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Leucemias e Pancitopenia Robson Segundo Pancitopenia: Lembra muito a síndrome nefrótica. Plaquetas <150.000; Hb <12; Leucócitos <4.500. Clínica: É um paciente com febre, pálido e com petéquias. Sangramento; Cansaço, palidez; Infecção. Manejo: Anemia: Transfusão de hemácias. Quando: Instáveis (risco de vida) com Hb<10. Cada concentrado de hemácias aumenta a hemoglobina em 01. Plaquetopenia: Uma grande preocupação é o sangramento espontâneo do SNC (e o paciente morrer de AVE hemorrágico). Transfusão de plaquetas. Faz-se 01Ui a cada 10kg de peso. Para cada unidade, espera-se que a plaqueta aumente 10.000. Quando: Plaquetas <10.000 ou <50.000 com sangramento. Não faz se tiver PTT e evita-se em caso de PTImune. Leucopenia: Neutrófilos <500 (neutropenia grave) e febre >=38,5°. Colher culturas e radiografia de tórax; Iniciar Betalactâmico (ação antipseudomonas); Ex.: Cefepime. Adição de vancomicina se evidência de MRSA; Mucosite, cateter infectado, celulite, instabilidade. Adição de antifúngico se ainda 04 a 07 dias com febre; Ex.: Anfotericina B, Caspofungina ou variconazol. Se: Assintomático (ou sint. leves), estável, tumor sólido, <60 anos, não internados e sem DPOC: Opção oral: Amoxicilina + clavulanato + ciprofloxacino. Caso não tenha esse esquema, realiza o esquema supracitado. Causas: Aspirado de medula óssea (avalia celularidade). Medula Óssea vazia: Aplasia; Fibrose (no início é cheia). Medula Óssea cheia: O resto. Cheio de bacilo, células inflamatórias , impedindo que a célula produza hemácias, plaquetas e leucócitos. Fibrose de Medula Óssea: Pancitopenia + megalias (espleno, hepato, linfonodo). No sangue periférico: Hemácias em lágrima (dacriócitos); Leucoeritroblastose (formas jovens no sangue periférico). Quando primária: Metaplasia Mieloide Agnogênica. Quando secundária: Mieloftise. Diagnóstico: Biópsia de medula (hipocelular + fibrose). Tratamento: Suporte. Aplasia de Medula Óssea (Anemia Aplásica): Lesão da célula tronco. Pancitopenia + nada (porque a célula genitora foi embora). Diagnóstico: Biópsia de medula (hipocelular + gordura). Tratamento: Transplante de MO; Imunossupressão. Mielodisplasia: Idoso + citopenia + células anormais (sideroblastos em anel, plaquetas gigantes, eliptócitos, acantócitos). Diagnóstico: Citopenias + Células anormais + <20% de blastos na MO. Sempre é diagnóstico diferencial com tudo o que aparecer (mielodisplasia é diagnóstico por exclusão). Tratamento: O prognóstico é ruim e tende aumentar cada vez mais a quantidade de blastos (sofrendo uma transformação da área leucócica. Suporte; Quimioterapia; Transplante de Medula Óssea. leucemia aguda: Progenitores (medula óssea); Células maduras (sangue). Bloqueio de maturação das células da medula óssea (blastos): Proliferação do clone leucêmico (excesso de blastos); Infiltração da Medula (pancitopenia); "Leucemização" (blastos na circulação) - leucocitose por blastos; Infiltração tecidual. Leucemia Mieloide Aguda: Homens - idosos. Clínica: Além da pancitopenia. Cloromas; CIVD (M3); Hiperplasia gengival (M4 e M5). Diagnóstico: >=20% blastos na MO. Características dos blastos: Morfologia: Bastonetes de Auer (patognomônico). Mas se estiver ausente na célula, não exclui o diagnóstico. Citoquímica: Mieloperoxidase ou Sudan Black B. Imunofenotipagem: CD 34, 33, 13, 14. Citogenética: t(8;21), t(15;17), inv(16). Pode-se fazer o diagnóstico só com essa citogenética (mesmo que não tenha >=20% dos blastos). Subtipos: M0: LMA indiferenciada. Leucemia incomum; Prognóstico ruim. M1: LMA com diferenciação Mínima. Leucemia incomum; Prognóstico ruim. M2: Leucemia Mieloblástica Aguda. Mais comum; Prognóstico melhor. M3 (cai muito em PROVA): Leucemia Promielocítica Aguda. Está relacionada com CIVD; Se não fizer o diagnóstico, mata o paciente sangrando (deve-se solicitar o coagulograma do paciente). Melhor prognóstico (pois tem tratamento específico). M4: Leucemia Mielomonocítica Aguda. Costuma fazer hiperplasia gengival; Tem prognóstico melhor em relação a M0 e M1. M5: Leucemia Monocítica Aguda. Costuma fazer hiperplasia gengival. M6: Eritroleucemia Aguda. É rara; Prognóstico muito ruim. M7: Leucemia Megacariocítica Aguda. É rara; Prognóstico muito ruim. Tratamento: Quimioterapia / Transplante; M3: ATRA (ácido transretinoico). Leucemia Linfoide Aguda: Câncer mais comum da infância (mas pode acometer adulto). Clínica: Além da pancitopenia. Infiltração do SNC + testículo; Dor óssea (comum - já que a criança está crescendo); Já que as células proliferam no osso. Diagnóstico diferencial com osteomielite. Adenomegalia (linfonodo aumentado). Qualquer proliferação de linfócitos, aumenta linfonodo. Diagnóstico: >=20% blastos na MO. Características dos blastos: Citoquímica: PAS positivo. Imunofenotipagem: CD 10 (Antígeno Calla),19,20,22 (linfócito B); CD10 é o mais característico de Linfócito (mais especificamente B). CD 2,3,5,7. Citogenética: Nenhuma alteração é patognomônica Hiperploidia, t(9;22 - cromossomo filadélfia), t(8;14). Subtipos: L1: Variante infantil. Pode ser Linfócito B (80%) e T (20%); Proliferação celular não blástica (células maduras): Excelente prognóstico. L2: Variante adulto: Pode ser Linfócito B (80%) e T (20%); Prognóstico ruim. L3: Burkit-like. É só Linfócito B. Tratamento: Quimioterapia. A resposta é muito boa. O transplante de medula é mais tratamento de resgate. Síndrome Mieloproliferativa: Hemácias: Policitemia Vera. Plaquetas: Trombocitopenia essenvial. Granulócitos: Leucemia Mieloide Crônica. Síndrome Linfoproliferativa: Linfócitos: Leucemia Linfoide Crônica. Leucemia Mieloide Crônica: Cromossomo Philadelphia t(9;22). Vai estimular demais a proliferação de granulócitos. Laboratório: Leucocitose granulocítica com desvio para a esquerda ("infecção mortal"). Desvio para a esquerda olha para os neutrófilos. Célula jovem (mielócito, metamielócito); Célula madura (bastão, segmentados). Clínica: Anemia; Pois está produzindo muito leucócito e aí diminui o espaço para outras células. Esplenomegalia; Síndrome de Leucostase; Aumenta a viscosidade sanguínea (diminuindo a passagem sanguínea na circulação). Taquipneia, hipoxemia, alteração neurológica, sangramento. Sem infecção; A célula é normal (já que tem muito neutrófilo). Só produz muita célula. Evolui para LMA (crise blástica - estágio final da LMC - cansa de produzir leucócitos e vem o bloqueio). Diagnóstico: Clínica; Medula Óssea com hiperplasia mieloide; Cromossomo Philadelphia ou gene BCR-ABL. Tratamento: Mesilato de Imatinibe (inibidor da tirosina-quinase) - marca esse na PROVA; O tratamento medicamentoso é extremamente eficaz. Se não responder, faz transplante de MO (é mais em último caso, já que o tratamento medicamentoso é muito eficaz). Leucemia Linfoide Crônica: Linfócito que não vira plasmócito. Não é hiperploiferação do Linfócito B e sim um acúmulo; Tem uma sobrevida média de 10 anos; Não visa a cura da doença e sim o controle sintomático da doença. Clínica: Idoso (raramente terá em pacientes <40 anos). Adenomegalia; Esplenomegalia; Infecções de repetição (hipergamaglobulinemia); Associação com PTI e Anemia hemolítica auto-imune (AHAI). Diagnóstico: >=5.000 de linfócitos B CD5 (principalmente), CD19, CD20, CD23. Não é necessária biópsia de MO (lembrar disso na PROVA). Tratamento: Paliativo com quimioterapia; Anemia, plaquetopenia, esplenomegalia, sintomas constitucionais. Corticoide se PTI ou AHAI. Nesses casos, não é indicado realizar tratamento paliativo com quimioterapia. Policitemia Vera: Produção exagerada de hemácias. Clínica: "Pancitose" - esplenomegalia - Síndrome de hiperviscosidade (que é o mesmo que a síndrome de leucostase); Prurido - Úlcera péptica; Tem pancitose (pode aumentar basófilo). Basófilo pode aumentar histamina, responsável pelo aumento da acidez gástrica e ocorrência de prurido (principalmente após banho quente).Prurido: Linfoma de Hodgkin e Policitemia Vera. Pletora facial (rosto vermelho - já que está cheio de hemácia) - Trombose (o aumento de hemácia, nem tanto o de plaqueta, é o maior risco de trombose para esse paciente). Diagnóstico: Hb >16,5 ou Ht>49%; Eritropoetina baixa; Terá muita hemácia e, por feedback negativo, inibirá a eritropoetina e ela ficará baixa. Mutação JAK-2 (não é patognomônica). Tratamento: Flebotomia (retirar 500ml de sangue por semana, dependendo da carga do paciente) - mais importante; Só esse ato garante uma sobrevida de 10 anos; Tomar cuidado com a instabilidade hemodinâmica em paciente que tem IC. Hidroiureia (mielotóxica: não deixa a Medula Óssea produzir células sanguíneas) / anagrelida (aumenta a Hb Fetal); Substâncias mielosupressoras. Ruxolitinibe (inibidor da JAK-2). Trombocitemia essencial: Produção exagerada de plaquetas. Clínica: Plaquetocitose + esplenomegalia; Trombose; Sangramento (>1 milhão de plaquetas); Eritromelalgia (é mais comum nesta doença); Dor em queimação nas mão (é a "mão da hemato"). Diagnóstico: É mais por exclusão. Quando exclui outras causas e tem-se este quadro, o diagnóstico está feito. >450.000 plaquetas; Biópsia de MO; Mutação JAK2 (cai mais em PROVA), CALR ou MPL. Tratamento: Hidroxiureia (opção anagrelida); Para inibir a MO. AAS em dose baixa (eritromelalgia). 100mg/dia.
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