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Compreender a morfofisiologia do sistema reprodutor feminino; Analisar as questões de identificação de gênero, sexo biológico e orientação sexual. O Sistema Reprodutor é assim chamado pois no homem temos os sistemas genital e urinário formando este aparelho, enquanto na mulher a reprodução tem a participação do sistema genital e do sistema tegumentar (mamas) Todo sistema genital possui obrigatoriamente uma gônada e um gameta: → Gônada – é o órgão responsável por produzir o gameta. Tem propriedades glandulares endócrinas pois tem a função também de produzir o hormônio que difere os dois sexos. → Gameta – é a célula ovo, que possui apenas 23 cromossomos: Na Mulher -> Ovócito No Homem -> Espermatozoide Os órgãos genitais femininos são responsáveis pela produção dos óvulos e depois da fecundação destes – pelos espermatozoides – oferecem condições para o desenvolvimento do embrião até o seu nascimento. → Os órgãos internos estão no interior da pelve e são: ovários, tubas uterinas ou ovidutos, útero e vagina → Os órgãos externos estão abaixo do arco púbico e consistem em: o monte do púbis, os lábios maiores e menores do pudendo, o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores. → Estas estruturas formam a vulva ou também chamada de pudendo feminino. O Ovário é um órgão par comparável a uma amêndoa, com aproximadamente 3 cm de comprimento, 2 de largura e 1,5 cm de espessura. Ele está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina, sendo que seu grande eixo se coloca paralelamente a esta. A borda medial prende-se a uma expansão do ligamento largo do útero que recebe o nome de mesovário, e por isso é denominado de borda mesovárica, enquanto a borda posterior é conhecida por borda livre. O ovário está preso ao útero e a cavidade pélvica por meio de ligamentos: ➢ Ligamento Suspensor do Ovário - estende-se da fáscia do músculo psoas 2 maior à extremidade tubal do ovário e liga o ovário a parede pélvica. ➢ Ligamento próprio do ovário (útero-ovárico) – vai de sua extremidade uterina à borda lateral do útero, logo abaixo da implantação da base da tuba uterina. É percorrendo o ligamento suspensor do ovário que a artéria e a veia Ovárica irrigam esse órgão. Na puberdade os ovários começam a secretar hormônios sexuais -> estrogênio e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrogênio Corpo Lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno. A Tuba Uterina é um tubo par que se implanta de cada lado no respectivo ângulo laterosuperior do útero, e se projeta lateralmente, representando os ramos horizontais do tubo. A Tuba Uterina divide-se em 4 regiões, que no sentido médio-lateral são: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo. ➢ Parte Uterina -> é a porção intramural, ou seja, forma o segmento do tubo que se situa na parede do útero. No início desta porção da tuba, encontramos um orifício denominado óstio uterino da tuba, que estabelece sua comunicação com a cavidade uterina. ➢ Istmo -> é a porção menos calibrosa, situada junto ao útero, enquanto a ampola é a dilatação que se segue ao istmo. ➢ Ampola -> considerada o local onde normalmente se processa a fecundação do óvulo pelo espermatozoide. ➢ Infundíbulo -> é a porção mais distal da tuba, que pode ser comparado a um funil cuja a boca apresenta um rebordo muito irregular, tomando aspecto de franjas. Essas franjas têm o nome de fimbrias da tuba e das quais uma se destaca por ser mais longa -> fimbria ovárica. O infundíbulo abre-se livremente na cavidade do peritônio por intermédio de um forame conhecido como óstio abdominal da tuba uterina. O Útero é um órgão oco, impar e mediano, em forma de uma pera invertida, achatada no sentido anteroposterior, que emerge do centro do períneo, para o interior da cavidade pélvica. O Útero está situado entre a bexiga urinária, que está na sua frente, e o reto, que está para trás. • Na Parte Média, o útero apresenta um estrangulamento denominado Istmo do Útero. • A parte superior ao istmo recebe o nome de corpo do útero e a inferior constitui a cérvix (colo) • A extremidade superior do corpo do útero, ou seja, a parte que se situa acima da implantação das tubas uterinas recebe o nome de fundo do útero. A Cérvix do Útero é subdividida em duas porções por um plano transversal que passa pela sua parte media, que são as porções supravaginal e vaginal. Com isso, a porção supravaginal da cérviz está dentro da cavidade peritoneal e é envolta por peritônio, formando um bloco comum, para cima, com o istmo, corpo e fundo do útero, enquanto a porção vaginal da cérvix representando um segmento cilíndrico arredondado para baixo, que faz saliência no interior da vagina, ocupando o centro do seu fórnix. No centro da extremidade inferior da porção vaginal da cérvix do útero, há um orifício denominado óstio do útero, que estabelece comunicação entre o interior do útero e o interior da vagina. As paredes do útero são constituídas por camadas concêntricas, que da periferia para a profundidade são as túnicas serosas ou perimétrio, tela subserosa, túnica muscular ou miométrio e túnica mucosa ou endométrio. • O Perimétrio é representado pelo peritoneu visceral que recobre tanto a parte visceral como a intestinal do órgão ao nível das bordas laterais do mesmo, os dois folhetos expandem-se lateralmente para constituir os ligamentos largos do útero. A tela subserosa é representada por uma fina camada de tecido conjuntivo que se interpõe entre a túnica serosa e a túnica muscular. • O Miométrio é formado por uma espessa camada de fibras musculares lisas que se distribuem, da periferia para a profundidade, em 3 planos: longitudinal, plexiforme e circular. • O Endométrio forra toda a cavidade uterina. Ao nível do corpo do útero, a mucosa se apresenta lisa, ao passo que na cérvix é muito pregueada, cujas pregas lembram as folhas de palmeira e por isso são chamadas de pregas espalmadas. O útero é mantido em sua posição por 3 ligamentos: ligamento largo do útero, ligamento redondo do útero e ligamento útero-sacral. A Vagina é um tubo inserido superiormente na parte média do cérvix do útero e para baixo atravessa o diafragma urogenital para se abrir no pudendo feminino, cujo orifício chama-se óstio da vagina. É o órgão copulador da mulher. A Vagina apresenta duas paredes: uma anterior e uma posterior. Essas paredes permanecem acopladas na maior parte da sua extensão, representando uma cavidade virtual. Superiormente a vagina se comporta como um tubo cilíndrico para envolver a porção vaginal da cérvix uterina, e inferiormente ela se achata transversalmente para coincidir com o pudendo feminino. A Cúpula da Vagina é representada por um recesso que circunda a parte mais alta da porção vaginal da cérvix, recebendo a denominação de fórnix da vagina. Em virtude de o útero estar normalmente em anteroversão, a parte anterior da vagina é curta e a posterior mais longa, do que resulta que a região posterior do fórnix vai mais alto ou mais profunda. Na mulher virgem, o óstio da vagina é obturado parcialmente por um diafragma mucoso, denominado Hímen. Estruturalmente a vagina é constituída por uma túnica fibrosa que envolve uma túnica muscular (fibras musculares lisas) e interiormente é revestida por uma mucosa. Toda superfície mucosa é pregueada transversalmente, pregas essas conhecidas como rugas vaginais. São duas pequenas formações situadas de um e de outro lado do orifício vaginal, em contato com a extremidade posterior de cada massa lateral do bulbo do vestíbulo. São arredondadas ou ovais e parcialmente sobrepostas posteriormente pelos bulbos do vestíbulo. Secretam uma substância rica em muco, que umedece e lubrifica o vestíbulo. O Pudendo Feminino (vulva)constitui a parte externa dos órgãos genitais femininos. Por diante da comissura anterior dos lábios maiores do pudendo feminino e em relação com a sínfise da pube, há um acumulo de tecido adiposo na tela subcutânea, determinando uma saliência a esse nível, elevação essa denominada de monte de púbis. A Cútis do monte da pube apresenta grande quantidade de pelos, os quais tornam-se mais escassos na região dos lábios maiores do pudendo. A fenda antero-posterior que é determinada pelos dois lábios maiores recebe o nome de rima do pudendo. É uma miniatura do pênis masculino, é um órgão erétil. O clitóris é formado por um tecido esponjoso denominado corpo cavernoso, passível de se encher de sangue. O corpo cavernoso do clitóris origina-se por dois ramos (direito e esquerdo) bastante longos, que se acolam medial e depois inferiormente aos ramos (direito e esquerdo) inferiores da pube, indo se unir ao nível do centro da sínfise da pube, constituindo o corpo do clitóris, o qual se dirige obliquamente para frente e para baixo, terminando numa dilatação que é a glande do clitóris. Cada ramo do corpo cavernoso é envolto por um músculo isquiocavernoso. Como dissemos, a prega cutânea que envolve o corpo do clitóris denomina-se prepúcio do clitóris. Os 2/3 posteriores da área limitada pelos maiores são ocupa dos por uma outra formação fusiforme, porém menor. Limitando esta área fusiforme menor encontramos de cada lado, uma prega laminar, que em conjunto constituem os lábios menores do pudendo feminino. Os lábios menores são paralelos aos maiores, coincidindo na comissura posterior, mas unindo-se anteriormente, ao nível da glande do clitóris. O espaço (fusiforme) compreendendo entre os lábios menores, recebe o nome de vestíbulo da vagina. Na profundidade da base de implantação dos lábios menores e, portanto, de cada lado da parte mais alta do vestíbulo da vagina, encontramos uma outra formação esponjosa, denominada bulbo do vestíbulo Cada bulbo do vestíbulo (bulbo da vagina) é envolto pelo respectivo músculo bulbocacernoso. Imediatamente por trás da extremidade posterior de cada bulbo do vestíbulo encontramos uma glândula esférica de tamanho aproximado ao de um grão de ervilha, denominada glândula vestibular maior. Os ductos dessas glândulas (direita e esquerda), vão se abrir na base do lábio menor correspondente. Medianamente no vestíbulo da vagina, situam-se duas aberturas. Uma anterior, pequena, é óstio externo da uretra. A abertura média no que se situa posteriormente, no vestíbulo da vagina, é o óstio da vagina. Hormônios secretados pela adeno-hipofise e pelos ovários controlam os eventos: Ciclo ovariano: Eventos nos ovários que ocorrem durante e após a maturação do ovócito Ciclo uterino: alterações no endométrio do útero Esses dois ciclos formam o ciclo reprodutivo feminino Os ciclos começam com a ativação dos folículos primordiais na puberdade com a liberação dos hormônios hipofisários. O sistema hormonal feminino consiste em 3 hierarquias 1. O hormônio de liberação hipotalâmica, chamado hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) 2. Os hormônios sexuais hipofisários anteriores, o hormônio foliculoestimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH) ambos secretados em resposta a liberação de GnRH no hipotálamo. 3. Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, quando são secretados pelos ovários em resposta aos dois hormônios sexuais femininos da hipófise anterior. A quantidade de GhRH liberada pelo hipotálamo aumenta e diminui de modo bem menos drástico durante o ciclo sexual mensal. Hormônios gonadotrópicos e seus efeitos nos ovários As mudanças ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual dependem inteiramente dos hormônios gonadotrópicos FSH e LH que são secretados na hipófise anterior. O FSH e LH são pequenas glicoproteínas com pesos moleculares em torno de 30.000 Na ausência desses hormônios, os ovários permanecem inativos como ocorre na infância, quase nenhum hormônio gonadotrópico é secretado. Entre os 9 e 12 anos de idade a hipófise começa secretar mais FSH e LH levando ao inicio dos ciclos sexuais, que começam entre 11 e 15 anos, o período de mudança é chamado puberdade e o primeiro ciclo, menarca. Durante cada mês do ciclo sexual feminino, ocorre aumento e diminuição cíclico, tanto de FSH como LH. Tais variações acarretam alterações ovarianas cíclicas. O FSH e o LH vão estimular suas células-alvo ovarianas ao se combinarem aos receptores muito específicos de FSH e LH, nas membranas das células-alvo ovarianas. Os receptores ativados vão aumentar a secreção das células e em geral o crescimento e a proliferação delas. Quase todos esses efeitos estimuladores resultam da ativação do sistema do segundo mensageiro do monofosfato de adenosina cíclico, no citoplasma celular, levando á formação da proteína cinase e múltiplas fosforilações de enzimas chaves que estimulam a síntese dos hormônios sexuais. Ciclo Ovariano Fase folicular: momento do desenvolvimento dos folículos até a ovulação • Crescimento folicular pela influência do FSH • Folículo primário vai se multiplicar e formar o folículo primário e formação do folículo secundário • Surgimento da Teca folicular é uma camada que envolve o folículo • A teca interna produz estrogênio Ovulação: Um desses folículos se torna dominante que completa a maturação • Para que ocorra o processo de ovulação é necessário um pico de LH decorrente dos níveis elevados de estrógenos (feedback positivo), que estimulam a liberação de GnRH e LH, o GnRH estimula a produção de FSH e novamente LH pela adenohipofise • Liberação ovócito secundário Fase Lútea: O LH estimula a formação do corpo lúteo que libera estrogênio e progesterona, relaxina e inibina • Diminuindo o LH e FSH • Se não foi fertilizado sofre degeneração • Vai diminuir hormônios sexuais e aumentar o LH e FSH começando um novo ciclo Ciclo Uterino Fase proliferativa: maior produção de estrogênio • Antes da ovulação • Primeira fase do ciclo ovariano • Ocorre a proliferação das células epiteliais e estroma do endométrio por ação do estrogênio • A espessura do endométrio vai aumentar Fase secretória: depois da ovulação • A progesterona estimula o aumento da secreção endometrial, aumento de chegada de nutrientes pois ele é progestação e está preparando para a chegada do oocito • Quando não tem a fecundação vai ocorrer a involução do corpo lúteo parando de produzir estrogênio e progesterona • Esse nível baixo vai estimular a liberação de prostaglandinas fazendo com q ocorra alterações endometriais, como vasoconstrição ocorre uma necrose nesses vasos sanguíneos ocorrendo uma descamação que vai ser eliminada pela contração uterina • Essa descamação do endométrio é chamada de menstruação Síntese dos hormônios sexuais Os estrogênios são secretados em quantidades significativas pelos ovários. O principal estrogênio secretados pelos ovários é o b-estradiol. Todos os estrogênios e progestinas são esteroides sintetizados nos ovários, principalmente do colesterol derivado do sangue, mas também da acetil coenzima A, onde múltiplas moléculas podem se combinar e formar o núcleo esteroide apropriado. Durante a síntese, progesterona e androgênios são sintetizados primeiro, em seguida durante a fase folicular do ciclo ovariano, quase todos os androgênios e grande parte da progesterona são convertidos em estrogênios pela enzima aromatase nas células da granulosa. Os androgênios difundem das células da teca para as da granulosa adjacente onde são convertidos em estrogênios pela aromatase, atividade regulada por FSH. Durante a fase lútea do ciclo, mais progesterona é formada do que pode ser convertida, o que responde pela grande secreçãode progesterona no sangue circulante nesse momento. Cerca de 1/15 a mais de testosterona é secretado no plasma da mulher pelos ovários do que é secretado no plasma masculino pelos testículos. Estrogênios e progesterona são transportados no sangue e ligados a proteínas plasmáticas Os dois são transportados para o sangue, ligados principalmente a albumina plasmática e globulina de ligação especifica a estrogênio e progesterona. Essa ligação entre os hormônios e as proteínas plasmáticas é fraca o bastante para que sejam rapidamente liberadas aos tecidos em aprox. 30m. ➢ Funções do fígado na degradação do estrogênio O fígado conjuga os estrogênios para formar glicorunídeos e sulfatos. Além disso, o fígado converte os potentes estrogênios estradiol e estrona no estrogênio quase totalmente impotente estriol. A redução da função hepática aumenta a atividade dos estrogênios no corpo, causando as vezes hiperestrinismo. Poucos minutos após secretada, quase toda progesterona é degradada em outros esteroides que não tem qualquer efeito progestacional. O principal produto final da degradação da progesterona é o pregnanediol. ➢ Funções dos estrogênios Uma função primaria dos estrogênios é causar proliferação celular e crescimento dos tecidos dos órgãos sexuais e outros relacionados a reprodução. - Efeito do estrogênio no útero e órgãos sexuais femininos externos - Os estrogênios alteram o epitélio vaginal do tipo cuboide para estratificando, sendo mais resistente a traumas e infecções. O estrogênio causa aumento do endométrio uterino, pois causam proliferação acentuada do estroma endometrial e grande desenvolvimento das glândulas endometriais, que mais tarde vão ser essenciais para a nutrição ao ovulo implantado. - Efeitos dos estrogênios nas trompas de falópio - Os estrogênios fazem a proliferação dos tecidos glandulares desse revestimento e o mais importante é que aumentam o numero de células epiteliais ciliadas que revestem as trompas de falópio e as intensificam. Esses cílios ajudam a propelir o ovulo fertilizado em direção ao útero. - Efeito dos estrogênios nas mamas - Causa o desenvolvimento dos tecidos estromais das mamas, crescimento de um vasto sistema de ducto e deposito de gordura nas mamas. Os lóbulos e alvéolos das mamas se desenvolvem ate um certo ponto sob a influencia do estrogênio, mais tarde, é determinado pela progesterona e prolactina. Em suma, da inicio ao crescimento das mamas e aparato produtor de leite, e também aparecia externa da mama feminina adulta. - Efeito do estrogênio no esqueleto - Inibem a atividade osteoclastica nos ossos e portanto, estimulam o crescimento ósseo, grande parte desse efeito é devido a estimulação de osteoprotegerina, também chamado fator inibidor da osteoclastogênese, citocina que inibe a reabsorção óssea. - Os estrogênios aumentam ligeiramente o deposito de proteínas - Os estrogênios causam leve aumento de proteína corporal total, esse efeito resulta essencialmente do efeito promotor do crescimento de estrogênio nos órgãos sexuais, ossos e poucos tecidos no corpo. - Os estrogênios aumentam o metabolismo corporal e deposito de gordura - Aumentam ligeiramente o metabolismo de todo corpo, mas apenas 1/3 mais do que causado pela testosterona. Causam também deposito de quantidade maior de gordura nos tecidos subcutâneos, além do deposito nas mamas, também ocorre nos glúteos e coxas. - Os estrogênios tem pouco efeito na distribuição dos pelos - Quase não afetam a distribuição de pelos, entretanto, se desenvolvem na região pubianica e axilas após a puberdade. Os androgênios formados em quantidades crescentes pelas glândulas adrenais femininas são os principais responsáveis por isso. - Efeito na pele - Os estrogênios fazem com que a pele desenvolva textura macia e normalmente lisa, fazem com que a pele se torne mais vascularizada e mais quente, promovendo maior sangramento nos cortes superficiais, mais do que se observa nos homens. ➢ Funções da progesterona Promove alterações secretora no útero Uma função importante da progesterona é promover alterações secretora no endométrio uterino, durante a ultima metade do ciclo sexual feminino, preparando o útero para a implantação do ovulo fertilizado. Também diminui a frequência e intensidade das contrações uterinas, ajudando a impedir a expulsão do ovulo implantado. - Efeito da progesterona nas trompas de falópio - Promove aumento da secreção pelo revestimento mucoso das trompas de falopio, necessários para nutrir o ovulo fertilizado e em divisão, quando ele passa pela trompa antes de se implantar no útero. - Efeito nas mamas - Promove o desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas, fazendo com que as células alveolares proliferem, aumentem e adquiram natureza secretora O ovário é composto por córtex e medula. • A medula do ovário ou região medular: Localizada na porção central, contém tecido frouxo, massa de vasos sanguíneos contorcidos de calibre grande, vasos linfáticos e nervos. • O córtex do ovário ou região cortical, é encontrado na porção periférica do ovário, circundando a medula. Contém folículos ovarianos inseridos em tec. Conjuntivo ricamente celularizado O limite entre a medula e o córtex do ovário é indistinto. Sua superfície é coberta por epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo. Sob o epitélio germinativo existe uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que dá a cor esbranquiçada ao ovário. Abaixo da túnica albugínea encontramos uma região chamada cortical, onde predominam os folículos ovarianos. O Folículo é o conjunto do ovócito e das células que o envolvem. Se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da região cortical, local que contem fibroblastos dispostos em arranjos característicos que formam redemoinhos. O ovário é recoberto por epitélio germinativo que substitui o mesotélio A superfície do ovário é recoberta por uma única camada de células cuboides que em algumas partes tornam-se quase pavimentosas, essa camada celular conhecida como epitélio germinativo é continua com o mesotélio que recobre o mesovário. Uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea situa-se entre o epitélio germinativo e o córtex subjacente. A parede da tuba consiste em uma camada serosa externa, uma camada muscular intermediária e uma camada mucosa interna. • Serosa ou peritônio é a camada mais externa da tuba uterina, composta de mesotélio e de uma fina camada de tecido conjuntivo. • A muscular, na maior parte de sua extensão está organizada em uma circular internam espessa e uma camada longitudinal externa mais delgada • A mucosa, o revestimento interno da tuba, exibe pregas longitudinais relativamente finas, que se projetam para dentro do lúmen da tuba uterina em toda sua extensão. As pregas são mais numerosas e complexas na ampola. • O revestimento mucoso consiste em um simples colunar composto de dois tipos de células ciliadas e não ciliadas. 1) Células ciliadas: Mais numerosas no infundíbulo e na ampola da tuba uterina. 2) Células em cavilha não ciliadas são células secretoras que produzem o liquido que por sua vez fornece material nutritivo ao óvulo. Composta de três camadas: • Endométrio é a parte mucosa do útero. ‘’Dentro do útero’’, consiste em epitélio colunar simples contendo células secretórias e ciliadas sustentadas por uma lâmina própria de tecido conjuntivo; aqui que o embrião se abriga caso acontecer a fertilização. E fica até o nascimento. • Miométrio é a camada muscular espessa. ‘’Músculo do útero’’, consiste em feixes entrelaçados de músculo liso que se contraem para expelir o bebê durante o parto. • Perimétrio: Camada serosa externa, recobre toda a superfície posterior do útero, mas apenas a parte da superfície anterior. ’’Envolta do útero’’. A parede vaginal consiste nas seguintes estruturas:• A camada mucosa interna, numerosas rugas ou pregas transversais é revestida por epitélio estratificado pavimentoso. • Camada muscular intermédia organizada em duas camadas entremeadas de músculo liso, algumas vezes distintas: Uma camada longitudinal externa e uma camada circular interna. A camada interna contém numerosas fibras elásticas que contribuem para a elasticidade e a força da parede • Camada adventícia: Externa, organizada em uma camada interna de tecido conjuntivo denso adjacente a muscular e uma camada externa de tecido conjuntivo frouxo, que se mistura com a adventícia das estruturas circundantes. Contém numerosas fibras elásticas que contribuem para a elasticidade e força da parede vaginal. A camada externa contém numerosos vasos sanguíneos e linfáticos, além de nervos. A vagina contém um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado e é desprovida de glândulas. O lúmen da vagina é revestido por epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado. Sua parede é lubrificada principalmente pelo muco produzido pelas glândulas cervicais, as glândulas vestibulares maiores e menores, localizadas na parede do vestíbulo da vagina, produzem muco adicional que lubrifica a vagina. A lâmina própria apresenta duas regiões distintas. A região externa, formada por tecido conjuntivo frouxo muito celularizado e a região mais profunda, adjacente a camada muscular é mais densa e pode ser considerada como submucosa, essa região contém numerosas veias de paredes finas que simulam o tecido erétil durante e excitação sexual, existem numerosas fibras elásticas imediatamente abaixo do epitélio e algumas das fibras se estendem até a camada muscular. Na lâmina própria são encontrados numerosos linfócitos que migram para o epitélio. Genitália externa A genitália feminina consiste em um conjunto de estruturas denominadas pudendo feminino, que apresenta um epitélio estratificado pavimentoso: • Monte do púbis: Proeminência arredondada sobre a sínfise púbica formada por tecido adiposo subcutâneo. • Lábios maiores do pudendo: Duas grandes pregas longitudinais de pele, que se estendem do monte púbis e que formam os limites laterais da fenda urogenital. A superfície externa é revestida por pelos púbicos, já a interna é lisa e desprovida de pelos. Existe glândulas sebáceas e sudoríparas em ambas superfícies. • Lábios menores do pudendo: Consiste em um par de pregas desprovida de pelo. O centro de tecido conjuntivo dentro de cada prega é desprovido de gordura, mas contem numerosos vasos sanguíneos e fibras elásticas delgadas. • Clitóris: Estrutura erétil homologa ao pênis, seu corpo é composto por dois pequenos corpos eréteis unidos: corpos cavernosos; glande do clitóris que é um pequeno tubérculo arredondado na extremidade dos corpos cavernosos. A pele sobre a glande é muito fina, forma o prepúcio do clitóris e contem numerosas terminações nervosas sensoriais. • Vestíbulo da vagina: Revestido por epitélio estratificado pavimentoso, numerosas glândulas mucosas pequenas, as glândulas vestibulares menores (também chamadas glândulas de Skene), encontradas principalmente próximo do clitóris e ao redor do óstio externo da uretra. As glândulas vestibulares maiores (de bartholin) secretam muco lubrificante. O Ducto dessas glândulas abre-se no vestíbulo próximo da abertura vaginal. ➢ Existem numerosas terminações nervosas sensoriais na genitália externa: Os corpúsculos de Meissner são particularmente abundantes na pele sobre o monte do púbis e os lábios maiores do pudendo Os corpúsculos de Pacini estão distribuídos nas camadas mais profundas de tecido conjuntivo, e são encontrados nos lábios maiores do pudendo e em associação com o tecido erétil. Os impulsos sensoriais, a partir das terminações nervosas, desempenham importante papel na resposta fisiológica durante a excitação sexual Existem terminações nervosas livres em grande número que estão igualmente distribuídas na pele da genitália externa. É considerada a percepção que a pessoa possui de si, em relação ao gênero feminino, masculino ou ambos, e até nenhum dos dois. Independe do sexo biológico. É a compreensão da pessoa sobre ela mesma, como ela se vê e deseja ser reconhecida. Pode ou não concordar com o gênero que lhe foi atribuído no nascimento. • Cisgênero: A Identificação do gênero de acordo com o determinado em seu nascimento; • Transgênero: Não se identifica com comportamentos convencional do gênero de seu nascimento; • Queer: Não se enquadra em nenhuma identidade ou expressão de gênero. • Mulheres Transexuais e Homens Trans: São aquelas pessoas que possuem identidade de gênero diferente do sexo biológico. Se afastam do sexo biológico se identificando psiquicamente pelo sexo oposto. Podem realizar modificações corporais por meio de terapias hormonais ou cirurgias, em busca do atributo físico que as fazem felizes. • Intersexual: Quando há variação na pessoa do padrão de masculino ou feminino culturalmente estabelecido, nas condições fisiológicas. • Travestis: Nascem com sexo masculino e tem identidade de gênero feminina. Não possui desconforto com o sexo biológico de nascimento, bem como com traços corporais femininos e masculinos, necessariamente. A identidade de gênero é feminina e, por isso, utiliza-se o artigo definido “A” em sua identificação. Assim, o correto será sempre “A travesti e não o travesti”. • Crossdresser: Pessoas que se vestem e usam acessórios e/ou se maquiam de forma diferente do que é socialmente estabelecido para o seu gênero, sem se identificar como travesti ou transexual. • Drag Queen/King ou Transformista: são artistas que se vestem conforme o gênero masculino ou feminino, para fins artísticos ou de entretenimento. O sexo biológico é considerado pela ciência como o conjunto de informações cromossomiais. Se baseia na identificação genotípica e considera os órgãos sexuais do nascimento, a capacidade de reprodução e as principais características físicas e fisiológicas que diferenciam o masculino do feminino, ou macho da fêmea. Existe a possibilidade de pessoas nascerem com características femininas e masculinas, sendo chamadas de intersexos. Essa palavra é preferível à terminologia “Hemafrodita”, que já carrega em seu nome atributos de estigma social. Considerada como a atração afetiva e/ou sexual, manifestada por uma pessoa frente a outra, de maneira involuntária ao seu desejo. Existem alguns tipos de orientação sexual, na maioria dos casos encontramos: • Heterosexual: atração afetiva e sexual por pessoas do sexo oposto; • Homossexual: atração afetiva e sexual por pessoas do mesmo sexo e gênero; • Bissexual: atração afetiva e sexual por pessoas de ambos os sexos/gêneros; MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014. NETTER, F. H. Atlas de anatomia humana. 5ª. edição. Elsevier. São Paulo, 2011. GUYTON, A.C. Fisiologia Humana. Editora Guanabara Koogan S.A. 6ª edição. Rio de Janeiro,1984. N, MARIEB, E. e HOEHN, Katja. Anatomia e Fisiologia. Grupo A, 2009. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 13ª edição. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan, 2017. Pawlina, Wojciech. Ross Histologia - Texto e Atlas. Disponível em: Minha Biblioteca, (8th edição). Grupo GEN, 2021. São Paulo. Governo do Estado. Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania. Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual. Diversidade sexual e cidadania LGBT. 3ª ed. São Paulo: SJDC/SP, 2018. 47 p. Santos, Juliana Spinula dos, Silva, Rodrigo Nogueira da e Ferreira, Márcia de AssunçãoHealth of the LGBTI+ Population in Primary Health Care and the Insertion of Nursing. Escola Anna Nery, v. 23, n. 4, 2019. Silva, Jumar Reis da et al. Health care for LGBTI+ elders living in Nursing Homes. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 74, n. Suppl 2, 2021.
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