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Laryssa Lopes – MED XX UESC A avaliação semiológica da coluna necessita ser precedida de uma anamnese detalhada quanto ao padrão de dor - padrão de irradiação da dor e parestesias associadas possuem grande valor localizatório para radiculopatias cervicais e lombares. Deve-se descartar envolvimento de outras estruturas que possam mimetizar dores provenientes da coluna: 1. doenças do ombro e cintura escapular, simulando doenças da coluna cervical. 2. Doenças da articulação sacroilíaca e coxofemoral podem simular doenças da coluna lombar; todos esses locais acometidos podem causar dor lombar com irradiação para as nádegas e coxa. • Ordem: 1. Inspeção da coluna: Importante para avaliar deformidades, sinais traumáticos, desvios laterais (escoliose) e antero- posteriores (cifose – lordose) que podem ser causa ou consequência da dor (postura antálgica adotada). 2. Palpação da coluna: Importante avaliar pontos dolorosos, que podem indicar acometimento da vértebra correspondente, contraturas musculares, adenomegalias (cervical) ou massas. 3. Movimentação passiva e ativa (pescoço, braços e pernas) – avaliar amplitude de movimentos e reprodução da dor. Dor ou limitação de movimento em alguma articulação deve levantar a suspeita de dor não radicular 4. Exame detalhado de força, sensibilidade (atenção para a distribuição dos dermátomos) e reflexo. 5. Manobras especiais Coluna Cervical – Manobra de Spurling: dor irradiada ou parestesia com a extensão da cabeça e rotação leve da mesma (reprodução da dor radicular). Teste específico, porém pouco sensível. – Teste de compressão: compressão progressiva da cabeça pode ocasionar um aumento da dor cervical, devido ao estreitamento foraminal. ( similar Spurling) – Teste de tração: promove um alívio da sintomatologia dolorosa, por consequente aumento do diâmetro foraminal. – Teste de Valsalva: ocasiona um aumento da pressão; auxílio diagnóstico nas lesões expansivas ou pode ser associada às manobras acima para sensibilizá- las. – Sinal de Lhermitte: sensação de choque descendente com parestesias em mãos e/ou pernas durante a flexão cervical forçada, sugestivo de mielopatia. – Manobra de Adson: palpação do pulso radial com o cotovelo estendido faz-se a abdução, extensão e rotação externa do membro superior, após realiza-se inspiração profunda com rotação ipsilateral do pescoço. A diminuição/ausência do pulso Exame Físico da Coluna caracteriza um teste positivo, sugestivo de síndrome do desfiladeiro torácico. Coluna Lombar – Sinal de Lasègue (teste de elevação da perna estendida):. Normalmente ocorre dor entre 30 e 70º, abaixo de 30º deve levantar a suspeita de somatização e acima de 70º a dor é comum e sem significado clínico. A perna reta elevada geralmente tensiona as raízes de L5 e S1, mais comumente envolvidas na hérnia de disco lombar. – Sinal de Fajersztajn: representa a reprodução da dor ciática na perna acometida ao se pesquisar o sinal de Lasègue na perna contralateral. Muito sugestivo de radiculopatia. – Manobra de Patrick:. O aumento ou reprodução da dor lombar é sugestivo de acometimento da articulação sacroilíaca. – Teste de Volkmann: na compressão concomitante das cristas ilíacas ântero-superiores com o paciente em decúbito dorsal, promove sobrecarga sobre as articulações sacroilíacas, e o paciente se queixa de dor. O aumento ou reprodução da dor lombar é sugestivo de acometimento da articulação sacro- ilíaca. – Sinal do Psoas: com paciente em decúbito lateral, de costas para o examinador, se segura o quadril e estende a perna superior. Se dor, o sinal é positivo e indica de irritação do grupo iliopsoas dos flexores do quadril no abdômen. Essa mesma manobra também é conhecida como estiramento femoral, teste de Ely ou teste de elevação da perna estendida reverso e pode reproduzir a dor radicular em hérnias lombares altas.
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