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Tecnologia em processos gerenciais - Estrutura das organizações

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Tecnologia em Processos gerenciais
OrganizaçãO, SiStemaS e métOdOS
Estrutura das OrganizaçõEs
OrganizaçãO, SiStemaS 
e métOdOS
Estrutura das 
OrganizaçõEs
ObjetivOs da Unidade de aprendizagem 
Ao final da Unidade o aluno deverá ser capaz de com-
preender a sistemática do Novo Mundo, a Globalização, 
a Organização Geral do Comércio e o papel do Adminis-
trador no novo cenário Mundial e as novas Estruturas 
Organizacionais. 
COmpetênCias 
Compreender as transformações do mundo contemporâ-
neo para interligá-lo às Estruturas das Organizações.
Habilidades 
Associar informações e entender as Estruturas das Orga-
nizações contemporâneas.
7
ApresentAção
Nesta UA você aprenderá a sistemática de um Novo Mundo, 
a Globalização e a Organização Geral do Comércio para po-
der compreender as transformações do Mundo Contempo-
râneo e interligá-lo às Estruturas das Organizações.
Bons estudos!
pArA ComeçAr
Você sabia que fenômenos econômicos e sociais de alcance 
mundial estão reestruturando o ambiente empresarial?
A globalização da economia, alavancada pela tecnologia 
da informação e da comunicação, é uma realidade da qual 
você não pode ficar fora disso.
Sabia que as novas tecnologias, bem como as novas for-
mas de organização do trabalho, colocam os métodos tradi-
cionais de gestão em conflito?
A evolução das organizações em termos de modelos es-
truturais e tecnológicos, tendo as mudanças e o conheci-
mento como novos paradigmas, tem exigido uma realidade 
diferenciada e emergente.
No ambiente dos negócios, praticamente em qualquer lu-
gar do mundo, as pessoas estão sentindo o reflexo dessas 
transformações.
Vamos lá!
FundAmentos
1. nOvO mUndO
Em 1957, surgiu na Europa como primeira tentativa de livre 
Comércio o Mercado Comum Europeu (MCE), chamou-se, 
depois, Comunidade Econômica Europeia (CEE) e, por fim, 
União Europeia (EU).
Entre 1986 e 1996, o mundo passou por diversas e pro-
fundas transformações no âmbito político, o fim do Império 
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 4
Soviético e a queda do muro de Berlim, foram os maiores acontecimentos 
do fim do século XX. 
A revolução Bolchevique, que buscou mudar os aspetos econômico 
e social do nosso planeta, chegava ao final, com seus principais articu-
ladores Mikhail Gorbachev e Boris Yeltsin, se enfrentando, em frente às 
câmeras de televisão do mundo inteiro, para se manterem no poder, 
independentemente da própria estrutura, da qual os dois eram as su-
premos guardiões, não mais existir.
Com o fim do bloco sovético e do modelo socioeconômico, o que res-
tou foi o modelo oposto, patrocinado pelo grande rival, os Estados Unidos 
da América, modelo este conhecido conhecido como Capitalismo.
O mundo procurou agrupar-se para maximizar as igualdades e diminuir 
as diferenças entre as nações que compõem uma mesma região geográfica.
Esta nova forma de interação das nações fez com que os chefes de 
Estado ou de Governo passassem a assumir o papel de vendedores e não 
mais a função clássica de Diplomatas.
A esse fenômeno deu-se o nome de Globalização. Alguns autores a 
mencionam como Globalização Contemporânea, porque a Globalização 
sempre existiu ou pelo menos foi tentada muitas vezes pelos Fenícios, 
Romanos e outras civilizações.
A Globalização Contemporânea tem por princípio o livre comércio, 
onde os mercados não têm mais fronteiras, barreiras alfandegárias e 
nem outro tipo de entrave que dificulte a integração das nações em blo-
cos de interesse comum.
A Globalização pode ser financeira, com o fluxo de capitais de todas as 
espécies em circulação praticamente livre entre países por redes de com-
putadores de uso exclusivo do mercado de capitais, pode ser econômica e 
comecial. Como exemplo, na área de Tecnologia de Informação o volume 
estimado é de quase um trilhão de dólares anuais.
COnCeitO
Globalização é um fenômeno social que ocorre em escala 
global. Esse processo consiste em uma integração em ca-
ráter econômico, social, cultural e político entre diferentes 
países (FREITAS, 2010). 
1.1. EfEitos positivos da Globalização
 → Faz com que as novas tecnologias cheguem rapidamente aos mais 
distantes lugares de Mundo;
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 5
 → Redução de Preços de Bens e Serviços. As empresas têm um maior 
mercado consumidor após a Globalização, podendo produzir mais, 
vendendo, portanto, mais barato;
 → A Internet gera uma massa de conhecimentos e informações;
 → Diminui tensões entre as nações em função de disputas comerciais.
1.2 EfEitos nEGativos da Globalização
 → Aumento do desemprego mundial, em função da maior competição 
entre as empresas, estas têm que produzir mais rápido e barato e as 
que não conseguem demitem funcionários e, ainda continuam pro-
curando adaptar-se à nova ordem econômica. Ou, em outros casos, 
vão à falência;
 → Atraso tecnológico das empresas gera problemas de sobrevivência 
e muitas vão à falência;
 → Invasão de produtos de má qualidade e preços baixos, oriundos pre-
dominantemente de países asiáticos que não faziam parte de orga-
nismos reguladores de Comércio Internacional. Como por exemplo, a 
China, até antes de ser admitida na Organização Geral do Comércio.
COnCeitO
A Organização Mundial do Comércio (OMC) é a instituição 
internacional responsável pelas regras do comércio interna-
cional em nível mundial. 
Agora vamos abordar o papel do Administrador no novo cenário Mundial 
e as novas Estruturas das Organizações.
2. O administradOr e a glObalizaçãO COntempOrânea
Na unidade anterior abordamos as transformações mundiais que nos le-
varam à Globalização Contemporânea. Em função desse novo cenário 
os Administradores ou Gestores têm que se adaptar também às novas 
Estruturas Organizacionais em aspetos que destaco:
 → Como Administrador ou Gestor você tem que estar informado e in-
serido no contexto da Globalização Contemporânia;
 → Você irá trababalhar em empresas que estão inseridas na Globaliza-
ção Contemporânea;
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 6
 → Como Administrador ou Gestor você perceberá que as novas Estru-
turas Organizacionais surgiram em função da necessidade das em-
presas sobreviverem ao fenômeno da Globalização Contemporânea.
COnCeitO
Estrutura Organizacional é o instrumento resultante da iden-
tificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades 
e dos recursos das empresas, incluindo o estabelecimento 
dos níveis de alçada e dos processos decisórios, visando o 
alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos das 
empresas. (OLIVEIRA, 2006)
3. nOvas estrUtUras OrganizaCiOnais
Segundo Cruz (2006) com o fenômeno da Globalização Contemporânea, 
ficou acirrada entre as empresas a competição, a concorrência, a guerra 
comercial, a busca da qualidade e a produtividade, tudo isso fez com que 
as empresas se flexibilizassem para adaptarem–se às diversas situações 
de constantes desafios. 
Surgiram então as novas Estruturas Organizacionais que veremos a seguir:
 → Modelo de Relacionamento Cíclico;
 → Empresa Virtual;
 → Empresa Virtual Eletrônica;
 → Estrutura orientada a Processo;
 → Consórcio Modular;
 → Empresa Terceirizada;
 → Fábrica sem Fábrica;
 → Grupos de interesse;
 → Consórcios;
 → Empresa Eletrônica.
3.1. ModElo dE RElacionaMEnto cíclico
Conforme Cruz (2006) esta Estrutura Organazacional baseia-se na inte-
ração de três elementos dentro das empresas: Pessoas, Processos e Tec-
nologia de Informação. Os elementos citados relacionam-se ciclicamente 
para melhor atender às necessidades do cliente.
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3.2. EMpREsa viRtual
Esta Estrutura Organizacional baseia-se também na interação de: Pessoas, 
Processos e Tecnologia da Informação, como no Modelo de Relaciona-
mento Cíclico mas na prática a empresa existe sem ter forma, estrutura 
e espaço físico, procedimentos, produtos, estoque, pode ter um, dezenas 
ou nenhum empregado. Vocêjá imaginou isso, fazer negócios com uma 
empresa que nunca aparecerá fisícamente em lugar algum?
As empresas virtuais surgiram pela ideia que fossem cortados radi-
calmente os custos fixos e que operassem predominantemente com 
custos varáveis.
Vamos imaginar a criação de uma empresa com o objetivo de atuar 
desde o ramo de Consultoria à realização de Seminários. Não tem ne-
nhum empregado e no seu catálogo tem diversos especialistas com o vín-
culo de autônomos que serão agregados aos diversos projetos de forma 
permanente ou temporária.
Imagine esses especialistas autônomos se reunirem somente nas em-
presas-clientes e trabalharem nos projetos em suas residências utilizando 
seus próprios computadores.
As empresas virtuais podem existir para um tempo e espaço determi-
nados, deixando de existir assim que um ou mais projetos contratados 
forem concluídos e entregues.
3.3. EMpREsa viRtual ElEtRônica
Esta Estrutura Organizacional funciona dentro da Rede Mundial de Com-
putadores (Internet).
E além de virtual é uma empresa totalmente eletrônica.
Como exemplo menciono uma empresa de pesquisa de mercado que 
vende informações contidas numa base de dados que estão enseridos 
num site da rede mundial de computadores (internet). 
O site pode ser acessado por usuários que poderão comprar as in-
formações de qualquer cidade de qualquer país do mundo. Os cliente 
podem pagar as informações por cartão de crédito ou de débito au-
tomático em sua conta corrente, outra forma de pagamento é o boleto 
bancário impresso na casa do cliente. A receita operacional da empresa 
virtual eletrônica vai direto para a conta bancária da empresa que poderá 
estar sediada em qualquer agência bancária do mundo.
Os produtos de bastante aceitação comercializados típicamente pelas 
empresas eletrônicas são: músicas, e-books, livros, CDs e DVDs.
Outros produtos que têm uma boa aceitação e com expansão de negó-
cios pela empresas virtuais eletrônicas são: joias, vestidos, embarcações 
e veículos.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 8
3.4. EstRutuRa oRiEntada a pRocEsso
Esta Estrutura Organizacional é resultante de um processo de Reenge-
nharia de uma empresa que apresenta ineficiência, baixa produtivida-
de, constantes atrasos na produção, no cumprimento de prazos e ainda 
quando são identificadas ocorrências como:
 → Desorganização no fluxo de Materiais;
 → Deficiência no fluxo de informações;
 → Processo de Produção deficiente com raras e demoradas melhorias;
 → Funcionário que executa mal a sua função;
 → Funcionário que só conhece a sua atividade;
 → Funcionário que só é reponsável pela sua atividade.
Após o processo de Reengenharia as vantagens para a empresa são:
 → Fluidez no fluxo de Materiais;
 → Fluidez no fluxo de informações;
 → Processo de Produção eficiente e com melhorias constantes;
 → Funcionário treinado e motivado;
 → Funcionário conhece o processo produtivo por inteiro.
3.5. consóRcio ModulaR
Esta Estrutura Organizacional teve o seu início em função de um execu-
tivo chamado José López Arriortúa, quando este saiu da GM Americana 
para assumir o cargo de Diretor Mundial de Compras na Volkswagem Ale-
mã e a GM Americana o acusou de levar segredos industriais, entre eles o 
projeto de uma fábrica totalmente inovadora chamada Fábrica Modular.
Para o Sr. Lopez, o nome seria Consórcio Modular e sem relação com 
a GM Americana.
A Estrutura Organizacional denominada Consórcio Modular funciona 
da seguinte forma; uma fábrica é gerida por um grupo de empresas res-
ponsáveis. O objetivo desta Estrutura Organizacional é a redução de cus-
tos e a agilidade na produção.
Como exemplo, temos a fábrica da Volkswagem de Caminhões e Ôni-
bus situada na cidade de Resende no Estado do Rio de Janeiro, onde os 
empregados na sua maioria são funcionários de empresas consorciadas 
e uma minoria são da Volks. 
Para a empresa, a experiência na fábrica de Resende deu certo e esta a 
expandiu para outras plantas industriais da Volks.
Algumas empresas concorrentes da Volks também adotaram a ideia na 
implantração de novas fábricas no Brasil.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 9
3.6. EMpREsa tERcEiRizada 
Esta Estrutura Organizacional não é uma ideia inovadora, mas foi forte-
mente adotada pelas empresas a partir dos anos 1990. Com a Terceiriza-
ção as empresas esperavam resolver os problemas dos altos custos de 
Produção, baixa produtividade, qualidade e outros problemas que afetas-
sem o desempenho.
Terceirizar é o ato de transferir para outras empresas todas as ati-
vidades que não o objetivo ou o foco da empresa, em inglês usa-se o 
termo Outsoursing.
Exemplos de Terceirização mais praticados pelas empresas:
 → Áreas de Apoio (Portaria, Limpeza e Segurança);
 → Recrutamento e Seleção;
 → Treinamento;
 → Documentação;
 → Arquivo;
 → Manutenção;
 → Controle Ambiental.
Mais recetemente, existem casos de empresas que terceirizam as áreas de 
Produção, algumas áreas da Administração e Processamento de Dados.
3.7. fábRica sEM fábRica
Uma fábrica que não fabrica aquilo que vende? É possível? Sim.
Essa Estrutura Organizacional visa a redução de Custos por meio da 
segmentação por especialização.
Em outras palavras, vamos dar exemplos. Existem empresas que de-
tém patentes de fabricação de seus produtos a as fabricam para outras 
marcas. É o caso da empresa Polti italiana que fabrica para as empresas 
Black & Deker e General Electric.
Com essas ações a empresa Polti diversifica os canais de distribuição 
de seus produtos e mantém os concorrentes longe para criação de novos 
produtos sem a necessidade de grandes investimentos.
Um outro exemplo de empresa a Solectron, que especializou-se em 
fabricar telefones celulares para diversas empresas que os criaram 
e  desenvolveram.
Atualmente, quase todas as marcas de telefone celular já não os fabri-
cam e adotam essa Estrutura Organizacional.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 10
3.8. GRupos dE intEREssE
As empresa que adotam como prática esta Estrutura Organizacional reu-
nem com frequência pessoas de diversas áreas (Engenharia, Marketing, 
Vendas, CPD, Finanças e outras) com a finalidade de buscar novos produ-
tos, mercados, ideias, tecnologias, aproveitando a sinergia e a força cria-
tiva do grupo.
Os grupos de interesse são grupos formais, constituidos sobre quatro 
pontos básicos:
1. Objetivos do Grupo;
2. Composição do Grupo;
3. Tempo e duração do grupo;
4. Agenda de Reuniões.
O resultado esperado é que o grupo de interesse gere bons resultados 
porque difícilmente quando um grupo se reune é raro que não gere 
ideia alguma.
3.9. consóRcios
Esta Estrutura Organizacional consiste no seguinte; várias empresas se 
reúnem para criar uma nova empresa e esta será responsável para exe-
cutar uma determinada operação.
Motivos para a formação de Consórcios:
 → Exigência legal;
 → Um novo negócio é maior que as empresas participantes (Estrutura 
e Capital), então as empresas se reúnem e formam o Consórcio;
 → Um novo negócio não é do ramo de atuação das empresas partici-
pantes, então estas se reúnem e formam o Consórcio.
Como exemplo temos, um Consórcio de empresas Europeias formou a 
Airbus para enfrentar a concorrência de empresas Americanas, Boeing e 
McDonnell-Douglas, sendo que a Airbus tinha um produto moderno e de 
operação econômica.
3.10. EMpREsa ElEtRônica
Ainda segundo Cruz (2006) esta Estrutura Organizacional surgiu em função 
das facilidades encontradas na Internet (Rede Mundial de Computadores).
A atividade principal de uma Empresa Eletrônica é o comércio eletrô-
nico. Transações entre empresa e empresas e empresa e consumidores.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 11
Um exemplo de sucesso de Empresa Eletrônica é a empresa Amazon.
com. Não possui lojas ou qualquer estrutura física para o atendimento de 
seus clientes, este é totalmente eletrônico.
A Amazon.com tem sede nos EstadosUnidos onde também possui de-
pósitos de mercadorias.
As Empresas Eletrônicas funcionam baseadas em três fatores:
1. Atendimento;
2. Estoque;
3. Logística.
O maior desafio é com certeza a Logística e para este fator têm de contar 
com uma ou mais empresas terceirizadas.
O dia a dia dessas empresas em função dos três fatores é de desafio, 
ainda em função da desconfiança dos consumidores que se perguntam; 
vou comprar de uma empresa que não tem telefone e não sei onde fica, 
será que eu vou receber?
antena 
pArAbóliCA
Leia o texto1 abaixo e entenda a contribuição do Ensino á 
Distância para as novas Estruturas Organizacionais.
A educação aberta e a distância aparece cada vez 
mais, no contexto das sociedades contemporâneas, 
como uma modalidade de educação extremamente 
adequada e desejável para atender às novas deman-
das educacionais decorrentes das mudanças na nova 
ordem econômica mundial. 
Nas sociedades “radicalmente modernas” (GID-
DENS,1991 e 1997a), as mudanças sociais ocorrem em 
ritmo acelerado, sendo especialmente visíveis sobretu-
do no espantoso avanço das tecnologias de informação 
e comunicação (TIC), e vêm provocando, senão mudan-
ças profundas, pelo menos desequilíbrios estruturais 
no campo da educação. Nesta fase de “modernidade 
tardia” a intensificação do processo de globalização 
gera mudanças em todos os níveis e esferas da socie-
dade (e não apenas nos mercados), criando novos es-
tilos de vida, e de consumo, e novas maneiras de ver o 
mundo e de aprender. 
Globalização não é apenas um fenômeno econômico, 
de surgimento de um “sistema-mundo”, mas tem a ver 
com a “transformação do espaço e do tempo”. Giddens 
(1997a) a define como “a ação à distância” e relaciona 
sua intensificação com o surgimento de meios de comu-
nicação e de transporte em escala planetária. 
A interconexão global intensificada gera mudanças 
das relações tempo/espaço que têm consequências 
nos modos de operar da sociedade. O contato, ainda 
que mediatizado, dos indivíduos com eventos e ideias 
existentes em outras culturas tem um efeito de descon-
textualização (com relação ao mundo local vivido) e de 
recontextualização num mundo globalizado que, embo-
ra tecnicamente virtual, fornece-lhes novos parâmetros 
para compreender seu contexto local. 
1. Texto extraído 
do artigo “Educação 
a distância mais 
Aprendizagem” de 
Maria Luiza Belloni, 
Universidade Federal 
de Santa Catarina.
Fonte: www.
educacaoonline.
pro.br.
Nesta dialética de globalização/localização, observa-
-se também um aumento da reflexividade, caracterís-
tica típica da modernidade que “diz respeito à possibi-
lidade de a maioria dos aspectos da atividade social, e 
das relações materiais com a natureza, serem revistos 
radicalmente à luz de novas informações ou conheci-
mentos” (GIDDENS, 1997b). 
Essas mesmas tecnologias que globalizam deste 
modo as informações estão sendo aplicadas à apren-
dizagem aberta e a distância, seja formalmente a par-
tir de sistemas de educação a distância, seja de modo 
informal, por toda a panóplia de canais de televisão, 
redes telemáticas e produtos multimídia. As fronteiras 
entre educação e entretenimento parecem se diluir, 
dando lugar ao aparecimento de uma série de novas 
formas de “aprender” que alguns já estão chamando de 
“infotenimento” (FIELD,1995). 
Tais mudanças — no processo econômico, na orga-
nização e gestão do trabalho, no acesso ao mercado de 
trabalho, na cultura cada vez mais mediatizada e mun-
dializada — requerem transformações nos sistemas 
educacionais, que cedo ou tarde vão assumindo novas 
funções e enfrentando novos desafios. 
O papel da educação na sociedade - a definição de 
suas finalidades maiores - está se transformando e suas 
estratégias vêm sendo modificadas de modo a respon-
der às novas demandas, notadamente com a introdução 
de meios técnicos e de uma maior flexibilidade quanto 
às condições de acesso, aos currículos e metodologias 
(TRINDADE, 1992; LJOSA, 1992; BLANDIN, 1990; PAUL, 
1990; PERRIAULT, 1996). 
Neste quadro de mudanças na sociedade e no campo 
da educação, já não se pode considerar a educação a dis-
tância (EaD) apenas como um meio de superar proble-
mas emergenciais (como parece ser o caso na LDB bra-
sileira), ou para consertar alguns fracassos dos sistemas 
educacionais em dado momento de sua história (como 
foi o caso de muitas experiências em países grandes e 
pobres, inclusive o Brasil, nos anos 1970). 
A EaD tende doravante a se tornar cada vez mais um 
elemento regular e necessário dos sistemas educativos, 
não apenas para atender a demandas e/ou grupos es-
pecíficos, mas com funções de crescente importância, 
especialmente no ensino pós-secundário, ou seja, na 
educação da população adulta, o que inclui o ensino su-
perior regular e toda grande e variada demanda de for-
mação contínua gerada pela obsolescência acelerada da 
tecnologia e do conhecimento. 
Considerando a educação como instrumento de 
emancipação, e a partir de uma perspectiva de demo-
cratização das oportunidades educacionais, nas socieda-
des da «informação» ou do «saber», onde a formação 
inicial torna-se rapidamente insuficiente, as tendências 
mais fortes apontam para a educação ao longo da vida, 
(lifelong education), mais integrada aos locais de trabalho 
e às expectativas e necessidades dos indivíduos (CARMO, 
1997; KEEGAN, 1983; PERRIAULT, 1996; BATES, 1990b). 
e AgorA, José?
Nesta Unidade abordamos a sistemática de um Novo 
Mundo, a Globalização e a Organização Geral do Co-
mércio para podermos compreender as transforma-
ções do Mundo Contemporâneo e interligá-lo às Estru-
turas das Organizações.
Agora você já conhece as tentativas para o livre co-
mércio Mundial de onde evoluímos para a Globalização 
Contemporânea e o Papel do Administrador neste novo 
cenário Mundial e as novas Estruturas Organizacionais.
 Faça sempre novas pesquisas na internet e as ativida-
des recomendadas na Unidade.
AtividAdes
Esta Unidade foi rica em informações, pois trouxe um 
importante painel dos caminhos percorridos nos últi-
mos anos até chegar aos dias atuais, no campo político, 
mudanças sociais bem como as transformações ocorri-
das nas diversas searas, econômico e também as trans-
formações no campo da informática que transformou a 
forma de relação não só das empresas, mas no mundo 
como um todo.
Agora, você deve testar se esses fatos estão sedimen-
tados por você, assim, visite o ambiente virtual e realize 
as atividades propostas.
Organização, Sistemas e Métodos / UA 07 Estrutura das Organizações 16
glossário
Capitalismo: sistema econômico ou sócioeco-
nômico baseado na propriedade privada dos 
meios de produção, no lucro, nas decisões 
quanto ao investimento de capital feitas pela 
iniciativa privada, e com a produção, distribui-
ção e preços dos bens, serviços e mão de obra 
afetada pelas forças da oferta e da procura.
Revolução Bolchevique: Revolução Russa de 
1917, foi um dos acontecimentos mais im-
portantes da história do século XX.
Terceirizar: transferir a terceiros.
Outsourcing: termo inglês que significa, trans-
ferir a terceiros.
Patente: documento legal que atesta o previlé-
gio legal concedido a uma invenção.
Consórcio: associação ou reunião de empresas.
Estoque: porção de mercadorias armazenadas 
num depósito, numa loja.
reFerênCiAs
PORTAL TIO SAM. Revolução Bolchevique. Disponí-
vel em: http://www.tiosam.org/enciclopedia/
index.asp?q=Revolu%C3%A7%C3%A3o_
Bolchevique. Acesso em: mai. 2010. 
PORTAL BRASIL ESCOLA. Globalização. Dispo-
nível em: http://www.brasilescola.com/
geografia/globalizacao.htm Acesso em: mai. 
2010. Acesso em: jun. 2012.
PORTAL GPEARI. Organização Mundial do Co-
mérco. Disponível em: http://www.gpeari.
min-financas.pt/relacoes-internacionais/
assuntos-europeus/vertente-externa/
relacionamento-multilateral/omc . Acesso em: 
mai. 2010. 
PORTAL COMUNITÁRIO WIKIQUOTE. Capitalismo. 
Disponível em: http://pt.wikiquote.org/
wiki/Capitalismo Acesso em: mai. 2010.
http://www.tiosam.com/?q=1917

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