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Brasil Império N2

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Nome: Gabriel Ronchi Ferreira R.A: 6797895 História – Noturno – 4ºSemestre
Brasil Império – N2
1 - De acordo com os temas apontados no texto de Maria Odila Leite da Silva Dias. explique o chamado processo de “Interiorização da Metrópole” no período Joanino e sua importância para o processo de emancipação política do Brasil.
Resposta:
Maria Odila marca o inicio da interiorização da metrópole em 1808, quando os exércitos napoleônicos dominavam a Europa e para derrotar os britânicos Napoleão impõe o bloqueio continental, para que outras nações não comercializassem com o Reino Unido e para que o mesmo se rendesse, e Portugal aliado dos britânicos não aceitou e foi ameaçado de ser invadido pela França, Existia um plano de Portugal trazer a coroa para o Brasil e então aconselhado pela coroa inglesa, Dom João VI antecipa esse plano e foge para o Brasil com a corte Portuguesa enquanto os ingleses cuidaria de Portugal ao lado dos soldados Portugueses que ficaram. Então o império português se muda para o Brasil e provoca algumas mudanças significativas para que mais tarde a colônia se tornasse o centro do império português e irá gerar o que a autora chama de “Geração da Independência”.
A Inglaterra ajudou a fazer a segurança da corte para o Brasil e em troca dessa escolta inglesa Dom João VI vai firmar a abertura dos portos, chamado de abertura dos portos das nações amigas, que favoreceu a Inglaterra e rompeu o pacto colonial que havia entre Portugal e o Brasil, como o pacto colonial efetivamente acabou teremos o comercio direto do Brasil com a Inglaterra. A Inglaterra estava incomodada com a taxa empregada a ela e em 1810 Dom João VI determina o tratado de comércio e navegação que reformula a taxação dos países que comercializava com o Brasil, então é reduzido a tarifa dos Ingleses para 15% ad valorem, Portugueses 16% ad valorem sobre os produtos e outros países 24% ad valorem. A Inglaterra conseguiu uma tarifa especial em relação aos Portugueses mostrando na pratica que o pacto colonial estava efetivamente encerrado, e Dom João desenvolve o tratado de aliança e amizade, onde ingleses residentes do Brasil só poderiam ser julgados por juízes ingleses, esse tratado de aliança e amizade também davam liberdade aos Ingleses de permanecer nas docas sem pagar impostos e concedia liberdade religiosa, pois diferente de Portugal, os ingleses eram em sua maioria anglicanos(protestantes).
Dom João VI cria algumas medidas que vão gerar uma transformação estrutural em relação a colônia brasileira, a criação do primeiro banco do Brasil, que atende à formação do sistema econômico no Brasil e estabelece uma medida de valor para a moeda e dá sentido as regras da movimentação financeira, também cria a biblioteca nacional, que atende a elite portuguesa e desenvolve a intelectualidade e produção do pensamento critico e cientifico no Brasil, a criação da imprensa régia também foi essencial para a circulação do conhecimento e do saber e levando a criação de faculdades para a organização dos pensadores e principalmente a formação em medicina e em direito, que será importante para a formação da elite brasileira que procurará a aproximação com a coroa. A vinda da família real mudou o espaço geográfico, pois transformou o Rio de Janeiro de forma que se parecesse com as capitais europeias e, desse modo, pudesse abrigar e acomodar a corte portuguesa, os custos dessas reformas de adaptação da cidade do Rio de Janeiro veio por meio do aumentos dos impostos e foram um dos motivos das insatisfações entre a população de Pernambuco, que levou à revolução Pernambucana em 1817. O mercado interno do Brasil será turbinado com a vinda da família real especialmente no sudeste, e essa também foi uma das causas em que houve essas rebeliões no nordeste e faz renascer o sentimento de independencia.
Mas em 1815 o sentimento emancipacionista começou a ganhar mais força já que Napoleão é derrotado e preso e ocorre o fim da era napoleônica o que traz outras mudanças para a corte portuguesa no Brasil, a partir do congresso de Viena foi feito uma reorganização da política europeia, onde todos os reis que tinham perdido seu trono por Napoleão retornariam ao poder, contudo o congresso de Viena determinava que os monarcas deveriam residir em um território pertencente à coroa em questão, Dom João VI recusa-se a voltar para a Europa e ainda em 1815 Dom João contorna a determinação do congresso de Viena e eleva o Brasil a Reino Unido de Portugal, e o Brasil deixa de ser uma colônia e passa a ser um dos reinos que formavam o reino português. Essas manobras de Dom João VI vai incitar a elite que ficou em Portugal a iniciar a revolução liberal do Porto, do qual um dos motivos foi a perda do monopólio comercial de Portugal com o Brasil, após o fim do pacto colonial e a abertura dos portos brasileiros para o comércio com outras nações, ou seja, os privilégios concedidos para os comerciantes ingleses, pois pagavam menos impostos que os comerciantes portugueses, então a elite portuguesa foi contra a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido e exigia sua recolonização. As “cortes portuguesas” foram à primeira experiência de um parlamento experimentada por Portugal. Aparelhadas no contexto da revolução liberal do Porto, o objetivo de estabelecer uma nova constituição que limitava o poder de Dom João e rebaixar o Brasil a colônia novamente, mas nesse parlamento tinham deputados brasileiros que, sem sucesso, tentaram garantir algumas liberdades ao Brasil nessa constituição. No entanto, os deputados portugueses estavam decididos a levar a recolonização adiante, diante disso, o sentimento emancipacionista ganha ainda mais força, uma vez que a elite brasileira se opunha à recolonização na tentativa de manter os privilégios conquistados desde a vinda da corte portuguesa.
A independência do Brasil era inevitável segundo Maria Odila, a ruptura com Portugal estava acontecendo aos poucos e o Brasil estava começando a ganhar maturidade, forma de Estado e autonomia, mas o que deixou evidente que não tardaria a emancipação política do Brasil foi que cedendo à todas as pressões de Portugal , Dom João VI volta para a Europa e deixa seu filho Dom Pedro como administrador e inicia-se a regência de Dom Pedro I em 1821, Dom Pedro I ganha o apoio das elites brasileiras, que viam no príncipe português o único com forças para conduzir o processo de independência, e nasce contexto nasce o Partido Brasileiro, que era formado pela elite rural, burocratas, comerciantes brasileiros e portugueses que eram contra a recolonização do Brasil, o partido requeria o apoio de Dom Pedro I para garantir que a população brasileira não conduziria ou participaria do processo de independência, o que poderia ameaçar seus privilégios e status social, diante disso as cortes portuguesas passam a exigir o retorno de Dom Pedro I à Portugal, haja visto que era o herdeiro do trono português, mas atendendo às pressões das elites brasileiras pela sua permanência no Brasil, Dom Pedro I profere a frase “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”, momento que ficou conhecido como “dia do fico”, marcava então a primeira ruptura definitiva com Portugal e isso se intensifica quando Dom Pedro I afasta ministros portugueses e decreta o “cumpra-se”, ou seja, todas as determinações enviadas de Portugal para o Brasil deveriam passar pela aprovação de Dom Pedro, se ele não aprovasse, o decreto não seria executado, Portugal se vendo ameaçado e diante de todas as atitudes de Dom Pedro I ameaça invadir militarmente o Brasil, mas antes que de fato ocorresse uma invasão, em 07 de setembro de 1822 Dom Pedro I proclama a independência do Brasil, então em teoria Brasil e Portugal passa a seguir caminhos políticos diferentes. 
2- Após a Proclamação da Independência, pelo príncipe D. Pedro, aos 07 de setembro de 1822, as elites políticas brasileiras e variados setores produtivos foram tomados por uma vertigem de entusiasmo liberal. Explique de que maneira a frase do pensadorfrancês, Benjamin Constant: “As intenções são liberais, mas a prática será despótica” representa a atuação política de D. Pedro I ao longo de seu reinado.
Resposta:
Dom Pedro I após o grito de independência se torna imperador do Brasil, que aliás, o agradava esse título, como a imprensa da época o apontava, ele era “vaidoso”, o titulo de Rei não o agradava tanto quanto ser chamado de imperador, ele rebate as criticas dizendo que o Brasil não poderia se configurar de outra maneira, que não um império, dada o fato do Brasil ser de território continental e por conta do ideal de unidade das 21 províncias em torno do governo centralizado na capital Rio de Janeiro, mas essa unidade territorial ainda não era uma certeza, mas fato é de que algumas províncias não reconheciam a independência do Brasil e isso levará a grandes confrontos, tanto da parte da elite quanto da parte do imperador. Dom Pedro admirava a figura de Napoleão Bonaparte em relação ao poder militar e também os princípios do liberalismo político que era atraente para ele, a ideia de liberdade e democracia o fascinava mas na prática não funcionará dessa forma.
A frase “As intenções são liberais, a prática será dispótica” foi empregada na imprensa francesa por Benjamin Constant após o retorno de Napoleão do exílio, o mesmo não o chama para participar do seu governo novamente. Benjamin Constant foi ministro de Napoleão antes de ele ser exilado e responsável por escrever parte da constituição republicana francesa, com ideias liberais de que no estado deveria haver separação dos três poderes entre si, mas ele também idealiza um quarto poder, chamado Poder Moderador, a lógica do poder moderador seria um poder que deveria mediar as relações entre o chefe do executivo e os membros do legislativo, logo, cinco nomes seriam escolhidos para exercer o poder moderador tornando mais democrático e sem interferências entre um poder e outro que fazia com que o poder não ficasse centralizado em apenas um dos lados, mas no Brasil aconteceu diferente, após o discurso de Dom Pedro I e a aclamação dele organizado pela cúpula do governo que era maçom, fazendo com que o príncipe, agora imperador, fosse aclamado e jurasse a constituição que ainda não existia, que não foi interessante para o imperador, pois ele jurando lealdade prévia a constituição era o mesmo de jurar obediência a assembleia que iria criar a constituição, afinal pelo principio liberal somente os representantes eleitos pela soberania popular tinha o direito de estruturar o estado, por ser uma monarquia constitucional o monarca deveria aceitar desde o começo do reinado e estar de acordo com o que fosse escolhido pelos deputados, o imperador recusa fazer o juramento prévio e José Bonifácio prevendo que o debate estava perigoso ele começa a dizer que o mais importante era que as outras províncias reconhecessem o novo imperador, aliás Bahia, Pará e Piauí não reconheceram e não aceitaram Dom Pedro I que gerou uma grande guerra, então o assunto dessas províncias era mais importante de ser resolvido para que haja a unidade nacional e o reconhecimento internacional da independência, e com algumas pressões do governo ocorre o reconhecimento do imperador.
A câmara começa com embate entre os dois partidos, partido português e partido brasileiro e logo na primeira sessão da câmara a discussão era se o imperador deveria usar a coroa e se sentar no centro em posição de destaque ou não, o que simbolizaria o poder soberano mas o lugar do centro era do presidente da câmara e o voto da maioria foi que ele não deveria se sentar no centro da mesa e nem usar a coroa, Dom Pedro I não gostou da votação e quando ele discursa, alfineta os deputados dizendo que defenderá a pátria, nação e a constituição se ela fosse digna do Brasil e dele mesmo, demonstrando que ele acredita que é o soberano e esta acima dos demais poderes, contrariando a ideia de liberalismo, da qual era a proposta inicial, e essa atitude do imperador não agrada aos deputados fazendo-os desconfiar do mesmo. A constituição começou a ser criada e uma das propostas era de que o imperador deveria renunciar o trono de Portugal e ficar apenas com o império do Brasil e ele aceita a proposta, outros artigos na constituição é de que Dom Pedro não poderia comandar o exercito, dissolver a câmara e o senado e ele deveria ficar sujeito ao poder legislativo e a carta constitucional, Dom Pedro I não gosta dessas propostas mas o que faz com que ele perca a paciência é quando o deputado Antonio Carlos defende que para manter a integridade da nova constituição não cabia ao imperador sancionar a lei que a assembleia constituinte aprovasse em sua maioria.
A frase de Benjamim Constant se faz presente em Dom Pedro I que por mais que o discurso fosse liberal, na verdade suas atitudes eram autoritárias, além dos pontos acima citados, houve na câmara uma proposta de José Bonifácio em fazer uma reforma agrária e a libertação dos escravos lenta e gradualmente, o que além de não agradar a elite que dependia do trabalho escravo, não agradou ao imperador que diante de uma proposta puramente liberal, Dom Pedro I instigado pela elite demite os Andradas e nomeia um gabinete do partido português o que deixou os brasileiros com sentimento de terem sido traídos pelo imperador. Dom Pedro I enterra seu discurso liberal quando demite todos os deputados que se recusam a sair e então usa dos soldados leais para tirar eles da câmara, dando um golpe de estado que violava os princípios liberais que ele dizia defender.

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