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Angiostrongylus costaricensis - morfologia, transmissão, ciclo evolutivo biológico, patogenia, sintomas, diagnóstico, exames, tratamento, profilaxia.

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Angiostrongylus costaricensis
 Parasita emergente.
 Doença esporádica decorrente da infecção pelo nematódeo Angiostrongylus
costaricensis.
 Maior incidência no Sul do Brasil, devido a umidade;
 Abdome agudo secundário a isquemia mesentérica além de marcada eosinofilia.
 Identificação em peças cirúrgicas.
 Morfologia
 Verme cilíndrico;
 Fêmeas maiores que os machos;
 Macho apresenta bolça copulatória;
 Habitat: Artéria Mesentérica superior;
 Hospedeiro definitivo: Roedores (Oligoryzomis, Sigmodon...);
 Hospedeiro Intermediário: Moluscos; (Gastropoda): Bradibaena, Helix, 
Megalobulinus (caramujos). Limax, Deroceras (lesmas).
 Hospedeiro acidental: Ser humano.
 Transmissão
 Ingestão de alimentos ou água contaminados com Larva 3 pelo muco dos 
hospedeiros intermediários. - Alface, repolho e brócolis.
 Ciclo: Heteroxeno.
 Ciclo Evolutivo
 Roedores Silvestres (Oligoryzomis, Sigmodon) contaminados eliminam fezes 
com Larvas 1, de primeiro estágio. Caracóis/Lesmas se alimentam das fezes de 
roedores ao buscar verduras e ingerem as larvas, estas se instalam nos tecidos 
fibromusculares das lesmas. 
 Essa larva 1 sofre mudas e se torna L2 e L3 no tecido fibromuscular das 
lesmas. A L3 é denominada Metastrongilídeo, é uma larva infectante. 
 A larva infectante fica junto das secreções mucosas das larvas, podendo 
contaminar os alimentos/verduras, onde esses animais circulam.
 Esses alimentos podem ser ingeridas, e se não forem bem higienizadas a 
secreção é ingerida por homens ou roedores. 
 
 
 No corpo do ser humano, as Larvas L3 se instalam na parede do íleo terminal e 
migram para os vasos linfáticos mesentéricos onde sofre mudas L4 e, após, L5.
 Quando em L5 busca a artéria mesentérica para se tornar adulta, 4 
semanas depois atinge maturidade sexual e copulam. As fêmeas começam a postura de 
ovos na artéria mesentérica.
 Via circulação os ovos atingem então a parede do intestino. Ocorre eclosão do 
ovo que libera larvas de primeiro estágio.
 No ser humano não tem liberação de fezes com larvas, os ovos ficam retidos 
na artéria mesentérica quando ocorre intensa reação inflamatória, o que compromete 
a circulação do sangue. 
 Camarões de água= Angiotrongiliase abdominal.
 Lesões anatômicas: Apêndice cecal, íleo terminal, ceco (Pseudoneoplásicas).
 Leva a espessamento da parece intestinal.
 Lesões intestinais podem levar a peritonite com ressecamento intestinal 
sepsis.
Patogenia
 
 Sintomas
 Dor abdominal, febre, eosinofilia, anorexia, mal estar, perda de peso.
 Nausea, vômito, constipação.
 Comprometimento vascular (Linfagites, flebites, Arterites (vermes adultos) e 
trombose.
 Dor abdominal - Fossa ilíaca direita
 As vezes difusa - hipocôndrio direito, epigástrico, mesogástrico.
 Pode se tornar um parasita errático por conta da alta medicação para vermes. Sai 
da AM e migra para o Fígado: Dor, Hepatomegalia; ou migra a Artéria Espermática: 
torção testicular.
 Manifestações clínicas e massas palpáveis no abdome, podem regredir durante 
vários meses. 
 Casos assintomáticos são frequentes. 
 Diagnóstico
 Exame de fezes é inútil.
 Dados epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e anatomopatológicos. -> suspeita 
de Angio…
 Diagnóstico absoluto apenas em cirurgia › Exame histopatológico de segmentos 
intestinais ressecados ou biopsados.
 Leucograma
 Exame radiológico abdominal: sinais de espessamento da parede intestinal, 
irritabilidade no íleo terminal, ceco, apêndice e cólon ascendente.
 Exame patológico
 Lesões comprometem a transição ileo-cecal → espessamento da perde intestinal 
ou áreas com necrose.
 Ulcerações podem ser múltiplas → purulência da serosa.
 Aumento do volume dos linfonodos mesentéricos → neoplasias.
 Os achados macroscópicos característicos:
 - lesões com aspecto de infarto-enteromesentérico;
 - espessamento intestinal difuso;
 - nodulações no ceco-cólons, podendo estar presente áreas de perfurações 
intestinais, provocadas pela necrose.
 Tratamento
 Cirúrgico. - não há tratamento medicamentoso 
 Profilaxia
 - Lavar bem verduras e excluir folhas com mucosidade
 - Cozimento completo de Helixe Megalobulinus - Limpeza de terrenos e porões.
 - Controle de moluscos.
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