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Infecções Virais

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HKB
Entrada no organismo
Infecção no sítio primário
Ativação da resposta imune inata
Incubação: o vírus é amplificado e
pode-se disseminar para um sítio
secundário.
Replicação no tecido alvo -
manifestações clínicas da doença.
Resposta imune
Fase do contágio
Resolução da infecção ou infecção
persistente.
Etapas da Infecção
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
Condições necessárias para o vírus
-Carga viral suficiente
-Penetrar pela via do hospedeiro a qual
possui tropismo celular
-Realizar replicação primária em tecidos
próximos à entrada
-Escapar dos mecanismos naturais de
defesa do organismo
-Disseminar-se para os tecidos alvo.
Heloá Kapor 
Vírus, são parasitas intracelulares obrigatórios, que atravessam, as barreiras de
proteção do corpo e causam doenças ao matar células de um tecido importante,
desencadear resposta imune e inflamatória destrutiva.
M
icrobiologia M
édica - M
urray
Infecções Virais
-Replicação eficiente nos tecidos e órgãos-alvos
-Efeito citopático: produzir ou não injúria tecidual
Mecanismos de citopatogênese viral
M
ic
ro
bi
ol
og
ia
 M
éd
ic
a 
- M
ur
ra
y
Epidemiologia viral
-Mecanismos de transmissão: aerossóis, alimentos, água, fômites, secreções, contato
sexual, parto, transplantes, zoonoses e genética.
-Promoção da transmissão: estabilidade do viron no meio ambiente, replicação e
secreção do vírus em aerossóis e secreções, transmissão assintomática ou
transitoriedade e ineficácia da resposta imune para controle da recorrência.
-Fatores de risco: idade, estado imune, profissão, viagens, estilo de vida, ambientes de
convivência social, tamanho da comunidade que habita e atividade sexual.
-Distribuição geográfica: presença de cofatores ou vetores no meio ambiente, habitat
e estação propício aos vetores ou a reclusão e aglomeração em ambientes fechados.
-Modo de controle: quarentena, eliminação do vetor, imunização, vacinação e
tratamento.
Principais tecidos alvos das doenças virais
HKB
Heloá Kapor 
Microbiologia Médica - Murray
HKB
Heloá Kapor 
O trato respiratório e a orofaringe são os locais onde mais ocorrem infecções e
doenças virais, e podem infectar o pulmão e disseminar pelo corpo.
As mais frequentes são: faringoamigdalites, otites, sinusites, pneumonias, resfriados,
gripes, bronquiolite viral aguda, rinovírus, adenovírus, coronavírus, parainfluenza,
influenza e sincicial respiratório.
Infecções respiratórias agudas
M
icrobiologia M
édica - M
urray
Causa a gripe verdadeira, enfermidade respiratória mais importante das doenças
epidêmicas
Características
*Família: Orthomyxoviridae
*Gêneros:
 -Influenza vírus A (aves, suínos, equinos e humanos)
 -Influenza vírus B (humanos)
 -Influenza vírus C (humanos e suínos)
*Tipos: A/HnNn - no qual n é o número da glicoproteína.
Influenzavírus - Gripe
Pneumologia.med
texto
*Viron: esférico, pleomórfico e com nucleocopasídeo helicoidal
*Composição: RNA, proteínas, lipídeos e carboidratos
*Proteínas: nove proteínas estruturais e uma não estrutural
Genoma
RNA de fita simples, segmentado, de sentido negativo, os segmentos não idênticos
codificam genes diferentes.
Carregam a RNA polimerase viral que transcreve RNA - em +
Rearranjo genético é comum entre os membros do mesmo gênero.
Envelope
-Hemaglutinina viral (HA) : ligação ao receptor celular
 -Neuroaminidase (NA): cliva o ácido neuramínico, presente no muco, permitindo a
entrada e liberação dos novos vírions.
-Glicoproteínas mudam de antigenicidade, nos humanos temos 3 tipos de
hemaglutininas e 2 de neuraminidades
HKB
Heloá Kapor 
Replicação
Transcrição nuclear, na qual a região 5'
do RNA celular funciona como molde e
ocorre maturação das partículas por
brotamento da membrana plasmática.
-O reconhecimento e ataque às células do
hospedeiro, é realizado através das
hemaglutininas.
-As HA reconhecem os resíduos de
ácidos siálicos nas glicoproteínas nas 
membranas das células do hospedeiro e induzem a fusão e incorporação destas no
envelope viral.
´-O RNA é liberado no interior da célula e, pode ser internalizado no núcleo celular.
-Produção de novas moléculas de proteínas e RNA virais.
-A liberação de novas partículas virais ocorre pela lisa das células infectadas, por
meio da ação das neuroaminidases.
-As novas cópias do vírus infectam outras células.
Transmissão
Quando falamos do vírus sazonal sua transmissão ocorre de 2 a 5 dias após o início
dos sintomas. Já, no caso da pandemia por H1N1, a transmissão ocorre de 1 dia antes
até 7 dias depois do início dos sintomas.
-Direta: ocorre de pessoa a pessoa por meio de gotículas o aerossóis, nos quais os
vírus permanecem viáveis por várias horas.
-Indireta: objetos contaminados, nos quais os vírus permanecem viáveis por até 4h.
Patogênese
-Tropismo por epitélio respiratório
-Lesão primária no epitélio ciliado
-Destruição celular
-Descamação da mucosa superficial
HKB
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
*Febre acima de 38º
*Tosse
*Dispneia, acompanhada ou não de:
-aumento da frequência respiratória
-hipotensão
-em crianças: batimentos de asa de nariz, cianose, triagem intercostal e desidratação.
*Exames:
-alterações laboratoriais: leucocitose e linfocitose
-raio X de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso.
*Grupo de risco: imunodepressão, doenças respiratórias crônicas, neurológicas e
cardiovasculares, idade inferior a 2 anos e superior a 60 anos e gestação.
Complicações
-Pneumonia: viral primária, bacteriana associada ou bacteriana pós infecção.
-Otite média, sinusite ou exacerbação de asma.
Heloá Kapor 
Diagnóstico laboratorial
Amostra de secreção da
nasofaringe, colhido de
preferência nos primeiros 3
dias do aparecimentos de
sinais e sintomas.
-Teste rápido de antigênico
-PCR em tempo real
-Imunofluorescência
-Isolamento viral
Sintomas
-Febre acima de 39º, calafrios,
tremores, descarga nasal, espirros,
tosse e rouquidão
-Dores de cabeça, garganta e
muscular, fraqueza e cansaço
*Duração: 1 a 4 dias
*Tipo A: quadros mais graves
*Mortalidade: crianças menores de
10 anos e idosos.
Tratamento
Inibidores de neuraminidase são altamente eficazes, com menos efeitos colaterais e
menor tendência a resistência. 
Ex: oseltamivir - tipos A e B
Prevenção: Vacinas
Vacinas com vírus inativados contra Influenza A e B
*Preparadas em ovos
*Purificadas contendo somente H.
 -Trivalente (pública): A(H3N2 e H1N1) e B (Victória)
 -Tetravalente (privada): A(H3N2 e H1N1) e B (Victória e Yagamata)
*Anualmente revisadas para incluir amostras circulantes no mundo.
tropical é predominante no outono e no inverno,
Envelope
Envelopados com subtipos A e B
-A proteína G foi identificada como a responsável pela adesão do vírus à célula
hospedeira.
-A proteína F é responsável pela fusão, penetração e formação de sincícios, que
causam os efeitos citopáticos do vírus. Forma células gigantes, multinucleadas,
denominadas de sincícios.
Replicação viral
-A partícula viral infectante funde-se com a membrana plasmática e libera o 
HKB
A família paraxymoviridae, inclui os vírus dos sarampo, parainfluenza, caxumba,
sincicial respiratório e metapneumovírus. Mas, o mais importante para o estudo
atual, é o sincicial respiratório.
Características
*Vírus: Sincicial Respiratório
*Família: Paraxymoviridae
*Sub-família: Pneumovirinae
*Gênero: Pneumovirus - VSR
*Genoma: RNA fita simples - e não segmentado
*Período de incubação: 3 a 5 dias
*Distribuição sazonal: em climas temperados ele é
predominante no inverno e na primavera e em climas
Heloá Kapor 
Paramyxoviridae - Bronquiolites
Repositório Unesp
nucleocapsídeo viral no citoplasma
-Transcrição e replicação do genoma
-Transporte das proteínas virais recém-
sintetizadas para a membrana plasmática.
-A progênie de virions é liberada da célula
por um processo de brotamento
-O ciclo completo de replicação do
paramixovírus ocorre no citoplasma.
HKB
Mecanismos patológicos
O vírus causa infecção localizada no trato respiratório e não provoca viremia ou
disseminação sistêmica.
-A resposta imune do hospedeiro pode gerar bronquiolite (inflamação do brônquio).
-Asvias aéreas dos bebês são mais estreitas e, dessa forma, são facilmente obstruídas
pelos efeitos patológicos da infecção do vírus.
-Os anticorpos maternos protegem o bebê da infecção.
-A infecção natural não previne reinfecção.
Transmissão
O vírus sincicial respiratório se mantém viável em gotículas e aerossóis, e penetra no
corpo humano através das membranas dos olhos, nariz e boca.
-Período de incubação: 2 a 8 dias.
-Replicação viral intensa na nasofaringe, no início da doença.
Bronquiolite Viral Aguda
Infecção respiratória aguda, de etiologia viral, que compromete as vias aéreas de
pequeno calibre, através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro
obstrutivo com graus variados de intensidade
-Prematuros, crianças cardiopatas e portadores de doença pulmonar crônica,
necessitam de maior atenção.
-É a principal causa de internações em lactentes previamente hígidos.
-Adultos: quadro semelhante a um resfriado
Quadro clínico
*Nos primeiros 2 a 4 dias o quadro é inespecífico, com febre, coriza, perda de apetite,
irritabilidade e tosse.
*Até o 7º dia ocorre uma piora progressiva com sibilos, dispneia e taquipneia,
Epidemiologia
*33,8 milhões de novos episódios anuais de infecção respiratória no trato inferior em
crianças menores de 5 anos de idade.
*Aproximadamente, 100.000 óbitos anuais.
Heloá Kapor 
Teste de imunoflorescência demonstrando VSR;
Diagnóstico Clínico
A identificação do vírus é um fator diagnóstico de
grande importância, mas raramente está
disponível.
-Imunofluorescência da secreção nasal
-ELISA
-PCR
Tratamento
O tratamento que será feito, depende da gravidade da doença, sendo que 1 a 2% dos
casos em menores de 1 ano, requerem hospitalização.
-Palivazumabe é o anticorpo monoclonal que previne as formas graves de infecção
pelo VSR em bebês de alto risco, mas é um tratamento caro.
-Quadros leves a moderados: podem ser tratados no domicílio, se houver garantia de
boa hidratação, controle de febre e observação pela equipe médica.
-O principal tratamento para BVA é o oxigênio.
é sintetizado a partir do RNA+, e é transcrito e replicado, fornecendo mRNA virais e
novos genomas de ssRNA+.
4. Biossíntese: síntese de proteínas estruturais codificadas pelos mRNAs
5. Montagem e brotamento: nas membranas do retículo endoplasmático, nos
compartimentos intermediários e complexo de Golgi.
6. Liberação de novos virions por exocitose.
Transmissão
*Gotículas: contato da saliva do infectado com a mucosa suscetível
*Perdigotos: pode ocorrer através do contato das mãos com saliva contaminada que
depois é levada à mucosa oral e nasal.
Manifestações clínicas
*Quadro leve: sintomas inespecíficos, como um resfriado e com febre.
*Quadro moderado: dispneia, saturação de O2 menor que 95% , exacerbação dos
sintomas iniciais ou apresentar fatores de risco
*Quadro grave: choque, disfunção dos órgãos vitais, insuficiência respiratória ou
instabilidade hemodinâmica.
HKB
Heloá Kapor 
Os Coronavírus são um grupo de vírus, pertencentes à família Coronaviridae, que
infectam principalmente o trato respiratório superior em seres humanos, em animais
pode causar lesões nos sistemas respiratório, hepático, gastrointestinal e neurológico.
Possui os gêneros Alpha, Beta, Delta e Gama, e cada gênero inclui muitos vírus que
causam doenças no homem ou em animais. Para o estudo atual, focaremos no Beta.
Coroniviridae - Covid-19
P
rof Igor R
app
Características
*Vírus: Sars-CoV2
*Gênero: Betacoronavírus
*Envelope: esférico com proteínas M, HE, E e S.
Genoma
RNA de fita simples + e não segmentado
-Com RNA polimerase
-Associado à proteína N para formação de nucleocapsídeo.
Tropismo
Receptores de ECA2 e ácido siálico, proteínas de membrana expressa em células nos
rins, coração, trato gastrointestinal. vasos sanguíneos e células alveolares AT2
pulmonares.
Replicação
1.Adsorção: a ligação das
proteínas spike viral e HE aos
receptores da célula
hospedeira medeiam a
endocitose do vírus.
2. Desnudamento: o genoma é
liberado no citoplasma.
3. A replicação ocorre no
citoplasma: um genoma de RNA
HKB
Heloá Kapor 
Obs: a maioria dos casos de síndrome respiratória aguda grave por Coronavírus,
evoluem para pneumonia.
Diagnóstico
Avaliação clínica do paciente e identificação do
vírus (amostra de sangue, fezes ou secreções)
-PCR em tempo real
-Sorologia: IgM, IgA ou IgG
-Pesquisa de antígenos
-Sequenciamento completo do genoma viral
-Raio X ou tomografia do pulmão em busca do aspecto de vidro fosco no parênquima
Tratamento 
-Específico: alguns antivirais estão em teste - Remdesivir
-Propostas de terapia com anticorpos de pacientes convalescentes
-Anticorpos monoclonais - REGN-COV2: casirivimabe e indevimabe para o
tratamento de COVID-19 em pacientes com casos leves e moderado.
-Tratamento, prevenção e vigilância de complicações.
Vacinas
-Ácido nucléico: Moderna, Pfizer e outras 8.
-Inativada: Sinovac Biotech, Sinopharm ou Bharat Biotech
-Vetor viral adeno: Oxford, CanSino e outras 4.
-Subunidade/VLP: Novavax e outras 10.
HKB
O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente
contagiosa e muito comum na infância. Os sintomas iniciais apresentados pelo doente
são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do nariz.
Características
*Família: Paramuxoviridae
*Gênero: Morbilivirus
*Genoma: RNA - e não segmentado
*Envelope: lipoproteico
Patogênese
*Interação com receptores
-SLAM ou CD150: Linfócitos T e B
-CD46; células epiteliais
*Replicação pode lisar as células, porém apresentar ciclo lisogênico
*Se evadem do sistema imune: o envelope inibe a ação do IF e a produção de IL-12
Epidemiologia
-Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do
sarampo pela OMS, declarando a região das Ámericas livres do sarampo.
-2020: O Brasil registrou casos de sarampo em 21 unidades de federadas. Dessas, 17
interromperam a cadeia de transmissão no vírus e quatro mantêm o surto (Pará, São
Paulo, Rio de Janeiro e Amapá).
-2021: No Brasil, nos últimos 90 dias foram notificados 386 casos de sarampo,
confirmados 97, descartados 135 e estão investigação 154 casos. Entre os casos
confirmados, 85 foram por critério laboratorial e 12 por critério clínico-
epidemiológico.
Transmissão
-Transmissão por aerossóis: tossir, espirrar, falar, bocejar ou respirar.
-Contato direto
*Transmissibilidade: inicia-se 4 a 6 dias antes do início do exantema e dura 4 a 5 dias
após seu surgimento.
Períodos da Sarampo
Heloá Kapor 
Sarampo
M
icrobiologia M
édica - M
urray
Período de Incubação: 7 a 18 dias
Primeiro contato com o vírus -> Penetração das células epiteliais -> Incubação
-Multiplicação local do vírus e disseminação para tecido linfoide regional
-Ocorre pela ação de leucócitos
Período Prodrômico: 2 a 4 dias
Viremia primária, multiplicação ativa e ampla disseminação
-Sintomas: febre elevada, tosse irratativa, coriza, conjuntivite com fotofobia e
manchas de koplik (patognomônica)
HKB
Heloá Kapor 
Período Enxatemático: 5 a 6 dias
Multiplicação viral no endotélio vascular, combate do vírus por linfócitos e
imunodeficientes podem não apresentar enxatemas,
-Sintomas: Febre e enxatema máculo/papular
Período de Convalescença
As manchas tornam-se escurecidas com descamação fina, febre diminui, tosse pode
persistir por mais 6 a 10 dias e ocorre produção de memória imunológica.
-Sintomas: ocorre em 30% dos casos - otite média e diarreia,.
*Pneumonias: complicação com risco de vida mais comum do sarampo, ocorre em
menos de 20% dos casos e as complicações pulmonares respondem por mais de 90%
dos casos de sarampo relacionados com morte.
*Encefalomielite aguda disseminada: é grave, incapacitante e fatal. O curso
imprevisível e que pode levar a sequelas neurológicas, e desenvolve-se entre o 6 a 20
dias do enxatema, ocorre em 1 entre 1.000 casos e taxa de letalidade de 20%.
Diagnóstico
-Clínico: sintomas e características clínicas
-Isolamento do vírus de células mononucleares de sangue periférico, secreções
respiratórios, conjuntiva, LCR, urina ou tecidos nos primeiros5 dias da doença.
-Detecção de Anticorpos: ELISA e IF para dosagem de IgM e IgG.
Tratamento
Vitamina A: recuperação mais rápida dos linfócitos e melhora na resposta de
anticorpos IgG na fase aguda
Prevenção - Vacinação
Evita a doença se administrada dentro de 72h após contato com o doentes.
1ª dose aos 12 meses e 2ª dose aos 15 meses - Tríplice viral ou tetra viral
HKB
Heloá Kapor 
A rubéola, também chamada de sarampo alemão, é uma doença caracterizada por
enxatema e linfadenopatia, que acomete crianças e adultos.
Rubéola
Períodos de Incunbação e Prodrômicos
-A incubação dura de 14 a 21 dias 
-Multiplicação viral na nasofaringe e pulmões
-Incubação em tecidos linfoides, causando linfonodomegalia
(retroauricular, cervical e occipital), 5 a 10 dias antes do
enxatema.
Características
*Família: Togavírus
*Gênero: Rubivírus
*Genoma: RNA fita simples +
*Envelope: lipoproteico e icosaédrico
Transmissão
O vírus infecta a nasofaringe e os pulmões e,
então, se dissemina para os linfonodos e o
sistema monócito-macrófago.
-Transmissão por aerossóis: tossir, espirrar, falar, bocejar e respirar.
Períodos da Rubéola
Período Enxatemático: 5 a 10 dias
Enxatema róseo máculo - palpular e punctiforme, distribuição
crânio-caudal e febre
*Enxatema: Maculopápulas pontuais e rosadas - duração de 3 dias.
1º dia: inicia-se na face alastra-se rapidamente para região cervical,
braços, tronco e extremidades, estando todo o corpo coberto no
final do dia.
2ª dia: o "rash" começa desaparecer, inicialmente na face, lesões do
tronco podem confluir e lesões das extremidades não confluem.
HKB
Heloá Kapor 
3º dia: o "rash" desparece, podendo haver descamação fina.
Período de Convalescença
Em grávidas, pode atravessar a barreira placentária e causar: aborto, natimorto,
surdez, mal formações cardíacas e lesões oculares.
Diagnóstico
*Predominantemente clínico
*Diagnóstico laboratorial
-Isolamento do vírus de amostra da região nasal ou da faringe
-Detecção de anticorpos IgM ou IgG.
-Imunofluorescência indireta
-ELISA
-PCR
Tratamento
Não há tratamento antiviral específico
Prevenção - Vacina
Tríplice ou tetravalente
-Crianças: primeira dose até os 12 meses e a segunda dose até os 6 anos,
-Homens e mulheres: até 39 anos, uma dose de tríplice 
-Contra indicada em grávidas
HKB
hemaglutinina com ácido siálico dos tecidos glandulares, SNC e rim,
Transmissão
Inalação de secreções respiratórias, mais comum entre pessoas de 5 a 15 anos.
Período de incubação: em média 18 dias
Excreção na saliva: 5 a 6 dias antes da parotidite e até 7 dias depois.
Manifestações clínicas
-Cerca de 30% das infecções pelo vírus da caxumba são assintomáticas
-Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, dor à mastigação e ingestão de líquidos ácidos.
-Aumento das glândulas salivares sublinguais, submaxilares e parótida.
Características
*Família: Paramyxoviridae
*Gênero: Paramixovirus
*Genoma: RNA sentido negatico
*Envelope: lipoproteico
Patogênse
O vírus entra na célula por uma interação da 
Caxumba
-Parotidite ocorre em
50% dos casos, não é
patognomônico.
-Orquite em 30% dos
homens e ooforite em 
A caxumba é uma doença infecciosa viral aguda e contagiosa que pode acometer
qualquer tecido glandular e nervoso do organismo, porém afeta especialmente as
glândulas parótidas (produtoras de saliva) ou as glândulas submandibulares e
sublinguais, próximas ao ouvido.
Heloá Kapor 
5% das mulheres
-Raras: pancreatite, encefalite, meningite e surdez
Tratamento
Apenas de suporte
Prevenção
Tríplice ou tetra viral
HKB
Heloá Kapor 
Doença infecciosa de distribuição mundial, com vírus de tropismo primário pelas
células hepáticas, que pode se apresentar como doenças agudas ou crônicas, sendo a
maioria assintomática.
Vírus
Possui 5 tipos de vírus diferentes e o predomínio de cada um é heterogêneo no
planeta.
Nomenclatura utilizada: HxV - Hepatites (A,B, C, D ou E) Vírus.
Formas clínicas
*Assintomáticas (anictéricas)
*Ictéricas típicas 
*Insuficiência hepática aguda grave (fulminante).
Obs: Icterícia - A bilirrubina é produzida de maneira indireta, no fígado ela é
convertida em direta, de onde é jogada no canalículo biliar para ser excretada nas
fezes e na urina. 
Icterícia hemolítica: bilirrubina indireta
Icterícia obstrutiva: bilirrubina direta - fezes esbranquiçadas e urina escura.
Sinais e Sintomas
*Hepatites virais crônicas: em pacientes imunocompetentes, a grande maioria dos
casos cursa de forma assintomática.
*Sintomas comuns: fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, anorexia, icterícia,
acolia, colúria e diarreia.
*Estágios avançados: cirrose e carcinoma hepatocelular.
Diagnóstico
Laboratorial inespecífico
*Aminotransferases (indicam lesão do parênquima hepático)
-ALT ou TGP: alanina aminotransferase ou transaminase glutâmico oxalacética
-AST ou TGO: aspartato aminotransferasa ou transaminase glutâmico pirúvica.
*Bilirrubinas
*Fosfatase alcalina
*Linfocitose discreta
Laboratorial específico
*Exames sorológicos
*ELISA
*ELFA
*Quimioluminescência
*Biologia molecular
*Teste rápido - cromatografia: realizada em UBS, CTA, UTM, CAPS, Unidades de
emergência, maternidades, população vulneráveis e locais de difícil acesso.
Hepatites Virais
HKB
Heloá Kapor 
Características
*Família: Picornaviridae
*Gênero: Hepatovírus
*Genoma: RNA de fita simples + (+ssRNA)
*Sorotipo: I, II, III que afetam o homem, sendo que IA e IB no Brasil.
Estrutura
-Não envelopado
Hepatite A (HaV)
Microbiologia Médica - Murray
Ciclo replicativo
*Fase não citopática: replicação 
*Fase citopática: resposta imune
-O vírus entra na mucosa intestinal, atinge o sistema porta e consequentemente os
hepatócitos, no receptor celular (integrina-mucina símile classe I), ocorre a
internalização do vírus em vesículas, atingindo o citoplasma.
-No citoplasma, ocorre alteração do pH no interior da vesícula, com liberação de RNA
no citoplasma, para a síntese proteica.
-Síntese de RNA complementar de polaridade negativa, molde para as novas fitas de
polaridade positiva no Retículo Endoplasmático
-Montagem do vírus comas proteínas do capsídeo (VP1, VP2 e VP3).
-Liberação na membrana apical do hepatócito, atinge os canalículos biliares e
posteriormente o intestino.
Evolução clínica
A fase infectante dura cerca de 2 a 3 semanas antes da icterícia e 2 semanas após a
regressão da icterícia.
-Infecção abaixo dos 6 anos: quadro pouco sintomático ou assintomático
-Infecção acima dos 50 anos: mais grave e assintomática, com 60% de pacientes com
icterícia.
-Viremia: em média por 79 dias.
-Capsídeo icosaédrico, composto pelas proteínas VP1, VP2 e VP3.
-Termoestável 
-Resistente ao pH ácido
-Crescimento lento em cultura e pouco efeito citopático.
Contágio
*Fecal-oral
*Via parenteral em casos de viremia alta
*Sexual em população vulnerável.
Doença
-Órgão-específica
-Autolimitada
-Benigna: não cronifica
-Insuficiência hepática aguda grave,
ocorre em idosos e imunossuprimidos
com maior risco de quadro grave.
Resposta imune
*Dano hepatocelular: principalmente em decorrência da resposta imune do
hospedeiro, na imunidade celular mediada por LTCD8+.
*Anticorpos:
-IgM anti-HAV: detectável antes dos sintomas clínicos e decai em cerca de 3 a 6
meses.
-IgG anti-HAV: surge logo após a produção de IgM e se mantém indefinidamente,
conferindo proteção.
HKB
Heloá Kapor 
Hepatite B (HbV)
M
S
 - 
 B
ra
si
l
Características
*Família: Hepadnaviridae
*Gênero: Orthohepadnavirus
*Genótipos: 8, nomeados de A a J
*Genoma: vírus de DNA parcialmente duplicada
Envelopado
Prevenção
*Vacina
Parte do calendário
vacinal para crianças de
15 meses a 4 anos de
idade
Evolução clínica
M
icrobiologia M
édica - M
urray
-O gene que codifica a proteína do envelope: produz 3 formas dessa proteína,
pequena (pré-S1), média (pré-S2) e grande (S), que dão origem ao antígeno "s" do vírus
da hepatite B.
-O gene da proteína de capsídeo: produz tanto a proteína pré-core (Pré C), quanto na
região do capsídeo (core - HbC). Pré-C são processados no retículo endoplasmático e
um dos produtos de processamento é secretado da célula,dando origem ao antígeno
e (HBeAg)
Antígenos
-Antígeno da hepatite B do capsídeo viral (HBcAg) -> Anticorpo: Anti-HBc
-Antígeno da hepatite B da superfície (HBsAg) -> Anticorpo: Anti-HBs
-Antígeno secretado durante a replicação (HBeAg) -> Anticorpo: Anti-HBe
Contágio
*Parenteral
*Sexual: IST
*Vertical
Ciclo replicativo
O vírus entra na célula, atinge o núcleo onde o material genético será transcrito. O
ribossomo começa a fazer a leitura e formar a nova partícula viral em grande
quantidade, de forma que caem na corrente sanguínea vírus completos e
incompletos.
HKB
Heloá Kapor 
M
ic
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bi
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og
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 M
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- M
ur
ra
y
Evolução clínica
Aguda
-Aumento sérico das transaminases
-Encontra-se: HBV-DNA (+/- 1 mês), HBsAg e
HBeAg (+/- 6 meses) e Anti-HBc.
-Sinais e sintomas clínicos característicos
-Alterações gastrointestinais leves
-Icterícia
-Convalescença
Crônica
A persistência do vírus por mais de 6 meses.
-Ocorre me 5 a 10% dos indivíduos adultos infectados, em 90% dos recém-nascidos
de gestantes com replicação viral, 10% em recém nascidos de gestantes sem
replicação viral e 90% dos menores de 5 anos.
-25% dos casos crônicos com evidências de replicação viral evoluem para doenças
hepática avançada.
-Pode ocorrer integração do genoma viral no genoma da célula hospedeira.
Oculta
A infecção oculta pelo vírus da Hepatite B ocorre em usuário de drogas,
imunossuprimidos e hemodialisados.
Evolução dos anticorpos
-Quando a doença está replicante
apresenta antígeno HBe.
-Quando a doença está em processo de
melhora, apresenta o anticorpo anti
HBe.
-Quando o indivíduo está curado, ele
apresenta anticorpos Anti HBs e Anti
HBc.
-Quando o indivíduo é vacinado ele
apresenta apenas Anti HBs
M
icrobiologia M
édica - M
urray
Heloá Kapor 
Hepatite C (HcV)
Principal causador de hepatites crônicas, cirrose e transplantes hepáticos.
Características
*Família: Flaviridae
*Gênero: Hepacivirus
*Genótipos: 7 tipos, sendo subdivididos em mais de 70 subtipos.
*Genoma: RNA de fita simples + (ssRNA+)
*Envelopado
-Proteína do capsídeo (C)
-Proteínas do envelope (E1 e E2)
-Proteínas não estruturais: p7, NS2, NS3, NS4A, NS4B, NS5A e NS5B.
*Obs: é um vírus extremamente complexo, não sendo possível cultivar em
laboratório, sendo estudado por genética recombinante.
HKB
-Cronificação: o paciente apresenta apenas anti HBc e pode ter retorno de produção
de HBe.
MS - Brasil
Resposta imune
Baseado na resposta celular TCD8 e TCD4 para resolução da infecção.
-Interferons tipo I: Alfa, Beta (inibição da formação de novos capsídeos) e Gama
(inibição da replicação).
-Criação de anticorpos
Prevenção
Vacina
Transmissão
Parenteral
-Alto risco para indivíduos transfundidos antes de 1993 (não havia testes)
-Baixa transmissão sexual
-Baixa transmissão vertical
-Risco acrescido para infectados com HIV
Evolução clínica
HKB
Heloá Kapor 
Hepatite D (HdV)
Microbiologia Médica - Murray
Características
*Família: Deltaviridae
*Gênero: Deltavirus
*Genótipos: 1 a 8
*Genoma: vírus RNA fita simples + (+ssRNA)
MS - Brasil
Prevenção
Não há vacina para Hepatite C
*Envelope bilipídico contendo as três formas do HBsAG
Obs: Para que ocorra a replicação, o vírus HdV, ele precisa do antígeno da superfície
do vírus B. Dessa forma, o indivíduo só será infectado pelo HdV, se for previamente
infectadado pelo HbV.
M
icrobiologia M
édica - M
urray
M
icrobiologia M
édica - M
urray
Prevenção
Como o vírus necessita do antígeno de superfície do vírus B, quando o indivíduo é
vacinado para Hepatite B, ele automaticamente está imune à Hepatite C.
HKB
Características
*Família: Herpeviridae
*Gênero: Hepevírus
*Genótipos: 4, sendo a que apenas o 3-a-j é uma enzoonose.
*Genoma: RNA de fita simples +
*Estrutura: não envelopado, com capsídeo icosaédrico,
termoestável e resistente ao pH ácido.
*Frequente na Ásia e na África.
Transmissão
-Fecal-oral
-Alimentar zoonótica
-Parenteral vertical
Ciclo Replicativo
-O antígeno de superfície (HEV) e o receptor clatrina, se juntam permitindo a
internalização do vírus
-A proteína estrutural pORF3 ancora internamente, no citoesqueleto do hepatócito,
iniciando a estruturação do nucleocapsídeo.
-O capsídeo contém epítopos que induzem a produção de anticorpos
Sintomas
É sintomática em 20% dos infectados, principalmente na faixa dos 14 aos 40 anos.
-85% apresentam hepatomegalia
-Insuficiência hepática aguda grave pode ocorrer em gestantes
-A forma crônica é rara, mas acontece em imunossuprimidos
Resposta Imune
IgM anti-HEV: detectável nas primeiras 2 semanas após o início dos sintomas clínicos
e pode persistir até 5 meses.
IgG anti-HEV: surge após a produção de IgM e apenas 50% dos indivíduos o mantém.
Heloá Kapor 
Hepatite E (HeV)
MS -Brasil
MS - Brasil
Prevenção
Vacina com a proteína ORF2, não
recomendada pela OMS e usada
somente na China.
HKB
*Tropismo por células epiteliais, endoteliais, fibroblastos, células musculares e
macrófagos (em menor grau).
Manifestações clínicas
-Febre de início súbito
-Mialgia, cefaleia e enxatema
-Poliatralgia: principal característica da infecção pelo vírus, é um sintoma debilitante,
usualmente simétrica e compromete mais de uma articulação. Pode ou não causar
edema, mas este é o único sinal da inflamação.
-Pode cursar com 3 fases clínicas distintas: fase aguda (7 dias), subaguda (a partir do
10º dia) e crônica (a partir do 60º);
Infecção e Resposta Imune
Após a transmissão pela picada de mosquito, os indivíduos infectados experimentam
um início agudo da doença que coincide com o aumento do título viral, que
desencadeia a ativação de uma resposta imune inata, cuja marca registrada é a
produção de interferons do tipo I (IFNs). Os pacientes eliminam o vírus com sucesso
aproximadamente 1 semana após a infecção e somente neste momento há evidências
de imunidade adaptativa específica ao CHIKV (ou seja, respostas mediadas por
células T e anticorpos). Importante, ~ 30% dos indivíduos experimentam sequelas de
longo prazo que incluem artralgia e, em alguns casos, a artrite.
Heloá Kapor 
Os arbovírus são vírus que podem ser transmitidos ao homem por vetores
ártropodes e pertecem as famílas Togaviridae e Flaviridae.
Arboviroses
Características
*Família: Togaviridae
*Gênero: Alphavirus
*Genoma: RNA de fita simples +
*Vetor: Artrópode - Mosquito
O vírus "Chinkungunya" é um vírus encontrado em regiões tropicais e subtropicais da
África, nas ilhas do Oceano Índico, no Sul e Sudeste da Ásia. Foi isolado pela primeira
vez em 1952 na Tazânia.
Chikungunya
*Durante a fase aguda, a carga viral
pode atingir 10^8 partículas virais por
ml de sangue, e a concentração
plasmática de iFNs está na faixa de
0,5–2 ng por ml, acompanhada por
uma forte indução de outras citocinas
e quimiocinas pró-inflamatórias.
*Predomínio de resposta inata
HKB
Heloá Kapor 
O Zika Vírus foi isolado em 1947 na flores de Zika em Uganda.
Zika Vírus
Características
*Família: Flaviridae
*Gênero: Flavivírus
*Genoma: RNA fita simples +
*Envelopado
*Vetor: Artrópode - Mosquito
*Tropismo: células da pele (fibroblastos,
queratinócitos e dendríticas), testículo,
ovário e tecido embrionário cerebral
*Ação dos IFNs
-Ativam os granulócitos, macrófagos,
células endoteliais e célula T.
-Indução do MHC de classe I ou II
-Aumento na atividade de NK
-Causa a diferenciação das células B e para
o ciclo de divisão celular
-Diminui a atividade antiviral de outros tipos
celulares e interrompe o ciclo de divisão
celular
-Interrompe a hematopoiese.
Transmissão
O principal modo é por vetores, mas também é transmitido por via vertical e sexual.
Sintomas
Quando assintomática, pode causar: enxatema maculopapular, febre baixa, artralgia,
mialgia, dor de cabeça e hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido.
-Sintomas menos comuns: edema, dor de garganta, tosse e vômitos.
-Está associada a: Síndrome de Guillain-Barre e a Microcefalia
Resposta imune
-Semelhante ad do Cinkugunya, com predomínio de resposta inata e liberação de IFN
Doença febril aguda com amplo espectro clínico, que é a mais importantearbovirose
que afeta o ser humano. Dissemina-se mais nos países tropicais e subtropicais, onde
as condições favorecem o desenvolvimento e a proliferação dos vetores.
Dengue
Características
*Família: Flaviridae
*Gênero: Flavivirus
*Sorotipos: 4 - Denv1, 2,3 e 4
*Vetor: Artrópode - Mosquito
*Genoma: RNA fita simples +
HKBDa corrente sanguínea, os vírus são disseminados a órgãos como fígado, baço,nódulos linfáticos, medula óssea, podendo atingir o pulmão, coração e tratogastrointestinal.
Patogênese
As células dendríticas da pele são as
primeiras células infectadas após a
inoculação viral pela picada do mosquito
O vírus aparecem na corrente sanguínea,
desenvolvendo viremia, após a replicação
inicial e migração para os linfonodos,
durante a fase febril aguda, geralmente por
três a cinco dias.
Ocorre a liberação de citocinas, como
resultado da infecção das células
dendríticas, macrófagos e consequente
ativação de linfócitos TCD4+ e TCD8+.
Ativação de TLR4 pela NS1.
Heloá Kapor 
*Envelopado
*Proteínas
-Estruturais: Proteína C do capsídeo, proteína do envelope pré-M (precursora de M) e
proteína E.
-Não estruturais: NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5, são reguladoras e de
expressão do vírus, (replicação, virulência e patogenicidade)
Ciclo Urbano
Manifestações clínicas
Infecção primária
-Febre
-Prostração
-Cefaléia
-Dor retro-orbital
-Artralgia e mialgia
-Náuseas e vômito
-Anorexia
-Rash (manchas pequenas e arroxeadas pela pele)
HKB
Quadros Hemorrágicos
*Trombocitopenia: caracterizada por diminuição de plaquetas na medula óssea
desencadeada aparentemente pelo aumento de INF-alfa, com destruição periférica
de plaquetas.
*Coagulação: a proteína viral NS1 se liga a trombina formando o complexo NS1-
Trombina causam coagulação intravascular e extravasamento de sangue
*Aumento de permeabilidade vascular: ativação de células via Toll like recpetor 4,
citocinas e sistema complemento.
Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)
O paciente deve apresentar:
-Febre ou história recente de febre de até 7 dias
-Trombocitopenia: plaquetas < 100,000/mm³
-Manifestações hemorrágicas
-Evidências de permeabilidade vascular
-Confirmação laboratorial durante períodos epidêmicos ou interepidêmicos
Heloá Kapor 
 3. Esperar 5 minutos com o manguito insuflado na mesma pressão
 4. Depois de 5 minutos desinsuflar e retirar o manguito
 5. Deixar o sangue circular por pelo menos 2 minutos.
Dengue x Chikungunya x Zika
Infecção secundária
-Manifestações hemorrágicas
-Gengivorragia
-Sangramento nasal e gastrointestinal
-Hematúria
-Fluxo menstrual aumentado
Prova do laço
Exame que ajuda a identificar a fragilidade dos vasos sanguíneos e a
tendência ao sangramento comum.
1.Avaliar a pressão arterial do paciente com o esfigmomanômetro
2.Insuflar novamente o manguito até o valor médio entre a pressão
máxima e a mínima
FIOCRUZ/2015
HKB
Informações gerais
*Período de incubação: 3 a 6 dias
*Susceptibilidade: todas as pessoas não vacinadas
*Viremia: - 24h a48 hs antes e 3 a 5 dias após o início dos sintomas 
*Imunidade:
- ativa: pela vacina (10 anos) e doença (permanente)
- passiva: lactentes até o 6º mês de vida
• Mortalidade global: de 5-10% , de 40 a 60%(f. grave)
Manifestações clínicas
*Fase I - Infecção (3 a 4 dias): febre, cefaléia, artralgia, mialgia, bradicardia,
proteinúria, aumento de TGO e TGP
*Fase II - Remissão (2 dias): paciente se recupera e evolui para a cura.
*Fase III - Tóxica (3 a 8 dias): Somente 10% dos pacientes chegam a fase tóxica, e
apresentam febre, bradicardia, desconforto epigástrico, icterícia, insuficiência renal,
hemorragias, encefalite e falência de múltiplos órgãos.
Sinais de alerta para formas graves
Patogênese
O vírus causa a apoptose de
hepatócitos (pouca inflamação), células
glomerulares renais e cardiomiócitos
(falência da bomba e problemas de
condução)
-Insuficiência hepática, lesão endotelial
e coagulação intravascular
disseminada causam hemorragias.
Heloá Kapor 
A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa viral febril aguda que pode ser
transmitida pela picada de mosquitos infectados com o arbovírus amarílico.
Febre Amarela
Características
*Família: Flaviridae
*Gênero: Flavivírus
*Genoma: RNA fita simples +
*Envelopado e icosaédrico
Ciclos: Silvestre e Urbano
Prevenção
-Notificação de casos
suspeitos
-Combate ao vetor urbano
-Vacina: de vírus vivo 
 atenuado, conferindo 
 imunidade em 95% dos vacinados e causa reações leves em 10% destes.
É contra-indicada em pacientes com imunodeficiência, menores de 6 meses ou
gestantes.
No Brasil, só ocorre o ciclo silvestre.
HKB
Heloá Kapor 
Características
*Família: Rhabdoviridae
*Sorotipos: mais de 10
*Genoma: RNA de fita simples com sentido -
*Codifica 5 proteínas
*Envelopado e em formato de projétil
*Replicação no citoplasma
Raiva
Diagnóstico
As amostras coletadas podem ser: saliva, líquido cefalorraquidiano, material de
biópsia da pela da nuca, material cerebral de biópsia ou autópsia e esfregaço de
impressão de células epiteliais da córnea.
-Imunoflorescência direta
Encefalomielite viral aguda, sendo uma zoonose que ataca o sistema nervoso e leva à
morte em praticamente 100% dos casos. Sendo que os reservatórios de infecção são
diversos animais silvestres, cães e gatos, com transmissão acidental ao ser humano.
*Adsorção: Proteína G viral - receptor
nicotínico de acetilcolina e molécula de
adesão da célula neural.
Transmissão
Introdução do agente causal contido na
saliva do animal, através de mordeduras
com perfuração na pele. lambeduras em
feridas abertas ou mucosas e arranhaduras.
-Outras: aerossóis, transplante de órgãos, via
digestiva, acidentes laboratoriais e alimentos.
Patogênese
*O vírus se multiplica no local da mordida.
*A replicação ocorre no local de inserção por dias a
meses e, depois, o vírus desloca-se por transporte
axônico ao sistema nervoso central.
*O vírus é disseminado no SNC, pelos neurônios
aferentes, para locais altamente inervados, como a
pele da cabeça e do pescoço, glândulas salivares,
retina, córnea.
*Quando o vírus invade o cérebro e a medula espinal,
desenvolve-se encefalite e degeneração dos
neurônios.
*Pouca alteração histopatológica pode ser observada
no tecido afetado, a não ser a presença dos 
corpúsculos de Negri.
Pacientes com quadro clínico de encefalite, tendo ou não antecedentes de exposição
à infecção pelo vírus rábico.
Confirmado
*Critério laboratorial: sintomatologia compatível, com IFD ou PCR positivo.
*Critério clínico-epidemiológico: quadro neurológico agudo, com hiperatividade,
síndrome paralítica com progressão para coma, sem a possibilidade de diagnóstico
laboratorial, mas com antecedente confirmado de exposição à raiva.
Manifestações clínicas
HKB
Heloá Kapor 
-Reação em cadeia da polimerase após transcriptase reversa
-As células infectadas terão inclusões intracitoplasmáticas que
consistem em agregados de nucleocapsídeos virais
(corpósculos de negri) em neurônios afetados.
Definição de caso
Suspeito
Tratamento
Não existe tratamento para esta doença e a probabilidade de morte para as pessoas
infectadas é extremamente alta e os sobreviventes tem graves sequelas.
-Em casos de suspeita ou confirmação de Raiva animal, administrar imediatamente
vacina contra raiva e imunoglobulinas séricas após a mordida.
Profilaxia Pré-Exposição
Deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da
raiva, durante as atividades ocupacionais, sendo eles: 
-Veterinários, biólogos, zootecnia, biologia agronomia, agrotécnicas e profissionais de
laboratório de virologia e anatomopatologia, espeleólogos, guias de ecoturismos e
pescadores
-Profissionais da contenção, captura, manejo, coleta de amostras, vacinação e
investigação.
Profilaxia Pós-Exposição
Primeiramente: lavar a área afetada com bastante água corrente e sabão e observar
aparecimento de infecção na ferida.
Vacina inativada
-Deverá ser feita em 4 doses
-Via de administração intramuscular profunda utilizando a dose completa
Soro Antirrábico
SAR ou Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR) é feitode imunoglobulinas
específicas contra o vírus da raiva e confere imunidade passiva transitória.
Resposta Imune
-As proteínas virais inibem a apoptose e a ação do interferon.
-A imunidade celular parece desempenhar pouco ou nenhum papel na proteção
contra a infecção pelo vírus da raiva, sendo citolítica e raramente causa lesões
inflamatórias.
-Os anticorpos podem bloquear a disseminação do vírus para o SNC e o cérebro,
se administrados ou gerados pela vacinação durante o período de incubação.
-Período de incubação longo: permite a geração de resposta terapêutica por
anticorpos protetores após a imunização ativa com a vacina de vírus rábico
inativado.
Epidemiologia
HKB
Heloá Kapor 
HKB
Heloá Kapor 
*Espécies: Poliovírus, Coxsackievírus A, Coxsackievírus B, Vírus Echo e Enterovírus
*Ciclo: lítico
*Tropismo: se ligam à molécula de adesão intercelular-1, e tem tropismo para
epiteliais, fibroblastos e células endoteliais.
Patogênese
Enterovírus
Infecção viral da infância caraterizada por paralisia flácida aguda.
Características - Poliovírus
*Família: Picornaviridae
*Gênero: Enterovírus
*Espécie: Enterovírus C
*Sorotipos: 1, 2 e 3
*Genoma: RNA fita simples +
*Capsídeo icosaédrico com proteínas (VP1, VP2, VP3 e VP4)
Os enterovírus são onipresentes encontrados em todo o mundo e transmitidos para
as pessoas principalmente pelo contato fecal-oral. São eles os Coxsackievuses A e B,
echovírus e os prototípicos, são as causas da poliomielite.
Características
*Família: Picornaviridae
*Gênero: Enterovírus
*Genoma: RNA+
*Não envelopado
Poliomielite
HKB
Heloá Kapor 
Epidemiologia
Ocorre ao longo do ano, com climas temperados, tendo altas taxas de infecção no
verão e outono.
-Os índices de infecção são mais elevados em lactentes e homens
Patogenia
Outras doenças
A maioria das infecções são assintomáticas e quando ocorre uma doença mais grave,
o espectro clínico e a gravidade da doença variam com a idade e status imunológico
do hospedeiro.
Expectro
*Algumas síndromes clínicas, como a meningite viral e a enxatema, são causadas por
vários sorotipos de enterovírus
*Outros parecem limitadas a subgrupos específicos de enterovírus.
Enxatemas
*Síndrome mão, pé e boca: doença aguda comum, causada pelo enterovírus A71, que
afeta crianças, caracterizada por febre, vesículas orais na mucosa bucal e na língua e
lesões cutâneas pequenas e delicadas nas mãos, pés, nádegas e genitais.
Manifestações clínicas
- A infecção pode ser assintomática ou progredir
para doença menor ou maior.
-Sequelas: paralisa dos membros superiores e
inferiores ou dos músculos do pulmão.
Tratamento
Não há terapia específica
Prevenção - Vacina
*Vacina inativada intramuscular (Salk)
*Vacina oral (Sabin): consiste de uma mistura de
amostras dos 3 sorotipos, atenuadas.
Vírus
*Enterovírus: ECHO, Coxsackie e Polio
*Herpesvirus: HSV 1, VZV, CMB e EBV
*Outros: HIV, Sarampo, Caxumba e Rubéola
Tropismo: Sistema Nervoso Central
*Meningite viral (asséptica): comumente observada em lactentes
*Encefalite: causam aproximadamente 5% dos casos são causados por esses vírus.
Manifestações Clínicas
-Sintomas comuns: febre, vômitos, irritabilidade, cefaléia, sinais de irritação meníngea
e enxatema
-Sintomas menos comum: Convulsões e alteração do nível de consciência e coma
Diagnóstico
-Reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa
-Análise do licor
HKB
Heloá Kapor 
Meningites Virais
Meningites Herpéticas
-A meningoencefalite pode ser resultado de infecção primária ou reativação dos
herpes vírus: HS1 e 2, VSZ, CMV e EBV
-Encefalite: HS1 e 2
-Início agudo com febre, convulsões, sinais focais, coma, com comprometimento do
lobo temporal
-Morbilidade e letalidade elevadas
-O prognóstico depende da introdução precoce da terapia antiviral: Aciclovir de
8/8h, por 21 dias.
-Diagnóstico
 -neuroimagem do lobo temporal
 -eletroencefalograma: alteração topográfica temporal
 -PCR
HKB
Heloá Kapor 
Características - HPV
*Família: Papillomaviridae
*Gênero: Alphapapillomavirus, Betapapillomavirus 
e Gammapapillomavirus.
*Estrutura: capsídeo icosaédrico
*Genoma: DNA fita dupla e circular.
Papiloma Vírus Humano
*Genótipos
-180 podem causar infecção no
homem
-45 são envolvidos em DST
 -27 não oncogênicos
 -12 oncogênicos
Tropismo
-Uma região precoce E que codifica as proteínas oncogênicas
-Uma região tardia que codifica 3 proteínas do capsídeo viral L1 e L2
-Uma região regulatória responsável pela replicação viral.
-À medida que a célula da pele infectada amadurece e se direciona para a superfície
– liberação viral com as células mortas da camada superior.
Integração do genoma viral
O HPV é de alto risco quando ocorre a integração do genoma viral ao DNA celular,
por meio de uma ruptura próxima ao gene E2, que consiste na perda de função desse
gene (controle da transcrição e replicação)
-O gene E2 regula a expressão dos oncogenes virais E6 e E7, de forma que há
interação entre os oncogenes virais e os genes supressores de tumor do hospedeiro.
Proteína E6
HPV E6 se fixa e degrada o produto proteico do p53, livrando a célula da regulação
negativa do p53 (Ubiquitinação)
Mecanismos de ação
Ciclo replicativo
-Adsorção (L1 do HPV):
proteoglicanos de heparina ou
integrina α6 da célula
hospedeira.
-O HPV promove o crescimento
da camada basal, aumentando o
número de células espinhosas
(acantose).
-Tornam a pele mais espessa e
promovem a produção de
ceratina (hiperceratose),
formando assim projeções
epiteliais (papilomatose).
O E6 inativa o p53, de forma que ele não consegue induzir a apoptose na célula
mutada.
Proteína E7
A função principal do gene E7 dos HPV de alto risco é desregular o ciclo celular da
célula infectada. De forma que, liga-se às proteínas da família pRb – mimetizando uma
fosforilação. Essa interação permite que E2F atue na ativação constitutiva dos fatores
transcricionais, o que levaria à progressão do ciclo celular, mesmo quando este
deveria ser interrompido
HKB
Transmissão
-Contato direto com objetos contaminados
-Contato sexual: genital-genital, manual-genital e oral-genital, sendo que uso de
preservativo pode reduzir o risco, mas não é totalmente seguro.
-Transmissão vertical (rara).
Resposta Imune
-Os vírus causam a multiplicação benigna das células, formando verrugas.
-As imunidades inata (NK) e celular (Linfócito T CD8) são importantes para o
controle e resolução das infecções por HPV.
-O ceratinócito é um local imunologicamente privilegiado para a replicação.
-As respostas inflamatórias são requeridas para ativar as respostas citolíticas de
proteção e promover a resolução das verrugas.
obs: As pessoas imunossuprimidas têm recorrências e apresentações mais graves
das infecções por papilomavírus.
Manifestações clínicas
A infecção pelo HPV é bastante comum e geralmente de pouca significância clínica
(80% a 90% resolução espontânea no primeiro ano), mas em alguns casos ocorre a
manifestação mais grave do vírus que é o câncer cervical.
Heloá Kapor 
*99% dos casos
associados à infecção
pelo HPV - Etiologia -
70% HPV 16, 18
*Quarta causa de
morte por câncer em
mulheres
*Doença totalmente
prevenível: detecção
precoce = 100% cura
HKB
Diagnóstico laboratorial
Citopatologia
"O exame citopatológico é um teste realizado para detectar alterações nas células do
colo do útero que possam predizer a presença de lesões precursoras do câncer ou
do próprio câncer. É a principal estratégia para detectar lesões precocemente. A
técnica de coleta adequada e no momento e condições oportunas garante um
espécime de melhor qualidade e fornece resultados mais confiáveis." - FIOCRUZ
História Natural da Infecção por HPV e câncer cervical
*Infecção pelo HPV --1ano--> Infecção Transitória
*Infecção pelo HPV --2anos--> Infecção persistente <--2 a 5 --> Displasia de baixo
risco <-- 4 a 5 --> Displasia de Alto Risco <-- 9 a 15--> Câncer Invasivo
*Infecção pelo HPV --2anos--> Infecção persistente <-- 4 a 5 --> Displasia de Alto Risco
<-- 9 a 15--> Câncer Invasivo
Heloá Kapor 
Colposcopia
A colposcopia é um exame ginecológicofeito em
laboratório, realizado por ginecologistas ou a
pedido deles, capaz de observar o colo do útero,
vagina e vulva.
Análise da Colposcopia e da Citopatologia
HKB
Heloá Kapor 
PCR
Identifica a sequência de DNA viral a partir de um primer.
Captura Híbrida
Hibridização entre o DNA do vírus e sondas para vírus de baixo e alto risco presentes
em um coquetel reagente. 
+: (RLU/PCA) - (RLU/PCB) > 1.
Positividade para alto risco
Caso seja diagnosticado o HPV de alto risco, deve-se tranquilizar a paciente,
recomendar o acompanhamento a cada 6 meses, iniciar o tratamento e realizar a
triagem sexual do parceiro.
Diagnósticos moleculares
Devem ser solicitados quando os laudos laboratoriais forem inconclusivos, o paciente
apresenta lesões persistentes, recidivas ou histórico familiar.
Entretanto, são exames caros, não recomendados pelo ministério da saúde, não
funcionam em mulher menores de 30 anos ou com HPV de baixo risco.
Tratamento 
O objetivo do tratamento é erradicar as lesões e eliminar a infecção.
O desaparecimento das verrugas pode levar meses ou anos, então a intervenção é
indicada para lesões dolorosas ou volumosas.
*A remoção das verrugas por de ser por métodos físicos (crioterapia,
eletrocauterização, excisão com alça diatérmica ou laser) e métodos químicos
(podofilina ou ácido tricloroacético) 
*Carcinoma cervical: remoção cirúrgica e quimioterapia/radioterapia
Prevenção
*Preservativo: previne 100% dos casos de câncer cervical previne 80% dos casos de
condiloma
*Mudança do comportamento sexual
*Eliminação dos fatores de risco
*Diagnóstico precoce
*Vacinação: Plano Nacional de Imunização
-Proteínas L1 de capsídeo, gardasil e cervarix
-Vacina recombinante: administração por via intramuscular
HKB
Heloá Kapor 
HKBReplicação viral
Ocorre a dissolução das proteínas do
tegumento no citoplasma da célula
para auxiliar na reprodução, com
posterior entrada do material
genético no núcleo . O RNAm que sai
do núcleo é usado para produção de
proteínas imediatas, que atuam no
núcleo e auxiliam na produção de
outro RNAm que produz proteínas
rápidas. Essas também vão pro 
Infecção 
*Uma das infecções mais comuns em humanos, que infecta diferentes e variados
tipos de células, e frequentemente, acometem o sistema nervoso central, podendo
deixar sequelas em 80% de suas vítimas.
*Em neonatos e imunocomprometidos podem provocar manifestações mais graves.
*Período de incubação: 1 a 26 dias
*EBV e HHV-8 são associados à cânceres humanos.
*Quando esta na fase de latência, o indivíduo não transmite
*Pode ser reativado, originando lesões que se localizam no próprio sítio da infecção
primária inicial ou próximas a ele.
núcleo, auxiliando na formação de proteínas tardias que auxiliam na estrutura do
vírus.
*Forma um inclusão grande de proteínas dentro do núcleo celular, que empurra o 
Características
*Família: Herpesviridae
*Envelope lipoprotéico com espículas de glicoproteínas
*Capsídeo com simetria icosaédrico
*Tegumento com proteínas e enzimas virais
*Genoma DNA de fita dupla linear
Heloá Kapor 
-Codificam glicoproteínas de adsorção e escape do sistema imunológico
-Codificam DNA polimerase
-A replicação e montagem do capsídeo ocorrem no núcleo
*Capacidade de se manter latente nas células de seus hospedeiros
Herpes Vírus Humanos
conteúdo celular para periferia:
Inclusões do Cowdry tipo A.
Obs: é visto nos exames -
Papanicolau
Mecanismos de Evasão
Os mecanismos de evasão impedem a exposição de partículas virais no MHC-I e
consequentemente, impede ação do LT CD8+.
HKB
Heloá Kapor 
Tipos
Herpes tipo 1 e tipo 2
O genoma desses vírus codifica cerca de 80 proteínas, sendo que metade está
envolvida com a replicação viral e a outra metade com a interação com células e
sistema imune.
Proteínas
Proteína de adesão: gB, gC, gD, gE e gI
Proteína de fusão: gB, gH e gL
Proteína de evasão: gC, gE e gI - a gC se liga a C3 sérica, diminuindo sua concentração
no soro, gE e gI se ligam a fração Fc da IgG e se camuflam do vírus.
Infecção
*Transmissão: sexual, contato direto ou
fômites
*Célula-alvo: mucoepiteliais
*Causam infecções em latência em
neurônios e líticas nas demais células.
-Pode atingir de forma primária os
neurônios dos gânglios sensoriais
dorsais, cérebro ou meninges.
*Adsorção: Heparan sulfato
*Penetração: Nectina-1 e receptor de
TNF-alfa
*Herpes 1: afeta lábios, boca, nariz,
região intraoral e olhos.
*Herpes 2: afeta áreas genitais e
circundantes
*Pode ocorrer supraposição
HKB
Fases
*Primo-infecção: varia de subclínica a
grave, provocando latência em gânglios de
nervos cranianos e medula.
*Latência: alojamento do vírus nos gânglios
sensitivos, podendo originar reativações
com diferentes manifestações clínicas, ou
permanece em estado assintomático para
sua propagação.
*Reativação: permite a infecção de novos
hospedeiros e o indivíduo infectado
mantém-se com uma reserva de infecção
para toda a vida.
Fatores desencadeantes
-Febre, exposição à temperatura fria ou a raios
ultravioleta, queimadura solar, escoriações
cutâneas ou mucosas. estresse emocional ou
traumatismo nervoso
Manifestações clínicas
Desenvolvimento de vesículas pequenas e cheia
de líquido com vírions infecciosos, as quais
formam elevações na pele ou qualquer outra
membrana mucosa do corpo, como forma de
manifestação primária ou reativação do vírus.
Geralmente, se rompem formando úlceras
dolorosas, precedidas de ardência, prurido e dor.
Heloá Kapor 
Varicela Zoster ou Catapora, é a manifestação primária do HHV-3, vírus altamente
contagioso
Características
*Transmissão: DST, secreções, lesões ou fômites
*Período de incubação: 14 a 16 dias.
*Complicações: infecções bacterianas secundárias
*Crianças: Benigna e auto limitada
*Adolescente e adultos: exuberante
HKB
Heloá Kapor 
 A manifestação consiste em erupção vesiculosa, em área bem
definida, acompanhando o trajeto do nervo infectado
Afeta, preferencialmente, indivíduos idosos ou
imunocomprometidos, podendo gerar complicações graves
como lesões hemorrágicas, pneumonias e encefalites
Sintomas
-Enxatema máculopapular
-Lesões vesiculares
-Pústulas
-Crostas
-Febre
-Prurido
Varicela-Zoster (HHV-3)
Herpes zoster
 A herpes é resultante da reativação do vírus latente da varicela zoster em
indivíduos parcialmente imunizados após infecção prévia, envolve os pontos de
alojamento do vírus atente (gânglios sensitivos) e suas áreas de inervação
*Doença: Mononucleose ou doença do beijo
*Transmissão saliva
*Incubação: 30 a 45 dias com infectividade de 1 ano ou mais.
*Proteínas
O EBV possui 10 genes transformantes, tendo 1 gene que codifica a proteína latente de
membrana (LMP), cuja expressão só ocorre em células transformadas. Ela ativa
fatores de transcrição e interage com moléculas células de sinalização, podendo ter
papel importante na oncogênese. Pois transforma morfologicamente linfócitos B e
células epiteliais, além de prevenir a apoptose mediada pela p53 e induz a expressão
de bcl-2, oncogene que promove a sobrevivência celular;
Epstein-Barr (HHV-4)
Sintomas
-Febre alta
-Tosse
-Adenopatia cervical ou
generalizada
-Esplenomegalia
-Hepatomegalia discreta
•-Faringo-amigdalite exudativa
Complicações:
-Anemia hemolítica
-Meningite ou Encefalite
-Associado a Linfoma de Burkitt,
doença de Hodgkin, carcinoma
nasofaríngeo, linfomas de células B
*Exame: linfócitos atipicos
HKB
O citomegalovírus possui um tegumento com RNA e seu único reservatório para
transmissão é o homem. 
A fonte de disseminação pode ser: secreções respiratórias, saliva, urina, secreção de
colo uterino, esperma, colostro ou leite materno.
*Latência: pode permanecer latente no interior de vários órgãos e ser reativado em
decorrência da depressão da imunidade celular, em situações como a gravidez e
doenças como a AID, uso de drogas imunosupressores
*A infecção primária pode ocorrer no período pré-natal, perinatal ou pós natal.
Citomegalovírus (HHV-5)
Heloá Kapor 
*Transmissão: vias respiratórias,
sangue, vertical e sexual
*Em imunocompetentes:curso
assintomático
*Em imunocomprometidos:
-Lesões ulceradas na boca,
garganta, faringe, esôfago,
estômago, intestinos grosso e
delgado.
-Coriorretinite (pode levar a
cegueira)
-Calcificações intracranianas
HKB
Oncovírus, com 12 genótipos, presente em células endoteliais e fusiformes e latente
em línfócitos B.
Os indivíduos infectados produzem anticorpos detectados no sangue, assim como o
DNA do vírus.
Formas da doença
*Clássico: comum em idosos, indolente, sem comprometimento visceral
*Endêmico: comum em crianças e jovens do sexo masculino, sistêmica e com rápida
evolução
*latrogênico: corticoide – induzido e pós transplante
*HIV/AIDS – associado
*Transmissão: saliva
*Criança: enxatema súbito - roséola
*Adultos: síndrome mononucleose like,
linfadenoátia persistente, hepatite fulminante,
desordens autoimunes, esclerose múltipla e
infecção generalizada.
Heloá Kapor 
Sarcoma de Kaposi
Lesões múltiplas, que podem aparecer
na forma de manchas ou nódulos,
podendo ser superficiais (epiderme) ou
profunda (vísceras)
Herpes vírus 6 (HHV-6)/(HHV-7)
Herpes vírus 8(HHV-8)
Características do HIV
*Família: Retroviridae
*Subfamília Orthoretrovirinae
-Gênero Lentivírus: vírus da imunodeficiência
humana (HIV-1 e HIV-2) - citopáticos
-Gênero Deltaretrovirus: vírus linfotrópicos de
células T humanas (HTLV-1 e HTLV-2) -
proliferativos
*Genoma: Compostos por duas moléculas iguais
de RNA de cadeia simples de polaridade positiva
(+ssRNA)
- gag: produz as proteínas do capsídeo
-pro: relacionada à protease viral e proteínas do
envelope
-pol: codifica a transcriptase reversa e integrase
(partícula viral)
-env: codifica a gp 160
HKB
Heloá Kapor 
Adsorção na célula-alvo
*Infecta células humanas com receptores
CD4+CCR5 ou CD4+CXCR4 (LTCD4+, monócitos,
macrófagos, células dendríticas foliculares,
células da micróglia e astrócitos)
*Provoca imunodeficiência, conhecida como
AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
que pode ser assintomática por anos.
*Transmissão:
-Sexual
-Sangue e hemocomponentes
-Vertical
Vírus da Imunodeficiência Humana
Replicação viral
HKB
Heloá Kapor 
História Natural da Doença
*Fase aguda: multiplicação abundante do
vírus, causando decaimento no número de
LT CD4+. Seguida do início da resposta imune
adaptativa e diminuição da carga viral.
*Fase crônica: Baixa carga viral, com o
número de LTCD4 aumentado desde a fase
aguda, mas nunca normal/ igual antes da
infecção
*Fase de Crise: decaimento de LT CD4
facilitando infecções oportunistas > “Ponto
de não retorno” 
Robbins
Epidemiologia
*A AIDS causou uma pandemia em 1981
*Por volta de 1915 a 1945 houveram eventos de transmissão, que resultaram em um
sucesso de adaptação do HIV
*Até 2018:
-74,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia
-32 milhões morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia
Infecção
*As principais ias de transmissão são as
relações sexuais sem preservativos e
uso de drogas injetáveis.
*Mucosa com processo inflamatório
facilita a infecção
*Apresenta-se como doença sintomática
transitória, sendo aguda em 40% dos
casos.
*Caracteriza-se por altos níveis de
replicação viral e resposta imune
adaptativa frente o vírus.
*Processo de infecção:
1. Disseminação do vírus nas mucosas;
2. Infecção produtiva no tecido linfoide e
gânglios regionais;
3. Fase exponencial de replicação viral;
4. Disseminação hematogênica para o
resto do organismo;
5. Diminuição quantitativa de LTCD4+
(podendo ocorrer infecções
oportunistas);
6. Comprometimento qualitativo dos
LTCD4+;
7. Formação de reservatório de LTCD4+
de memória infectados (sobrevida de
cerca de 120 dias).
*Anticorpos:
A formação de LTCD8 específicos para o
HIV, que atacam CD4 infectados e 
 aumentam a destruição maciça dos Cd4
HKB
Heloá Kapor 
Diagnóstico laboratorial
A soroconversão, costuma ocorrer de 1 a 10 semanas após a infecção, ocorrendo a
formação de IgM de 2 a 8 dias e de IgG de * a 14 dias, elevando-se até os 190 dias.
*Detecção de anticorpos
-Teste de Western blotting: após o paciente ser diagnosticado soropositivo, é usado
para confirmar pois indica para quais proteínas o individuo criou anticorpos e
quanto tempo de infecção.
• Infecção aguda: p24, gp41, gp120, gp160
• Infecção crônica: p17, p24, p31, p39, gp41, p51, p55, p66, gp120, gp160
-ELISA
*Detecção do genoma viral: PCR e RT-PCR
*Contagem de LTCD4+: alerta clínico quando menor que 500 células/mm³
Contagem de LTCD4+
HKB
Heloá Kapor 
Sinais Clínicos
-Perda de peso sem motivo aparente
-Cansaço
-Sudorese noturno
-Anorexia
-Diarreia crônica (>1mês)
-Febre de mais de 38º (>1mês)
Abaixo de 500 células/mm3:
risco
Abaixo de 350 células/ mm3:
risco acrescido
Abaixo de 200 células/mm3:
imunossupressão
Transmissão ocupacional
Fatores de risco:
*Profundidade e extensão do ferimento.
*Presença de sangue visível no instrumento que produziu o ferimento.
•*Exposição envolvendo agulha inserida diretamente na veia ou artéria de
paciente portador de HIV.
*O paciente, fonte da infecção, ter evidências de imunodeficiência avançada
(sinais clínicos da doença, carga viral elevada, LTCD4+ baixo)*
Terapia Antirretroviral (TARV)
*Inibidores da Transcriptase Reversa: são drogas que inibem a replicação do
HIV, bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa, que age convertendo o
RNA viral em DNA.
Ex.: AZT, Nevirapina
*Inibidores da Protease: agem no úl3mo estágio da formação do HIV, impedindo a
ação da enzima protease. Essa enzima é fundamental para a clivagem das cadeias
proteicas em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada nova
partícula viral.
Ex.: Ritonavir
*Inibidor de fusão (o T20): U3lizado em casos de mul3rresistência.
Ex.: Enfuvir3da
Obs: No Brasil, para os casos em início de tratamento, o esquema inicial preferencial
deve ser a associação de dois ITRN/ITRNt – lamivudina (3TC) e tenofovir (TDF) –
associados ao inibidor de integrase (INI) – dolutegravir (DTG)
Carga viral indetectável
*Quando o paciente apresenta carga viral indetectável, ele não é mais transmissor do
vírus, entretanto, pode ser recontaminado.
*Quando a mulher tem carga viral indetectável, ela pode engravidar e o feto não
corre risco, mas o prato tem que por cesárea com a mãe no soro com AZT e ela não
pode amamentar
 UNAIDS - Meta de tratamento para todos
90% de todas as pessoas que vivem com HIV saibam seu status
90% das pessoas que vivem com HIV tenham iniciado o TARV
90% das pessoas sob tratamento tenham carga viral indetectável
Profilaxia
HKB
Heloá Kapor 
MS - Brasil
HKB
Heloá Kapor 
Poder dos
medicamento
antrirretrovirais
UNAIDS
HKB
Heloá Kapor 
Referências Bibliográficas
• MALE, D. et al. Imunologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
• KORSMAN, S.N.J et. al. Virologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
• MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, M. A. Microbiologia médica. 8 ed. Rio
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Microbiologia, Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – 12. ed. –
Porto Alegre: Artmed, 2017. 
• OPAS - Organização pan-americana de Saúde – Disponível em:
https://www.paho.org/pt/covid19
• Ministério da Saúde: COVID-19 – Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br
•Levinson, AMGH, 20 Warren. Microbiologia e imunologia médicas 13. ed. – Porto
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•Leto et al., Infecção pelo papilomavírus humano: etiopatogenia, biologia molecular e
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•Informe técnico sobre a vacina papilomavírus humano (HPV). Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/26/Informe-T--
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• hKp://www.aids.gov.br/pt-br
• hKp://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/protocolos-clinicos-e-
manuais

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