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Aula 05

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24/03/2023, 21:24 UNINTER
https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/30
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA
AULA 5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Prof. Bruno Luis Simão
CONVERSA INICIAL
As bases conceituais de importantes pesquisadores são significativas para o conhecimento
acerca do desenvolvimento típico de crianças e adolescentes. Estudos possibilitam entender como os
sujeitos respondem a diferentes fatores ambientais, sobretudo, compreender como e por que
estabelecem vínculos afetivos, desempenham funções, consolidam amizades e adquirem regras
morais no percurso de seu desenvolvimento.
Especificamente voltados ao trabalho terapêutico para o espectro do autismo, há métodos,
programas e técnicas que visam a mudança de comportamento e o desenvolvimento de relações
sociais, cognitivas, de linguagem e de comunicação.
São vários os sistemas diagnósticos que são utilizados na classificação do TEA. Os mais comuns
estão descritos na classificação internacional de doenças da organização mundial de saúde (ou cid-
10), em sua décima primeira verão, e o manual de diagnóstico e estatística de doenças mentais da
academia americana de psiquiatria, ou DSM-V.
Nesta aula, iremos conhecer os instrumentos de rastreio mais utilizados, bem como os
dispositivos para o trabalho terapêutico – métodos, programas e técnicas como:
Modelos de Instrumentos para o rastreio do diagnóstico do TEA;
Modelos de intervenção no TEA;
Método Teach;
Modelo ABA e Pecs;
Modelo DIR Floortime entre outros.
TEMA 1 – MODELOS DE INSTRUMENTO PARA O RASTREIO DO
DIAGNÓSTICO DO TEA
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https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/30
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno classificado como sendo do
desenvolvimento neurológico, e é caracterizado por dificuldades relacionadas a comunicação,
interação social e a presença de comportamentos e interesses repetitivos. E para que possamos
desenvolver um tratamento dentro do quadro apresentado pelo individuo, é importante que
saibamos utilizar os instrumentos de rastreio do autismo.
Um instrumento para triagem pode variar em sua função na aplicação como intervenção,
observação e entrevista. Tudo pensando no tempo da aplicação, treinamento (exigido para sua
aplicação) e até o grau de parentesco do aplicador.
De agora em diante, iremos conhecer alguns dos testes mais utilizados na identificação deste
transtorno, uma vez que para o diagnóstico é necessário identificar um grupo de sintomas e
comportamentos.
1.1 M-CHAT-R
O M-CHAT é um questionário para despiste de autismo, geralmente aplicado por profissionais
das áreas de saúde e comportamento (médicos, psicólogos, psicopedagogos etc.). O objetivo desse
questionário é ampliar a possibilidade de detectar o maior número de casos com suspeita de TEA.
Porém, mesmo carregado de características que apontam para uma resposta positiva quanto ao
quadro do indivíduo investigado, existem casos em que o resultado pode apontar um “falso
positivo”. Por esse motivo, uma nova versão foi apresentada o M-CHAT-R/F. Esta versão atualizada
conta com uma segunda parte em que a entrevista ajuda a refinar ainda mais a avaliação. 
Atualmente o instrumento é um dos recomendados pela SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e é
obrigatório em atendimentos pelo SUS segundo a Lei n.13.438/17.
O M-CHAT é um questionário composto por 23 questões com opção de Sim ou Não aplicado
em crianças com o perfil de 16 e 30 meses, e deve ser respondido pelos pais.
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Fonte: Losápio, Pondé, 2008.
Atenção
Todas as respostas do questionário apresentam observações dos pais na relação do
comportamento de seus filhos, e a soma total dos pontos vai indicar a presença dos sinais do
TEA. Porém, é importante ressaltarmos que isso não define o diagnóstico, pois serve de rastreio
na identificação, associado à demais testes, junto a um médico especialista e equipe
multidisciplinar.
1.2 CARS - CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE (ESCALA CARS)
A escala CARS é uma escala estruturada com base em definições apresentadas por Ritvo,
Freeman e Rutter. É a escala mais utilizada e mais antiga e apresenta características do dia a dia da
criança, no qual os pais apontam o que mais se enquadra no perfil da criança.
Serve como instrumento de observação comportamental, que pode ser aplicado já na primeira
sessão. Sua estrutura é composta de 15 itens, na qual cada uma recebe uma pontuação variando
entre normal para gravemente anormal, em que todos contribuem para a pontuação total. O tempo
de aplicação varia entre 20 e 30 minutos.
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Fonte: Pereira, 2007.
1.3 ATA – ESCALA DE TRAÇOS AUTÍSTICOS (AVALIAÇÃO DE TRAÇOS
AUTÍSTICOS)
Escala que não pretende avaliar pontualmente uma função psíquica, pode ser utilizada para
avaliar o autismo. A escala é composta por subescalas cada uma dividida em diferentes itens.
FAssumpção Jr.; Kuczynski; Rego Gabriel; Rocca, 1999.
Sua criação foi baseada nos critérios diagnósticos apresentados no dsm-iii, no dsm-iii r e em
critérios apresentados na cid 10. Busca-se avaliar o perfil condutual (de conduta).
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1.4 ADI-R
A Escala ADIR-R (Autism Diagnostic Interview Revised) trata-se de uma escala com perfil
semiestruturado direcionada a pais e educadores. Apresenta informações pontuais sobre as suspeitas
de transtorno do espectro autista. Para que seja confirmado o diagnóstico, espera-se que as
pontuações nas áreas avaliadas, apresentem média acima dos níveis considerados de corte. É
composta por uma estrutura de 93 questões permitindo que o profissional possa analisar as
sintomatologias diretamente ligadas as perturbações do TEA. Investiga e pontua três áreas de
domínios, cito: comportamentos, interesses restritos, repetitivos e estereotipados, a linguagem e
comunicação, e a interação social.
Esta escala é indicada para a investigação de crianças com uma idade mental acima de 18 meses.
Para sua aplicação, faz-se necessário uma administração de em média duas horas.
Não encontramos no Brasil este instrumento em nenhuma editora. Podemos encontrá-lo
traduzido no português de Portugal e em espanhol.
Atenção
Tanto o adi-r quanto o ados 2 são escalas consideradas “padrão outro” dentro da literatura
internacional relacionadas no auxílio do diagnóstico do TEA. Porém, as traduções destes
documentos não são oficiais e, portanto, não são padronizadas a população brasileira. Em 1994
o adi-r passou por uma revisão seguindo os critérios apresentados no dsm v e cid 10,
aumentando assim sua equivalência.
1.5 ASQ OU SCQ
O questionário de comunicação social – “Social Communication Questionnaire” (SCQ) já
chamado de questionário de triagem/rastreio para o autismo: “Autism Screening Questionnaire
(ASQ), foi idealizado por Rutter e Lord, e é composto por um total de quarenta questões que foram
retiradas e modificadas diretamente do ADI-R. A intensão é a de melhor compreensão por parte dos
pais.
Neste questionário, duas versões já foram planejadas sendo uma pensando em crianças de seis
anos, e outra versão para crianças com seis anos ou mais. Este é um questionário que auxilia na
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avaliação do profissional, dando subsídios para uma avaliação mais específica. Este é um questionário
que já foi validado no Brasil por Sato et al. em 2009
Fonte: Sato et al., 2009.
1.6 PEP – R
Chamado de Perfil Psicoeducacional Revisado (PEP-R) trate de um instrumento que mede a
idade do desenvolvimento da criança com TEA, ou com outro tipo de transtorno que esteja
relacionado a questões de comunicação. 
O teste surge da necessidade de perceber e identificar os padrões considerados irregulares da
aprendizagem,com olhos na elaboração do planejamento psicoeducacional. Segue os princípios
ditados no modelo Teacch – Treatment And Education of Autistic And Communication Handicapped
Children.
Em sua composição encontramos duas escalas, na qual a primeira foi estruturada por meio de
normas estabelecidas de forma empírica. Já a segunda, está baseada na escala CARS (Childhood
Autism Rating Scale).
Muito se discute que crianças com TEA são consideradas não testáveis, possivelmente pela
dificuldade em estabelecer contato com o avaliador, ou até mesmo pela dificuldade de compreendê-
las. Levando em consideração esta prerrogativa, é que o PEP-R foi desenvolvido, tendo seu perfil
definido como sendo um instrumento de referência no que diz respeito a análise (das áreas de
habilidade e deficitárias).
Os âmbitos investigados pelo PEP-R estão relacionados a investigação das áreas de:
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Coordenação motora ampla;
Coordenação motora fina;
Coordenação visomotora;
Percepção;
Imitação;
Performance cognitiva;
Cognição verbal (escala de desenvolvimento);
Relacionamento e afeto;
O brincar e o interesse por materiais;
Respostas sensoriais e linguagem (escala de comportamento).
Para cada uma dessas questões existe uma escala pensada com tarefas que devem ser realizadas
ou comportamentos que devem ser observados.
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Fonte: Adaptado de Protocolos PEP-R, 2019.
 1.7 INVENTÁRIO PORTAGE OPERACIONALIZADO
O inventário Portage foi desenvolvido para avaliar cinco áreas do desenvolvimento:
Cognição;
Linguagem;
Socialização;
Autocuidado;
Desenvolvimento motor.
É um instrumento utilizado de forma específica para a faixa etária de zero a seis anos. É nesta
fase que além de obtermos informações sobre a criança e sua família, podemos possibilitar uma
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melhor elaboração no processo de intervenção escolar. É uma escala testada e validada no Brasil,
sendo utilizada por profissionais da área da saúde e educação.
O inventário foi baseado na tese da doutora Lúcia que foi defendida na USP no ano de 1983. A
autora realizou um estudo experimental, no qual buscou demonstrar que muitas mães de crianças
com alguma deficiência poderiam ser treinadas e orientadas para acelerar o desenvolvimento de seus
filhos.
O processo interventivo foi baseado no “Guia Portage De Educação Pré-Escolar”, que foi
desenvolvido nos EUA, na cidade que nomeia o inventário, na cidade de Portage, Wisconsin. Seus
autores originais são Bluma, Shearer, Frohman e Hilliard (1978).
O inventário é formado por uma lista de 580 comportamentos apresentados por crianças de
zero a seis anos, dentro das áreas de linguagem, desenvolvimento motor, cognição, socialização,
autocuidado e uma área que é específica para bebês de zero a quatro meses chamada “estimulação
infantil”. Neste sentido, o Inventário Portage (IPO), era utilizado para o ensino das habilidades
mencionadas anteriormente, e servia para detectar em qual etapa a criança encontrava-se. Isso
possibilitava o planejamento das devidas intervenções.
Atualmente, o IPO (inventário portage operacionalizado) é utilizado por profissionais
pesquisadores de diferentes áreas como psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais,
psicopedagogos, licenciados em educação especial, pedagogos e fonoaudiólogos.
1.8 ATEC – AVALIAÇÃO DE TRATAMENTOS DO AUTISMO (AUTISM TREATMENT
EVALUATION CHECHLIST)
O ATEC é um checklist de avaliação do tratamento do autismo, sendo uma das ferramentas de
avaliação mais utilizada no rastreio das características do TEA. Possui uma lista de verificação
planejada para avaliar a real eficácia dos tratamentos, e monitorar como o indivíduo se desenvolve ao
longo do tempo.
É utilizado por pesquisadores, professores, médicos e pais. Estudos apontam que mais de meio
milhão de “questionários” já foram aplicados e concluídos em menos de duas décadas. Já foi
traduzido para mais de 20 idiomas, como o inglês, português, chinês, japonês, italiano, francês e
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espanhol. Não é uma escala padronizada no brasil, portanto não é reconhecida pelo conselho federal
de psicologia.
O atec é composto por 77 questões que estão organizadas em 4 subescalas, sendo:
Comportamento;
Saúde;
Fala;
Linguagem;
Comunicação;
Sociabilidade;
Sensibilidade sensorial;
Desenvolvimento cognitivo.
1.9 ABC (AUTISM BEHAVIOR CHECKLIST) – ICA (LISTA DE CHECAGEM DE
COMPORTAMENTO AUTÍSTICO)
Trata-se de um questionário composto de cinquenta e sete questões, que foram elaboradas para
avaliar o comportamento autístico em uma população com quadro de retardo mental. Este
questionário tem ajudado na elaboração do diagnóstico diferencial.
Foi elaborado partindo do registro de comportamentos previamente selecionados com base em
nove instrumentos que identificam o autismo. Seu formato descreve comportamentos e são
agrupados em cinco diferentes áreas, cito:
Relacionamento;
Uso do corpo e objetos;
Sensorial;
Linguagem;
Habilidades de autoajuda e sociais.
1.10 ESCALA VINELAND I E II – ECAV
Tem como objetivo avaliar o comportamento adaptativo que vai do nascimento a fase adulta do
indivíduo. Está organizada em quatro grupos subdivididos em onze subgrupos:
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Função motora (motricidade fina e global);
Comunicação (escrita, expressiva e receptiva);
Socialização (lazer, regras sociais, relações interpessoais);
Autonomia (comunitária, doméstica e pessoal).
Com o Vineland o terapeuta poderá avaliar o comportamento adaptativo dono que tange
questões relacionadas ao: transtorno do espectro autista, transtorno do déficit de atenção e
hiperatividade, déficit intelectual ao nível do desenvolvimento, traumatismo craniano-encefálico,
doença de Alzheimer e Parkinson.
Fonte: Oliveira, 2018.
1.11 VB-MAPP
VB-MAPP é a sigla de “Avaliação de Marcos do Comportamento Verbal e Programa de
nivelamento”. É um instrumento que avalia o repertório inicial nas intervenções com o programa
ABA.
Sua composição é formada por marcos de desenvolvimento que totaliza 170, sendo estes
subdivididos em 3 níveis que seguem do zero aos 48 meses de vida.
As principais habilidades avaliadas são:
Tato (nomear objetos, sentimentos, ações, atributos etc.);
Mando (fazer pedidos; emitir comandos etc.);
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Imitação motora (imitar ações de outros);
LRFFC (Comportamento e ouvinte por classe, função característica);
Matemática (básica);
Leitura e escrita (básica);
Comportamento linguístico;
Responder ao falante (intraverbal);
Habilidades de grupo;
Comportamentos do brincar social;
Comportamento vocal;
Ecóico (repetir fonemas, palavras e frases de outros);
Percepção visual e comportamentos básicos para o desenvolvimento.
Também são avaliadas vinte e quatro barreiras possíveis. A junção dessas barreiras e das
habilidades auxilia na identificação de fatores que são determinantes para as dificuldades de
aprendizagem do indivíduo.
Atenção
Sua criação está pautada nos princípios da ABA (análise do comportamento aplicada),
ciência que compreende e busca melhorar o comportamento, bem como na obra de skinner
(1957) – “verbal behavior”. Tem como foco principal, identificar os chamados “comportamentos
alvos” de acordo com que os mesmos exercem sobre o ambiente. Também identifica o nível
operacional do aprendiz antes e durante a intervenção (comportamental), mensurando os
ganhos (média e longo prazo), guiando um curriculum pontual de ensino individualizado.
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Fonte: Guilhardi, 2017
TEMA 2 – MODELOS DE INTERVENÇÃO NO TEA
Os modelos de intervenção são terapias aplicadas por especialistas em seus pacientescom o
intuito de promover o desenvolvimento de aspectos fundamentais para o desenvolvimento da
autonomia de seus pacientes.
Nos casos que envolvem doenças e distúrbios que interferem diretamente na cognição, é
essencial que seja desenvolvido algum tipo de terapia, para que o indivíduo consiga alcançar
resultados dentro do quadro que ele possui.
Sendo assim, é necessário que tenhamos o conhecimento sobre quais os modelos existentes e
suas possíveis aplicações, e como isso pode contribuir para a pessoa que vive com o TEA.
2.1 MODELO DE INTERVENÇÃO: NATUREZA PSICANALÍTICA
Ainda, para muitos profissionais da psicanálise, o TEA decorre de uma falha de reconhecimento
entre mãe e filho (bebê), devido à depressão que a mãe apresenta e que interfere na sua capacidade
para cuidar e se envolver emocionalmente com a criança.
Segundo estudos da psicanálise, isso ocorre durante as últimas semanas de gravidez até as
primeiras semanas pós-parto, em que se percebe na mulher um aumento de sua sensibilidade, o que
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favorece a sua identificação com o bebê e o entender das suas necessidades. Neste momento, a mãe
precisa da ajuda do esposo para realizar algumas tarefas, que, não consegue dar sequência devido ao
tempo que o tratamento de seu filho ocupa. Entende-se que neste período esta mãe passa por um
estado psicológico especial, o qual é nomeado por Winnicot como sendo a “preocupação materna
primária”, na qual a mãe dedica-se de forma integral ao seu filho, tornando-se mãe e bebê, estado
essencial para o desenvolvimento da criança, uma díade.
Na transição desta fase podem aparecer alguns problemas de quando a mãe não consegue
compreender, deduzir o que o bebê sente, na qual ela toma o filho como sendo um prolongamento
dela própria e pode assim levar à falência a função materna.
Para Lacan, outro momento primordial para a constituição psíquica da criança, que ocorre entre
o 6º e 18º mês, em que denomina como sendo a “fase do espelho”, a criança começa a estabelecer
de forma progressiva uma diferença entre o mundo exterior e o seu corpo.
A função do pai por sua vez, durante o desenvolvimento da criança, torna-se um elemento que
desvia a libido da mãe para outras questões que não mais a criança, e a função de controlar a
“loucura” materna, ajudando a manter uma distância entre a mãe e o bebê, questão necessária para
que a criança se desenvolva enquanto sujeito psíquico.
Neste sentido, quando os pais chegam a um centro de tratamento com seu filho com TEA,
apresentam as dúvidas e angústias e desejam saber o que é possível fazer para “curar” seu filho.
Esta terapia não será um interrogatório, já que os psicanalistas não se preocupam em atribuir
sentido aos comportamentos da criança com TEA. O processo de acompanhamento terapêutico
envolve não só as crianças, mas também os pais, já que ainda hoje, alguns psicanalistas ainda veem o
autismo como sendo uma falha na função materna e paterna.
O indivíduo com TEA não se reconhece como sendo sujeito autônomo provocando assim,
sofrimento e estresse. Desta forma, a psicanálise busca fazer com que o indivíduo possa ser um
sujeito com individualidade, dando-lhe a liberdade da posição em que se encontrava sufocado pelo
desejo do outro, o que lhe impedia de desenvolver seus próprios desejos.
Para que isto ocorra, é necessário que o analista trabalhe com os pais que aprendam a
desempenhar corretamente suas funções parentais.
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O tratamento com natureza psicanalítica, foi pouco a pouco abandonado, porém, continua a ser
praticado na França, como publicado em abril de 2012, na “news magazine” (mais informações nas
referências).
Atualmente, pais de crianças com TEA estão criando grupos e associações independentes
tentando convencer a opinião pública a romper com a psicanálise, aproximando assim aos
tratamentos “behavioristas”. Neste sentido, houve a aprovação de uma lei que coloca seriamente em
questão o uso da psicanálise no tratamento do TEA.
Atenção
A terapia psicanalítica tinha como foco instaurar a ordem do caos por meio da restauração
do mundo afetivo, caracterizado por uma grande fragmentação e por uma desordenação da
estrutura básica. Este é um modelo de aplicação muito complexo, e pressupõe a existência de
inúmeros pré-requisitos cognitivos que nem sempre se encontra presente.
2.2 MODELO DE INTERVENÇÃO: NATUREZA CONSTRUTIVISTA E
DESENVOLVIMENTISTA
Este modelo prioriza a crença enquanto fatores determinantes do comportamento do indivíduo,
e de suas atitudes parentais, pautados em paradigmas e metodologias e intervenções diferentes das
abordagens racionalistas, estando relacionados à metacognição e a construção.
Podemos perceber que dentro deste modelo há a intervenção construtivista na doença crônica
desenvolvida por Hilton Davies.
Davies desenvolveu este modelo de intervenção com um olhar voltado a pais e crianças com
doenças crônicas, centrado na adaptação dos pais à doença dos filhos, pois o diagnóstico de uma
doença crônica faz com que estes protagonistas transitem por vários estádios emocionais. Davies
preconiza, neste modelo, uma forma em que a comunicação terapêutica que está centrada nas
capacidades e na autonomia dos pais para que consigam ultrapassar as dificuldades, em articulação
com a equipe técnica especializada.
Este modelo transacional de intervenção prioriza o desenvolvimento da criança como sendo um
processo dinâmico que envolve a criança, a família e o meio. Tem como objetivo redefinir o código
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familiar e implica três ações, isso para que os pais possam alterar o formato de compreensão do
desenvolvimento infantil:
Redefinição;
Reeducação;
Remediativa.
2.3 MODELO DE INTERVENÇÃO: NATUREZA COMPORTAMENTAL
Para tratarmos deste modelo de intervenção, é importante que saibamos identificar os cientistas
responsáveis pelo início desta prática clínica e educativa comportamental:
Wolpe – 1952;
Eysenck – 1959/1960;
Skinner – 1938.
Porém, é com Skinner e seus colaboradores Lindsley e Salamon (1953), que se deve o termo
“modificação do comportamento”. Skinner acreditava que o comportamento sendo controlado por
suas consequências, trata-se mais a pesquisar quais as variáveis que o mantem e reestruturar o meio
do que compreender o modo de aquisição.
Modificar o comportamento inclui várias técnicas diferentes, todas ligadas com princípios e
estratégias de cunho experimental, associados aos mecanismos de aprendizagem e em busca de um
propósito de aperfeiçoamento pedagógico e tratamento clínico.
Já na década de 60, Lovass torna-se o pioneiro no que tange a intervenção comportamental
autista, entendendo que este tipo de intervenção pode ajudar na melhoria das capacidades das
pessoas com autismo auxiliando na aquisição de competências mais complexas como autonomia,
linguagem e competências sociais.
Atenção
Indica-se que este modelo de programa se inicie com comportamentos simples e, assim, vá
progredindo gradualmente para comportamentos mais complexos. Ainda as críticas mais
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frequentes a este modelo de intervenção incidem sobre a fraca generalização das competências
desenvolvidas, logo que inseridas em outros contextos e sobre a fraca participação parental.
2.4 MODELO DE INTERVENÇÃO: NATUREZA COGNITIVA
Este modelo de intervenção foca nas alterações das cognições erradas, envolvendo uma reflexão
mais profunda. Tal modelo busca fazer com que os pais alterem as cognições incorretas, substituindo
por pensamentos alternativos, já adaptados à realidade.
Atenção
Entrega aos pais a capacidade de conceber formas alternativas do pensar, porém, não
reconhece de forma efetiva uma forma autônoma na construção de alternativas, entendendo
que a construção desta autonomia está muito mais dependenteda racionalidade do terapeuta.
2.5 MODELO DE INTERVENÇÃO: NATUREZA COGNITIVA COMPORTAMENTAL
Neste modelo, a proposta está relacionada a aplicação de técnicas cognitivo e comportamental,
pensando na eficácia da terapia. Os modelos que considerados abrangentes, como este, podem ser
divididos em quatro categorias, sendo:
Intervenção comportamental individual, conduzida por um adulto;
Intervenção inclusiva;
Intervenção induzida por criança;
Intervenção em grupo.
Podemos afirmar que as modalidades mais utilizadas, são as que se baseiam nas teorias de
análise comportamental aplicada e conduzida por adultos. O uso da análise comportamental aplicada
ao TEA está concentrada em desenvolver a atenção da criança para a tarefa de aquisição de
habilidades específicas. Para que uma interação seja iniciada se faz necessário conhecer as
dificuldades de aprendizagem que uma criança com TEA manifeste o impacto destas mesmas
dificuldades em seu desenvolvimento para que se programem um conjunto de atividades que
contemplem alterar este panorama.
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TEMA 3 – MÉTODO TEACH
O modelo teach foi criado na década de 60 pelo estudioso Eric Schopler, como sendo uma
abordagem psicanalítica com base em relacionamentos para o tratamento de crianças com TEA e
seus pais. Schopler, nesta década, mudou então para uma abordagem que contemplasse mais
competências.
O modelo Teach tem como foco promover competências adaptativas e que são necessárias para
desenvolver uma vida mais independente, buscando modificar o ambiente para que se adapte às
necessidades das crianças com TEA.
Este é um modelo de intervenção chamado de generalista e transdisciplinar, e respeita as
características do indivíduo, adaptando-se a elas, envolvendo, assim, todos os que participam do
processo educativo, diminuindo as dificuldades a um nível da linguagem receptiva, aumentando as
possibilidades de comunicação e permitindo a diversidade de contextos.
Tem por objetivo facilitar a aprendizagem partindo do arranjo ambiental, um ensino estruturado
e comunico alternativa, promover uma adaptação de cada indivíduo dando, recebendo o apoio dos
terapeutas e dos pais que se tornam coterapeutas.
Tem um olhar para a avaliação contínua, ora de sua aplicação, ora das competências que a
criança vai adquirindo. Cada terapeuta tem de se formar em diferentes áreas tais com:
Avaliação do indivíduo em diferentes momentos;
Ensino estruturado;
Aquisição de competências sociais;
Desenvolver as crianças, capacitando-as nas áreas de linguagem e independência;
Desenvolver competências de recreação.
O modelo Teach também prioriza a organização de sala de aula em outras cinco áreas diferentes,
como:
Acolhimento: No qual é realizado o acolhimento e o planeamento das atividades (cito que este
planeamento é muito importante, já que a criança com TEA tem dificuldades em lidar com
alterações de rotina);
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Aprender: No qual é realizado o treino individualizado de competências de cada uma das
áreas;
Brincar: Aqui se estimula as questões psicomotoras e relaxantes;
Computador: Área destinado ao trabalho e produção individual, de acordo com o plano diário.
O resultado deste tipo de intervenção, desenvolvida no estado da Carolina do norte, tem
apresentado muitos resultados positivos, seja no desenvolvimento da linguagem ou de competências
sociais.
TEMA 4 – MODELOS ABA E PECS
4.1 ABA (APPLIED BEHAVIOR ANALYSIS) – ANÁLISE DO COMPORTAMENTO
APLICADA
Esse modelo de intervenção comportamental, envolve o ensino intensivo e de forma
individualizada das competências necessárias para que o indivíduo adquira maior independência e a
melhor qualidade de vida. Busca-se desenvolver comportamentos sociais adequados como contato
visual, comunicação funcional etc. Sendo estes pré-requisitos para a escrita, leitura e matemática,
bem como atividades da vida diária como a higiene pessoal.
Espera-se também a redução dos comportamentos desajustados como as lesões autoinfligidas,
movimentos estereotipados e o comportamento mais agressivo.     
A aplicação do modelo em crianças com TEA está baseada em algumas etapas, cito:
Avaliação inicial;
Definição de objetivos a serem alcançados;
Elaboração de programas;
Ensino intensivo;
Avaliação do progresso.
Estas etapas são agrupadas em duas fases distintas, na qual na primeira se faz a avaliação para
conhecer as competências iniciais do indivíduo. Já a segunda fase é na qual a intervenção é
realizada. 
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Neste sentido, vale reforçar que a intervenção é baseada em uma análise funcional, em que
analisa o comportamento determinante do indivíduo, visando eliminar os comportamentos
socialmente indesejáveis. Vejamos no gráfico os objetivos da intervenção do método ABA:
4.2 PECS (PICTURE EXCHANGE COMMUNICATION SYSTEM)
Modelo alternativo e aumentativo da comunicação, em que o indivíduo aprende a se comunicar
utilizando a troca de figuras. Foi criado por Andy Bondy e Lori Frost e está disponível em 14 idiomas.
Este é um modelo que proporciona muitos progressos nas habilidades de comunicação,
apresentando maior independência e redução dos comportamentos inadequados, buscando uma
melhoria na abordagem social e interação com os demais. A sigla PECS vem do inglês Picture
Exchange Communication System que em português, traduz-se Sistema de Comunicação por trocas
de Figuras.
O método PECs pode ser aplicado ao indivíduo com TEA, no qual embora deva ser estimulado a
linguagem oral em uma criança com TEA, sendo esta uma forma inicial de comunicação e o primeiro
para o desenvolvimento de um sistema efetivo de comunicação. 
Para que sua aplicação seja efetiva, se faz necessário ter a noção que sempre que o indivíduo
utilizar uma imagem para realizar uma solicitação, esse pedido deve ser imediatamente atendido.
Vale lembrar que a aplicação desse modelo exige uma formação específica.
No Brasil, a fonoaudióloga Soraia Cunha Peixoto Vieira realiza as formações para a utilização do
método.
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Segundo Soraia, a aplicação desse método é realizada com base em uma sequência
desenvolvida pelos criadores do método, e não de acordo com a faixa etária. Vejamos quais são essas
fases:
FASES DESCRIÇÃO DA FASE
 
FASE 01 – COMO SE
COMUNICAR
Nesta fase o indivíduo aprende a trocar uma única figura para itens ou atividades que eles
realmente querem.
 
 
FASE 02 – DISTÂNCIA E
PERSISTÊNCIA
Utilizando uma única figura, o indivíduo aprende a generalizar esta nova habilidade e usá-la em
lugares diferentes, com pessoas diferentes e usando distâncias variadas. Eles aprendem a serem
comunicadores persistentes.
FASE 03 –
DISCRIMINAÇÃO DE
FIGURAS
O indivíduo aprende a escolher entre duas ou mais figuras para pedir seus itens favoritos. Estes
são colocados em uma pasta de comunicação com tiras de velcro® na qual as figuras são
armazenadas e facilmente removidas para a comunicação.
FASE 04 – ESTRUTURA DE
SENTENÇA
Nesta fase o indivíduo irá construir frases simples em uma tira de sentença usando um ícone
“eu quero” seguindo por uma figura do item que está sendo solicitado. Expandir suas sentenças
adicionando adjetivos, verbos e preposições.
FASE 05 –
RESPONDENDO À
PERGUNTAS
O indivíduo aprende a usar PECS para responder à pergunta: “O que você quer?”
FASE 06 –
COMENTANDO
Agora o indivíduo aprende a comentar em resposta a perguntas como: “O que você vê?”, “O
que você ouve?” e “O que é isso?”. Eles aprendem a compor sentenças começando com “EU
vejo”, “Eu ouço”, “Eu sinto”, “É um”, entre outros.
TEMA 5 – DIR FLOORTIME E OUTROS MODELOS
5.1 DIR FLOORTIME (DEVELOPMENTAL, INDIVIDUAL DIFFERENCE,
RELATIONSHIP – BASED /FLOORTIME)
Floortime é um programa de intervenção que foi desenvolvido nos Estados Unidos por
Greenspan,junto aos seus colaboradores.  A sigla DIR significa: “Modelo baseado no
desenvolvimento, nas DIFERENÇAS INDIVIDUAIS e na RELAÇÃO”. Este é um modelo de intervenção
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intensivo, com base na relação entre os níveis funcionais do desenvolvimento emocional, as
diferenças individuais e a relação/ afeto. Os princípios deste modelo são:
Seguir a criança;
Entrar na atividade de cada indivíduo;
Entrar em seu desenvolvimento emocional e interesses;
Abrir e fechar os círculos de comunicação;
Criar ambiente de jogo;
Aumentar o círculo de competências de comunicação;
Interagir criando obstáculos e alargando a gama de experiências interativas da criança.
O foco maior deste modelo de programa é a criança, no qual busca-se ajudá-la a interagir com o
meio e a ter um desenvolvimento de forma integral, seguindo os interesses de cada indivíduo.
5.2 PROGRAMA PORTAGE
Trata-se de um programa de intervenção precoce, com foco em crianças com necessidades
educacionais especiais e seus familiares.
Sua origem ocorreu na universidade de Wisconsin nos EUA, no ano de 1969, no qual seu
objetivo era responder a exigências das alterações ocorridas na época, a legislação referente as
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necessidades educacionais especiais, priorizando a criação de programas inovadores para o
desenvolvimento infantil e que fossem generalizáveis.
É um programa educacional domiciliário apoiando os pais no ensino de novas capacidades e no
controle de problemas que interferem no processo de aprendizagem.
Atenção
O programa portage está inserido na ideia de que os modelos de intervenção não devem
basear-se exclusivamente em avaliações pontuais ou em mediações de quocientes.
5.3 SON-RISE
Esse modelo de intervenção foi criado pela família Kaufman, na década de 70, com o objetivo de
auxiliar o filho já diagnosticado com autismo, tendo que realizar a intervenção terapêutica para que
ele pudesse ultrapassar as suas dificuldades e assim pudesse alcançar o melhor de suas capacidades.
Seu nome é Rauf Kaufman, sendo este atualmente, o principal rosto do programa Son-Rise no
mundo todo.
Em relato, Raul diz que se recusa a aceitar a antiga visão sobre o autismo, como sendo uma
terrível catástrofe. Diz que seus pais surgiram com uma ideia radical afirmando que o seu autismo era
uma oportunidade para chegarem a uma criança que estava perdida por de trás de uma grande
nuvem nebulosa. Raul afirma que essa perspectiva, associada a uma enorme paixão por parte dos
seus pais, o permitiu passar por uma metamorfose espetacular e assim, sair da casca do seu autismo
sem um traço da sua antiga condição.
Este é um modelo de programa intensivo, oferecendo uma abordagem educacional prática e
muito abrangente para a criança com TEA. Desta forma, no início, o programa acontece com uma
avaliação do indivíduo, tomando consciência dos seus interesses para só então poder iniciar a
interação.
Entende-se como sendo o primeiro passo, ir até o mundo da criança, para depois dar-se início a
construção de pontes até o nosso mundo. Nesta situação, o adulto encara a criança como um ser
único e não como alguém que deva ser “consertado”.
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Neste tipo de intervenção é individualizada justamente para que a criança reconheça o
terapeuta/adulto, como alguém confiável e que lhe irá conferir segurança.
A criança sempre será o guia do processo, levando a exploração de si mesma e do mundo, assim
espera-se que ela vá sentindo cada vez mais motivada a explorar e se desenvolver.
Inicialmente o adulto não deve focar em desenvolver competências em particular, mas em
estabelecer uma ligação com a criança. Isso fará com que ela se sinta segura e consiga iniciar o
processo de relacionamento emocional com o outro.
Cada conquista realizada pelo TEA deve ser celebrada mesmo que seja pequena. O
comportamento da criança deve ser encarado como sendo o melhor que ela consegue fazer. Este
adulto/terapeuta deve ser muito flexível e deve estar presente de corpo e alma em cada atividade,
sendo criativo e estando muito disponível.
Os adultos, pais ou terapeutas, que interagirem no programa, devem ter claro como fazer o uso
dos 3 “E’s”:
Energia;
Excitação/emoção;
Entusiasmo.
Foca-se principalmente no processo de vinculação inicial e não solicitando algo que a criança
ainda não consiga dar resposta.
Atenção
A família/pais contemplam um papel importantíssimo na implementação deste programa.
Cada criança com tea tem um mundo em si que é próprio e os processos de cada criança são
divergentes quando comparados com os de outras. Os ingredientes para o sucesso na aplicação
deste programa são a persistência e o amor.
5.4 MÉTODO PADOVAN
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O Método Padovan de Reorganização Neurofuncional foi criado e desenvolvido por Beatriz
Padovan, possui uma abordagem terapêutica que tem como objetivo recapitular as fases do
neurodesenvolvimento, que são utilizadas como estratégia para reabilitar ou para habilitar o SNC
(Sistema Nervoso Central).
Assim, o método Padovan tem o objetivo de habilitar ou reabilitar o sistema nervoso central com
a realização de exercícios neurofuncionais específicos, rememorando as etapas do desenvolvimento.
Este método retoma o processo de aquisição de habilidades como do falar, andar e pensar de
maneira dinâmica, assim estimulando a maturação do SNC, com o objetivo de tornar o indivíduo
mais apto a cumprir o seu potencial genético bem como a adquirir as suas capacidades em sua
totalidade, como:
Locomoção;
Linguagem;
Pensamento.
O método Padovan é utilizado como uma estratégia para reabilitar o SNC de quem perdeu suas
funções, como por exemplo:
Vítimas de um acidente;
Para impulsionar o desenvolvimento, como nos casos de atraso e distúrbios do
desenvolvimento;
Para melhorar a qualidade de funcionamento e integração do sistema nervoso, e nos casos de
disfunções tais como: transtorno de aprendizagem, hiperatividade, distúrbios e dificuldade de
atenção e concentração, (TDAH) etc.
Atenção
Essa estratégia/técnica pode ser utilizada em indivíduos de qualquer faixa etária (do bebê à
terceira idade), com excelentes resultados. é importante saber que, para ser aplicado, o método
não requer a colaboração do paciente, pois, não é necessário que seu nível de consciência esteja
normal para que as estimulações tenham efeito, e também pode ser aplicado em consultórios,
ou em leitos, em uti’s de hospitais e também a domicílio.
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NA PRÁTICA
Por meio das contribuições dos modelos e métodos estudados para compreender as práticas de
avaliação e intervenção do TEA em suas diferentes facetas e o que conhecemos sobre os métodos,
técnicas e programas, destaque os pontos positivos e negativos das intervenções terapêuticas para o
autismo.
FINALIZANDO
  Nesta aula abordamos as contribuições teóricas de pesquisadores importantes no campo do
desenvolvimento humano: Piaget, Wallon e Vygotsky.
Quando se refere a aprendizagem dos autistas, pensa-se em métodos, técnicas e programas
específicos para o apoio deste processo. Nesta aula, abordamos, também, as principais características
dos métodos TEACCH, PECS, Padovan e Floortime, e trabalhamos o conhecimento básico sobre o
programa Son-rise e a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), entre outros. Assim como
abordamos os métodos de rastreio do TEA mais utilizados por profissionais que atuam na área.
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