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Laryssa Lopes – MED XX UESC • Epidemiologia →HIV ≠ AIDS: HIV é o agente etiológico da AIDS Alvo Viral HIV: mata o linfócito TCD4: maestro da imunidade – infecções e neoplasias oportunistas; → OMS: estima que 32 milhões de adultos e 3,2 milhões de crianças viviam infectados pelo HIV ao final de 2013; → Pessoa que tem HIV vide expectativa de vida normal; não transmite vírus se tiver o tratamento. Pode ter filho natural (PVHIV - não se usa mais soropositivo); → Quanto maior a carga viral (-) a contagem de CD4; → Ativação imune crônica: Envelhecimento Precoce – aterosclerose/neoplasias/etc; → Ambulatório do HIV: cuidar de uma pessoa crônica. • Fatores de Risco → globalmente a maioria das infecções ocorre por contatos heterossexuais; → uso de drogas ilícitas; → Em crianças, na maioria das vezes a transmissão se dá a partir da mãe infectada durante a gestação, o parto ou a amamentação - redução: instituição da terapia antirretroviral (TARV) administrada às mulheres infectadas pelo HIV ou com AIDS durante a gestação. • Transmissão → secreções sexuais → sanguíneas → vertical → ocupacional • Vírus - Retrovírus: RNA fita simples; - Altamente mutagênico; - HIV tipo I e II (tipo I que predomina do mundo) - Enzimas Replicativas. -Envelope lipoproteico: estrutura parecida com a membrana das células, permitindo que o vírus se funda com a membrana plasmática • Ciclo Viral 1. ligação de glicoproteínas virais (gp120) ao receptor específico da superfície celular (principalmente linfócitos T-CD4) - CCR5 e CXCR4 receptores; - fusão do envelope do vírus com a membrana; 2. liberação do "core" do vírus para o citoplasma da célula hospedeira; 3. Transcriptase Reversa : transcrição do RNA viral em DNA complementar 4. Enzima Integrase: integra DNA viral no genoma humano (provírus); 5. Produzidas proteínas do vírus – so que essas proteínas em si precisam ser juntadas para montar a partícula viral – Enzima Protease: processamento viral das proteínas, transformando-as em partícula viral 6. proteínas virais produzidas regulam a síntese de novos genomas virais, e formam a estrutura externa de outros vírus que serão liberados pela célula hospedeira; 7. o vírion recém-formado é liberado para o meio circundante da célula hospedeira, podendo permanecer no fluído extracelular, ou infectar novas células. • História Natural do HIV no corpo humano Primeiro contato: não tem imunidade específica nem inespecífica. → a carga viral atinge grandes níveis (curva azul) + Contagem de CD4 cai (por volta de 300 células) Síndrome da Imunodeficiência Adquirida → pessoa já fica suscetível a infecções; → FASE AGUDA: Quando existe manifestação o indivíduo apresenta Síndrome de Mononucleose infecciosa; Resposta Imune Específica: cerca de 30 dias após o primeiro contato; → a janela imunológica dos testes tem que ser em cerca de 30d; → Contagem de CD4 aumenta. Set point Viral – carga viral de equilíbrio: → carga viral que aparece depois do surgimento da resposta imune – grande determinante da evolução da doença; → + set point + inflamação → Surgimento de uma coexistência pacífica: - Fase assintomática – CD4 vai caindo (onde ocorre maior parte das infecções) – Linfadenopatia Generalizada Persistente. - Fase especificamente Sintomática: CD4 < 200 - Presença de doenças oportunistas SEM TRATAMENTO: em média sobrevida de 10 anos. • AIDS Critérios Diagnósticos: Infecção por HIV + CD4 < 200 ou alguma doença definidora. Quais são essas doenças: 1. Fungos - Candidíase de lugar estranho - PCP 2. Tb Extrapulmonar 3. Virus - Citomegalovírus (exceto fígado, baço, linfo) 4. Neoplasia - CA cervical invasivo - Kaposi (década de 90) - Linfoma não – Hodgkin 5. Protozoários - Neuro toxoplasmose - Chagas aguda • Diagnóstico - Sorologia (teste imunológico) - Fluxograma Padrão Ouro: 2 amostras. MS: pede para fazer carga viral - Vírus propriamente dito <18 meses (PCR – alto custo quando comparado a sorologia) – 2 cargas Virais - Teste rápido: 30 min + teste rápido 2 – diferentes fabricantes – alta sensibilidade • Tratamento - Terapia combinada: sentença de vida – qualidade; saúde, filhos de maneira natural; - TARV não é emergência médica– ex: acidente ocupacional/ violência sexual – Tratamento de uso contínuo - Mínimo 3 drogas - Indicado para toda PVHIV Objetivo: carga viral indetectável – não evolui pra fase AIDS Farmacologia: age nas enzimas do ciclo viral - Inibidores de transcriptase reversa; Tenofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) - Inibidores de Integrase: Dolutegravir (DTG) - Inibidor de Protease: Atazanavir com ritonavir (ATV/r) Obs.: falha imunológica e falha terapêutica • Profilaxia Pós – Exposição Entender o acidente: tem até 3 dias ora implementar remédio e impedir que o vírus se alastre; - Material Infectante: sangue, fluido genital... - Acidentes de Risco: mucoso, pele não integra Fonte e Exposto - Teste rápido; - Exposto (+) ou fonte (-): não faz profilaxia - Exposto (-) e fonte (+) ou desconhecida: profilaxia por 28 dias • Prevenção e Controle → promoção do uso de preservativos; → promoção do uso de agulhas e seringas esterilizadas ou descartáveis; → controle do sangue e derivados → adoção de cuidados na exposição ocupacional a material biológico e o manejo adequado das outras DST. • Infecções oportunistas do HIV As doenças oportunistas associadas à aids são várias, podendo ser causadas por vírus, bactérias, protozoários, fungos e certas neoplasias: ● Vírus: Citomegalovirose, Herpes simples, Leucoencafalopatia Multifocal Progressiva. ● Bactérias: Micobacterioses (tuberculose e complexo Mycobacterium aviumintracellulare), Pneumonias (S. pneumoniae), Salmonelose. ● Fungos: Pneumocistose, Candidíase, Criptococose, Histoplasmose. ● Protozoários: Toxoplasmose, Criptosporidiose, Isosporíase. ● Neoplasias: sarcoma de Kaposi, linfomas não-Hodgkin, neoplasias intra-epiteliais anal e cervical. 1. Monilíase Oral → causada pelos fungos do gênero Candida, → unicelular pequenos → candidíase orofaríngea é um dos primeiros sinais clínicos da AIDS → acomete 50 a 95% dos indivíduos infectados pelo vírus HIV → Vários fatores predispõem à candidíase oral, como extremos de idade, uso de próteses dentárias, tabagismo, alterações salivares, hormonais, nutricionais e imunológicas. → frequente em pacientes imunodeprimidos (HIV/Aids, transplantados, oncológicos e aqueles em uso de drogas imunossupressoras), com uso prévio de antibióticos, próteses dentárias, corticosteroides por via inalatória e com xerostomia. → Nos pacientes com HIV/Aids está associada com à progressão da doença, sendo um forte indicador de queda da contagem de linfócitos T CD4+. As principais formas são: 1. PSEUDOMEMBRANOSA (“SAPINHO”): forma placas esbranquiçadas removíveis sobre base eritematosa na cavidade oral, palatos mole e duro, tonsilas e faringe. 2. ERITEMATOSA OU ATRÓFICA (a): é mais rara, crônica, com lesões ulcerada eritematosa na superfície da mucosa. 3. HIPERPLÁSICA (b): hipertrófica, há lesões esbranquiçadas não removíveis, nas porções inferiores da língua, palato e mucosa oral. 4. QUEILITE ANGULAR (c): apresenta fissura eritematosas e dolorosas nos cantos da boca. O tratamento se baseia por via tópica (local) ou sistêmica (endovenoso ou via oral). → A persistência de cendidíase ou recorrência, nos pacientes imunodeprimidos é multifatorial, podendo significar falha do tratamento por emergência de resistência às drogas antifúngicas, diminuição da absorção intestinal, interação medicamentosae/ou piora da função imunológica. 2. PNEUMOCISTOSE: causada pelo fungo Pneumocystis jiroveci. A infecçãoinicial ocorre durante a infânciae suas manifestações aparecem após a reativação devido a imunossupressão pelo HIV. Clinicamente, há acometimento pulmonar com evolução subaguda, dispneia de início insidioso, tosse seca e desconforto torácico que pioram agressivamente e, na ausência de tratamento, evoluem para insuficiência respiratória aguda grave. Paciente apresenta-se dispneico, ausculta normal, com hipóxia e raramente, manifestações extrapulmonares. USO DO SULFAMETAZOL-TRIMETROPRIM (BACTRIM): A associação sulfametoxazol+trimetoprima contém dois componentes ativos agindo sinergicamente pelo bloqueio sequencial de duas enzimas que catalisam estágios sucessivos da biossíntese do ácido folínico no microrganismo. Este mecanismo habitualmente resulta em atividade bactericida. As substâncias individualmente são apenas bacteriostáticas. Por causa de seu mecanismo de ação, o risco de resistência bacteriana é minimizado. Distribui-se amplamente em tecidos e líquidos e atravessa a placenta com facilidade. Sua união às proteínas é variável, competindo com a bilirrubina pela união à albumina. Somente tem atividade antibacteriana o medicamento livre, não unido. Metaboliza-se no fígado, principalmente por acetilação a metabólitos inativos que retêm a toxicidade do produto original. Elimina-se por via renal por filtração glomerular com secreção tubular e reabsorção do produto ativo e dos metabólitos. Os efeitos colaterais do Bactrim podem ser náusea, vômitos, reacções alérgicas, infecções fúngicas ou hepatite. Bactrim está contraindicado para indivíduos com problemas a nível do parênquima hepático, insuficiência renal, indivíduos alérgicos a um dos componentes da fórmula, e crianças com menos de 6 meses de idade. Os outros 2 medicamentos são usados para os seguintes aspectos: a codeína (opioide) para o controle da tosse seca e a Dipirona (analgésico, antitérmico e antipirético) para o tratamento da febre. OBS: antipirético é um medicamento que reduz a temperatura do corpo até seu valor normal, já o antitérmico é um medicamento que combate a febre.
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