Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HKB Entrada no organismo Infecção no sítio primário Ativação da resposta imune inata Incubação: o vírus é amplificado e pode-se disseminar para um sítio secundário. Replicação no tecido alvo - manifestações clínicas da doença. Resposta imune Fase do contágio Resolução da infecção ou infecção persistente. Etapas da Infecção 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Condições necessárias para o vírus -Carga viral suficiente -Penetrar pela via do hospedeiro a qual possui tropismo celular -Realizar replicação primária em tecidos próximos à entrada -Escapar dos mecanismos naturais de defesa do organismo -Disseminar-se para os tecidos alvo. Heloá Kapor Vírus, são parasitas intracelulares obrigatórios, que atravessam, as barreiras de proteção do corpo e causam doenças ao matar células de um tecido importante, desencadear resposta imune e inflamatória destrutiva. M icrobiologia M édica - M urray Infecções Virais -Replicação eficiente nos tecidos e órgãos-alvos -Efeito citopático: produzir ou não injúria tecidual Mecanismos de citopatogênese viral M ic ro bi ol og ia M éd ic a - M ur ra y Epidemiologia viral -Mecanismos de transmissão: aerossóis, alimentos, água, fômites, secreções, contato sexual, parto, transplantes, zoonoses e genética. -Promoção da transmissão: estabilidade do viron no meio ambiente, replicação e secreção do vírus em aerossóis e secreções, transmissão assintomática ou transitoriedade e ineficácia da resposta imune para controle da recorrência. -Fatores de risco: idade, estado imune, profissão, viagens, estilo de vida, ambientes de convivência social, tamanho da comunidade que habita e atividade sexual. -Distribuição geográfica: presença de cofatores ou vetores no meio ambiente, habitat e estação propício aos vetores ou a reclusão e aglomeração em ambientes fechados. -Modo de controle: quarentena, eliminação do vetor, imunização, vacinação e tratamento. Principais tecidos alvos das doenças virais HKB Heloá Kapor Microbiologia Médica - Murray HKB Heloá Kapor O trato respiratório e a orofaringe são os locais onde mais ocorrem infecções e doenças virais, e podem infectar o pulmão e disseminar pelo corpo. As mais frequentes são: faringoamigdalites, otites, sinusites, pneumonias, resfriados, gripes, bronquiolite viral aguda, rinovírus, adenovírus, coronavírus, parainfluenza, influenza e sincicial respiratório. Infecções respiratórias agudas M icrobiologia M édica - M urray Causa a gripe verdadeira, enfermidade respiratória mais importante das doenças epidêmicas Características *Família: Orthomyxoviridae *Gêneros: -Influenza vírus A (aves, suínos, equinos e humanos) -Influenza vírus B (humanos) -Influenza vírus C (humanos e suínos) *Tipos: A/HnNn - no qual n é o número da glicoproteína. Influenzavírus - Gripe Pneumologia.med texto *Viron: esférico, pleomórfico e com nucleocopasídeo helicoidal *Composição: RNA, proteínas, lipídeos e carboidratos *Proteínas: nove proteínas estruturais e uma não estrutural Genoma RNA de fita simples, segmentado, de sentido negativo, os segmentos não idênticos codificam genes diferentes. Carregam a RNA polimerase viral que transcreve RNA - em + Rearranjo genético é comum entre os membros do mesmo gênero. Envelope -Hemaglutinina viral (HA) : ligação ao receptor celular -Neuroaminidase (NA): cliva o ácido neuramínico, presente no muco, permitindo a entrada e liberação dos novos vírions. -Glicoproteínas mudam de antigenicidade, nos humanos temos 3 tipos de hemaglutininas e 2 de neuraminidades HKB Heloá Kapor Replicação Transcrição nuclear, na qual a região 5' do RNA celular funciona como molde e ocorre maturação das partículas por brotamento da membrana plasmática. -O reconhecimento e ataque às células do hospedeiro, é realizado através das hemaglutininas. -As HA reconhecem os resíduos de ácidos siálicos nas glicoproteínas nas membranas das células do hospedeiro e induzem a fusão e incorporação destas no envelope viral. ´-O RNA é liberado no interior da célula e, pode ser internalizado no núcleo celular. -Produção de novas moléculas de proteínas e RNA virais. -A liberação de novas partículas virais ocorre pela lisa das células infectadas, por meio da ação das neuroaminidases. -As novas cópias do vírus infectam outras células. Transmissão Quando falamos do vírus sazonal sua transmissão ocorre de 2 a 5 dias após o início dos sintomas. Já, no caso da pandemia por H1N1, a transmissão ocorre de 1 dia antes até 7 dias depois do início dos sintomas. -Direta: ocorre de pessoa a pessoa por meio de gotículas o aerossóis, nos quais os vírus permanecem viáveis por várias horas. -Indireta: objetos contaminados, nos quais os vírus permanecem viáveis por até 4h. Patogênese -Tropismo por epitélio respiratório -Lesão primária no epitélio ciliado -Destruição celular -Descamação da mucosa superficial HKB Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) *Febre acima de 38º *Tosse *Dispneia, acompanhada ou não de: -aumento da frequência respiratória -hipotensão -em crianças: batimentos de asa de nariz, cianose, triagem intercostal e desidratação. *Exames: -alterações laboratoriais: leucocitose e linfocitose -raio X de tórax: infiltrado intersticial localizado ou difuso. *Grupo de risco: imunodepressão, doenças respiratórias crônicas, neurológicas e cardiovasculares, idade inferior a 2 anos e superior a 60 anos e gestação. Complicações -Pneumonia: viral primária, bacteriana associada ou bacteriana pós infecção. -Otite média, sinusite ou exacerbação de asma. Heloá Kapor Diagnóstico laboratorial Amostra de secreção da nasofaringe, colhido de preferência nos primeiros 3 dias do aparecimentos de sinais e sintomas. -Teste rápido de antigênico -PCR em tempo real -Imunofluorescência -Isolamento viral Sintomas -Febre acima de 39º, calafrios, tremores, descarga nasal, espirros, tosse e rouquidão -Dores de cabeça, garganta e muscular, fraqueza e cansaço *Duração: 1 a 4 dias *Tipo A: quadros mais graves *Mortalidade: crianças menores de 10 anos e idosos. Tratamento Inibidores de neuraminidase são altamente eficazes, com menos efeitos colaterais e menor tendência a resistência. Ex: oseltamivir - tipos A e B Prevenção: Vacinas Vacinas com vírus inativados contra Influenza A e B *Preparadas em ovos *Purificadas contendo somente H. -Trivalente (pública): A(H3N2 e H1N1) e B (Victória) -Tetravalente (privada): A(H3N2 e H1N1) e B (Victória e Yagamata) *Anualmente revisadas para incluir amostras circulantes no mundo. tropical é predominante no outono e no inverno, Envelope Envelopados com subtipos A e B -A proteína G foi identificada como a responsável pela adesão do vírus à célula hospedeira. -A proteína F é responsável pela fusão, penetração e formação de sincícios, que causam os efeitos citopáticos do vírus. Forma células gigantes, multinucleadas, denominadas de sincícios. Replicação viral -A partícula viral infectante funde-se com a membrana plasmática e libera o HKB A família paraxymoviridae, inclui os vírus dos sarampo, parainfluenza, caxumba, sincicial respiratório e metapneumovírus. Mas, o mais importante para o estudo atual, é o sincicial respiratório. Características *Vírus: Sincicial Respiratório *Família: Paraxymoviridae *Sub-família: Pneumovirinae *Gênero: Pneumovirus - VSR *Genoma: RNA fita simples - e não segmentado *Período de incubação: 3 a 5 dias *Distribuição sazonal: em climas temperados ele é predominante no inverno e na primavera e em climas Heloá Kapor Paramyxoviridae - Bronquiolites Repositório Unesp nucleocapsídeo viral no citoplasma -Transcrição e replicação do genoma -Transporte das proteínas virais recém- sintetizadas para a membrana plasmática. -A progênie de virions é liberada da célula por um processo de brotamento -O ciclo completo de replicação do paramixovírus ocorre no citoplasma. HKB Mecanismos patológicos O vírus causa infecção localizada no trato respiratório e não provoca viremia ou disseminação sistêmica. -A resposta imune do hospedeiro pode gerar bronquiolite (inflamação do brônquio). -Asvias aéreas dos bebês são mais estreitas e, dessa forma, são facilmente obstruídas pelos efeitos patológicos da infecção do vírus. -Os anticorpos maternos protegem o bebê da infecção. -A infecção natural não previne reinfecção. Transmissão O vírus sincicial respiratório se mantém viável em gotículas e aerossóis, e penetra no corpo humano através das membranas dos olhos, nariz e boca. -Período de incubação: 2 a 8 dias. -Replicação viral intensa na nasofaringe, no início da doença. Bronquiolite Viral Aguda Infecção respiratória aguda, de etiologia viral, que compromete as vias aéreas de pequeno calibre, através de um processo inflamatório agudo, levando a um quadro obstrutivo com graus variados de intensidade -Prematuros, crianças cardiopatas e portadores de doença pulmonar crônica, necessitam de maior atenção. -É a principal causa de internações em lactentes previamente hígidos. -Adultos: quadro semelhante a um resfriado Quadro clínico *Nos primeiros 2 a 4 dias o quadro é inespecífico, com febre, coriza, perda de apetite, irritabilidade e tosse. *Até o 7º dia ocorre uma piora progressiva com sibilos, dispneia e taquipneia, Epidemiologia *33,8 milhões de novos episódios anuais de infecção respiratória no trato inferior em crianças menores de 5 anos de idade. *Aproximadamente, 100.000 óbitos anuais. Heloá Kapor Teste de imunoflorescência demonstrando VSR; Diagnóstico Clínico A identificação do vírus é um fator diagnóstico de grande importância, mas raramente está disponível. -Imunofluorescência da secreção nasal -ELISA -PCR Tratamento O tratamento que será feito, depende da gravidade da doença, sendo que 1 a 2% dos casos em menores de 1 ano, requerem hospitalização. -Palivazumabe é o anticorpo monoclonal que previne as formas graves de infecção pelo VSR em bebês de alto risco, mas é um tratamento caro. -Quadros leves a moderados: podem ser tratados no domicílio, se houver garantia de boa hidratação, controle de febre e observação pela equipe médica. -O principal tratamento para BVA é o oxigênio. é sintetizado a partir do RNA+, e é transcrito e replicado, fornecendo mRNA virais e novos genomas de ssRNA+. 4. Biossíntese: síntese de proteínas estruturais codificadas pelos mRNAs 5. Montagem e brotamento: nas membranas do retículo endoplasmático, nos compartimentos intermediários e complexo de Golgi. 6. Liberação de novos virions por exocitose. Transmissão *Gotículas: contato da saliva do infectado com a mucosa suscetível *Perdigotos: pode ocorrer através do contato das mãos com saliva contaminada que depois é levada à mucosa oral e nasal. Manifestações clínicas *Quadro leve: sintomas inespecíficos, como um resfriado e com febre. *Quadro moderado: dispneia, saturação de O2 menor que 95% , exacerbação dos sintomas iniciais ou apresentar fatores de risco *Quadro grave: choque, disfunção dos órgãos vitais, insuficiência respiratória ou instabilidade hemodinâmica. HKB Heloá Kapor Os Coronavírus são um grupo de vírus, pertencentes à família Coronaviridae, que infectam principalmente o trato respiratório superior em seres humanos, em animais pode causar lesões nos sistemas respiratório, hepático, gastrointestinal e neurológico. Possui os gêneros Alpha, Beta, Delta e Gama, e cada gênero inclui muitos vírus que causam doenças no homem ou em animais. Para o estudo atual, focaremos no Beta. Coroniviridae - Covid-19 P rof Igor R app Características *Vírus: Sars-CoV2 *Gênero: Betacoronavírus *Envelope: esférico com proteínas M, HE, E e S. Genoma RNA de fita simples + e não segmentado -Com RNA polimerase -Associado à proteína N para formação de nucleocapsídeo. Tropismo Receptores de ECA2 e ácido siálico, proteínas de membrana expressa em células nos rins, coração, trato gastrointestinal. vasos sanguíneos e células alveolares AT2 pulmonares. Replicação 1.Adsorção: a ligação das proteínas spike viral e HE aos receptores da célula hospedeira medeiam a endocitose do vírus. 2. Desnudamento: o genoma é liberado no citoplasma. 3. A replicação ocorre no citoplasma: um genoma de RNA HKB Heloá Kapor Obs: a maioria dos casos de síndrome respiratória aguda grave por Coronavírus, evoluem para pneumonia. Diagnóstico Avaliação clínica do paciente e identificação do vírus (amostra de sangue, fezes ou secreções) -PCR em tempo real -Sorologia: IgM, IgA ou IgG -Pesquisa de antígenos -Sequenciamento completo do genoma viral -Raio X ou tomografia do pulmão em busca do aspecto de vidro fosco no parênquima Tratamento -Específico: alguns antivirais estão em teste - Remdesivir -Propostas de terapia com anticorpos de pacientes convalescentes -Anticorpos monoclonais - REGN-COV2: casirivimabe e indevimabe para o tratamento de COVID-19 em pacientes com casos leves e moderado. -Tratamento, prevenção e vigilância de complicações. Vacinas -Ácido nucléico: Moderna, Pfizer e outras 8. -Inativada: Sinovac Biotech, Sinopharm ou Bharat Biotech -Vetor viral adeno: Oxford, CanSino e outras 4. -Subunidade/VLP: Novavax e outras 10. HKB O sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral, transmissível, extremamente contagiosa e muito comum na infância. Os sintomas iniciais apresentados pelo doente são: febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular e corrimento do nariz. Características *Família: Paramuxoviridae *Gênero: Morbilivirus *Genoma: RNA - e não segmentado *Envelope: lipoproteico Patogênese *Interação com receptores -SLAM ou CD150: Linfócitos T e B -CD46; células epiteliais *Replicação pode lisar as células, porém apresentar ciclo lisogênico *Se evadem do sistema imune: o envelope inibe a ação do IF e a produção de IL-12 Epidemiologia -Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo pela OMS, declarando a região das Ámericas livres do sarampo. -2020: O Brasil registrou casos de sarampo em 21 unidades de federadas. Dessas, 17 interromperam a cadeia de transmissão no vírus e quatro mantêm o surto (Pará, São Paulo, Rio de Janeiro e Amapá). -2021: No Brasil, nos últimos 90 dias foram notificados 386 casos de sarampo, confirmados 97, descartados 135 e estão investigação 154 casos. Entre os casos confirmados, 85 foram por critério laboratorial e 12 por critério clínico- epidemiológico. Transmissão -Transmissão por aerossóis: tossir, espirrar, falar, bocejar ou respirar. -Contato direto *Transmissibilidade: inicia-se 4 a 6 dias antes do início do exantema e dura 4 a 5 dias após seu surgimento. Períodos da Sarampo Heloá Kapor Sarampo M icrobiologia M édica - M urray Período de Incubação: 7 a 18 dias Primeiro contato com o vírus -> Penetração das células epiteliais -> Incubação -Multiplicação local do vírus e disseminação para tecido linfoide regional -Ocorre pela ação de leucócitos Período Prodrômico: 2 a 4 dias Viremia primária, multiplicação ativa e ampla disseminação -Sintomas: febre elevada, tosse irratativa, coriza, conjuntivite com fotofobia e manchas de koplik (patognomônica) HKB Heloá Kapor Período Enxatemático: 5 a 6 dias Multiplicação viral no endotélio vascular, combate do vírus por linfócitos e imunodeficientes podem não apresentar enxatemas, -Sintomas: Febre e enxatema máculo/papular Período de Convalescença As manchas tornam-se escurecidas com descamação fina, febre diminui, tosse pode persistir por mais 6 a 10 dias e ocorre produção de memória imunológica. -Sintomas: ocorre em 30% dos casos - otite média e diarreia,. *Pneumonias: complicação com risco de vida mais comum do sarampo, ocorre em menos de 20% dos casos e as complicações pulmonares respondem por mais de 90% dos casos de sarampo relacionados com morte. *Encefalomielite aguda disseminada: é grave, incapacitante e fatal. O curso imprevisível e que pode levar a sequelas neurológicas, e desenvolve-se entre o 6 a 20 dias do enxatema, ocorre em 1 entre 1.000 casos e taxa de letalidade de 20%. Diagnóstico -Clínico: sintomas e características clínicas -Isolamento do vírus de células mononucleares de sangue periférico, secreções respiratórios, conjuntiva, LCR, urina ou tecidos nos primeiros5 dias da doença. -Detecção de Anticorpos: ELISA e IF para dosagem de IgM e IgG. Tratamento Vitamina A: recuperação mais rápida dos linfócitos e melhora na resposta de anticorpos IgG na fase aguda Prevenção - Vacinação Evita a doença se administrada dentro de 72h após contato com o doentes. 1ª dose aos 12 meses e 2ª dose aos 15 meses - Tríplice viral ou tetra viral HKB Heloá Kapor A rubéola, também chamada de sarampo alemão, é uma doença caracterizada por enxatema e linfadenopatia, que acomete crianças e adultos. Rubéola Períodos de Incunbação e Prodrômicos -A incubação dura de 14 a 21 dias -Multiplicação viral na nasofaringe e pulmões -Incubação em tecidos linfoides, causando linfonodomegalia (retroauricular, cervical e occipital), 5 a 10 dias antes do enxatema. Características *Família: Togavírus *Gênero: Rubivírus *Genoma: RNA fita simples + *Envelope: lipoproteico e icosaédrico Transmissão O vírus infecta a nasofaringe e os pulmões e, então, se dissemina para os linfonodos e o sistema monócito-macrófago. -Transmissão por aerossóis: tossir, espirrar, falar, bocejar e respirar. Períodos da Rubéola Período Enxatemático: 5 a 10 dias Enxatema róseo máculo - palpular e punctiforme, distribuição crânio-caudal e febre *Enxatema: Maculopápulas pontuais e rosadas - duração de 3 dias. 1º dia: inicia-se na face alastra-se rapidamente para região cervical, braços, tronco e extremidades, estando todo o corpo coberto no final do dia. 2ª dia: o "rash" começa desaparecer, inicialmente na face, lesões do tronco podem confluir e lesões das extremidades não confluem. HKB Heloá Kapor 3º dia: o "rash" desparece, podendo haver descamação fina. Período de Convalescença Em grávidas, pode atravessar a barreira placentária e causar: aborto, natimorto, surdez, mal formações cardíacas e lesões oculares. Diagnóstico *Predominantemente clínico *Diagnóstico laboratorial -Isolamento do vírus de amostra da região nasal ou da faringe -Detecção de anticorpos IgM ou IgG. -Imunofluorescência indireta -ELISA -PCR Tratamento Não há tratamento antiviral específico Prevenção - Vacina Tríplice ou tetravalente -Crianças: primeira dose até os 12 meses e a segunda dose até os 6 anos, -Homens e mulheres: até 39 anos, uma dose de tríplice -Contra indicada em grávidas HKB hemaglutinina com ácido siálico dos tecidos glandulares, SNC e rim, Transmissão Inalação de secreções respiratórias, mais comum entre pessoas de 5 a 15 anos. Período de incubação: em média 18 dias Excreção na saliva: 5 a 6 dias antes da parotidite e até 7 dias depois. Manifestações clínicas -Cerca de 30% das infecções pelo vírus da caxumba são assintomáticas -Sintomas: febre, cefaleia, mialgia, dor à mastigação e ingestão de líquidos ácidos. -Aumento das glândulas salivares sublinguais, submaxilares e parótida. Características *Família: Paramyxoviridae *Gênero: Paramixovirus *Genoma: RNA sentido negatico *Envelope: lipoproteico Patogênse O vírus entra na célula por uma interação da Caxumba -Parotidite ocorre em 50% dos casos, não é patognomônico. -Orquite em 30% dos homens e ooforite em A caxumba é uma doença infecciosa viral aguda e contagiosa que pode acometer qualquer tecido glandular e nervoso do organismo, porém afeta especialmente as glândulas parótidas (produtoras de saliva) ou as glândulas submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. Heloá Kapor 5% das mulheres -Raras: pancreatite, encefalite, meningite e surdez Tratamento Apenas de suporte Prevenção Tríplice ou tetra viral HKB Heloá Kapor Doença infecciosa de distribuição mundial, com vírus de tropismo primário pelas células hepáticas, que pode se apresentar como doenças agudas ou crônicas, sendo a maioria assintomática. Vírus Possui 5 tipos de vírus diferentes e o predomínio de cada um é heterogêneo no planeta. Nomenclatura utilizada: HxV - Hepatites (A,B, C, D ou E) Vírus. Formas clínicas *Assintomáticas (anictéricas) *Ictéricas típicas *Insuficiência hepática aguda grave (fulminante). Obs: Icterícia - A bilirrubina é produzida de maneira indireta, no fígado ela é convertida em direta, de onde é jogada no canalículo biliar para ser excretada nas fezes e na urina. Icterícia hemolítica: bilirrubina indireta Icterícia obstrutiva: bilirrubina direta - fezes esbranquiçadas e urina escura. Sinais e Sintomas *Hepatites virais crônicas: em pacientes imunocompetentes, a grande maioria dos casos cursa de forma assintomática. *Sintomas comuns: fadiga, mal-estar, náuseas, dor abdominal, anorexia, icterícia, acolia, colúria e diarreia. *Estágios avançados: cirrose e carcinoma hepatocelular. Diagnóstico Laboratorial inespecífico *Aminotransferases (indicam lesão do parênquima hepático) -ALT ou TGP: alanina aminotransferase ou transaminase glutâmico oxalacética -AST ou TGO: aspartato aminotransferasa ou transaminase glutâmico pirúvica. *Bilirrubinas *Fosfatase alcalina *Linfocitose discreta Laboratorial específico *Exames sorológicos *ELISA *ELFA *Quimioluminescência *Biologia molecular *Teste rápido - cromatografia: realizada em UBS, CTA, UTM, CAPS, Unidades de emergência, maternidades, população vulneráveis e locais de difícil acesso. Hepatites Virais HKB Heloá Kapor Características *Família: Picornaviridae *Gênero: Hepatovírus *Genoma: RNA de fita simples + (+ssRNA) *Sorotipo: I, II, III que afetam o homem, sendo que IA e IB no Brasil. Estrutura -Não envelopado Hepatite A (HaV) Microbiologia Médica - Murray Ciclo replicativo *Fase não citopática: replicação *Fase citopática: resposta imune -O vírus entra na mucosa intestinal, atinge o sistema porta e consequentemente os hepatócitos, no receptor celular (integrina-mucina símile classe I), ocorre a internalização do vírus em vesículas, atingindo o citoplasma. -No citoplasma, ocorre alteração do pH no interior da vesícula, com liberação de RNA no citoplasma, para a síntese proteica. -Síntese de RNA complementar de polaridade negativa, molde para as novas fitas de polaridade positiva no Retículo Endoplasmático -Montagem do vírus comas proteínas do capsídeo (VP1, VP2 e VP3). -Liberação na membrana apical do hepatócito, atinge os canalículos biliares e posteriormente o intestino. Evolução clínica A fase infectante dura cerca de 2 a 3 semanas antes da icterícia e 2 semanas após a regressão da icterícia. -Infecção abaixo dos 6 anos: quadro pouco sintomático ou assintomático -Infecção acima dos 50 anos: mais grave e assintomática, com 60% de pacientes com icterícia. -Viremia: em média por 79 dias. -Capsídeo icosaédrico, composto pelas proteínas VP1, VP2 e VP3. -Termoestável -Resistente ao pH ácido -Crescimento lento em cultura e pouco efeito citopático. Contágio *Fecal-oral *Via parenteral em casos de viremia alta *Sexual em população vulnerável. Doença -Órgão-específica -Autolimitada -Benigna: não cronifica -Insuficiência hepática aguda grave, ocorre em idosos e imunossuprimidos com maior risco de quadro grave. Resposta imune *Dano hepatocelular: principalmente em decorrência da resposta imune do hospedeiro, na imunidade celular mediada por LTCD8+. *Anticorpos: -IgM anti-HAV: detectável antes dos sintomas clínicos e decai em cerca de 3 a 6 meses. -IgG anti-HAV: surge logo após a produção de IgM e se mantém indefinidamente, conferindo proteção. HKB Heloá Kapor Hepatite B (HbV) M S - B ra si l Características *Família: Hepadnaviridae *Gênero: Orthohepadnavirus *Genótipos: 8, nomeados de A a J *Genoma: vírus de DNA parcialmente duplicada Envelopado Prevenção *Vacina Parte do calendário vacinal para crianças de 15 meses a 4 anos de idade Evolução clínica M icrobiologia M édica - M urray -O gene que codifica a proteína do envelope: produz 3 formas dessa proteína, pequena (pré-S1), média (pré-S2) e grande (S), que dão origem ao antígeno "s" do vírus da hepatite B. -O gene da proteína de capsídeo: produz tanto a proteína pré-core (Pré C), quanto na região do capsídeo (core - HbC). Pré-C são processados no retículo endoplasmático e um dos produtos de processamento é secretado da célula,dando origem ao antígeno e (HBeAg) Antígenos -Antígeno da hepatite B do capsídeo viral (HBcAg) -> Anticorpo: Anti-HBc -Antígeno da hepatite B da superfície (HBsAg) -> Anticorpo: Anti-HBs -Antígeno secretado durante a replicação (HBeAg) -> Anticorpo: Anti-HBe Contágio *Parenteral *Sexual: IST *Vertical Ciclo replicativo O vírus entra na célula, atinge o núcleo onde o material genético será transcrito. O ribossomo começa a fazer a leitura e formar a nova partícula viral em grande quantidade, de forma que caem na corrente sanguínea vírus completos e incompletos. HKB Heloá Kapor M ic ro bi ol og ia M éd ic a - M ur ra y Evolução clínica Aguda -Aumento sérico das transaminases -Encontra-se: HBV-DNA (+/- 1 mês), HBsAg e HBeAg (+/- 6 meses) e Anti-HBc. -Sinais e sintomas clínicos característicos -Alterações gastrointestinais leves -Icterícia -Convalescença Crônica A persistência do vírus por mais de 6 meses. -Ocorre me 5 a 10% dos indivíduos adultos infectados, em 90% dos recém-nascidos de gestantes com replicação viral, 10% em recém nascidos de gestantes sem replicação viral e 90% dos menores de 5 anos. -25% dos casos crônicos com evidências de replicação viral evoluem para doenças hepática avançada. -Pode ocorrer integração do genoma viral no genoma da célula hospedeira. Oculta A infecção oculta pelo vírus da Hepatite B ocorre em usuário de drogas, imunossuprimidos e hemodialisados. Evolução dos anticorpos -Quando a doença está replicante apresenta antígeno HBe. -Quando a doença está em processo de melhora, apresenta o anticorpo anti HBe. -Quando o indivíduo está curado, ele apresenta anticorpos Anti HBs e Anti HBc. -Quando o indivíduo é vacinado ele apresenta apenas Anti HBs M icrobiologia M édica - M urray Heloá Kapor Hepatite C (HcV) Principal causador de hepatites crônicas, cirrose e transplantes hepáticos. Características *Família: Flaviridae *Gênero: Hepacivirus *Genótipos: 7 tipos, sendo subdivididos em mais de 70 subtipos. *Genoma: RNA de fita simples + (ssRNA+) *Envelopado -Proteína do capsídeo (C) -Proteínas do envelope (E1 e E2) -Proteínas não estruturais: p7, NS2, NS3, NS4A, NS4B, NS5A e NS5B. *Obs: é um vírus extremamente complexo, não sendo possível cultivar em laboratório, sendo estudado por genética recombinante. HKB -Cronificação: o paciente apresenta apenas anti HBc e pode ter retorno de produção de HBe. MS - Brasil Resposta imune Baseado na resposta celular TCD8 e TCD4 para resolução da infecção. -Interferons tipo I: Alfa, Beta (inibição da formação de novos capsídeos) e Gama (inibição da replicação). -Criação de anticorpos Prevenção Vacina Transmissão Parenteral -Alto risco para indivíduos transfundidos antes de 1993 (não havia testes) -Baixa transmissão sexual -Baixa transmissão vertical -Risco acrescido para infectados com HIV Evolução clínica HKB Heloá Kapor Hepatite D (HdV) Microbiologia Médica - Murray Características *Família: Deltaviridae *Gênero: Deltavirus *Genótipos: 1 a 8 *Genoma: vírus RNA fita simples + (+ssRNA) MS - Brasil Prevenção Não há vacina para Hepatite C *Envelope bilipídico contendo as três formas do HBsAG Obs: Para que ocorra a replicação, o vírus HdV, ele precisa do antígeno da superfície do vírus B. Dessa forma, o indivíduo só será infectado pelo HdV, se for previamente infectadado pelo HbV. M icrobiologia M édica - M urray M icrobiologia M édica - M urray Prevenção Como o vírus necessita do antígeno de superfície do vírus B, quando o indivíduo é vacinado para Hepatite B, ele automaticamente está imune à Hepatite C. HKB Características *Família: Herpeviridae *Gênero: Hepevírus *Genótipos: 4, sendo a que apenas o 3-a-j é uma enzoonose. *Genoma: RNA de fita simples + *Estrutura: não envelopado, com capsídeo icosaédrico, termoestável e resistente ao pH ácido. *Frequente na Ásia e na África. Transmissão -Fecal-oral -Alimentar zoonótica -Parenteral vertical Ciclo Replicativo -O antígeno de superfície (HEV) e o receptor clatrina, se juntam permitindo a internalização do vírus -A proteína estrutural pORF3 ancora internamente, no citoesqueleto do hepatócito, iniciando a estruturação do nucleocapsídeo. -O capsídeo contém epítopos que induzem a produção de anticorpos Sintomas É sintomática em 20% dos infectados, principalmente na faixa dos 14 aos 40 anos. -85% apresentam hepatomegalia -Insuficiência hepática aguda grave pode ocorrer em gestantes -A forma crônica é rara, mas acontece em imunossuprimidos Resposta Imune IgM anti-HEV: detectável nas primeiras 2 semanas após o início dos sintomas clínicos e pode persistir até 5 meses. IgG anti-HEV: surge após a produção de IgM e apenas 50% dos indivíduos o mantém. Heloá Kapor Hepatite E (HeV) MS -Brasil MS - Brasil Prevenção Vacina com a proteína ORF2, não recomendada pela OMS e usada somente na China. HKB *Tropismo por células epiteliais, endoteliais, fibroblastos, células musculares e macrófagos (em menor grau). Manifestações clínicas -Febre de início súbito -Mialgia, cefaleia e enxatema -Poliatralgia: principal característica da infecção pelo vírus, é um sintoma debilitante, usualmente simétrica e compromete mais de uma articulação. Pode ou não causar edema, mas este é o único sinal da inflamação. -Pode cursar com 3 fases clínicas distintas: fase aguda (7 dias), subaguda (a partir do 10º dia) e crônica (a partir do 60º); Infecção e Resposta Imune Após a transmissão pela picada de mosquito, os indivíduos infectados experimentam um início agudo da doença que coincide com o aumento do título viral, que desencadeia a ativação de uma resposta imune inata, cuja marca registrada é a produção de interferons do tipo I (IFNs). Os pacientes eliminam o vírus com sucesso aproximadamente 1 semana após a infecção e somente neste momento há evidências de imunidade adaptativa específica ao CHIKV (ou seja, respostas mediadas por células T e anticorpos). Importante, ~ 30% dos indivíduos experimentam sequelas de longo prazo que incluem artralgia e, em alguns casos, a artrite. Heloá Kapor Os arbovírus são vírus que podem ser transmitidos ao homem por vetores ártropodes e pertecem as famílas Togaviridae e Flaviridae. Arboviroses Características *Família: Togaviridae *Gênero: Alphavirus *Genoma: RNA de fita simples + *Vetor: Artrópode - Mosquito O vírus "Chinkungunya" é um vírus encontrado em regiões tropicais e subtropicais da África, nas ilhas do Oceano Índico, no Sul e Sudeste da Ásia. Foi isolado pela primeira vez em 1952 na Tazânia. Chikungunya *Durante a fase aguda, a carga viral pode atingir 10^8 partículas virais por ml de sangue, e a concentração plasmática de iFNs está na faixa de 0,5–2 ng por ml, acompanhada por uma forte indução de outras citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias. *Predomínio de resposta inata HKB Heloá Kapor O Zika Vírus foi isolado em 1947 na flores de Zika em Uganda. Zika Vírus Características *Família: Flaviridae *Gênero: Flavivírus *Genoma: RNA fita simples + *Envelopado *Vetor: Artrópode - Mosquito *Tropismo: células da pele (fibroblastos, queratinócitos e dendríticas), testículo, ovário e tecido embrionário cerebral *Ação dos IFNs -Ativam os granulócitos, macrófagos, células endoteliais e célula T. -Indução do MHC de classe I ou II -Aumento na atividade de NK -Causa a diferenciação das células B e para o ciclo de divisão celular -Diminui a atividade antiviral de outros tipos celulares e interrompe o ciclo de divisão celular -Interrompe a hematopoiese. Transmissão O principal modo é por vetores, mas também é transmitido por via vertical e sexual. Sintomas Quando assintomática, pode causar: enxatema maculopapular, febre baixa, artralgia, mialgia, dor de cabeça e hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido. -Sintomas menos comuns: edema, dor de garganta, tosse e vômitos. -Está associada a: Síndrome de Guillain-Barre e a Microcefalia Resposta imune -Semelhante ad do Cinkugunya, com predomínio de resposta inata e liberação de IFN Doença febril aguda com amplo espectro clínico, que é a mais importantearbovirose que afeta o ser humano. Dissemina-se mais nos países tropicais e subtropicais, onde as condições favorecem o desenvolvimento e a proliferação dos vetores. Dengue Características *Família: Flaviridae *Gênero: Flavivirus *Sorotipos: 4 - Denv1, 2,3 e 4 *Vetor: Artrópode - Mosquito *Genoma: RNA fita simples + HKBDa corrente sanguínea, os vírus são disseminados a órgãos como fígado, baço,nódulos linfáticos, medula óssea, podendo atingir o pulmão, coração e tratogastrointestinal. Patogênese As células dendríticas da pele são as primeiras células infectadas após a inoculação viral pela picada do mosquito O vírus aparecem na corrente sanguínea, desenvolvendo viremia, após a replicação inicial e migração para os linfonodos, durante a fase febril aguda, geralmente por três a cinco dias. Ocorre a liberação de citocinas, como resultado da infecção das células dendríticas, macrófagos e consequente ativação de linfócitos TCD4+ e TCD8+. Ativação de TLR4 pela NS1. Heloá Kapor *Envelopado *Proteínas -Estruturais: Proteína C do capsídeo, proteína do envelope pré-M (precursora de M) e proteína E. -Não estruturais: NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B e NS5, são reguladoras e de expressão do vírus, (replicação, virulência e patogenicidade) Ciclo Urbano Manifestações clínicas Infecção primária -Febre -Prostração -Cefaléia -Dor retro-orbital -Artralgia e mialgia -Náuseas e vômito -Anorexia -Rash (manchas pequenas e arroxeadas pela pele) HKB Quadros Hemorrágicos *Trombocitopenia: caracterizada por diminuição de plaquetas na medula óssea desencadeada aparentemente pelo aumento de INF-alfa, com destruição periférica de plaquetas. *Coagulação: a proteína viral NS1 se liga a trombina formando o complexo NS1- Trombina causam coagulação intravascular e extravasamento de sangue *Aumento de permeabilidade vascular: ativação de células via Toll like recpetor 4, citocinas e sistema complemento. Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) O paciente deve apresentar: -Febre ou história recente de febre de até 7 dias -Trombocitopenia: plaquetas < 100,000/mm³ -Manifestações hemorrágicas -Evidências de permeabilidade vascular -Confirmação laboratorial durante períodos epidêmicos ou interepidêmicos Heloá Kapor 3. Esperar 5 minutos com o manguito insuflado na mesma pressão 4. Depois de 5 minutos desinsuflar e retirar o manguito 5. Deixar o sangue circular por pelo menos 2 minutos. Dengue x Chikungunya x Zika Infecção secundária -Manifestações hemorrágicas -Gengivorragia -Sangramento nasal e gastrointestinal -Hematúria -Fluxo menstrual aumentado Prova do laço Exame que ajuda a identificar a fragilidade dos vasos sanguíneos e a tendência ao sangramento comum. 1.Avaliar a pressão arterial do paciente com o esfigmomanômetro 2.Insuflar novamente o manguito até o valor médio entre a pressão máxima e a mínima FIOCRUZ/2015 HKB Informações gerais *Período de incubação: 3 a 6 dias *Susceptibilidade: todas as pessoas não vacinadas *Viremia: - 24h a48 hs antes e 3 a 5 dias após o início dos sintomas *Imunidade: - ativa: pela vacina (10 anos) e doença (permanente) - passiva: lactentes até o 6º mês de vida • Mortalidade global: de 5-10% , de 40 a 60%(f. grave) Manifestações clínicas *Fase I - Infecção (3 a 4 dias): febre, cefaléia, artralgia, mialgia, bradicardia, proteinúria, aumento de TGO e TGP *Fase II - Remissão (2 dias): paciente se recupera e evolui para a cura. *Fase III - Tóxica (3 a 8 dias): Somente 10% dos pacientes chegam a fase tóxica, e apresentam febre, bradicardia, desconforto epigástrico, icterícia, insuficiência renal, hemorragias, encefalite e falência de múltiplos órgãos. Sinais de alerta para formas graves Patogênese O vírus causa a apoptose de hepatócitos (pouca inflamação), células glomerulares renais e cardiomiócitos (falência da bomba e problemas de condução) -Insuficiência hepática, lesão endotelial e coagulação intravascular disseminada causam hemorragias. Heloá Kapor A Febre Amarela (FA) é uma doença infecciosa viral febril aguda que pode ser transmitida pela picada de mosquitos infectados com o arbovírus amarílico. Febre Amarela Características *Família: Flaviridae *Gênero: Flavivírus *Genoma: RNA fita simples + *Envelopado e icosaédrico Ciclos: Silvestre e Urbano Prevenção -Notificação de casos suspeitos -Combate ao vetor urbano -Vacina: de vírus vivo atenuado, conferindo imunidade em 95% dos vacinados e causa reações leves em 10% destes. É contra-indicada em pacientes com imunodeficiência, menores de 6 meses ou gestantes. No Brasil, só ocorre o ciclo silvestre. HKB Heloá Kapor Características *Família: Rhabdoviridae *Sorotipos: mais de 10 *Genoma: RNA de fita simples com sentido - *Codifica 5 proteínas *Envelopado e em formato de projétil *Replicação no citoplasma Raiva Diagnóstico As amostras coletadas podem ser: saliva, líquido cefalorraquidiano, material de biópsia da pela da nuca, material cerebral de biópsia ou autópsia e esfregaço de impressão de células epiteliais da córnea. -Imunoflorescência direta Encefalomielite viral aguda, sendo uma zoonose que ataca o sistema nervoso e leva à morte em praticamente 100% dos casos. Sendo que os reservatórios de infecção são diversos animais silvestres, cães e gatos, com transmissão acidental ao ser humano. *Adsorção: Proteína G viral - receptor nicotínico de acetilcolina e molécula de adesão da célula neural. Transmissão Introdução do agente causal contido na saliva do animal, através de mordeduras com perfuração na pele. lambeduras em feridas abertas ou mucosas e arranhaduras. -Outras: aerossóis, transplante de órgãos, via digestiva, acidentes laboratoriais e alimentos. Patogênese *O vírus se multiplica no local da mordida. *A replicação ocorre no local de inserção por dias a meses e, depois, o vírus desloca-se por transporte axônico ao sistema nervoso central. *O vírus é disseminado no SNC, pelos neurônios aferentes, para locais altamente inervados, como a pele da cabeça e do pescoço, glândulas salivares, retina, córnea. *Quando o vírus invade o cérebro e a medula espinal, desenvolve-se encefalite e degeneração dos neurônios. *Pouca alteração histopatológica pode ser observada no tecido afetado, a não ser a presença dos corpúsculos de Negri. Pacientes com quadro clínico de encefalite, tendo ou não antecedentes de exposição à infecção pelo vírus rábico. Confirmado *Critério laboratorial: sintomatologia compatível, com IFD ou PCR positivo. *Critério clínico-epidemiológico: quadro neurológico agudo, com hiperatividade, síndrome paralítica com progressão para coma, sem a possibilidade de diagnóstico laboratorial, mas com antecedente confirmado de exposição à raiva. Manifestações clínicas HKB Heloá Kapor -Reação em cadeia da polimerase após transcriptase reversa -As células infectadas terão inclusões intracitoplasmáticas que consistem em agregados de nucleocapsídeos virais (corpósculos de negri) em neurônios afetados. Definição de caso Suspeito Tratamento Não existe tratamento para esta doença e a probabilidade de morte para as pessoas infectadas é extremamente alta e os sobreviventes tem graves sequelas. -Em casos de suspeita ou confirmação de Raiva animal, administrar imediatamente vacina contra raiva e imunoglobulinas séricas após a mordida. Profilaxia Pré-Exposição Deve ser indicada para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus da raiva, durante as atividades ocupacionais, sendo eles: -Veterinários, biólogos, zootecnia, biologia agronomia, agrotécnicas e profissionais de laboratório de virologia e anatomopatologia, espeleólogos, guias de ecoturismos e pescadores -Profissionais da contenção, captura, manejo, coleta de amostras, vacinação e investigação. Profilaxia Pós-Exposição Primeiramente: lavar a área afetada com bastante água corrente e sabão e observar aparecimento de infecção na ferida. Vacina inativada -Deverá ser feita em 4 doses -Via de administração intramuscular profunda utilizando a dose completa Soro Antirrábico SAR ou Imunoglobulina Humana Antirrábica (IGHAR) é feitode imunoglobulinas específicas contra o vírus da raiva e confere imunidade passiva transitória. Resposta Imune -As proteínas virais inibem a apoptose e a ação do interferon. -A imunidade celular parece desempenhar pouco ou nenhum papel na proteção contra a infecção pelo vírus da raiva, sendo citolítica e raramente causa lesões inflamatórias. -Os anticorpos podem bloquear a disseminação do vírus para o SNC e o cérebro, se administrados ou gerados pela vacinação durante o período de incubação. -Período de incubação longo: permite a geração de resposta terapêutica por anticorpos protetores após a imunização ativa com a vacina de vírus rábico inativado. Epidemiologia HKB Heloá Kapor HKB Heloá Kapor *Espécies: Poliovírus, Coxsackievírus A, Coxsackievírus B, Vírus Echo e Enterovírus *Ciclo: lítico *Tropismo: se ligam à molécula de adesão intercelular-1, e tem tropismo para epiteliais, fibroblastos e células endoteliais. Patogênese Enterovírus Infecção viral da infância caraterizada por paralisia flácida aguda. Características - Poliovírus *Família: Picornaviridae *Gênero: Enterovírus *Espécie: Enterovírus C *Sorotipos: 1, 2 e 3 *Genoma: RNA fita simples + *Capsídeo icosaédrico com proteínas (VP1, VP2, VP3 e VP4) Os enterovírus são onipresentes encontrados em todo o mundo e transmitidos para as pessoas principalmente pelo contato fecal-oral. São eles os Coxsackievuses A e B, echovírus e os prototípicos, são as causas da poliomielite. Características *Família: Picornaviridae *Gênero: Enterovírus *Genoma: RNA+ *Não envelopado Poliomielite HKB Heloá Kapor Epidemiologia Ocorre ao longo do ano, com climas temperados, tendo altas taxas de infecção no verão e outono. -Os índices de infecção são mais elevados em lactentes e homens Patogenia Outras doenças A maioria das infecções são assintomáticas e quando ocorre uma doença mais grave, o espectro clínico e a gravidade da doença variam com a idade e status imunológico do hospedeiro. Expectro *Algumas síndromes clínicas, como a meningite viral e a enxatema, são causadas por vários sorotipos de enterovírus *Outros parecem limitadas a subgrupos específicos de enterovírus. Enxatemas *Síndrome mão, pé e boca: doença aguda comum, causada pelo enterovírus A71, que afeta crianças, caracterizada por febre, vesículas orais na mucosa bucal e na língua e lesões cutâneas pequenas e delicadas nas mãos, pés, nádegas e genitais. Manifestações clínicas - A infecção pode ser assintomática ou progredir para doença menor ou maior. -Sequelas: paralisa dos membros superiores e inferiores ou dos músculos do pulmão. Tratamento Não há terapia específica Prevenção - Vacina *Vacina inativada intramuscular (Salk) *Vacina oral (Sabin): consiste de uma mistura de amostras dos 3 sorotipos, atenuadas. Vírus *Enterovírus: ECHO, Coxsackie e Polio *Herpesvirus: HSV 1, VZV, CMB e EBV *Outros: HIV, Sarampo, Caxumba e Rubéola Tropismo: Sistema Nervoso Central *Meningite viral (asséptica): comumente observada em lactentes *Encefalite: causam aproximadamente 5% dos casos são causados por esses vírus. Manifestações Clínicas -Sintomas comuns: febre, vômitos, irritabilidade, cefaléia, sinais de irritação meníngea e enxatema -Sintomas menos comum: Convulsões e alteração do nível de consciência e coma Diagnóstico -Reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa -Análise do licor HKB Heloá Kapor Meningites Virais Meningites Herpéticas -A meningoencefalite pode ser resultado de infecção primária ou reativação dos herpes vírus: HS1 e 2, VSZ, CMV e EBV -Encefalite: HS1 e 2 -Início agudo com febre, convulsões, sinais focais, coma, com comprometimento do lobo temporal -Morbilidade e letalidade elevadas -O prognóstico depende da introdução precoce da terapia antiviral: Aciclovir de 8/8h, por 21 dias. -Diagnóstico -neuroimagem do lobo temporal -eletroencefalograma: alteração topográfica temporal -PCR HKB Heloá Kapor Características - HPV *Família: Papillomaviridae *Gênero: Alphapapillomavirus, Betapapillomavirus e Gammapapillomavirus. *Estrutura: capsídeo icosaédrico *Genoma: DNA fita dupla e circular. Papiloma Vírus Humano *Genótipos -180 podem causar infecção no homem -45 são envolvidos em DST -27 não oncogênicos -12 oncogênicos Tropismo -Uma região precoce E que codifica as proteínas oncogênicas -Uma região tardia que codifica 3 proteínas do capsídeo viral L1 e L2 -Uma região regulatória responsável pela replicação viral. -À medida que a célula da pele infectada amadurece e se direciona para a superfície – liberação viral com as células mortas da camada superior. Integração do genoma viral O HPV é de alto risco quando ocorre a integração do genoma viral ao DNA celular, por meio de uma ruptura próxima ao gene E2, que consiste na perda de função desse gene (controle da transcrição e replicação) -O gene E2 regula a expressão dos oncogenes virais E6 e E7, de forma que há interação entre os oncogenes virais e os genes supressores de tumor do hospedeiro. Proteína E6 HPV E6 se fixa e degrada o produto proteico do p53, livrando a célula da regulação negativa do p53 (Ubiquitinação) Mecanismos de ação Ciclo replicativo -Adsorção (L1 do HPV): proteoglicanos de heparina ou integrina α6 da célula hospedeira. -O HPV promove o crescimento da camada basal, aumentando o número de células espinhosas (acantose). -Tornam a pele mais espessa e promovem a produção de ceratina (hiperceratose), formando assim projeções epiteliais (papilomatose). O E6 inativa o p53, de forma que ele não consegue induzir a apoptose na célula mutada. Proteína E7 A função principal do gene E7 dos HPV de alto risco é desregular o ciclo celular da célula infectada. De forma que, liga-se às proteínas da família pRb – mimetizando uma fosforilação. Essa interação permite que E2F atue na ativação constitutiva dos fatores transcricionais, o que levaria à progressão do ciclo celular, mesmo quando este deveria ser interrompido HKB Transmissão -Contato direto com objetos contaminados -Contato sexual: genital-genital, manual-genital e oral-genital, sendo que uso de preservativo pode reduzir o risco, mas não é totalmente seguro. -Transmissão vertical (rara). Resposta Imune -Os vírus causam a multiplicação benigna das células, formando verrugas. -As imunidades inata (NK) e celular (Linfócito T CD8) são importantes para o controle e resolução das infecções por HPV. -O ceratinócito é um local imunologicamente privilegiado para a replicação. -As respostas inflamatórias são requeridas para ativar as respostas citolíticas de proteção e promover a resolução das verrugas. obs: As pessoas imunossuprimidas têm recorrências e apresentações mais graves das infecções por papilomavírus. Manifestações clínicas A infecção pelo HPV é bastante comum e geralmente de pouca significância clínica (80% a 90% resolução espontânea no primeiro ano), mas em alguns casos ocorre a manifestação mais grave do vírus que é o câncer cervical. Heloá Kapor *99% dos casos associados à infecção pelo HPV - Etiologia - 70% HPV 16, 18 *Quarta causa de morte por câncer em mulheres *Doença totalmente prevenível: detecção precoce = 100% cura HKB Diagnóstico laboratorial Citopatologia "O exame citopatológico é um teste realizado para detectar alterações nas células do colo do útero que possam predizer a presença de lesões precursoras do câncer ou do próprio câncer. É a principal estratégia para detectar lesões precocemente. A técnica de coleta adequada e no momento e condições oportunas garante um espécime de melhor qualidade e fornece resultados mais confiáveis." - FIOCRUZ História Natural da Infecção por HPV e câncer cervical *Infecção pelo HPV --1ano--> Infecção Transitória *Infecção pelo HPV --2anos--> Infecção persistente <--2 a 5 --> Displasia de baixo risco <-- 4 a 5 --> Displasia de Alto Risco <-- 9 a 15--> Câncer Invasivo *Infecção pelo HPV --2anos--> Infecção persistente <-- 4 a 5 --> Displasia de Alto Risco <-- 9 a 15--> Câncer Invasivo Heloá Kapor Colposcopia A colposcopia é um exame ginecológicofeito em laboratório, realizado por ginecologistas ou a pedido deles, capaz de observar o colo do útero, vagina e vulva. Análise da Colposcopia e da Citopatologia HKB Heloá Kapor PCR Identifica a sequência de DNA viral a partir de um primer. Captura Híbrida Hibridização entre o DNA do vírus e sondas para vírus de baixo e alto risco presentes em um coquetel reagente. +: (RLU/PCA) - (RLU/PCB) > 1. Positividade para alto risco Caso seja diagnosticado o HPV de alto risco, deve-se tranquilizar a paciente, recomendar o acompanhamento a cada 6 meses, iniciar o tratamento e realizar a triagem sexual do parceiro. Diagnósticos moleculares Devem ser solicitados quando os laudos laboratoriais forem inconclusivos, o paciente apresenta lesões persistentes, recidivas ou histórico familiar. Entretanto, são exames caros, não recomendados pelo ministério da saúde, não funcionam em mulher menores de 30 anos ou com HPV de baixo risco. Tratamento O objetivo do tratamento é erradicar as lesões e eliminar a infecção. O desaparecimento das verrugas pode levar meses ou anos, então a intervenção é indicada para lesões dolorosas ou volumosas. *A remoção das verrugas por de ser por métodos físicos (crioterapia, eletrocauterização, excisão com alça diatérmica ou laser) e métodos químicos (podofilina ou ácido tricloroacético) *Carcinoma cervical: remoção cirúrgica e quimioterapia/radioterapia Prevenção *Preservativo: previne 100% dos casos de câncer cervical previne 80% dos casos de condiloma *Mudança do comportamento sexual *Eliminação dos fatores de risco *Diagnóstico precoce *Vacinação: Plano Nacional de Imunização -Proteínas L1 de capsídeo, gardasil e cervarix -Vacina recombinante: administração por via intramuscular HKB Heloá Kapor HKBReplicação viral Ocorre a dissolução das proteínas do tegumento no citoplasma da célula para auxiliar na reprodução, com posterior entrada do material genético no núcleo . O RNAm que sai do núcleo é usado para produção de proteínas imediatas, que atuam no núcleo e auxiliam na produção de outro RNAm que produz proteínas rápidas. Essas também vão pro Infecção *Uma das infecções mais comuns em humanos, que infecta diferentes e variados tipos de células, e frequentemente, acometem o sistema nervoso central, podendo deixar sequelas em 80% de suas vítimas. *Em neonatos e imunocomprometidos podem provocar manifestações mais graves. *Período de incubação: 1 a 26 dias *EBV e HHV-8 são associados à cânceres humanos. *Quando esta na fase de latência, o indivíduo não transmite *Pode ser reativado, originando lesões que se localizam no próprio sítio da infecção primária inicial ou próximas a ele. núcleo, auxiliando na formação de proteínas tardias que auxiliam na estrutura do vírus. *Forma um inclusão grande de proteínas dentro do núcleo celular, que empurra o Características *Família: Herpesviridae *Envelope lipoprotéico com espículas de glicoproteínas *Capsídeo com simetria icosaédrico *Tegumento com proteínas e enzimas virais *Genoma DNA de fita dupla linear Heloá Kapor -Codificam glicoproteínas de adsorção e escape do sistema imunológico -Codificam DNA polimerase -A replicação e montagem do capsídeo ocorrem no núcleo *Capacidade de se manter latente nas células de seus hospedeiros Herpes Vírus Humanos conteúdo celular para periferia: Inclusões do Cowdry tipo A. Obs: é visto nos exames - Papanicolau Mecanismos de Evasão Os mecanismos de evasão impedem a exposição de partículas virais no MHC-I e consequentemente, impede ação do LT CD8+. HKB Heloá Kapor Tipos Herpes tipo 1 e tipo 2 O genoma desses vírus codifica cerca de 80 proteínas, sendo que metade está envolvida com a replicação viral e a outra metade com a interação com células e sistema imune. Proteínas Proteína de adesão: gB, gC, gD, gE e gI Proteína de fusão: gB, gH e gL Proteína de evasão: gC, gE e gI - a gC se liga a C3 sérica, diminuindo sua concentração no soro, gE e gI se ligam a fração Fc da IgG e se camuflam do vírus. Infecção *Transmissão: sexual, contato direto ou fômites *Célula-alvo: mucoepiteliais *Causam infecções em latência em neurônios e líticas nas demais células. -Pode atingir de forma primária os neurônios dos gânglios sensoriais dorsais, cérebro ou meninges. *Adsorção: Heparan sulfato *Penetração: Nectina-1 e receptor de TNF-alfa *Herpes 1: afeta lábios, boca, nariz, região intraoral e olhos. *Herpes 2: afeta áreas genitais e circundantes *Pode ocorrer supraposição HKB Fases *Primo-infecção: varia de subclínica a grave, provocando latência em gânglios de nervos cranianos e medula. *Latência: alojamento do vírus nos gânglios sensitivos, podendo originar reativações com diferentes manifestações clínicas, ou permanece em estado assintomático para sua propagação. *Reativação: permite a infecção de novos hospedeiros e o indivíduo infectado mantém-se com uma reserva de infecção para toda a vida. Fatores desencadeantes -Febre, exposição à temperatura fria ou a raios ultravioleta, queimadura solar, escoriações cutâneas ou mucosas. estresse emocional ou traumatismo nervoso Manifestações clínicas Desenvolvimento de vesículas pequenas e cheia de líquido com vírions infecciosos, as quais formam elevações na pele ou qualquer outra membrana mucosa do corpo, como forma de manifestação primária ou reativação do vírus. Geralmente, se rompem formando úlceras dolorosas, precedidas de ardência, prurido e dor. Heloá Kapor Varicela Zoster ou Catapora, é a manifestação primária do HHV-3, vírus altamente contagioso Características *Transmissão: DST, secreções, lesões ou fômites *Período de incubação: 14 a 16 dias. *Complicações: infecções bacterianas secundárias *Crianças: Benigna e auto limitada *Adolescente e adultos: exuberante HKB Heloá Kapor A manifestação consiste em erupção vesiculosa, em área bem definida, acompanhando o trajeto do nervo infectado Afeta, preferencialmente, indivíduos idosos ou imunocomprometidos, podendo gerar complicações graves como lesões hemorrágicas, pneumonias e encefalites Sintomas -Enxatema máculopapular -Lesões vesiculares -Pústulas -Crostas -Febre -Prurido Varicela-Zoster (HHV-3) Herpes zoster A herpes é resultante da reativação do vírus latente da varicela zoster em indivíduos parcialmente imunizados após infecção prévia, envolve os pontos de alojamento do vírus atente (gânglios sensitivos) e suas áreas de inervação *Doença: Mononucleose ou doença do beijo *Transmissão saliva *Incubação: 30 a 45 dias com infectividade de 1 ano ou mais. *Proteínas O EBV possui 10 genes transformantes, tendo 1 gene que codifica a proteína latente de membrana (LMP), cuja expressão só ocorre em células transformadas. Ela ativa fatores de transcrição e interage com moléculas células de sinalização, podendo ter papel importante na oncogênese. Pois transforma morfologicamente linfócitos B e células epiteliais, além de prevenir a apoptose mediada pela p53 e induz a expressão de bcl-2, oncogene que promove a sobrevivência celular; Epstein-Barr (HHV-4) Sintomas -Febre alta -Tosse -Adenopatia cervical ou generalizada -Esplenomegalia -Hepatomegalia discreta •-Faringo-amigdalite exudativa Complicações: -Anemia hemolítica -Meningite ou Encefalite -Associado a Linfoma de Burkitt, doença de Hodgkin, carcinoma nasofaríngeo, linfomas de células B *Exame: linfócitos atipicos HKB O citomegalovírus possui um tegumento com RNA e seu único reservatório para transmissão é o homem. A fonte de disseminação pode ser: secreções respiratórias, saliva, urina, secreção de colo uterino, esperma, colostro ou leite materno. *Latência: pode permanecer latente no interior de vários órgãos e ser reativado em decorrência da depressão da imunidade celular, em situações como a gravidez e doenças como a AID, uso de drogas imunosupressores *A infecção primária pode ocorrer no período pré-natal, perinatal ou pós natal. Citomegalovírus (HHV-5) Heloá Kapor *Transmissão: vias respiratórias, sangue, vertical e sexual *Em imunocompetentes:curso assintomático *Em imunocomprometidos: -Lesões ulceradas na boca, garganta, faringe, esôfago, estômago, intestinos grosso e delgado. -Coriorretinite (pode levar a cegueira) -Calcificações intracranianas HKB Oncovírus, com 12 genótipos, presente em células endoteliais e fusiformes e latente em línfócitos B. Os indivíduos infectados produzem anticorpos detectados no sangue, assim como o DNA do vírus. Formas da doença *Clássico: comum em idosos, indolente, sem comprometimento visceral *Endêmico: comum em crianças e jovens do sexo masculino, sistêmica e com rápida evolução *latrogênico: corticoide – induzido e pós transplante *HIV/AIDS – associado *Transmissão: saliva *Criança: enxatema súbito - roséola *Adultos: síndrome mononucleose like, linfadenoátia persistente, hepatite fulminante, desordens autoimunes, esclerose múltipla e infecção generalizada. Heloá Kapor Sarcoma de Kaposi Lesões múltiplas, que podem aparecer na forma de manchas ou nódulos, podendo ser superficiais (epiderme) ou profunda (vísceras) Herpes vírus 6 (HHV-6)/(HHV-7) Herpes vírus 8(HHV-8) Características do HIV *Família: Retroviridae *Subfamília Orthoretrovirinae -Gênero Lentivírus: vírus da imunodeficiência humana (HIV-1 e HIV-2) - citopáticos -Gênero Deltaretrovirus: vírus linfotrópicos de células T humanas (HTLV-1 e HTLV-2) - proliferativos *Genoma: Compostos por duas moléculas iguais de RNA de cadeia simples de polaridade positiva (+ssRNA) - gag: produz as proteínas do capsídeo -pro: relacionada à protease viral e proteínas do envelope -pol: codifica a transcriptase reversa e integrase (partícula viral) -env: codifica a gp 160 HKB Heloá Kapor Adsorção na célula-alvo *Infecta células humanas com receptores CD4+CCR5 ou CD4+CXCR4 (LTCD4+, monócitos, macrófagos, células dendríticas foliculares, células da micróglia e astrócitos) *Provoca imunodeficiência, conhecida como AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) que pode ser assintomática por anos. *Transmissão: -Sexual -Sangue e hemocomponentes -Vertical Vírus da Imunodeficiência Humana Replicação viral HKB Heloá Kapor História Natural da Doença *Fase aguda: multiplicação abundante do vírus, causando decaimento no número de LT CD4+. Seguida do início da resposta imune adaptativa e diminuição da carga viral. *Fase crônica: Baixa carga viral, com o número de LTCD4 aumentado desde a fase aguda, mas nunca normal/ igual antes da infecção *Fase de Crise: decaimento de LT CD4 facilitando infecções oportunistas > “Ponto de não retorno” Robbins Epidemiologia *A AIDS causou uma pandemia em 1981 *Por volta de 1915 a 1945 houveram eventos de transmissão, que resultaram em um sucesso de adaptação do HIV *Até 2018: -74,9 milhões de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia -32 milhões morreram de doenças relacionadas à AIDS desde o início da epidemia Infecção *As principais ias de transmissão são as relações sexuais sem preservativos e uso de drogas injetáveis. *Mucosa com processo inflamatório facilita a infecção *Apresenta-se como doença sintomática transitória, sendo aguda em 40% dos casos. *Caracteriza-se por altos níveis de replicação viral e resposta imune adaptativa frente o vírus. *Processo de infecção: 1. Disseminação do vírus nas mucosas; 2. Infecção produtiva no tecido linfoide e gânglios regionais; 3. Fase exponencial de replicação viral; 4. Disseminação hematogênica para o resto do organismo; 5. Diminuição quantitativa de LTCD4+ (podendo ocorrer infecções oportunistas); 6. Comprometimento qualitativo dos LTCD4+; 7. Formação de reservatório de LTCD4+ de memória infectados (sobrevida de cerca de 120 dias). *Anticorpos: A formação de LTCD8 específicos para o HIV, que atacam CD4 infectados e aumentam a destruição maciça dos Cd4 HKB Heloá Kapor Diagnóstico laboratorial A soroconversão, costuma ocorrer de 1 a 10 semanas após a infecção, ocorrendo a formação de IgM de 2 a 8 dias e de IgG de * a 14 dias, elevando-se até os 190 dias. *Detecção de anticorpos -Teste de Western blotting: após o paciente ser diagnosticado soropositivo, é usado para confirmar pois indica para quais proteínas o individuo criou anticorpos e quanto tempo de infecção. • Infecção aguda: p24, gp41, gp120, gp160 • Infecção crônica: p17, p24, p31, p39, gp41, p51, p55, p66, gp120, gp160 -ELISA *Detecção do genoma viral: PCR e RT-PCR *Contagem de LTCD4+: alerta clínico quando menor que 500 células/mm³ Contagem de LTCD4+ HKB Heloá Kapor Sinais Clínicos -Perda de peso sem motivo aparente -Cansaço -Sudorese noturno -Anorexia -Diarreia crônica (>1mês) -Febre de mais de 38º (>1mês) Abaixo de 500 células/mm3: risco Abaixo de 350 células/ mm3: risco acrescido Abaixo de 200 células/mm3: imunossupressão Transmissão ocupacional Fatores de risco: *Profundidade e extensão do ferimento. *Presença de sangue visível no instrumento que produziu o ferimento. •*Exposição envolvendo agulha inserida diretamente na veia ou artéria de paciente portador de HIV. *O paciente, fonte da infecção, ter evidências de imunodeficiência avançada (sinais clínicos da doença, carga viral elevada, LTCD4+ baixo)* Terapia Antirretroviral (TARV) *Inibidores da Transcriptase Reversa: são drogas que inibem a replicação do HIV, bloqueando a ação da enzima transcriptase reversa, que age convertendo o RNA viral em DNA. Ex.: AZT, Nevirapina *Inibidores da Protease: agem no úl3mo estágio da formação do HIV, impedindo a ação da enzima protease. Essa enzima é fundamental para a clivagem das cadeias proteicas em proteínas virais estruturais e enzimas que formarão cada nova partícula viral. Ex.: Ritonavir *Inibidor de fusão (o T20): U3lizado em casos de mul3rresistência. Ex.: Enfuvir3da Obs: No Brasil, para os casos em início de tratamento, o esquema inicial preferencial deve ser a associação de dois ITRN/ITRNt – lamivudina (3TC) e tenofovir (TDF) – associados ao inibidor de integrase (INI) – dolutegravir (DTG) Carga viral indetectável *Quando o paciente apresenta carga viral indetectável, ele não é mais transmissor do vírus, entretanto, pode ser recontaminado. *Quando a mulher tem carga viral indetectável, ela pode engravidar e o feto não corre risco, mas o prato tem que por cesárea com a mãe no soro com AZT e ela não pode amamentar UNAIDS - Meta de tratamento para todos 90% de todas as pessoas que vivem com HIV saibam seu status 90% das pessoas que vivem com HIV tenham iniciado o TARV 90% das pessoas sob tratamento tenham carga viral indetectável Profilaxia HKB Heloá Kapor MS - Brasil HKB Heloá Kapor Poder dos medicamento antrirretrovirais UNAIDS HKB Heloá Kapor Referências Bibliográficas • MALE, D. et al. Imunologia. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. • KORSMAN, S.N.J et. al. Virologia. 1 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. • MURRAY, P. R.; ROSENTHAL, K. S.; PFALLER, M. A. Microbiologia médica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Microbiologia, Gerard J. Tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case – 12. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2017. • OPAS - Organização pan-americana de Saúde – Disponível em: https://www.paho.org/pt/covid19 • Ministério da Saúde: COVID-19 – Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br •Levinson, AMGH, 20 Warren. Microbiologia e imunologia médicas 13. ed. – Porto Alegre •Leto et al., Infecção pelo papilomavírus humano: etiopatogenia, biologia molecular e manifestações clínicas.. An. Bras. Dermatol. vol.86 no.2 Rio de Janeiro Mar./Apr. 2011. •Informe técnico sobre a vacina papilomavírus humano (HPV). Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/junho/26/Informe-T-- cnicoIntrodu----o-vacina-HPV-18-2-2014.pdf. • hKp://www.aids.gov.br/pt-br • hKp://www.aids.gov.br/pt-br/profissionais-de-saude/hiv/protocolos-clinicos-e- manuais
Compartilhar