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CAPA 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 2 MÉTODOS DE INTERVENÇÕES ............................................................... 5 3 MÉTODO ABA: ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA ................. 6 3.1 Currículo ............................................................................................. 13 3.2 A “pizza” curricular ............................................................................. 14 3.3 Categorias da “Pizza Curricular” ........................................................ 15 3.4 Quantidade de Programas para Ensinar ............................................ 17 3.5 Análise de Tarefa ............................................................................... 17 Como fazer uma análise de tarefa ............................................... 17 4 MÉTODO TEACCH .................................................................................. 20 4.1 Objetivos do Teacch: .......................................................................... 22 5 TÉCNICAS EDUCATIVAS DO MÉTODO TEACCH ................................ 23 5.1 Informação visual: .............................................................................. 24 5.2 Organizando o espaço físico segundo o TEACCH ............................. 26 5.3 Rotinas e programação diária ............................................................ 26 5.4 Metodologia do ensino ....................................................................... 28 6 MÉTODO PECS ....................................................................................... 33 6.1 As seis fases do PECS....................................................................... 33 Fase 1 - Como se comunicar ....................................................... 34 Fase 2 - Distância e persistência ................................................. 35 Fase 3 - Discriminação de figuras ................................................ 35 Fase 4 - Estrutura de sentença .................................................... 36 Fase 5 - Respondendo a perguntas ............................................. 37 Fase 6 - Comentando ................................................................... 37 7 MÉTODO PADOVAN DE REORGANIZAÇÃO NEUROFUNCIONAL ..... 38 3 7.1 Objetivos do Método Padovan ........................................................... 39 7.2 Intervenção do Método Padovan ........................................................ 39 8 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA ................................................................ 41 4 1 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 5 2 MÉTODOS DE INTERVENÇÕES Fonte: https://bityli.com/fornBkT O tratamento do autismo envolve intervenções multidisciplinares, orientação familiar, terapia cognitivo-comportamental e programas voltados ao desenvolvimento da linguagem e da comunicação. Para Becker e Riesgo (2016), as intervenções multidisciplinares que contribuem para o Transtorno do Espectro Autista em diferentes combinações, são: Existem vários tipos de tratamentos que podem ser usados para ajudar as crianças com autismo. Independente da linha escolhida, a maioria dos especialistas ressaltam que a intervenção deve começar o mais cedo possível; as terapias devem ser adaptadas às necessidades específicas e a eficácia do tratamento pode ser medida com o avanço da criança. Sabe-se que uma boa intervenção consegue Terapia fonoaudiológica; Terapia ocupacional; Terapia psicopedagógica; Musicoterapia; Hidroterapia; Arteterapia; Técnicas de modificação do comportamento; Programas educacionais e/ou trabalho, etc. 6 minimizar comportamentos inadequados e prejuízos nas áreas do desenvolvimento. Os procedimentos visam tornar os indivíduos mais independentes em todas as suas áreas de atuação, melhorando a qualidade de vida das pessoas com autismo e suas famílias (RIBEIRO, 2010). Sabe-se que os melhores prognósticos para o TEA estão relacionados às intervenções precoces; serviços educacionais comunitários melhores e mais disponíveis resultam em ganhos significativos e duradouros (BECKER; RIESGO, 2016). As intervenções psicoeducacionais mais empregadas no TEA são da linha comportamental (Aba e Teacch). Para contribuir para a comunicação, é usada a técnica alternativa (Pecs). Analisando diferentes estudos, nota-se que após várias semanas de intervenções as populações estudadas apresentaram melhorias, ou seja, os métodos foram capazes de alterarem positivamente a linha de desenvolvimento de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista, demonstrando ganhos importantes em seu desenvolvimento global e integração em diversos contextos: na família, na escola, no esporte, nas artes e na vida social (LOURENÇO et al., 2015). 3 MÉTODO ABA: ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA Fonte: https://bityli.com/vjKebwb A Análise do Comportamento Aplicada, ou ABA (Applied Behavior Analysis, na sigla em inglês) é uma abordagem da psicologia amplamente usada para a compreensão do comportamento e tratamento de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (AET). 7 Análise do Comportamento Aplicada é a ciência na qual táticas derivadas de princípios comportamentais são aplicadas sistematicamente para aprimorar comportamentos socialmente relevantes e a experimentação é usada para identificar as variáveis responsáveis pela mudança no comportamento (MOREIRA; MEDEIROS, 2019, p. 291). Essa análise vem do behaviorismo que observa e explica a associação entre o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem (LEAR, 2004). Para Volkmar e Wiesner, a análise do comportamento aplicada: [...] empregam princípios da psicologia comportamental para estimular a aprendizagem – particularmente habilidades de aprender a aprender (como sentar e prestar atenção). São utilizadas recompensas para moldar o comportamento. Ensino por tentativas discretas é uma das técnicas de ABA utilizadas com maior frequência (VOLKMAR; WIESNER, 2018, p. 94). Um dos princípios básicos deste método aborda que o comportamento é qualquer ação observável e contável, com frequência e duração, sendo explicada pela identificação dos antecedentes e suas consequências (MEYER, 2003). Os comportamentos são motivados de forma prazerosa cuja função é conseguir algo que se deseja. Sabe-se que todos os comportamentos de um modo geral são aprendidos, inclusive os comportamentos-problemas. A Análise de Comportamento Aplicado pode intencionalmente ensinar a criança a exibir comportamentos mais adequados no lugardos comportamento-problema. “Assim, terapias ABA são aquelas que usam esses princípios para promover comportamentos desejados (como a interação social) e reduzir comportamentos problemáticos (como explosões agressivas) ” (BERNIER; DAWSON; NIGG, 2021, p. 96). Os comportamentos estão relacionados a eventos ou estímulos que os precedem (antecedentes) e a sua probabilidade de ocorrência futura está relacionada às consequências que os seguem. Todo comportamento é modificado através de suas consequências (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). A intervenção é baseada em uma análise funcional do comportamento determinante e eliminação dos socialmente indesejáveis. Este é um ponto central para compreensão do propósito do comportamento-problema que a criança está apresentando, após a intervenção é montada para modificá-lo. Se for influenciado por suas consequências, poderá manipulá-las para melhor compreensão de como essa 8 sequência se dá, modificando os comportamentos das pessoas e programando resultados especiais para tal (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). O primeiro passo para resolver um comportamento-problema é identificar a sua função. A falta de conhecimento sobre o motivo pelo qual uma criança deve se engajar em um comportamento adequado (qual a função ou propósito), dificulta encontrar os meios para ensiná-la. Os objetivos da intervenção são: Pais, terapeutas e professores tendem a imaginar ou achar um motivo para o comportamento e isso incorrerá no insucesso da intervenção. A avaliação comportamental é a fase da descoberta, e visa identificação e entendimento de alguns aspectos relativo à criança com autismo e seu ambiente. Alguns dos objetivos da avaliação são: • Trabalhar os déficits, identificando os comportamentos que as crianças têm dificuldades ou até inabilidades que prejudicam sua vida e suas aprendizagens. • Diminuir a frequência e intensidade de comportamentos de birra ou indesejáveis, como, por exemplo: agressividade, estereotipias e outros que dificultam o convívio social e aprendizagem deste indivíduo. • Promover o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas, adaptativas, cognitivas, acadêmicas etc. • Promover comportamentos socialmente desejáveis (MOREIRA; MEDEIROS, 2007). • Entender o repertório de comunicação da criança: presença ou não de linguagem funcional, contato visual, atendimento de ordens, entre outros; • Observar como ela se relaciona em seu ambiente: brinquedos preferidos, apresenta birras frequentes, como reage às pessoas; • Qual a função de seus comportamentos; • Em que circunstâncias certos problemas ocorrem ou deixam de ocorrer com maior frequência ou intensidade? • Quais as consequências fornecidas a esses comportamentos problema? 9 Com base nestas informações, o segundo passo é traçar pequenos objetivos a curto prazo, visando ampliação de habilidades, eliminação de comportamentos inadequados e manipulação dos antecedentes (estratégias de prevenção). É importante que a modificação de comportamentos desafiadores seja feita gradualmente, sendo a redução da ansiedade e do sofrimento o objetivo principal. Isto é feito pelo estabelecimento de regras claras e consistentes (quando o comportamento não é admitido ou permitido); uma modificação gradativa; identificação de funções subjacentes, tais como ansiedade ou incerteza; modificações ambientais (mudança nas atitudes ou tornar a situação mais previsível) e transformação das obsessões em atividades adaptativas (BOSA, 2006). Modificando os antecedentes pode-se prevenir que o comportamento- problema aconteça. Isto é realizado de diferentes maneiras: Esta aprendizagem deve ser prazerosa para a criança, onde reforços são usados para manter a criança motivada. O reforço é uma consequência que aumenta a probabilidade desta resposta acontecer novamente. Quando um comportamento é fortalecido, é mais provável que ele ocorra no futuro. Além do reforço, a hierarquia de dicas é usada: quando inicia o ensino de qualquer comportamento, ajudando a criança a realizá-lo com a orientação necessária, que pode ser verbal (total ou parcial), física, gestual, visual ou auditiva, • Evitando situações ou pessoas que sirvam como antecedentes para o comportamento-problema; • Controlando o meio ambiente no decorrer da vida do indivíduo, o ambiente modela, cria um repertório comportamental e o mantém; o ambiente ainda estabelece as ocasiões nas quais o comportamento acontece, já que este não ocorre no vácuo (WINDHOLZ, 2002). • Dividindo as tarefas em passos menores e mais toleráveis (aprendizagem sem erros). Toda a intervenção está baseada na aprendizagem sem erros, ou seja, deixa de lado o histórico de fracassos e ensina a criança a aprender. 10 sendo planejada a retirada dessa dica até que a criança seja capaz de realizar o comportamento de maneira independente. O terceiro passo é a elaboração de programas de ensino que são individualizados, geralmente ocorrem em situação de “um para um” e envolvem as diversas áreas do desenvolvimento: acadêmica, linguagens, social, verbal, motora, pedagógica e atividades de vida diária. Este é um programa intensivo e deve ser feito de 20 a 30 horas por semana, ressaltando que este programa não é aversivo e rejeita qualquer tipo de punição. Este método e seus procedimentos são constantes e padronizados, o que possibilita mais de um professor (pessoa que realiza os programas) trabalhando com a criança. A participação dos familiares da criança no programa é de grande contribuição para seu sucesso e assegura a generalização e manutenção de todas as habilidades aprendidas pela criança. O tratamento envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se comportamentos sociais, tais como, contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos, como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. Alguns exemplos de comportamento-problema das crianças e jovens com autismo: [...] em 76% das comparações, o comportamento-problema mais frequente foi a crise de birra, seguida de agressão, estereotipia e autoagressão (levando-se em consideração que um indivíduo poderia apresentar mais de um tipo de comportamento-problema) (HORNER et al., 2002, p. 3). São comportamentos-problemas que impedem a realização de comportamentos adequados na sociedade, retardando a aprendizagem e o desenvolvimento do indivíduo autista. A seguir apresentamos as características dos comportamentos-problemas das pessoas com autismo: 1. Estereotipias - São movimentos repetitivos produzidos por autoestimulação. Eles costumam acontecer em circunstâncias: quando a criança está muito ansiosa ou não tem atividades produtivas para fazer. Para trabalhar esta 11 questão é fundamental colocar o indivíduo sempre fazendo atividades produtivas, assim evitando a autoestimulação. Sabe-se que não tem como manter a criança ocupada por muito tempo em atividades adequadas; por isso, existem alternativas de como lidar com estes comportamentos. Fazendo uma lista de quais movimentos mais frequentes, e estabelecendo um padrão de ocorrência destes. Anotando a hora da estereotipia e o que está acontecendo no ambiente da criança. Fonte: https://bityli.com/QJLJlY Alguns exemplos de Comportamentos estereotipados, são: 2. Rituais - São comportamentos repetitivos que ocorrem de forma mais localizada. Por Exemplo, a criança insiste em passear pelo mesmo caminho. Sugere- se para intervir fazer uma lista de mapeamento dos rituais, modificando gradualmenteas situações nas quais o ritual ocorre e o comportamento tipicamente apresentado. É muito útil, para lidar com mudanças de ambiente, criar um quadro de rotinas para a • Balanceio do corpo; • Sacudir as mãos ou estalar os dedos; • Outros comportamentos repetitivos, Volkmar (2018, p. 216). 12 criança, que apresenta (com fotos) todas as atividades que ela irá realizar durante o dia. Fonte: https://bityli.com/UYtkbaQ 3. Interesse Restrito – Ocorre quando a criança se apega a um objeto ou uma atividade, limitando esta a não aceitação em interagir com outras tarefas ou brincadeiras. Nesse caso, deve-se direcionar a criança para outra atividade, ajudando- a na nova tarefa ou com um novo objeto. Fonte: https://bityli.com/CjzRgBS https://bityli.com/CjzRgBS 13 4. Disruptivos e birras - São comportamentos de oposição e enfrentamento, onde as crianças ficam muito agitadas; demostrando com o corpo o que desejam ou não naquele momento. Fonte: https://bityli.com/HOIjer 3.1 Currículo Uma vez aprendido como educar usando a metodologia ABA, torna-se necessário selecionar um currículo que supra as necessidades específicas do aluno. O currículo é o plano norteador para ensinar as habilidades, os conhecimentos que a criança necessita aprender e a sequência em que serão apresentados. “É importante enfatizar que o currículo deve se adaptar à criança, e vice-versa. O programa para estudantes que estão plenamente incluídos requer planejamento especial” (VOLKMAR, 2018, p. 97). O currículo cuidadosamente pensado acompanha a criança a partir do ponto em que ela está, constrói as habilidades de base para aprendizagem e progride através de várias áreas fundamentais do desenvolvimento. Ele é usualmente desenvolvido ou escolhido depois que uma avaliação inicial tenha indicado em que nível de habilidade a criança está funcionando atualmente. Esta avaliação é tipicamente feita por um Psicólogo ou Consultor da Área Comportamental. A estrutura do ambiente também é relevante na elaboração do currículo: 14 A disposição física do ambiente de ensino é importante quando se planeja o currículo para alunos com TEA. Até a disposição dos moveis da sala pode ajudar ou atrapalhar o funcionamento independente do aluno, o reconhecimento e respeito pelas regras e limites. Muitos alunos têm dificuldades de organização, não sabendo aonde ir e como chegar, perdendo- se no ambiente quando este não lhe oferece dicas e referências (FONSECA; CIOLA, 2016, p. 26). Entretanto, muitas pessoas decidem montar e gerenciar sozinhos o currículo programático por causa do custo, acesso limitado a um consultor ou uma lista de espera para tais serviços insuportavelmente longa, caso essa seja a decisão, é recomendável usar os currículos disponíveis. Não é difícil determinar um ponto de partida razoável e avançar sozinho. 3.2 A “pizza” curricular Para Lear (2004) ao elaborar um currículo, pode ser difícil avaliar por onde começar; por isso, a “Pizza Curricular” divide as áreas de aprendizagem em 6 categorias amplas, considerando tanto o currículo geral quanto o específico. (Figura 1). Figura 1 – Pizza Curricular Fonte: https://shre.ink/mGww 15 Dependendo do progresso do aluno e como suas habilidades se desenvolvem, pode-se optar por dedicar mais ou menos tempo a determinadas áreas. Além disso, à medida que os programas se tornam mais complexos, será perceptível as áreas que começam a funcionar (por exemplo, Habilidades Sociais e Brincar podem se tornar uma área, ou Linguagem pode ocorrer em todas as áreas do currículo). Por outro lado, pode ser vantajoso, posteriormente, dividir as áreas (como, dividir Linguagem em Expressiva e Receptiva, ou dividir brincar em brincar individual, brincar com iguais, brincar de fazer de conta, etc.). 3.3 Categorias da “Pizza Curricular” Esta não deve ser entendida como uma lista exaustiva e nem está apresentada em ordem específica ou progressão de desenvolvimento. Por esta razão, a análise é tão valiosa; fornecendo um plano para o desenvolvimento de habilidades em 25 categorias abrangentes. Conforme Lear (2004), segue o exemplo de conteúdo programático, dando uma visão geral de como cada categoria é tratada. (Quadro 1). Quadro 1 – Exemplo de conteúdo programático AUTOCUIDADO Usa independentemente xícara, colher e garfo. Veste e tira a roupa independentemente. Habilidades de toalete. Habilidades de higiene – pentear cabelos, escovar os dentes, lavar o rosto e as mãos, tomar banho. MOTORA (FINA E AMPLA) Desenhar, colorir. Copiar, escrever. Cortar, amarrar. Usar o teclado, usar o mouse. Correr, andar, pular, balançar. Usar equipamentos (bolas, raquetes etc.). SOCIAL Responde a saudações. Responde perguntas sociais (ex. “Como vai você? ”, “Qual é o seu nome? ”). Imita colegas. Responde às propostas dos amigos. 16 Inicia brincadeiras com colegas. Interage verbalmente com colegas (comenta, pergunta, oferece ajuda). LINGUAGEM / COMUNICAÇÃO Receptiva – identifica objetos, partes do corpo e figuras; segue instruções de 1, 2 e 3 passos... Expressiva – faz pedidos, nomeia figuras, objetos, pessoas e verbos; pede itens desejados; diz “sim” e “não”; repete frases; permuta informações; responde a perguntas do tipo “por quê”. Abstrata – conversa sobre coisas ausentes, responde questões do tipo “por quê? ”, antecipa consequências, explica ações, relata estórias, inventa estórias. BRINCAR Brincar sozinho de modo apropriado com brinquedos. Brincar em paralelo – brincar ao lado de outras crianças, sem interação. Brincar com foco compartilhado – brincar com os mesmos itens, tal como as outras crianças, sem interação. Brincar com ação compartilhada – brincar que demanda alguma colaboração com outras crianças (ex.: construir torre, empurrar balança). Brincar de faz-de-conta – capaz de assumir uma outra identidade. Brincar com colegas de faz-de-conta e de representar papéis. ACADÊMICA (E PRÉ-ACADÊMICA) Habilidades de imitação. Identificação de números e letras. Leitura – palavra inteira e fônica. Soletração. Habilidades de matemática e números. Habilidades de uso do computador. Habilidades escolares – participa de um grupo, espera a vez, recita em uníssono. Fonte: Adaptado de Lear (2004) Concentrar-se em um aspecto da “Pizza Curricular”, por vezes, pode ser mais fácil. Ao avaliar deve verificar se a habilidade é "sólida", ou seja, se ela ocorre de 17 forma consistente todas as vezes. As habilidades serão incluídas como necessárias, por exemplo, quando a criança usa ocasionalmente uma habilidade ou exibe conhecimento, sob condições de ajuda só para o instrutor ou se ela está relacionada ao momento, isto é, respondendo "sim" ou "não" apenas quando há comida. 3.4 Quantidade de Programas para Ensinar O número de programas a serem incluídos de uma só vez é sempre uma questão que dependerá da aptidão do aluno e da quantidade de tempo livre. Se for uma criança pequena que tira sonecas e frequenta uma escola materna, o número deverá ser menor. Como regra geral, é preferível ensinar menos programas com mais frequência à um longo que não finaliza no mesmo dia. Uma prática mais rigorosa é sempre melhor para quantidade de aquisição. Orienta-se começar com 10 programas e ajustá-los no decorrer. Se conseguir completar toda a programação em uma manhã, restando bastante tempo para mandos e emparelhamentos em ambiente natural, provavelmente está na direção certa. O mesmo programa poderá ser reproduzido mais tarde, mas se passa o dia inteiro trabalhando e não tem tempo para comandos e conversas em um ambiente natural, 10 programas provavelmente seria um número excessivo (LEAR, 2004). 3.5 Análise de TarefaConforme Lear (2004), caso não seja possível encontrar um programa que ensine a habilidade desejada, poderá criar um próprio. Para tanto, é indicado começar pela " análise de tarefa”, isto é, obter uma descrição passo a passo de todos os componentes de uma tarefa ou atividade. Como fazer uma análise de tarefa • Decida a tarefa ou habilidade a ser ensinada. • Observe um executor capaz fazendo a tarefa. • Antes de escolher qual será a maneira mais fácil e direta de executar, poderá observar outras pessoas executando-a. 18 • Outros métodos de coleta de informações incluem entrevistas com indivíduos, questionários completos de "especialistas" ou mesmo auto-observação. • Liste todas as atividades ou etapas realizadas para concluir a tarefa específica em ordem linear e sequencial. Observe no modelo a seguir as atividades que podem ser realizadas em ordem sequencial das habilidades que estão sendo trabalhadas. (Quadro 2). Quadro 2 – Lista de atividades 1. Ir até o banheiro. 16. Fazer uma careta “Grrr” (dentes cerrados, lábios afastados). 2. Abrira gaveta. 17. Escovar dentes frontais para cima e para baixo. 3. Pegar a escova de dentes vermelha. 18. Cuspir. 4. Colocá-la na bancada. 19. Abrir a torneira. 5. Pegar a pasta de dentes. 20. Pegar o copo. 6. Abrir a tampa. 21. Encher o copo com água. 7. Apertar a pasta de dentes sobre a escova. 22. Encher a boca com um pouco de água. 8. Pegar a escova de dentes. 23. Enxaguar a boca. 9. Colocar a escova de dentes na boca. 24. Cuspir. 10. Escovar os dentes inferiores direitos. 25. Enxaguar a escova de dentes. 11. Escovar os dentes inferiores esquerdos. 26. Fechar a torneira. 12. Cuspir. 27. Colocar a escova de dentes na gaveta. 13. Escovar os dentes superiores direitos. 28. Colocar a pasta de dentes na gaveta. 14. Escovar os dentes superiores esquerdos. 29. Secar o rosto. 15. Cuspir. Fonte: Lear, 2004. Observe outros componentes importantes da descrição de uma análise de tarefa: 19 • Contudo, tente ver um executor inexperiente (ou uma criança da mesma idade) fazer a tarefa. Isto pode destacar as áreas difíceis de aprender ou que possam demandar análise adicional. • Concentre-se em ensinar as sequências mais comuns, não precisa incluir todas as exceções ou circunstâncias especiais. • Decida o quão curto ou longo precisa ser os passos. Talvez seja necessário alterá-los ao observar como vai o ensino, dividir os passos listados em mais etapas curtas e detalhadas ou talvez “concentrar” algumas. Dependerá do aprendiz e da tarefa. • Veja os pré-requisitos (Exemplo, o aprendiz será capaz de identificar cores? Conhecer direita e esquerda, para cima e para baixo?). • Selecione o verbo de ação correto para descrever a tarefa ou passo. • Depois de concluída a análise de tarefa, decida como ela será ensinada. • Encadeamento de frente para trás ensina cada passo individualmente na ordem em que irá ocorrer. Poderá ocorrer de trás para frente, onde será ensinado os passos em ordem inversa e trabalhado do final para o começo da sequência. Aprender primeiro o último passo significa que a criança estará próxima da finalização da tarefa e será naturalmente reforçada por terminá-la. A apresentação da tarefa completa significa fazer os passos do começo ao fim, todas às vezes. Alguns passos mais difíceis também poderão ser instruídos, antes de ensiná-los em sequência. • Cada passo da análise de tarefa tornar-se um programa a ser ensinado. Usando uma folha de SD (estímulo discriminatório) fornecida no Manual de Treinamento em ABA, conhecido como ajude-nos a aprender (Help us Learn), cada passo é escrito como um programa. 20 4 MÉTODO TEACCH Fonte: https://bityli.com/kIstyB O Método Teacch (Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children) em português, Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados com a Comunicação. É um programa educacional e clínico com prática predominantemente psicopedagógica, criado a partir de um projeto de pesquisa que observava profundamente os comportamentos das crianças autistas em diversas situações frente à diferentes estímulos. Segundo Volkmar e Wiesner (2018, p. 332), “TEACCH Um programa norte- americano de intervenção de âmbito estadual baseado na Carolina do Norte, mas atualmente utilizado no mundo inteiro. Tem algumas características particulares, e partes dele são baseadas em evidências”. Passerinho e Bez (2015) afirmam que: O método talvez mais famoso seja o denominado método TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related Communication), iniciado por Schopler na década de 1970 na Universidade da Carolina do Norte, que consiste em oferecer apoios educacionais de forma precoce. O método usa apoios visuais, assim como o PECS, mas não como forma de comunicação, e, sim, como forma de estruturação de atividades e rotinas. A partir de interesses, capacidades e necessidades, cada sujeito recebe formas de intervenção e organização espacial e temporal na sua rotina (PASSERINO; BEZ, 2015, p. 28). O método Teacch fundamenta-se em pressupostos da teoria comportamental e da psicolinguística: 21 Na área da psicolinguística, baseia-se nessa teoria a partir da afirmação que a imagem visual é geradora de comunicação. Na terapia comportamental é imprescindível que o professor manipule o ambiente do autista de maneira que comportamentos indesejáveis desapareçam ou, pelo menos, sejam amenizados, e condutas adequadas recebam reforço positivo. Na terapêutica psicopedagógica, trabalha simultaneamente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa. Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em sequência (potes, legos etc.), indicando visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola (ARAÚJO, 2016). (Figura 2). Figura 2 – Pranchas de comunicação alternativa Fonte: www.assistiva.com.br Segundo Kwee, Sampaio e Atherino (2009) o professor programa e ensina um a um os sistemas de trabalho. As crianças com autismo são mais responsivas as situações direcionadas às livres, assim como, pistas visuais às auditivas. 22 Conforme Araújo (2016), quando a criança apresenta total desinteresse em realizar uma atividade (conduta adquirida), essa faz parte da rotina de forma sistemática. No entanto, o trabalho não se restringe apenas aos aspectos cognitivos; envolve também ensinar aos alunos os conceitos fundamentais de (AVD – Atividades de Vida Diária e AVP- Atividades de Vida Prática) possibilitando-lhes maior independência possível. Na maioria das vezes, a utilização desse método traz tranquilidade para a criança, pois permite melhor compreensão e comunicação. 4.1 Objetivos do Teacch: • Desenvolver estratégias para compreender, desfrutar da companhia de outras pessoas e viver de forma mais harmônica em diferentes contextos. • Aumentar a motivação e habilidades de exploração e aprendizagem. • Melhorar o equilíbrio das funções intelectuais através de métodos de ensino e estratégias adequadas a cada pessoa. • Melhorar a coordenação motora fina e grossa através de atividades de integração e exercícios físicos. • Ajudar na superação dos problemas de adaptação das pessoas com TEA no contexto escolar. Fonte: https://bityli.com/bzmLjB 23 5 TÉCNICAS EDUCATIVAS DO MÉTODO TEACCH Fonte: https://bityli.com/HSEEVb Com base na realidade, as crianças autistas são frequentemente aprendizes visuais, o TEACCH proporciona clareza ao processode aprendizagem, buscando receptividade, compreensão, organização e independência. A criança trabalha em um ambiente altamente estruturado que deve incluir organização física dos móveis, áreas de atividade nitidamente definidas, gráficos de rotina, onde as tarefas são baseadas em figuras e instruções. Ela é conduzida de forma dinâmica através de uma sequência de atividades, cujo objetivo é torna-la mais organizada. O ambiente estruturado para a criança autista, cria uma forte base para o aprendizado. Embora o TEACCH não foque especificamente tanto em habilidades sociais e comunicativas quanto outras terapias, ele pode ser usado junto com essas terapias para torná-las mais efetivas. Programas como o TEACCH enfatizam a importância de considerar cuidadosamente a sala de aula e sua estrutura para a aprendizagem. Por exemplo, a colocação da criança com TEA na fila da frente (para estar perto do professor) pode ser adequada. As regras, os horários, etc., da sala de aula podem ser exibidos em destaque na frente da sala (VOLKMAR; WIESNER, 2018, p. 186). O método adapta o ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação ao seu local de trabalho e o que se espera dela. Por meio da organização do ambiente e das tarefas de cada aprendiz, visando o seu desenvolvimento e a sua independência, embora o professor seja requisitado no aprendizado de novas atividades, ele tem a possibilidade na maioria do tempo de agir de forma independente. Partindo da compreensão mais aprofundada da criança e das ferramentas que que lhe dão apoio, cada educador adere as ideias gerais que lhe serão oferecidas ao 24 espaço da sala de aula, aos recursos disponíveis, e até mesmo às características de sua própria personalidade, uma vez que, compreenda e respeite as características próprias de seus alunos. 5.1 Informação visual: A programação dada visualmente tem como objetivo amenizar as dificuldades de comunicação existentes, podendo ser mostradas em quadro a sequência das atividades ou tarefas a serem realizadas. Alguns quadros são feitos de maneira que induz a criança a retirar o cartão com a foto ou desenho da próxima atividade e depositá-la no local que deve ir. (Figura 3) Figura 3 – Quadro de sequência de atividades Fonte: https://shre.ink/mRVF A utilização dos quadros requer um aprendizado. Inicialmente cada passo será feito com a criança, colocando os cartões em sua mão e ensinando-a colocar cada figura em seu devido local. Quando finalizar a atividade, a criança deve voltar ao quadro de tarefas para ver qual será a próxima atividade e pegar seu respectivo 25 cartão. Com o tempo ela realizará a tarefa de forma independente, o ideal é persistir até que a criança aprenda a utilizar a informação visual. Esse método traz tranquilidade à criança já que possibilita melhor compreensão e comunicação. É necessário que a criança entenda o que se espera dela ao ver a figura. Isto ajuda na organização, minimiza possíveis problemas de linguagem e a torna independente. No método TEACCH, a ênfase está em ajudar as pessoas com autismo e suas famílias, buscando diminuição dos comportamentos frequentes desta patologia. Para Marques este método está apoiado em sete princípios: 1). Uma melhoria da adaptação, através do desenvolvimento de competências e da adaptação do meio às limitações dos indivíduos; 2). Uma avaliação e intervenção individualizadas, mediante a elaboração de um programa de intervenção personalizado; 3) A estruturação do ensino, nomeadamente, das atividades, dos espaços e das tarefas; 4). Uma aposta nas competências emergentes, identificadas na avaliação; 5) A abordagem terapêutica de natureza cognitivo-comportamental e as estratégias de intervenção assentam na ideia de um comportamento inadequado pode resultar de um défice ou compromisso subjacente, ao nível da percepção ou compreensão; 6) O apelo ao técnico “generalista”, a fim de treinar os profissionais enquanto “generalistas”, trabalhando melhor com a criança e a família; 7) O apelo à colaboração parental, momento em que os pais trabalham com os profissionais, numa relação de estreita colaboração, mas permanecendo em casa. Entretanto o trabalho é iniciado nas estruturas de intervenção (MARQUES, 2000, p. 91). A família pode ter também um esquema na parede para situar a criança com relação aos dias da semana e o que fará em cada um deles. Pode-se colocar uma foto dela com uniforme da escola ou alguma imagem para fazer associação. No fim de semana, por exemplo, poderá fixar uma foto de casa ou da criança com os pais. O importante é que fique claro para a criança o que ela fara em cada dia. É também útil fotografar os locais e pessoas que fazem parte da vida da criança. Para Morais (2012, p.92) “A organização física, as rotinas, os horários são algumas das prioridades deste modelo de ensino. É de extrema importância que as crianças consigam perceber quais os momentos de atividades estruturadas e os momentos livres”. 26 5.2 Organizando o espaço físico segundo o TEACCH A disposição física do ambiente de ensino é importante quando se planeja o currículo para alunos com TEA, independente do aluno, os móveis da sala podem ajudar ou atrapalhar o funcionamento, o reconhecimento e respeito pelas regras e limites. Morais (2012, p. 92) afirma que através deste modelo, são minimizadas as distrações visuais e auditivas, auxiliando-se a criança a focalizar-se nos conceitos em vez de se concentrar nos pormenores”. Observa-se que, vários alunos com TEA têm apresentado dificuldades de organização, não sabendo, aonde ir e como chegar, se perdendo no ambiente quando este não lhe oferece dicas e referências. A organização do meio ambiente, então, lhe dá pistas visuais que ajuda na compreensão, evita distrações, promove foco e garante que cada área indique a sua função (FERREIRA, 2016). Alguns aspectos indesejáveis podem ser desconsiderados ou modificados, mas existem situações que indicam mudanças, principalmente na escola comum, por exemplo, uma mesa pequena para um aluno grande ou vice-versa. Outro ponto é deixar a criança sentada no fundo, de onde visualiza todo o grupo e parte para a desorganização. Elementos visuais disponíveis podem favorecer a agitação (excesso de quadros, papéis colados, móbiles, etc.). Não posicionar a criança muito próxima à porta de entrada também é um fator de segurança (FONSECA; CIOLA, 2014). Cada aluno precisa de espaço conforme sua necessidade. Por isso, Morais (2012) explica que: Numa unidade de ensino estruturado podem ser criadas diferentes áreas. Estas vão depender do espaço disponível para o efeito e das necessidades de cada aluno, pois cada unidade deve ir de encontro às necessidades reais dos alunos que as frequentam (MORAIS, 2012, p. 94). As salas devem ter espaço definido para que os alunos coloquem seus objetos pessoais. A mesa do professor, ou seu espaço, deve estar separada na sala para que os alunos saibam onde recorrer quando precisar. 5.3 Rotinas e programação diária A programação é parte da organização das atividades que os alunos com transtornos do espectro autista necessitam. Muitos têm dificuldades com memória 27 sequencial, gerenciamento de tempo, linguagem receptiva e entendimento sobre o que deve fazer. Além de prever qual atividade ocorrerá, a rotina programada auxilia os alunos a se conduzirem de forma independente entre as atividades (transições), informando qual será o próximo passo, resultando em diminuição da ansiedade. Geralmente, existe dois tipos de programação utilizados simultaneamente nas salas. O primeiro tipo é a programação geral da classe e o segundo são os esquemas individuais, denominados “sistemas de trabalho”. A programação individual por aluno (agenda) pode ser indicada visualmente de várias formas, dependendo de como é o sistema comunicativoe o nível de compreensão. Uma agenda pode ser ilustrada com fotos, concretizada com objeto, pictogramas e escritas. (Figura 4). Figura 4 – Modelo de agenda ilustrada para aluno com TEA Fonte: https://shre.ink/mGwq 28 A programação de rotina pode ser disposta sequencialmente de cima para baixo, da esquerda para a direita ou apresentada item a item como códigos representativos (FONSECA; CIOLA, 2014). 5.4 Metodologia do ensino Para Fonseca e Ciola (2014), o professor deve sistematizar e organizar os métodos de ensino com a finalidade de ensinar de forma eficaz. Além de usar gestos, as instruções também podem ser por meio de dicas visuais, tais como apresentar e posicionar materiais em uma sequência, utilizar desenhos e instruções escritas. Organizar o trabalho de maneira uniforme da esquerda para a direita ou de cima para baixo, lhes fornece uma sistemática para completar as tarefas de forma mais independente, sem necessidade de tantas instruções verbais, principalmente, quando está aprendendo uma rotina. Para usar dicas de forma eficaz, o professor deve ser metódico em sua apresentação, ou seja, a orientação deve ser clara consistente e direcionada ao aluno antes que ele responda incorretamente, isto é “aprendizagem sem erro” (FONSECA; CIOLA, 2014). O professor, portanto, pode oferecer ajuda total, usando apoio de mão e aos poucos diminuir esse nível de orientação a ponto que o aluno consiga fazer a tarefa sem ajuda. Sendo assim, a ajuda é gradativamente retirada, passando da ajuda física total até à independência. A vida escolar é especial e todos tem o direito de vivenciar essa experiência. Afinal, é na instituição de ensino que se aprende a conviver em grupo, socializar, trabalhar em equipe e conviver com as diferenças. No âmbito escolar, a criança autista não poderá fazer tudo o que fazia em casa; ela será solicitada a brincar em grupo e manter atividades com objetivos específicos, conforme a orientação dos professores. O desempenho escolar depende muito do nível de acometimento do transtorno. Para crianças com autismo clássico, isto é, aquelas que têm maiores dificuldades de socialização, comprometimento na linguagem e comportamentos repetitivos, fica evidente a necessidade de atenção individualizada (SILVA; REVELES; GAIATO, 2012). 29 Na cartilha dos Direitos das Pessoas com Autismo, elaborada pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo (2011), as pessoas com autismo têm os mesmos direitos, previstos na Constituição Federal de 1988 e outras leis do país, que são garantidos a todas as pessoas. Também tem todos os direitos previstos em leis específicas para pessoas com deficiência (Leis, nº 7.853/89, nº 8.742/93, nº 8.899/94, nº 10.048/2000, nº 10.098/2000), bem como em normas internacionais assinadas pelo Brasil, a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, entre outras). O artigo 54 da Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990, prevê: Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL,1990). Para Aranha (1993), não há dúvidas quanto ao aprendizado do aluno com o TEA; no entanto, é fundamental entender como funciona, pois, as manifestações clínicas estão diretamente relacionadas a esse processo. Isso deve ser feito por meio de antecipação, concretude, associação com os próprios sentimentos, direções visuais, rotinas diárias, comunicações definidas, prática sem erros, repetições e propostas de atividades com começo, meio e fim; instrução clara; manejo de estímulos distratores; monitoramento; ordem nas atividades e repouso; recompensas e resistência; e principalmente simplicidade. O método TEACCH não utiliza o ensino estruturado como uma técnica para organizar o ensino da criança, mas sim como forma de adaptação, para uma melhor compreensão do ambiente e aprendizagem. Conforme Fonseca e Ciola (2014), são vários os benefícios da estrutura do material para as crianças com TEA. O Quadro 2 descreve cada um deles. Quadro 2 – Benefícios da estrutura do material para crianças com TEA Ajuda na organização das dificuldades com memória sequencial e organização do tempo; Orienta a criança a compreender o que o material espera dela; Diminui o nível de ansiedade e, portanto, reduz a possibilidade do aparecimento de comportamentos inadaptados; Define o tempo de dedicação a uma determinada tarefa; 30 Orienta o aluno a trabalhar sem muita interferência do adulto, aumentando a autonomia; Ensina conceitos claros e definidos; Reduz a dificuldade na compreensão de tarefas com muitos elementos; Apresenta os materiais a partir de padrões fixos (em áreas determinadas e direções definidas); Ajuda a aumentar a motivação do aluno perante as atividades acadêmicas; Introduz aspectos pedagógicos compatíveis com a seriação escolar eliminando temas difusos e propostas inadequadas; Potencializa as facilidades visuais da pessoa com autismo aumentando o foco atencional; Oferece consistência e beneficia o processamento cerebral responsável pelas habilidades visuais; Planeja as atividades passo a passo organizando a estrutura da tarefa; Organiza atividades utilizando recursos de baixo custo e fácil execução. Fonte: Adaptado de Fonseca e Ciola (2014) Cabe ao educador ajudar o aluno autista a compreender, organizar as informações; transformar o ilógico em lógico e o “bombardeio sensorial” em algo tolerável. Nesta concepção, a estrutura é a chave para o sucesso (FONSECA; CIOLA, 2014). Fonte: https://shre.ink/mGwp 31 Os sistemas de trabalho utilizados pelo TEACCH são assim denominados, por envolverem um processo de construção de tarefas que incluem selecionar os materiais, localizar a atividade, responder ao que está sendo solicitado, orientação guiada pelo educador, execução visualmente mediada, conceito de fim, dentre outras. (FONSECA; CIOLA, 2014). Desta forma, é classificado em duas grandes categorias, Sistemas de Trabalhos Concretos e Sistemas de Trabalhos Simbólicos (imagens, códigos ou escritos), cada qual com suas características. Para orientar o aluno nas atividades, o material visualmente organizado é dividido em área de armazenamento e de execução. A área de armazenamento é a parte extrema esquerda (ou superior) do material onde se deposita os estímulos móveis que serão transferidos para a parte direita da tarefa ou lugar. (Figuras 5, 6, 7). Figura 5 – Modelo para material da área de alfabetização Fonte: https://shre.ink/mG5R https://shre.ink/mG5R 32 Figura 6 – Modelo para trabalhos com cores Fonte: https://shre.ink/mG59 Figura 7 – Modelo para trabalhos da área de matemática Fonte: https://shre.ink/mG51 https://shre.ink/mG59 33 6 MÉTODO PECS Fonte: https://shre.ink/mG5e Segundo Pereira (2011, p. 55), “o método PECS (Picture Exchange Communication System), ou seja, sistema de comunicação através da troca de figuras”. Foi desenvolvido no ano de 1985 como um sistema de intervenção aumentativa/alternativa de comunicação exclusivo para pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA) e doenças relacionadas. Esse método usado pela primeira vez no Delaware Autistic Program, ganhando reconhecimento mundial por concentrar nos primeiros estágios da comunicação, não requer materiais complexos ou caros. Foi criado pensando em educadores, famílias e cuidadores, por isso é facilmente utilizado em uma variedade de situações (NAZARI GOMES; NAZARI JULIANO; GOMES, 2011). 6.1 As seis fases do PECS Conforme Nazari Gomes; Nazari Juliano e Gomes (2011), O PECS é dividido em seis fases. No seguinte quadro apresentam-se as características de cada fase. 34 Quadro3 – Fases do PECS PRIMEIRA FASE Ensina os educandos a se comunicarem desde o início mediante a troca de uma figura por um item desejado. SEGUNDA FASE Os alunos aprendem a serem comunicadores persistentes, buscando ativamente as figuras e se dirigindo às pessoas para fazerem a solicitação. TERCEIRA FASE Educa a reconhecer diferentes figuras e escolher a que melhor representa o objeto que eles estão procurando. QUARTA FASE Ensina a usar uma estrutura na frase para fazer um pedido na forma de “Eu quero”. QUINTA FASE Instrui responderem à pergunta “O que você quer? ”. SEXTA FASE Incentiva a comentar sobre o ambiente deles, tanto espontaneamente quanto em resposta a uma pergunta. Expandindo o vocabulário, os alunos são instruídos a utilizarem atributos, como cores, formas e tamanhos, em suas solicitações. Fonte: Adaptado de Nazari G.; Nazari, J.; Gomes (2011) Fase 1 - Como se comunicar Para Manzini (2019) essa é a fase de iniciação do PECS, onde requer geralmente duas pessoas, professores ou membros da família para trabalharem com a criança. O primeiro adulto deverá estar à frente da criança e manter o contato visual, objetivando que ela se dirija a ele na maioria das vezes. O papel do segundo adulto é permanecer atrás da criança e ajudá-la fisicamente para alcançar a figura desejada e entregar para o primeiro adulto. Quando o primeiro adulto recebe a figura imediatamente o item solicitado pela criança é reforçado verbalmente (“Oh! Você quer o cachorro! ”). Logo, o auxílio físico do segundo adulto deve ser retirado até a criança conseguir trocar de forma independente a figura pelo item. 35 Fonte: https://shre.ink/mG5r Nessa fase o objetivo é que a criança inicie a comunicação e seja espontânea. Pais e profissionais devem resistir ao impulso - “O que você quer? ” Ou outros alertas verbais. Fase 2 - Distância e persistência Usando ainda uma única figura, os alunos aprendem a generalizar esta nova habilidade da fase anterior e usá-la em diversos contextos sociais, com pessoas diferentes e distâncias variadas, eles aprendem a serem comunicadores persistentes. Manzini (2019) explica que “a ação nessa fase é a criança usar a troca para receber o item desejado percorrendo uma distância e entregar a figura a um parceiro de comunicação (por exemplo, a professora/ distância na sala de aula)” (MANZINI, 2019, p. 26). Fase 3 - Discriminação de figuras Os alunos aprendem a escolher entre duas ou mais figuras para pedir seus itens favoritos. Estes são colocados em uma pasta de comunicação com tiras de Velcro ®, onde as figuras são armazenadas e facilmente removidas para a comunicação (MANZINI, 2019). 36 Nessa fase a criança passa discriminar o número de artigos em uma placa, fazendo escolhas a respeito do item. O profissional ou pais, perguntam: “o que você quer fazer?”. Apontando a placa, mas esta pergunta deverá ser encerrada rapidamente assim que a criança conseguir de forma espontânea fazer suas escolhas tão bem quanto responder uma pergunta. Deve-se iniciar esta fase com uma disposição pequena, geralmente 2 artigos. Quando a criança estiver mais segura para escolher o item de seu desejo, o terceiro deve ser adicionado e assim por diante até que a criança consiga encontrar um item de seu desejo dentro de uma disposição com várias figuras (6 em cada placa). (Figura 8). Figura 8 – Placa para escolha de item Fonte: https://shre.ink/mGH0 Fase 4 - Estrutura de sentença Segundo Manzini (2019), os alunos aprendem a construir frases simples em uma tira de sentença usando o ícone "Eu quero", seguido por uma figura do item que está sendo solicitado. Nessa fase, a criança consegue com facilidade fazer um pedido para uma variedade de artigos, pessoas e locais. 37 As duas figuras deverão ser unidas a uma tira da sentença e a tira inteira será entregue a outra pessoa a qual a criança está comunicando, essa, por sua vez, deverá entregar o item solicitado. Fase 5 - Respondendo a perguntas Os alunos aprendem a usar PECS para responder à pergunta: "O que você quer?". Nessa e a última fase ocorrem ao mesmo tempo, onde é focalizada extensão diferente da habilidade da criança pela troca do item. Os adjetivos podem ser adicionados ao repertório da criança para ajudar que seu pedido se torne mais refinado, onde as solicitações e as respostam são espontâneas (MANZINI, 2019). Exemplo: • Quero 3 balas vermelhas; • Quero o tênis branco e azul; • Quero macarrão com queijo; Fase 6 - Comentando Conforme Manzini (2019), nessa fase, os alunos aprendem a comentar em resposta a perguntas como: "O que você vê?", "O que você ouve?" e "O que é isso?". Eles aprendem a compor sentenças começando com "Eu vejo", "Eu ouço", "Eu sinto", "É um", etc. A criança é ensinada a comentar os elementos do ambiente que vive. Para Kovalti (2003), o método mais popular de comunicação com pessoas autistas é o PECS, que pode ser usado desde a infância. Outra vantagem desse método é o custo-benefício e a simplicidade dos materiais utilizados. Nessa mesma perspectiva, Oliveira (2016), sinaliza que: O ensino na educação especial deve ter como um de seus objetivos o planejamento de condições motivacionais que facilitem a aprendizagem de mandos espontâneos pelos indivíduos com dificuldade de comunicação e o PECS pode ser um instrumento ativo para maximizar tal planejamento em alguns casos podendo, inclusive, influenciar no desenvolvimento posterior da fala, por exemplo (OLIVEIRA; JESUS, 2016, p. 25). Quando utilizado de maneira correta, o PECS registra evolução na comunicação em crianças que não desenvolveram a fala e organização da linguagem verbal para as que já falam (KOVALTI, 2003). 38 7 MÉTODO PADOVAN DE REORGANIZAÇÃO NEUROFUNCIONAL Fonte: https://shre.ink/mGHQ Os estudos de Neto (2016), sobre o Método Padovan “foi desenvolvido por Beatriz Padovan para fins terapêuticos a fim de recapitular as fases do neurodesenvolvimento, como estratégica para habilitar e/ou reabilitar o sistema nervoso” (NETO, 2016, p.18). Em relação à Neurodesenvolvimento, Nazari, G.; Nazari, J. e Gomes (2011) acrescentam que: A Organização Neurológica é um processo dinâmico e complexo, mas natural, que leva à uma maturação do Sistema Nervoso Central, tornando o indivíduo apto a cumprir o seu potencial genético, ou seja, pronto para adquirir todas as suas capacidades, incluindo a locomoção, a linguagem e o pensamento (NAZARI GOMES; NAZARI JULIANO; GOMES, 2011, p.8). O Método Padovan é direcionado à recapitulação do processo de aquisição do Andar (processo motor complexo, que move o indivíduo da posição horizontal à posição vertical e resulta na definição da lateralidade), a habilidade de Falar (meio de comunicação que surge do processo de orientação do ser humano no espaço, ou seja do desenvolvimento do andar) e a capacidade de Pensar (processo mental desenvolvido a partir da linguagem) de forma dinâmica, estimulando a maturação do Sistema Nervoso, analisando o indivíduo como um ser holístico, sobre o qual não recaí atenção na dificuldade. 39 7.1 Objetivos do Método Padovan O Método é utilizado para recuperar funções perdidas, nunca adquiridas, ou ainda para preparar o organismo para obter funções e capacidades as quais tem potencial, mas por falta de estímulos ou por outro motivo, não teve a oportunidade de manifestar, o método age de forma estratégica para habilitar e reabilitar o Sistema Nervoso, impulsionando o desenvolvimento em casos de atraso, alterações, perda de funções após um acidente, melhorando a qualidade de funcionamento e integração do Sistema Nervoso. Santos et al. (2017), explicam sobre o ritmo dos movimentos na terapia, afirmando que: O ritmo na realização do movimento varia de acordo coma queixa do paciente. Os movimentos são realizados concomitantemente com a recitação, pelo terapeuta, de poemas curtos, médios e longos num ritmo sincronizado com a atividade motora (SANTOS et al., 2017, p. 116). Respeitando a sequência evolutiva da natureza do ser humano, o objetivo do Método Padovan é tornar o indivíduo capaz de cumprir o seu potencial genético e adquirir todas as suas capacidades, tais como, locomoção, linguagem e pensamento. Nesse sentido, os autores explicam que a terapia deste método “é aplicada em distúrbios de fala e linguagem, retardo no desenvolvimento neuropsicomotor; reabilitação neuromotora, síndromes genéticas, entre outros” (SANTOS et al., 2017, p. 116). 7.2 Intervenção do Método Padovan Esse método pode ser aplicado em todas as faixas etárias, com ótimos resultados, mesmo sem a colaboração do indivíduo, uma vez que independentemente do estado motor, de linguagem e pensamento é possível concretizar toda a estimulação. “A terapia pode ser realizada em ambiente hospitalar, domiciliar e ambulatorial, para pacientes de qualquer idade, desde o neonato até o idoso” (SANTOS et al., 2017, p. 116). Sua contribuição é notória para tratamentos com crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), pois ajuda na superação de suas dificuldades a partir da estimulação dos movimentos naturais. “As funções reflexo – vegetativas orais, que 40 também são estimuladas na terapia Padovan, são quatro: sugar, mastigar, respirar e deglutir”. (COSTA, 2010, p.21). Para a concretização das sessões é necessária uma análise inicial que envolve a avaliação neurofuncional, podendo ser aplicado como método reabilitativo, preventivo ou de manutenção do sistema nervoso. “Utilizando o Método Padovan, nós estaremos fortalecendo o sistema nervoso como um todo e consequentemente, promovendo o equilíbrio entre todos os sentidos” (COSTA, 2010, p.21). 41 8 REFERÊNCIA BIBLIOGRAFIA ARANHA, M. S. L. F. A interação social e o desenvolvimento humano. Temas em Psicologia, 3, 19-28, 1993. BECKER, M. M.; RIESGO, R. S. Aspectos neurobiológicos dos transtornos do espectro autista. In: ROTTA, N. 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