na essência das questões relacionadas com o resfriamento e o aquecimento do ar, umidificaçãq e desumidificaçãQ etc. 5.1 RECORDAÇÃO DE NOÇÕES FUNDAMENTAIS DE CALOR E TERMOLOGIA 5.1.1 Calor I \11 É uma forma de energia, podendo de certo modo traduzir o estado vibratório molecular de um corpo. Transmite-se de um corpo a outro, quando entre eles existe uma diferença de nível energético térmico. Quando se aplica energia calorífica a uma substância, a energia interna das moléculas da mesma aumenta. Isto provoca um aumento da velocidade de deslocamento ou vibração das moléculas, havendo em con~e- qüência aumento na intensidade de calor. A grandeza que mede essa intensidade ou qualidade que um corpo quente possui mais do que um corpo frio denomina-se temperatura. A -273'C (zero absoluto) cessa o movimento molecular, deixando de existir calor. Não devemos confundir quantidade de calor de um fluido com sua temperatura. O mar possui imensa quantidade de calor, porém sua temperatura é pequena. Para compreendermos como isto pode acontecer, imaginemos dois recipientes: um pequeno, com água a ferver, e um maior, como, por exemplo, um balde contendo água fria. Podemos derreter um pedaço de parafina na água do recipiente com água a ferver, mas não na água fria contida no balde. Concluímos que aquela pequena quantidade de água a ferver possui uma qualidade que a grande quantidade de água chamada fria no balde não possui. Suponhamos, agora, que coloquemos 1 quilograma de gelo na água do balde. O gelo funde lenta mas completamente. Peguemos um outro bloco de gelo também de 1 quilograma no qual praticamos uma pequena cavidade e nela despejemos a água a ferver do pequeno recipiente. A fusão do gelo, de início, é rápida, mas apenas parcial; cessa completamente antes de ser atingida, digamos a metade do quilograma de gelo. Logo, a água do balde, qualificada de fria, possui alguma coisa a mais do que a água fervendo da pequena vasilha. Exprimimos estes fatos dizendo que a água a ferver no pequeno recipiente possui temperatura mais elevada, porém menor quantidade de calor do que a água contida no balde. Em outras palavras, o calor é o agente, ao passo que a temperatura é uma qualidade do corpo aquecido, um modo de ser, um estado, um grau, uma intensidade de calor no corpo. 11 I I~I 111:1 5.1.2 Unidade de quantidade de calor ~I!" i Usam-se as seguintes unidades para medir a quantidade de calor:- Quilocaloria (kcal ou Cal): é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 quilograma de água de 14,5'C a 15,5'C. 1 kcal equivale a 427 kgm (que é o chamado equivalente mecânico do calor). No Sistema Internacional a medida é o Joule = Newton x metro. PSICROMETRIA 4S - BritishThermal Unit (Btu): é a quantidade de calor necessáriapara elevar a temperatura de uma \, libra de água de 63'F a 64'F (14,5 a 15,5'C). 1 Btu correspondea 0,252kcalou a 1.055r ' 1 kcal corresponde a 3.968 Btu 1 Btullb/'F corresponde a 1 kcal/g/'C - Termia é igual a 1()6cal = 1()3kcal. - 1kcal = 4,1866kJ(quilojoule)= 4.186,6J = 1.163Watt.hora. - 1kJ = 0,238kcal. - 1joule.= 0,238cal. \ / 5.1.3 Capacidade térmica C ( É a quantidade de calor necessária para produzir um determinado acréscimo de temperatura numa dada massa. É expressa pela razão entre a quantidade de calor fornecido AQ e o aumento de temperatura AT ( correspondente, isto é, \ [ C" ~ I (k~ooBwrB Is.' I. I 5.1.4 Calor específicoc de uma substância É a razão entre a capacidade térmica do corpo dela constituído e a massa m do corpo considerado ( (ou o peso, segundo alguns autores). \ I '" ~ (k~kW~) I S.2 I ; ou I ' " ~ I I S.3 I' O calor especifico da água é igual a 1 kcal/kg/'C, ou 1 BtullbJ'F, ou 1 callg/'F. No Sistema Internacional (SI) a unidade é joule por quilograma por grau Celsius (J/kg'C). 5.1.5 Modalidade de calor específicodos gases Para os gases, há dois calores específicos a considerar: - Calor específico a volume constante c.: representa a energia térmicaaplicada na elevação da temperatura, isto é, no aquecimento do gás, conservando-se constante seu volume. Para o ar e gases diatômicos, c. = 0,0939 kcal/kg'C = 0,1689 Btullb'F. - Calor específico a pressão constante cp: representa a energia térmica aplicada ou fornecida ao gás para produzir aquecimento (elevação de temperatura) e também trabalho de expansão, conservando-se constante a sua pressão. Para o ar e gases diatômicos, cp = 0,1321 kcallkg'C = 0,2375 Btu/lb'F. A relação entre cp e cu' designada pela letra k, é uma grandeza importante no estudo da evolução térmica de um gás em máquinas térmicas. . j f~~i. ( { li! li 11 11 1 :, ; I' ; 111 . 1 .i i~~ :~ I'" ,~ i" I i. I I ,: I ! I 1'i I ;! l I II11 ~ iU ~ iu ~II I 'IIII!, 46 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Para o ar e gases di atômicos secos, Cp 0,1321k=-=-=1406""14 C, 0,0939' , 5.1.6 Evaporação e ebulição Evaporação é a formação mais ou menos lenta de vapores à superfície de um líquido. É um fenômeno físico de mudança do estado líquido para o estado gasoso. A água abandonada ao ar livre vaporiza-se gradualmente e acaba por desaparecer. Pode-se pois dizer que evaporação é vaporização sem aquecimento adicional. A velocidade de evaporação varia diretamente: a) com a volatilidade do llquido; b) com a superfície de evaporação; c) com a temperatura; d) com a diferença (h'má. - h,) entre a pressão (ou tensão) máxima h'má' do vapor e a pressão reinante h, deste mesmo vapor na atmosfera. Para que um líquido possa vaporizar, é preciso que a atmosfera reinante não esteja saturada desse mesmo vapor; em outros termos, é necessário que a pressão h, do vapor já existente na atmosfera seja inferior à tensão elástica máxima h.ma. do mesmo, na mesma temperatura. Portanto, a evaporação depende da diferença h. á - h... Se h, for nulo, a evaporação será rápida' se for igual a h.má., a atmosfera já estará saturada de vapdr e a evaporação se torna, portanto, impossível. ' Em processos de secagem industrial, para se conseguir maior rapidez na operação procura-se obter pressões reduzidas, isto é, vácuo parcial na câmara de secagem, com o que a vaporização se realiza em temperatura de tal modo baixa, que não produza dano ao produto em fabricação. O calor necessário para a vaporização no fenômeno da evaporação é subtraído do meio ambiente ou dos corpos circundantes. Em conseqüência disso, o meio ou os corpos resfriam-se durante essa evaporação; e) com a agitação do ar. A velocidade de evaporação é tanto maior quanto menor a pressão reinante, e esta se reduz quando o ar se encontra em movimento. É para conseguir evaporar o suor e portanto baixar a temperatura da pele que as pessoas se abanam ou procuram ficar próximas a um ventilador. A ebulição é a passagem .tumultuosa de um líquido para o estado de vapor; ou, ainda, uma vaporização rápida caracterizadapela constãncia da temperatura e produção de vapor na massa líquida. A temperatura de ebulição de um líquido sob a pressão atmosférica de 760 mmHg chama-se ponto de ebulição normal do llquido. Para a água, é de l00'C; para o álcool, 78'C; e para o éter, 35'C. Durante a ebulição, 'a tensão do vapor saturante que se forma é igual à pressão da atmosfera ambiente acima do líquido. Um aumento de pressão sobre a superfície do líquido faz com que seu ponto de ebulição tse eleve. Assim, no caso da água, se tivermos uma pressão p = 2 atm, t será 120'C; se p = 3 atm, t = 133'C; e assim por diante. A diminuição da pressão reinante ocasiona o abaixamento do ponto de ebulição, conforme se observa na Tabela 5.l. Assim, sob a pressão de 17,4 mmHg (0,236 mca), a água tem seu ponto de ebulição igual a 20'. Se a pressão for de 31 mmHg (0,421 mca), ela ferverá a 30', e assim por diante. Isto explica a razão da utilização do vácuo na secagem industrial. 5.1.7 Calor sensívele calor latente Calor sensível é o que se manifesta por um certo nível de temperatura. É medido com um termômetro de bulbo seco (termômetro comum). Representa o nível energético de um fluido ou um corpo, de forma perceptível e mensurável, e por isso o nome sensível. Calor latente é o que causa mudança de ~stado físico sem alteração na temperatura e pressão. Chama-se também calor de vaporiz,ação. O calor sensível corresponde à quantidade de calor necessária para mudar a temperatura, sem que ocorra mudança do estado físico. Tabela 5.1 Temperatura de ebulição da água em função da pressão 'I ~ " rI ( ! PSICROMETRIA 47 Podemos definir calor latente, calor de vaporização ou calor latente de vaporização de um líquido a t' como sendo a quantidade de calor absorvida pela unidade de massa desse líquido para que o mesmo se transforme em vapor, mantendo constante a temperatura t de ebulição durante todo o tempo de duração de evaporação. Ao condensar-se à mesma temperatura t, o calor de vaporização é, por assim dizer, libertado: é o calor de condensação ou liquefação, o qual é numericamente igual ao calor de vaporização. O calor latente de vaporização da água vem a ser a quantidade de calor necessária para transformar água a 100'C em vapor nesses mesmos 100'C. . Enquanto aquecemos água até l00'C (em condições ambientes normais de temperatura e pressão), sua temperatura se eleva. O calor se manifesta sob forma sensível, e pode-se ver, com o auxílio de um termômetro, como a temperatura vai se elevando até atingir l00'C. A partir desse valor da temperatura, a água vaporiza, e a temperatura não continua a subir. Isto significa que o calor que está sendo comunicado à água é aplicado em realizar a mudança de estado da mesma, de líquido para vapor. Dizemos que o calor se acha sob a forma de calor latente, isto é "oculto" na água. O líquido, para chegar a vaporizar, necessita receber uma quantidade total de calor, que resulta da soma do calor sensível graças ao qual sua temperatura se eleva, com o calor latente, com o qual se realiza a vaporização. O vapor gerado possui essas duas parcelas de calor, sendo a quantidade de calor latente maior que a de calor sensível. Por exemplo, a 15'C e sob a pressão absoluta de 17,4 mm de coluna de mercúrio (0,236 roca), a água possui 15,04 kcal/kg de calor sensível, 588,80 kcaVkg de calor {atente, e portanto 603,84 kcaVkg de calor total. Na pressão atmosférica normal, ao nível do mar, o calor latente de vaporização da água a l00'C (212'F) é de 540 kcaVkg ou 2.268 kJlkg (2.268 quilojoulelkg) 1 kcal = 3,968Btu 1 8tu = 0,252 kcal 1 kcal = 4,20 kJ ou ainda, 970 Btu/lb. No caso do ar, essas considerações podem aplicar-se à umidade nele contida. Quando ocorre evaporação da umidade no ar, sem que sua temperatura esteja aumentando, está sendo agregado calor {atente ao ar. Quando se remove calor latente, o conteúdo de umidade diminui (e vice-versa), porém a temperatura do ar se mantém constante. Podemos, pois, dizer que quando se procede a uma condensação da umidade do ar, sem alterar sua temperatura, está se extraindo calor latente do mesmo. O corpo humano emite e recebe do exterior calor sensível e calor latente, que é o calor necessário paravaporizar o suor e a água da respiração. Cada grama de suor evaporado resfria a pele de aproximadamente 536calorias (ver Tabela 5.2). Calor total = Calor sensível + Calor latente. A quantidade de calor sensível é calculada por [Q, = m' c (t'- t) I I 5.4 I sendo Q, = m c. ( t Quantidade de calor sensível (kcal ou Btu); massa do material, em kg ou lb; = calor específico (kcallkg.'C) ou Btu/lb.'F. Para água, c = temperatura no estado final ('C ou 'F); = temperatura no estado inicial ('C ou 'F). A quantidade de calor latente é dada por = 1; ~, =m À I kcal ou Btu I 5.5 I # Pressão p (mmHg) 4,6 9,2 17,4 31 55 92 149 233 355 525 760 Temperatura de ebulição t ('C) O' 10' 20' 30' 40' 50' 60- 70' 80' 90' 100' (;~ ~ ~~ I1 ,I ~ J! m: I '111 I I 'I~ I h".' ~ I li 1 Im~ . i' :11 t ~' 48 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL PSICROMETRIA 49 ( Tabela 5.2 Entalpia do vapor saturado seco de água em função da temperatura Observação: I kJlkg = 0,238 kcallkg = 0,424 Btullb1 Btullb = 2,32 kJlkg 1 kcallkg = 4,20 kJlkg sendo À = calor latente de vaporização ou condensação, kcallkg ou Btullb. r - Irradiação ou radiação. Sob a forma de energia radiante, por ondas do gênero das eletromagnéticas. Não há transporte de massa, e a propagação se realiza até no vácuo, e, quando no ar, não o aquece <- diretamente. Ao atingir uma superfície ou massa densa, a energia radiante se transforma em calor. - Conveeção.O calor passa de um corpo a outro por meio do fluido que os envolve. A transferência \ de calor se realiza de molécula a molécula e verifica-se simultaneamente transporte de massa, isto é, as moléculas frias do fluido, aquecendo-se, deslocam-se para regiões cada vez mais quentes, e '\ as moléculas quentes, esfriando, vão para regiões cada vez mais frias. O calor propaga-se então como que por correntes de ar, de água ou outr() fluido que esteja \ sendo aquecido. E o que ocorre no ar ambiente de um recinto aquecido por radiadores. No radiador ocorre condução térmica, mas o ar aquecido pelo radiador transfere o calor que recebe para o ambiente, , por convecção. A convecção que se verifica unicamente pela diferença de densidade de partículas é chamada conveeção livre ou eonveeção natural. ( - Condução. A transferência de calor se faz de molécula a molécula, sem que haja transporte dessas mesmas moléculas. O calor é como que "conduzido" ou "transportado" ao longo de um corpo e ( de um corpo para outro contíguo, ou de um corpo para o ar parado que o envolve. Em unidades do Sistema Internacional, temos '11 Q joules (J) m... kg c J Ik g.'C 1 kcal = 4,1866kJ À = Jlkg. 5.1.10 Intensidade de calor \ Como não se pode medir diretamente o calor como energia em si, mede-se o nível de intensidade docalor,e o mesmose designapor t,::mperatura. ' Conversão de escalas termométricas para medição da temperatura. grau Celsius grau Fahrenheit 5.1.8 Pressão de vapor A pressão sob a qual, numa determinada temperatura, um líquido vaporiza em ebulição chama-se pressão de vapor do líquido naquela temperatura. A pressão de vapor d'água a l00'C (212'F) é a pressão atmosférica (ou pressão barométrica, igual a 1,033 kgf.cm-z, ou 14,7Ib/poF, ou 10,33 mca ao nível médio do mar). 5.1.9 Transmissão de calor Acrescentamos mais alguns dados ao exposto no item 3.2. O calor se transmite ou propaga das seguintes maneiras: ( r <> -; (-F - 32) I'F = + ('C + 32) I 5.6 I 5.1.11 Temperatura de bulbo úmido É obtida com um termômetro em cujo bulbo é colocada uma gaze umedecida e que se faz girar ou sacudir, provocando a evaporação da água colocada na gaze. Pode ser determinada também com o psicrômetro, I instrumento que se vê na Fig. 5.1. 5.1.12 Umidade absoluta É o peso real da umidade (ou vapor d'água) contida em um m3, pé3 ou lb de mistura de ar. Em ar condicionado, é expressa em grãos por libra ou grãos por pé cúbico (grainslcf). Ilb contém 7.000 grãos 1 kg contém 15.542 grãos 5.1.13 Umidade relativa É a relaçãoentre o peso de vapord'água d existenteem 1 kg (ou 'I mJ)de ar úmidoa uma determinada' temperatura e o peso da umidade d'al gue deveria existir se o quilograma de ar (ou o mJ) estivesse saturado , de umidade na mesma temperatura. As vezes se define também como "a relação entre a pressão real do vapor d'água h. .1 existente em certo volume (ou peso de ar), a uma determinada temperatura, e a pressão 1 de vapor d'água 11..., que deveria existir se a mesma quantidade de ar estivesse saturada à mesma temperatura". \ [u~ = ~ = h-I I 5 1 I~ ~ . { A umidade relativa é também designada na prática por grau higrométrico ou grau de saturação do ar. - ~ Calor sensível Calor total =entalpia Líquido saturado Calor latente vapor saturado Temperatura <D (l) 0>= <D+ (2) 'F -C Btullb kJ/kg Btu/lb kJ/kg Btullb kJ/kg 32 O 0,0 0,0 1 075.8 2 502,2 1 075,8 2502,2 34 1,11 2,02 4,69 1 074,7 2 499,6 1 076,7 2 504,2 36 2,22 4,03 9,37 1 073,6 2 497,0 1 077,6 2 506,3 38 3,33 6,04 14,04 1 072,4 2 493,3 1 078,4 2 508,2 40 4,44 8,05 18,72 1 071,3 2491.7 1079,3 2 510,3 45 7,22 13,06 30,37 1 068,4 2 484.9 1 081,5 2515,4 50 10,0 18,07 42,02 1065,6 2 478,4 1083,7 2 520,5 55 12,7 23,07 53,65 1 062,7 2471,7 1 085,8 2525,4 60 15,5 28,06 65,26 1059,9 2465,2 1 088,0 2 530,5 65 18,3 33,05 76,87 1 057,1 2458.7 1 090,2 2535,6 70 21,1 38,04 88,47 1 054,3 2 452,1 1 092,3 2 540,5 75 23,8 43,03 100,08 1051,5 2 445,6 1 094,5 2545,6 80 26,6 48,02 111,68 1 048,6 2438,9 1 096,6 2 550,5 85 29,4 53,00 123,27 1 045,8 2432,4 1 098,8 2555,6 90 32,2 57,99 134,87 1 042,9 2425,6 1 100,9 2 560,5 95 35,0 62,98 146,48 1 040,1 2419,1 1103,1 2565,7 100 37,7 67,97 158,09 1037,2 2412,4 1105,2 2 570,5 110 43,3 77,94 181,28 1 031,6 2 399,3 1 109,5 2 580,5 120 48,8 87,92 204,49 1 025,8 2385,9 1 113,7 2 590,3 130 54,4 97,90 227,70 1 020,0 2 372,4 1 117,9 2600,1 140 60,0 107,89 250,94 1 014,1 2 358,6 1 122,0 2 Q09,6 150 65,5 117,89 274,20 1 008,2 2 344,9 1 126,1 2619,1 160 71,1 127,89 297,45 1 002,3 2331,2 1130,2 2628,7 170 76,6 137,90 320,74 996,3 2317,2 1 134,2 2 638,0 180 82,2 147,92 344,04 990,2 2303,1 1 138,1 2647,1 190 87..7 157,95 367,37 984,1 2288,9 1 142,0 2656,1 200 93.3 167,99 390,72 977,9 2 274,4 1 145,9 2 665,2 212 100,0 180,07 418,82 970,3 2 256,8 1 150,4 2675,7 250 121,1 218,48 508,16 945,5 2199,1 1 164,0 2 707,3 300 148,8 269,59 627,03 910,1 2 116,8 1 179,7 2743,8 50 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Tabela 5.3 Conversão de temperatura Exemplo: 60'F (coluna do meio) = IS,6"C 6O'C (coluna do meio) = 140'F 1-' ., 10, lI! 1 1iI' , I~ i I fi1 ..ii !I \1 ,2 O 8 6 4 2 O 8 6 .4 2 O ,8 ,6 4 2 O 8 6 4 2 O 8 6 4 .2 O 8 6 ,4 ,2 ,O ,8 ,6 ,4 r~ Tabelas 5.3 (cont.) Conversão de temperatura Exemplo: 60'F (coluna do meio) = 15,6"C 60'C (coluna do meio) = 14O"F 5,1.14 Ponto de orvalho PSICROMETRlA 51 É a temperatura sob a qual o vapor d'água contido na atmosfera condensa. Percebe-se que o pont!> de orvalho num ambiente foi atingido quando, por exemplo, uma vidraça começa a ficar embaciada. 5,1,15 Pressão atmosférica Hb Pode-se exprimir a pressão atmosférica em unidades de pressão ou em unidades de altura de uma coluna líquida que exerce em sua base a pressão considerada. Ao nível médio do mar a pressão atmosférica éiguala . H~ = 1,033 kgf . cm.,2 = 14,7 psi (pound per square inch) = 10,33 mca (metros de coluna de água ou 100 kPa (quilopascal) ou 34 pés ca ou 760 mmHg. Fig. 5.1 Psicrómetro. ' 1,,1 il , i '~ 'li ,:1 ;~I ._ll ~ "C ,jJ. 'p "C ,jJ. 'p "C ,jJ. 'p -21,1 -6 21,2 26,7 80 176,0 74,4 166 -20,6 -5 23,0 27,2 81 177,8 75,0 167 -20,0 -4 24,8 27,8 82 179,6 75,6 168 -19,4 -3 26,6 28,3 83 181,4 76,1 169 -18,9 -2 28,4 28,9 84 183,2 76,7 170 -18,3 -1 30,2 29,4 85 185,0 77,2 171 -17,8 O 32,0 30,0 86 186,8 77,8 172 -17,2 1 33,8 30,6 87 188,6 78,3 173 -16,7 2 35,6 31,1 88 190,4 78,9 174 -16,1 3 37,4 31,7 89 192,2 79,4 175 -15,6 4 39,2 32,2 90 194,0 80,0 176 -15,0 5 41,0 32,8 91 195,8 80,6 177 -14,4 6 42,8 33,3 92 197,6 81,1 178 -13,9 7 44,6 33,9 93 199,4 81,7 179 -13,3 8 46,4 34,4 94 201,2 82,2 180 -12,8 9 48,2 35,0 95 203,0 82,8 181 -12,2 10 50,0 35,6 96 204,8 83,3 182 -11,7 11. 51,8 36,1 97 206,6 83,9 183 -11,1 12 53,6 36,7 98 208,4 84,4 184 -10,6 13 55,4 37,2 99 210,2 85,0 185 -10,0 14 57,2 37,8 100 212,0 85,6 186- 9,4 15 59,0 38,3 101 213,8 86,1 187 - 8,9 16 60,8 38,9 102 215,6 86,7 188- 8,3 17 62,6 39,4 103 217,4 87,2 189- 7,8 18 64,4 40,0 104 219,2 87,8 190- 7,2 19 66,2 40,6 105 221,0 88,3 191- 6,7 20 68,0 41,1 106 222,8 88,9 192 - .6,1 21 69,8 41,7 107 224,6 89,4 193- 5,6 22 71,6 42,2 108 226,4 90,0 194 - 5,0 23 73,4 42,8 109 228,2 90,6 195- 4,4 24 75,2 43,3 110 230,0 91,1 196- 3,9 25 77,0 43,9 111 231,8 91,7 197 - 3,3 26 78,8 44,4 112 233,6 92,2 198 - 2,8 27 80,6 45,0 113 235,4 92,8 199- 2,2 28 82,4 45,6 114 237,2 93,3 200 - 1,7 29 84,2 46,1 115 239,0 93,9 201 - 1,1 30 86,0 46,7 116 240,8 94,4 202 - 0,6 31 87,8 47,2 117 242,6 95,0 203 O 32 89,6 47,8 118 244,4 95,6 204 0,6 33 91,4 48,3 119 246,2 96,1 205 1,1 34 93,2 48,9 120 248,0 96,7 206 1,7 35 95,0 49,4 121 249,8 97,2 207 2,2 36 96,8 50,0 122 251,6 97,8 208 2,837 98,6 50,6 123 253,4 98,3 209 3,3 38 100,4 51,1 124 255,2 98,9 210 3,9 39 102,2 51,7 125 257,0 99,4 211 4,4 40 104,0 52,2 126 258,8 100,0 212 5,0 41 105,8 52,8 127 260,6 100,6 213 5,6 42 107,6 53,3 128 262,4 101,1 214 6,1 43 109,4 53,9 129 264,2 101,7 215 6,7 44 111,2 54,4 130 266,0 102,2 216 7,2 45 113,0 55,0 131 267,8 102,8 217 7,8 46 114,8 55,6 132 269,6 103,3 218 8,3 47 116,6 56,1 133 271,4 103,9 219 8,9 48 118,4 56,7 134 273,2 104,4 220 9,4 49 120,2 57,2 135 275,0 105,0 221 10,0 50 122,0 57,8 136 276,8 105,6 222 10,6 51 123,8 58,3 137 278,6 106,1 223 11,1 52 125,6 58,9 138 280,4 106,7 224 11,7 53 127,4 59,4 139 282,2 107,2 225 12,2 54 129,2 60,0 140 284,0 107,8 226 12,8 55 131,0 60,6 141 285,8 108,3 227 13,3 56 .132,8 61,1 142 287,6 108,9 228 "C ,jJ. 'p "C ,jJ. 'p "C ,jJ. 13,9 57 134,6 61,7 143 289,4 109,4 229 444,214,4 58 136,4 62,2 144 291,2 110,0 230 446,015,0 59 138,2 62,8 145 293,0 110,6 231 447,815,6 60 140,0 63,3 146 294,8 111,1 232 449,616,1 61 141,8 63,9 147 296,6 111,7 233 451,416,7 62 143,6 64,4 148 298,4 112,2 234 453,217,2 63 145,4 65,0 149 300,2 112,8 235 455,017,8 64 147,2 65,6 150 302,0 113,3 236 456,818,3 65 149,0 66,1 151 303,8 113,9 237 458,618,9 66 150,8 66,7 152 305,6 114,4 238 460,419,4 67 152,6 67,2 153 307,4 115,0 239 462,220,0 68 154,4 67,8 154 309,2 115,6 240 464,020,6 69 156,2 68,3 155 311,0 116,1 241 465,821,1 70 158,0 68,9 156 312,8 116,7 242 467,621,7 71 159,8 69,4 157 314,6 117,2 243 469,422,2 72 161,6 70,0 158 316,4 117,8 244 471,222,8 73 163,4 70,6 159 318,2 118,3 245 473,023,3 74 165,2 71,1 160 320,0 118,9 246 474,823,9 75 167,0 71,7 161 321,8 119,4 247 476,624,4 76 168,8 72,2 162 323,6 120,0 248 478,425,0 77 170,6 72,8 163 325,4 120,6 249 480,225,6 78 172,4 73,3 164 327,2 121 250 48226,1 79 174,2 73,9 165 329,0 127 260 500 - ;"111 , I!I ~li!!' I11' I, '1 11, ';m' ,1,111 "lfJ I J i iW, i IIIi I :11 1 " I II I ~~~, I I I i~li I "I~II I ,.,11 1 1 ' , I' 52 VENTILAÇÁO INDUSTRIAL 53 fPSICROMETRIA 5.1.16 Entalpla Tabela 5.4 Propriedades das misturas de ar e vapor d'água saturado à pressão atmosférica normal (760 mmHg) 1,1 A entalpia corresponde ao calor que entra na formação de um vapor, considerando-se como ponto de partida a fase líquida. na zona de saturação a o-C. É uma função do estado de um fluido e tem pOr expressão ' I H = U+ pv I I~ sendo U a energia, p a pressão e v o volume do fluido. Traduz a medida de seu calor total. Encontram-se tabelados valores da entalpia, às vezes designada por calor IOlal, em função da temperatura, para o vapor saturado seco (Tabela 5.4). Pode-se calcular a variação da entalpia, quando ocorre apenas uma variação de temperatura, pela fórmula (5.4), que repetimos: Q = m' c (( - I) Quando ocorre variação de calor sensível juntamente com calor latente, acha-se a entalpia na cana psicrométrica, como veremos adiante. 5.1.17 Leis dos gases ,L' Lei: lei de Gay-Lussac "Os volumes ocupados por uma mesma massa de gás, sob pressão conslante, são diretamente proporcionais às temperaturas absolutas." Esta lei é também conhecida como lei de Charles. I ~-~I G ) TI = I1+ 273'C T2 = 11+ 273'C 2.' Lei: lei de Gay-Lussac (também chamada lei de Amonlons) ..As pressões adquiridas por uma massa de gás sob volume conslanle são proporcionais às suas temperaturas absolutas. " I ~-~I G Pode-se escrever sob outra forma, muito usual: I P = P. (! + aI) G sendo a = ~ = O,003666'C.1 273 a tem o mesmo valor para todos os' gases ditos perfeilos. 3.' Lei: lei de Boyle-Mariolle .-. Peso do vapor Entalpia da mistura Temperatura satugdreso Entaia do de 1 lb de ar seco vapor turado com vapor saturado 'F "C grãosllb gIkg Btullb kJlkg Btullb kJ/kg 40 4,44 36,49 5,21 5,662 - 13,16 15,230 - 35,4241 5,00 37,95 5,42 5,849 - 13,60 15,697 - 36,50 42 5,56 39,47 5,64 6,084 - 14,15 16,172 - 37,6143 6,11 41,02 5,86 6,328 - 14,71 16,657 - 38,74 44 6,67 42,64 6,09 6,580 - 15,30 17,149 - 39,88 45 7,22 44,31 6,33 6,841 - 15,91 17,650 - 41,05 46 7,78 46,06 6,58 7,112 - 16,54 18,161 - 42,24 47 8,33 47,88 6,84 7,391 - 17,19 18,860 - 43,86 48 8,89 49,70 7,10 7,681 - 17,86 19,211 - 44,6849 9,44 51,59 7,37 7,981 - 18,56 19,751 - 45,93 50 10,00 53,62 7,66 8,291 - 19,28 20,301 - 47,21 51 10,56 55,65 7,95 8,612 - 20,03 20,862 - 48,5252 11,11 57,82 8,26 8,945 - 20,80 21,436 - 49,85 53 11,67 59,99 8,57 9,289 - 21,60 22,020 - 51,21 54 12,22 62,23 8,89 9,644 - 22,43 12,615 - 52,60 55 12,78 64,61 9,23 10,01 - 23,28 23,22 - 54,00 56 13,33 67,06 9,58 10,39 - 24,16 23,84 - 55,44 57 13,89 69,51 9,93 10,79 - 25,09 24,48 - 56,93 58 14,44 72,10 10,30 11,19 - 26,02 25,12 - 58,42 59 15,00 74,83 10,69 11,61 - 27,00 25,78 - 59,96 60 15,56 77,56 11,08 12,05 - 28,02 26,46 - 61,54 61 16,11 80,43 11,49 12,50 - 29,07 27,15 - 63,14 62 16,67 83,37 11,91 12,96 - 30,14 27,85 - 64,7763 17,22 86,45 12,35 13,44 - 31,26 28,57 - 66,45 64 17,78 89,60 12,80 13,94 - 32,42 29,31 - 68,17 65 18,33 92,82 13,26 14,45 - 33,60 30,06 - 69,91 66 18,89 96,18 13,74 14,98 - 34,84 30,83 - 71,70 67 19,44 99,68 14,24 15,53 - 36,12 31,62 - 73,54 68 20,00 103,3 14,75 16,09 - 37,42 32,42 - 75,40 69 20,56 107,0 15,28 16,67 - 38,77 33,25 - 77,33 70 21,11 110,7 15,82 17,27 - 40,16 34,09 - 79,28 71 21,67 114,7 16,39 17,89 - 41,61 34,95 - 81,29,72 22,22 118,8 16,97 18,53 - 43,09 35,83 - 83,33 73 22,78 123,0 17,57 19,20 - 44,65 36,74 - 85,45 74 23,33 127,3 18,19 19,88 - 46,23 37,66 - 87,59 75 23,89 131,7 18,82 20,59 - 47,89 38,61 - 89,80 76 24,44 136,4 19,48 21,31 - 49,56 39,57 - 92,03 77 25,00 141,1 20,16 22,07 - 51,33 40,57 - 94,36 78 25,56 146,0 20,86 22,84 - 53,12 41,58 - 96,71 79 26,11 151,1 21,58 23,64 - 54,98 42,62 - 99,12 80 26,67 156,3 22,33 24,47 - 56,91 43,69 - 101,61 81 27,22 161,7 23,10 25,32 - 58,89 44,78 - 104,15 82 27,77 167,2 23,89 26,20 - 60,93 45,90 - 106,75 83 28,33 173,0 24,71 27,10 - 23,03 47,04 - 109,41 84 28,88 178,9 25,55 28,04 - 65,21 48,22 - 112,15 85 29,44 184,9 26,42 29,01 - 67,47 49,43 - 114,96 86 30,00 191,2 27,31 30,00 - 69,77 50,66 - 117,83 87 30,56 197,7 28,24 31,03 - 72,17 51,93 - 120,78 88 31,11 204,3 29,19 32,09 - 74,63 53,23 - 123,80 89 31,67 211,2 30,17 33,18 - 77,17 54,56 - 126,90 90 32,22 218,3 31,18 34,31 - 79,80 55,93 - 130,08 91 32,78 225,6 32,23 35,47 - 82,49 57,33 - 133,34 92 33,33 233,1 33,30 36,67 - 85,29 58,78 - 136,71 93 33,89 240,9 34,41 37,90 - 88,15 60,25 - 140,13 94 34,44 248,9 35,56 39,18 - 91,12 61,77 - 143,67 95 35,00 257,1 36,73 40,49 - 94,17 63,32 - 147,27 96 35,56 265,7 37,95 41,85 - 97,33 64,92 - 150,99 97 36,11 274,4 39,20 43,24 - 100,57 66,55 - 154,78 98 36,67 283,4 40,49 44,68 - 103,92 68,23 - 158,69 99 37,23 292,7 41,82 46,17 - 107,38 69,96 - 162,71 100 37,78 302,3 43,19 47,70 - 110,94 71,73 - 166,83 \ \ 58 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 5.1.20 Volume de ar para remover calor 11ente Neste caso, determinam-se: 1.' Quantidade de calor latente, C'ate... (Btu/h) 2.' Grãos por lb de diferença de conteúdo de umidade do ar exterior e do ar interior nas condições fixadas pelo projetista para a exaustão. 3.' Calcula-se a vazão Q(p.ra removerc.lor, ). pela fórmula 5.19 As quantidades de ar calculadas pelas duas equações acima não devem ser somadas para se chegar à vazão de ar requerida. Adota-se o maior dos valores encontrados, uma vez que o calor sensível e o calor latente são absorvidos simultaneamente. Além disso, note-se que, na maioria dos casos, a carga de calor sensível excede amplamente a carga de calor latente, de modo que quando isto acontece no projeto, pode ser calculado apenas em base do calor sens{vel. 5.1.21 Tonelada de refrigeração, TR Os compressores de frio empregados em instalações de ar cQndicionado e refrigeração em geral são especificados pelos fabricantes, em seus catálogos, em "toneladas de refrigeração", TR, unidade prática que corresponde à "quantidade de calor a retirar da água a O"Cpara formar uma tonelada de gelo a O'C, em cada 24 horas". 1 TR corresponde a 3.333 kcal por hora 1 kcal 3",9685 Btu 1 TR 12.000Btu/h(toneladaslandardcomercial americana de refrigeração) 5.2 CARTA PSICROMÉTRICA 5.2.1 Significadoe emprego O diagrama ou carta psicrométrica relaciona várias grandezas que se consideram em instalações de ventilação e, principalmente, nas de ar condicionado. Corresponde, em princípio, ao chamado diagrama de Mollier para o ar úmido. A carta psicrométrica foi elaborada referida à pressão do nível do mar, ou seja, de 7(/J mm de mercúrio, e pode ser usada com suficiente exatidão para pressões compreendidas entre 736 e 78'1 mmHg. Existem diversas cartas psicrométricas, publicadas pela Carrier, pela Trane Company, por outras empresas fabricantes de equipamentos de ar condicionado e pela ASHRAE (American Society for Heating, Refrigerating and Air Conditioning Engineers, lnc.) As grandezas representadas nas cartas costumam ser: a) temperatura lida no termômetro de bulbo seco (TBS); b) temperatura lida no termômetro de bulbo úmido (TBU); c) umidade relativa (UR). É determinada a partir dos itens a e b; d) umidade específica, expressa em grãos de umidade por lb de ar seco ou gramas de umidade por kg de ar seco. e) volume específico (volume de unidade de peso de ar), expresso em pé cúbico por lb de ar seco ou metro cúbico por kg de ar seco; f) entalpia ou calor total, expressa em Btu por lb de ar seco e umidade combinados. É também designada como entalpia de saturação; g) "ponto de orvalho" (PO) ou temperatura de saturação, que,'como vimos, é a temperatura com a qual o vapor d'água contido no ar se condensa sobre uma superfície; h) "pressão de vapor", isto é, pressão reinante sobre a água numa determinada temperatura, abaixo da qual a mesma entra em ebulição. É expressa em polegadas de coluna de mercúrio ou mm de coluna de mercúrio. ~ o ~~ "r"4~~0 00 8&(~ u"'''o' oo :" =1t ~.. e õADO TEMPERATURA 80°F 26.7° C DE BULBO SECO Flg. 5.1 Indicação quanto ao modo de utilizar a carta psicrométrica da Trane Company. PSICROMETRIA 59 ~ ..c 1!: .. .. f ~o CQ i" .... " ~ ~ 115 110°F 43,30C Consideremos a carta psicrométrica da Trane Company (Fig. 5.2). Conhecidas duas grandezas, podem-se, pela carta, achar todas as demais. Na carta encontram-se as seguintes escalas: - linha de temperatura de bulbo seco; (1) - linha de umidade específica (grãos de umidade por Ib de ar seco; (2) -linha de umidade relativa (%); (3) -linha de temperatura de bulbo úmido; (4) - linha de volume específico (pés cúbicos por lb de ar seco); (5)- escalasde entalpias (Btullb de ar seco e umidade combinadas); (6) - escala de temperatura do ponto de orvalho; (7)- escala de pressão de vapor; (8)- escala de razão entre calor sensível e calor total Q/Q,. (9)' 5.2.2 Emprego da carta da Trane Company Para uma melhor compreensão das vantagens da utilização da carta psicrométrica, consideremos a Fig. 5.2, na qual se acham indicadas as escalas mais usadas em Ventilação Industrial. Façamos um exemplo numérico. O leitor poderá orientar-se pela carta, Fig. 5.2, e passar depois para a Fig. 5.3. EXEMPLO 5.6 Suponhamos conhecidos os seguintes dados:- temperatura de bulbo seco t, = 8Ü"F = 26,7'C; - temperaturade bulboúmidolu = 70"F= 21,1.C Podemos calcular, entre outros valores, os seguintes (Figs. 5.2 e 5.3): --- '!\'P r '.11:II:,\., .1 l , 'J' ! , , I: :111. ., .' fi , II i i, I' I I" ' i1 Il II I). I i Iil:' : C(Btolbora)decalorlatente [cfm] 5.19Q(pJc.latente) = 0,67 X grãos de diferença de conteúdo de umidade 8 i2 8 o co i o" « 'i: :5o '".. ..Q .. QC . " 00 az Q2 .. c.... ..66°F . ..oo .. z ..Q f .." ::> .. .... o fai ..Ct> o 8 o , j lj , ' , l 'I I, I;' I: ",j ~j !t , 11 " i", ' I ' : 111'!i IiiJ , ( :1'11 ~ 11 1 ': fil I:!! tU, ii~ !' I~ IR! 101' I:!," i~;' 61 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 1;:1, !~ I~ ijl rf " ° 5 10 15 20 TEtl,~:TURA DEB~~~ SECO°c 0;825 VOLUME ESPEciFICO m3/~o Flg. 5.5 Carta psicrométrica da Carrier. Ir li ~ '.1. 35 ~ 15. !i J:). >: :Ji. "-. o 25 35 \ 0,87'5 30 \ 0,850 0,775 TEMPERATURA DE BULIO SECO 30°C \ , VOLUME ESPECiFICO I ..3/.., 0,860 0,900 \ Flg. 5.6 Aplicação da carta psicrométrica da Carrier. \ . r o,&:> ,5 0,65'14 o,7\) 0,75 2 ~0,80 1 ~0,&5 0,90 0.95 40 9 8 ~ 7 g . ~ 5 ~~. o.o- 3 0°.:J.2 ",'O 1 ~~o u'" \ 0,900 26° o o OU .:> ... ... ..>- .. ~ .. U ...o ~" ';o 10,3 t/Kg DE AR sECO PSICROMETRIA 63 @ ~ p T&S TBS Flg. 5.7 Adição decalor latente: umi. dificação. Flg. 5.8 Remoção de calor latcn- tc: desumidificação. 5.2.4 Aquecimento e resfriamento do ar Quando se adiciona calor sensível ao ar, sua temperatura se eleva, isto é, o ar se aquece sem que o conteúdo de umidade absoluta seja alterado (Fig. 5.9). A umidade relativa porém varia, pois passamos deumponto da curvaA de umidaderelativaUR, para a curva B de umidaderelativaU'R'. , Observa-se na Fig. 5.9 que o ponto de orvalho PO não muda quando se adiciona calor sensível, mas a TBS aumenta. A Fig. 5.10 mostra que o resfriamento corresponde a uma remoção de calor sensível sem redução da umidade absoluta e do ponto de orvalho. A umidade relativa porém diminui, pois os pontos A e B se acham em curvas de UR diferentes. Diminui também a TBS. 5.2.5 Resfriamento com desumidificação Em instalações de ar condicionado, para se conseguir obter uma temperatura de bulbo seco mais baixa, toma-se necessário recorrer a um resfriamento com retirada de calor senslvel e também de calor latente. Para conseguir o resfriamento usa-se uma serpentina de resfriamento (com água gelada em circulação, por exemplo) ou sistema de ciclo térmico de um gás refrigerante (Freon). Consideremos a Fig. 5.11. As condições iniciais do ar correspondem às do ponto A, com calor total C" temperatura de bulbo seco 11'umidade relativa UR", ponto de orvalho PO" e calor latente C/. Pretendemo~ que a nova temperatura de bulbo seco venha a ser ~, correspondente a um calor total C'2' Trata-se de passar do ponto A ao ponto C. Pelo ponto A traçamosuma reta vertical,e pelo ponto C, uma horizontal.As duas se encontramem B. o segmento AB indica a quantidade de calor latente C/ a remover, e o segmento CB, a quantidade de calor sensível C. a retirar. Vemos que o ponto B se situa na curva de umidade relativa URB, e C, na URc. A variação de calor total, ou seja, da entalpia, isto é, da quantidade total de calor removido, é a hipotenusa CA do triângulo ABC, isto é C, = C/I - C'2 ~ => -'",01- =~ ",et> °ã;!u ! I:! !.. 8 '" CI g i ,=> Flg. 5.9 Adição de calor sensível: aquecirnen/odo ar. Flg. 5.10 Remoção de calor sensí- vel: resfriamento do ar. r li:; 1,\ ,.\,, I i i, i I, i l111. I 'ml' I IIri I d I .11I liIr:lli :1 ;111 r 1~ i ~I ~ 64 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL " '" % de ...fL Ct Ct, - Cti = Ct - ESCALA DA RELAÇÃO ENTRE CALORSENSlvEL E CALORTOTAL t2 tl BULBO SECO i I I~i I I I~ i li' ,II I I 11 I Flg. 5.11 Resfriamento com desumidificação. Esta diagonal prolongada (denominada linha de fator de calor sensível) determina, na escala à direita da Fig. 5.11, a relação entre o calor sensível e o calor total sob forma percentual. C, %de- C, Na prática pode-se usar o método apresentado acima ou determinar no gráfico o s~ento C/I - CI2 = C. Liga-se C a A por uma reta, que determina, na escala correspondente o valor % ...!.... ~ Como se conhece C" calcula-se então C,.Com C, e C, teríamos evidentemente o calor latente C, = C, - C, 5.2.6 Resfriamento evaporativo ~ "I " f i, '!I I:~ o processo de resfriamento industrial segundo o qual se retira do ar calorsensívele calor latentee se adiciona umidade denomina-se resfriamento euaporativo. Para realizar esse tipo de resfriamento, o ar deve ser insuflado através de um chuveiro ou de água pulverizada por aspersores. Ao atravessar a água pulverizada o ar cede calor à mesma. Esse aquecimento faz com que parte da água vaporize, e, com isto, retire o calor do ar. O ar com o vapor formado se torna mais frio e mais úmido. " ./1; c( () ii: ti ~ UEe .. w UEAW o c( o ; ::> t2 tl BULBO SECO Flg. 5.U Resfriamento evaporativo. PSICROMETRIA 65 ( ~o 'Q, ~ o"..11::c( ww00 .c.c=<"". .. u ",," ~OS::I 0,0034 ( ( , ( 30,5 O,OO34( flg. 5.13 Fig.5.14 \ EXEMPLO5.8 { Aquece-se ar, a 1 atm, de 4O-F (4,4"C) T, (temp. de bulbo seco) e 35'F (l,7'C) Tu (temp. de bulbo úmido), até a temperatura de 70'F (21 ,1"C) T,. \ Achar, pela carta psicrométrica da Carrier: a) a umidade relativa e a absoluta antes e depois do aquecimento; b) a temperatura do ponto de orvalho antes e depois do aquecimento; c) a temperatura do bulbo úmido do ar aquecido; . d) o volume específico de ar antes e depois do aquecimento (baseado em 1 libra de ar seco); ( e) se a pressão de vapor de água saturada a 4O-F é 6,35 mmHg, qual será a pressão parcial de vapor nas condições iniciais? Solução São dados: Ara1atm { T, = 40'F é aquecido ao estado 2 T, 4,4"C T '" 35'F I 1,7"C = 70'F 21,1"C a) Um / Umidade absoluta antes do aquecimento Pela carta psicrométrica (CP) da Carrier, achamos à direita V,In/ = 0,0034 lb de vapor d'água por Ib de ar seco. Achamos também, para a umidade relativa antes do aquecimento, U..,/ = 70% (Fig. 5.13). . Depois do aquecimento, estado 2. ( Com os valores T, = 70'F e Vub, = O,OO34lb de vapor d'água por Ib de ar seco, seguindo horizontalmente, obtemos na curva de umidade relativa U"'2 = 23% (Fig. 5.14) b) Temperatura de orvalho (ponto de orvalho) (Fig. 5.14) Com o valor Uubl/ = 0,0034 Ib de HzO por Ib de ar seco, e seguindo horizontalmente, encontramosj para o ponto de orvalho, o valor 30,S'F ( r Pai = Tp02 = 30,5'F c) Temperatura de bulbo úmido após o aquecimento. Entrando na carta psicrométrica com os valores r" = 70'F e Vm, = 23%, obtemos, à esquerda, temperatura de bulbo úmido igual a 50,5'F. d) Volume específico de ar (tomando como base I Ib de ar seco) antes e depois do aquecimento (Fig.( 5.16). Do valorT'1 = 4O-Fseguimos verticalmente até a curva da U"'I = 70% e, em seguida, pela reta inclinada até o valor de ----- - ti! i! ,.1 ,11 r," '* I' I:il'( , " .', "I ' 'I (I. :' :.., _'Ir. !i,' li li if. ) Ili'l,.' f' 1m I'; '~ 18,:1 i':~ IIiI t' Ijt 111~, 11>1 1m I ':IIJ ( I, rtil IC ~ I;'~ \ I~ ~í i'if ", \Ji 1m, ,,: ( " 11:' . I~t ' i'. .,;~ I~: ~11 I. li!l. (, ~,I Idi I!J I :il IQ .; I~ I li,' IC I , I., I~ II~ II~\ II~ ,,' . \J 66 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL '" 0,0034 0,0034 Fig. 5.15 Fig. 5.16 v"'. = 12,65 pés3/1b De modo análogo, com T, = 70"F e V"1z = 23%, obtemos: VlU'2= 13,38 pés3/1b e) Conhecemos o valor da pressão de vapor d'água saturada a 4O"F, e que é de 6,35 mmHg (dado do problema) Queremos saber a pressão parcial de vapor d'água nas condições iniciais, isto é, p.o.. V"/I = p.o. (4O"F) p.o ,., (40"F) p '"I = 70% = 6,35 Portanto, p.o. = 0,7 x 6,35 = 4,45mmHg. EXEMPLO S.9 Qual a quantidade de calor consumida no processo considerado no Exemplo 5.8? Entrando na carta psicrométrica com os valores de T, = 40"F e T, = 70"F, correspondendo o primeiro valor a V'd = 70% e o segundo a V"' = 23% e seguindo em linha inclinada até a escala de entalpia de saturação, achamos C'l = 20,7Btullbde ar seco C'I = 13,5Btullbde ar seco o calor consumido foi I, 'I:!i "i "Iil " I:'] IJf }!' ,! ~Il i~. I., \1: I' E = C'l - C,. = 20,7 - 13,5 = 7,2 Btullb. A quantidade de calor insuflado é dada por q, = 4,5 . Q . E (ver fórmula 5.20). Se insuflarmos, por exemplo, 10.000 cfm de ar a 70"F (BS) e 50,5"F (BU), a quantidade total de calor insuflado será q, = 4,5 x 10.000x 7,2 = 324.000Btu/h Flg. 5.17 PSICROMETRIA 67 Em toneladas de refrigeração: ~ = 27TR. 12.000 EXEMPLO 5.10 No mesmo problema, deseja-se agora uma umidade relativa de 60% no ar aquecido. Quanto de umidade deve ser adicionado por libra de ar fornecido, e quanto calor será necessário para produzir essa evaporação (por libra de ar seco)? Solução Para obter uma umidade relativa de 60% no ar aquecido, nos termos do exemplo 5.8, deveremos ter uma umidade absoluta de V'h'3 = 0,0094 lb de vaporllb de ar seco (Fig. 5.18). Como temos VOh'l= 0,0034 Ib de vaporllb de ar seco, teremos que fornecer b.Voh, = 0,0094 - 0,0034 = 0,006 Ib de água/lb de ar seco. Mas, 0,006 Ib de água por 1 Ib de ar seco correspondem a 42 grãos 'de umidade/lb de ar seCo (Fig. 5.19). Desta forma, necessitamos de C = 0,3 Btu Ib de ar seco para evaporar a umidade. Este valor é obtido na carta psicrométrica (Fig. 3.4), entrando-se com o valor 42 grãos de umidadellb de ar seco e com 0,006 lbde águallb de ar seco, e a curva de umidade relativa é igual a 60%. EXERClclO 5.11 Pretende-se resfriar o ar, na pressão atmosférica, de modo que a temperatura de bulbo seco T, (86"F)baixe para T, = 23,9"C (75"F). Nas condições iniciais, a temperatura de bulbo úmido é de Tu = 22,8"C(73"F). Achar, pela carta psicrométrica da Carrier: = 3O"C a) a umidade absoluta e a relativa antes e depois do resfriamentoj b) a temperatura do ponto de orvalho antes e depois do resfriamento; c) a temperatura de bulbo úmido do ar resfriado; d) o volume específico do ar antes e depois do aquecimento (baseado em 1 libra de ar seco); e) usando a carta de Trane e vendo que a pressão de vapor d'água saturado a 20"C (68"F) é de 0,69" de mercúrio (17,8 mm de mercúrio), qual será a pressão parcial de vapor nas condições finais, isto é, sem saturação? Solução São dados: Estado iniciall T,; = 3O"C(86"F) Tu; = 22,8"C (73"F) Com o resfriamento, obteremos o estado final 2 T'I = 23,9"C (75"F) 0,0094 0,0034 70°F Fig. 5.18 ~ " ~ I i~ i~ i !Ii , ' ! r , " I II ''' , ! :. ::1 li!: ' li! ~ 'i il~ :! li!t LI 11 :I ij" i r íl,' I I. I ! I 68 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL GRÃOS DE UMIDADE POR RbDE AR SECO 0,006 11>DE ÁGUA/tI> DE AR SEGO ~ DE ÁGUA POR 11>DE AR SECO Flg. 5.19 a) Umidade absoluta antes do resfriamento Uob'. Pela carta psicrométrica da Carrier, ,achamos à direita a umidade absoluta ou específica U.b,. = 0,0146 lb de umidade por lb de ar seco. Achamos também a umidade relativa antes do resfriamento, pela curva de UR que passa pelo ponto p, Uni. = 55% Depois do resfriamento, chegamos ao estado 2. (Fig. 5.21). Com os valores T, = 23,9'C (75'F) e U.b, = 0,0146 Ib de umidade/lb de ar seco, determinamos o ponto M, pelo qual passa a curva de UR de 7S%. Portanto, a U"1z= 7S%. b) Ponto de orvalho Com o valor Uob'.= 0,0146 lb de unidadenb de ar seco e seguindo horizontalmente, encontramos para o ponto de orvalho o valor 67,S'F = 19,5'C c) Temperatura de bulbo úmido após o resfriamento (Fig. 5.22) Entrando na carta com os valores T, = 75'F e UnI!= 7S%, obtemos, à esquerda, a temperatura do bulbo úmido. T. = 69,5'F = 20,S'C II ~!I li d) Volume especlfico de ar (tomando como base Ilb de ar seco), antes e depois do resfriamento. (Fig. 5.23). Pelo ponto P, já achado na Fig. 5.20 (condições iniciais), passa a reta inclinada correspondente a 14,OSpés3nb. . ' Pelo ponto M correspondente ao ar resfriado, passa a reta inclinada de 13,56 pésflb. e) Conhecemos o valor da pressão de vapor de água saturada a 2O'C (6S'F) Pu e que é de 0,69 polHg (17,6 mmHg). Trata-se de determinar a pressão parcial do vapor d'água quan"do a umidade relativa do ar for de 7S% e não de 100%, como ocorre quando o ar se acha saturado de umidade. Queremos, pois, obter Pua2. A umidade relativa sendo 7S%, podemos escrever: ~I : .1' "11 11' I It l'il eI a: u o iA:D. ...- !t!°ld <l~Q. gl413 za:w::lei o eI 00 o J:I.Q i 01-(::1 0,0146 8&°' t300CI Flg. 5.20 - PSICROMETRIA 69{ , ( 0,0146 75°' (23,90CI 75°,. (U,90CI flg. 5.21 Flg. 5.22 \ U"I!= Pu8/.a 6S'F P u8/."'ur.d. a 6S'F = 0,7S. Mas, PU8l.sB'urado = 0,69" Logo, PU8/.= O,7S x 0,69" = 0,53S polHg = 13;6 mmHg. EXEMPLOS.U ( Considerando o exemplo 5.11, deseja-se saber qual a quantidade de calor que deverá ser extraída quando ascondições iniciais forem T" = 3O'C(S6'F) e T. = 22,S'C (73'F), para que se obtenha a condição T" = 23,90{' (75'F). Solução Entrando na carta com os valores T" = S6'F e T. = 73'F, obtemos o ponto P, correspondendo a um umidaderelativa UnI = 55%. (Fig. 5.24). Por P traçamos ~ma horizontal até encontrarmos a vertical a partir de T, = 75'F em M. , Seguindo as linhas inclinadas, que passam por P e M respectivamente,obtemos, na escala da entalpia de saturação, as quantidades de calor \ C'I = 36,7 Btuflb de ar seco C'2 = 33,S Btuflb de ar seco ) 1 I 8S0, FIg.5.23 Flg.5.14 \ l ( ..-... ! 11' 1 ' ,. ' . ti! ! :~ , ' 1\..1 d ~ IIJ .iii~i 1 ) 1" 1 " -li ,181 iii' , ." ~ \1 ~ lfJ. r !il! J :, t t,< .. I~ ~ , ir . : /I J ~ '!,~ " I~ I ~:~ :t . it l l I ~ ' I ~ '\ ! . I~ I i I!! I~ I ~I,' '] ,. lt , I'ih I IIilU! ' j. 'i' . " ,. Ili 'I ' 1 j'li I ~I I : Ili II i~~ I f' 'I ,,~ ~ ! . MI , " ,"':pó! ),il r::' IU . I ! , . .I . : .ijl I!i ,,'I ( I, . ,.,. I.: I : ,. 11 f .Ii ~' ,111 nl', I ',I t < f 70 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL A quantidade de calor C extraída corresponde à variação de entalpia E C = E = C'l - C,z = 36,7 - 33,8 = 2,9 Btullb de ar seco. A quantidade de calor total retirado C, pode ser calculada também pela fórmula: I C, = 4,5xQxE I I~ sendo C, Q E, = 'a quantidade ~I de calor removido do recinto em uma hora (Btu/h); = a vazão de ar insuflado em cfm para se obter Tq = 23,9"C(75'F); = entalpia por lb de ar seco. Suponhamos, por exemplo, que desejemos remover C, = 162.000 Btulh do recinto, nas condições do problema. O volumede ar a insuflarserá 162.000 = 124.610 cfm. 4,5 x E Se dividirmos C, por 12.000 obteremos o número de toneladas de refrigeração correspondentes à quantidade de calor que pretendemos remover 162.000-...... 12.000 13,5 TR. EXEMPLO 5.13 Consideremos o' mesmo problema do exemplo 5.11. Desejamos uma umidade relativa não de 78% no ar resfriado, mas de 60%. Solução Para termos uma umidade relativa de 60% com " UQb"= 0,0112 lb Hp por T, = 75'F. (Fig. 5.25). Temos, então: = 75'F, deveremos ter uma umidade absoluta de U.b'3 = 0,0112lb H20/lbde ar seco Uabq = O,Ol46lb Hpllb de ar seco Variação de umidade absoluta: U.b, = 0,0146 - 0,0112 = 0,0035 Ib Hpllb de ar seco. A este valor U.b, corresponde, na escala de grãos de umidade por Ib de ar seco, o valor de 25 grãos de umidade por Ib de ar seco e que devem ser removidos. Entrando no gráfico da Carrier, indicado na Fig. 5.26, com o valor 0,0035 Ib HzO/lb de ar seco, vamos até a curva de 60% de U,d e obteremos o ponto N. A curva que fornece Btullb e passa por N corresponde a 0,18 Btullb de ar seco. ,I" ;til' Ji; '!Irt J" ItJ Fig. 5.25 0,0146 1b "20 POR '11 DE AR SECO 0,0112 111"20 POR ..til DE AR SECO 75.1' PSICROMETRIA 71 OE AR SECO O,0035RII DE ÁGUA/lb DE AR SECO Ib DE ÁGUA POR 111DE AR SECO Fig. 5.26 EXEMPLO 5.14 O total de calor sensível liberado em um recinto é de 130.000 Btulh. A temperatura de bulbo seco do interior é de 86'F (3Ü"C), e a do ar de insuflamento é de 68'F (20'C). Qual a quantidade de ar que deverá ser insuflada pelo ventilador para remover o calor à medida que o mesmo for sendo liberado? Solução A quantidade de ar a ser insuflado é calculada pela fórmula 5.18. Q = c, 20,10 (li - I,) (m3/min) sendo, C, = a quantidade dt; calor sensível a ser removida; 'I = a temperatura do ar no recinto (,C); I, = a temperatura do ar exterior (,C); Q = a vazão de ar (mcm, metros cúbicos por minuto). Podemos também calcular em unidades inglesas pela fórmula 5.17 C Q = ' (cfm) 1,08 (ti - I,) sendo 'i e I, expressos em 'F; Q em cfm e C, em Btulh Aplicando, por exemplo, a expressão 5.17, teremos: Q = 130.000 1,08 (86 - 68) = 6.686cfm EXEMPLO 5.15 A quantidade de ar que pode ser insuflada por uma instalação de ventilação em um recinto ,é de 6.500 cfm. O interior deve ser mantido a 80'F (27"C) e o ar penetra nele com a temperatura de 6Ü"F (15,6"C). Qual a quantidade de calor que pode ser absorvida pela circulação do ar? Solução A quantidade de calor sensível a ser rem.ovida pelo ar pode ser calculada pela fónnula 5.17. C, = 1,08Q(li - I,) = 1,08 x 6.500(80 - 60) = 140.400Btulh EXEMPLO 5.16 Qual a quantidade de calor total que pode ser removida de um recinto insuflando-se ar, sabendo-se queo volume de ar insuflado é de 15.000 cfm. Q = 15.000 cfm As condições do recinto são: ..-... :ti< !I:o- i" I:" ' i II 72 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL .,..,.... { , I " \ ) 6 Ventilação Geral Diluidora Obtida Mecanicamente "- (., , , ~ \. ) ( ( \ É usada quando a ventilação natural não possuir condições de confiabilidade e eficiência para atender ( à vazão, temperatura e umidade desejadas. 6.1 INSUFLAÇÃO MECÂNICA E EXAUSTÃO NATURAL Nesta modalidade de ventilação geral diluidora, um ou mais ventiladores enviam ar exterior para o (interior do recinto. Como a pressão p, no recinto se torna maior que a pressão exterior P.. o ar insuflado saipor outras aberturas existentes, produzindo os efeitos desejados de diluição dos contaminantes, de ~aixa- mento,de temperatura e de arejamento. ' A insuflação mecânica permite um bom controle da incidência do ar e um melhor controle da pureza do ar insuflado do que no caso da ventilação natural. Usa-se, também, quando é necessário impedir que ( o arcontaminado de um outro recinto penetre naquele que se está pretendendo ventilar. Na insuflação ou ventilação por insuflamento, como foi dito acima, estabelece-se no recinto uma pressão ( p,maior que a do ambiente exterior p" Deve-se portanto verificar inicialmente a necessidade e a conveniência (de manter a pressão do ambiente acima da pressão externa ou dos ambientes adjacentes, pois o ar expelido, poderá ser deslocado para um outro recinto no qual não se possa admitir o ar nas condições com que sai dolocalventilado. ( Deve-se localizar a abertura de admissão de ar para o ventilador numa plirede, a fim de que a tomada f de ar se efetue livremente. Quando for necessário fazer-se uma tomada de ar em local afastado, deve-se ~ instalarum duto ou plenum até o ventilador, ou do ventilador até o recinto. É necessário, em qualquer caso,garantir um fluxo de ar adequado, livre de concentração anormal de agentes contaminantes externos, ( ( ( ( ( " \ '\ ~ ( - Temp. bulboseco = 82'F - Temp. bulboúmido = 68'F e as condições do ar insuflado são: I I~ rll , ~'f1 ~i:1 Illi': h ii~ iir ,~ ~ !I\, 1h :~I ,I li , ,I ! , ~i ' Ili I: - Temp. bulboseco = 54'F - Temp. bulboúmido = 43'F VENTILADOR AXIAL ~ .~.:~.~~~., Alh,notiwo te) Solução Pela carta psicrométrica, temos nas escalas inclinadas que dão a entalpia de saturação (calor total): - para as condições do recinto (82'F e 68'F): entalpia = 37,5 Btullb- para as condições do ar insuflado: entalpia = 17,2Btullb A variação de entalpia do ar de insuflamento será E = 37,5 - 17,2 = 20,3Btullbde ar seco, '. O calor total (para os 15.000 cfm de ar) se calcula pela fórmula 5.20 c, = 4,5' Q . E ou seja, \ C, = 4,5 x 15.000x 20,3 = 1.370.250Btulh. Para termos o número de toneladas de refrigeração, deveremos dividir esse valor por 12.000: 1.370.250 = 114 TR. 12.000 -- p, 1II,...ão "rna) P. P, > P. ( pnuóo no r.clnto) ,'r::;::cr .;.. ... !' ., '.,. .." ~ ." .. '.p ti' "~''':.~''l." AIt.rnativa (A} i'Ig. 6.1 Insuflaçâo mecânica e exaustâo natural. ..Il1o...- r~- ';!li \ ' I ' : .,: 1 ~ ! ~ \' , ,( ,I "j (!: '~ ~ ; I' ~ i { ; " I~ " i, I: ( rii1! i: -"~ \ I ;~: !i~I { ,I !. 1 .. ' ,, : ..1 1 , ~; ~Ir { li liJ., I~ i,.. ~: : 'j ~~d { ti' ~ : " ,\i\' 1 ~ ' I 1 1.t:" , i\1, ( ~ l' r._jlj,j ~!I ( 1 ,.".1 1 "1 I I ,. i ,, :;{ I '~ 'i ( '11 I ::1:[ II 1\.1 i !~Ii I i' i~l l ' J i i j~ I i If" I : ~I" 1I ~'.IW I ~.~~: I' . I I , I I { t ~ ~ ~ ~ L,t ( r- I ) : 74 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Nas aberturas para tomada de ar exterior deve-se garantir a impossibilidade de penetração de corpos estranhos e animais, por meio de telas, e de água de chuva, construindo platibandas, marquises etc. Prevê-se, quando necessário, a instalação de filtros adequados para a tomada de ar exterior, escolhidos em função das condições estabelecidas para o ambiente. Na Fig. 6.1 vemos duas alternativas para remoção do ar insuflado no recinto: a) existem janelas na direção do fluxo do ar incidente, de modo que ocorre uma exaustão favorável da camada de ar quente superiorno recinto; b) não há possibilidade de se colocarem aberturas nas outras paredes, de modo que a saída do ar se fará por abertura em nível inferior ao do ventilador, 6.2 INSUFLAÇÃO NATt,lRAL E EXAUSTÃO MECÃNICA Um ou mais exaustores (ventiladores axiais, por exemplo) removem o ar do recinto para o exterior, A pressão no interior baixando devido a essa exaustão, estabelece-se através de aberturas um fluxo de ar do exterior para o interior do recinto, e deste para o exterior, e portanto a pressão externa P. será maior que a interna p, no recinto. Isto evita que o ar contaminado do ambiente em questão passe para recintos vizinhos mas permite que, eventualmente, ocorra o contrário. Embora em geral seja de menor custo que a insuflação mecânica, esse sistema não permite um controle adequado da qualidade do ar que penetra no recinto, salvo se forem utilizados filtros nas entradas de ar. Usa-se esse método na ventilação de sanitários, de cozinhas, além, naturalmente, na de muitos recintos industriais onde não há poluentes em grau de toxidez inaceitável. Na ventilação por exaustão, como dissemos acima, estabelece-se no recinto beneficiado uma pressão menor que a do ambiente exterior. Deve-se previamente verificar se há conveniência ou mesmo necessidade de manter a pressão do ambiente abaixo da pressão externa ou dos ambientes adjacentes. A tendência é de que o ar dos compartimentos vizinhos entre no recinto pelas portas ao serem as mesmas abertas. J:. recomendável verificar a possibilidade de a admissão de ar efetuar-se livremente no ambiente através de portas e janelas, e isto, naturalmente, quando o ar exterior não for contaminado. Devem-se prever, se necessário, aberturas de admissão de ar em paredes externas, a fim de que a tomada de ar se efetue livremente e o mesmo possa ser filtrado, se poluído oli contaminado. Quando for necessária uma canalização de ar, executa-se a' mesma através de dutos, poços ou plenum até o exaustor. Em qualquer caso, deverá ser garantido o fluxo de ar necessário, livre de concentração anormal de agentes contaminantes externos. No caso de aberturas, deve-se garantir a impossibilidade de penetração de corpos estranhos, insetos e água de chuva. Pode ser necessária mais de uma abertura de admissão do ar, o que depende da maneira como as mesas de trabalho ou os equipamentos se distribuem no recinto. Deve-se prever a instalação de filtros adequados para a tomada de ar exterior, escolhidos em função das condições estabelecidas para o ambiente. No caso de o ventilador exaustor ser do tipo axial, deverá ser localizado na parede oposta à de admissão de ar e em nível o mais alto possível em relação ao piso. Quando não for possível a utilização da parede oposta à da admissão do ar, deve-se considerar a utilização de redes de dutos. A Fig. 6.3 mostra um ventilador de cobertura no qual o motor fica isolado do ar removido e é ventilado pelo ar exterior. É da Loren Cook Company, Ohio, USA. A NEU Aerodinâmica, Ind. Com. Ltda., fabrica um exaustor de telhado sob o nome de Extractair Centrifugo em capacidades de 1.000 a 14.000 mJ/h e pressão ~i,J i p, p, . p, < p, . . . . . .. " .. . .' . . . . ... r .. .I)~z;;~/,.:. Flg. 6.2 Insuflação natural e exaustão mecânica. o,';.~<; ..~.' r- VENTILAÇÃO GERAL DlLUIDORA OBTIDA MECANICAMENTE 75 Motor externamente à corrente de ar Sarda tipo venturl favorece o escoamento de dentro para fora Suprimento de ar para o motor Sustentação do motor formada por amortecedores o ar da ventilação do motor é Induzido a sair Roíor de ventilador para pressões moderadas Tubo de suporte Flg. 6.3 Ventilador de exaustão para cobertura - The Loren Cook Company- Berea, Ohio, USA. de 70 mm ca. A GEMA os fabrica para vazões de 70 mJ/min a 250 mJ/min em poliéster reforçado com fibrade vidro (PRFV). A STRINGAL Equipamentos e Revestimentos Industriais LIda. fabrica o ventilador detelhado VTS para até 228 m3/min. 6.3 INSUFLAÇÃO E EXAUST ÃO MECÂNICAS Neste caso, há ventiladores que insuflam o ar e ventiladores que removem o ar do recinto, quer sejam colocados diretamente no recinto, quer seja atuando através de sistemas de dutos. Consegue-se, assim, uma ventilação mais controlável tanto em relação à qualidade do ar que entra, quanto à distribuição do mesmo no recinto. Trata-se, portanto, de um sistema misto de ventilação, que utiliza a combinação de ventilação por insufla- mento e por exaustão. Quando ocorre passagem direta do ar de uma abertura de admissão para a saída, causando a estagnação do ar em parte do ambiente ventilado, diz-se que ocorre curto circuito de ar. O sistema misto consegue, quando bem projetado, evitar essa circulação "parasita" do ar. Tratando-se de um sistema mais dispendioso que os anteriores, o sistema misto, evidentemente, só deverá ser adotado quando a ventilação não puder ser resolvida satisfatoriamente por um deles isoladamente. A Fig. 6.5 apresenta indicações da ACGIH quanto a localizações inadequadas e adequadas dos ventiladores, para diversas hipóteses com relação à entrada de ar no recinto. Vê-se que a utilização de uma câmara grande com ampla área de saída para o ar atende a condições mais favoráveis, conquanto seja de maior custo. Pode-se, escolhendo adequadamente os ventiladores, conseguir que a pressão no recinto seja maior, igual ou menor que a reinante no exterior. Na Fig. 6.6 percebem-se situações satisfatórias e situações insatisfatórias devido â formação de "regiões mortas", isto é, de estagnação. A instalação de insuflação e exaustão mecânicas em sua forma mais completa pode permitir a captação do ar em local não-poluído, realizar a filtragem do mesmo, caso necessário, e realizar o insuflamento em "bocas" dispostas convenientemente ao longo de um ou mais dutos (Fig. 6.7). O ar contaminado no recinto poderá ser lançado no exterior livremente, em certos casos, por ventiladores p, p, '- ' . .. CI"' ~..~'~--;.-'" ~ '.~; "'''':-'...~.'';:I~,. . '':-''''<.(I:~;;/A''''''''''''' .'<-:;.-//.... Flg. 6.4 Insuflação e exaustão mecâni- cas. -..~- , ,'.?t.. ,111 16 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ',-- \.. '- 'l<? Entrada de ar regular Entrada de ar deficiente Qít} u~ Entrada de ar deficiente Entrada de ar regular ( 800 entrada de ar ~-o 800 entrada de ar LOCAlIZACÕES INADEQUADAS PARA OS VENTILADORES .PJl ~~~ --~ ~L =.tíJ O Entrada de ar Entrada de ar deficiente regular - _ I : -::::--- ~.!I ""- - D. - ,,\-, \ 11111111 ~ Melhor entrada de ar Melhor entrada de ar 800 entrada de ar Melhor e.austôa local LOCALIZAÇÕES ADEQUADAS PARA OS VENTILADORES Fig. 6.5 Indicações quanto à localização dos ventiladores segundo a ACGIH, para ventilação diluidora. nas paredes ou no teto, e, se necessário, deverá ser "tratado", isto é, despoluído. antes de descarregado na atmosfera. Chamemos de Q'nl a vazão de ar que entra ins\lflado. e de Q..ldna vazão de ar exaurido. A pressão p, no recinto dependerá da relação entre Q.., e Q",ldu'Assim, se ':11 Qr"' > QJaitla Qenf = Qsalda Qen, < QJalda p, > Pm p, = Pm p, < Pm sendo Pm a pressão reinante no exterior ,'11.11 Em muitos casos se considera Q,n' = 1,15 Q..ldn ~ AR INSUFLADO 17 ( i ( ( VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA OBTIDA MECANICAMENTE AR INSUFLADO .0 U E NT E FRIO Alimentação de baixo pora cima [nlJ 111 Transversalmente porcima e saído parede oposta Lateralmente ]) '"'\Vt ~ZON.J\I' ~'"'\- ))./'JIMORT~ ~/_j Tetot comgrade total Transversalmente Aerofuse (Anemostoto) E.oustôo pelo teto Conduçõo de cimo poro cimo lateralmente Alimentoçõo de cimo paro baixo m [U] Transversoldireta Entrado lateral por cimo e saída por baixo Jf)\'\'\'\'-/..IJ./ Pelo teto com aerofuse de entrado e retorno FIg. 6.6 Alternativas de insuf]ação de ar em um recinto. TOMADA I OE AR ~ fi"'" .:f,>~~::~_:".i'-'::,~~~~,,? i\>;,~:?-<I?;f~;~~~~~~~-~..~'t.,:~i't.~:<fÚ~~~ OU ENTE FRIO l~~~~L ( ) l~ i(.tI \ \~'-'-'-- ( ) \ ( I ( ( I ( ( I ( ( i ( '.",' ~.,r ri <, o:<o'W:-;;;<i? ~<'.M:.~~"-' ");1 l OUTO 1 DE I INSUFLAMENTO 1 BOCA DE INSUFLAMENTO l , MOTORCOM VENTILAÇÃORECINTO -~, VENTILADORES ~ :';':', ~i lJl ~ Q.nt MISTA <- I. p, .~ " ~~.(~f":~~J"-- m.;~;:i;1~X! ~~- EXAUSTÃO \. o saído \ ... J p", (ex terno) .( < ( Flg. 6.7 Ventilação geral diluidora completa (mista). - r :::1 II "I , Irl I I f . r;1 1I i1 , I, '! i" ' I ," \1 ,1 lI. f. t II! !II " \' ri ! I'liI 'Iil! 1 , 1 i! I', ' ", ,'1 I!, lli,lr , \ , U , ' ~t' ~ I , I ~" '1ti ijri 1* ~: jj~ '11; rl:1 rI':1- .{ ~~I~ '1:,1 11 1 ' " ~,ri ~~i ' ~II!i l i!! \'"I /'," ,1 ' 11 , ' 1 11" I, r'II,I:I, I'f ; !I! 78 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 6.4 VENTILAÇÃO DE AMBIENTES "NORMAIS" 6.4.1 Natureza da questão Existem, nas indústrias, locais onde não são instalados equipamentos industriais e onde não existem substâncias poluidoras tóxicas, pois nos mesmos funcionam apenas escritórios, auditórios, restaurantes Ou almoxarifados de produtos não-contaminantes. O único agente de contaminaçâo, nesses casos, é próprio do homem, e, como se procura proporcionar condições favoráveis de trabalho ou até mesmo de lazer no local, a ventilaçâo que realiza pelo menos em parte esse objetivo denomina-se ventilação para conforto Ou ventilação ambiental. Nos escritórios das fábricas, por exemplo, o calor sensível irradiado pelo corpo humano, os odores do corpo e a fumaça de cigarros podem estabelecer condições ambientais do maior desconforto para os que trabalham naqueles ambientes. Pode-se pensar em duas soluções para o estabelecimento de condições adequadas do meio ambiente de trabalho. A primeira solução é a climatização do ar, ou seja, a execução de uma instalação que renove e filtre o ar. forneça-o numa temperatura de conforto, realize o insuflamento com velocidade que não incomode e corrija a umidade do ar. Estas exigências ou condições são atendidas, como já foi mencionado, nas instalações de ar condicionado. Não trataremos deste assunto especializado neste livro. Instalações de pequeno porte em salas pequenas e isoladas se resolvem com pequenos ou médios cIimatizadores constituídos de unidades compactas ou self containers com condensação a ar ou a água, e as instalações de médio e grande portes são da alçada de firmas especializadas em ar condicionado. A Fig. 6.8 mostra um self container ou condicionador de ar tipo gabinete, da Hitachi - Line Industria Elétrica S.A. Os modelos com condensação a ar vão de . 14.200 kcal/h até 39.900 kcallh, e os de condensação a água vão de 15.800 kcal/h até 61.800 kcallh. Unidades similares são fabricadas no Brasil pela LUWA Climatécnica; Arbrás - Engenharia de Condicio- namento de Ar; Coldex-Trane, Carrier, Sulzer, Philco, Springer, Brastemp e outras no ramo. O gabinete pode insuflar o ar diretamente no recinto ou através de uma rede de dutos (Fig. 6.8a). A segunda solução resolve apenas em parte as exigências do conforto térmico, utilizando a ventilação para reduzir a temperatura ambiente, movimentar o ar no recinto, reduzir em parte a umidade e remover fumaça de cigarro e odores conseqüentes do suor. Não viabiliza uma redução na temperatura e uma correção da umidade do ar ,no modo e no grau como o consegue fazer uma instalação,de ar condicionado, mas pode ser a maneira de, economicamente, estabelecer condições ambientais de trabalho razoáveis. Alguns 6 c,~;~.A."''';!: :é'.L ,', . ", :"", " --." 1 " ,,,'!.~t;-,.:...~ ", . .,'~: 2 "',~..,:;;~.. . . .~ 'H ~ '.\i!~:i.',:'>;~;~t,. ;,éi "',::\ :1 -';.1 ,! ! :~~;'; 3 - 1 ~ :_,r,i "" , "1 ,1 ='="=~,[==.=, Flg. 6.8 Condicionador de ar tipo gabinete, com COD' densação a água, da Hitachi. (I) Saída do ar cQndicio- nado - a direção de saída do ar pode ser regulada. horizontal ou verticalmente pelo simples posicionameD' to das venezianas direcionais. (2) Tampa do comparo timento do ventilador - Pode ser facilmente removida. (3) Gradil de entrada do ar - Pode ser facilmente removido. (4) Tampa do painel de controle - De fácil acesso ao painel de controle. proporcionado pelo fecho magnético. . (5) Tampa do compartimento inferior - pode ser facil' mente removida. retirando-se os parafusos da parte !u. perior da tampa. facilitando o serviço de manutençao. (6) Câmara de condicionamentodo ar - Totalmente isolada térmica e acusticamente. (7) Abertura paraT mada do ar exterior - Pode ser instalada a tomaa , de ar exterior. tanto pelo lado esquerdo ou direito do gabinete. (8) Painéis laterais. :i- ~ " '.' ,.--~ 5 -' ........ . , VENTILAÇÃO GERAL DlLUlDORA OBTIDA MECANICAMENTE 79 Flg. 6.8a Condicionador compacto com duto (sugestão da Hitachi). autores a designam como instalação para controle do calor. Conforme as circunstâncias, pode-se realizá-Ia por um ou mais de um dos processos de ventilação por diluição que acabamos de examinar. 6.4.2 Condições a serem atendidas Na ventilação de ambientes normais ou onde se possam concentrar muitas pessoas (auditórios, salas de reunião, salas de projeto, de contabilidade etc.) devem-se considerar os contaminantes produzidos pelo homeme as exigências de conforto impostas pelo mésmo. Os contaminantes humanos se reduzem a: - odores;- fumaçade cigarros; - CO2 exalado dos pulmões pela respiração (cerca de 0,02 m3/h por pessoa). I I \ \ I \ ~D I '\I-C! "- ." r-..,. .......................... j-........ t-- -:..f..- -- /,B -:;;:- ,..-A I --I--- 40 o o 300 400 560 600 700 PÉs CÚBICOSDE ESPAÇO POR PESSOA FIg.6.9 Volume de ar exterior/minlpessoa em função da quota de volume de recinto por pessoa.'" 200100 800 900 1000 i'" ao: o Ao '"o.'"'" 36 ao:o 32ii: 28 24 '" 20Q o t- 16:3 a I Z 8 4 ID':3U J3 .... r 1.1 ! I~! Ii I~ II . ~' I i . ' . . , ' . 1 ! '! , 'i I , ~I I I. '~'-' ! I 'I'irlI ,~ ';\ ~ ,j ~ iliri, ;,\'. ," rlH il~jl' 1):1 " I li; I fi. ,I! 80 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL -k Tabela 6.2 Renovações de ar recomendadas l Por outro lado, para a realização do metabolismo, o homem tem necessidade de consumir, pela respiração cerca de 0,025 m3de oxigênio por hora, o qual é fornecido pelo ar que se faz passar pelo interior do recinto. ' O gráfico da Fig. 6.9, publicado no Industrial Ventilation, 13' edição, 1974, apresenta as demandas de ar de diluição, isto é, o volume do recinto correspondente a cada pessoa (pé3/pessoa). - A curva A indica o volume de ar de que cada pessoa necessita para obter o oxigênio indispensável. - A curva B mostra o ar necessário para evitar que a concentração de COz no ambiente ultrapasse 0,06%. - A curva C revela o ar necessário para remover odores do corpo de adultos sedentários. - A curva D representa os mesmos dados da curva C aumentados de 50% para prever uma atividade física moderada. Recinto a ser ventilado Duração em minutos de cada renovação de ar Renovações de ar por hOl"'d Auditórios Salas de conferência Restaurantes Escritórios Oficinas- Cozinhas Fundiçócs Casas de caldeira Sanitários 6-3 2,4-1.7 10-3 10-3 7,5-5 3-2 12-3 3-2 7.5-3 10-20 25-35 6-20 6-20- 8-12- 20-30 5-20 20-30 8-20 ( ( ( ( Ob a'do: O. valores mais elevados constantes desta tabela aplicam-sea casosem climasquentes e onde haja fumaçade cigarros. Tabela 6.1 Necessidade de ar externo para diluição de odores corporais Tabela 6.3 Renovações de ar recomendadas (American Society of Heating and Air Conditioning Engineering, Guide and Date Book)Volume de espaço m'/pessoa Suprimento de ar exterior m'/minlpessoa Tipo de ocupante Adultos sedentários Adultos sedentários Adultos sedentários Adultos sedentários Recinto a ser ventilado Renovações p/h CFM p/pessoa 2,8 5,6 8,4 14.0 0.70 0,45 0,34 0,19 Escritórios Salas de conferência Pequenas oficinas Salas de depósito Cozinhas Garagens Equipamentos mecânicos Fundições Pinturas e polimentos Restaurantes Sanitários 6-20 25-30 8-12 2-15 10-30 6-30 8-12 5-20 18-22 6-20 8-20 10 .40 EXEMPLO 6.1 Qual deverá ser o suprimento de ar para diluição de odores corporais em uma sala onde se encontram 15 pessoas adultas sentadas, trabalhando? A sala mede 5 m x 8,4 m x 3 m. Usar a Tabela 6.1. '1 ' . !I jjí'.I' U Solução: Volume da sala:5 x 8,4 x 3 = 126 m3 Taxa de ocupação: 126.;- 15 = 8,4 m3/pessoa Exigência de suprimento: aproximadamente 0,34 m3/minlpessoa x 15 pessoas = 5,1 m3/min = 180cfm Tabela 6.4 Padrões de ventilação geral, segundo o Handbook of Air Condilioning System Design, da Carrier Air Conditioning Co. EXEMPLO 6.2 Um recinto mede 5 m x 12 m x 3 m e nele trabalham, em regime de atividade moderada, 12 pessoas. Calcular o suprimento de ar pará remover odores e eventuais fumaças de cigarro. :!\. Solução: Usaremosa curva D do gráficoda Fig.6.9. Volume de ar do recinto: V = 5 x 12x 3 = 180 m3 = 6.354 cf. Volume de recinto por pessoa: 6.354 .;- 12 = 525cfm. Com este valor, vemos pela curva D da Fig. 6.9 que serão necessários 10 cfm por pessoa, portanto, um total de 10 x (12 pessoas) = 120 cfm de ar exterior.I; I li i: ,I, i, ~\! Jtl 6.4.3 Ventilação de ambientes normais, com poucas pessoas No caso de ambientes normais, com poucas J;lessoasno recinto, onde a ventilação visa apenas ao conforto, podemos, além do emprego dos gráficos da Fig. 6.9 e da Tabela 6.1, vale~-nos dos seguintes critérios: a) usar tabelas que indiquem o número de renovações completas de ar áo recinto por /tora (Tabelas 6.2 e 6.3); b) usar uma tabela que forneça o número de m3fh ou cfm por pessoa, de modo a remover odores e.fumaça (Tabelas 6.4 e 6.5). As tabelas se referem a vazões tais que a velocidade de escoamento no recinto não seja muito pequena (d~ve ser > 1,5 m/min), nem excessiva (deve ser < 10 m/min) a fim de não provocar desconforto nos ocupantes do local. Tabela 6.5 Ar externo necessário, segundo o ASHRAE Handbook olFundamentals 1972 Ar exferno necessário em mJ/h por pessoaEXEMPLO 6.3 Para o caso do Exemplo 6.2, admitamos que se trata de trabalho moderado e o local seja uma oficina. Suponhamos 10 renovações por hora (oficina), portanto com duração de 6 minutos cada (Tabela 6.2): 6.354 cf x 10 = 63.540 cflhora ou 63.540 .;-/60 = 1.059 cfm = 30 m3/min. Por pessoa Não fumando Fumando Preferível Mínimo 13 68 8 42 ...1000..- - Vazão por pessoa Recomendado Mínimo m3/h m'/h CFM por pé2 Utilização Fumo CFM CFM de piso Salas de diretoria Excessivo 50 85 30 51 - Salas de reuniões Excessivo 50 8S 30 51 1,25 Escrit. públicos Algum 15 25,5 10 17 - Escrit. privativos Nenhum 25 12,5 15 25,5 0,25 Escrit. privativos Considerável 30 51 25 42,5 0,25Corredores - - - - - 0,25 Restaurante,refeitório Considerável 15 25,5 12 20,4 - Coz. de restaurantes - - - - - 4,0Laboratórios Algum 20 34 15 25,S - Garagens - - - - - 1,0 Fábricas (geral) Nenhum 10 17 7,5 13 0,10 Sanitários (exaustão) - - - - - 2,0 ~~!. 82 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Vê-se que o valor obtido usando a curva D da Fig. 6.9 é muito menor que o obtido com a Tabela 6.2, que especifica a finalidade do recinto. Na dúvida sobre as porcentagens de fumantes e não-fumantes, costuma-se adotar 50 m31hpor pessoa no caso de auditório e salões de conferência. EXEMPLO 6.4 Deseja-se realizar uma instalação de ventilação com exaustão mecãnica (ventilação induzida) em uma sala de uma indústria onde trabalham 22 funcionários (escritório, sala de contabilidade, por exemplo). A sala mede 20 m x 8 m x 3,50 m (pé direito = 3,50 m). A entrada do ar se faz por janelas amplas em uma das extremidades. A remoção do ar se fará COm dois ventiladores axiais na parede oposta. Determinar a vazão necessária à obtenção de um razoável nível de conforto. e,oom ~I!'i *.,,~f;,_~..,,*."(~~;t';~~;\:!:':'~~~~.>f(:O ,.:g-:',ilZ:.,-~~~'";\.;;:i ~W"~I 20.00m i11i.. '. PLANTA -- ==T0'30m ~.20m CORTE A-A Flg. 6.10 Salacom ventilação por exaustão mecãnica. Suponhamos que 40% das pessoas fumem. 1. processo: Baseado no número de renovações por hora Volume do recinto: V = 20 x 8 x 3,50 = 560m3 Pelas Tabelas 6.2 e 6.3, encontramos,para escritórios,6 a 20 renovaçõespor hora. Adotemoso valor10. Volume de ar necessário em cada hora: Q = 560 x 10 = 5.600 m3/h A seção livre de passagem do ar na sala, considerando vigas de 30 em de altura, será: S = 8 ~.x 3,20 = 25,6m2 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA OBTIDA M~CANICAMENn: H.\ A velocidade média aproximada de escoamento ao longo da sala será: v = Q s 5600 25,6 = 218,7 mlh ou 3,64 m/min Como a velocidade ambiente está compreendida entre os valores 1,5 e 10 m/mino podemos considerar a vazão aceitável. A vazão em m3/min será: 5.600 + 60 = 93,3 m3/min Usando dois ventiladores, cada um deverá ter capacidade de ordem de 50 mJ/min. O,catálogo da Metalúrgica Venti Silva Ltda., por exemplo, indica ventilador axial Mod. E 40 T6P, com Q = 55 m.l/min, pressão estática 7 mmHp, diâm. 400 mm, motor trifásico 220/380 V ou monofásico 110/220 V, N = 1/4 HP. 7: Processo: Baseado no número de m.l/h por pessoa Pela Tabela 6.5, temos: Não-fumantes: Fumantes: 0,60 x 22 pessoas x 13m)/h = 171,6 m)h 0,40 x 22 pessoas x 68 m)/h = 598,4 mJ/h TOTAL = 770,0m3/h j' Velocidade de escoamento ao longo da sala 770 (m3/h) = 30 m/h, ou 0,5 m/minv= 25,6(mZ) Com a vazão obtida pelo 2. processo, teríamos uma velocidade de ar muito reduzida no recinto. Podemos usar as recomendações da NB-IO/1978 da ABNT indicadas na Tabela 6.6, para determinação davazão de ar necessária para a ventilação. Tabela 6.6 Vazão de ar necessária para a ventilação Quando se faz insuflamento de ar diretamente sobre os operários a fim de dissipar calor pelo aumento ~ evaporação e da convecção, pode-se chegar a temperaturas ambientes relativamente elevadas, como de S'C~até 36.C, desde que a temperatura do termômetro de bulbo úmido não seja elevada. Recomenda-se, todaVIa,procurar que a temperatura do termômetro de bulbo seco no ambiente não seja maior que 27'C. ~, o que entretanto, para determinados processos industriais, é inviável. Haverá portanto necessidade Ins,!flarar em temperaturas de 26"Ca 28"Cpara que haja um alívio térmico considerâvel. ATabela 6.9 apresenta valores da velocidade de ar aceitável conforme a nature~do trabalho realizado pelooperário. ' ,,'- +:, i A I 1111L 1 SALA I5 = t 20 mZ : < !; ., --- " \.!4liI'o.........,.,....;,;>,,;i!.!,...a -; "". -. ;, \: m'/pessoalh Porcentagem deLocal Recomendável Mínima pessoas fumando Escritórios 25 17 Baixa Escritórios 50 25 Grande Sala de diretores 85 50 Muito grande Restaurante 25.35 20 Considerável Salas de reunião 85 50 Muito grande Salas de reunião 35 25 Baixa Salas de aula 50 40 Nenhuma , ,. 11 . , . "I i jf I1 1 ' ir li; I "li I~. <'li ~ii ' !"I:I ';1 ':!'f .IjlII '1, .1.:,1! tJi :;1, 84 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Tabela 6.7 Vazão de ventilação geral por área do piso Ventilação Tipo de local ou processo Indústrias em geral que não contenham fontes emissoras de poluentes tóxicos, irritantes, inflamáveis ou explosivos Armazéns ventilados Ginásios Salas de banho e toaletes Cargas de baterias Pequenas oficinas mecãnicas Grandes salas de jantar Pequenas salas de jantar Cozinhas espaçosas Cozinhas de restaurantes (médias) Pequenas cozinhas Cabines para solda a arco voltaico Cabines para jateamento de areia e spray metálico (o opera- dor deve usar proteção respiratória adequada) (Pa1ty.F.. Imluslria{H}'giem:emdTo:ck%g)".2.~edição. Intersciencepublishers.1967.) pé' /minlpé' pé'/hIpé' 60 I 1,5 3 2 3 1.5 2 2 4 10 50 100 60 90 180 120 180 90 120 120 240 600 3.000 6.000 Tabela 6.8 Trocas de ar para ventilação do ambiente (Patty, F.. I1,dusrrialHygi<lle allClToxicology, 2.' edição, Interscience Publishers. 1967.) Tabela 6,9 Movimentação de ar aceitável sobre o trabalhador (ACOIH, Industrial Ventilation) I Velocidade do ar (pés/min) Exposição contínua Local com ar condicionado Local de trabalho fixo com ventilação geral ou sopro sobre o local Exposição intermitente Pouca carga calórica e pouca atividade Moderada carga calórica e atividade moderada Forte carga calórica e grande atividade 50-75 75-125 (sentados) 1.000-2.000 2.000-3.000 3.000-4.000 !!,=". VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA OBTIDA MECANICAMENTE 8s( ~ 6.4.4 Ambientes normais, com elevado número de pessoas ( Algumas indústrias possuem auditórios, salas de conferências,salas de aula para seus empregados, de plodo que, quando por motivos de ordem econômica não for viável uma instalação de ar condicionado,{ deve-seao menos dotar o recinto de uma instalação de ventilação, de modo a ser obtido um razoável grau de conforto. Uma instalação desta natureza deverá resolver as questões referentes a: a) eliminação da fumaça de cigarro, cujos inconvenientes são reconhecidos pelos próprios fumantes; b) odores do corpo devidos ao suor provocado pelo calor num ambiente de elevada temperatura e, cujo elevado teor de umidade relativa dificulta a evaporação do suor da epiderme; c) Calor sensível liberado pelas pessoas. Este calor sensível eleva a temperatura do ar ambiente. Quanto' ao calor sensível devido ao calor solar, a equipamentos, motores, lãmpadas etc., trataremos mais ~~; I d) calor Ia/ente liberado pelas pessoas com a evaporação do suor e que é responsável pela elevação da umidade do ambiente. ~ Os itens a e b são atendidos pelo método descrito no item 6.4.3. Vejamos como se calcula a vazão dear necessária para manter a elevação da temperatura provocada pelo calor sensível conseqüente ao metabo, lismodo corpo humano, dentro de limites aceitáveis, e como atenuar o efeito do calor latente. O corpo humano libera calor para o ambiente. Essa quantidade de calor dissipado é expressa em Btulh. ou kca1lh. Devem-se procurar em tabelas apropriadas (p. ex., a Tabela 6.10) os valores do calor sensível edo calor latente, correspondentes à temperatura do recinto em consideração. I Tabela 6.10 Calor liberado por pessoa (Btulh.). (Handbook of Air Conditioning System Design, Carrier Air Conditioning Company) Oburvaç40: 1 Btulh = 0,252 kcallh CJ = calor sensível C, = calor latente Usando uma conceituação simplificada e parcial, podemos caracterizar o metabolismo pelo teor de produçãL de calor pelo corpo. Para que haja equilíbrio térmico, é necessário que o corpo perca calor, exatament~ segundoo teor com o qual o vai produzindo. Chamemos de C, a quantidade de calor sensível e de C, a quantidade de calor latente, liberados pelíl~ ~~ I . A quantidade de calor a extrair do recinto corresponde à que foi proporcionada pelo calor sensív~1 Uberado.Se n é o número de pessoas presentes no recinto, a quantidade total de calor sensível a extrai. será: .-." ~ Trocas de ar p/hora N." de min/troca Tipo de sala ou ocupação Baixa Alta Lenta Rápida Auditório e salas de reunióes 4 30 15 2 Padarias e confeitarias 10 60 6 1 Salas de máquinas e caldeiras 4 60 15 1 Corredores e ha/ls de espera 1 10 60 6 Fundições (ferrosos) 4 30 15 2 Fundições (não-ferrosos) 6 60 10 1 Garagem e estacionamentos 3 20 20 3 Oficinas mecânicas' 6 30 10 2 Cozinhas comerciais 10 60 6 1 Laboratórios 6 30 10 2 Lavanderia com passagem de roupa 10 120 6 0,5 com tábuas a vapor Armazéns 2 15 30 4 Pequenas oficinas 3 20 20 3 Escritórios 2 30 30 2 Restaurantes 4 30 15 2 Residências 1 6 60 10 Lojas 6 20 tO 3 Salas de fumar 10 60 6 1 Banheiros e lavabos 10 30 6 2 Salas de espera 3 10 20 6 Lojas de ferragens 1 6 60 10 Temperatura do bulbo seco da sala ('C) 27,7' 26,7' 25,5' 23,9' 21,1' Taxa metabólica (adultos Aplicação C, homens) Atividade típica Btu/h C, C, C, C, C, C, C, C, C, Btulh Sentado, Salas de aula 175 175 195 155 210 140 230 120 260 90 390 emrepouso e conferência Sentado, Escola 180 220 195 205 215 185 240 160 275 125 450 trabalholeve secundária Empr.de Escritório 180 270 200 250 215 235 245 205 285 165 475 escritórios Trabalholeve Fábricas 190 560 220 530 245 505 295 455 365 385 800 combancada (trabalhos leves) Andando,3 Fábricas 270 730 200 700 330 670 380 620 460 540 1.000 milhaslh (trab. Trabalho pesado) Fábricas 450 1.000 465 985 485 965 525 925 605 845 1.500 muitopesado 86 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL I C'T = n . C, I I 6.1 I A vazão de ar para remover o calor sensível pode ser calculada pelas fórmulas 5.17 e 5.18, que são: Q - C(Btulh)(quant. de calor sensível)(para calor sensível) - 1,08 (ltF - I,'F) [cfm) e Q(para calor sensi"cl) = C(k"'"h)(quant. de calor sensível) [m3/min] 20,10 (ltC - ';C) .li sendo 'i' a temperatura do ar no interior no recinto medida com o termômetro de bulbo seco; I,. a temperatura do ar exterior,.medida do mesmo modo. Na prática. calcula-se o valor da vazão Q considerando separadamente:.os casos a e b por uma das Tabelas 6.2, 6.3 e 6.5 e as fórmulas 5.17 e 5.18;.o caso c. Adota-se, então, o maior valor encontrado para Q. Quanto 'ao calor latente liberado por efeito de evaporação do suor, procura-se atenuar seus efeitos adotando velocidades de escoamento mais elevadas e, em certos tipos de trabalho, fazendo incidir sobre o operário uma corrente ou "sopro" que evapore o suor do corpo, melhorando a sensação de bem-estar. Velocidade de 1,0 m/s até 1,5 m/s são usuais. Velocidades excessivas incomodam. A solução definitiva exigirá entretanto a redução da umidade do ar, o que se pode conseguir com desumidificadores. Para remover o calor latente, a vazão Q poderá ser calculada pela fórmula 5.19. i ~ , i. J' i jT ,li' li ii jl li I: I! li II '.11 Calor latente (Btu/h) Q(cfm) = 0,67 (gr/lb) de diferença il!! EXEMPLO 6.S Uma indústria possui um auditório onde são realizadas palestras e conferências. A capacidade é de 200 pessoas sentadas, havendo fumantes. As dimensões são de 10 m x 22 m x 4 m. Determinar a vazão de ar a ser insuflado e removido mecanicamente. O ar insuflado entra com a temperatura do exterior, que é de' 25"<:,e deverá sair no máximo a 28"<:.:Ri Solução: t. ' 2S0C A ti =2S.C ,\OUTO r:0 I. CORTE A- A Fig. 6.11 .DUl I' critério. Renovação para diluir fumaças e odores a) com base no número de m3/h de ar ~r pessoa (Tabela 6.5): 200 pessoas x 50 m3fh = 10.000 m /h = 167 m3/min; b) com base no número de renovações por hora: volume do auditório V = 10 x 22 x 4 = 880 m3 VENTILAÇÃO GERAL DlLUlDORA OBTIDA MECANICAMENTE 87 Pela Tabela 6.2, vemos que o número de renovações varia de 10 a 20 por hora, sendo o segundo valor recomendado para climas quentes e com muita fumaça. Considerando 15 renovações por hora, teremos 880 m3 x 15 renov.lhora = 13.200 m3/h = 220 m3/min. 2' critério. Renovação para impedir elevação exagerada de temperatura. O ar externo se acha a 25"<: e se deseja que no interior do recinto a temperatura se eleve no máximo de 3"C, t, = 25"<: 'i = 28"<: ou t, = 77'F ti = 82,4'F O calor sensivel a 27,7"C para uma pessoa sentada é, segundo a Tabela 6.10, C, = O calor sensivel total no auditório C'T será C'T = 200 pessoas x 175 Btu/h = 35.000 Btu/h 175 Btulh. ou 35.000 x 0,252 = 8.820 kcallh. Para calcularmos a vazão de ar necessária para remover essa quantidade de calor sensível, podemos usar as fórmulas 5.17 ou 5.18. A~sim, Esta vazão proporcionaria 8.776 + 880 m3 = 10 renovações horárias. Verifica-se que o número de renovações achado por esse método de cálculo é menor do que nos anteriores, os quais previam a presença de fumantes no local. Em geral há uma certa fuga de ar por frestas, portas que abrem para deixar entrar e sair pessoas, de modo que, se chamarmos esta vazão de vazão áe fugas Qf.' e se quisermos usar exaustão mecânica, porém mantendo uma certa pressão positiva no auditório, os venttladores de exaustão deverão ter uma capaci-' dade Q, igual a . Q, = Q - Qf Qf vem a ser a vazão que se verificaria naturalmente, sem o emprego de exaustores, com o ar saindo por portas e frestas. Na falta de dados mais precisos, admite-se que a.troca nalural horária de ar com o exterior seja igual a 1/2 a 3/4 da capacidade do recinto. Se admitirmos 3/4 do volume do recinto de troca por hora (existência de várias portas com dificuldade de serem mantidas fechadas), teremos para esta vazão por efeito de escoamento natural pelas portas e frestas: Q, = 3/4 x 880 m3/h = 660 m3/h 10.6° 91.4° 11.6°.F °F Fig. 6.12 TBS e TBU da mistura de ar de retorno com ar de reposição. amJ = <= mm mm 4m ti: 2Soc 5A LÃO I 22 m I Q = C'T 35.000 Btulh = 6.001cfm= 1,08(ti - I,) 1,08(82,4- 77,0) ou Q= C'T 8.820 kcallh= =146m3/min= 8.776m3/h 20,10(li - t,) 20,10(28 - 25) ,~Ii li ill) I ! 1 I ' \ 1 ':! I ' I" 88 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL F- VENTILAÇÃO GERAL DlLUlDORA OBTIDA MECANICAMENTE 89( Como estão sendo insuflados Q = 13.200 m3fh (calculado pelo 1° critério, item b) e estão escapando Q, = 660 m3fh, os ventiladores de exaustão deverão atender a Q. = 13.200 - 660 = 12.540 m3fh Deve-se procurar fazer com que haja pressão positiva no recinto, para evitar que o ar exterior penetre pelas portas e frestas, o que acontecerá se a pressão interior for negativa em relação à exterior, isto é se removermos mais ar do que aquele que for insuflado. ' 6.5 MISTURA DE RETORNO COM AR EXTERNO Em certas instalações de ventilação com resfriamento (ar condicionado) recircula-se uma parte do ar já insuflado no recinto, condicionando previamente sua temperatura e umidade, completando-se. assim o ar que escapa em frestas e portas que abrem e fecham, com ar vindo do exterior. Este suprimento de ar exterior é necessário para complementar o suprimento de oxigênio que vai sendo consumido no recinto no processo respiratório e com a formação de CO2. O volume de ar externo (de reposição) é da ordem de 10 a 15% do volume total de ar necessário. Portanto, o ar recirculado variará de 90 a 85% do ar interno. Deve-se determinar a temperatura média do ar recirculado com a do ar externo. Fica-se em condiçõe! de saber se as condições em que o mesmo se encontra satisfazem, ou se é necessário recorrer a algulII tratamento adicional de resfriamento para que sejam obtidas. Podemos usar a carta psicrométrica da Trane na determinação da temperatura média, conforme indicado no exemplo a seguir. EXEMPLO Sejam: Q, = 25.000 m3fha quantidade total de ar necessário; Q, = 22.500 m3fha quantidade de ar de retorno, isto é, a ser recirculado Q." = 2.500 m3/ha quantidade de ar externo, de reposição Temperaturas: Ar externo: TBS = 33'C(91,4'F) TBU = 25'C (77'F) Ar de retorno: TBS = 27°C(80,6'F) TBU = 18'C (64,4'F) Determinar a temperatura média de bulbo seco e de bulbo úmido para a mistura. Solução: a) Marcamos na carta os pontos A (TBS = 91,4'F;TBU = 77'F) e B (TBS para as coordenadas das temperaturas TBS e TBU. b) Ligamos os pontos A e B. c) Calculamos a porcentagem de ar de retorno em relação ao ar total. = SO,6'F; TBU = 64,4'F), g)Marcamos o valor 81,6'F no eixo das temperaturas de bulbo seco. Elevamos uma vertical até encontrar < em C o segmento AB obtido no item b. ( b) Seguimos a reta de temperatura de bulbo úmido que passa pelo ponto C e lemos, na escala à esquerda, a temperatura de 65,6'F = 18,7"C. i) Astemperaturas do ar de mistura são, portanto, ( reS = 27,6'C reu = 18,7'C 6,6 REMOÇÃO DA UMIDADE DO AR ( Certos ambientes de trabalho ou locais de guarda de. documentos, microfilmes, aparelhagem eletroele- uônica,bibliotecas, além de certos locais de processamento industrial, necessitam de ar com baixo teor I deumidade, sem exigirem uma instalação de ar cqndicionado completa. É o caso, por exemplo, de certas indúStriasquímicas, farmacêuticas, óticas, fotográficas, de papéis, alimentos, cigarros, plásticos, cervejarias, \ gráficasetc. A remoção da água contida no ar pode ser realizada de maneira simples pelos processos indicados aseguirpelos fabricantes dos aparelhos e equipamentos desumidificadores. a)Desumidificador MACLAM ou similar. Opera pelo princípio de circulação forçada do ar ambiente atraves- I sando uma serpentina evaporadora de gás de refrigeração, que, estando com a temperatura abaixo do pontode orvalho, retém a umidade por condensação.O ar vai perdendo umidade até o limite situado I entre.60e 40%, dependendo da temperatura e das condições de infiltração de umidade no local. A água condensada é recolhida em um reservatório com capacidade útil de 5 a 7 litros. A Fig. 6.13 mostra o desumidificador referido, fabricado pela MACLAM - Indústria e Comércio de Refrigeração Ltda. Ventilador Flg. 6.13 Desumidificador de ar MACLAM - esboço esquemático. ar de retorno = 22.500 = 0,9ou90% 25.000ar total ili d) Calculamos a diferença I::..Tentre as temperaturas de bulbo seco do ar externo e do ar de retorno confonne os dados do exercício. Condensador r ' r ' , ,,Arúmido I1T = 33' - 27° = 6'C e) Multiplicamos I::..Tpela porcentagem de ar de retorno. I1Tx 0,9 = 6 x 0,9 = 5,4'C f) Subtraímos do valor da temperatura de bulbo seco do ar externo o valor 5,4 obtido no item e. 33,0 - 5,4 = 27,Ó'C(81,6'F) N~ ~ '.. ~r-- Serpentinaevaporadora Moto compressor Reservatório d'água b) Desumidificador Honey Combe com os desumidificadores Cargocaire da Higrotec. A parte fundamental do sistema é o cilindro Honey Combe. Este cilindro contém finas lâminas de amianto corrugadas, enroladas em espiral, formando estreitos canais no sentido axial. O cilindro de amianto é impregnado com um composto higroscópico à base de cloreto de lítio e gira lentamente dando seis voltas em uma hora. Completam o sistema um ventilador e motor de desumidificação e de reativação; e o aquecedor de ar, que pode ser elétrico ou a vapor. Os COmponentes são instalados em uma estrutura única com repartições tais que formam dois circuitos separados: o de desumidificação e o de reativação. Setenta e cinco por cento da área da face do cilindro ~rt~ncem ao circuito de desumidificação, e os 25% restantes, ao de reativação do material higroscópico: I ;Vtdo. à rotação, o Honey Combe é continuamente regenerado, e a cada canal úmido que entra em processo reativação corresponde um canal seco que entra em processo de desumidificação do ar. A Fig. 6.14 é um esquema dos elementos constitutivos do desumidificador Cargocaire da Higrotec. I ~-"J1' - - 90 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ,n:! Q) I 11,1 t @ j @ @ [ -@ @ Fig. 6.14 Desumidificador Cargocaire Honey Combe da Hi- grotec. (1) Entrada do ar reativação. (2) Saída do ar seco. (3) Aquecedor do ar de reativação. (4) Ventilador do ar seco. (5) Área de reativaçáo. (6) Desumidificador Honey Combe. (7) Saída do ar úmido. (8) Ventilador de reativação. (9) Entrada do ar úmido. (10) Motor. 6.7 RESFRIAMENTO DO AR Existem equipamentos que realizam de forma satisfatória o resfriamento do ar sem se constituírem a rigor em "aparelhos de ar condicionado". São muito empregados em instalações industriais, valendo assim uma referência aos mesmos. Consideraremos um desses equipamentos, que é o Econoc1im, da DELTA NEU. Neste equipamento, o resfriamento do ar resulta da sua passagem através de uma manta umedecida, onde o calor de vaporização da água é retirado do ar. Uma bomba recalca a água de um reservatório, e por meio de tubos distribuidores, umedece uniformemente as mantas. O ar ao atravessar as mantas, através de venezianas de aspiração, é "aspirado" por um ventüador centrífugo. O ar assim resfriado é em seguida distribuído no ambiente, por uma caixa difusora ou uma rede de dutos. Existem quatro modelos, com vazões de 2.000 a 34.000 m31h,e podem ser colocados no telhado ou em parede externa. A Fig. 6.15 mostra um resfriador Econoclim colocado sobre um telhado. Consegue-se uma redução de 7 a 10"C de temperatura em relação ao ar do exterior, e uma filtragem com renovação do ar circulante. TIPOT -t> 1 --- ------ --.---- ------ ------ ------ ------ ------ ------ --- <J---- ------ ------ ------ ------ ------- ------ --------- --------- ------ --- ~ ~ ~ ~ \ Fig. 6.15 Resfriador Econoclim de DELTA NEU com dutos e bocas de insuflamento. VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA OBTIDA MECANICAMENTE 91 I ! , i, ! 6.8 COMp"ARTIMENTOS"LIMPOS" OU "PURIFICADOS" Certos recintos, por sua natureza O!-,pc:las operações que neles se processam, necessitam de ar com elevado grau de pureza. É o caso de saIaS de operação, centros cirúrgicos, laboratórios farmacêuticos e de análises e pesquisas no campo químico e bioquímico. O ACGIH recomenda nesses casos o filtro absoluto HEPA (High-Efficiency ParticulateAir), de altíssima eficiência na detecção de partículas contidas nó ar. Consegue-se uma eficiência, com os filtros HEP A, acima de 99,97%. Emgeral, empregam-se pré-filtros e mesmo ultrafiltros de menor eficiência, para uma depuração preliminar e redução na carga do filtro HEPA. O pré-filtro reduz de 60 a 90% o pó contido no ar, ficando a cargo dos filtros HEP A a purificação final. Entre outras empresas, a LUWA fabrica no Brasil os filtros HEPA. A esterilização do ar contra certas bactérias e vírus se realiza com a aplicação de 'raios ultravioletas, com lâmpadas germjcidas. . A Fig. 6.16 indica algumas das soluções que têm sido utilizadas e mostra que a melhor consiste no lançamento do ar uniformemente distribuído pelo teto, onde são colocados filtros HEP A. A saída do ar se efetua pelo piso gradeado sobre um plenum e, daí, a dutos de exaustão. Vê-se na Fig. 6.17 um esquema de sistema de condução e tratamento do ar de recintos limpos, com filtr!,s HEPA. I I 1 \ !. I I SOLUÇÃO RAZOÁVEL ~ Grelho de Exoustóo1- - f~- I I -"'I ./ \.../ '- - I .I H.E.P.A filtros- BOA SOLUÇÃO Piso Gradeado MELHOR SOLUÇÃO Fig. 6.16 Escoamento de ar em compartimento limpo com filtro HEPA. t.. -- Pré. Fillro de Alta Eficiência AO Compar'lmento limpo ". Fig. 6.17 Sistema de condução de ar para compartimento "limpo". I ,I" I1 --- 7 Ventilação Geral Diluidora para Redução de Calor Sensível 7.1 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES No Capo 6 vimos que a ventilação geral diluidora, além de proporcionar um grau admissível parao nível de poluição ambiental, reduz também a temperatura do local, embora não consiga realizar uma perfeill cIimatização, uma vez que não faz parte de seus objetivos reduzir a umidade do ar, com o rigor com que o faz uma instalação de ar condicionado. - Consideramos, no referido capítulo, apenas a carga térmica devida às pessoas presentes no ambiente e, assim mesmo, apenas o calor sensível proveniente das mesmas. Entretanto, além do calor sensível devido às pessoas (e évidentemente também o calor latente devido ao suor evaporado), devem-se, num cálculo mais rigoroso, considerar também: - o calor sensível devido à irradiação solar sobre os vidros e paredes externas e coberturas; - o calor sensível devido à condução pelas paredes, pisos, tetos, vidros etc.; - os calores sensível e latente decorrentes da infiltração do ar exterior pelas portas e janelas; - o calor sensível correspondente à carga de energia elétrica dissipada no recinto nos aparelhos de iluminação e acessórios. Assim, no caso de iluminação fluorescente, deve ser computado o calor produzido pelos reatores;- calor sensível devido a motores elétricos; - calor sensível devido a outros equipamentos eventualmente existentes no recinto. A primeira providência a ser tomada no projeto de ventilação diluidora é a determinação da denominada carga térmica provenie!lte das fontes de calor que acabam de ser mencionadas. Conhecida a carga térmica, calcula-se a vazão de ar necessária para reduzi-Ia a um valor correspondente a um nível razóavel de conforto ambienta!. 7.2 CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE CONFORTO Conquanto nem sempre seja possível conseguir-se apenas com a ventilação os niveis ideais de temperatUfl de bulbo seco e de umidade relativa, indicaremos, para servirem de referência, os valores considerados Tabela 7.1 Condições ambientais de conforto Recomendável Máxima ~ VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA PARA REDUÇÃO DE CALOR SENSíVEL Local Temp. bulbo seco ("C) 23a25 24 a 26 24 a 26 Temp. bulbo seco ("C) 26,5 27 27 93\ ( eral como recomendáveis e máximos, para os casos mais diretamente relacionados com ambientes de \ ~;!strias(verTabela7.1). . ( ( 7.3 TAXAS DE OCUPAÇÃO DOS RECINTOS Para salas de escritório, contabilidade etc. Auditórios, salas de conferência Restaurantes 6 mZ ~/pessoa 1,5 m p/pessoa 2 mZ p/pessoa Escritórios Auditórios Restaurantes il !1 .11 .J L~I' ( 7.4 .CALOR LmERADO POR UMA PESSOA ( Conforme foi mencionado anteriormente, a instalação de ventilação procura primordialmente reduzir calor sensível do ambiente, embora em determinadas condições ambientais possa melhorar o grau de umidade ( o lativa, reduzindo o calor latente. Apresentaremos, entretanto, a Tabela 7.2, onde é indicado o calor liberado ~r pessoa (kcallh) sob as formas de calor sensível e de calor latente, para vários valores de temperatura I dotermômetro de bulbo seco. A Tabela 6.10, do capítulo anterior, é análoga, porém com a quantidade de calor expressa em Btulhora. ( Para uma primeira avaliação quando faltarem dados precisos sobre o valor da temperatura de bulbo seCO,pode-seadotar para o calortotal: .' ( - Para pessoas em movimento lento ou sentadas: 100 kcal/h (400 Btulh). - Parapessoas trabalhando: 166 kcaL'h (660 Btu/h). 7.S CALO!! DEVIDO À PENETRAÇÃO DO EXTERIOR PARA O RECINTO, POR CONDUÇÃO, EMRAZAO DA DIFERENÇA DE TEMPERATURAS ENTRE O EXTERIOR E O INTERIOR DO MESMO Estacarga térmica de calor sensível devido à penetração do calor pode ser calculada pela fórmula I Cp = k. S (t, - t~ I I 7.1 I sendo S = área das paredes, piso ou teto (mZ); k = coeficiente de transmissão de calor através de paredes, piso ou teto, expresso em kcal/mZ . h . 'C. o valor de k'é encontrado em tabelas de livros de ar condicionado. Para cálculos de ventilação apenas, podemos calcular de um modo aproximado o calor que penetra Tabela 7.2 Calor liberado por pessoa sob.a forma de calor sensível e latente s ~ calor sensível-- L = calor latente (kcallh) -- -- - - - -- -- - .JiIIO!I Temperatura de bulbo seco (.C) 28. 27. 26. 24. 21. Local Metabolismo médio S + L (kcallh) S L S L S L S L S L Escritórios 113 45 68 50 63 54 59 61 52 71 42 Restaurantes 139 48 91 55 84 61 78 71 68 81 58 Fábrica . 189 48 141 55 134 62 127 74 115 92 97 (trabalholeve) Fábrica 252 68 184 76 176 83 169 96 156 116 136 (trabalhopesado) Auditórios 113 45 68 50 63 54 59 61 52 71 42-- I li 1 ~~ ' expostas ao sol (m2); ! 7.9 CARGA TÉRMICA DEVIDA A EQUIPAMENTOSEM FUNCIONAMENTONO RECINTO S = ár~adaspa:e~emperaturaequivalente,representativado efeitode insolação.Dependeda latitude I 6.t = dIferençah ea do tipo de superfície e da proteção da mesma contra os raios solares. "i Existe uma grande variedade de aparelhos e equipamentos cujo funcionamento acarreta uma dissipação . local, da or , r de calor para o ambiente. Limitar-nos-emos, na Tabela 7.9, a m'encionar alguns, de uso mais comum nas I por este método, recorre-se a tabelas apresentadas em livros ou manuais de ar condicio- 1~ dependências industriais, cozinhas e laboratórios. Quando ~ calcu a \ ~ VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ...1 . . I. ndo a área da superfície através da qual passa o calor por um coeficiente A indicadopor conduçao multlP Ica na Tabela 7.3. ! i "j!.. S=A'S Tabela 7.3 .:valores do fator A Temperalura de bulbo seco, externa 9O'F(32"C) 95'F (35'C) Janelas na sombra 12 17 Paredes, alvenaria pesada. 3 5 Paredes, alvenaria média 4 5 Paredes 2 3 Paredes, com revestimento médio 4 5 Divisórias, reveslimento simples 7 10 Divisórias, revestimento duplo 4 5 Divisórias de vidro 14 17 Tijolo de vidro 5 8 Piso 3 4 Teto sob recinto não-ventilado 12 13 Teto sob recinto ventilado 9 11 Tetosobtelhado 14 16 Teto sob piso ocupado 3 5 Observação:Se o tcto tivcrisolamentode I'"de isolantesusuais, muhiplicar por 0,4; se do2", multiplicarpor0,3; se do 4', multiplicarpor 0,2. ,i W II ~ J, 7.6 CARGA TÉRMICA DEVIDA À INSOLAÇÃO . . d vida exclusivamente ã radiação solar sobre a superfície exposta aos raios solares. Esta carga térm~ca e- e ara a qual se acha voltada a parede ou as janelas. . Deve-~ verificar a ~1f~çaoPara as várias direções dos pontos cardeais, os valores do fator B pelos quais A Tabela 7:4. mdl~~'á~eas das superfícies expostas ao sol, para obtermos o ganho de calor do recinto deveremos multiplicar as janelas em questão. a que pertence a parede ou Tabela 7.4 Valores do fator B. Ganh9devido à insolação direta :..o.~ -I ~ M i . 'd à insolação, isto é, à incidência solar direta sobre paredes e cobertura, tem A carga térmica de~ a O problema de isolamento térmico, podendo em certos casos exigir, mesmo, um efeito importante so re d a instalaçãode ar cond~cion~r~jetos de ar condicionado, ao invés de emprego dos fatores B indicados na Quando se proce el a lar a quantidade de calor que penetra no I~cinto por meio da fórmula 7.2: Tabela 7.4, prefere-se ca cu . ! lC = k .S .~ I I 7.2 I J~ VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA PARA REDUÇÃO DE CALOR SENSíVEL ; i 95 ) / nado, para se obterem os valores de k correspondentes ao ganho de calor pelos telhados, pelas paredes, de acordo com o tipo de material dos mesmos, a latitude local e a hora de insolação durante o dia. 1I .J, 7.7 CARGA TÉRMICA DEVIDA À ENERGIA DISSIPADA PELOS APARELHOS DE ILUMINAÇÃO A carga térmica é uma função da potência dissipada pelas lãmpadas e pelos reatores (quando ~ tratar de iluminação fluorescente). Pode-~ calcular a potência dissipada (watts/m2) por unidade de área de piso do recinto, em função do índice de iluminação que deverá ser previsto para o mesmo e a natureza do trabalho a ser executado, cujo grau de precisão influencia o nível de iluminação exigido. A Tabela 7.5 indica a potência dissipada, para o caso de alguns recintos. O exame do projeto de instalações elétricas de iluminação, baseado nas exigências de iluminamento, fornecerá, com suficiente precisão, os apare- lhos de iluminação com suas respectivas potências. 1. Tabela 7.5 Potência dissipada "~ Observação: Os valores de dissipação das lâmpadas fluorescentes já incluem os reatores. Para obtermos o calor devido ã energia dissipada pelas lâmpadas e reatores, podemos adotar os valores da Tabela 7.6. I I I I . I . Calor emitido (kcallh) 7.8 CARGA TÉRMICA DEVIDA AO FUNCIONAMENTO DE MOTORES ELÉTRICOS Quando há motores de diversas potências funcionando no recinto, pode-se, num primeiro cálculo, calcular o calor dissipado multiplicando a potência total expressa em hp por 2.800 para se obter o calor em Btulh. Para um cálculo mais rigoroso, podemos usar a Tabela 7.7, na qual o ganho de calor do recinto devido aos motores é expresso em Btulh. Para exprimirmos em kcaVh, deveremos multiplicar os valores da Tabela por 0,252. . Podemos usar a Tabela 7.8 para obtermos a carga térmica em kcallh em função da potência nominal dos motores elétricos. i. t Janolavoltadapara SE 1..(Et. NE N NW W SW Vidro' simples e duplo, sem proteção 110 180 160 105 160 180 110 Veneziana com toldo, . 30 50 45 30 45 50 30 Cõrtina colorida ou venezlna mtema 6 110 95 60 95 110 65 Tijolo de vidro sem proteçao 44 72 64 42 64 72 44 Nível de Poténcia Local Tipos de iluminação iluminação (lux) dissipada (W/m') Escritórios Fluorescente 1.000 40 Restaurantes Fluorescente 150 15 lncandescente 150 25 Auditórios: a) Tribuna lncandescente 1.000 50 b) Platéia lncandescente 500 30 c) Sala de espera Incandescente 150 20 Salas de reuniões: a) Platéia lncandescente 150 20 b) Tablado lncandescente 500 30 '- " ' l i J ~ '" j . ' !;I I' , ( ) ... ~ ~ , .~ l 'i I i ! ',. ,~. !\I..'~; '.' , [ .. ! . I" .I :: I "': " 11 u : tI f ~ , , I;, il! ' "; ., 1 . , 1 ". 1 11 i '. " H 1 ij . i . .~ I ' .; !1,11'~ ~ m! I ' . , 11 . ~'l.,.i, . I . .,..' I ' 1 t~r , ' , q j ' j! 'I! 1I 11,',:1 I, I ' I, ' ~ 1 1 .1 1" . '1'" "I, r J 96 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Tabela 7.7 Carga térmica devida a motores elétricos em operação contínua (Carrier Air Conditioning System Design Handbook) 7.10 CALOR DEVIDO À VENTILAÇÃO OU INFILTRAÇÃO DO AR PARA O AMBIENTE Na maioria dos casos, o ar externo é conduzido para o recinto a ser ventilado. Este ar externo vai substituindo o ar que por infiltração escapa do recinto através de frestas, portas giratórias e exaustores. Embora o cálculo possa ser feito com relativa. precisão, o que se procura conseguir em projetos de ar condicionado, para o caso de ventilação é aceitável proceder-se de um modo mais simples e prático na determinação da carga térmica a considerar para atender às exigências da ventilação-infiltração. Vejamos este método. Tabela 7.8 Carga térmica devida a motores elétricos (ABNT) ~ ~~"- , VENTILAÇÃO GERAL DlLUIDORA PARA REDUÇÃO DE CALOR SENSíVEL.f Tabela 7.9 Carga térmica de vários equipamentos 7.10.1 Calcula-se o volume total de ar necessário para se obter uma boa ventilação Para isto, fazemos: - Númerode ocupantes x 7,5 = cfm ~ caso de não haver fumantes)- Número de ocupantes x 15 = cfm caso de fumo moderado)- Número de ocupantes x 40 = cfm caso de fumo intenso) 7.10.2 Calcula-se a vazão de infiltração aproximada Esta vazão é dada por (comp. x largox altura) x Icfm = 60 Observações: a) As dimensões são dadas em pés. b) I = 1 (para uma só parede externa); I = 1,5(para duas paredesexternas); I = 2 (para três ou mais paredes externas). Tabela 7.10 Multiplicador do fator de infiltração ou ventilação para vários valores de temperatura de bulbo úmido Temp. (BU) .F FatorG 67 5 68 8 69 11 76 33 71 37 66 3 70 14 71 17 72 20 73 23 74 27 75 30 ..10...- 9{ " ( ( ( ( \ r. ( ( ( 78 41 79 45 t . ( 80, ~( ~ Localização do equipamento com relação ao ambiente Motor e máqui- Motor dentro e na dentro máquina fora hp x 254.500 Motor fora e hp x 2.545 (100 - %.,,)Rendimento do motor máquina dentro Potência (hp) a plena carga .,,(%) ." hp x 2.545 %.." Btulh (1 Btulh = 0,252kcal/h) 0,05 40 320 130 190 0,08 49 430 210 220 0,12 55 580 320 260 0,16 60 710 430 280 0,25 64 1.000 640 360 0,33 66 1.290 ) 850 440 0,5 70 1.820 1.280 540 0,75 72 2.680 1.930 750 1 79 3.220 2.540 680 1,5 80 4.770 3.820 950 2 80 6.380 5.100 1.280 3 81 9,450 7.650 1.800 5 82 15,600 12.800 2.800 7,5 85 22.500 19.100 3.400 10 85 30.000 25.500 4.500 15 86 44.500 38.200 6.300 20 87 58.500 51.000 7.500 25 88 72.400 63.600 8.800 30 89 85.800 76.400 9.400 40 89 115.000 102.000 13.000 50 89 143.000 127.000 16.000 60 89 172.000 153.000 19.000 75 90 212.000 191.000 21.000 100 90 284.000 255.000 29.000 125 90 354.000 318.000 36.000 150 91 420,000 382.000 38.000 200 91 560.000 510.000 50.000 250 91 700,000 636.000 64.000 Potência Rendimento kcallh nominal aproximado (%) por cv Até 1/4 cv 60 1.050 1/2 a 1 cv, 70 900 1 1/2 a 5 cv 80 800 7 1/2 a 20 cv 85 750 Acima de 20 cv 88 725 Carga térmica (kcal/h) Equipamentos diversos Sensível Latente Total Equipamentos elétricos Aparelhos elétricos, por kW 860 O 860 Forno elétrico - Serviço de cozinha, por kW 690 170 860 Torradeiras e aparelhos de grelhar, por kW 170 90 860 Mesa quente, por kW 690 170 860 Cafeteiras, por litro 100 50 150 Equipamentos a gás GLP 50% butano + 50% propano por m'/h 5.540 770 6.240 GLP (50/50%) por kg 9.800 1.200 11.000 Bico de Bunsen - tamanho grande 835 215 1.050 Fogão a gás - serviço de restaurante por m2de 10.500 10.500 21.000 superfície da mesa Banho-maria Por m2de superfície superior 2.130 1.120 3.250 Cafeteira, por litro 150 50 200 Equipamentos a vapor Banho-maria por m2de boca 1.125 2.625 3.750 Alimentos Por pessoa (restaurante) 7 7 14 ~ J ( ( ( ( ( ( " 1,1., , "q, .,I\,li ill! III t ~I t !i ~' ~ i; ,li I':I~,' ,il[;;1ti ,';1 'I'."i , ~![I~I"I J ,.'1"1i '!" 1,1: l ii IIIII! !, . ~ , ;I: ~ 11 1 1 '". I I ",; ::11 ~.,,: I 'i :~ 't1f, ,. 11d L 98 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Ao maior dos valores calculados acima, isto é, obtidos nos itens 7.10.1 e 7.10.2, denominaremos' de \ "fator F" \ 7,10.3 Multiplica-se o fator F pelo fator G, obtido na Tabela 7.10 . .- a fator G é o multiplicadordo valor da infiltraçãoou da ventilaçãocorrespondentea vários valores de temperatura do termômetrode bulboúmido, considerado,parao ar exterior. 7,11 CARGA TÉRMICA TOTAL A carga térmica total é obtida somando-se as cargas parciais, ou seja, os valores dos itens 7.4, 7.5, 7.6,7.7,7.8,7.9 e 7.10. EXEMPLO 7.1 Uma sala de escritório mede 22 m x 10 m x 3 10 m e situa-se no último andar de um prédio. O ., horário de funcionamento é de 8 às 18 horas. As salas c~ntíguas são climatizadas com ar condicionado. . I A par~de externa com 22 m de largura acha-se voltada para leste (E) e possui janelas envidraçadas comvenezIanasde20m x 2,0m. ' A parede e~terna de 10 m estávoltada para o norte (N) e possui uma janela de vidro de 8 m X 2,0 m com venezIanas. As demais paredes são internas. As paredes são de alvenaria, de espessura média. Na sala existem 110 lâmpadas de 40 W e máquinas de escrever, totalizando 1,5 hp. A iluminação é fluorescente. Trabalham sentadas 16 pessoas e circulam, em geral, 15 outras. Pode-se considerar'como leve a presença de fumaça de cigarros. Temperatura de bulbo seco é de 26'C (79'F). A temperatura se refere ao ar exterior. A temperatura BS para o ar no recinto é de 3O'C. Deseja-se determinar a carga térmica de calor sensível e o volume horário de ar a ser insuflado para remover o calor produzido na sala. . Solução: A. Ganho de calor por condução 1. Janelas na sombra: 8 x 2,0 m = 16 m2 =.172 sq.ft Fator A = 12 (Tabela 7.3) 172 x 12 = 2.064 Btulh 2. Paredes e divisórias (sem incluir janelas) 3,10 x [2 (22 + 10») - 16 (janelas) = Fator A = 4 (Tabela 7.3) 1.963 x 4 = 7.850 Btulh 182,4 m2 = 1.963 sq.ft 3. Piso 22 x 10 = 220 m2 = 2.370 sq.ft Fator A = 3 (Tabela 7.3) 2.370 x 3 = 8.110 Btulh 4. Teto 22 x 10 = 220m2 = 2.370sq.ft Fator A = 12 2.370 x 12 = 28.440Btu/h 5. Total: 2.064 + 7.850+ 8.110+ 28.440 = 48.528Btulh B. Ganho de calor devido ao sol 6. Janelas expostas ao sol (leste, E) 20 x 2 = 40 m2 = 430 sq.ft Fator B considerando veneziana: 110 430 x 110 = 47.300 Btulh (Tabela 7.4) C. Ganho de calor devido às pessoas 7. Pessoassentadas: 16 x 400 = 6.400 Btulh P" VENTILAÇÃO GERAl. DlLUlDORA PARA REDUÇÃO DE CALOR SENSÍVEL 99 1;1' x. Pessoas andando: 15 x' 600 =' 'I.()OOBtu/h 'I. Total do item C: 6.400 + '1.000 = 15.400 Btu/h D. Ganhor de calor dn'ido a aparelhos elétricos e luminárias (ti. Total em watts (Tabela 7.6)' 'f 3,4 = Fator de conversão W Btu/h \10 lâmpadas x 40 W x 1,2 x 3.4 (fator) = 17.'152Btu/h E. Outras fontes (no caso. motores elétricos de máquinas de escrever) 11. Total do item E; 1,5 hp Na Tabela 7.7 vemos que, para 1,5 hp, tem-se 4.770 Btu/h .F. Ventilação ou infiltração No item 7.10.1 vemos que se pode considerar taxa de 15 cfm por ocupante. Ven/ilação 31 ocupantes x 15 (fumo moderado) = 465 cfm Infiltração Fator 1=.1,5 (para o caso de duas paredes externas) (item 7.10.2). .~. . cfm = 72,16 x 32,8 x 10,17 60 x 1,5 = 602cfm Usemos o maior dos valores acima obtidos, isto é, 602 cfm. 12. Para a temperatura de bulbo úmido igual a 80'F, a Tabela 7.10 de fatores G nos indica o fator . =49 para determinação da quantidade'de calor. 602 x 49 = 29.498 Btulh t G. Cargatérmica total É a soma dos itens 5,6,9,10,11 e 12, ou seja. 48.528 + 47.300 + 17.952 + 4.770 + 29.498 = 146.908 Btulh. H. Tonelas de refrigeração TR 146.908 = 12,3TR. 12.000 I. Volume de ar a ser insuflado para remover o calor formado no recinto O resfriamento com insuflamento de ar exterior para o recinto só será possível sem o emprego de resfriadores de ar se a temperatura do ar exterior for inferior à que reinar no recinto. . Para resolver este problema, deveremos conhecer: - temperatura de bulso seco do ar de insuflamento. No caso, é de 79'F (26'C); - temperatura de bulbo seco no recinto: 86'F. (30'C). O diferencial de temperatura do ar de insuflamento será ti - t.= 86' - 79' = 7'F A Fórmula 5.17 nos fornece a vazão Q para atender a uma quantidade de calor sensível total C"ota" quandose pretende reduzir a temperatura de um diferencial (ti - t.). . Nocaso, CSMal = 146.908 Btulh = 7'Fe ti- t. Jiô§ 100 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL C 146.908 Q = '.o.al = = 19.300cfm 1,08 (li - I.) 1,08 x 7 ou 19.300 + 35,3 = 546,7 mcm (m3/min). 7,12 MÉTODO APROXIMADO PARA AVALIAÇÃO DE CAR~A TÉRMICA E DO VOLUME DE AR DE INSUFLAMENTO PARA REMOÇAO DA MESMA A Tabela"7.11 fornece valores que permitem uma avaliação da carga térmica de verão, para as seguintes condições: - ar exterior: termômetro de bulbo seco = 95'F (35"C) termômetro de bulbo úmido = 75 a 78'F (23,9 a 25,6'C) - ar interior: termômetro de bulbo seco = 76 a 80"F (24,4 a 26,7'C) umidade relativa = 50% Como o ar exterior se encontra em temperatura mais elevada que a do ar interiL, deverá ser empregado aparelhamento de resfriamento, cuja capacidade é expressa em toneladas de refrig1ação. EXEMPLO7.1 Qual a carga térmica aproximada de uma sala de escritórios, com os seguintes dados: comprimento = 15 m, largura = 6 m? O escritório pode ser considerado como comportando instalação de padrão médio. Solução: Para uma primeira avaliação, podemos usar a Tabela 7.11. Considerando uma instalação de padrão médio, encontramos 462,86 Btu/h por mZ, de modo que a carga térmica será 462,86 x (15 x 6) = 41.657' Btulh 41.657 ou - = 3,47(toneladasderefrigeração). 12.000 Encontramos, na mesma tabela, o valor 15,07 cfm/mz, para o ar de insuflamento. O total de ar de insuflamento será (15 m x 6 m) x 15,07 = 1.366 cfm. O número totai de pessoas que se sentiriam bem no ambiente pode também ser calculado com o emprego da mesma tabela, onde temos 3,5 pessoas por tonelada de refrigeração. 3,5 pessoasITR x 3,47 TR = 12 pessoas. Tabela 7.11 Carga térmica de verão aproximada f""'"'" \ 10\ ~L07.3 ( Considerando o salão de escritórios referido no Exemplo 7.1, calcular a carga térmica pelo método(,oximado, supondo as duas hipóteses de padrão elevado e de padrão médio.ap VENTILAÇÃO GERAL DlLUlDORA PARA REDUÇÃO DE CALOR SENSÍVEL SOIU~o: Área: 22 x 10 = 220 m2 ( .>~ "~~\'\AI.." ~i .'!,,~ .I~"...~ '" lJ URI{ "5 '~4 ( { Carga térmica para escritórios em geral, padrão elevado (Tabela 7.11), BtulhlmZ = 775. portanto, 220 x 775 = 170.500 Blulh. Paraescritório de padrão médio, teríamos, pela Tabela 7.11, Btulhlm2 = 462 220 x 462 = 101.640 Blulh. o valor 146.900 Btulh obtido no Exemplo 1.1 se situa entre esses dois valores encontrados, isto é, ao qu/ correspondea padrão médio e ao padrão elevado. 7,13 VENTILAÇÃO DE SALAS DE MÁQUINAS OU RECINTOS INDUSTRIAIS Em diversos recintos industriais pode haver máquinas e equipamentos que irradiem quantidades grandes( decalor sensível, capazes de gerar o desconforto e até de impedir a permanência de operadores no local, alémde sacrificar o bom funcionamento e a durabilidade das instalações e equipamentos. \ Isto pode ocorrer quando os equipamentos são instalados em recintos onde não haja ventilação natural suficiente. Torna-se necessário, então, realizar a remoção do calor sensível excessivo, por meio de uma' ventilaçãomecânica adequada. É o que sucede às vezes com as instalações de motores elétricos, compressores, bombas,caldeiras, fundições, tratamentos térmicos etc. I Nesses casos, não há necessidade de levar em conta o calor sensível dos operadores dos equipamentos, nem do calor de lâmpadas, quando os valores dos mesmos forem muito pequenos em comparação com ocalor irradiado pelos equipamentos principais. A Tabela 7.12 mostra o volume de ar de exaustão necessário, de acordo com o tipo de recinto industrial ; (lohnD. Constance, revista Power, setembro de 1963). EXEMPLO7.4 Numa oficina mecânica funcionam 10 motores de 1 cv, 4 de 2 cv, 3 de 0,5 cv e 3 de 5 cv, estes operando com80% de sua capacidade, e trabalham 25 operários. Pretendendo-se que a elevação de temperatura seja de3'C, qual deverá ser a vazão de ar para a necessária renovação? , Tabela 7,12 Ar de exaustão para recintos industriais I Ar de exaustão (cfmlpéz de área bruta de piso) clima frio I clima quenteTipo de recinto industrial Fabricação de produtos leves de aço Montagem de máquinas Oficina de reparos Local de chaves elétricas de controle Fabricação de motores Estampagem de aço Casa de bombas de água Casa de bombas de refinaria; óleo frio Casa de bombas de refinaria; óleo quente Sala de tratamento térmico Casa de compressores Casa de caldeiras Fundição 2 2 3 3 3 3 3 6 10 12 4 6 6 3 3 4 4 5 5 4 8 15 15 8 10 8 . ( ~ \ ) ... il' l'l; li I I j III ' :1 r Arde Total Pessoas insuflamento mZpor Watts Recinto Categoria Btulhlmz por TR cfm/mz pessoa p/mz Escritórios Baixo 236,81 1,2 1.54 2,91 69.40 Médio 462,86 3,5 15.01 9,16 135.66 Alto 115,03 6,3 23,68 25,83 221,16 RestaurantesBaixo 661,38 3,4 8,61 0,83 195.60 Médio 1.231,89 1,0 22,61 1,61 362,82 Alto 2.798,11 11.1 40,90 2,91 820,31 102 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ' I " I' f~ li' . a) Calor emitido pelos motores segundo a Tabela 7.7: 1 cv - 10 motores: 10 x 3.220 Btulh x 0,252 (kcallpor Btulh) = 8.114 kcal/h 2 cv - 4 motores: 4 x 6.380 Btu/h x 0,252 (kcal/h por Btu/h) = 6.431 kcal/h 0,5 cv x 3 motores: 3 x 1.820 Btu/h x 0,252 (kcal/h por Bthu/h) = 1.375 kcaUh 5 cv - 3 motores: 3 x 15.600 Btu/h x 0,252 x 0,80 = 9.435 kcallh Para os 20 motores, teremos a soma = 33.469 kcal/h. b) Calor emitido pelos operários: Numa primeira avaliação, pode-se tomar por operário, em serviços moderados, 150 kcal/h de calor sensível, de modo que teremos ~I~ Qz = 25 x 150 = 3,750 kcallh. O calor total, desprezando trocas de calor por paredes, teto e janelas, será de Q = Q, + Qz = 33.469 + 3.750 = 37.219kcal/h. A vazão de ar necessária para que a temperatura não se eleve acima de 3.C será dada por 1 I' ' 1 11 i i ! [ ~ i: ~. ! I Q - o.~.. I (m'& h) I 73 I 37.219 0,288 x 3 = 40.077 mJ/h ou 718 mJ/min.Q= EXEMPLO 7.S Uma casa de bombas mede 4 m x 8 m em planta. Qual deverá ser a vazão de exaustão de ar? Solução: Transformemos as unidades. A área será de 13, 12 ft x 26,24 ft = 344,26 ftZ Consideremos, segundo a Tabela 7.12, 4 cfm por pé quadrado de área em planta da casa de bombas como a vazão de ar necessária. Teremos: 344,26 x 4 = 1.377 cfm =0,650 mJ/s = 39 m3/min. Se o local fosse para compressores, teríamos: 344,26 x 8 = 2.754 cf~ = 1,30 m3/s = 78 m3/min. !~. EXEMPLO 7.6 Suponhamos um recinto industrial de montagem de alta precisão. medindo 20 m x 10 m. O cálculo luminotécnico, com base na exigência de um nível de iluminamento de 1.000 lux. concluiu pela necessidade de 35 luminárias com quatro lámpadas fluorescentes de 40 W em cada uma. Qual o calor dissipado pelas lâmpadas? Solução: Potência instalada P = 35 x 4 x 40 = 5.600 W Pela Tabela 7.6, temos Calor dissipado: P x 0,857 x 1,26 = 6.048 kcallh. ... VENTILAÇÃO GERAL DlLUIDORA PARA REDUÇÃO DE CALOR SENSivEL 103 EXEMPLO 7.7 Se, no exemplo anterior, trabalharem no recinto 30 montadores, qual o calor total no recinto e qual a vazão de ar de ventilação para que o aumento de temperatura em relação ao exterior seja no máximo de 3"C? Solução: Calor sensível das pessoas: 30 x 150 kcallhlpessoa = 4.500 kcallh. Calor das lâmpadas fluorescentes = 6.048 kcallh. Total = 10.548 kcallh. Vazão de ar necessária: 10.548 V = - = 12,324mJIh = 205mJ/h. 0,288 x 3 Quando a temperatura exterior (I,) for maior que a interior (ti), é necessário recorrer a uma instalação de ar condicionado, conforme já foi dito. EXEMPLO 7.8 Em um recinto acham-se instalados dois grupos diesel-gerador elétrico (sendo um de stand-bye), ambos de 450 kV A. Supondo a temperatura do ar exterior igual a 25"C e pretendendo que a temperatura interior seja no máximo de 35"C, qual deverá ser a vazã9 de ar a ser insuflado, expressa em mlh? ~i ~ Solução: a) Grandezas do gerador elétrico e do motor diesel: ;1,( - Potência útil = Pu'= 450 kVA p. = 450 x 0,850 = 383kWde potência. - Potênciamotriz (no eixo do motor diesel)para que o gerador forneça382kW. Suponhamosque o rendimento total do gerador seja 'I) = 0,92 -ir 382 P,. = - = 415,2kW. 0,92~I o.. b) Quantidades do calor irradiado pelo grupo na sala: - Perdas no gerador elétrico A diferença entre P,. e Pu corresponde a perdas que vão se traduzir em liberação de calor (atrito etc.).Assim,~' .10'.... .." 415,2 - 383,0 = 33,2 kW. Mas, 1 kWIh -> 860 kcallh. A quantidade de calor irradiado pelo motor elétrico será, portanto, Q, = 33,2 x 860 = 28.552 kcallh. - Perdas no mOlor diesel Sejam: Perdas por irradiação e convecção = 3% Rendimento total '1)4 = 35% / 11"li 104 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ~ ( ( ( ( ( A quantidade de calor irradiadó será, portanto, Pm 415,2 Q2 = 0,03 - x 860 = 0,03 x - x 860 = 30.606 kcal/h. 1)d 0,35 Quantidade tolal de calor dissipado: Q= Q. + Q2 = 28.552 + 30.606 = 59.157 kcal/h. c) Massa de ar escoada M necessária para permitir que a lemperatura da sala se eleve de 25'C para 35'C. . A quantidade de calor para elevar a massa M de ar de " = 25'C para "= 35'C em uma hora é dada por I Q = M x 0,24 (li - I,) I sendo 0,24 = calor específico do ar (kcallkg/'C). Podemos, então, calcular M M= Q 0,24 (li - I,) 59.158 0,24 x (35 - 25) = 24.649 kglh. 8 Ventilação Industrial Diluidora ( <.. d) Volume de ar exterior a 25'C a ser insuflado durante 1 hora na sala, correspondente à massa M: v, = M . ~,.p ( \ \ 8.1 VENTILAÇÃO LOCAL DlLUlDORA OU GERAL DILUlDORA INDUSTRIAL Quando, em decorrência de uma operação induslrial, o ar do recinto é afetado por contaminantes gerados de modo bastante uniforme, pode-se reduzir o teor desses contaminantes, isto é, diluir o produto, fazendo ( passar pelo recinto uma corrente de ar com vazão adequada. O contamihante, à medida que vai se formando, dilui-se no ar e é por este conduzido para a atmosfera exterior. Em certos casos, processa-se um tratamento do ar poluído ou contaminado antes de se proceder a esse lançamento final. As vantagens desta solução sãoa não-interferência com as operações e processos industriais e o prestar-se bem quando as fontes geradoras , de poluentes se encontram dispersas pelo local de trabalho. . A desvantagem do sistema de diluição geral é que os gases, vapores ou fumaças que saem dos equipamentos ondesão formados, antes de atingirem o grau de diluição que Ihes confira inocuidade, podem afetar em I maior ou menor grau os órgãos respiratórios, as mucosas, os olhos ou a pele daqueles que trab"alhem no localpor estarem os mesmos próximos aos equipamentos poluidores. \ Quando a quantidade de poluentes gerada é grande ou sua toxicidade for elevada, não é aconselhável e nem deve ser permitida a ventilação geral diluidora, por obrigar a quantidades muitas grandes de ar para a diluição e porque, mesmo assim, não anula a agressividade do agente poluidor se o operário trabalha próximoà fonte poluidora. Veremos que existe um sistema mais eficiente, que capta os contaminantes no local mesmo de sua formação, não permitindo que se espalhem pelo recinto. Trata-se da venlilação local exauslora, que em certoscasos é indispensável. Quando, porém, o gtau de toxidez do produto o permite, usa-se a instalação diluidora por ser de custo ( bemmenor. A preocupação no caso é normalmente apenas com a remoção de contaminantes oriundos de processosou operações físico-mecânicas ou químicas, em geral solventes de pequena toxicidade. A ventilação ( de.fumaçade cigarros, de odores, de calor sensível do corpo humano se operará concomitantemente, sem quehaja necessidade de se somarem as vazões necessárias para o atendimento dos vários casos isoladamente. Suponhamos que se forme um poluente no recinto, segundo uma vazão igual a q (m31h). No'recinto entram Q metros cúbicos de ar por hora. O grau de concenlração C será [c -i I (m'/m') I 81 I: I Além da tabela de valores de TLV, existem tabelas que fornecem para grande variedade de substãncia~ ( e P~odutosos teores de concentração aceitáveis no ambiente, de modo a não permitir que o ar se torne pengosopara ocupantes do recinto. ( 11 .A concentração em geral, ao invés de ser expressa em m3/m3, é expressa em ppm (~abela 8.1), para qUldos,e em glm3(Tabela 8.2) ou mglm3, para poeiras e fumos. ( ~ - .._~~ ~~.~_._~ u- - - - - - -- T, = 273' + 25' R = 29,27 " ---- p = pressão atm. = 1 kgflcm2 = 10.000 kgf/m2 24.649 x 29,27 x (273 + 25) 10.000 v, = 21.500 m~/h. e) Ar necessário à combustão do óleo no motor diesel. O consumo médio de óleo é da ordem de 0,25 kg por kW/h. Cada kg de óleo necessita de 20 kg de ar para poder realizar o ciclo térmico, de modo que para a poténcia Pm = 415,2 kW, teremos M' = 415,2x 0,25 x 20 = 2.076kglh. ; ~~'I Esta massa gasosa sairá pelo cano de descarga do motor diesel para o exterior. f) Ar que sai do recinto: Massa: M, = M, - M' = 24.649- 2.076 = 22.573kglh e vazão: 22.573 x 29,27 x(273 + 25) = 19.689 m.l/h. V, = 10.000 ~",' ~ ''''''111 (! ~ 'J lilljL 1','il 'I W,. !jtii!1 \tliJ i 'l:" i :'",'. : 1 \1' . ::1. ,I., ,I !;:.~ ~I~I;;~ '''[1.. ,fiO: ~ilrJt 1'1:1 r'l' li!l' I,~I! - ... \1 I1 1'1 I' 'I J .~ 106 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL VENTILAÇÃO INDUSTRIAL DlLUIDORA 107 Tabela S.1 Concentração máxima admissível C no ar, para alguns solventes C Volume de ar, em ml/h, para (ppm) diluir 0,5 kglh do material 400-500 380-470 50-100 1.430-2.850 50-100 715-1.450 20 7.150 Solvente A concentração C é expressa, como vimos, em várias unidades, mas devemos na fórmula 8.2 exprimi-Ia, m3/m3,uma vez que a vazão Q é dada em mllh.eO! NotemOsque 1 ppm (1 parte por milhão = 10-6m 3/ m3 = 0,000001 m3/m3. Acetona Benzeno Tetracloreto de carbono Sulfureto de carbono Usa-se também exprimir a concentração em mpppc, 1 rnpjJpc = 1 milhão de partículas por pé cúbico (Tabela 8.3), Tabela S.2 Concentração limite de poeiras e fumos tóxicos I Concentração limite (gim) eem g/rrf, conforme a Tabela 8.2, ou 1 parte de poluente por 10.000 partes de ar = 10-. m3/m3 (conforme a Tabela 8.4). Substância Antimônio Arsênico Chumbo Fumo de óxido de magnésio Fumo de óxido de zinco Mercúrio Poeira de vanádio (V20,) Nicotina SRica Fumo de óxido de ferro 8.2 TAXA DE VENTILAÇÃO 0,0005 0,0005 0,0002 0,015 0,015 0,0001 0,0005 0,0005 5 mpppc 0,015 "Taxa de ventilação" Q é a vazão de ar que, pela ventilação geral diluidora, é introduzida ou retirada doatttbiente. É usualmente dada em m3/min ou pés3/min. Quando, em um ambiente ou recinto de volume V a ventilação geral diluidora introduz num certo tempo um volume de ai igual ao volume do ambiente, ~z.se que ocorre uma troca de ar nesse ambiente, de modo que o número de trocas de ar por minuto serádado por taxa de ventilação (m3/min) volume de recinto (m3) Considera-se o número de trocas de um ambiente referido, portanto, à unidade de tempo, ou seja, porminuto ou por hora. Quando se desejar referir a vazão em pés cúbicos por minuto, pode-se calcular ataxade ventilação requerida para se obter uma concentração desejada kd' pela fórmula 8.3.Com a ventilação diluidora consegue-se: ( - proteger a saúde do trabalhador pela redução da concentração dos poluentes abaixo do nível de tolerância;- salvaguardar o trabalhador contra riscos de explosões e inflamações de certos poluentes, baixando o nível I do <o,''',,,,,''' "'" mmmm; ; [ I- =lh..." di"'''''''. o ~fn"" dnt..balh"'". ",I. =trok d. rem"""," od. ""'0 (,~ "'" I "" 10' I Iponto)no ambiente; Q == G. - . - (cfm)- proteger equipamentos e materiais contra efeitos corrosivos do ar carregado de certos poluentes. I Paiol kd 8.3 Na prática não se consegue realizar uma diluição perfeita e uniforme do contaminante, de modo que ao se calcular a vazão Q de ar puro a ser lançada no recinto, adota-se um fator de segurança K variando' onde de 3 a 10, conforme o menor ou maior grau de toxidez e a eficiência desejada na remoção do contaminante. Temos então: ! Tabela S.3 Concentração limite de poeiras minerais em milhões de partículas por pé cúbico I Concentração limite mpppc Q = taxa de ventilação (pés3/min) G = taxa de geração da substância que se quer diluir (lb/min) 387 = volume de llb moi de qualquer gás a 7Q-F a 1 atm, i.é, volume mo/e eu/ar (cfllb) pmoi= peso molecular da substância que se quer diluir (lb) kd = concentração permitida no ambiente, isto é, que não deve ser ultrapassada ~ dado em ppm, em volume. Corresponde ao limite inferior de tolerância da substância. Deve ser inferiorao TL V (thresho/d Umit va/ue). Pode-se usar a tabela de valores de VDC (Ventilation Design Concen- , tration)(Tabela 8.4), como valores para kd, pois o VDC corresponde ao TLV dividido por um coeficiente I desegurança K, maior que a unidade e compreendido entre 3 e 10, conforme já mencionado. \ Q o K ~ I (m'~) G!II Substância TLV = VDC kd=K ,1:IJ1 Podemosescrever5 50 50 50 20 5 20 20 20 Amianto (asbesto) Cimento Portland Poeira (argila, sem süica livre) SOica- baixoteor (menosde 5% de SiOzlivre) SOica- médio teor (5 a 50% de SiOz livre) Süica -elevado teor (acima de 50% de SiOzlivre) Mica (com menos de 5% de sRica livre) Talco Pedra-sabão com menos de 5% de SiOz GOG38710' KI I Ip~ TLV. . 84 .ou ........ ... n ... ~ i" .'.;, ~ ; -<,1. 108 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Tabela 8.4 Valores de VDC (Ventilatíon Desígn Concentratíon) - concentração máxima permitida, para vários solventes industriais Tabela 8.5 Recomendação para valores do coeficiente de segurança K para ser aplicado sobre o VDC Considera-se uma substância altamente tóxica quando TL V s 100 ppm, moderadamente tóxica quando 100 < TL V < Soo ppm e levemente tóxica quando TLV ;. Soo ppm. Não se recomenda ventilação geral diluidoraparasubstâncias altamente tóxicas. Devem-se uSar valores superiores de K quando a taxa de geraçâo lia substância é variável. Tabela 8.6 Toxidez de alguns gases e fumos (em partes por 10.000 partes de ar, segundo Henderson e Haggard) -<r VENTILAÇÃO INDUSTRIAL DILUlDORA 109( I ~. G ~7 ~ IP- voe I 85 [ ( 8.3 CASOS A CONSIDERAR Temos dois casos a considerar na ventilação geral industrial diluidora: a) trata-se da eliminação de vapores de solventes e gases; ! b) visa-se à eliminação de partículas sólidas (poeiras, fumos). VejamOSestes casos. I' caso: ElimInação de vapores de solventes e gases podemos usar as fórmulas 8.3 e 8.4 em unidades inglesas, ou o cálculo abaixo especificado. Chamemos de: Q = vazão de ar a ser renovado (m31h), i. é, a taxa de renovação; K = fator de segurança (valor compreendido entre 3 elO); q = volume de vapor de solvente liberado em uma hora; m = massa de vapor do solvente liberado em uma hora (kglh); c = concentração admissível de poluente no ar (em partes por 10.000 partes = 8.6), ou em ppm. 1 ppm = 10-6 m'/m3 (Tabela 8.4); p = pressão atmosférica local = 760 mmHg. 760 mmHg x 13,6 = 10.330 mm de coluna de H,O ou 10.330 kgflm2; Vm = volume molecular (m3); M = massa molecular = 28,95(kg); T = temperaturaabsoluta(273'+ r) em'C; r = constante universal dos gases perfeitos, igual a 29,27 kgf. mlkg . moI, 'K. 10-' m3/m3- Tabelú Podemos escrever de acordo com o que ensina a física p . Von= M . r . T Ovolume molecular será: Vm = M . r . T RT Pp sendo i R = Mr = 28,95 x 29,27 = 848kgf . m/kg . moi, 'K I: Logo ( , [ V.. ~TI I 8.6 ! O volume total de solvente liberado. por hora é dado por RT m- q=~ p 848 (pesomoI.) 10.330 8.7 m. x (273' + r) ~. - VDC VDC VDC Substância (ppm) Substância (ppm) Substância (pprn) Acetona 150 Acetato de amila 75 Benzol 25 Acetato de butila 75 Álcool butílico 25 Butilcelosolve 25 Éter buttlico 25 Dissulfeto de carbono 7 Tetracloreto de carbono 25 Celosolve 50 Acetato de celosolve 50 Clorofórmio 25 Cicloexanol 50 Cicloexanona 25 Ortodicloro-benzeno 50 Dicloroetileno 75 Dicloroetiléter 10 Diclorometano 200 Dioxano 25 Éter etílico 75 Acetato de etila 75 Álcool etilico 250 Dicloroetileno 25 Isoforona 10 Acetato de isopropila 75 Álcool isopropílicO 150 Éter isopropílico 50 Mesity/ oxide 10 Metanol 100 Acetato de metila 75 Acetato de metilamina 75 Álcool metilamílico 25 Metilcelosolve 25 aoreto de meti Ia 200 Metiletilcetona 150 Metilisobutilcetona 150 Monoclorobenzeno 50 Nitroetano 50 Nitrometano 50 Penlacloroetano 2 Éter de petróleo 500 Nafta de PMV 200 Acetato de propileno 75 Tetracloroetano 5 Tetracloroetileno 100 Toluol 100 Tricloroetano 100 Tricloroetileno 100 Turpentina 75 Xilol 75 Tipo de entrada e Substância Substância Substância saída de ar altamente tóxica moderadamente txica levemente tóxica Teto perfurado para NR 3 \ 1,5 entrada de ar (não recomendada) Bons difusores para NR 3-6 '" 2-3 entrada de ar --- Janelas para entrada de ar e NR 6-10 3-6 exaustores de parede para saída do ar Concentração máxima Concentração máxima durante 1 hora de admissível para exposição Substância química Rapidamente fatal exposição prolongada (VDC) Amônia (NH,) 50-100 3 1 Benzeno 190 31-47 1,5 a 3 Sulfureto de carbono 20 5 0,2 Anidrido carbônico CO, 800-1.000- - Monóxido de carbono CO 20 10 0,5 Tetracloreto de carbono ca, 200 10 0,5 Cloro CI. 10 0,5 0,01 Sulfeto de hidrogênio SH, 10-30 2-3 1 Vapor de chumbo - - 5-6 Anidridosulfuroso50, 10 1 0,1 l'l ( ' lI!'" J -'U C ., n !Illi. . lji! . . .. .' . . .1 ' . . i , I" , :' J ,I,; ; '1 1 "'1';; . 1 :t!:JI':i~ !~1!' 11 " , ~::j~, ": "' : " I: . , ... : . "' I !' . " .' "r I,," \,:' i:'::' I jj,li\,' , IPI'I." ' ! . " , .. .: Ii ...1;' lijI:i:,, 1 ~ f O volume de ar a ser renovado Q é dado por . i I Q_~K I _-Bi --JI conformevimosanteriormente. I C é a concentração admissívcl do poluente e K o fator de segurança. ; Dados: i EXEMPLO8.t I Uma ind~stria emprega acetona como solvente de resinas e preparo de vernizes. A experiência indico I que, por vaporização, ocorre uma perda diária de 3 kg desse solvente, numa jornada de 8 horas. A temperaturU ambiente é de 30"C. No local onde se situa a indústria a pressão atmosférica é de 750 mmHg. I , Pretende-se realizar uma instalação geral diluidora. I AvazãoV de ar pará manter a concentração C permitida será (fórmula 8.9): Calcular a vazão de renovação de ar necessária. ! 110 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL VENTILAÇÃO INDUSTRIAL DlLUIDORA IIt gSEfdI'LOU d . d " h b . d .d t d ' r dNum setor e uma tn ustna, o c um o e errett o em conta o com o ar, e por I erença e pesagens chegou-seâ conclusão d: que, em 25 dias úteis de trab~lho de 8 horas diárias, houve uma sublimação de de chumbo, converttdo em contato com o ar em óXIdo de chumbo, venenoso. Qual deverá ser a vazão ~ ~enovaÇãOde ar, em uma instalação geral diluidora, para que não haja danos â saúde dos operários ;quela seção da fábrica? .,60 g + 25 dias + 8 h = 0,3 gIh de chumbo sublimado = 0,0003 kglh; ~ ., 0,2mg/m3(ver Tabela8.2) - concentraçãolimite; K .,coeficientede segurança = 5. Dados: m = 3 kg :,. 8 h = 0,375 kglh P", = peso molecular da acetona = 58,08 (consulta em livro de química).. p = pressão atmosférica local = 750 x 13,6 = 10.200 kgf/m2 C = concentração admissível da acetona = 450 ppm (Tabela 8.1) Mas, I ppm = 10-6 m3/m3 logo 450 ppm = 4,5 x 10-4 m3/m3 K = fator de segurança. Adotemos o valor 5. 106P 5 x 106 x 0,0003 = 7.500 m3fhou 125 m3/min.V.,K-= 0 2C , Calculemos o volume de acetona evaporado q e que deve ser. removido pelo ar (fórmula 8.7) R"= Mr = 28,95 x 29,27 = 848 kgf . mlkg . moi, "K I I I I ! . , EXEMPLO8.3i Num processo, libera-se 0,045 lb/min de um solvente para o qual o VDC = 150 ppm e cujo Pmoi= j 58,4Ib. Qual a taxa de ventilação para que se obedeça ao valor da VDC (Ventilation Design Concentration)? I ! Solução: i P.oI = 58,41b (acetona) I I VDC (Tabela 8.4) = 150 ppm G '" 0,045 lb/min (taxa de geração da substância) I Apliquemosa fórmula8.5: I I I i Vazãode ar a ser insuflado: I I I I 1 8.4TEMPO PARA O ESTABELECIMENTO DE UM DADO GRAU DE CONCENTRAÇÃO NUM RECINTO i I I ! i R 848- x(273 + 30) 58,08 10.200 m'-'T 0,375 x " q = Pm 0,162 m3fh -- p 387 106 Q= G-.- Pmol VDC :11 A vazão Q, segundo a qual o ar vai ser renovado, será: 0,162 Q = ~ = C = 360 m3fh de ar (fórmula 8.8) 4,5 x 10-4 106-= 150 387-x 58,4ir I" Q = 0,045x 1.988cfm. Com o fator de segurança K = 5, a vazão deverá ser Q' = 5 . Q = 5 x 360 = 1.800m3/h. ,., t: ;;; il ll l :111 li ,lI ~lii1 2. Caso: Eliminação de partículas sólidas Chamemos de Chamemos de V o volume do recinto (m3); q a descarga de contaminante no recinto, em m3fh; Q,a descarga de ar insuflado do exterior para o recinto; I C,a concentração inicial no instante em que se inicia o insuflamento de ar; . C a concentração final, após o tempo t. I I Demonstra-seque o tempo t, necessário para que a concentração inicial Co atinja o valor final C, é dado I pelaexpressão: P = massa de poeira formada durante 1 hora; C = concentração máxima admissivel (mglm3) I kglm3 = 106mglm3; V = vazão de ar a ser renovado cada hora V = I06P C ~IIIJ O'. ;","'0'''"''0 o mio"" ~,''',"ça K iE. I II 10', I ' G ,. ~. en q - Q,c. I '.10V = K C (m Ih) I Q, q - Qi . C ~.,I~" ~ I[R 1 1' !~: . f I ' [ i . j .' ~ ,;~ ~.I, '~,j1 :!I~ I ' J t 1i il~ l' ,.'!i. I . i~ . r "~~!i I 'ru , !~! htI!:I 'ti Ullill!j' ;I .I'~ I H ':I!, I'.rl: , r-I I I Se no início do insuflamento do ar o ar no recinto fosse puro, teríamos Co = Oe a expressão acima passaria ! a~c ' I1Z VENTILAÇÃO INDUSTRIAL I I . I V q , OU t=-.tn ! . (1 q-Q,.C. Gi Suponhamos que num recinto exista uma certa concentração C. e que ao se iniciar a insuflação de ar se i suspendaa produçãode poluenteno local (q = 0), Paraquea concentraçãoC. sereduzaao valorC a insuflação de um volume Qi deverá ser feita durante o tempo 1dado por ' ! I ,= f. rn~ I G EXEMPLO 8.4 Em uma sala de 6 m x 4 m x 3 m, opera um equipamentodo qual escapaconsiderávelquantidade de amônia. Peloconsumode amônia,chegou-seà conclusãode que a vaporizaçãoda mesmano ambienteé da ordem de 0,25 m3/h.O sistemade ventilaçãoda salainsufla(e retira) 800m3/hde ar. ! Após que tempo ascondiçõesdo ambientesetomariam insalubres? I ISolução: V q - Q,Co 1 =-' tn. Qi q - QiC 600 ( 0,18 - (1.000X 4 x 10-4) )I=-.tn.1.000 0,18 - (1.000 x 2 x 10-4) 1 = 0,6tn ( ~ )- 0,02 = 1,38 h'" 83 minutos. VENTILAÇÃO INDUSTRIAL DlLUIDORA Se o solvente cessasse de ser lançado, chegar-~-ia ao valor de C = 2 X 10-4 p/p após o tempo V Cot=- .tn- Q C 00, 600 4 x tO-< t = - . tn = 0,41h = 25minutos. 1.000 2 x tO-< 8.5 VENTILAÇÃO GERAL DILUIDORA PARA EVITAR FOGO OU EXPLOSÃO ]D l ( ( Volume da sala V = 6 x 4 x 3 = 72 m3 Vazãode ar insufladoQ/ = 800m3/h Amônia (NHj) liberada q = 0,25m3fh Para certos produtos químicos, o risco de inflamação ou de explosão é uma consideração da maior importânciaquando se realiza um estudo de ventilação por diluição. Consultando a Tabela 8.6, vemos que a concentração máxima de amônia durante 1 hora de exposição, em partes por 10.000 partes de ar, é igual a 3, ou ~ja, I C = 3 x 10-<partes de NH3por 1 parte de ar. I No início, o ar estava puro, de modo que usaremos a fórmula 8.11: V t =-. tn' Q/ q q - Q..C Assim, 72 ( 0,25 ) . 1 = -' tn . = 0,29h '" 17mlOutos 800 0,25 - (800 x 3 x 10-<) EXEMPLO 8.5 Num recinto de 600 m3 existe uma concentração de benzeno igual a 4 partes por 10.000 partes de ar . e são vaporizados 0,18 m3fh. Se ligarmos o equipamento de exaustão, que fornece 1.000 103fhde ar, após: quanto tempo a concentração atingirá o índice aceitável de 2 partes por 10.000? , I I Solução: Volume da sala: V Concentração inicial: C. Concentração de~jada: C Vazão de ar insuflado: Q, Vazão de benzeno vaporizado: q = 600 103 = 4 x tO-<partes/parte= 2 x tO-< = 1.000m3/h = 0,18m3/h O tempo 1será dado pela fórmula 8.10 ~. Tabela 8.7 Concentração máxima C (em partes por 10.000 partes de ar) para exposição prolongada (segundo Henderson e Haggard) (VDC) Substância Anidrido sulfuroso Amônia Anilina Benzeno Arsina Sulfureto de carbono Monóxido de carbono Tetracloreto de carbono aoro aorofórmio Éter (etllico) Aldeído fórmico Gasolina Sulfato de hidrogênio Vapor de chumbo Metanol Ácido hidrofluórico Brometo de metila aoreto de metila Fumos nitrosos Fosgênio Fosfeno Tetracloroetano Tolueno Terebintina Xileno C 0,1 1 0,1 1,5 a 3 0,01 0,2 0,5 0,5 0,01 1 4 0,2 10 1 5-6 2 0,03 0,5 10 0,1 0,01 0,02 1,5 2 2 1 \ \ \ \ ( .( \ ( ( ... ( { ( { ( ( I "1111 :ii~ ! ; 1 , 'jl; ,/ i~~I,: ~i . 1 . ' ! ;~ -11;' . 1.' 1 1 II!J ~ I," .1'.1 li: li~..""r il l ~11~ 11::111 I i ~ ';! . ' .1 ." .~":1.I.I~ \ ( 1 '. I . () li iI-,ijl' ( ( ( 114 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL o valor kd da concentração do produto no ambiente deverá ser inferior ao chamado "limite inferi de inflamabilidade ou explosividade". Or Chamemos de kd o valor da concentração desejada; LEL - o Limite Inferior de Explosividade, expresso em porcentagem (kd deve ser inferior ao LEL)' {, um fator de segurança que depende da porcentagem do LEL necessária para que ocorram condiçõe I de segurança. Verifica-se que, na maioria dos fomose secadores, a concentração de vapores nã~ costuma ser superior a 25% do LEL. Em fornos contínuos, bem ventilados, adota-se {, = 4, e em fornos intermitentes, t, varia de 10 a 12; I Em fornos sem circulação de ar ou fornos intermitentes, ou, ainda, em fornos contínuos inadequadamente I ventilados, pode vir a ser necessário adotar maiores valores para {,. I q ou G'a taxa de geração da substância que se quer diluir. I B é uma constante que leva em conta o fato de que o LEL diminui quando a temperatura aumenta' Assim, . B = 1 para T< 250'F e B = 0,7 para> 25O"P. Os valores dos limites de tolerância (TL V) são sempre inferiores aos níveis inferiores de explosividade (LEL). A vazão necessária para atender aos valores de LEL, {, e B pode ser calculada pela expressão: ,~j I 3~I~f'l GQ = G . - . - . - 8.\3 !Pmol LEL B iI I . 8.6 MISTURA DE SOLVENTES I Quando houver mais de uma substância poluidora no ambiente, deve-se levar em consideração seus. efeitos combinados. Na ausência de informação em contrário considera-se a soma dÕ5efeitos das diferentes " substãncias. ' Chamemos de C a concentração da substância no ar ambiente, determinada experimentalmente ou avaliada, e TL V, o valor do limiar de segurança correspondente. ,",~ i~1 f "'Ii Calculemos: I ~ + 5L Lu. + 5L I I 8.141,TLV\ TLV2 TLV. I,, Se a soma for maior que a unidade, é sinal de que o valor limiar de segurança foi excedido. Calcula.sei a quantidade de ar necessária para diluir com segurança cada componente isoladamente e se somam as vazões, a fim de se ter a vazão da mistura. Havendo duas ou mais substâncias poluentes e sabendo-se que os efeitos das mesmas não são adi?vOS, mas que agem independentemente em diferentes órgãos do corpo humano, calcula-se a ventilação diluldon necessária para cada um dos poluentes componentes e adota-se o maior dos valores encontrados comoI taxa de ventilação diluidora. EXEMPLO8.6 . Em uma operação de pintura industrial, estão sendo empregados simultaneamente diclorometano (cloreto de metileno) e metanol (álcool metílico), ambos de propriedades narcotizantes. Nas análises, verificaram-se as seguintes concentrações: cloreto de metileno 300 ppm metanol 100 ppm Verificou-se uma evaporação de 0,683 llh de álcool metílico e 0,840 l/h de cloreto dc metilcn.... f'le VENTILAÇÃO Il'iDVSTRIAL DILUIDORA 115 Consultando a Tabela 2.9, vemos que os TL V para as substâncias consideradas são íL" de álcool mct11ico. 200 ppm íf.l/ de clo[(~")de meuleno 500 ppm Aplicandu a expressão R.13, temos \OU .100-+ -~I.I 200 500 Como obtJvemo~ valor maiur que a unidade, vemos que o TL V da mistura roi ultrapassado. Calculemos enrão. separadamente. as taxas de dilUição. Podemos aplicar a rórmula da ACGIH para obtermos a taxa de diluição em (1m. 403 x (densidade do liquido. 10" . K . (pinrs por hora) Q " Peso molecular do líq. x TL V x 60 K " fator de segurança Adotemos: K " 4 para o cloreto de metileno K " 6 para o álcool metílieo Notemos que 1 pint (medida norte-americana) é igual a 0,473 I. 0,683Vh -+ 1,444 pints de álcool metílico 0,840Vh -+ 1,775 pints de cloreto de metileno Pesomolecular de álcool metílico: 32,04 Ib Pesomolecular do cloreto de metileno: 84,94 Ib Densidade do álcool metílico: 0,792 Densidadedo cloreto de metileno: 1,336 ( Podemos, agora, calcular as taxas de diluição 403 x 0,792 x 106 x 6 x 1,444 QiJcooI metRico = 32,04 x 200 x 60 7.192cfm ou 431545 c{hora ~IO de metilcno - 403 x 1,336 x lQ6 x 4 x 1,775 84,94 x 500 x 60 = 1.500cfro ou 90.000 c{hora Taxade diluição para a mistura, em condições normais de temperatura e pressão (cntp): Q = 7.192 + 1.500 = 8.692 cfm ou Q = 8.692 x 0,028 = 243 m)/min para a diluição necessária. A Tabela 8.8 fornece a indicação do número de cfm (ar em condições normais de temperatura e pressão, CIIlp)necessáriospara conseguiruma diluiçãocorrespondente aos valores do TLV (coluna 1). A coluna (2)se refere a pints e a (3) a libras de produto evaporado. i EXEP.!PLO8.7 i Suponhamos que seja evaporado 0,683 Vh de álcool metílico, isto é, 0,683 + 0,473 = 1,444 pinto A coluna (1) da Tabela 8.8 indica 49.100 cf para a diluição de 1 pinto Para 1,444 pint, teremos 1.444x 49.100 = 70.900cf. 116 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Mas essa diluição ocorreu em 1 hora = 60 minutos, de modo que o volume de ar por minuto será de 70.900 .;. 60 = 1.180 cfm. Adotando um fator de segurança K = 6, para estarmos bem longe do limiar de tolerãncia, obteremos .Q = 1.180 x 6 = 7.080cfm. valor bem próximo ao calculado no exercício anterior. Tabela 8.8 Volume de ar em pés cúbicos em condições normais de temperatura e pressão (cntp) para diluir 1 pinl (0,473 I) ou 1 libra de poluente evaporado ,.:,,1 ." " ';'11 I f'IIDI. Os valores tabelados dc\'cm ser multiplicados pelo fator de segurança K. ,\ t~; , !i". ~II 9 i 1 I ::i'J.i Dutos para Condução do Ar '~I I" 9.1 DIVISÃO DO ASSUNTO li Vimos que em cenos casos pode-se ou deve-se insuflar ou remover o ar de um recinto colocando ventiladores axiais nas paredes, que normalmente são as exteriores. Muitas vezes esta solução não é possível ou mesmo conveniente, havendo necessidad!: de recorrer a dutos com bocas de insuflamento ou de exaustão, conforme o caso. Esses dutos conduzem o ar graças à energia que é comunicada ao mesmo ou à rarefação, provocadas por um ventilador localizado, em geral, em local separado e até a razoável distância do recinto a ventilar. Por meio de bocas de insuflamento ou de captação adaptadas aos dutos principais ou a suas ramificações, pode-se conseguir um adequado insuflamento ou uma satisfatória captação, sob o ponto de vista de distribuição de vazão e de velocidade de escoamento no ambiente. O sistema de dutos para ventilação é estudado sob dois aspectos: - o do escoamento do ar no interior dos dutos, desde sua captação até sua expulsão. É o aspecto que interessa diretamente ao dimensionamento e ao projeto da rede de dutos e seus acessórios; - o dos materiais constitutivos dos dutos, das peças e equipamentos complementares ao sistema de dutos. - ~. Vejamos estas duas panes, separadamente. ki 9.2 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES QUANTO AO DIMENSIONAMENTO DOS DUTOS PARA INSUFLAMENTO E ASPIRAÇÃO 9.2.1 Equação de continuidade e equação de conservação da energia 1 ~, O sistema de dutos de ventilação vem a ser uma disposição de tubulações para a condução do ar sob pressão pouco elevada, onde, ponanto, a compressibilidade do ar pode ser desprezada, não ocorrendo no escoamento os fenõmenos termodinâmicos que se verificam, por exemplo, nas linhas de ar comprimido e de vapor. O dimensionamento, qualquer que seja o método adotado, baseia-se na Equação de Continuidade e no Princípio de Conservação da Energia para os Fluidos em Escoamento, traduzida pela equação de Bemoulli. A Equação de Continuidade mostra que o valor de vazão é obtido pelo produto da área da seção normal aos filetes líquidos em escoamento pela velocidade média na mesma seção I Q = S . V I I 9.1 I sendo, Q, a vazão, expressa em m3/sou metros cúbicos por minuto (mcm), ou em pés cúbicos por segundo (cfs); ou ainda em pés cúbicos por minuto (cfm); S, a área transversal da seção de escoamento, em m' ou pés quadrados (fi', sq. ft); V, a velocidade média de escoamento do ar em m/s ou fps (pés por segundo) ou ainda fpm (pés por minuto). '. Pés cúbicos de ar (cntp) necessários para diluição aos valores do TLV P/I pint evaporado TLV (1 pint = 0,473I) Por libra evaporada Líquido <D <2> Q) Acetona 1.000 5.500 6.650 Acetato de amilo-n 100 27.200 29.800 Álcool isoamilico 100 37.200 43.900 Benzol 25 Não se recomenda ven!. diluidora - Álcool butilico 100 44.000 52.200 Acetato de butila-n 150 20.400 22.200 Butil celosolve 50 61.600 65.600 Dissulfeto de carbono 20 Não se recomenda - Tetracloretode carbono 10 Não se recomenda - Celosolve (2-etoxietanol) 200 20.800 21.500 Acetato de celosolve (2-etoxietil-acetato) 100 29.700 29.300 Clorofórmio 25 Não se recomenda - 1-2 Dicloroetano 50 Não se recomenda - Dicloroetileno 200 26.90020.000 Dioxano 100 47.600 '43.300 Acetato de etila 400 10.300 11.000 Álcool etilico 1.000 6.900 8.400 Éter etilico 400 9.630 13.100 Gasolina Requer estudos especiais - Acetato de metila 200 25.000 26.100 Álcool metilico 200 49.100 60.500 Metil butil cetona 100 33.500 38.700 Metil celosolve 25 Não se recomenda - Acetato de metilcelosolve 25 Não se recomenda - Metil etil cetona 200 22.500 26.900 Metil isobutil cetona 100 32.300 38.700 Metil propil cetona 200 19.000 22.400 Nafta (pixe) 100 30.000-38.000 40.000-50.000 Nafta de petróleo 500 Requer estudos especiais - Nitrobenzeno 1 Não se recomenda - Acetato de n-propila 200' 17.500 18.900 Álcool isopropi1ico 400 13.200 16.100 . Éter isopropilico 500 5.700 7.570 Solvente Stoddard 200 15.000-17.000 20.000-25.000 1,1-2,2 Tetracloroetano 5 Não se recomenda - Tetracloroetileno 100 39.600 23.400 Toluol (tolueno) 100 38.000 42.000 Tricloroetileno 100 45.000 29.400 Xilol (xileno) 100 33.000 36.400 118 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ..,1 EXEMPLO". Num duto de ventilação industrial devem passar 2.400 pés cúbicos de ar por minuto (68 mJ/min), com uma velocidade de 600 pés por minuto (183 n/min). Qual o diãmetro do duto no trecho? Solução Pela Equação de Continuidade: Q 2.400 S = - = - = 4 pés quadrados (sq . fi) = 4 x (144) = 576sq. in ou 576 x 6,451 = 3.716emz V 600 .'1'1 Diâmetro: d ~: 11'4 x 576 = 27" ,~I! 10: li li I, i ! Usando duto circular, teríamos um diâmetro de 27" (68,6 cm). A equação de. Bernoulli nos revela que, se considerarmos a unidade de peso de fluido escoando entre dois pontos a e b de um dispositivo de escoamento, a energia no ponto a é igual à que haverá em b mais a perda de energia ("perda de carga") no escoamento entre a e b. Além disso, mostra que a energia da unidade de peso do fluido (P = 1), numa dada posição desse peso do fluido em escoamento, é constituída por três parcelas: a) energia de posição, expressa pelo número que mede a cota do ponto em relação a um nível de referência arbitrário. É a cota h. Esta grandeza, importante no caso de líquidos, em instalação de ventilação, tem valor desprezível; b) energia de pressão ou pressão expressa em unidades de altura de um líquido escolhido, e que no caso da ventilação costuma ser milímetros de coluna de água (mm ca ou mmHzO), ou polegadDs de água. A grandeza é o termo L , designado também por pressão estática P." ou PE, onde 'Y é o peso específico do 'Y. ar = 1,2 kgflmJ (em condições normais de temperatura e pressão); c) energia cinética da unidade de peso, expressa em unidades de altura de coluna de água. V2 i Corresponde ao termo - , o qual é designado também por altura representativa da velocidade, ou por 2g . "pressãode velocidade",e mesmo,por "pressãodinâmica". . A energia total H da unidade de peso do fluido em escoamento, em uma determinada posição em relação a um plano de referência, será, portanto, expressa por I ! i, I H -h + ~+ ~ I I 92 I I r o desnível energético da unidade de peso de fluido entre duas posições a e b de um sistema de tubulações ou dutos de escoamento vem a ser a perda de carga J.-b entre os mesmos e é calculado por J.-b = (h. + ~. 'Y V2+ -' 2, ) ( Pb V2b )- hb+ -; + ~ 9.3 lr. Dividindo-se essa perda J. - b pelo comprimento retilíneo do trecho a - b, obtém-se a perda de carga unitária correspondente às condições propostas. Para que o ar escoe ao longo de um duto, é mister fornecer-lhe essa energia J. - b' a fim de que possa chegar ao ponto b situado numa cota hb, com uma pressão Pb e uma velocidade Vb' Em geral o- desnível topográfico (h. - hb) é desprezível, de modo que podemos escrever: DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 119 I J.~ -~ + Sf"1 . I 9' I Esta energia deverá ser proporcionada por um ventilador, e deverá ser calculada a fim de que se possam especificar os dados dessa turbomáquina operatriz. É necessário ter presente que "carga" significa "nível energético" e é dada pelo trinômio de Bernoulli. A energia dissipada, isto é, a perda de carga, ocorre em razão do atrito do ar ao longo da extensão do duto, nas curvas, nas mudanças de direção e de seção e nas derivações. Ocorre, também, em virtude do atrito interno do fluido e de alterações nas trajetórias e nos turbilhonamentos das partículas, que ocorrem principalmente nas bocas de toma<ki e saída de ar, em grelhas, filtros, registros e nas próprias peças de concordância. ..il i .TI . prueóo atmosférica Prn.ao atmosférica Flg. 9.1 Diagrama de variação das energias em uma instalação com dutos e bocas de insuf1amento. i, Consideremos a Fig. 9.1. Nela vemos esquematicamente representada uma instalação de insuflamento mecânico de ar. O ar passa pelo filtro A, penetra com uma vazão Q no ventilador em C, onde recebe energia graças à ação das pás do ventilador, saindo em D. Com a energia recebida, o ar, com a mesma vazão Q, se desloca ao longo de um duto,. do qual saem, suponhamos, três ramificações com as vazões Q.. Qz e QJ' cuja soma, obviamente, é igual a Q. O diagrama (a) da Fig. 9.1 mostra como varia a energia de pressão L que já designamos também corno . 'Y pressão estática (Pcs' ou PE). Na boca de entrada do ventilador, esta pressão é inferior à atmosférica, o que toma possível a entrada do ar no ventilador. Graças à energia de pressão PE, comunicada pelo ventilador, o ar escoa no duto. Mas essa energia vai baixando em virtude das resistências que se'oferecem ao seu escoamento, isto é, das perdas de carga, de modo que na última boca de insuflamento a pressão é igual à da atmosfera reinante. O mesmo ocorre, aliás, nas saídas das outras bocas de insuflamento. O diagrama (b) mostra que o ventilador comunica ao ar uma certa velocidade de escoamento sob certa pressão e, portanto, uma determinada energia cinética para manter a vazão ao longo do duto. A velocidade do ar no duto é escolhida de acordó com dados obtidos de instalações bem-sucedidas, isto é, que foram bem projetadas e executadas. A velocidade não deve ser elevada demais, pois se o fosse, além de reduzir a parte correspondente à energia de pressão, produziria vibração e ruído nos dutos. Como foi mencionado, , li "1 1i';1 ;t 1i, .j~ ~i ,~ I Fn.TflO A .' I PE t ( 'V J c> . ~~ . .~ I !( ,. '~.]11 . ""']I! f, , í) 'II~' I ~ I' ~ JI I:.lj . -~~!.~~: i "11J1 '\ ii 1,1:)1' , ,I: .~"'." iI " ~~41. Ilj~,i. ri '':jp''' Ij ' l ~'"1.11' !. ,; '1 . ~''" I, 1 .1 ' ,'I,, 1 I' I' l',III, d. ~1 ~t;1 'f~, 1,j"l 'II I ! . ' I ' .,1 . , .,1,' \ ' I,I' j I".I ," I: ~ , I, .. 1, 1 ' . 4' ' I :!II" I '! I !11 .1 'li 1 j ' !I :.' '1,',1 !i I, li, li! il .Iji ~ ' I . , . '1' I 'i " l j :', i l :' ,I ", l' 120 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL a energia cinética é denominada também de pressão dindmica (PD), embora fosse mais correto designá-I por energia dindmica expressa em coluna de um liquido especificado (mmca, mca etc.). a Para se manter a PD constante ao longo do duto de insuflamento, deve-se ir reduzindo sua seção à medida que forem proporcionadas saídas de ar pelas bocas de insuflamento ou dutos de ramificações secundárias O diagrama (c) representa o traçado da linha energética total ou da pressão total PT, cujas ordenad~ são obtidas considerando-se a soma algébrica das parcelas de energia de pressão (pressão estática PE) e ' ,::nergiacinética (pressão dinâmica PD). Vê-se que, no final do duto, o ar sai com uma certa energia cinética ,to é, tem uma pressão dinâmica residual; de modo que penetra no recinto com uma certa velocidade. I Embora o dimensionamento dos dutos se correlacione com o problema da escolha do ventilador, costuma.seI prática separar as duas questões para maior simplicidade, embora aquilo que venha a ser estabelecido n relação aos dutos afete o valor da pressão total e os valores de suas componentes e, portanto, o tipo . ltência e as características do ventilador. . A NB-I0/1978 da ABNT classifica as pressões segundo as quais o ar escoa em dutos em ixapressão: 'dia pressão: pressão: pressão estática até 50 IIlmHp e velocidade de até 10m/s pressão estática até 150 inmHIO e v > 10 mIs; pressão estática entre 15~ a 250 mmHIO e v > 10 m/s. 9.2.2 Perd~e carga em dutos circulares = 186 fpm; O cálculo da perda de carga, ou seja, de energia em dutos circulares pode ser realizado usando a fórmula universal de Darcy e Weisbach ou diagramas baseados no emprego de dutos de determinado material COm. rugosidade definida e válidos para o ar de determinada densidade. O primeiro método é geral, aplicável quando se conhece a rugosidade do material do duto, o pesoI es~ecífico da mistura gasosa e a viscosidade da mesma. Vejamos como se procede na aplicação do méto~ I universal. Aplica-se a fórmula I.. o (I. + ~ ). y I P,- I 9.S r 1 A perda de carga nesta fórmula é expressa em Pascal, porque o termo entre parênteses está multiplicado pelo peso específico "1. Notemos que: 1 Pa corresponde à pressão de 0,1 mm de coluna de HIO, ou 1 N/mI; 1 bar, a 10' Pa ou 100 kPa; 1 atm, a 101.325 Pa '" 101 kPa; 10 mca, a 101 kPa; 1 mca, a 10 kPa; 10 cmca, a 1 kPa. ,'r , I DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 121l ( pde v é o coeficiente de viscosidade cinemática em micropascal . segundo (p.Pa.s) (Tabela 9.1). . o Para o ar à pressão atmosférica normal, temos os valores da viscosidade e do peso específico indicados ( ) p' Tabela 9.1. Tabela 9.1 Peso específico "1e viscosidade cinemática 11do ar Temperatura Peso específico"1 Viscosidadecinemática" ('C) (kgflm') microPa .s O 1,2922 17,780 10 1,2467 17,708 20 1,2041 18,178 30 1,1644 18.648 40 1.1272 19,118 50 1,0924 19,588 " ( ( ( € ( Calculadas as grandezas - e Re, pode-se usar a fórmula de Colebrook ou o diagrama de Moody (Fig. d " 1 9.2)para obter o coeficiente de atrito f. Obtido f, têm-se todas as grandezas para calcular a perda de carga Ap,também designada pela letra J. EXEMPLO9.2 K Calcular a perda da carga em um duto retilíneo de polipropileno (€ 2Sm de extensão e conduzindo 1,100 m3/s de ar a 30'C. Ir c ~ 0,05'" ~ I . , : 0,04 r ! 0,03 I = 0,00015 m), de 45 cm de diâmetro'j ESCOAM 0,1 0,09 0,08 0,07 0,06 A fórmula 9.5 deve ser aplicada com as seguintes unidades: 1 - comprimento do duto, em metros; ./"" d - diâmetrodo duto, em metros;.'" v - vClocidade,em metrospor segundo; /' "1 - peso específico do ar (ou outro gás), em quilograma-força (quilograma-peso), por metro cúbico. I ~ 0,015 A grandeza f é o coeficiente de atrito ou de resistência ou de perda de carga e depende de duas grandezas: rp ~ 0,01 0,009 0,008 - rugosidade relativa das paredes do duto ~ , sendo € a rugosidade absoluta e d o diâmetro do duto.d Para dutos de chapa de aço galvanizado, € = 0,00015 m;- número de Reynolds Re, definido por I R.o ~.y \ GI , & 0,025 ~ 0,02 r ~c ~~ 10' 10' 10' 10?J;r10' . .d NUMERO REYNOLOS R.' 7 FIa.9.2 Diagramade Moodypara determinaçãodo coeficientef de perdade carga. \ 10. \ I ,._"- .- ."-"_..- \ I I I I I I I 1 I I \ TURS LiMCIA COMPLETA CANO. .PEAO. \ - E IA B '\.- \ M'-::\ I . S:: :::::: "-\ " $ l'---2" \' ....... CANO' LI.O - " - :::-- ........ I '181111 -- ..........TUA ULU O .............. r-... "'- r--.....- , ..." , .. 2 5 2 5 2 5 ( ( 0,05 r 0,03 0,02 ( 0,015 ( 0,01 0,006 ( "'I... 0,004 \ 0,002 {c 0,001 C> ( I:) 0,0004 ( 0,0002 0,0001 { 0,00005 \ 0,00001 ( . ( ( { ( ---- ;r t fi: t( ;'I! ~ I," , 1i ..ffjl. ( ~! q.I~~1 c , ! ' . ",: .1( ir . I . . .. .~ . J. . 'J' r. li! ~I 'J i ;1,I,j' I1." t .1.. 11. 11 !'!IP' \'h,. 1 ,j . '1ri' ... .1, \ II ' :1' .Jili~ I', :1 1 ' :.'P ! I ,.1U, . i . '!il . ' ~ I ', .\' "~I~I: '. ,~. r'" . 'j . ' ~ ! 11 < ) li! . I' 11[' Ir i [fi 'I,f', 11 ' a ' I' .I,., . ' r ' . :! . "rir .: ) Ir,! ~ , ,', 'l~ " . ~ ~I '. ,'''', ) .,1. J: .~ l 'II~I~:r: 1 .[~J~ ~~ ( ~~ . ,! j~!!~ :1.' .... ! !: ' I 1,1, I .' '. '," j' ,,: I1 11 \ ) .I~;:., ~ ~ I~I.. 'I ~3íii. .:1';' illlt!.~~~'jIj, ". .Í!' l i ' i..... n \! :' I~ :i ' I I!:I t I ( "IIII! :! i ':11111 122 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Solução a) Velocidade de escoamento no duto I I I I I \. Q Q 1,100v = - 'TI'cP 4 'TI'X 0,452 = 6,91 m . s -t 4 =-= s b) Peso específico do ar a 30'C (Tabela 9,1) 'Y = 1,1644 kgfJm-3 c) Viscosidade cinemática do ar a 30' (Tabela 9.1) v = 18,648 JLPa,s = 0,000018648 Pa . s r::: . /1;1 /t., ( .. {..,. ...> . ') d) Número de Reynolds v.d Re = -' 'Y v J) 6,91 x 0,45 x 1,1644 = 194.661 0,opoo18648 / / . I. "" 200.000 ou 2 x tOS I ( . i'~.! ".11:- ~\. : e) Rugosidade relativa ~ = 0,OOOI5"~0,00033 d 0,45f}!' /V: r' ".", ; ~ . ti .! )., -., , f) Coeficiente df! atrito f Entrando no diagrama de Moody (Fig. 9.2) com ~ = 0~6033 e Re = 2 x 10S,obtemos f = 0,0185 d/. g) Perda de carga 25 6 912 . !:J.p= 00185 . - . ~ x 1,1644= 28,57Paou,emmmdecolunad'agua, 0,45 2 28,57x 0,1 "" 2,857mmHp. 9.2.3 Velocidade de escoamento do ar A Tabela 9.2 fornece os valores usuais de velocidade de escoamento de ar em dutos, para o casoIk, edificios públicos e o de indústrias de um modo geral. I No caso de plenuns, isto é, de dutos que conservam a mesma seção transversal ao longo de toda SUl [ ' extensão, não obstante fornecerem ramificações para bocas de insuflamento ou de entrada de ar confo((l1/ o caso, adota-se 5 a 5,3 mls para dutos de insuflamento e 0,85 a 1,20 mls nos de retorno. A "velocidade terminal", isto é, do ar ao atingir o local do recinto onde foi lançado através de unII !boca de insuflamento, ao atingir cerca de 1,5 m acima do piso, costuma ser de 1 mls - para indústrias I 0,75 m/s - para escritórios I A Tabela 9.3 fornece os valores recomendados pela NB-10/1978da ABNT para velocidades de escoamento~ em dutos de ar e sistemas de baixa pressão. . I r . '."'1,,"'; t I . DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 123 Tabela 9.2 Velocidade do ar nos dutos e difusores j I , . I I ~. I .\ ó' Tabela 9.3 Velocidades recomendadas e máximas para dutos de ar e equipamentos de sistemas de baixa pressão (NB-I0/1978) i I. 9.2.4 Caso do ar contendo partículas em suspensão de Os gráficos para determinação da perda de carga referem-se ao ar limpo, 'Y = 1,2 kgfJm3 e na temperatura de10 a 32'C. Quando a mesma contiver material em suspensão, deve-se fazer uma correção para a perda carga, pois a mesma se torna maior, Determina-se: A = peso do material transportado peso do ar limpo transportador 1 V2 Z ? !:J.p=f'-'i(-''Y I .t{ \ . . /1 I'",YI = .I fJ !"- d' 2 1 F) {I':;' /,,11 ,;\j Indústrias Edifícios públicos (m/min) Designação (m/min) (m/s) Entrada de ar no duto 150-270 150-360 I 2,5.6,0 Eiltros I 90-110 110-120 1,8-2,0 Lavadorde ar I 150-210 I 150-210 2,5-3,5 Aspiração do ventilador I 250-300 300-430 5,0-7,2 Saída do ventilador 600-660 720-840 12-14 Dutos principais I 390-480 540-600 9-10 Ramais horizontais 270-390 180-540 3.9 Ramais verticais I 210-360 I 240-480 4.8 Difusoresou bocasde insuflamento I 30-120 60-300 1-5 Recomendadas (m/s) Máximas (m/s) Escolas, Escolas, Resi- teatros e edifícios Prédios Resi- teatros e edifícios Prédios Designação dências públicos industriais dências públicos industriais Tomadasde ar exterior 2,50 2,50 2,50 4,00 4,50 6,00 Serpentinas - resfriamento 2,25 2,50 3,00 2,25 2,50 3,60 - aquecimento 2,25 2,50 3,00 2,50 3,00 7,50 uvadorcs de ar - borrifa-. 2,50 2,50 2,50 3,50 3,50 3,50 dor- alta ve- - - 9,00 - - 9,00 locidade Descargado ventilador mín 5,00 6,50 8,00 - - - máx 8,00 10,00 12,00 8,50 11,00 14,00 Dutosprincipais mín 3,50 5,00 6,00 - - - máx 4,50 6,50 9,00 6,00 8,00 10,00 Ramaishorizontais mín - 3,00 4,00 - - - máx 3,00 4,50 5,00 5,00 6,50 9,00 lUziwsverticais mín - 3,00 - - - - máx 2,50 3,50 4,00 4,00 6,00 8,00 ".,i 1:Z4 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL r 125 ( ,DUTOS PARA CONDUçÃO DO AR B ( ( { ( ~ ( I I I i I \ ~Ie 5 ;! ".. Q, 'e ~ 4 o o"" o o 3 ~~ o ou u .. .. 2 'O" o o ~ ~ 1 Q, Q. o, ZOOQ :)1 ,02 .03 ,04..06 ,08 ,I IZ .3 4 6 8 I 2 3 4 6 8 10 '- ' ,l!.I IXI /~ ~'i\ ~ -'b7. O"~~1'" I~_~X~ ~ ~ 'A "}liX o...qo/I\ \" ~ b" V \ 1\ """, ~" rS' 'IY .U -+~~~ y ~ ~~ \ ~ \ 1)( lA \ )( - ,ti 1\ IX" ~, , ~ \ \V '\p( I ,v A \ .1\ A I It '\ /{ ,I),'" \\ V \ \ '\ \ / X "'" 'I\.x'\ 1\ ,~x, r\ ~ r\1\ \- \ I y\ \ \ .1\ \ . \ / / \/ \ ~ 1\/\ V\ 1\ 1\ _/ 1\ ~ fI\ \ -\ \ ' ~ ~~ / 1\ \~ \ r\ r\ 1\ /í \ , ~)( \ / \ \ \ "í I r\ \ \ ,v" \ 1\ 1\ V 1\ ~ 1\ Iv'\ \ j 1\'" / \ 1/1\ IX' \ \ 4>'v, .. A \ ",o . LUt- _\0- I\ .~V V; ~\. \.I~, ~ I":. ..' li RJC~ 11\ ( I ~ I Flg. 9.3 Fator de correção da perda de Icarga para ar contendo material parti.culado. , 1000 900 aoo 700 800 ~ 3 A4 5 6 8 107 9 Peso do materlQI transportado Peso do ar transportador I' I No gráfico da Fig. 9.3, para o valor de A, obtém-se o valor de 8, que vem a ser o fator pelo qualI se deverá multiplicar a perda de carga calculada para o ar limpo, para se obter a perda de carga CODlo ' ar carregando partículas. ! 1100 400 I I Jar compar",".a = 8. J.r puro I 13 ;: 300 2001 9.3 DIMENSIONAMENTO DOS DUTOS ci .... ....'...Consideremos primeiramente os trechos retilfneos dos dutos e determinemos as dimensões das seções transversais dos mesmos. Para isto, em instalações puramente de ventilação, recorre-se ao método dindmico ou ao método de igual perda de carga. \ 1 I ' 100: 90, 80 70' 60 9.3.1 Método dinâmico 9.3.1.1 Dutos de seção circular 110 '1', Escolhe-se a velocidade nos diversos trechos, com base nas Tabelas 9.2 e 9.3, de modo que a velocidade seja máxima nos troncos principais e reduzida nos trechos ou ramais secundários. Conhecendo-se a vazão em cada trecho e havendo sido escolhida a velocidade, pode-se determinar I : seção transversal do duto e, a partir desse valor, determina-se o diâmetro do duto ou os lados do retângu~ , correspondente a ,essa área. I Para isto, numa primeira aproximação, pode-se aplicar a equação de continuidade e achar a áreadir seção circular de um duto e seu diâmetro. Por exemplo: ZO 40 30 Dados V = 8 m . S-I Q = 4 m3 . S-I Q - ~ = 0,50m2 S = V - 8 10 -- 0,01 ,OZ ,os p4 /J6P8~ ,2 ,3 PEROA(paI. d, HzO/IOOp4,)I t ",. '.4 Perda de carga em dutos retos circulares. 8 8.0.4 .6 ,8 I Z 3 4 {TS(4XQ,5 d= " -:;;:-= ,,~ = 0,797m ... 31,3" Usando o gráfico da Fig. 9.5a, entrando no eixo vertical com Q = 4 m3 .S-I e seguindo a reta inclinadJ I . de V = 8 m .S-I, obtemos, na reta inclinada dos diâmetros, d = 790 mm. aJ As Figs. 9.4 e 9.4a (em unidades do sistema inglês) e 9.5 e 9.5a (no sistema métrico) permitem, jixaJ f duas dentre as quatro grandezas Q, V, de J (perda da carga unitária), achar-se as outras duas grandezas. , I --fi- - . '~'i l :': I"~I: ~ I ,ij ~ I ~:l i!I ; , ~ !I fi :I' ~I t, ! :1,Ij'~ I . , i; 'i.1! ,I~j l ' l i ~ :,,1' 1 .\1 ( ,!' r. 1\ ~ ' 'I I ,I,~! f ' ~ '" ': I',1j~1 ,I' l~ 1 , , 4,l~lj;" :1 \ ~h'l{ i ' ,LII1I'" \ '" )1'j'l' 11 " ::" j 'I , ' , I:!' 1I r'M'il 1 1",,"1 ~, , ' 11"'" i ,,"~Ü,:i u r I j1i~r~1 ~ , ' .~ ,; I ': ' I 1 !~ , \,1 , I , I , I~ I ; .' "d l' I/, 1 1,( i~i,' di I!II !II,~II '- I ,,", ~1 1\ j' 1" , ,', li' , ~r : I, ", I , I " ,, " ffi I ', ~ il, 'I , i ' , ' t. , ~ [ , I [ :, '' I J II r' I : jl l, ' I f:~ , ' :1 I 1 ' 1 11 ! I ; pl. 126 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL r I 127DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR I j I 0,01 0,02 0.0' 0.04o.oe0,010.1 0,2 0,3"'" 0.1 0,1 I 2' 4 . I 10 I o , ~.. -= "v;:..» .. 1,0\ ' IV 'V'.'"., I Y' 0,0 0,1 '\.1 \ ) \ 0,8 0.7 L.of\ /' .11\ 1\ I)( I"í 0,70,01 ,OZ ,03 04 06,08,1 Z ,3 4 6 ~8 1 Z 3 4 6 8 10 o.s..., ,.0: 1)( \ y o..100000 . ~ 1..rtI I .I ['.ti 1\ \ 1/ v \ ~\ X90000 ~ ~I~ ~~~ ~~ ..~ ~ ;\,1H o.. I'- ~,,~~ V .. o.. 80000 ~-, ~~~ 05)1101,,, \ t 70000 I; \ \I ~ 1\ ~,O'4 1\ iI' / V )( \'\1m1.1\I:J0.4 60000 .. }l / 1\/ \, \I y ~nt1U~ 03 .. ~\ ~ 50000 ..'~ ':. . \ \ 'v v: 1\\){ !~o..TIo~)( lX - 40000\~":.r 1)( 1\ '\ -- ..'\ / A\ ~).I~ \ '\ \/Ic' ~' I'YIX 1- )( 1)(,\ 11 o.. '\ I 'r 'tolo.. 30000 \,.,\)( o i ,I'. \ -xlr )( I\X ,,"u 0; 11 1 .! \/ \V'\ Il< \ \ .1/,1\1/ I)( \, )( 1\ .; ,/ ./ IV '\ 1\ /\1zoooo" \I7\.rI ~ 4 1:1 '\.1 i > / / \ v ' '\ K1\ v lv\ .; 1\ ..' ~- ~ ,\.ti 0.1 Y \ 0.1 y\.~ /( 0.09 0" / \1/ \ X 0.09 í\ '\ \ 0,01 0.0 / X V f'í \ 0.08.I 0.0? / '\ \ 1\ \ 0.07... 10000 ~- .ri j IX \ Y \ /\ \ E 9000 \ /\ \ 0,0. )( \ 0.0. '- 8000 A \, / ' \ .A \ .J.. 7oo0 "'''l /1 A 0,01 o V 1\ ~ ~ 1 A~~o.o. - \ /" o' ": 6000 I}- I 1\ 1\ '\ \. "\ I\~O '\ I) 'u'( xl'\ ~ \ I~ 0.04 '- fi( -, '\ ,/ \I ~ 1\1~ y\ \ 0.04 5000 ~-Á /\ I 0.0' V Iv'\ I~' 1\. ~ I\I'U'\I\I\I 0.0. 4000 '.~I/ )( l)( 1\ ..' 1/ 1\ )( I\. \ \ 1;;"''Ii \ r\ \ \ .. \ ~ ~ I \ - )( X ~ 3000. ~ ~ '\ \~ \: 1 002 V V 1\/ \ / \ I\I~ o \ \ /)( o ~ , .''''\ IA \- 1\ 1\1 0.0' I~'!> ;. / V)( J< \ li o~/; 'b \/ \ x \ 1\I\J Il'J 2000r. - \.. -;I- ~. \ ~ \ \ \ia; / y N~ \\1/ V \ li .. \ 1.11 ~ 1/1\ 1\ \ ""1\1'U~~ I~ 0.01 _/ ~ -j~"o 0.01 .rç~v I) RI)~ ~ J 0.009 " \ 1\ \ 0.000 loog,OI ,oz ,03,04 ,08 P8,I ,Z ,3 ,4 ,8 ,8 I Z 3 4 6 8 10 i 0,001 V\ \ I\, \ 1\ 0.001 0.007 / \ I\ ~ 0.007o.aos n.n". o,; , '. 11 [~ a.oo~IOI 0,02 0.0'o.J4 0.0. Q,oe0,1 0,1 0.30.4 O..0.' I I' 4 .. 100.005 PERDA (pol.dlllzO/loop.11 Fig. 9.4a Perda de carga em dutos retos circulares. - ~ PIRDA DE CARG' ( MtOI.) ( ~I, 9.5 Perda de carga por atrito em mmH20/m. Baseada em ar srandard com 1,201 kgUm', escoando em duto limpo Qrtulartendo cerca de 1 junta por metro. Válido para I = 10 a 32'<:. ~j ' ! ' j ll' ,; j. . i . . . . . , . ,j ., I I ' 'I' ~J:I ' ,i li:'",l ii l, : J " . ' i ' . )!1 . 1 ",' " 1,/.] i , ., ' 1 1 I "', li I!I~; , , I 1:1) 11 ,i . i ' . ,~ 'ii 1 i: ~ I1 ~ ,I li ,I " I li i " . Ii : 1 J ~ Ji:-"~o 128 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 'r J29~ I DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 100,. ~- ~ "'o~).. .ott..~ A,M.,I\f, , 100.., .. \ \ \ '\ ~ '080 70 \ 1- \.1'\ "" \ 70 10\ / .{ / 10 lol~'y '\ >í IX' '\ l\v,.: ~80 .;e. \. ' \. 0017 /' ~o'" D( 'i 40 ~"r;j+'C;.. k i'1 Á là !,. ri M, 101'\"" '\<>'~:< / v y ~ j;\Yív X 1XI.,j:I30v\ 0: y ~ ~ v V 71 lI.! .01llV v 1)( CX y X~ / 20 #v AV Th~ Vd! r\. \ IX V\ '\ IV ~ '\ ~d! '\' A V'I t"'íJ Í\ Vl\X\X v .~ v '~ \r\ '\. J: )( '\ \ à M~ ~ ~. V\ v\ ,Y\ I H'. I ,Ir' ./ r\ \ v\ 7 .IV' V L ~ 1\)( \ .:; 1 '\ / \ ~ -\ X t/ ' \ y '\ : I~ v ~V '\rv x v, ~ \l1:\~'VI:: ..1.'Y x \u ~ o \ V\ \ y l~\ " V' (\J\ \.&" X V\.x \1''( 1'\ ,Y 1\ Y\I . '\ ~ IV / V ' \ ~rV\ 11 I) V\-\ lX'1\ 1\ 2 ~À/ v 1"\ 0: I\lr ~~~ i ~~rSJ ~ / L\ A ~'\., " /\ '\ ~ Y' ~\ "\"\ i\ "\ 7\fXm' ~ ~~. /'j I\v \A\ v V 'l~ v U~L 0:\ ~~ :;,,, ,~\V\ I\..r\ ~. ~ '>t(.. \ I.' '1)' ~...; " ~..oL-\i'\ \ L \ 1 "rA n,L /\ 1 ::I~\ 11 '\ '\ v':7 1h, \, 1\IX r\ \ 1/ \ .. '~Y,l~o ~IV:~\~/\. \~... .l)c ~ - - ~~v<>-~~~.",t-.1 .. 0.01 0,01 0.03 0.04 0.0' o.o~ 0.1 ~I 0.1.0.4 0.' 0.8 I I li 4 . 8 10 c Flg. 9.5b Perda de carga por atrito em mmHzO/m.Baseadaem ar s/anoj dardo Duto limpo, circular. i \ Opco 0,001 0,007 0,00. 0,009 0.°1 ,000 1,006 ,001 00. ,009 ,01 ( ( ~ to« ~ o,oz 2 .02 « f O,OS 4 ~ 0-04 I- ~ 0,0': Ü 0,08 I ~ 0,07., 0,08 i 0:.: L .05 ,00 .05 06 07 os ,o. I 2 .. 4.a: 0,2 4U ~. 0,3 I i 0,4 .. I. 0,5 O,. O, O, 0,9 ',0 1,0 ,7 .S " 15 20 25 30 40 se? ..0 VELOCIDADE (m/. I EM DUTOS RETOS 1.5 2,0 2.' '.0 41J 5,0 ep'.oe.09PIO PERDA DE CARGA ~ ..~o. ~o,. 9.3.1.2 Dutos de seção retangular Em instalações de ventilação industrial, quando o pé direito do recinto é suficientemente grande, costuma-se, usardutos de seção circular. Quando tal não ocorre, convém usar dutos na seção retangular, em geral com o lado menor na vertical. Podemos ter dois tipos de problemas: a) Conhecem-se os lados a e b do duto e deseja-se saber o diâmetro equivalente do duto circular da mesma,vazão. b) ~onhece-se o diâmetro e se procura determinar os lados a e b do duto retangular de igual vazão e, Igual perda de carga.PIROA 01 CAR8A (m. H.o/.. r Flg. 9.58 Perda de carga por atrito em mmHzO/m. Baseada em ar s/andard com 1,201 kgf/m', escoando em duto limpo \ circular tendo cerca de I junta por metro. Válido para / = 10 a 32'C. Na primeira hipótese, pode-se calcular o diâmetro equivalente pela fórmula 9.8. [<\.o.. - 1,30 (. . b) I ~+N- ' I '.8 t ) ....... - ,0 15 2 o 2.5 5.0oo 506P 9,010 15 20 25 30 40 50, c R , "'}....I ""I. c.".., '- , 5 ,o ,, :-'", loe<12k--" o k::="8 "" '- .' ><::: ,.., c"O-,><- o c>< c'<- .,r c c, .s:;;::::- P"s:- -::: - ""t:: 8:::->< '- "-"10..- ...... -::: <::"1- .......-- "- ......... o00 :::::;::; .!!!< "- ......... r-. o.::::.c: 4: ........ o. o, . - ......... o,o ...... IAIO RO 40-. ,, ,.. . » o ° 3: '" z ° ;u o ° o c: a ;u "' ~ z G) c: ,... » ;u ." ~ n" "! ~~ ... .. e> .'" Sn o o D .a .." O a ~. ~a .. n . ::s Õ n ~ ó< ! f; .. g. g- õ ê ]: o -; 00 c ~ u ... .g ... o c u e o "O ..!: o "O o '~ c u e i5 w , /' .t? ~ or ::s ~ ~ n '" c <1 . ~ .& i1 . -~ ~ - ... .. ~ ~ ~ ~. .a s. . "~ ~ .C !B .. ~ ~ ~ '~ ':: '~ ~' "; < -" :7 -= ". ':; "~ ;; :: :. '.E ~" = ", ~~ :. .,: ,,: ,,~ 't :: ... :. .: ..~ -- -- = = "' " - .- !! e. .! !I !I ! ." "" ", -- = -; -- '~ ' ..~ ~ ~ i'~ ~ _c ;'~ ~ ;lE ~ ~ z~ Z ;:~ ~ ;~ ~ ;;~ ~ ~ lf~ ~ ~ ~ ~ ~ 2 3 4 5 2 2, 2 3 T ab el a 9. 4 E qu iv al ên ci a en tr e du to s ci rc ul ar es e re ta ng ul ar es pa ra um a m es m a va zã o e m es m a pe rd a de ca rg a. (P ro po st a po r H ue bs ch er e pe la A SH V E - H ea li ng , P ip in g an d A ir C on di li on in g H an db oo k. ) . 16 t8 5 ,8 7, 3 8, 1 9, 8 6 7 8 9 12 .8 14 ,1 15 ,2 16 ,2 12 ,4 13 ,6 14 ,6 15 .6 . 10 11 12 13 16 ,6 17 ,5 18 ,3 19 ,1 17 ,2 18 ,1 19 ,0 19 ,8 14 15 16 17 19 ,8 20 ,6 21 ,3 21 ,9 20 ,6 21 ,4 22 ,1 22 ,8 18 19 20 22 22 ,6 23 ,2 23 ,9 25 ,1 23 ,5 24 ,1 24 ,8 26 ,1 24 26 28 30 26 ,2 27 ,2 28 ,4 32 3 4 36 38 40 44 48 52 5 6 60 4 6 7 4, 0 4, 9 5, 7 6, 4 13 ,2 14 ,5 15 ,6 16 .7 17 ,7 18 ,7 19 ,6 20 ,5 18 ,3 19 ,3 20 ,2 21 ,1 19 ,3 20 ,4 21 ,4 22 ,4 18 ,8 19 ,8 20 ,8 21 ,8 21 ,3 22 ,1 22 ,9 23 ,6 23 ,3 24 ,2 25 ,1 25 ,9 22 ,0 22 ,9 23 ,7 24 ,4 22 ,7 23 ,6 24 ,4 25 ,2 24 ,4 25 ,0 25 ,7 27 ,1 25 ,2 25 ,9 26 ,7 28 ,0 26 ,0 26 ,7 27 ,5 28 ,9 26 ,7 27 ,5 28 ,3 29 ,7 28 ,2 29 ,5 30 ,6 29 ,3 30 ,5 .3 1, 6 32 ,8 30 ,1 31 ,4 32 ,6 33 ,8 31 ,0 32 ,3 33 ,6 34 ,8 34 ,9 36 ,0 37 ,1 T ab el a ba se ad a na fó rm ul a de H ue bs ch er 24 26 L .A D O M A IO R D O D U T O R E T A N G U L A R N o ( pa i.) w . o oD h" '" ,:: n. .~ d '.d o "! -! ?F ~" " r. f;. ~ .~ '~ ('o nw ~ (' -) .o ~% . ~ (" )~. ~ ~ ~ l ! ! . o n O o e. ãs 'g .i: R R ° I'; ! 8: 0 R 8 ~S 8~ ~ ~. 8 .g ~ ~. ,& : 01 c. .( 'D R -, !'! ~. ~ ... 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C 8 ~ l5 " ) d, = 1, 3" (a b) ' (a + b) ' 28 30 34 32 8 4, 2 5, 2 6, 1 6, 9 9 4, 4 5, 5 6, 4 7. 3 19 ,8 20 ,9 21 ,9 23 ,0 23 ,9 24 ,8 25 ,8 26 ,6 24 ,5 25 ,4 26 ,4 27 ,3 27 ,4 28 ,3 29 ,0 30 ,5 28 ,1 29 ,0 29 ,8 31 ,4 32 ,0 33 ,0 34 ,6 35 ,8 32 ,8 34 ,2 35 ,5 36 ,7 37 ,0 38 ,2 39 ,3 38 ,0 39 ,2 40 ,4 41 ,5 36 38 ~ cn ... , (8 ~ õ o o. o o o 10 4, 6 5, 7 6, 8 7, 6 8, 4 9, 1 9, 8 10 ,4 25 ,1 26 ,0 27 ,0 27 ,9 28 ,8 29 ,7 30 ,5 32 ,1 33 ,6 35 ,2 35 ,1 36 ,7 36 ,4 -3 8, 1 37 ,6 39 ,5 39 ,0 40 ,2 41 ,4 42 ,6 43 ,7 40 11 4 ,8 6, 0 7, 1 8, ~ 8, 8 9, 5 10 ,2 10 ,8 26 ,1 21 ,2 28 ,2 29 ,1 30 ,0 31 ,0 31 ,9 33 ,5 40 ,8 42 ,0 43 ,4 44 ,6 45 ,8 48 ,0 44 ~ C 8 R o. ° '" ('O " 5' é) ,::: 11 ~ X - O X ~ 11 00 8 8w 12 5, 0 6, 2 1, 3 8, 3 13 5 ,2 6, 4 7, 6 8, 6 14 5 ,3 6, 6 7, 8 8, 9 9, 1 9, 9 10 ,7 11 ,3 9. 6 10 ,3 11 .1 11 ,8 9, 8 10 ,7 11 ,5 12 ,2 27 ,2 28 ,2 29 ,2 30 ,2 31 ,2 32 ,2 33 ,1 34 ,9 32 ,4 33 ,4 34 ,3 36 ,2 33 ,4 34 ,5 35 .5 31 ,4 36 ,6 38 ,2 39 ,7 41 ,2 38 ,0 39 ,6 41 ,2 42 ,8 39 ,3 41 ,0 42 ,7 44 ,3 42 ,6 43 ,9 45 ,2 46 ,5 44 ,3 45 ,7 47 ,1 48 ,3 45 ,8 47 ,3 48 ,8 50 ,1 47 ,8 50 ,2 52 ,4 49 ,7 52 ,2 54 ,6 56 ,8 51 ,5 54 ,1 56 ,5 58 ,9 j1 ,2 48 56 52 < ~. I! ! ~~ . -'" :! .. ~ ... -; ; l C 15 5, 4 6, 8 8, 1 9, 1 17 5, 6 7, 1 8, 5 9, 6 5, 5 7, 0 8, 3 9, 4 10 ,1 11 ,0 11 ,8 12 ,6 11 ,0 11 ,9 12 ,9 13 ,7 10 ,4 11 ,4 12 ,2 13 ,0 10 ,7 11 ,7 12 ,5 13 ,4 13 ,3 14 ,0 14 ,6 15 ,3 13 ,7 14 ,4 15 ,1 15 ,7 14 ,1 14 ,9 15 ,5 16 ,1 14 ,5 15 ,3 16 ,0 16 ,6 17 ,3 17 ,9 18 ,5 19 ,1 34 ,5 35 ,5 36 ,5 38 ,6 35 ,5 36 ,5 37 ,6 39 ,7 40 ,4 42 ,3 . 44 ,0 45 ,8 41 ,6 43 ,5 45 ,4 47 ,2 42 ,8 44 ,7 46 ,6 48 ,4 43 ,8 45 ,9 47 ,8 49 ,7 47 ,3 48 ,9 50 ,4 51 ,8 50 ,2 51 ,8 53 ,5 55 ,0 48 ,7 50 ,4 52 ,0 53 ,4 51 ,5 53 ,2 54 ,9 56 ,5 19 5, 9 7, 5 8, 9 10 ,1 11 ,2 12 ,2 13 ,2 14 ,1 14 ,9 15 ,6 16 ,4 17 ,1 17 ,8 18 ,4 19 ,0 19 ,6 44 ,9 47 ,0 49 ,0 50 ,8 52 ,7 54 ,6 56 ,3 57 ,9 20 6 ,0 7, 7 9, 1 10 ,3 22 6 ,3 8, 0 9, 5 10 ,8 11 ,5 12 ,5 n, 5 14 ,4 i2 ,O 13 ,1 14 ,1 15 ,0 15 ,2 15 ,9 16 ,8 17 ,5 15 ,9 16 ,7 17 ,6 18 ,3 18 ,2 18 ,8 19 ,5 20 ,1 19 ,1 19 ,7 20 ,4 21 ,0 46 ,0 48 ,0 50 ,1 . 52 ,0 46 ,9 49 ,2 51 ,1 53 ,2 53 ,9 55 ,8 57 ,6 59 ,3 55 ,1 57 ,0 58 ,9 60 ,7 53 ,3 55 ,9 58 ,5 61 ,0 55 ,0 57 ,7 60 ,3 62 ,9 58 ,0 61 ,1 63 ,9 66 ,6 59 ~2 ;4 4Q . 62 ,7 64 ,1 65 ,7 44 65 ,6 67 ,2 68 ,8 48 68 ,4 70 ,1 71 ,8 52 56 ,6 59 ,5 62 ,1 64 ,8 63 ,3 65 ,5 60 65 ,3 67 ,7 64 67 ,3 69 ,7 68 69 ,2 71 ,7 72 .. .. o ~ U = i - , ~ ~ ~ ~ ~ ~ n O ~ > \ l S - > ' " :2 .C tl ti Q C T c: :- r. n = - $: 10 1 e! . g !" ~ ~ ô3 ... ,.? ''" -i a ~o .\O co o. N O Õ tC ~n . -' . O ~' (I )R c: R (I ) o. u. > o. o. (; ('0 -8 : : O ~ ~ n ~ a [ ~ ~ :o .' " = S. 0\ ~ c. ' o; ,f ;. O cn C ') o. .. O ). ,J :: ... ... (; fl Q "' ~ :o -: s8 \o '" 0. < \o '" 8 "' ,= : : 5 t n < C : ~ Ó \ " ' t c ° r » .. ~õ (l )~ n_ < \C ('O ~ ~. o. !" "C ê: .g . 21 .0 0 ~~ ~n ~& f= ~n 0. ", 80 ." n. '" ,., "C J' c ::; :n §8 t1 " ° n - o. ... . C i1 ]~ 8Q O o. S" -; ;;- ~! :- = . "' II O ~! :- o -' . o (I ) -' " :s 08 - o. ° 0. (; J. "C ('0 8~ 1I = O c n n O ( ; ' n - - J : : t .g g8 .a - 38 ~_ -. l'" rD ::: e. õ 5' O C A ::: ~ c: n .g .~ ~ c: r] a ~ v~ ~g ~I 11 .., ~~ . ~- J: : o Q .O \õ ~' 00 o o C ). ;J 8o ~= :g ;J > < -. . < g Q ); J, (I ) PJ C I) \O Q ) < : o. '~ . - ~. oQ (j ~ ?~ o. n .. (I J a~ C I) 8 g. 1l a ~g .~ a o. Q )~ . n (I ) o c: : (') o Q )~ ~~ Õ [~ nn a. a (; a ~Q )~ ~ s ~~ ~ ~ o. !! l. ~ $: ). .- ~ o. õ° g. e. c: :5 :~ ~ ~ II ~ ~~ O :~ .2 ~~ 8( 'O o~ 5. "' " o. a" n < 8" C ê- C D & :( 1) ;. n r: : õ~ ~~ a 0 ( ; : o o 8 n S n (1 )0 .. 0. 0) 0. ., Q ) <O ) nS 8S !: ° 2! .., . :r g ~; ;. a. ~g - sõ O Q -. g fI )C ; ;" g~ ~e . ;- Q p) ~I (i ~ g. 11 Q . ('O ~. ° ° c. S cn Q )c n n \O Q ) 71 ,0 73 ,6 76 72 ,7 75 ,4 80 S 6 60 74 ,S 77 ,2 84 f\ Q .~ "'O ~ ~ .~ ~ ~ ~ - ; : I R ", ... o. R = O - '" C /)n ~ g- g. ,. ê' if 1i a. sr ° o. '" ti ~ 8 "' 08 :o '" ° ~ c; "Q ) ~g -~ n" 'a " -'= >o . R S. R P ; < = \0 2! .3 ~ n - ~ o. "' C S n = '" - ... ° a" 0" C ~ '" ° t" O n~ r » S ' r » 0. :0 "C O fl Q ° = e. ... . "' e: ::I : n - = g' gg . 8 - ~ "' 0: :> ' g. 5' ~ ~c i~ ,., ;;1 ('O "0 - = .. '" i» n; J> 0. 0V 1 ('O ;:I ::I : ::I :if < : 1; [5 '1 g- 0' "' =' g. o~ ('O o. '" ~ p; ;~ 8 ° ~g " '" ('O ° '" - o "0 0. 0_ . o. "' , n 3 ~ ~ '" '" ('O ° - .... .. Q ' ff i---- + ~ '-' ~ ~ ... \ O \O ... ... . .. 2 3 4 5 < l'I :z > -j 1= :/ > ~ :/ > . o Z I: ' < :: ~ ~ > t'" 6 7 8 9 10 11 12 13 1 4 15 16 17 18 19 20 22 ,11 'lI' " ' - '1, " ,." "" '! ,,1 i:!~I; m! I~~~ :;, li ,/ II~i ~".:~ :1 / 1 l r"d I ' 1LI I' ' '11: " I " í ; I I"I ' ~d ~,I IHi ~ t~ I II 1', rJ !i m :, 0' Q~ I' .çÃO INDUSTRIAL 6 8 10 Lado do duto (b ).m c.nHm.tro 20 30 40 60 80 100- J\. ~ I I.\ -,.~ ~ I'\. 00' ~ I'.. "" 1"- ti 2 3 4 5 8 8 10 20 3040508080100 Lado do duto (ti) 1M pal'Ioda OFICINA 40 NCM (m'/ml",,) 40 11 4,5 Hl ',5 Gl ',0 FI 20 NCM 20 20 20 VENTILADOR NA COBERTURA ALMOXARIFAOO 20 .. I ~rt. .1'1 1-1'000 41128& 'f'{;;;jil ~ 800 200 c 600 400 300 200 o. ~ 100 : 80 v :' 80 ~ o 40 -; 'O 30 .g o" o 20 .. 10 4 10.. 10.. I Flg. 11.68 Duto retangular equ\vz. lente ao circular (mesma vazão c , mesma perda de carga). Flg. 11.7 Instalação de insuflamenlO de ar. r DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR J33 I c;sideremos seis renovações horárias (Tabela 6.2), cada uma se realizando, portanto, durante 10 minutos <travésde quatro bocas de insuflamento.' (. A v~o de ar necessária será de ( 800 m3 aI = - = 80 ml/mio 10min Cada boca insuflará 80 + 4 = 20 m3/min b) Fundição Volume Va = 20 x 10 x 4 = 800 m3 t { Pela Tabela 6,3, adotaremos 12 renovações de 5 minutos de duração cada. 800 m3 aa = -:- = 160m3/min5mm \. Cadaboca insuflará 160 + 4 = 40 m3/min 2) Seções dos dutos: - Trecho AB do duro principal. Deve atender à vazão ,total a = QI + Qz = 240 m3/min = 14.400 m3fh = 4 m3 .S-I Velocidade admissivel V = 8 m/s = 480 m/min (Tabela 9.2) 14.400 m3fh = 0,50 mZ Área da seção de A até B: S = 8 x 3.600 -::;:::::.- ~ XO,5d = - = O,797m= 31,3"1T .-- o \ Se quisermos usar duto retangular equivalente, isto é, que dê a mesma perda de carga unitária, podemos usaro gráfico (Fig. 9.6a). Com d = 31,3" = 795 mm e fixandoo lado b = 109 em, acharemos o ladoI a = 50em. Pela Tabela 9.4, obteríamos, para d = 80 em, a = 60 em e b = 90 em. Adotemos a = 50 em, b = 109 iem DOtrecho AB. - Trecho BC do duro principal Q = 180 m3/min = 10.800 m3fh -b ql;,. ,r ", , 2,<t'} - ': ,,~. ~, . Como o trecho se acha um pouco afastado do ventilador, podemos admitir no mesmo uma velocidademenor,digamos de 7 m/s. Ss- c = 10.800 7 x 3.600 = 0,428mZ d .. ~ 4xO,428= 0,738m = 29" \ No gráficoFig. 9.6, com d = 29" e mantendoa altura b = 50 em (19,7"), achamosa = 38" (96,S\CIII). - ,Trecho CD do duro principal Q = 120 m3/min = 7.200 m3fh < IIt:... --'o _._-- ( - I 134 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Adotemos v = 6 m/s, reduzindo a velocidade 7.200- Se - D = 6 x 3.600 = 0,333m2 )1/),rI ,í{)IV ), f 4 x 0,333 d = Y = 0,651m = 25,6" Pela Fig. 9.6, mantendo b = 50 cm (19,7"), achamos a = 2S' = 71,1 cm. - Trecho DE, final do dUloprincipal Q = 6O"m3/min = "3.600 m3/h Adotemos uma velocidade ainda menor neste trecho, digamos v = 5 m/s SD- E 3.600 = 0,200m2=- 5 x 3.600 f 4 x 0,200 " d = Y-;-- = 0,504m = 19,5 Mantendo a mesma altura de 50 cm (19,7") do trecho CD, teremos (usando a Fig. 9.6) para a largura, 17" = 43,2 em. - Trechos de derivação lateral EM, DL, CK e BJ Q = 40 m3/min = 2.400 m3/h Podemos adotar uma velocidade de 3 m/s (ISO m/min) 2.400 SE - M = 3 x 3.600 = 0,222m2 f 4 x 0,222 d = Y-;-- = 0,532m = 20,9" Se adotarmos uma altura de 30 cm = 11,8" para o duto, a largura será (Fig. 9.6) de 2S" = 71,2 cm, portanto, 71,2 cm x 30 cm. - Tomada de ar exterior, antes do ventilador (duto de aspiração) I' I Vazão total Q = 240 m3/min = 14.400 m3/h Velocidade de entrada de ar no duto (Tabela 9.1). Adotemos 4 m/s, compreendido entre os valores 2,5 m/s e 6 m/s da Tabela 9.1. Seção do trecho do duto até a boca do ventilador 14.400- 4 x 3.600 = 1 m2Scntrada = f4Xí d = Y~ = l,128m = 44,4" DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 135 / O duto de entrada terá 10.000 cm2, com redução até a boca do ventilador. Adotando b = 109 cm (42,9"), acharemos, pela Fig. 9.6a, a = 98 cm (3S,6"). - Área dosfiltros Se o local da fá,brica estiver sujeito a muita poeira, pode vir a ser aconselhável utilizar um filtro antes da tomada de ar pelo duto de aspiração. " A velocidade de passagem ~través do filtro é da ordem de 1,8 a 2,0 m . çl. Adotemos v = l,S m . S-I. A área transversal do filtro será: S6'''. = 14.400 ~"'= 2,22 m2 l,S x 3.600 As células de filtragem podem ser do tamanho padrão de 60 x 60 x 5 cm, de modo que teremos \ 2,22 + 0,36 = 6,167 ou seja, aproximadamente seis células, -formando um painel de l,SO x 1,20 m, com"área de 2,16 m2. '\ . O filtro metálico 44-8 da Higrotec, de 600 x 600 mm e 50 mm de espessura, proporciona uma vazão \ normal de 3.030 m3/h e máxima de 4.040 m3/h com perdas de carga respectivamente de 3,05 e 5,34 mm H20. Com os seis filtros, a vazão será de lS.lS0 m3/h. " ~ "\ 9.3.2 Método de igual perda de carga Começa-se pelo trecho final do duto (trecho EM). Arbitra-se a velocidade de escoamento, baixa neste trecho (Tabela 9.1). No caso do exemplo, adotaríamos 3 m/s. Calcula-se a seção de escoamento necessária, tal como no 1.° método. 7 -~/hSE-M= = O,222m2 3 x 3.600 Diâmetro de um duto circular com esta seção t4 d = J4:S J4x 0,222 = 0,532 md = 1T No diagrama da Fig. 9.5, entrando-se com d = 0,53 m e Q = 2.400 m3/h (0,666 m3 . çl), acha-se uma perda de carga unitária igual à J. = o,ors mm de coluna de água por metro de tubulação e velocidade de2,Sm.s~l. I A partir desse valor para a perda de carga unitária, impõe-se a exigên~ia de que, ao longo de todos os trechos retilíneos de duto, a perda de carga unitária tenha sempre esse valor, isto é, que em cada metro de extensão de duto ocorra uma perda de energia correspondente a401tl~e coluna de água. Calculemos os diâmetros que deverão ter os restantes trechos de dutos. - TrechoDE 7 ~: 3".600m3fh = 1 m3/s Entrando no gráfico (Fig. 9.5a) com esse valor e com a per<la de carga ~~itária J. = 0,01SmmH20,obtemoso diâmetro D = 620mme V = 3,3 m/s 11) 1 1', j!. II~ ~ i~ rl, ' " !: I~ - Trecho CD D = 820 mm = 32,2" ' deq = 1,30 (0,30x 0,76)°,625= \ (0,30 + 0,76)°.25 ObtemosanaJogamente,pela Tabela9.4 . . I Como a tabela não vai além de d = 77,2 cm, usemos a parte da tabela aCImada lanha qu~brad~ I Nográficoda Fig. 9.5a, entrando com considerando valores de 8,2 ao invés de 82. Acharemos, para os lados, 8 x 7, que correspondena a x 70. Com estes valores, a fórmula de Huebscher confirmaria: Q = 1,80m3/se d = 0,508m, obtém-se 136 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 'l;I: , DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR J37 ( 1 Observação: Pelo 1.' método, havíamos achado D = 532.mm, mas a velocidade admitida fora de 5 m/s. - Trecho CD Q = 120 m3/min = 7.200 m3fh = 2 m3/s Com J. = 0,018 mmH20, obtemos analogamente, D = 820mm e V = 3,9 m/s. - Trecho BC . Q = 180 m3/min = 10.800 m3fh = 3 m3/s Com J. = 0,018 mmH20, obtemos D = 930mm e V = 4,3 m/s. - .!.rechf! ~1i Q = 240 m3/min = 14.400 m3Jh = 4 m3/s '-... - TrechoBC D = 930mm Acharemos duto de 90 x 80 cm. ( Com J. = 0,018 mmH20, obtemos D = 1.080mm e V = 4,7 m/s. Vejamos as dimensões dos dutos retangulares equivalentes, aplicando o método de igual perda de carga. I - Trecho EM " . ~ . ' . " f ~ D = 530mm = 20,9" Usando a Tabela 9.4, vemos que, para o diâmetro de 53,2 cm pode-se usar duto de 72 x 34 cm. Podemos utilizar a fórmula de Huebscher, que exprime o diâmetro d do duto circular equivalente ao retângulo de lados a e b e baseada no qual foi elaborada a Tabela 9.3. - Trecho AB D = 1.080 mm I ACha:emos duto de 110 x 90 cm. ObsefVaçoes: \. Pelo 2.' método, como foi adotado no trecho EM a velocidade de 3 m . S.I como ponto de partida, as velocidades nos demais trechos assumiram valores bem menores que os do 1.' método, resultando daídimensões maiores para os dutos. 2. poderá ser conveniente fixar um dos lados do duto retangular. Pela fórmula de Huebscher, pode-se chegar I a calcular o outro lado. Por exemplo, se quisermos que o trecho BC tenha a mesma largura de 110 em que tem o trecho AB, acharíamos para o outro lado 67 cm, correspondentes a um diâmetro de 931 mm. t Quando o ventilador, em sua boca de saída, expele o ar com velocidade elevada, como acontece com os ventiladores centrífugos de alta rotação, é necessário quese adapte, entre a boca de saída do ventilador e o duto, uma peça de concordância com alargamento. Isto porque uma velocidade de insuflamento grande no duto conduziria a um valor elevado para <>termo da energia cinética. Como vimos, não é conveniente uma velocidade excessiva de escoamento do ar no duto, devido às perdas de carga exageradas e à vibração queprovoca. ° alargamento faz diminuir o termo ~ ,aumentando conseqüentemente o termo.! , o qual ~ y responde preponderantemente na superação das perdas de carga no duto, ou seja, na aplicação de energia para vencer as resistências que se opõem ao escoamento do fluido. Esse alargamento do tubo deve realizar-se de um modo suave, com ângulo interno pequeno, para diminuir a perda que tem lugar no próprio alargamento. Como a peça de alargamento faz aumentar a energia de I pressão(embora diminua a energia cinética), ela é designada pelo nome de recuperador ou expansor. Tudo se passa, então, como se o ventilador recebesse um acréscimo de energia de pressão nesse alargamento. Esseacréscimo corresponde à diferença entre as energias cinéticas no início e no final do alargamento, menosa perda de carga nesta transformação, que, aliás, é pequena. Voltaremos a tratar desse fato no item 9.5. EXEMPLO'.4 Qual a perda de carga em um duto retangular de chapa de aço com 25 m de comprimento e lados de76em e 30 cm, com vazão de 1,8 m3/s? Soloção a = 30 cm "" 12" b = 76 em "" 30" Diâmetro equivalente 0,397 1,30 - = 0,508m. 1,015 d = 1,3 8 (80 x 70) = 81,76 "" 820mm (80 + 7W - velocidade v = 8,6 m/s - perda de carga unitária J. = 0,15 mmH20/m. ~- --- - - ..... d = 1,3 8 (ab» (a + b)2 Assim, com os valores 72 cm e 34 cm, obteremos (72 x 34» d = 1,3 ~8J = 53,3cm. " (72 + 34? - TrechoDE D = 620mm = 24,4" :1 1;1 ~ I 1 II1 !Ir l Pela Tabela 9.4, obtemos, para 621 mm, retângulo de 68 x 48 cm. Com esses valores, pela fónnull 9.9, obteríamos 622 mm para o diâmetro. l ( ( ( l \ , 138 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL A perda ao longo dos 25 metros de duto será J =J.x I = 0,15 x 25 = 3,75mmH20. -17 9.4 PERDAS DE CARGA EM PEÇAS ESPECIAIS Vimos como se calcula a perda de carga em dutos de seção circular e como se pode passar para ullla i seção retangular de efeito equivalente no escoamento, se se preferir usar dutos com essa forma de seção. Mas, ao longo do duto da instalação de ventilação forçada, existem peças que contribuem para aumentar a perda de carga do sistema, em razão do atrito, das turbulências e das variações na velocidade que provocam As principais dentre essas peças são: . ; iJ - bocas de captação ou tomadas de ar- bocas de saída - grelhas de insuflamento sem registros ou com registros de regulagem de vazão- curvas e cotovelos - alargamentos graduais ou expansões - ieduções- fi!tros J ,I~ ;, i I Poder-se-ia fazer como em hidráulica: calcular o comprimento equivalente de um duto de mesmo diâmetro í que a peça. Somar-se-iam os comprimentos virtuais correspondentes a todas as peças ao comprimento real I ' do duto e se calcularia a perda para esse duto de comprimento total. Embora esse método seja usado, como veremos no item 9.6, na prática de ventilação é mais usual determinar individualmente as perdas correspondentes a cada peça, exprimindo-as em P9~e~adas de coluna de água ou em mm de coluna de água. t Para isto, C ~ hecendo-se a velocidade médi~e escoamento na peça, calcula-se a altura representativa' I da velocidade{ h. ou seja, a pressão dinâmica expressa em pol.H20 ou em mmH20. Assim, a "pressão dinâmica" em'pC?egadas de água é dada por ~- I I "I woIH,O) I 90 [,h. = 4:õõ5z (vem pés/min) .1 I I ou, em mm de H20~ i" . I I ?~ r~:;-"c' [31 I h. = - 9.1 I 242,22 (vem m/min) , li: I!" ir Consultam-se tabelas adequadas, onde, para cada tipo de peça, se enc~ntra um coeficiente:'~ que, multiplicadoporlÍi),fornecea perdade cargaem pol.H20ouem mmHzO"." I Pode-se usa(-;(.rórmula com v em m/s e h", pressão dinlJmica ou cinética, em mmH20, consideranOO Io peso específico do ar igual a 1,2 kgf/m3. I ~ (2 x 9,80) .;.1,2 = 16,34 I I h. - h I (mmH,O) D! Para calcular a perda de carga 6.P na peça, basta multiplicar o valor d@belado po@sto é: ! ~~~M~ I J ll'" ~~ ~ ("" .D-,',' v '.- .f'" ,~",Y;u' r . ~~J (rI.." U ... K . h. I (mmH20 ou pol.HP) I 9.13 I r conforme a tabela que for usada. DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 09 +-,~ ~.~K .0,9 ,~ v ~- Perda. li IntrClda do duto -h V ~ -b--L-+ K.',O K., ~ ~J FIa.9.8 Valores de K para cálculo de perda de carga. G,.'ha .0.. 0''''.'01 sup.,".'. 11.,. K 70 °/0 60 % 50% 2 :5 5 'EE3-~ ~ ~ Grolh .0.. O''''ÇrOI Sup.,lIel. 11.,. d/D 0,2 0,4 0,5 0,6 o,, 0,9 K 2,6 2,5 ',75 ',5 0,7 0,2 K 70% 60% 60% :5 4 6 PtrdOl do ..,ga à oalda do dulo K D/d I~ 0,0 o~ ~. o~ 1,2 ~ ~ I~ ~ ( Sup.,/rç', 11... K d. lalda 100 % 5 1500/0 2 O(, . '" ..I, \. «.. '" 20 0(" 140 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Ili ~' I I:, 1'1 o~ W.~1\ 1 ,1 li' H li. Soç1l0 Circular R/O R J\ q) o 0,25 0,5 1,0 0,8 0,4 - 0,5 0,25 0,16 ~/R ' aoçla ..Ian,u'ar 1 ~l í>21 1=-;=1 ~ '45"K=O,IO t~K" 0,5 . lil! iIi ~I, Mudança. do dl..ção. Cunao o colove'o. ~rD ~tD~~ Al~ L~~~~~'R ' R;, Ro"V .J....-- L K R ~ R "--L " AO (uro' 0,62 N6..,,0 . 2 --.-O 0,68 d_~u- R/A K K.. 0,1 S. houver di,."... ~.. nal curvos K.. 0,19 ~ ~ Lr CotOV"OI ~o<. 90° 60° 411° 30° 0,85 0,65 0,44 0,22 O ~RCurva Comdoi. '0"0' to O Fig. 9.9 Valores de K para curvas e cotovelos, §C{J Cotovllo C.Ift palholao Ângulo rolo K = 0,8 Cur.,.das JC::I O D. rolo du,lo K.. O *='Fr~- ErtB V.r "tlllco V., cur'a A E3B- EEa t<z 0,06 V., curyo B AlargamtntoI C,x'Qnl~'I) . . .t'litom'"'OI w....." '"I R O~..-~u-;.a ~ ~R.to DI,'voç'&I... DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 141 , \ K o,, .o"'"A' 0,- \. O,, 0,2 D/d~. ',I ',0 (roduçõ", I >2d -1- ~d- '-, --D-/ ,'" ./ Y 0(.0 I( Perda d. carga a','burda 80 romo '.,undárfo (derlvaçõo) 1.,2_.. 0,5 0.3 0,13 A BIFURCAÇÕES 11c,9.10 Valores de K para alargamentos, derivações e bifurcações. I ~ Nlo ,..,or I... cO""cIeroqlo a recup.ro910 d,."da ao olor,IIm."to - R/O A /B = I I :l 3 I 4 K O 1,0 0,9 0,8 0,73 0,25 0,4 0,4 0,39 0,32 0,5 0,2 O ,2 0,19 0,16 1,0 0,13 0,3 0,13 0,10 ........ .... 1 0,2.5 0,15 2 0,20 0,12 3 0,111 0,10 R/O K 3 p o cao 5 poçao 0,25 0,8 0,5 0,5 0,4 0,5 1,0 0,3 0,2 R/O I( K Q(. .. 900 o( = 450 O 1,0 0,60 0,25 0,5 0,35 0,50 0,3 0,20 1,00 0,2 0,15 o<. K KO C 900 1,0 1,11 1350. 0,6 0,9 0(.0 K /5° 0,09 20° 0,12 300 O ,li 450 0,28 500 0,32 60° 0,44 90° ',00 R/O " " Ot.:: 900 0(,.= 1350 0,25 0,43 0,30 0,211 0,28 0,18 {' ( ( I \ l 1\ 142 '11 r!1\. li l.. I: 'f, :1: 1 I,! ~'" t\~ VENTILAÇÃO INDUSTRIAL I 2 o ---: o v - -j-- Perda de cor ga no ch ap'" Pchap..=K.h. rnD /':: ~ "/ K: 1.5 Regl.t,o de venl%lona. 1fII}l!: ::!J .!! Á,.a 11.,. d. ,...ag8M do ar, 6e 80 a 90a/o v ~ .4 a 5 m .ã' Fig. 9.11 Valores de K para chapéu de chaminé e venezianas. 1- -- I --'---1 i J --O I Cha",lnf .0'" chapbu IJ K: 1,5 V,,..,lofto 8'1t"". 10.;' d. 1I,.a 11... K: ',2 Grelha 11",,,,.. ~ _./7- K: 0,30 T,an,lç1ia ca", ",18t,O ~"'ST'O DE.AL"[TAS li ji] K: 1,5 Gr.lho com '8,fltro ,~;" DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 143 ~:I i,lrlU 9.5 EXPANSÃO OU ALARGAMENTO GRADUAL Quando ocorre um aumento gradual de diâmetro, à medida que a energia cinética diminui (porque dilDinui).a energia de pressão aumenta. Daí, o dizer-se que no alargamento ocorre uma "recuperação :a energia de pressão", representada por p,. Simultaneamente, ocorre uma perda de carga I!o.Pcarg..que, dependendodo ângulo a, é em geral pequena. A Fig. 9.12 mostra essas variações. A Tabela 9.5. referente à Fig. 9.12, fornece valores do fator de recuperação R, que multiplicado pela diferençaentre as energias de pressão dinâmicas h'l - hll2fornece a energia cinética transformada em energia de pressão I!o.p" ~ 4d O( -,- @-o h" pressllo totol pressóo estóti co !.-r!!.Dcargo 1íiv. ...L 1\ P'I li p S Aumento d. energia d~ press60 (, .cuperaçeSo) PS. Perda de carga 6.p carga = K (h v, -h v2 ) Fig.9.12 Variação de energia numa ex-pansão gradual. Tabela 9.5 Valores do coeficiente de recuperação R (ver Fig. 9.12) Tabela 9.6 Valores do coeficiente K de perda de carga (ver Fig. 9.12) 't'O>..' I ( \ irA.I' { Alt.'a Coeflele"t, de ,.rda H K I, O. O 0,10 O ,711. O 0,18 0,70. O 0,22 0,65. O 0,30 0,80. O 0,41 0,115. O 0,58 0,50.0 O , 73 0,45.0 1,00 Ângulo a Relação Dld 1,25:1 1.5:1 2:1 2,5:1 5' 0,88 0,84 0,76 0.68 10- 0.85 0.76 0.63 0,53 15' 0.83 0,70 0,55 0,43 20- 0.81 0.67 0,48 0,43 30' 0.79 0,63 0.41 0.25 Ângulos K 5' 0.28 10- 0M 15' 0,58 20- 0,72 25' 0,87 . 30- 1,00 + de 30' 1.00 144 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL EXEMPLO 9.5 Na Fig. 9.12, suponhamos D = 2 m, d = 1 m e a = 1S' 1T X 121TJ! 1T s. = -=-=- 4 44 1TD2 1T . 22 S2 = -=-='Ir Ir' li 4 4 A vazão Q é igual a 6,28 m3/s. As velocidades serão '1 ~,1 ,)1: 6,28Q --- VI = SI 8m's-. 'Ir 4 6,28 = 2m.s-1 'p'l Q V2 = S; 'Ir ~I ~ As pressões dinãmicas são, pela fórmula 9.10, !!I'. 0..I 16,34 82 =- 16,34h'l = \1 22 h'2 = 16,34 = 16,34 64- 4 60 h'l - h'2 = 16.34 = 16,34 = 13,67 mmH20 :!I;III A recuperação da parcela de energia de pressão será âp, = R (h'l - H"J Na Tabela 9.5, vemos que o coeficiente de recuperação R, para a = 15'e D/d = 2, é iguala 0,55 âps = 0,55 x 13,67 = 7,52mm A perda de carga âp"",. é dada pela fórmula 9.11: I âpc.". = K (h'I - h,1 I G ,li I Na Tabela 9.6, obtemos, para a = 15', K = 0,58. Logo, âPca,.. = 0,58 x 13,67 = 7,93 mm Com a diminuição da energia cinética, houve uma recuperação da energia de pressão de um valor igual a 7,52 mm, quase igual à perda de carga (7,93 mm). .11 11"li, I 1 1~ !U -17 9.6 COMPRIMENTOS EQUIVALENTES EM PEÇAS i Podem-se calcular as perdas de carga correspondentes a curvas, reduções e outras peças eXPrimindO! essas perdas em metros ou pés de duto de igual diâmetro e que provoca a mesma perda que a peça considerad3.I Designa-se esse comprimento por comprimento virtual ou equivalente, pois, sob o ponto de vista de escoamento,i I ~, r ! DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 145 ( 'j ( a peça considerada equivale a um certo comprimento de duto. Esses comprimentos equivalentes ou virtuais d3Sdiversaspeças são adicionados ao cOlI!primentoreal do duto, obtendo-se um comprimento total, isto é, ,/ e~:'I+ 1'~:0 ( I Umavezobtidoo 1,0 procede-secomovimosno item9.3 para determinaçãoda perda de carga. { I A Tabela 9.7 permite a determinação dos comprimentos equivalentes para curvas e alargamentos com I junçãO,taiscomorepresentadasna Fig.9.13. \ ! As Figs. 9.14, 9.15, 9.16 e 9.17 apresentam os comprimentos equivalentes para diversas modalidades deinserçõese derivaçõesemdutos e plenuns. ~ ' rr l-i1 - O --o FIg.9.13 Comprimentos equivalentes, expressos em pés de duto retilíneo de i~ual diâmetro. (Ver Tabela 9.7.) I . Tabela 9.7 Comprimentos equivalentes para curvas expressos em pés, de duto retilíneo de igual diâmetro (ver Fig. 9.13) Válido para o ramo secundário do du. 10 (ver Fig. 9.13) Paracurvasde6O" 0,67 x 4S' O,SOx perda correspondente a 90" perda correspondente a 90- perda correspondente a 90" [ \. '1 30" 0.33x - _..~ --- - -... Diâmetro Curva de 90- d R pol. 1,5 d 2,Od 2,5 d 3 5 ft 3 ft 3ft 4 6 4 4 5 9 6 5 6 12 7 6 8 15 10 8 10 20 14 11 12 25 17 14 14 30 21 17 16 36 24 20 18 41 28 23 20 46 32 26 24 57 40 32 30 74 51 41 36 93 64 51 40 105 72 59 48 130 89 73. Diâmetro Ângulo de entrada d (polegada) 30- 45' 3 2 ft 3ft 4 3 5 5 4 6 6 5 7 8 7 11 10 9 14 12 11 17 14 13 21 16 16 25 18 18 28 20 20 32 h" ( ~ ( ( ( 146 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 1~1 '~l . I . . ~ I.. j!Ii 1' 1 ': 1q.I., "~I Flg. 9.13a Execução de peças de conCOr. dância empolipropileno da Tecnoplástico Belfano, usando soldagem rápida COmVa. reta e ar aquecido. t?~ 13~", ,«=::: "" : ' ~, , 13M ~'...." , " ' , . IT." '" '....'M " ..., ........ ">0:::~6<M~ Flg. 9.14 Comprimentos equivalentes apro- ximados nas derivações de dutos com redu- ções. (Cortesia NESCA.) Nota: Devem-se adicionar 8 m ao comprimento equivalente das três conexões mais próximas à unidade e às três seguintes a cada redução no duto principal (p/enum). ,o.. ~ .. 7m 10m ~~.. =. ~'i ij! Flg. 9.15 Comprimentos equivalentes aproximados de derivações de dutos com reduções. (Cortesia NESCA.) T- DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 147 fII. 9.l6 Derivações a partir de um p/enum, para insuflação ou retorno de ar. Comprimentos equivalentes. (Cortesia NfSCA.) ~~ ,.. ~ . ~ ç 20~ ~~ ~ ..~ ".~ ~ ~9.17 Comprimentos equivalentes aproximados para derivações de dutos de seção circular. (Cortesia NESCA.) Nota: Cm-seacrescentar 8 m ao comprimento equivalente das três conexões mais prdximas da unidade em cada ramal. . 9.7 CURVASE JUNÇÕES F~ prática do projeto de dutos apresenta algumas recomendações expressas pelos esquemas indicados Da,Ig.9.18. Vê-se que há soluções recomendadas e soluções inadequadas ou pouco recomendáveis. . ;",~" ' 148 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ecrQJ1Hiil ] 1 . " . " 1 '1' J~ I I ~ "I 'Ji 1 1 ,1; ",I Rlcom.ndado D"aconu'hada 11. I. D CURVA Adorar -t q,ondo CURVA PARA OUTO RETANGULAR ~ ~ Vm= V.loc Ida dt ..lnl..a d. t, ar.. po,to di contomlno"t., Crft'rio para dlmonslonomtnfo da poça do Inte,.oç1a L 'nadov.ada ~? Ac o" &v o, Flg. 9.18 Indicações práticas para projeto de dutos. Inadequddo 9.8 JUNÇÕES DE RAMIFICAÇÕES EM DUTO r I DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR 149 ( , ' A diferença entre as velocidades, que eventualmente pode até ser grande, necessita de uma certa pressão ( , estáticaPE para que possaser produzida.Quando se verificaruma diferençasuperior a 2,5 mm de coluna I de água (O,r' H20) entre a pressão dinãmica no tronco principal (3) e a pressão dinâmica resultante dos ( i dOL~troncos (1) e (2), essa diferença deverá ser compensada. Uma das maneiras de se resolver a questão consiste em considerar-se uma velocidade fictícia resultante I I dasvelocidades dos dois troncos (1) e (2) e em calcular-se a altura representativa da velocidade ou pressão'l I dinâmicacorrespondente (h,).I Sabemos que h, V2 4.0052 v (pés/min) h, (polegadas de água) I Chamemos de QI a vazão no ramo (1), em cfm; Q2 a vazão no ramo (2), em cfm; SI a área da seção do duto (1); S2 a área da seção do duto (2); \ h'r a pressão dinâmica ou altura representativa da velocidade correspondente às duas vazões de ar combinadas. i Assim, [ QI + Q2 ] 2 h" = 4.005 (SI + S2) Supõe-seque os ramos 1 e 2 se encontrem equilibrados na junção, de modo que a pressão estática em, I (1)seja igual à pressão estática em (2) I P ! p."...(I) = P'''aI.(2),istoé,~ i 1 Y I Se tivermos hU) > h" a diferençah,. - h'r vem a ser a energia de pressão necessária para produzi.I I oacréscimo de energia cin'ética entre h'3 e h,r'ESla correção se faz da seguinte maneira: P2 P (J) = p (1)+ (h ,..h,). ~ rI'I I Um mesmo duto (tronco ou linha principal) pode receber a contribuição de diversos ramais no casoI de sistemas de exaustão ou insuflamento de ar. Neste caso, pode acontecer que a velocidade no duto principal logo após a inserção de um ramal seja maior do que as velocidades nos ramais que se juntam. No caso da Fig. 9.19, temos apenas um ramal de junção e . V3 > VI e vJ > V2 VI '1,111 111 Flg. 9.19 Inserção de um duto em um alargamento. (ID VJ. P Notemos que os valores algébricos de p = - são negativos (vácuos ou rarefações) num duto de exaustão. Y p."... (J) = Energia de pressão no ramo 3 P (I) = Energia de pressão no ramol = Energia de pressão no ramo 2 h'J = Pressão dinâmica em 3 (altura representativa da velocidade em 3) ! l EXEMPLO9.6 (Fig. 9.19) I I I I I Duto Diâmetro (") 1 2 3 12 4 14 I ~ - Área (sqft) Q(cfm) V(ft/s) h,("HP) p..... ("H2O) 0,785 2.747 3.500 0,764 -2,10 .( 0,087 339 3.900 0,948 -2,10 1,069 3.086 2.887 0,490 ! \. 150 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL (2.747 + 339)2 h = " 4.0052.(0,785+ 0,087)2 9.523.396 = 0,78" 12.196.578 P..,...(3)= - 2,10 + (0,78 - 0,49) = - 1,81" Houve uma redução de -2,10" - (-1,81") = -0,29" no valor da pressão estática, por ter havido uma redução no valor da pressãodinâmica, uma vez que a velocidade diminuiu de 3.500 e 3.900 em (I) e (2) para 2.887 fpm em (3). Houve uma "recuperação" de uma parte da energia cinética em energiade pressão, pois "redução" com sinal negativo significa aumento. Vejamos o que aconteceria se mantivéssemos o mesmo diâmetro em (1) e em (3) (2.747 + 339) 2 h = = O78" " [4.005(0,785+ 0,087)f ' PC"".3= -2,10+ (0,78"- 0,914)= -2,100- 0,134= - 2,234" I!tl No ponto (3) a depressão deverá ser de -2,234", isto é, o ventilador terá o acréscimo de 2,234 - 2,100 = 0,134", no desnível energético que deverá prover. Os exemplos acima justificam o alargamento do duto quando nele é realizada a inserção de um ramal. EXEMPLO9.7 Com a finalidade de determinar a potência do ventilador, calcular a perda de carga no sistema de ventilação com insuflamento de ar representado na Fig. 9.7, com os dados do Exemplo 9.3. Consideraremos a linha de insuflamento, desde a última boca (ponto M) até a tomada de ar para o ventilador. Marcam-se, em planta, os trechos retilíneos de dutos. No caso, os trechos correspon.dem aproximadamente as distâncias entre as bocas de saída laterais no almoxarifado e na oficina. Adotaremos as dimensões dos dutos calculadas pelo 2.° método, ou seja, o das iguais perdas de carga. Boca de insuflamento M Usemos, na boca de insuflamento, grelha simples unidirecional de menor custo, K = 1,2 (Fig. 9.11). Perda de carga f1PI = 1,2' h, V2 A altura representativa da velocidade h, pode ser calculada por h. = - (fórmula 9.10). 16,34 ')lar = 0,00129 . ')I'coa 2 X 9,80 = 16,34 1,2 :Imlil .Na saída da grelha, a velocidade pode ser adotada como igual a 4,5 m/s (Tabela 9.3). 'I Para a vazão de 40 m3/min = 0,666 m3/se velocidade de 4,5 m/s, a área livre de saída da grelha deveráI ser il ~il[J 0,666 = 0,148 m2 Scrclha = 4,5 f' , DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR I /I.boca poderá ser de 24" x 10", ou seja, de 0,610 m x 0,264 m = 0,154 mZ. Corno a seção livre de saída é da ordem de 85% da área total, temos 151 s = 0,85x 0,154 = 0,130 mZ /I. velocidade corrigida para essa seção livre será: - ~ = 5,12 m/s, valor aceitável numa instalação industrial. Calculemos h, p- 0,130 5,122 h = - = 1,60mmHp , 16,34 Perdana grelha ~ Ap! = K. h. AP. = 1,2 x 1,60 = 1,920 mmH20 Trechoem Duto com l = 1,5 m de comprimento. Consideremos o trecho como de igual seção ao longo desse comprimento: Q = 40 m3/min = 0,66 m3/s o = 3m/s Com esses valores, achamos no gráfico (Fig. 9.5 ou 9.5a) uma perda unitária Ju = 0,018 mmHzO/m Para o trecho de 1,5 m, teremos Apz= JEM = 1,5 x 0,018 = 0,027 mmH20 Derivação do dU/o principal para o ramo EM (Fig. 9.10) R Admitamos- = 0,25 e a = 90" V = 3 m/s D Obtemos K = 0,5 32 h, = - = 0,55 mmH20 16.34 Ap3= K x h. = 0,5 x 0,55 = 0,275mmHp rrechode ,...com l = 4 m Q = 60m3/min = 1m3/s V = 3,3 m/s Ju = 0,018mmH20/m . Ap. = JDE = Jux I = 0,018x 4 = 0,072mmHp Transição(1). Trecho de D para E Redução com ângulo a = 60'. Na Fig. 9.10, K = 0,06 V = 3,3m/s 33z h, = ~ = 0,666mmH20 16,34 Aps= K x h. = 0,06x 0,666 0,04 mmHzO Duto Diâmetro (") Área (sqft) Q(cfm) V(ftIs) h.("HP) pcstá',("H2O) 1 12 0,785 2.747 3.500 0,764 -2,10 2 4 0,087 339 3.900 0,978 -2,10 3 12 0,785 3.086 3.289 0,914 ~'l .. ' . . ..I '! " ! . ' l i 1 li," 1 ,1' 1 "il! " l i'l, li !~.,I.', " i ' I ' ' ~ ' , 1'., ... " .. ~ . , . :r I 'Ir'r ""I ilU, !il 152 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL r DUTOS PA~A CONDUÇÃO DO AR 153 (" \ Trecho CD com I == 4,5 m Com Q == 120 m3/min ==2 m3 . S-I e Ju == 0,018, achamos v == 3,9 m/s J. == 0,016 mmHp/m Ap6 ==JCD == Ju x I Ap6 ==JCD == 0,018 x 4,5 ==0,081 mmHp ( ~ Transcrição (2). Trecho de C para D (Fig. 9.10) K V == 0,06 == 3,9 m/s V2 72 h := -'Y == - ==2,998 mmH20 . 2g 16,34 I perdade carga devida ao alargamento K ==0,3 Apn:= K x h. ==0,3 x 2,998 ==0,899 mmH20 l l 392 h == --.2 ==0,93mmHp . 16,34 Ap7 == K x h. ==0,06 x 0,93 ==0,055 mmHp Trecho BC com I == 4,5 m DuascUnJasde 9()" para subida do duto e desvio na cobertura, duto retangular A "" B (Fig. 9.8) R Com-==025 D ' K ==0,4 Q ==180m3/min V ==4,3 m/s Ju ==0,018mmHp Aps ==JBC==0,018x 4,5 ==0,081mmHp Trecho BA com I == 2 m Q ==240 m3/min V == 4,7 m.3tmin J. == 0,018 mmH20 Ap9 ==JBA == 0,018 x 2 ==0,036 mmHp'U j ' IIU! 111;1 Cotovelo com palhetas diretrizes (ver Fig. 9.9) Ângulo reto: K ==0,8 v ==4,7 mls 472 h. == --.2 == 1,08 mmHp 16,34 àpl2 ==2 curvas xh. x K ==2 x 1,08 x 0,4 ==1,728 mmH20 rdtrode ar Perda de carga estimada em 10mmH20 Apl3 == 10 mmH p Venezianaexterna, com registro de palhetas ajustáveis verticais (Fig. 9.11) Q ==240 m3/min V ==5m1s K ==1,5 52 h == - == 1 530 . 16,34 ' àp.. == 1,5 x 1,530 ==2,295 mmHp Perdade entrada no duto (Fig. 9.8), Boca simples sem flange K == 0,9 .h. == 1,530 àpu ==0,9 x 1,530 == 1,377mmHp Perda de carga total Ap l1p ==1,920 + 0,027 + 0,275 + 0,072 + 0,040 + 0,081+ 0,055 + 0,081 + 0,036+ 1,080+ 0,899 + l + 1,728+ 10,000+ 2,295+ 1,377 ==19,966 mmH20 A pressão total Ap, a ser fomecida pelo ventilador deverá atender à pressão estática total l1p, para I venceras perdas de carga, e à pressão dinâmica (v~ - if. ), sendo v, e v. as velocidades à saída e à entrada2g 2g doventiladorrespectivamente. ( V, ==7,0 mls v. == 4,0 mls '( ,li "~ti \11 4,?2 == 1,35 mm k. == 16,34 V2-V2 72-4. Av == ~ ''Y ==- x 1,2 ==2,01mmH20 2g 2 x 9,81 ...li...- Aplo== 0,8 x 1,35 == 1,08mmH20 Alargamento da boca de saída do ventilador até o duto no ponto A (Fig. 9.10).1 ;!Ii l !!I . . . : ..11'" I.'I' '. :! ! ij 'i! li' I.II".!I D Para a ==30"e - ==1,6, temos k == 0,3 d Diâmetro em A D == 1.080 mm (já calculado) - - Diâmetro d na boca de saída do ventilador D d == - == 675 mm 1,6 Q == 240 + 60 == 4 m3/s Fixo v == 7 m . S-I Achamosd == ~4~Q == ~ 4 x 4 == 0,853m'1Tx7 ( ( ( , \ ( /. ..~ 154 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL A pressão total ou energia total será, pois, Av. = Av + Av = 20,621.+2,01 = 22,63i mmHp A potência do motor que aciona o ventilador é calculada pela fórmula abaixo, conforme será explicado no item referente aos ventiladores Q.Ap, Ncv = ~ Q(m1 .S-I) 71 = rendimentototal, que admitimosser igual.a0,60 4 x 22,621 N = = 2,01cv 7S x 0,60 - I Observaçoes: 1 a) 1 mmH20 equivale a 1 kgf/m2ou 0,0001 kgflcm2 I b) deveremos consultar catálogos de fabricantes para a escolha do ventilador, como vereJ110s no Capo 10 ' Imas, numa primeira aproximação, vemos que o motor seria de 2,0 cv. ' ' I ' . '1 1. )1 1'''11 EXEMPLO 9.8 Um local é pressurizado a 30 mmca em relação à pressão da sala contígua, havendo entre ambos uma porta. Qual o esforço para abrir a porta para dentro desse local? I s._, I A área da porta é S = 210 x 70 cm = 14.700 cm2 Sabemos que 'i,~1i: ~'I cl,l~ '1.~ ! 1i' .. I' , ' . ,I ~I 'li ',I!! 10.000 mmca = 1 kgf/cm2 20 mmca - 0,0020 kgf/cm2 :I:~t I I I Observação: I I Quando existe um diferencial de pressão muito grande entre um recinto e outro contíguo, intercala-se, entre ambos, um compartimento pequeno, denominado "câmara de despressurização", a qual evidentemente I terá duas portas, cada qual abrindo para o recinto respectivo. I I r A força que comprime a porta será F = 14.700 cm2 x 0,002 kgflcm2 = 29,4 kgf. "I i 111: dl l 1:: '~~i,I' d:,j i';, li" 11 ,I~ ,"1 9.9 MATERIAL DOS DUTOS O fluido conduzido no duto é um dos fatores decisivos na escolha do material com o qual este deve! ser construído. Vapores e gases agressivos, grande quantidade de particulados e materiais abrasivos podemI. impedir o uso de determinados materiais e, em certos casos, definir o tipo de material do duto. 9.9.1 Materiais plásticos São fabricados em forma tubular cilíndrica, embora possam ser confeccionados dutos de seção retangular com placas coladas, o que, entretanto, é menos prático. ãII Resistema uma grande variedadede agentes agressivos,sendo recomendadosem dutos de exaust de gases e vapores agressivos ao aço~eao alum~. , , ' ,. ' \11 '/ li' ,'h!I r . pVC . pp . yrFE I . polyaran I . pRFV I DUTOS PARA CONDUÇÃO DO AR155 Os tipos mais comuns são os de - cio reto de polivinil. Não se deve ser usado para gases e vapores acima de 50-c. o polipropileno. Resiste a temperaturas de até lOo-C. A Tecnoplástico Belfano Ltda. fabrica os tubos de PP Tubelli, com diâmetros de 20 cm a 160 em. o politetrafluoreto de etileno. - resina termoestável poliéster, fibra de vidro e areia silicosa. Diâmetros de 100 mm a 1.200 mm. - plástico reforçado com fibra de vidro. 9.9.2 Chapa de aço podem-se usar dutos de chapa de aço galvanizado desde que os gases que por eles devam passar não sejamcorrosivos. A Tabela 9.8 indica a espessura da chapa de aço galvanizado conforme o diâmetro e a "classe de material" queserá conduzido no duto. As classes são: o material não-abrasivo. Ex.: dutos de exaustão de cabine de pintura ou de serraria e carpintaria etc. - material não-abrasivo, porém em elevada concentração;- material abrasivo em fraca concentração. Ex.: exaustão de particulados de politrizes e de moinhos de carvão etc. o material abrasivo em altas concentrações. Ex.: britagem de rochas, chaminés de exaustão. Tabela 9.8 Espessura de chapas de aço galvanizadas para dutos de ventilação As peças. especiais como cotovelos, reduções, alargamentos e curvas convém sejam feitas com chapa doispontos mais espessa na escala U .5.5. Se o duto for de chapa 22, o cotovelo deverá ser de chapa 20. 9.9.3 Chapa de alumfnio A Tabela 9.9 permite a escolha da bitola da chapa de alumínio, uma vez determinada a da chapa de açogalvanizado. Tabela 9.9 Bitola de chapa de alumínio para duto de ventilação ~ QasseI Qasse11 QasseIII Bitola de chapa de aço Diâmetro (V.S. Standard) pol. cm Classe 1 Classe 11 Classe 111 até 8 até 20,3 24 22 20 8 a 18 20,3 a 45,7 20 20 18 18 a 30 45,7 a 76,2 20 18 16 acima acima 18 16 14 de 30 de 76,2 Chapa de aço 26 24 22 20 18 16 14 Bitola V.S. Standard Chapa de alumínio 24 22 20 18 16 14 12 bitola B & S ";1 ':1;. r ! f A norma NB-I0/1978 apresenta as bitolas de chapas para a fabricação de dutos rígidos e sistemasd ' ar limpo e baixa pressão (pressão estática até 50 mm de coluna d'água) e velocidade de até 10 m/s. e I I I 156 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 9.9.4 Tabela da ABNT Tabela 9.10 Bitola de chapa de dutos, conforme a NB-I0/1978 .11 !!;~ - ! 10 ! VentiladoresIi'-I- I I I ! I \' [ As instalações de ventilação por insuflamento elou por exaustão de ar necessitam do ventilador corno veículopara criar o gradiente energético que permite o desejado escoamento do ar. ! 10.1 DEFINiÇÃO I Ventiladores são turbomáquimas geratrizes ou operatrizes, também designadas por máquinas turbodinâ- , ricas, que se destinam a produzir o deslocamento dos gases. Analogamente ao que ocorre com as turbobombas, I arotação de um rotor dotado de pás adequadas, acionado por um motor, em geral o elétrico, permite ( ! atransformação da energia mecânica do rotor nas formas de energia que o fluido é capaz de assumir, ou seja,a energia potencial de pressão e a energia cinética. Graças à energia adquirida, o fluido (no caso \ , oarou os gases) torna-se capaz de escoar em dutos, vencendo as resistências que se oferecem ao seu desloca- I meDto,proporcionando a vazão desejável de ar para a finalidade que se tem em vista.' I Já tivemos necessidade de nos referirmos aos ventiladores nas instalações de renovação de ar por insufla- , meDloe por exaustão e por ambas. É imprescindível que nos detenhamos a estudar, embora sem grande. 1 profundidade, essas máquimas usadas nas indústrias não apenas em ventilação e climatização, mas também emprocessos industriais, corno na indústria siderúrgica nos altos-fornos e em sinterização; em muitas indústrias I oasinstalações de caldeiras; em pulverizadores de carvão, em queimadores, em certos transportes pneumáticos eem muitas outras aplicações. . 1 O ventilador é estudado corno uma máquima de fluido incompressível, urna vez que o grau de compressão quenele se verifica é tão pequeno, que não é razoável analisar seu comportamento corno se fosse urna máquinatérmica. Quando a compressão é superior a aproximadamente 2,5 kgf . cm-2, empregam-seosi turbocompressores,cuja teoria de funcionamento, em princípio, é a mesma que a dos ventiladores, havendo I . porémnecessidade de levar em consideração os fenômenos termodinâmicos decorrentes da compressão do are os aspectos inerentes ao resfriamento dessas máquinas. 10.2 CLASSIFICAÇÃO ~xistem vários critérios segundo os quais se podem classificar os ventiladores. Mencionaremos os mais I í USuaiS. a)~undo o nlvel energético de pressão que estabelecem, os ventiladores podem ser de: -baixa pressão: até uma pressão efetiva de 0,02 kgf . cm-2 (200 mmHp); -média pressão: para pressões de 0,02 a 0,08 kgf . cm-2 (200 a 800 mmH20). Ex., Ventilador { Higrotec Radial TIP Série 1.800 e 4.800 IRT. Pressões de 125 a 890 mmH20; -alta pressão: . (para pressões de 0,08 a 0,250 kgf . cm-2 (800 a 2,500 mmH20). Ex., Ventilador Higrotec PA-série 2.300. Pressões de 125 a 2.413 mmHzÜ e vazões até 101.000 ( m31h; '~'H_{J. { ( ........ Espessuras Duto circular (diâmetro) Calandrado, com Retângulo Alumínio Aço galvanizado Costura helicoidal costura longitudinal (lado maior) Bitola 0101 Bitola 0101 (0101) (0101) (0101) 2 0,64 26 0,50 até 225 até 450 até 300 22 0,79 24 0,64 250 a 600 460 a 750 310 a 750 20 0,95 22 0,79 650 a 900 760 a 1.150 760 a 1.400 18 1,27 20 0,95 950 a 1.250 1.160 a 1.500 1.410 a 2.100 16 1,59 18 1,27 1.300 a 1.500 1.510 a 2.300 2.110 a 3.000 , \ < ( { ( l { , \ I ;11 158 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL - muito alIa pressão: para pressões de 0.250 kgf . cm-~ a 1.00 kgf . cm-~ (2.500 a 10.000 mmH20). São os turbocompressores. b) Segundo a modalidade conslrutiva: - célllrífugos. quando a trajetória de uma partícula gasosa no roto r se realiza em uma superfície que é aproximadamente um plano normal ao eixo (Fig. 10.1 a), portanto. uma espiral; - hélico-centnlugos, quando a partícula em sua passagem no interior do rotor descreve uma hélice sobre uma superfície de revolução cônica cuja geratriz é uma linha curva (Figs. 10.1 b e c); . - axiais, quando a trajetória descrita por uma partícula em sua passagem pelo rotor é uma hélice descrita em uma superfície de revolução aproximadamente cilíndrica (Fig. 10..1dI. (a) Centrífugas (d) Axlols c) Segundo a forma das pãs: (c) Hé/lco -oxiOi s (b) Helicoidal s Fig. 10.1 Modalidades construtivas dos rotores dos ventiladores. - pás radiais retas (Fig. 10.2 a); - pás inclinadas para trás, planas (Fig. 10.2 e) ou curvas (Fig. 10.2 b). Podem ser de chapa lisa ou com perfil em asa (airfoil) (Fig. 10.4 b); - pás inclinadas para frente (Fig. 10.2 c); - pás curvas de saída radial (Fig. 10.2 d). d) Segundo o número de entradas de aspiração no rolar: - entrada unilateral ou simples aspiração; - entrada bilateral ou dupla aspiração. e) Segundo o mimero de ralares: - de simples estágio, com um roto r apenas. É o caso usual; - de duplo estágio, com dois rotores montados num mesmo eixo. O ar, após passar pela caixa do 1.' estágio, penetra na caixa do 2:' estágio com a energia proporcionada pelo \.' rotor (menos as perdas) e recebe a energia do 2.' rotor, que se soma à do \.' estágio. Conseguem-se assim pressões elevadas, da ordem de 3.000 a 4.000 mmHp (Fig. 10.9). , . 'I pAs RADIAIS RETAS PÁS CURVADAS PARA TRÁS Robusto. Movimenta g,and.. cargos' d. ,G,';C\8'OI. Traba'f8o p'lado R.ndi", .nto baixo Usado para go,.. limpo. . SII.nclolo. Bom,. n. dim.Ato. Potincla auto- limitado. Alta pr..,ao (d) PÁS CURVAS, DE SAlDA RADIAL Alta pr.I.'ão Grand.. vazo'" Flg. 10.1 Formas das pás de ventiladores centrífugos. 'I J CURVADAS PARA FRENTE Som t. n d 1mI n1o AJto ,r..,io (8) PÁS RETAS, PARA TRÁS Media pre I .io Para 90les limpo. Ou com baixa conc.n'raçCf. d. parJicula. Fig. 10.3 Ventilador Sulzer com pás para trás. Ventilador tuboaxial ,;. 24k Exaustores com transmissão tipo TTR '"".. Exaustores axlals com transmissão Com motor externo e transmis- são blindada, por correias. para gasescorrosivosouexplosivos Flg. 10.4 Ventiladores-exaustores axiais da Metalúrgica Silva Ltda. Ventilador axial-propulsor Exaustores Industriais tipos E-100e E-150 Para ventilaçãoe exaustão em grandesambientese preces. 50S industriais 160 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ~, ~ ~.. Transmissão direta O rotor é montado diretamente sobre o eixodo motor.Atemperatura máxima de operação é 10o-C Flg. 10.4a Rotor tipo" A" pás airfoil, para trás (Higrotec), 600 a 954.11X). m)/h,5 a 760mmHp. Elevadorendimentoe nívelde ruídomuitobaixo. I' Transmissão por correias O roloré montadoem um robustoeixo sobre rolamentos. Para temperatura acima de 10o-C,um disco de reslria- mentopode ser montadoentre a carca- ça e o mancalmaispróximo,permitindo então transportar gases a temperatu- ras de até 3SO"C Transmissão por correias e base única O motordo ventiladore a transmissão por poliase correias são montadosem uma robusta base formando uma uni- dade completa pronta para ser acio- nada Flg. 10.5 Variantes de acionamento do Ventilador HC da Flãkt Técnica de Ar Ltda. 1"1) ill(1 tIII!I i1l51; P3 li lll l,~~ ,I\:~I.III ,,,01" 1 I:! ~. '::~UI \1!1 P3 o Po r f l I 1 f , MODELO RS (SIROCCO) Disponibilidades: 200 a SOO.OOOm'lh, Sa80mmca. Simples ou dupla aspiração MODELO RL Disponibilidades: 2.000 a 300.000 m'lh, 20 a 3S0 mm ca. Simples ou dupla aspiração MODELOS RBI-RMI-RAI Disponibilidade: 1.200 a 9S.000 m'Ih, 30 a 600 mm ca VENTILADORES APLICAÇÕES: Ar condicionado, calefaçáo. ventilação e exauslao industrial, comer. cial ou doméstica. Estufas, coitas. secadores. condensadores ava. porativos. torres de resfrlamento e cAmaras trigorlficas 161 ( ( ( { ( ~ { \ ,.o - \~t",.".: ~ CARACTERISTlCAS: Grande volume de ar. Baixa pressão. Baixo n!vel de rurdo APLICAÇÕES: Arcondicionado,ventilaçãoe exaustâo industrial, comercial oudo- méstica. Estufas, secadores. tiragem forçada, ventilação de minas e túneis, câmaras frigorlficas e apncaçOesespeciais CARACTERlsTICAS: Grande volume de ar. Mádia pressão. Médio nlvel de ruido APLICAÇÕES: Exaustão de detritos de máquinas.ferramentas. através de trans. porte pneumálJco. Exaustão de pó, gases, fumaças, vapores e odo- res industriais CARACTERISTlCAS: Especial para aplicação onde O material transportado necessite atravessar o ventilador MODELOS RBE-RME-RAE APLICAÇÕES: Disponibilidades: 200 a 130.000 m'lh, 30 a 600 mm ca MODELO RR Disponibilidades: 60 a 3.000 m'/h. 60 a 1.350 mm ca MODELO RH Disponibilidades: 180 a 6.000 m'/h, 60 a 1.500 mm ca ExaustAo de detritos de máqulnas.ferramentas através de trans. porte pneumático. Exaustão de pó. gases. fumaças, vapores e odo- res industriais. Aplicações espedais CARACTERISTlCAS: Construção em 'rês modelos de acordo com a necessidade do balanceamento entre o volume de ar e pressão APLICAÇÕES: Transporte pneumático. queimadOfes de 61eo, fomos Industriais tipo Cubilot ou especiais, forjas. sopradores para projeção de materiais. AplicaçOes especiais CARACTERISTlCAS: Alta pressao, volume de ar reduzido. O material transportado. se for o caso, não deve atravessar o ventnador APLICAÇÕES: Transportepneumático,quelmadoresde óleo. fomos Industriaistipo Cubllotou especiais, forjas,sopradores para projeção de materiais. AplicaçOes especiais CARACTERISTlCAS: Alta pressão, pequeno volume de ar. O material transportado, se foro caso, nAo deve atravessar o ventilador ( .( ( { ( I 1 I I l \. r ! I I , t I !. I I I'- - t,~""!,~ f 1' \ 1\ 10.7 Ventiladores da OTAM S.A. Ventiladores Industriais. Flg. 10.6 Exaustor cenul ul SIR - SIROCCO - radial, eRUt da unilateral, da Metalúrgica Vc~ I tiSilva Ltda." ~ ..... 162 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL ~ ~ A MODELO RA Disponibilidades: 400 a 100.000 m3/h, 150 a 2.000 mmca MODELO RPD Disponibilidades: 1.000 a 120.000 m3/h, 20 a 1.000 mm ca MODELO A Disponibilidades: 1.000 a 500.000 m3/h, 3a50mmca MODELO B Disponibilidades: 1.000 . 500.000 m'Ih, 3a50mmca MODELO F Disponibilidades: 1.000 a 500.000 m3/h, 3a50mmca APLlCAÇOES: Exaustão emsistemasde alta pressão. transporte pneumático emsiste- mas de grande volume de ar. grandes quelmadores de OIeo e fOf'r'IOs Industriais. aplicações especiais CARACTERISTlCAS: Alta pressão, grande volume de ar. O material transportàdo. se for o caso, não deve atravessar o ventilador APLICAÇOES: Exaustão de materiais fibrosos. através de transporte pneumático. Espio dai para aplicaçOes onde o material transportado necessite atravessar o ventilador CARACTERISTlCAS: Grande volume de ar. Média pressão APLICAÇOES: Ventilaçãoou exaustão Industrial,cabines de pintura, torres de refrige- raçAo. cozinhas industriais. capelas de laboratórios. condensadores eva. porativos, ceifas para gases ou vapores. câmaras frigorifieas ete. CARACTERISTlCAS: Construção própria para conexão direta em tubulaçOes e aparelhos especiais ou colocação em paredes. Modelo em construção aspeclal para ventilação de minas subterrâneas (Mlne.Vent) APLICAÇOES: Ventilação ou exaustâo de equipamentos Industriais. estufas de aqueci- mento. 8vaporadores de ar forçado. radiadores de água ou vapor. resfria- mento de máquinas ete. CARACTERlsTICAS: Construção própria para adaptação em equipamentos especiais ou fixa. ção em paredes (Modelo C) APLICAÇOES: Exaustão de cozinhas industriais, cabines de pintura. torres de refrige- ração, coifas para gases ou vapores, capetas de laborat6rios. câmaras frigorificas. condensadores evaporatlvos CARACTERISTlCAS: ConstruçAo pr6prla para conexão direta em tubulações. Recomendado especialmente para aplicação onde os vapores ou gases exauridoS nao possam tomar contato com o motor elétrico Fig. 10.78 Ventiladores da OTAM S.A. Ventiladores Industriais. r I t - ~' , . TIPOP Abastecimentodear prtmárlo nosquelmadoresde óleoou emcaldeiras. 'omos ete. 0-0,1 a2,Om'/s H - 200 . 1.200 mmH,O I I I.I> TlPON (rotor aberto) Transporte de cavacos de madeira. cereais em moinhos. aparas de papel. recolhimentode limalha ou pó de eamerR. Q-0,3a 20 m',. H -100 a 500 mmH,O 1Ig,10.8 Ventiladores da ATA Combustáo Técnica S.A. BOCADE ASPIRAÇÃD VENTILADORES 163 TIPOB (pás cUlVa.) Ar secundário de cakteiras. ar condidonado. ventilação de minas. túneis aerodinâmicos Q -0,5 a3Om3/. H-4Oa4oommH,o . TIPOH Axial Para insuflamentoouexaustãodoar. Pode ser colocado emdutos 0-0,1 a4Om3/. H-O,1 a20mmH,O Flg. 10.9 Ventilador de dois estágios da NEU Ae- rodinâmica. :I, "I :f\, ""1" 1 1I!:" 'i!! ~',~ 11j.\ 164 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 'f 1651VEl";TILADORES I ,' t :1: ~ ( ( ( { ::/ i \ PEfll'lL DA PÁ TRAJ. JlIUTlVA Flg. 10.10 Ventilador axial-propulsor Sulzer, de pás de passo ajustável, tipo PV. Vazões: de 10.000 a 325.000 m]lh; pressões: até 70 mmHp. \ 111,10.11 Diagrama de velocidades para os pontos 1 (entrada), 2 (saída) e M (ponto qualquer) da pá. Üé a velocidade circunferencial, periférica ou de arrastamento, tangente à circunferência descrita pelo ponta . wn j Mda pá. Seu módulo é dado pelo produto da velocidade angular fi = - (radianos por segundo) pelo raio. , 30 I ,correspondente ao.ponto M, ou seja, I u = {} . r I 110.1 I Flg. -10.10a Ventilador VAV (Volume de Ar Variável) da Chicago Blower (Hi- grotec). n é Onúmero. de rotações por minuto; IVé a velocidade relativa, isto é, da partícula no ponto M percorrendo a trajetória relativa e que correspondf-aoperfil da pá; Vé a velocidade absoluta, soma geométrica das duas anteriores e tangente à trajetória absoluta no ponlç M. " Pá em liga de alumlnlo 10.3 FUNDAMENTOS DA TEORIA DOS VENTILADORES I I \ ~ = ri + w I 110.2 (: 10.3.1 Diagrama das velocidades .O diagrama formada pelos vetores W, Ü e V é denominado diagrama das velocidades. Completa-se Nos ventiladores, como aliás em todas as chamadas turbamáquinas, uma partícula de fluido em contatot Odiagramaindicanda-se, ainda: ( com a pá (palheta) do órgão propulsor não tem a mesma trajetória que a do ponto da órgão propu~r com a qual a cada instante se acha em cantata. Ao mesmo tempo que o pontoda pá descreve uma circunferênCIa. a partícula percorre uma trajetória sobre a superfície da pá (movimento relativo). Da composição desse movimento relativo e do movimento simultâneo da ponto da pá (movimento de arrastamento), resulta plll1 a partícula um movimento segundo uma trajetória absoluta, em relação ao sistema de referência fixo00 qual se acha o observador. Esta trajetória absoluta seria, portanto, aquela que o observadar veria a partícub descrever. I Para um determinado ponto M correspondente a uma partícula de fluido em contato com a pá, pademO! caracterizar o movimento pela velocidade ao longo da trajetória correspandente. Assim, na Fig. 10.11, temO! ~ -o ângulo.a, que a velocidade absQluta V forma com a velocidade periférica U; \-o ângulo. {J, que a velocidade relativa W forma CQmo prolangamento de U em sentida oposto. É o 4ngulode inclinação da pá no panto cansiderado; I-a projeção de V sobre U, isto é, a componente periférica de Ve que é representada por Vu. Esta grandeza aparece na equação da energia cedida pelo rotor ao fluido (ou vice-versa, no caso de uma turbomáquin( matriz);-a prQjeçãQ de V sobre a direção. radial QU meridiana designada par Vm' Esta componente intervém n( cálculo. da vazão do ventiladar. .-. ir H J r.1I" Illi II'};,: ;.11 li]i ,I !I ......-. { ( ( ( ( ( ( 166 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL São especialmente importantes os diagramas à entrada e à saída das pás do rotor, designados com Os índices" 1" e "2" , respectivamente, pois representam as grandezas que aparecem na equação de Euler conhecida como equação de energia das turbomáquinas, 10.3.2 Equação da energia Se for aplicada uma potência N, pelo rotor a uma massa de um gás de peso específico 'Y, este gás adquire uma energia H, (alturade elevação)graças à qual tem condiçõesde escoar segundo uma vazão Q. Podemos escrever I N, = 'Y ' Q . H, I 8 é Leonard Euler deduziu a equação da energia H, cedida pelo rotor à unidade de peso de fluido, e que I u, V" - U, V" I GH = 2 I, g Na maioria dos casos projeta-se o rotor de modo a ocorrer a entrada do fluido radialmente no rotor, o que elimina o termo negativo (condição de entrada meridiana, a = 90'), de modo que a equação de Euler se simplifica para 1 ".' U,~V"' I G Chamando de I" 1+ '::~ I g podemos escrever I"..!f°l B . 01;>serva-se,portanto, a importância fundamental do que se passa à saída do rotor e, portanto, da velocidade penfénca de saída U2e do ângulo de inclinação das pás à saída do rotor, fJ2. Se aplicarmos a equação de Bernoulli aos pontos à saída e à entrada do rotor, chegaremos à u11Ia ~xpressão para a altura total de elevação H" útil na análise do que ocorre no roto r do ventilador, e quee I' ".' m 2~ m + \ ~ + "\~- ~ I 13 VENTILADORES 167 pe fato, a energia cedida pelo rotor se apresenta sob duas formas: .- Energia de pressão (pressão estática), dada por ~ ~ ~~ m;. m + ~;. ~ I 1'09 I -Energia dinilmica ou cinética E-:;. 71 1'0'0 I w-m . A parcela 2 I representa energia proporcionada pela variação da força centrífuga entre os pontos ~_~2g le2, e I 2representa energia despendida para fazer.a velocidade relativa variar ao longo da pá, do 2g valorW. ao valor W2. As grandezas referentes ao que ocorre à entrada e à saída do rotor são fundamentais para o projeto do ventilador. Salda da caixa "3" Entradada caixa "O" Fig. 10.12 Ventilador Centrífugo - EISEL Equi- pamentos Industriais Ltda. Entrada e saída da caixa do ventilador, ~, Para quem adquire um ventilador a fim de aplicá-Io ao contexto de uma instalação, interessa mais conhec~r oquese passa à entrada e à saída da caixa do ventilador (se for do tipo centrífugo ou bélico-centrífugo) ehntrada e à safda da peça tubular, se o ventilador for axial. ~" Designemos com o índice "O" as grandezas à boca de entrada da caixa do ventilador e com o índiceas referentes à boca de saída da caixa. .- ( ( ( ( Ili"ffi'';1 I;,; ( W' .It( li '; I II f : i1 ( Ir }". 1\;:I ( r' ! I1 li. ( I 1I :1 I ( ti 1I( ! jll ( .f: '! ( i i I ! ( ,, ,!I' !rl f "!I '( ilil, ' ,I 168 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 10.3.3 Alturas energéticas Quando se representam as parcelas de energia que a unidade de peso de um fluido possui, para deslocar-se entre dois determinados pontos, expressas em altura de coluna fluida de peso específico 'Y, elas se denominam de alturas de elevação. Uma altura de elevação representa um desnivel energético entre dois pontos, e este desnível pode ser de pressão, de energia cinética ou de ambos, conforme o caso que se estiver considerando. Vejamos a conceituação de algumas dessas alturas. 10.3.3.1 Altura útil de elevação H. ou pressão total É a energia total ganha pelo fluido (sempre se refere à unidade de peso de fluido) em sua passagem pelo ventilador, desde a boca de entrada (índice "O") até à de saída (índice "3"). ..1 [ H.' (~-~ )+ (~) I 11011 I Graças a esta energia recebida, o fluido tem capacidade para escoar ao longo de tubulações ou dutos. Esta energia útil consta, como mostra a fórmula acima, de duas parcelas: - Altura de carga estática H, ou simplesmente carga estática, pressão estática, PE, ou pressão manométrica total (medidas em altura de coluna líquida) [H,' ~ -~ I 00 H, - H,. I 110121 representa o ganho de energia da pressão do fluido desde a entrada (índice "O") até a saída do ventilador (índice "3"). - Alturade cargadinâmicaHv ou simplesmente carga dinâmica ou pressão dinâmica I H,' ~ - ~ I 0" H~ - H.. I 110131 é o ganho de energia cinética do fluido em sua passagem pelo ventilador, desde a entrada até a salda da caixa. 10.3.3.2 Altura total de elevação H. 11,1 ,11 11" ti :1 É a energia total cedida pelo rqtor do ventilador ao fluido. Uma parte desta energia, H. se perde no próprio ventilador por atritos e turbilhonamentos (que se designam por perdas hidráulicas), de modo que sobra para a altura útil il. [H. = H. - H, I 110.14 I 10.3.3.3 Altura motriz de elevaçãoH.. É a energia mecânica fornecida pelo eixo do motor que aciona o ventilador. Nem toda esta energia é aproveitada pelo rotor para comunicar ao fluido a energia H" pois uma parte se perde sob a forma de perdas mecânicas Hp nos mancais, transmissão por correia, de modo que podemos escrever que \ VENTILADORES 169 I H~ = H. + Hp I 110.15.1 10.3.4 Potências O trabalho efetuado ou a energia cedida para efetuar trabalho na unidade de tempo constitui a potincia. Portanto, a cada altura de elevação corresponde uma potência com a mesma designação. - Potincia útil: é a potência ganha pelo fluido em sua passagem pelo ventilador. I N. = 'Y. Q . H. I /10.16 I - Potência total de elevação: é a potência cedida pelas pás do rotor ao fluido. I N, = '1 . Q . H, I 110.17 I - Potincia motriz, mecânica ou efetiva, ou ainda brake horse-power (BHP), é a potência fornecida pelo motor ao eixó do rotor do ventilador I N~ = '1 . Q . Hm I 110.18 I 10.3.5 Rendimentos .J. j I O rendimento é a relação entre a potência aproveitada e a fornecida. Temos, no caso dos ventiladores, - Rendimento hidráulico I- =~ 1 110191 - Rendimento mecânico 1 p -~ I 11020 1 - Rendimento total I I "" ~ I 11021 1 - Rendimento volumétrico 1 ~ = Q ~ Q, I 1,0221 ~ { ( 170 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL sendo Q o volume de gás realmente deslocado pela ação do ventilador, Q/ o volume de gás que fica continuamente circulando no interior do ventilador em conseqüência das diferenças de pressão que provocam recirculação interna de uma parcela de gás. É designado por vazão de fugas. Quando se menciona potência do ventilador nos catálogos, normalmente está-se fazendo referência à potência motriz. I N.~dH.=Y~H.1 EJ Quando V3 = Vo, Hu = H, e temos para a potência motriz: --------- ....... [N=dH ~~;,YP 13,"- '11 /' '<." \ EXEMPLO 10.1 <:1 Qual a potência motriz de um ventilador com pressão efetiva ou absoluta de 36 mmH20 com uma vazão de 5 m3/s de ar com peso específico 'Y = 1,2 kgflm3,admitindo um rendimento total 7)= 0,70? Solução: A potência motriz expressa em cv é dada por N='Y.Q.H 75 . 'I) onde 'Y =1,2 kgflm3é o peso específico do ar Q = 5 m3/s = 18.000 m3/h 'I) = 0,70 A pressão ~ é igual a 36 mmHzÜ 'Y Mas 36 mmH20 correspondem a uma pressão de 36 kgflm2. Como 'Y = 1,2 kgf/m3, temos para H em metros de coluna de ar: li~! p 36 (kgf/m2) = 30 m coluna de ar H = -:;- = 1,2(kgflm3) :~i l ' :11 ;1.. Observação: 1 kgflm2 corresponde a 1 mmH20 1 mmH20 corresponde a 0,0001 kgflcm2 Podemos escrever: IIII!I 1,2 x 5 x 30 = 3,42 cvN= 75 x 0,70 VENTILADORES 171 poderíamos calcular diretamente: Q'~N= 3.600 x 75 x '1/ 6P= H = 36 mmHzÜ = 36 kgf/m2 Q = 18.000 m3/h ~=70% 18.000 x 36 3.600 x 75 x 0,70 N= = 3,42cv 7 10.4 GRANDEZAS CARACTERÍSTICAS Existem certas grandezas de importância no funcionamento e comportamento dos ventiladores, podendo Il1csmouma adequada combinação das mesmas permitir a escolha do tipo de ventilador para condições preesta- belecidas. . Estas grandezas, por caracterizarem as condições de funcionamento, são denominadas características. Sãoas seguintes: -número de rotações por minuto, n, ou a velocidade angular, fi (radianos pÇlr segundo);-diâmetro de saída do rotor, d2;- vazão, Q;-alturas de elevação (útil, manométrica e motriz); - potências (útil, total de elevação e motriz);- rendimentos (hidráulico, mecânico e total). As equações de que se dispõe para estudar a interdependência entre estas grandezas não permitem quese possa pretender realizar um estudo baseado em considerações puramente teóricas. Recorre-se a ensaios delaboratório que permitem estatisticamente exprimir a variação de uma grandeza em função de outra. Comos valores obtidos nos ensaios, os fabricantes elaboram tabelas e gráficos que publicam em folhetos ecatálogos, permitindo aos usuários dos mesmos uma fácil e rápida escolha do ventilador e uma análise 00comportamento do mesmo quando ocorrem variações nas grandezas representadas. As curvas que traduzem a dependência entre duas das grandezas, uma vez fixadas as demais, chamam-se CII1Vascaracterísticas. As mais importantes são: a)Para um valor de n constante: variação das grandezas H, Nm e 'I)em função da vazão Q. b) Variação das grandezas H, Q, Nm e 'I) em função do número de rotações n. c)Curvas de igual rendimento no campo das grandezas Q e H. A Fig. 10.13 mostra, em porcentagens, como variam H, Nm e 'I) em função de Q para um certo número nde rpm, no caso de um ventilador de pás para trás. Esses ventiladores proporcionam muito bom rendimento ea curva pouco inclinada da potência Nm mostra que o motor pode ser dimensionado para cobrir ampla faixade utilização de valores da descarga. A Fig. 10.14 apresenta curvas análogas para o caso de um ventilador com pás para a frente. Esses ventiladores têm uma faixa de utilização bastante estreita (limite inferior condicionado pela instabi- idade e limite superior, pelo baixo rendimento). Só devem ser usados em sistemas onde as variações de cargaH e da descarga Q forem pequenas. São em geral mais barulhentos a apresentam menor rendimento queos de pás para trás. A Fig. 10.15 mostra o aspecto das curvas dos ventiladores de pás radiais. Apresentam para a curva~função de Q um ramo ascendente e um descendente, com um trecho entre a e b de funcionamento IIStável. A Fig. 10.18 permite a escolha de um ventilador radial, quando são dadas a vazão em m3ts e a pressão ~ométrica em mm de coluna de água (c a). Trata-se dos aparelhos da Ventiladores GEMA. O gráfic.o lldica o campo de trabalho de cada tipo. A Fig. 10.19 mostra o rotor de cada um dos tipos. Em certos ~,mais de um formato de ventilador pode ser empregado. Determinado o tipo (ou os tipos) aplicáveis, ~l!I~ressado solicita ao fabricante que lhe forneça as curvas características correspondentes ao caso a fim VIra ser possível um melhor conhecimento das condições de operação e do rendimento. ~ Iic'" L-........- 172 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL . H. ~~11 ~stohCO .,1, I '.0 H I n , . rpm.\ ::::- -r-~'--T-~~~/1i I ~'t--/ // I "-/ I "- ,o r / I I" "- 20 I I '-: 10 I / 100 90 00 70 60: 50 o 0030 50 60 10 ii ,Iil:: ~.,.~rl. :'.i~!':;,'1 !f~1 H '1 o " I'li' ,[1([ l i Ir ~i "il'l Flg. 10.15 Curvas características de um ventilador de pás retas radicais, a-b é o trecho de funcionamento instável. Pressões médias. Rendimento médio..''' 1.:11" .1 VENTILADORES 17~( PÁ COM PERFIL DEASA H +~i- -~N.. HN..'l N.. o Iig. 10.16 Curvas características de um ventila- Ibr tuboaxial. O( Fig. 10.17 Curvas características de um venti-( lador axial com pá em perfil de asa. Usado para baixas pressões e grandes vazões. a 0/. Flg. 10.13 Curvas características de um ventilador com pás para trás, perfil em asa. CAMPOS DE TRABALHO PARA ESCOLHA DOS VENTILADORES RADIAIS. GEMA ILG H 1 N.. ~ Fig. 10.14 Curvas características de um ventilador de páspau frente. Pressões elevadas. Bom rendimento. ~ o ( Onor..... nlo10.18 Gráfico de quadrículas para escolha de ventilador centrífugo da indústria Ventiladores GEMA. ( ~" ( ---- F"""'"'mt1I . ', . . / IK\an: .1 1 :~I: , I : . !!I . ' "'1 ' 1' "I . . " , : I " , l'j: ;'Ii' ';1 ROTORES DE MESMA CARCAÇA ROTOR TIPO A Apllc:açlo: Fins Industriais leves. aspiraçAode ar, gás. ya~ (35O"C) pores~ pó e fumaças, transpone de materiais leves. . Rev8.lImenlo: De qualquer espécie e espessura. ROTOR TIPO L ApUcaçlO: Fins industriais pesa. dos. Materiais abrasl. (35O'C) \'Os, corrosivos. outras condiçOes de serviço extremamente severas, executando, quando ne. eu'sArio, ai palhelas em material. apropria. .... ROTOR TIPO T Apllcaçlo: Fins industriais nOr. (:J5O"C) mais. como ar.;tI. Va- por . fumaça, Reve.Umento: De qualquer 8Spécit e BSp8SSUla até 1 1t'nI, ROTOR TIPO M ApUcaçAQ: Fins industriais meio. pe:!l8dOs. Transporte de (15O'C) materiais como cavacos de madeira. pó de 's' meril, reslduos de poli. triz . cereais em grlo.. Revestimento: De qualquer espécie e espessura. ROTORES DE MESMA CARCAÇA ROTOR TIPO B Apllcaç60: F"lOsde confano. obser- vado o limite de 26 mIe (3SO"C) na velOcidade circunfe. rencial. fins industriais leves. COO'lOer limpo OU levemente empoeirado e gases quentes. Revestimento: Oe qualquer espécie li es~saura. --I) ROTOR TIPO F Apllcaçlo: FI'Isdeconfor1O.com ai. ta silenciosidade. 11m!. (40'C) tando a velocicladedoar da boca de salda em '0 mIa. Revestimento: De Qualquer espéCie. espessura até 1mm (di. ficuldade para lençol de PVCI. ROTOR TIPO PE Apllceçlo: Aspiração de p6. ar. g6.. fu~u. vapor,.. (6O"C) fibrllhas. Tran.polt, pneumAtic:o de dIwno8 materiais. Rev..tlmento: Qualquer espêóe .... pessura até 1 mm. Fabrlcaçlo: Ferro ou alumlnio futd. do, aços carbono. IÇO inoxidável. bronz..... .ão. ROTOH TIPO RP Apllcaçh: Fins tndustriais normais como ar. g6s. fumaças (10CtC): e vapores com pressões até 2.000 mm ta. R.ve.tlmento: Não aplicé.vel. Fabrlcaçlo: RolOf em aço ou atum"- .... :';1' 1::1 ,.1111 Q Aplicação norma' ai Também aplicével Fig. 10.19 Ventiladores centrífugos GEMA. Escolha do tipo. ._<~- ~ " VENTILADORES 175 EXEMPLO 1Q.1 Qual o ventilador GEMA que deverá ser escolhido para uma vazão de 0,06 m3/s = 215 m3/h e uma pressão de 120 mm de coluna de água? SOluçãO: Entrando na Fig. 10.18 com estes dois dados, as coordenadas correspondentes se cruzam em um ponto daquadrícula referente ao ventilador tipo RP. Em seguida, consultando a Fig. 10.19, vemos o esboço do rotor tipo RP, suas aplicações e outros detalhes. EXEMPLO~O.3 . d - .. b . d' - d ..Deseja-se remover, em um sIstema e exaustao, materiaISa raslVOSem con lçoes severas, sen o a vazao necessária de 20 m3/s = 72,000 m3/h e a pressão de 200 mm ca. Que ventilador GEMA seria indicado? SOlução: Para Q equesão: -a que corresponde ao tipo B; = 20 m3/se H = 200 mm ca, obtemos na Fig. 19.18 um ponto situado entre duas quadrículas " Pie,.10.20 Ventiladores Radiais HURNER do Brasil - Série 20, Tamanho 20 RU - 450, EXAUSTAo '" O C 9 '" ..'" li) '" ;;: W w::E a..w 3! N > a: ã:w O W I- """ 8 z '" iij ::i i '" '" '" '" '" C O PREssAo .. ;;: ;;: '" w w a.. li: Z ã: ã: ...ã: w "ESTÁTICA O a: O z w 2I- I- l- a.. W C ROTOR vAZÃo Ü li) li) '" ::E w '" C ::E '" ..:> '" MOOElO Õ :> :> :> '" '" ::i O 3 '" '" g "<2> DEAR C O C .. W O w az z 2; 2; a: '" '" a: o w(mm) (m'ts) .(mmCA) o C;;; o w w ã: w C u; li:o li) '" a.. ri) ID ... ..a: z z z <) :> W uDE ATÉ DE ATÉ DE ATÉ .. ü: ü: ü: a.. ... CI ü: a: BCF 311 1.8540,35 200 18 500 350 o o o o o o o o o FCS 311 1.6780.35 110 5 60 350 o o o O o T 335 814 0,04 10 20 1.700350 o o O o o o o o R 273 894 0,04 5,5 20 2.000100 o o o o o o o o AH 310 1.8350,08 50. 18 500. 350 o o o o o o o o .0 o MH 310 1.6350,05 50 14 500 350 o o o o o o o o O o o o o lSO 310 1.6350,05 40 14 500 350 o o o o o o o o o o o o o o PE 263 432 0,04 2,3 9 600 60 o o o o o o o o o o o o O Ap, Motor RotorIkp/m2) PlkWI u ". Ir,.) (m/.1 AclonamentO j" .coRei.Ollr° 100 SI- 80 ..... t- IJ'I 60 .....r-." 50 '\ I ".. 40 ....... I -I- i\. 30 / ..; '\ \ 1 O 3.0 un / -- ......." 1\ ' 175020 ttt 22 l 355 J , V 1750 1160-'" / 1\ I ....,. 11 70 1.1 29:7 1/r\ \ II ".018!Iiri 0,7S (J,7S 21.010 1150 850 8 / '!tSS 0.<5 20.8 6 ...u uuu 5 0'5 0.2S nl 840 560 .4 AA ... I..A- 3 I 3 S 8 10 20 "9 (rnJ/hl IC1000 ci4 a:s 0:6 0:8 I 1 1 1 ! 'O1m'''' 1 1 5 * à 10 20 O w 1m/si ,c -.r~;" t 11' 1 ' 'I , . , i , "I :;~! 176 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL - a que corresponde aos tipos A, M e L. Consultando a Fig. 10.19, vemos que: - o tipo B é adequado a "ar limpo ou levemente empoeirado";- o tipo A, a "ar, gás, vapores, pó e fumaças e transporte de materiais leves"; - o .tipo M,- a ::transporte de materiais como cavacos de madeira, pó de esmeril, resíduos de politrjze cereais em graos ;- o tipo L, a "fins industriais pesados, materiais abrasivos, corrosivos e outras condições extremamente severas" . Devemos optar, então, pelo ventilador GEMA tipo L. EXEMPLO10.4 Na Fig. 10.20 vemos um gráfico de curvas de variação total da pressão I1p" expressa em kPa (quilopascaI) em função da vazão para vários números de rpm do ventilador radial 20 RU 450 da HURNER do Brasil (1 kPa - 0,1 m ca). Determinar a potência do motor, o número de rpm e o rendimento do ventilador necessário para se obter Q = 4.000 m3fh e I1p = 20 kP/m2. Acionamento direto (M). Posição do bocal GR 45 (boca de sarda pela parte superior, formando 45' com o plano vertical que passa pelo eixo). Solução: Com os valores acima, determinamos um ponto, correspondente a - potência de 0,55 kW;- n = 680 rpm; - rendimentototal." de aproximadamente74,8%. o ventilador Hurner será especificado da seguinte maneira: Ventilador radial Hurner do Brasil 20 RU 4501M -GR 45; 680 rpm; 0,55 kW. Se o acionamento fosse com correia (R), o número de rpm do motor seria de 1.150, reduzindo para 680. 10,5 LEIS DE SEMELHANÇA Podem-se, a partir do conhecimento das condições com as quais um ventilador se acha funcionando, aplicando as chamadas leis de semelhança, determinar os valores das diversas grandezas quando uma ou mais dentre elas sofre uma variação. Por meio de um modelo reduzido, conseguem-se, pela aplicação dos princípios de semelhança geométrica, cinemática e dinâmica, estabelecer as grandezas correspondentes de um protótipo, que, por suas dimensões ou elevada potência, não poderia ser ensaiado no laboratório. Resumiremos as conclusões deste estudo, cujo desenvolvimento escapa aos objetivos deste livro. 1.. caso: Para um dado rotor, operando com o mesmo fluido, Q é proporcional a n, H é proporcional ao quadrado de n, e N, ao cubo de n, isto é, iJ ~ ~' I Q" ao,. rejo% -~ I I IO~ J 18"a'o"~~~1 L:J 1 '1 ~:, I N~,o.~-~ I G .~ ;.", "'~ 'JI 177(VENTILADORES ~ ~~MPLO10.S I Um ventilador girando com 1.150 rpm soo uma pressão estática de 5 mmH10 proporciona uma vazão( de62 m'/min e ahsorve uma potência motriz de 0,33 op. Que valores assumirão estas grandezas se o ventilador girarcom 1.750 rpm? ~ Q' = Q' n' I.7S0 ,62 x - = 94.3 m !min l.ISOn n'~ H'=H'-= n1 ( I.7S0 ) 1 1.\50 = 11.5 mmHp5x n') ~ 1.750 ) ' N' = N. - = O.33x - = 1.16n n' 1.150 2.' caso: Rotores semelhantes geometricamente. com o mesmo número de rotações por minuto e mesmo I Ruído. ~" I % " (%)' [ 1\028 f 1 H'" I ~ - (%)' I 1\0291' I N" I ~= (%)' I 1\030 I' l'caso: Rotores geometricamente semelhantes, mesmo fluido e número de rotações diferentes. É, em geral, ocasodos modelos reduzidos. [-~ - Q (~) (%) I 11031 I ~ -8 (~) (%)' I 110321 ( r-' N (~) (%) I J 1033 ~ 4.' caso: Mesmo rotor, fluidos diferentes. Designemos o peso específico do fluido por 'Y(kgf/m3) . -Se H' = H (mesma pressão), ., ~ -- ." " 178 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 1 então, Q, n e N são proporcionais a - VY - Se a descarga em massa (massa escoada na unidade de tempo) for a mesma, isto é p.' = p. 'Y'Q' g Q - , sendo 'Y0 peso específico. g Então, Q, n e H são proporcionais a 1 'Y e 1 N:: -' i Se n' = n e Q' = Q, então: H:: 'Y e N :: 'Y, isto é, H' 'Y' N' = L.e-=- H N'Y 'Y 10.6 ESCOLHA DO TIPO DE VENTILADOR. VELOCIDADE ESPECÍFICA Suponhamos um ventilador que deva funcionar com n (rpm), Q (m31h),H (mmH20) e N (cv). Podemos imaginar um ventilador geometricamente semelhante a este e que seja capaz de proporcionar uma vazão unitária sob uma altura manométrica também unitária. Um tal ventilador se denomina ventilador unidade e o número de rotações com que iria girar é denominado velocidade espedfica (embora se 'trate de um número de rotações e não de uma velocidade) e designado por n,. . Segue-se que todos os ventiladores geometricamente semelhantes têm (}mesmo ventilador unidade, cUJo forma caracterizará, portanto, todos os da mesma série. A larga experiência obtida pelos fabricantes de ventiladores permitiu-Ihes estatisticamente selecionar o tipo de ventilador e a forma de rotor, segundo o valor do n,. Esta escolha se baseia no fato de que existe, para um conjunto de valores de H, Q e n, um formato de rotor de ventilador que é de menores dimensões e menor custo e que proporciona um melhor rendimento, sendo, portanto, o indicado parao caso. A velocidade específica, na prática, é calculada pela fórmula ,!UII: I n," 16,6nVllI Q (t . ,-') G{(ii3 H (mm ca) A Fig. 10.21 permite a escolha d?.t'!pll.do ventilad~r em função da velocidade específica, n,. '*i VENTILADORES 179 Observa-se que para certas faixas de valores de n, a caracterização não é rigorosa, isto é, pode haver JI!aiSde um tipo de roto r aplicável. ~PLO 1M Qual o tipo de ventilador para uma vazão de 1,2 m3/s capaz de equilibrar uma pressão estática de ~rnmH20 admitindo que o mesmo gire com 750 rpm? SoluçãO: Calculemos a velocidade específica Q = 1.200t . ç\ H = 80mmca n = 750 rpm n, = 16,6750 y'1.200~= 16.123rpm Para o valor n, = 16.123, o gráfico (Fig. 10.21) indicaria ventilador centrífugo com pás para frente. 10.7 COEFICIENTES ADIMENSIONAIS No projeto dos rotores de ventiladores empregam-se coeficientes baseados em ensaios experimentais tOaconstatação do comportamento de inúmeros ventiladores construídos. Uma vez calculada a velocidade específica, sabe-se o tipo de rotor. Conforme o tipo, adota-se valor correspondentepara esses coeficientes, de modo a se determinar a velocidade periférica e o diâmetro externo daspás. Os coeficientes de semelhança referidos mais conhecidos são os de Rateau, se bem que haja outros, comoos de Eiffel, Joukowsky e, mais recentemente, os propostos pela Sulzer. A Tabela 10.1 apresenta valores para os coeficientes de Rateau correspondentes aos vários tipos de ventiladores. Tabela 10.1 Coeficientes de Rateau para ventiladores Ventilador 10.8 VELOCIDADES PERIFÉRICAS MÁXIMAS Não se deve operar com velocidades de ar elevadas tanto no rotor quanto à saída do ventilador. Velocidades periféricas elevadas produzem vibração das pás e ruído acima do aceitável. A Tabela 10.2 indica valores máximos para a velocidade Uz, de saída do rotor e V3, de saída da caixa doventilador. tnMPLO 10.7 Suponhamos que se pretenda um ventilador para Q'" 5 m3/s pressãoH = P e n = 600rpm32 mmcae 'Y ~--. Hélico- Coeficiente Fórmula Centrífugo centrífugo Axial Q devazão /)=- 0,1-0,6 0,3-0,6 0,4-1,0 Uz' g'H 0,7-0,3 0,4-0,2 0,3.0,1 de pressão p.=- lPz ~~.'il ru: ,;ri! 1:~ i, fi Qual será o diâmetro do roto r? Solução: Calculemos a velocidade específica do ventilador n =, 16,6 x 600 V5.õõõ ~ 70.427 = 52.362 rpm13,45 Pelo gráfico (Fig. 10.21), vemos que podemos usar ventilador centrífugo com pás para trás ou mesmo ventilador axial"tubular com diretrizes. Optemos pela primeira solução, mais simples. A Tabela 10.2 nos indica para 12 = 32 mm ca uma velocidade periférica de 2.073 m/min, para rolo! . 'Y de pás pa~a trás. Vz = 2.073 m/min = 34,S m . S-I Vemos na Tabela 10.1 que o coeficiente de Rateau li para vazão é de 0,1 a 0,6, para ventiladores centrífugos. Adotemos li = 0,5. Mas, li=~ Vz' ,z Q (m3. S-I) logo"z = ~ f? - / 5 = 0,537m- V0,5 x 34,6 Podemos também calcular 'z usando o coeficiente de pressão /J.de Rateau. g' H /J.compreendido entre 0,7 e 0,3/J.=- Ui Adotemos /J. = 0,4 Vz = ~ g . H = /9,SI x 32/J. V 0,3 = 31,1m . çl e, portanto, teremos para o raio 'z ,~! 'I VENTILADORES 181 ( / 5 = 0,561m 'z .. V0,5 x 31,7 .comos valores de Vz e 'z podemos verificarse ireinos obter o número n de rpm estabelecido(600 rplll)sabemos que a velocidatle periférica é dada por 27T' . n Uz .. 60 Logo, n .. 60 . Vz 21T . 'z \'af8Uz .. 34,6m . S-I e,z = 0,537 m, 60 x 34,6- = 615,pm 2 x 3,14 x 0,537 n .. o valor de n calculado (615 rpn;J.)é aproximadamente igual ao valor estabelecido no enunciado (600 rpm). 10,9 PROJETO DE UM VENTILADOR CENTRÍFUGO Determinar as dimensões principais de um ventilador de baixa pressão, sabendo-se que Vazão Q .. 300 m3/min = 5,0 m3/s = 5.000 eis Pressão diferencial t:.p = SO mm de coluna de água Peso específico do ar 'Y = 1,2 kgf/m3a 20'C e 760 mmHg Número de rpm n = 725 a)Altu,a monomét,ica p - 80 (kgflmZ) = 66,6mcolunadear H = -:; - 1,2 (kgflm3) b) Velocidade especifica Para Q (e . çl) = 5.000 H (mmHzÜ) = SO n (rpm) = 725 eaplicando a fórmula 10.34, temos nVQ 725yTIjõõ' li, = 16,6,,;;;; li, = 16,6x.= = 31.813'pm~ H3 ~S()1 Pelo gráfico da Fig. 10.21, vemos que podemos usar rotor centrífugo de pás para frente, pás para trás Oude saída radial. Adotemos esta última solução por conduzir a simplificação neste exercício. .. { ... 180 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL Tabela 10.2 Valores da velocidade periférica Vz e de saída da caixa do ventilador V3 Pressão estática à Velocidade periférica, Uz Velocidade de saída saída da caixa do da caixa, V3 ventilador P3 Pás para frente Pás para trás -:y (mmHzO) m/min fpm m/min fpm mlmin fpm 6,34 457 1.500 1.036 2.400 305 1.000 9,52 533 1.750 1.173 3.650 335 1.100 12,69 610 2.000 1.280 1.200 366 1.200 15,87 686 2.250 1.463 1.800 412 1.350 19,04 762 2.500 1.615 5.300 457 1.500 22,22 838 2.750 1.768 5.800 503 1.650 25,39 914 3.000 1.890 6.200 549 1.800 31,73 991 3.250 2.073 6.800 610 2.000 38,05 1.067 3.500 2.286 . 7.500 671 2.200 44,43 1.143 3.750 2.499 8.200 732 2.400 50,78 1.219 4.000 2.743 9.000 793 2.600 ti I li J . 1 ~if I I ! i:ft i:,; ~;,; ~, '. , f. " J82 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL o... g O.. c) S § O 2 § 50! § O ... § :i! Flg. 10.21 Velocidades específicas para os diversos tipos de ventiladores. c) Velocidade periférica do rotor d salda da pá Como a pá é de saída radial,l3z = 90', logo, tg~ = Oe Vz = VIl2 \ ) --- o. Flg. 10.22 Ventilador centrífugo com pás para trás, saída radial. § ~ R - .. I:SI r,1I1 oo... .:.{f VENTILADORES 183 ,.altura de elevação (energia cedida pelas pás ao ar) é Vi H,=- g Sea boca de saída tiver a mesma seção que a de entrada na caixa, V3 = Vo, de modo que H. = H Vi H. = 8 . H. = 8 . - = H g !.dlllitamos 8 = 0,80 para o "rendimento hidráulico", Portanto, ~ . H ~9,81 x 66,6 - 286 .-1u= -= - 'T/1 Sz 8 0,80 I d) Diclmetro do rotor A velocidade periférica é dada por UI = 'fT. Dz . n 60 Logo, DI = 60 . Vz 'fT'n 60 x 28,6= 0,753 m Dz='1T x 725 e) Velocidade V. de entrada do ar na boca de entrada da caixa do ventilador Segundo Hütte (Manual do Construtor de Máquinas) V. se acha entre 0,25 v'2gH e 0,5 v'2gH No caso, entre 9,0 e 18,1 m . S-I AdotemosV. = 15 m ' S-I QDidmetro D. da boca de entrada do ventilador '1I"~ ~ Q 4 , V. , .". 'í4Q [4XT D.=:,,~ = " ~ = 0,651m'fT" V. 'fTx 15 . g) Dit2metro do bordo de entrada das pás I Weismann recomenda, para Ap O!Õ100 mmHzO '.I! pá. para frenf..a... :: Radial. @c. U @ pd. para Ir", Em tubo COMdlr.trlz.. \ E.. lubo. Õ - fi9-.« H'"co ab.rta :: 8 n - - ~ , I \ . 1 1 '000 ~ I 0.3 0.4 0.5 1 2 3- - --4 ~ - 10 20- Vazãode or.m'5/5 ..FIg.\~.23 Quadrículas para escolha de ventiladores HC da Flãkl Técnica de Ar Ltda.I i~ t84 VENTILAÇÃO tNDUSTRtAL D2 = 1,25a 1,4 DI Adotemos o primeiro desses valores D, = D2 .;- 1,25 = 0,753 + 1,25 = 0,602 m h) Largura das pás A velocidade meridiana (radial) de entrada do ar no rotor é adotada com um valor. um pouco inferior ao da velocidade na boca de entrada da caixa do ventilador, isto é, \ Vml < V. Podemos fazer Vml = 12 m . çl A largura b, das pás será: Q 5 bl=-= 7TD, . Vm, 7TX 0,602 x 12 = 0,220m .Para simplificar e reduzir o custo de fabricação, adotaremos b2 = b, = 0,220m i) Diagrama ,das velocidades - Velocidademeridianade saída Q 5 = 9,6m . S-IV- = d . b2. 7T' 2 7T . 0,753 x 0,220 - Velocidaderelativaà saída da pá A saídasendoradial, W2 = Vm2= 9,6 m . S-I - Velocidadeabsolutade saída da pá \1'817,%+ 92,16 = V2 = 30,2m . S-IV2 = v'r4 + Wr = \1'28,62-+- 9,62 - Velocidade periférica à entrada das pás !:i=!!.!. V2 D2 D, 0,602 I V, = V2 . - = 28,6x - = 22,9m . ç D2 0,753 - Ângulo de inclinação das pás à entrada do rotor Vml 12 tg131= - = - = 0,524 VI 22,9 13, = 27"39' rV,]o.d..,"]",,,.. ,"md. do,"" VI 22,9 -IW, = - = - = 25,9m . s cos (31 0,885 VENTILADORES r.. - Diâmetro da boca da saída Adotemos V3 = 18 m . çl dJ = ~4 x Q = ~ 4 x ~ = 0,595m7T . V3 7T x 18 j) potência do motor do ventilador Admitindo '7/ = 0,70 para o rendimento total, N=~H 75 . '7/ 1,2 x 5 x 66,6 = 7,6cv 75 x 0,70 10.10 ESCOLHA PRELIMINAR DO TIPO DE ROTOR Os fabricantes apresentam em seus catálogos diagramas de quadrículas ou outros polígonos representam oscampos de emprego dos vários tipos de ventiladores de sua fabricação. Na Fig. 10.18, vemos apresentado um gráfico do fabricante Ventiladores GEMA para facilitar ao usuár" a escolha do tipo de ventilador centrífugo. Uma vez escolhido o modelo, o fabricante fornece as curva. aelecorrespondentes, para o prosseguimento do projeto da instalação. . A Fig. 10.23 representa um gráfico desse tipo para ventilador axial da Flãkt Técnica de Ar Lida.. " aFig.10.24, um gráfico para ventiladores ílxiais tipo PV da Sulzer. ~deor.~/h2000 3000 100000 2000005000 10000 20000 010000 1000 soa 400 300 .. ~ 2 2 <r 200 <.> ee 2 2 o IOOt~ 80 o. ~ -" :1' i' 186 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL T JL- -.. \ LI - Conjunto ventilador acionado por motor .létrlco ocoplodo di.... mente na ponta do eixo. T. - Conjunto cem polia na ponta do eixo livre para BCiOnamento Indireto com moto, el4trk:o alravés de r.orrela. 200I) 1I ~ I I I I I IJ i I I " pv.~ PV.12O I I, - fF--ti - r- -- :f-..:. - ~PV"80I ~ J::.l:"-t!. ~.~ tJ a: f-rFJ~ ~~ I! :i: ",;,', j- ~ I I í\ I\. I \ +- ~- ~k -1- I. \' \ ~ I I tl- 1\ 'I;l \ ~ \ \I I,'t' \ ,~, r:= I ' r\ \ \ \ " I \ U ~ I ~' I 1 , " . ,:5. ,- jl.." \ \ -t -+-J~ iIP " \ "1'-Ir:"r'~~,~~--I-- L- o '"i{P -r;!I I\ f#P .-1-- ~I'~~- ~ 1~ ., "'! " r 100 ao 80 40 :! ~ 20 ~ ~ 10o. 2 6 7 8 9 10 VAzAomJS 20 30 40 50 60 70 ao 90 100 - - - DOMINIO DE APLlCAÇAo DOS VENTILADORES TIPOPV.90.120,160E200COM4 EBPÁsGIRANOODE720A 1.750rpm, Flg. 10.24 Ventiladores axiais tipo PV da SULZER. 10.11 CURVA CARACTERíSTICA DO SISTEMA As instalações de ventilação industrial utilizam em muitos casos, como vimos no início deste capitulo, dutos com peças e acessórios (filtros, lavadores, registros etc.), constituindo o que se denomina um sisten:a de dutos. Este sistema oferece ,resist€ncia ao escoamento e que provoca uma perda de carga, isto é, de energia,de modo que, à medida que o gás escoa no duto, sua linha energética irá baixando. Para que o escoamento se possa realizar ao longo do duto, é necessário, portanto, que o gás receba essa energia que será dissipada, e sabemos que o ventilador é a máquina destinada precisamente a este fim. . O gás ao passar pe!o interior do ventilador (boca de entrada até a boca de saída) recebe do mesmoI uma energia que, referida à unidade de peso de gás, se denomina altura útil de elevação, H., que, colIJO Ivimos, é igual a P3 - Po VI - vg+,H. = 'Y 2g 11. ! VENTILADORES 187 Graças a esta energia, o gás irá vencer as resistências ao longo do sistema e sairá ao final do duto oom. ... . d 1 (Vi) d" á . b. 'duDlaenerglacmettca resl ua que - que se Isslpar no meIo am tente e que po e, portanto, ser computada2g , JIIOuma perda de carga. COConsideremos a instalação representada na Fig. 10.25. Um ventilador aspira ar contaminado por umantepoluidora e que nele penetra em "O". (o Em seguida, insufla o ar a partir da boca de saída em "3", ao' longo de um sistema de dutos no qual seachainserido um filtro, um ciclone, ou um lavador de gases. O ar sai do ponto "4" com uma velocidade V.ese4isp,ersana atmosfera. . " , Os'desníveis entre "e" e "O", entre '~O"e "3" e entre "O" ,e "4", no caso de instalação de ventilação, ai~necessitam ser levados em oonsideração. v: 29 v: 29 Hu H (mon~trico) p. T h.J, FILTRO nc. 10.25Instalação típica de captação e filtragem ou lavagem do ar contendo impurezas. Apliquemos a equação de conservação de energia entre "e" e "O" (equação de Bernoulli), considerando comoplano de referência o que passa por "O" h + E!. + ~ =h +~+ ~+J ' 'Y 2g o 'Y 2g . lendoJ. a perda de carga na aspiração, de "e" até "O" e ho = O Mas~ = H. pressãoatmosférica,expressaemmmHzO.Podemosincluir ~ como fazendo parte da , 'Y 2g perda,decarga J.o desprezando h.. neste caso, escrever oU po ~ p. ~ ". .. - + - + J e - + - = Hb - J 'Y 2g.'Y 2g . ~/ Ap1iqu~mosa equação entre a saída do ventilador ("3") e a saída do duto ("4"), tomando como planoreferêncIao que passa pelo centro do ventilador: pv A B C D e 9Q 1125 1010 960 910 1100 120 14eO 1318 1260 1210 1460 180 2000 1720 1880 1810 1900 200 2500 2123 2075 2018 2385 pv P Q R 9Q 900 200 417 102 120 1200 280 480 138,5 180 1800 313 810 189.5 200 2000 415 750 215 1'1 r ll 'l, '; 11 !!!I'I' 11111 . 11 1;~I ',wi j!~::J 11:1'.1 pê' 'Iiii. i'~i" I itj, . I i~/1, il' 1 'hl'~!I;lj sendo J a perda de carga total do sistema, isto é, a soma das perdas de carga de todos os componentes do sistema. ~ A curva representativa das perdas de carga (incluindo o termo i.), em função da vazão (Q), denomina-se 2g curva característicado sistema.Para traçá-Ia,escolhe-seum certo número de valoresde Q e calcula-separa V2 cada um desses valores o valor correspondente das perdas 1 + ~. 2g Como mencionamos acima, o ventilador deverá fornecer essa energia que irá ser perdida. Devemos, portanto, cotejar a curva característica principal do ventilador H = f (Q) com a curva característica do sistema. O ponto de encontro das duas curvas fornecerá as raízes comuns às equações das duas funçóes e, portanto, caracterizará os valores de Q e de H com os quais o ventilador associado àquele determinado sistema irá operar. Por isso, este ponto é chamado ponto de operação ou ponto de funcionamento. Vt-se, I portanto, que é a curva do sistema que irá levantar a indeterminação quanto aos valores de Q e H COI1l os quais o ventilador irá operar. Um ventilador com curva característica "achatada" apresenta ,uma ampla variação de vazão, quando varia a altura de elevação em razão do regime de operação do sistema. Quando a curva S do sistema para as condições normais passa para a situação S' (com maior perda de carga), a variação da vazão de Q para Q' é maior no caso da curva achatada do que no da curva íngteme, como mostra a Fig. 10.27. Esse aumento na perda de carga pode ser conseguido até propositadamente pela atuação num "regisUO" I ou num damper (sistema de venezianas controladoras da descarga). ' . : Vimos, no Capo 9. como se procede no cálculo das perdas de carga em um duto contendo peças, acessónOS, e equipamentos. Notemos que em geral, num sistema de ventilação operando em condições normais, o escoa. Imento do ar se processa em regime turbulento (com número de Reynolds Re > 2.400), de modo que as perdas são proporcionais aproximadamente ao quadrado da velocidade e, portanto, também da vazão. Pot I isso, a curva das perdas de carga nesse regime tem conformação parabólica. . jQuando no sistema houver, por exemplo, filtros de tecido (filtro-manga), o escoamento nesses equIpa- mentos será laminar (Re - 2.400), e a perda de carga nos mesmos variará linearmente com a vazão. EII!I, k t88 VENTILAÇÃO INDl:STRIAL p, vi P4 i + -"- + ~ = h4 + - + v~ + J, 2g'Y 2g 'Y ,_O sendo J, a perda de carga entre "3" e "4", e i, o desnível entre "3" e "O". Desprezando i e h4e notando que ~ é normalmente a pressão atmosférica H h podemos escrever 'Y PJ vi V1- + - = H~+ - + l, 'Y 2g 2g A equação da altura útil de elevação pode ser escrita sob a forma H. = PJ + ~ - (p" + V;!,)'Y 2g 'Y 2g Substituindo pelas expressões acima, teremos V1 H. = H~ + - + J, - (H~ - J.) 2g VENTILADORES 189 ( ( H In: rpm.\olIuro monometrico Pressão de operação do ventilador Q vozao Curvo corocteristico~o sistema ( J + ~ ) Curvo coroct.ristico do ventilador Q vazõo de operoçao fII. 10.26 Determinação do "ponto de fUllcionamento ventilador-sistema". H VoziS..VaziS.. "a, 10.27 Efeito da forma da curva característica do ventilador sobre a vazão. geral, os fabricantes desses equipamentos fornecem dados a respeito da perda de carga nos mesmos. Quando a curva do ventilador apresentar um ramo ascendente e um descendente, deve-se procurar queo ponto de operação fique no ramo descendente e debaixo do início do ramo ascendente, pois se poderia demonstrar que a região entre a e b na Fig. 10.27 apresenta uma certa instabilidade na operação do ventilador. , 10.12 CONTROLE DA VAZÃO Do mesmo modo que numa instalação de bombeamento se controla a vazão por meio de uma válvula. noreca1que,nos sistemas de ventilação com ventiladores centrífugos e hélico-centrífugos é comum realizar-se, a !ariação de vazão por meio de "registros" tipo "borboleta" ou tipo veneziana, com lâminas paralelas, CU)~inclinação se pode graduar manual ou automaticamente. Quanto maior for a obstrução causada pelo( tegIstro,maior será a perda de carga e a altura de elevação necessária para atender à mesma, de modo queo "ponto de funcionamento" se deslocará para uma posição correspondente a uma menor vazão. Às1 vezesse traçam a curva característica do sistema sem incluir o registro e a curva característica correspondente aoregistroapenas. . Pode-se então analisar a variação da vazão em conseqüência da atuação do registro. A Fig. 10.28 mostra quese não houvesse o registro, o ponto de funcionamento seria P. A medida que a válvula vai sendo fechada, o ponto se desloca para p', p. etc., e a vazão passa aI ... H - v2. - l" + l, + --= ou 2g H. = 1 + . V1 2g H o H' H't-----H -----.1-- H ~i\f'" J ( I ( ( ( ( ( ( ( ( '{ ~ ,~ ( ( .( J, fi ~- ~ ...,.: - " -:;":'!'J ",;;:~. 190 VENTII.AÇÃO INDUSTRiAl. H GU"~R o Flg. 10.28 Regulagem da vazão do sistema de dutos com o emprego do registro.o" o' o Q', Q" etc., até que, com o registro todo fechado, a curva do encanamento coincide com o eixo das ordenadas H (condição de shul-of!). ' A vazão em um sistema pode também ser alterada variando-se o número de rotações do eixo, seja pela substituição do motor, seja pelo emprego de um variador de velocidade mecãnico, ou fluidodinâmico, ou de polias extensíveis. Pode-se ainda empregar motor de CC variando o campo indutor ou de AC do tipo adequado (variando a resistência rotórica dos motores a induçâo com rotores bobinados; regulando a tensão de motores de gaiola de esquilo e outros processos mais modernos, como é o caso da variação da freqüênciada corrente). H Fig. 10.29 Variação da vazão Q de um sistema pela variação do número de rotações por minuto do ventilador.o , L_'.- O' o" O ,'11m! No caso de ventiladores axiais, existem modelos de pás ajustáveis, de modo a permitirem, conforme o ângulo de calagem. a descarga pretendida. A regulagem é feita com o ventilador parado. Como exemplo, temos o Ventilador V A V, da Higrotec. Suponhamos que o projeto inicial tivesse previsto um ponto de funcionamento PI com uma vazão Q" mas que alterações no projeto do sistema tenham modificado a curva SI para a situação S,. conforme mostra a Fig. 10.31, para a qual a vazão Qz é menor que a vazão Q, desejada. Para restabelecer a vazão QI' podemos recorrer a uma das seguintes soluções: '~']\r a) aumentar o número de rotações do ventilador. multiplicando-o por ~ . O ponto de funcionamento passará Qz .aserrl; '''f. Ventilador Vane axial provido de veias dlrecionais ajustáveis PASSO AJUSTÁVEL Permite grande variedade de vazOes e pressOes VENTILADORES 191 Escala de posicionamento da palheta !~ :r, I') ",!&.Wi ~ CALOTA Com seu formato aerodinâmico guia o ar para as palhetas e protege as partes internas de montagem do rolar PALHETA Em aluminio fundido,com perfilaerodinâmico, usinada com precisão para ajuste ao cubo. Disponfvelem 6 e 12 palhetas fII. 10.30 Ventilador Super Vaneaxial de pás ajustáveis - VAV. volume de ar variável. Fabricante: Higrotee. .1:. 02 01 b) aumentar a altura estática H do ventilador (conseqüência do caso anterior), segundo a razão (~:J; c) aumentar a potência do ventilador (usar um de maior potência) segundo a razão (~:r Ao aumentarmos a potência, estaremos aumentando o H e obtendo o ponto de funcionamento p',. com o qual se restabelece o valor Q.. . ~-~~ Q Fig. 10.~1 Manutenção da vazão Q, pela variação do número de rotações n, quando ocorre alteração no traça- do do sistema e a curva característica passa de SI para S2' ~ I " ~ r, ..." 192 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL 10.13 OPERAÇÃO DE VENTILADORES EM SÉRIE E EM PARALELO 10.13.1 Operação em série Quando se necessita de uma pressão relativamente elevada no sistema, pode-se recorrer à associação de ventiladores em série, designados como ventiladores de dois estágios (p. ex., NEU Aerodinâmica), mas pode-se, em certos casos, realizar a montagem de um ventilador insuflando ar na aspir.ação de outro, sel11 dificuldade. Normalmente se usam ventiladores iguais, embora, dependendo do ponto de funcionamento dos dois ventiladores no sistema, seja possível utilizá-Ios de capacidades diferentes. A pressão resultante de dois, em série, é o dobro da de um (não considerandoas perdas), de mOdo que se somam as ordenadas das curvas dos dois ventiladores para se obter a curva resultante dos dois el11 série. Vê-se pela Fig. 10.32 que a curva do sistema intercepta a curva resultante em uma ordenada que não corresponde ao dobro da altura de elevação obtida com um único ventilador. Há, porém, um aumento na vazão resultante, que passa de Q para Q.. Com um ventilador obtemos H e Q, e com dois em série, H' < 2H e Q' < 2Q. H o Flg. 10.32 Operação de dois ventiladores em "série". 10.13.2 Operação em paralelo Certas instalações de ventilação industrial operam em uma faixa de variação de vazão diffcil às vezes de ser atingida com a utilização de um único ventilador. Recorre-se então à associação em paralelo de dois ventiladores. Teoricamente a vazão duplica para um mesmo valor da pressão estática, de modo que o traçado de curva resultante do funcionamento de dois ventiladores se realiza somando as abscissas (valores do Q) correspondentes a um mesmo valor de H. A Fig. 10.33 mostra que com um único ventilador o ponto de H ~II. o 111 Fig. 10.33 Associação de dois ventiladores iguais, empara' leio, ligados a um sistema de dutos. ,...",. , VENTILADORES 193 ( (uIlcionamentoseria A, com uma vazão Q, e que com dois, o ponto seria A', com uma vazão Q', a qual ( t inferiora 2Q. (Existem ventiladores com rotores de entrada bilateral equivalentes a dois rotores de entrada unilateral e,portanto, com as vantagens de grandes vazões que a instalação em paralelo proporciona. , { BOCA DE ASPlRAç.(O RECAL- - ASPIRAÇÃO IIC.lO.34 Ventilador centrífugo com entrada bilateral, isto é, com dupla aspiração. 10.14 EFEITO DA VARIAÇÃO DA DENSIDADE SOBRE O PONTO DE OPERAÇÃO \ A altitude local e a temperatura de operação dos gases afetam o valor da densidade. A variação da densidade8, embora não afete a vazão volumétrica, afeta, contudo, a descarga em massa p. (massa escoada naunidade de tempo), a altura manométrica e o consumo de potência. Assim, teremos. Supondo Q = constante A densidade /) é proporcional à massa escoada na unidade de tempo p.. I ~ -~ I 110.341 I ~ . ~ I 11035 ! (~ = ~ I 11036 ! ~ As Tabelas dos fabricantes são elaboradas para o chamado ar padrão (1' = 1,2 kgflm3)na temperatura de21,I'C e ao nível do mar (760 mmHg). A densidade é peso da unidade de volume 10.37 1,2 l' 1,2 /) = . ( A densidade nas condições normais seria 8 = 1,2 + 1,2 = 1 , Como a densidade varia diretamente com a pressão barométrica, para se achar os valores de H e N ( ,...I~, { ( ( ( I.i t ( Lé, 194 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL corrigidos, basta multiplicar os valores referentes ao ar padrão pela densidade do ar no local da instalação do ventilador. A variação da temperatura afeta a densidade do gás, a qual é inversamente proporcional à temperatu~ absoluta. Como a pressão manométrica e a potência consumida pelo ventilador dependem da densidade 11e do peso específico 1', temos que fazer a correção para verificar como funciona o ventilador que é projetado para condições-padrão, quando submetido a outras condições. Uma vez determinado o peso específico das novas condições, calcula-se a densidade 11dividindo por 1,2, e aplicam-se as relações de proporcionalidade de H e N em função de 11. EXEMPLO 10.8 Determinar o peso específico e a densidade do ar quando a temperatura é de 3S'C numa localidade onde a pressão atmosférica é de 670 mmHg. Um ventilador que opera em condições padrão com H '" 200 mmHzO e N = 5 cv, com que valores operaria? Solução: a) Correção do peso específico do ar padrão, que é de 1,2 kgf/m3 para a temperatura de 2D-C, quando esta passa a 3S'C: 273 + 20 x 1,2 = 1,14 kgf/m3para 35'C. 273 + 35 b) Correção do peso específico para o novo valor da pressão atmosférica, que é de 670 mmHg ao invés de 760 mmHg: 670- x 1,14 = 0,886kgf/mJ 760 Tabela 10.3 Densidade e pressão barométrica para várias altitudes. Ar normal a O metro de altitude A densidade nas condições-padrão é de 111= 1,0. Nas novas condições, será: 0,886 ~ = - = 0,740. 1,2 c) Nova altura manométrica ~ 0,740 Hz = HI . - = 200 x - 81 1,00 d) Nova potência motriz 148 mmHg. VENTILADORES 195 10.15 INSTALAÇÕES DE VENTILADORES EM CONDIÇÕES PERIGOSAS Nas indústrias, os ventiladores muitas vezes devem operar em ambientes contendo vapores, líquidos, gasese poeiras inflamáveis. Os motores elétricos que acionam ventiladores em certos processos petroquímicos ede produção de celulose, por exemplo, devem atender a especificações rigorosas para que não venham aprovocar ou a propagar fogo e explosões. 10.15.1 Atmosferas locais perigosas 10.15.1.1 Gases e vapores A presença de gases e vapores inflamáveis constitui uma séria preocupação nas medidas preventivas aserem tomadas contra incêndios, entre as quais aquelas que se relacionam com a especificação dos ventiladores eseus acionadores. Existem certos parãmetros que orientam o projetista e que dizem respeito ao risco que vapores e gases oferecem à irrupção e à propagação de um incêndio. Vejamos os principais: a) ponto de fulgor Vem a ser a mais baixa temperatura a partir da qual um líquido emite vapor em quantidade suficiente para provocar um flash ou centelha quando a superfície é exposta a uma chama que não chega a elevar apreciavelmente a temperatura do líquido. Existem especificações quanto ao modo de ensaio a ser realizado, com o fim de estabelecer o valor do pontode fulgor. Sua determinação é feita segundo o método brasileiro MB-50, da ABNT. Tabela 10.4 Ponto de fulgor para algumas substâncias Combustível Ponto de fulgor 'C -60 -41 -26 -18 -13 - 9 -40 -34,5 -49 Butano Éter etílico Sulfureto de carbono Acetona Benzeno Álcool etílico Gasolina, 71 de octana Óleo diesel Querosene i ;0)Ponto de ínflamação ou de combustão Vem a ser a temperatura acima da qual toda a mistura de vapor (ou de gás) e ar se inflamará mantendo uma combustão contínua durante 5 segundos. Não tem uma relação direta com o ponto de fulgore depende até certo ponto do agente que provoca a inflamação. Quando o ponto de inflamação tem valor baixo, como ocorre com o sulfureto de carbono, que se inflama a cerca de 120'C, existe o risco de que se inflame com o simples aquecimento de um motor elétrico ou a existência no local de uma tubulação de vapor. IC)Limitesde inflamabilidade Se a faixa correspondente ao valor da concentração do gás ou vapor no ar for grande, como ocorre com o hidrogênio (4 a 74%), o perigo se toma extremamente grave. Se a faixa ou margem for pequena, o risco é reduzido. Deve-se analisar cuidadosamente essa margem, consultando dados pertinentes. 10.15.1.2 Aerossóis e poeiras . O perigo da presença de aerossóis em suspensão é análogo ao dos vapores, porém a inflamação pode verificar-seabaixo do ponto de fulgor, caso a fonte calorífica que produz a inflamação possua energia suficiente -~~as~~ . Já Ocorreram incêndios provocados por nuvens de poeira de carvão e, em certos casos, até explosões. ~presença de pó de carvão no ar não produz diluição no oxigênio disponível para a combustão, ao contrário deque ocorre com a formação de misturas explosivas no ar. Por isso, embora não aparente, a mistura ~ó de carvão pode proporcionar combustão de grande potência. 8 z 0,740 Nz = N1 . - = 5 x - = 3,60cv. li. 1,00 Na prática, iríamos escolher um ventilador para estes valores de Hz e Nz. Altitude Densidade Pressão barométrica pés (m) (mmHg) -1.968 -600 (minas) 1,060 805,0 -984 -300 (minas) 1,030 780,0 O O(nível do mar) 1,000 760,0 1.000 305 0,962 731,5 2.000 609 0,926 704,0 2.500 762 0,909 690,8 3.000 914 0,891 677,6 4.000 1.220 0,858 652,2 5.000 1.524 0,826 627,8 6.000 1.829 0,795 604,2 ~ Jlh' i~l' '1 ;.\ lI. 196 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL O) "1:1 .!!!.. 2 8. til uj-s ~.J" .. ~ 'õj .';I'cc... O) ..o " ~]..- o S~...-c.- O) ~ ~>c..,.- "1:Ig.. :Jt1.I '&g'" c ~~c.o <t on< c::i... ai-; ~ SIIJ!;Ple:I- olu;wp;obll ;p S!IIJlu;j 0,5eJ;ul~UI- lI5Jof;p IIU!SO I!IXôlII1PIS\1pUI 0!l5111U;W!IV IIJ!;J!;PIIW IIPIS\1PUI ;solol~ ; l;dlld e:I!wJob IIPIS\1PUI SOO!lj!I;W-O!lU; 0IU;WI:) IIIJ;8 IIPIS\1PUI s;Q5!puo:l 1111;01 01; soQIIlQ1lJ1- 0511'OJJ;:I 0,5I1J;U!W - SIlU!W A ,R jc.< !~ ~ ..o.. 6.. êi..... E o ... ~ êi.. ;> . . . . . . . . . . . . o... !j\ !!c. .... .; cri o ~ .g ~ =c. !!.. c. :a ~ ~ ~ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . e 8 .. c: ~.. .. .s ~ .. ..,.. .... ..c. c. .!!I Si.. .. '0 o" ~ c... ..""" - cn; U"" ...." "o c. .. 'ie .g $ ~ ec:.. c.,,- o> <ü '" . . . . . . . . . . . . .. 9 .~ !! . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . fi .:>... e .." .." "c: êic. .- .. c." " t: .., 8. r;a .5.. .o ~ a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ".., o .. ... 1: if ~ =... ~ u "".. c: .. ~" !! g:, eo ." "Q ~ '8. ~ !3 " " > ~ .., .., .!! " a o Õ :I I) 1ft. 13, ~ e .I:; e = .= a..'- cn~ li: .( ~-:. VENTILADORES 197 ( \ ( ~ Devem-se tomar precauções com certas poeiras metálicas, como as de magnésio e de alumínio, cuja IlSinagemapresenta, portanto, certa periculosidade. Existem normas que estabelecem exigências quanto- à capacidade que os motores devem ter para não dC/lagraremum incêndio e para resistirem a explosões (British Standard, 229/1957, por exemplo). 10.16 RUÍDO PROVOCADO PELO VENTILADOR Em geral, os ventiladores de alta rotação provocam um nível de ruído maior que os de baixa, pela lJ3Íorfreqüência da vibração do ventilador, caixa e suportes. Velocidades de escoamento elevadas nos dutos ocasionam também aumento do nível de ruído no ambiente. A Norma Brasileira NB-IO/1978 fixa níveis de ruído permissíveis, expressos em decibéis (ver Tabela 10.6). Tabela 10.6 Níveis de ruído permissíveis, segundo a NB-IOl1978 Obs.rvações: dBa - É o nível de ruído lido na .seala "A" de um medidor de nível de som, que, por meio de um idlro eletrônico. despr.- za ruídos de baixa rreqü~neia que, devido à baixa sensibi- lidade nesta raixa, nio sio perceptíveis pelo ouvido humano. NC- É o valor obtido nas curvas d. NC, quando traçamos o grifieo dos níveis m.didos em bandas de oitava de r.e, qü~ncia. - O nível de ruído deve ser medido em 5 ponlos do ambiente 01,2 m do piso. Fon,.: ASHRAE Guide 1976 - S1sIems, Capo 35. I Uma das maneiras de reduzir a propagação da vibração da caixa do ventilador no duto é intercalar ( entre~bos uma ligação ou guarnição elástica de borracha. Outra, que pode ser adotada em conjunto com I '~~tenor. consiste em colocar um atenuador de ruldo na boca de aspiração e insuflamento de ventiladores 'Xials. A Fig. 10.35 mostra as especificações do atenuador de ruído tipo ZFKlZF da TROX. ---L.- ... Finalidade do local dBa NC Residincias Casas particulares (zona urbana) 30-40 25-35 Apartamentos 35-45 30-40 Escril6rios Diretoria 25-35 20-30 Sala de reuniões 30-40 25.35 Gerência 35-45 30.40 Sala de recepção 35-50 30.45 Escritórios em geral 40.50 35-45 Sala de computadores 45.65 40-60 Banheiros e toaletes 45-55 40.50 Restaurantes 40-50 35-45 Lanchonetes 40-55 40.50 Lojas de muito público 45-55 40.50 Supermercados 45-55 40-50 Bibliotecas 35-45 30-40 Salas de aula 35-45 30-40 Laboratórios 40-50 35-45 Areas de produção Exposto durante 8 hldia < 90 Exposto durante 3 hldia < 97 198 VENTILAÇÃO INDUSTRIAL . t --E3~D ~- Na tabela ao lado são indicadas as princi- pais caracteristicas técnicas Execução: Carcaça envolvenla exterior em chapa de aço galvanizada. internamente chapa galvanizada perfurada com véu de vidro posterior. O espaço entre as carcaças é preenchido com material acúSlico.absorvente e incombustlvel. A conexão efetua-se mediante colarinhos curtos com Ilangas. O tipo ZFK tem um núcleo cónico rev8stidocom chapa perlurada. preenchido com material acuslico.absorvente e Incombustlvel. o tipo ZF é igual ao tipo ZFK, porém sem núcleo. Reservado o direi10 de modificaçOes. Caracterf.tlca8 construtivas: TlpoZFK A seleção cios tamanhos COITesponde aos dia- metros nonnatizados conforme normas DIN. De.. mo à forma cOnk:a do núcleo e às suas extremi- dades esféricas, oonseguiu-se uma fonna aaro. dinamica que provoca pouca perda de pressao. A relação entre o diâmetro do núcleo e o diâme- tro externo é de 0.63 aproximadamente. A seção livre mfnima do atenuador é de 60%. Tipo ZF A perda de pressào é dosprezlvet. ~ Fig. 10.35 Atenuador de ruído tipo ZFKlZF, da TROX. A Hurner do Brasil Equipamentos Técnicos Ltda., apresenta em seu catálogo Ventiladores Radiais Incorro- . síveis - Dados Técnicos, Seleção e Dimensionamento, um excelente estudo sobre Análise do Nível Sonoro e escolha do ventilador que atenda ao nível solicitado. '!~ ,!I riI. I t j I. I 11 ;. I 1 -, Ventilação Local Exaustora 11.1 CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA I I' Existem contaminantes que, por sua alta toxicidade ou pela elevada concentração e quantidade produzida, não podem ser dispersados e diluídos na atmosfera ambiente por um sistema de venlilação geral. Aqueles que trabalharem no local, em um tempo maior ou menor, poderão vir a sofrer as conseqüências em seu organismo da agressividade daqueles vapores, gases, fumos e poeiras produzidos nas operações ou processos industriais, não obstante a redução da concentração obtida com uma troca contínua de ar. A solução para evitar que os contaminantes se espalhem no ar consiste obviamente em captá-Ios junto à fODle que os produz, de