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Leucemias Agudas
Leucemias são neoplasias que podem se
dividir em agudas ou crônicas + linfoides
ou mieloides;
Leucemia linfoblástica aguda (LLA):
neoplasia mais comum em crianças;
Leucemia mielóide aguda (LMA): mais
comum em adultos;
85% das leucemias em crianças são
linfóides agudas e 15% mieloides agudas;
Pode acometer qualquer idade - com pico
de incidência em 50 anos;
Fatores ambientais e genéticos;
20 - 30% de blastos no sangue periférico
ou medula óssea;
Anemia, sangramento e risco de infecção.
Apresentação Clínica:
Toda a clínica tem como base a redução
da função normal da medula óssea +
invasão de órgãos por blastos leucêmicos;
Tríade sintomática: anemia (diminuição
de hemácias), sangramentos
(plaquetopenia) e predisposição a
infecções (neutropenia);
A fadiga tende a ser o primeiro e mais
frequente sintoma pela anemia
normocítica e normocrômica que se
instala;
Perda de peso, anorexia;
Febre (com ou sem infecção identificável);
Linfadenopatia;
Contagem de plaquetas x apresentação
clínica;
❖ < 5.000 plaquetas: apresentação
de púrpura úmida (sangue vivo);
❖ Em 20.000 plaquetas:
aparecimento de púrpuras /
equimoses em pequenos traumas;
❖ Em 10.000 plaquetas:
aparecimento de púrpuras /
equimoses mesmo na ausência de
traumas.
A dor óssea pode ser resultado da
infiltração leucêmica no periósteo ou
como expansão da cavidade da medula
pela proliferação blástica descontrolada
que leva a distensão do periósteo;
Podagra / crise de gota aguda;
Leucometria total (VR de 5.000 a 10.000) -
pode estar diminuído, muito aumentado
ou normal;
Neutrófilos abaixo de 500 - risco
aumentado de sepse;
Linfadenopatia (leucemia mieloide aguda),
hepatoesplenomegalia (leucemia linfoide).
Diagnóstico:
Clínica: paciente anêmico,
trombocitopenia, tendência a infecções;
Laboratorialmente: plaquetas diminuídas,
presença de blastos;
Esfregaço de sangue periférico;
Uma contagem de blastos da medula
óssea (ou do sangue) de > 20% é
necessária para estabelecer o diagnóstico
de LMA;
Aspirado de medula - diagnóstico
diferencial.
Diagnósticos Diferenciais:
Aplasia de medula;
Púrpura trombocitopênica imunológica:
doença autoimune.
Leucemia Mieloide Aguda (LMA):
É uma neoplasia caracterizada por
infiltração do sangue, da medula óssea e
de outros tecidos por células proliferativas
indiferenciadas e clonais do sistema
hematopoiético;
> 60 anos;
Todas cursam com a mesma tríade:
anemia, predisposição a infecções,
sangramento (e dor óssea);
Classificação das LMAs:
❖ M0 (leucemia mieloblástica aguda
altamente indiferenciada) e M1
(leucemia mieloblástica aguda com
diferenciação mínima) -
diagnóstico se dá mais a nível de
biologia molecular;
❖ São formas mais raras e
graves.
❖ M2 (leucemia mieloblástica aguda
com maturação): é a forma mais
comum - tríade sintomática
clássica + dor óssea;
❖ M3 (leucemia pró-mielocítica
aguda - LPA): é a forma de maior
mortalidade;
❖ M4 (leucemia mielomonocítica
aguda);
❖ M5 (leucemia monocítica pura
aguda);
❖ Formas M4 e M5 costumam se
apresentar com hiperplasia de
gengiva;
❖ M6 (leucemia eritróide aguda) =
leucemia das células vermelhas;
❖ M7 (leucemia megacarioblástica
aguda);
❖ M6 e M7 tem mortalidade muito
aumentada;
❖ Se tratadas adequadamente, essas
leucemias entram em remissão em
70% dos casos (com exceção da
leucemia M3).
Painel gênico - biologia molecular:
❖ Gene FLT3 – pior prognóstico;
❖ Transplante de medula deve
ser feito o mais rápido
possível;
❖ Baixa resposta à
quimioterapia.
❖ Gene MNP 1 – melhor prognóstico
com possibilidade de resposta a
quimioterapia;
❖ Gene CBPA – bom prognóstico;
❖ A melhor combinação genética
possível: FLT3 -, MNP1+, CBPA +
(indicação de transplante com alta
chance de cura);
❖ Exame pouco disponível.
Pesquisa cetogênica da BANDA G:
❖ Busca por mutações por
translocação na medula.
Imunofenotipagem:
❖ Pode ser feito pelo sangue
periférico ou pelo aspirado de
medula;
❖ Comparação entre o início da
apresentação clínica e no 33˚ dia
indica o prognóstico e a resposta
ao tratamento;
❖ Citometria de fluxo: permite
identificar por meio de marcação
imunofenotípica a linhagem celular
imatura e a porcentagem de
blastos.
Tratamento:
❖ O caminho é sempre realizar
transplante de medula óssea, com
exceção do tipo M3 onde devemos
realizar tratamento com ATRA;
❖ O protocolo 7-3: 3 dias de
antraciclina e 7 dias de um
citarabina = favorece a remissão da
doença porém em pouco tempo
esse paciente terá uma nova crise;
❖ A chance de cura se dá apenas a
partir de um transplante de
medula óssea (porém a chance de
recaída continua existindo).
Leucemia Linfóide Aguda (LLA):
Esperança alta de cura principalmente no
caso de crianças de 2 aos 6 anos;
Adultos / idosos - pior prognóstico e maior
tendência a precisar de transplante de
medula óssea;
Apresentação da tríade clássica da
leucemia aguda + dor óssea;
Leucocitose é pior prognóstico que
leucopenia;
Se é linfoide tem gânglios aumentados;
Protocolo Berlin, Frankfurt e Munique;
Tipos de LLA:
❖ Leucemia T (cerca de 25%);
❖ Leucemia B (> 70%) - maior
expectativa de sobrevida
principalmente com marcadores
oncológicos negativos;
❖ Leucemia de Burkitt.
Marcadores oncogênicos:
❖ Marcadores Philadélphia
(translocação 9 - 22) - quando
presente na LLA é um mau
prognóstico (na leucemia mielóide
crônica é fator de bom
prognóstico);
❖ Mutação de translocação 4 - 11 -
pior prognóstico.
Santuários da LLA:
❖ Locais em que a quimioterapia não
chega;
❖ SNC: diversas punções lombares
para injetar quimioterapia na
coluna lombar;
❖ Testículos: intervenção com
radioterapia (e reiniciar protocolo
de tratamento + 3 anos de
quimioterapia) - tratamento mais
difícil.
DRM - doença residual mínima:
❖ Ao final da primeira semana tem
que reduzir 80% dos blastos -
indicativo de boa resposta;
❖ Ao 15˚ dia devemos aspirar a
medula - tem que ter diminuído
para no mínimo 1% de blastos na
medula;
❖ No 33˚ dia tem que ter < 0,01% de
blastos = prognóstico de cura
muito alto;
❖ Se no 33˚ dia chegar com medula
ainda tomada de blastos, precisará
de um transplante de medula
óssea.
CART cell:
❖ Aspirar a medula e expor ela a
anticorpos específicos. Vai
programar os linfócitos para
combater as células mutadas;
❖ Terapia imunobiológica com
potencial de substituir a
necessidade de transplante de
medula óssea.

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