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Deficiência Intelectual e Transtorno Global do Desenvolvimento/Transtorno do Espectro Autista Sumário UNIDADE I - DEFICIÊNCIA FÍSICA .............................................................................. 3 UNIDADE II - TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO - TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA .......................................................................................... 18 UNIDADE I - DEFICIÊNCIA FÍSICA I-I Introdução Os textos abaixo se constituem como uma compilação e síntese do tema, ou seja, uma reunião de vários textos analisados e organizados pela ótica de vários autores relevantes para o tema em questão e no contexto da Educação Especial. Segundo (CAMPELO, 2016), “o termo deficiência significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou agravada pelo ambiente econômico e social (BRASIL, 2001)”. Baseado nessa afirmação, o sujeito pode ser deficiente ou estar deficiente, ou seja, restrito de uma condição física ou psicológica, temporária ou permanente. Entre essas limitações existem especificidades que são definidas por um conjunto de fatores interligados, tais como a estrutura da própria deficiência, a constituição orgânica e subjetiva, como as suas vivências e condições socioambientais. Segundo ANAPDES LEONART (2007) ”as pessoas com deficiências, ao longo da história da humanidade, tem recebido diversos tratamentos. Os registros mais antigos dão conta que alguns povos simplesmente as exterminavam, outros, que as excluíam ou segregavam do convívio social. Só muito mais recentemente passaram a serem aceitos de fato como sujeitos de direitos, e a sociedade começou a empregar o termo integração, para indicar que as pessoas com deficiência podiam participar dos atos da vida civil”. A visão da deficiência, hoje, é o reflexo do passado, ainda muito enraizado no olhar e modo de vida da sociedade. Sociedade essa que ora subestima a capacidade do sujeito tratando-o como incapaz, ora o exclui e/ou segrega. O termo integração surgiu no texto da Lei N° 7.853/89. Essa dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua Integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Portanto, o final dos anos noventa, foi o marco da diferença, quando surge a expressão inclusão sócia, chamando para si a missão de assentar plenamente a igualdade no seio da sociedade. A partir de então, a escola assume papel muito importante na propagação da inclusão e do acesso à cidadania de pessoas com deficiências. Segundo (SS DIAS, 2013) “hoje um número expressivo delas atua com maior autonomia em diferentes contatos sociais e de trabalho, conquistando posições de respeito e equidade”. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: CONCEITOS Segundo (MOREIRA, 2011) “o quociente médio de inteligência é 100 e aceita-se como desvio-padrão dessa média o valor 15. O funcionamento intelectual significativamente inferior à média é definido com um QI de 70 ou abaixo, em resultados obtidos da realização de um teste individual de QI. Em função da severidade, a OMS (1968) recomenda a subclassificação ao Retardo Mental (RM) em: leve: QI 70-50; Moderado: QI 50-35; Severo QI 35-20; Profundo: QI abaixo de 20. Segundo a descrição do DSM-IV (2002) a característica essencial do retardo mental é apresentar um funcionamento intelectual significantemente inferior à média com manifestações inferiores aos 18 anos, e limitações associadas a 2 ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: comunicação, cuidados pessoais, atividades acadêmicas, saúde, lazer e trabalho. Esta também é a definição de deficiência mental (DM) adotada pela Associação Americana de Retardo Mental (AAMR, 1992). O funcionamento acadêmico é definido pelo coeficiente de inteligência (QI ou equivalente), avaliado por testes como: Escala de Inteligência para Crianças de Wechsler-Revisto, Stanford Binet, Bateria de Avaliação Infantil de Kaufman, entre outro. Em junho de 2006, os membros da AAMR votaram pela mudança do nome para Associação Americana de Desabilidades Intelectuais e do Desenvolvimento, segundo a tendência da Organização Mundial de Saúde que substitui o termo Retardo Mental por desabilidade intelectual que no Brasil corresponde à Deficiência Intelectual (DI). Também de acordo com Moreira (2011), acredita-se que as estimativas do número de pessoas com DI tenham relação com o grau de desenvolvimento do país, situando-se entre 4,6% nos países pobres e 2,5% nos mais desenvolvidos, segundo o Relatório da ONU de 2001 sobre doenças mentais referido em Psiqweb”. Segundo AMSM, Moraes (2006) “a deficiência mental afeta entre 2 a 3% da população geral e 1% das crianças em idade escolar. No Brasil, 1,6 da população apresenta essa condição, valor provavelmente subestimado, mas suficiente para ser considerada como problema de saúde pública”. CAUSAS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: Segundo (SCHWARTZMAN & LEDERMAN, 2017), “Há vários fatores de risco que devem ser considerados quando tentamos estabelecer a etiologia dos quadros que cursam com Deficiência Intelectual. Desde já é importante deixar assinalado que, apesar da utilização de protocolos de investigação bastante abrangentes, em número significativo de casos não conseguiremos identificar a causa. Estima-se que isso ocorra em cerca de 50% dos casos. Cerca de 10% das crianças com retardo global no desenvolvimento ou com Deficiência Intelectual apresentam alguma anormalidade citogenética, e em 40% destas não há alterações dismórficas evidentes. Uma forma relativamente simples e didática de classificar os fatores de risco de condições que podem estar relacionados com a Deficiência Intelectual é a seguinte: fatores pré-natais (genéticos: cromossômicos e gênicos) e causas múltiplas, fatores perinatais, fatores pós-natais e fatores desconhecidos”. Diante dos fatos acima citados vale ressaltar que estamos diante de causas variadas e indefinidas, destacando-se os danos genéticos: causados por genes herdados pelos pais; durante o pré-natal: causado por doenças como rubéola, sarampo, meningite, uso de drogas como o álcool; perinatal: causado por problemas durante o parto, como hipóxia neonatal; pós-natal: causado também por doenças, por acidentes, lesões no cérebro decorrente de quedas, privação de carinho, afeição e estimulação. SINTOMAS DA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: Segundo Ribamar Correia (2018) “a Deficiência Intelectual é caracterizada por limitações nas habilidades mentais gerais. Essas habilidades estão ligadas a inteligência, atividades que envolvem raciocínio, resolução de problemas e planejamento, entre outras. A inteligência é avaliada por meio do Quociente de Inteligência (QI) obtido por testes padronizados. O resultado de uma pessoa com Transtorno de Desenvolvimento Intelectual nessa avaliação situa-se em 75 ou menos. Possuem limitações significativas em pelo menos duas das seguintes áreas: A) Aprendizagem e autogestão em situações da vida, como cuidados pessoais, responsabilidades profissionais, controle do dinheiro, recreação, controle do próprio comportamento e organização de tarefas escolares; B) Comunicação; C) Habilidades ligadas à linguagem, leitura, escrita, matemática, raciocínio, conhecimento, memória; D) Habilidades sociais/interpessoais (habilidades ligadas à consciência das experiências alheias, empatia, habilidades com amizades, julgamento social e autorregulação). A pessoa com DI tem dificuldade para aprender, entender e realizar atividades comuns para as outras pessoas. Muitas vezes, essa pessoa se comporta como se tivesse menos idade do que a idade cronológica”. Segundo (SCHWARTZMAN & LEDERMAN, 2017), “entre as pessoas com DI, além dos problemas inerentes àsdificuldades intelectuais e aos outros sinais e sintomas eventualmente presentes, há também incidência aumentada de problemas de saúde geral, como manifestações convulsivas (9 a 32%), obesidade (29% a 50%) e doenças cardiovasculares (7% a 55%), e as morbidades psiquiátricas bastante comuns”. TIPOS DE DEFICIÊNCIA INTECTUAL: Alguns dos principais tipos de DI são: Síndrome de Down; do X-Frágil; de Prader-Wlli; de Angelman; de Williams. SÍNDROME DE DOWN Segundo (PAIVA, C. F. ET al), “a Síndrome de Down (SD) é uma anormalidade, trata-se de uma desordem cromossômica que se caracteriza pela trissomia do cromossomo 21, ou seja, os sindrômicos apresentam três cromossomos 21, ao invés de dois. (Pueschel, 1993, p. 54) aponta que “geneticistas detectaram, subsequentemente, que, além deste, havia outros problemas cromossômicos em crianças com Síndrome de Down, ou seja, translocação e mosaicismo”. Isso pode acontecer em todas as famílias independente de cor, raça, sem nenhuma relação com o nível cultural, social, ambiental, econômico, etc. Ela pode ser diagnosticada na gestação quando a mãe está na fase do pré-natal, por meio de exames clínicos. O diagnóstico pode ser feito também após o nascimento da criança e inicialmente por parte das características que são muito comuns aos portadores de Síndrome de Down, como por exemplo, cabeça mais arredondada, olhos puxados, boca pequena, entre outras. Apesar de não haver cura, pesquisas no mundo todo têm sido realizadas nesse sentido e a qualidade de vida dessas pessoas tem sido melhorada significativamente. O mais importante é descobrir que o sindrômico pode alcançar um bom desenvolvimento de suas capacidades pessoais e avançar crescentes níveis de realizações e autonomia. Sendo capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e digno na sociedade, sendo como qualquer outra criança normal, em certos momentos”. SÍNDROME DO X-FRÁGIL Segundo (BOY, 2001), “a síndrome do X frágil é a causa mais frequente de retardo mental herdado, com uma incidência estimada de 1/4.000 em homens e 1/6.000 em mulheres, e, é causada por uma expansão de trinucleotídeos CGG no primeiro exon do gene FMR, localizado na região Xq27. no cromossomo X. A clonagem desse gene em 1991 propiciou o diagnóstico molecular acurado. Indivíduos afetados apresentam acima de 200 repetições da sequência CGG, sendo chamados de portadores da mutação completa. Esta expansão é acompanhada por hipermetilação anormal da ilha esta doença é subdiagnosticada na população pediátrica. Desta forma, torna- se importante definir critérios clínicos para identificar os indivíduos que devam SÍNDROME DE PRADER-WILLI (SPW) Segundo (PASSONE, 2018) “indivíduos com SPW têm suas habilidades cognitivas, de comunicação e sociais prejudicadas. Eles podem ter comportamento compulsivo, manipulador e controlador, incluindo teimosia, episódios de birras e dificuldades com mudanças de rotinas. Também apresentam deficiência intelectual leve, com um QI médio de aproximadamente 65-70. Um estudo comparou imagens de ressonância magnética do cérebro e habilidades cognitivas e mostrou redução dos giros corticais principalmente nos lobos frontal, temporal e parietal, independentemente do subtipo genético. Houve forte correlação entre as alterações nessas regiões cerebrais e o corticais parietais frontais estão implicadas na função cognitiva, que inclui memória, regulação da atenção e linguagem. Portadores da síndrome são propensos a problemas comportamentais mais graves e até 85% apresentam escores clinicamente elevados em questionários de avalição comportamental. outros. O Comportamento agressivo é frequente e acessos de raiva ocorrem em 88% dos indivíduos com idade entre 4 e 16 anos, mas a gravidade desses problemas varia amplamente. Estudos sugerem uma forte associação entre SPW e psicose atípica. Os episódios relatados tiveram, em geral, início súbito e na triagem diagnóstica. No entanto, em função de sua variabilidade fenotípica, ser selecionados para efetuar os estudos diagnósticos específicos. comprometimento verbal e baixo escore de QI no grupo com SPW. As áreas Apresentam altos índices de sintomas obsessivo-compulsivos, podendo estar relacionados a excesso de acumulação, rituais repetitivos, fala excessiva, entre CpG, resultando em silenciamento da transcrição e ausência da proteína FMRP . Na população normal, o número de repetições CGG é polimórfico e varia de 6-547. Indivíduos, fenotipicamente normais, que apresentam repetições CGG entre 55-200 unidades são chamados de portadores da pré- mutação. O fenótipo associado à síndrome do X frágil na população masculina adulta está bem determinado, sendo utilizados sistemas de pontuação clínica complicações são as principais causas de morbidade e mortalidade em indivíduos com SPW”. Segundo (RAMALHO,2015), “as crianças que sofreram exposição intra- uterina ao álcool, apresentam inabilidade na aprendizagem, com grandes déficits de linguagem, leitura e matemática. Para debelar essas dificuldades, as crianças devem ser estimuladas com a implementação de rotinas diárias; instruções verbais, passo a passo; uso de material visual para acompanhar as instruções verbais; minimizar as distrações visuais e auditivas; usar materiais facilmente visualizados e atrativos e apoio visual para a realização de tarefas. No que se refere à educação no ensino do 1º ciclo do ensino básico, ela deve rentabilizar ao máximo todas as potencialidades dos alunos com DM permitindo-lhes valências para se desenvolverem como seres humanos autônomos e que possam enfrentar com segurança o que as espera no futuro (1969): socialização; independência; destreza; domínio do corpo; capacidade perceptiva; capacidade de representação mental; linguagem e afetividade Deverá ter-se em conta as características e necessidades individuais de cada criança para se formular objetivos e conteúdos dos programas de aprendizagem, devendo o ensino ser individualizado”. compulsivos e à falta de habilidades sociais na SPW. A obesidade e suas SÍNDROME DO ALCOOLISMO FETAL promoção de práticas repetitivas para poderem adquirir habilidades; explicar- lhes detalhadamente as relações de causa/efeito; explicar minuciosamente as Para que estas crianças adquiram as capacidades que lhes permitam desenvolver-se, Speck (1997) menciona várias áreas estabelecidas por Back muitas vezes incluíam características depressivas, com boa resposta à farmacoterapia e hospitalização. O comportamento repetitivo e ritualístico de indivíduos com SPW pode ser diferente do que se observa no Transtorno Obsessivo-Compulsivo, mas pode guardar semelhanças com as características do Transtorno do Espectro Autista (TEA). A denominação “sintomatologia autista” pode ser apropriada quando nos referimos aos comportamentos geralmente nascem com aparência e desenvolvimento inicial indistinguível de outros bebês saudáveis. A gestação costuma ser normal, os bebês nascem com tamanho e peso normais e, em geral, não há nenhum indício que possa anormalidade. Somente entre 6 meses e 1 ano é que começa a aparecer o retardo em seu desenvolvimento. Talvez um dos primeiros indícios seja a facilidade em sorrir e rir. Já muito cedo essas crianças sorriem mais que o usual, um fato inexplicável até o momento. Sinais de hipotonia podem se alimentação. Além do retardo em todos os marcos do desenvolvimento, hiperatividade, risadas explosivas, ausência de linguagem verbal (restrita à aparecimento de crises convulsivas, que ocorrem em 80% dos casos, geralmente antes dos 4 anos de idade, podem levar o médico a diagnosticar a AS. Porém, a idade média de diagnóstico gira em torno dos 6 anos de idade e muitos pais ficam anos à procura de respostas. O comportamento de alegriacontagiante das crianças afetadas, sua disposição social e a facilidade de satisfazer emocionalmente a criança com AS também podem levar muitos pais a ignorarem por bastante tempo a condição. Um dos sinais diagnósticos típicos é um padrão de eletroencefalograma (EEG) característico, com ondas trifásicas amplas e picos lentos. O desenvolvimento motor dos portadores da AS mostra déficits desde os 6 ou 7 meses de idade, com atraso nos marcos mais característicos. Raramente sentam sem apoio antes do primeiro ano de vida e geralmente só conseguem andar sozinhas em torno dos 4 anos de idade ou mais, e cerca de 10% não desenvolvem ambulação. O seu andar é característico, desajeitado, como que desequilibrado, com frequência sendo acompanhado por tremores, com os SÍNDROME DE ANGELMAN Segundo (MARIS, 2011), “as crianças com a síndrome de Angelman levar os pais ou os médicos pediatras a suspeitarem de qualquer manifestar com dificuldades para sucção e deglutição, dificultando a sonorização de três a cinco sílabas e raramente quatro a cinco palavras) e o braços posicionados com cotovelos flexionados, os antebraços erguidos e as mãos flexionadas para baixo. Todos apresentam dificuldade em coordenar a musculatura motora voluntária e possuem hipotonia do tronco e ao mesmo tempo contratividade de membros. A hiperatividade e a hiperexcitabilidade colocando na boca, assim como os próprios dedos. Mais tarde, é comum empurrarem, puxarem cabelos, beliscarem e morderem outras crianças. Mesmo sem nada na boca, são frequentes os movimentos de mastigação, e sua dificuldade com a deglutição pode levá-los a apresentar sialorreia (escape oral de saliva) em graus variados. Além das dificuldades com alimentação, hiperatividade e pacientes com a síndrome, tornando-se um transtorno para toda a família e por isso é frequente que sejam administradas medicações para dormir. Principalmente na infância, há grande dificuldade para pegar no sono e muita facilidade para acordar e uma aparente necessidade de somente cinco a seis horas de sono por noite, sem que isso perturbe a sua disposição e atenção durante o período de vigília. Os indivíduos com AS atingem uma idade mental e funcional máxima considerada equivalente a 12 e 30 meses de idade. Sua capacidade de compreensão é muito maior que sua capacidade de verbalização. Parece haver influência do tipo de mutação nessa condição, e os caracterizam pela ausência total de linguagem, seguidos pelos que têm mutação no gene UBE3A, que podem chegar a falar duas a cinco sílabas e, eventualmente, três a quatro palavras. Os menos afetados são os portadores de dissomia uniparental, cujo vocabulário pode chegar a mais de dez palavras, porém nunca há aquisição de crianças pequenas com AS sempre estão manuseando algum brinquedo e o hiperexcitabilidade, os distúrbios do sono também são muito comuns em mais comprometidos são aqueles com deleções mais extensas, que se linguagem verbal com mais de algumas palavras, exceto para casos de mosaicismo somático. A ausência de linguagem verbal associada ao comportamento de risadas reativas e descontroladas e a ausência de regressão nas habilidades adquiridas tendem a ser marcos inconfundíveis da estão em 100% dos casos, sendo que reagem aos menores estímulos físicos e mentais com explosões descontroladas de risos, vocalizações (gritos de excitação) e com agitação (abano) das mãos. Apesar desse comportamento ser descrito como um mero reflexo motor tem-se a impressão de que os afetados tendem a se sentir felizes e satisfeitos, exceto quando não estão conseguindo comunicar um desejo. Por causa de sua hiperatividade, as sucesso é praticamente nulo. Por isso, a intervenção no quesito comunicação deveria se concentrar no desenvolvimento da capacidade de comunicação não verbal, ensinando-se comunicação com utilização de imagens, fotos e gestos, uma vez que a frustração com a incapacidade de comunicar seus desejos ou expressar sua contrariedade são as principais causas que originam comportamentos agressivos em portadores de AS. de supervisão durante as 24 horas do dia. Apesar de desenvolverem certa independência para realizar algumas atividades, não têm noção de perigo e tendem a sempre necessitar de ajuda para realizar as tarefas mais básicas, como tomar banho, escovar os dentes, comer e vestir-se. Muitos aprendem a se despir e a manusear talheres simples, especialmente colheres. Um terço a 50% aprendem a utilizar o banheiro durante o dia, porém é comum molharem a cama à noite. Podem exibir hipersensibilidade ao calor e uma das características marcantes em portadores da AS é sua fascinação por água, não sendo incomum jogarem-se em uma piscina com roupa. Gostam de ver fotos, manusear plásticos brilhantes ou papéis metalizados, como as embalagens de salgadinhos, balões e outros brinquedos que chamam atenção e não exigem coordenação motora fina. A entrada na puberdade ocorre no período normal, assim como o desenvolvimento sexual. Indivíduos com AS são férteis e há ao menos um caso esforços consistentes para intervir no desenvolvimento da linguagem verbal, o Os indivíduos com AS necessitam de suporte intenso por toda a vida e escutar música alta – inclusive para dançar –, assistir à TV, assim como relatado de uma mulher com AS transmitindo a mutação para uma filha. Sua expectativa de vida sob cuidados é considerada normal, porém, após os 50 anos, podem apresentar distonia ou parkinsonismo”. síndrome, servindo quase sempre para a suspeita inicial de diagnóstico. Com o passar dos anos, a hiperatividade característica diminui e aumenta a capacidade prestar atenção e de seguir ordens simples. A maioria desenvolve comunicação suficiente para demonstrar sua vontade e fazer escolhas, como o que quer comer ou vestir. Portadores da AS podem aprender a se comunicar mais com gestos que com a linguagem verbal e há relato de que, mesmo com ocupacionais, psicólogos, fisioterapeutas, especialistas em atendimento educacional especializado de acordo com a necessidade de cada sujeito. Segundo (DIAS & OLIVEIRA, 2013) “ainda convivemos com concepções de desenvolvimento arraigadas em modelos deterministas, com padrões normativos de aprendizagem e modelos preestabelecidos de relacionamentos entre as pessoas, que impingem à deficiência um caráter de déficit SÍNDROME DE WILLIAMS Segundo (TOBIAS-MACHADO, 1998), “a síndrome de Williams (SW) é doença relativamente rara, caracterizada por retardo mental e psicomotor de graus variados, anomalias cardiovasculares, hipercalcemia e disfunções orgânicas múltiplas. Os achados urológicos desta entidade, apesar de ocorrerem em até 40% dos casos, têm sido pouco abordados na literatura. Apresentamos o caso de uma paciente de 6 anos de idade, com diagnóstico de SW e que há 3 anos tem apresentado sintomas de polaciúria e urge- incontinência. A investigação revelou divertículos vesicais e hiperatividade detrusora, tratada com sucesso com oxibutimina. Ressaltamos a importância da investigação urológica, descrevemos os principais achados e discutimos a fisiopatologia e a abordagem terapêutica, a qual permite melhora das condições clínicas e sociais desses pacientes”. ESTRATÉGIAS NA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL: É preciso uma mudança de olhar, visto que aluno se acolhe não se escolhe. Portanto, o educador com visão inclusiva irá sempre acreditar na capacidade do seu aluno, na possibilidade de avanço. Trabalhar com a recursos. Contar com profissionais como fonoaudiólogos, terapeutas Deficiência Intelectual não é somente socializar. A socialização é muito importante, mas é necessário ter planejamento, objetivos e acreditar. Acreditar que todo ser humano pode desenvolver, podendo melhorar comportamentos e traços ao longo da vida. Issoé neurociência, não é magia, produtos questionáveis ou milagre. E contar com o apoio da família, da escola, da sociedade. Fazer a utilização de jogos, de atividades lúdicas, músicas, sala de não se constitui sozinho, está imerso nas condições sociais e históricas da existência. Nesse sentido, a ampla imersão desse sujeito nos diferentes bens culturais, assim como a utilização de estratégias diferenciadas e apoios específicos na família, na escola, no trabalho e nos diferentes grupos sociais nos quais a pessoa com deficiência intelectual participa, propiciarão respostas condizentes com os diferentes contextos. Enfatizamos no trabalho um conjunto de argumentos baseados em investigações empíricas que corroboram a proposição de Vygotsky, segundo a qual a pessoa com deficiência não deve ser vista como alguém menos desenvolvido ou com menos capacidade que os demais. As investigações apresentadas sugerem a necessidade de sistemas que possibilitem o desenvolvimento de percepção favorável de si e a busca de uma vida autônoma à pessoa com deficiência intelectual. Os contextos apresentados configuram a escola como uma importante instância mediadora na construção dos significados sobre si e sobre o mundo, assim como nos social dessas pessoas e, da mesma forma, indicam o acesso ao emprego ou trabalho como importante conquista no processo de cidadania e de participação ativa na sociedade. Diante de uma visão prospectiva de desenvolvimento é possível desfazer a crença de que a pessoa com deficiência pode conceber nos dias atuais que um defeito secundário prepondere em razão do escasso acesso aos domínios culturais ou de suporte pedagógico insatisfatório. A vivência da cidadania deve se sobrepor à necessidade de uma vida tutelada, fato possível a partir da mudança de crenças e concepções deterministas sobre o desenvolvimento humano”. superação da dificuldade inicial. Contudo, tal sujeito – como qualquer outro – aspectos formativos necessários na transição para a vida adulta e inclusão intelectual permaneça por toda a vida na condição de eterna criança. Já não se permanente. A ética inclusiva, difundida em primeira mão pela escola, abre possibilidades de ressignificação da deficiência intelectual. Se, por um lado, determinados alunos são introduzidos na categoria de deficiência intelectual no momento inicial da escolarização por meio do critério do déficit, por outro lado, essa mesma escola, quando comprometida com uma visão de desenvolvimento processual, dinâmica e complexa, promove condições de DISCUSSÃO: Segundo (DIAS & OLIVEIRA, 2013), “o principal argumento de Vygotsky (1977) sobre deficiências é que não implicam, necessariamente, menor desenvolvimento, mas uma organização, psíquica qualitativamente diferente do que é comumente observado. O que diferencia os indivíduos com ou sem Deficiência Intelectual não se limita aos aspectos quantificáveis da inteligência, mas envolve a relação única estabelecida entre o modo de organização da personalidade, a estrutura orgânica e funções psicológicas. Por isso, já no início do século XX, Vygotsky era contrário ao uso de testes para medição da capacidade intelectual. Para ele, o resultado de tal avaliação por pontuação de QI informa exclusivamente sobre o desenvolvimento real, mas não deixa clara a evolução daquilo que está indicado no resultado do teste quando analisado no curso do tempo (VYGOTSKI, 1926i, 1933c, apud VANDERVEER; VALSINER, 2001). De acordo com O.Lipman (1924 apud VYGOTSKI, 1997), tais métodos podem quantificar funções, mas não ajudam a investigar capacidades ou talentos, nem compreender a estrutura da personalidade que se organiza tendo em conta aquelas características intelectuais específicas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2004), atualmente coexistem dois modelos de compreensão da deficiência: o modelo médico e o modelo social. Para o primeiro modelo a incapacidade é “um problema da pessoa, causado diretamente pela doença, trauma ou outro problema de saúde, que requer assistência médica sob a forma de tratamento individual por profissionais” (p. 18). O segundo modelo, por sua vez, compreende a incapacidade como um problema social permanente relacionado à funcionalidade expressa pela pessoa, ou seja, é “o resultado de uma relação complexa entre uma condição de saúde do indivíduo e os fatores pessoais, com os fatores externos que representam as circunstâncias nas quais o indivíduo vive” (OMS, 2004, p. 15). O termo funcionalidade diz respeito às funções e estruturas do corpo, assim como à atividade e participação social (FARIAS; BUCHALLA, 2005). Não se trata de algo inerente ao próprio sujeito, mas diz respeito também às condições sociais vigentes, que devem prover o ambiente com reestruturações que permitam a inclusão da pessoa nos diversos âmbitos da vida social. A promoção de mudanças sociais é uma questão ideológica e política e, assim sendo, cabe à sociedade providenciar meios adequados para que haja condições de participação social plena das pessoas com deficiência (OMS, 2004). Hoje, o campo da medicina tem concebido a DI como um transtorno mental ou do comportamento, seguindo as definições propostas pela Classificação Internacional de Doenças CID-10 (OMS, 1993) e pelo Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais – DSM-IV (APA,2003). No Brasil, observa-se a prevalência do modelo médico a orientar o funcionamento das diversas instâncias sociais. Em decorrência, os modos de inserção social da pessoa com deficiência, entre nós, nem sempre mostram inclusivos. O diagnóstico médico, que deveria se prestar a garantir adequado atendimento à saúde dos indivíduos, desloca-se para a tomada de decisões em outros setores da vida social. Essa concepção gera consequências sociais, uma vez que os laudos médicos, orientados por esses documentos, extrapolam o âmbito da saúde e são comumente utilizados para diversos outros fins, entre eles para a aquisição do Benefício de Prestação Continuada a utilização do sistema de cotas para acesso ao serviço público ou privado (BRASIL, 2007) e, no que se refere ao campo educacional, complementação ou definição de avaliações psicopedagógicas (BRASIL, 2006)”. É acreditar que a maior parte da capacidade cognitiva do ser humano está como um iceberg num profundo desconhecido. Por isso não se pode esperar pelo desenvolvimento de um sujeito apenas baseado em medidas de testes quantitativos de inteligência. Trabalhar com esse público é bem dinâmico, visto que o processo avança de acordo com as possibilidades de participação da pessoa em atividades atrativas e desafiadoras. UNIDADE II - TRANSTORNO GLOBAL DO DESENVOLVIMENTO - TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA Segundo o Departamento de Educação Especial (DEE) do Estado do Paraná, organização pública com relevantes contribuições para o tema, os Transtornos Globais do Desenvolvimento “são distúrbios nas interações sociais recíprocas que costumam manifestar-se nos primeiros anos de vida. Caracteriza-se pelos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, assim como pelo estreitamento nos interesses e nas atividades. Posto isso, é importante compreender que nem todos os estudantes diagnosticados com algum tipo de transtorno mental são estudantes da Educação Especial – área dos Transtornos Globais do Desenvolvimento. Nessa categoria, estão incluídos os alunos com diagnóstico de autismo, Síndrome do Espectro autista (Asperger), Transtorno Desintegrativo da Infância (psicose) e Transtorno Invasivo de Desenvolvimento–sem outra especificação”. Transtorno Global de Desenvolvimento se caracteriza por comprometimento nas seguintes áreas: a comunicação, interação e comportamento. E de acordo com o DEE/Paraná, “com relação à interação social, crianças com TGD apresentam dificuldades em iniciar e manter uma conversa.Algumas evitam o contato visual e demonstram aversão ao toque do outro, mantendo-se isoladas. Podem estabelecer contato por meio de comportamento não-verbais e, ao brincar, preferem ater-se a objetos no lugar de movimentar-se junto das demais crianças. Ações repetitivas são bastante comuns”. O DDE/Paraná esclarece que “na área TGD é habitual depararmo-nos com termos síndrome e/ou transtornos. Assim, é importante esclarecer que a nomenclatura síndrome se refere a um conjunto de sintomas, não restrito a uma só deficiência, que ocorre no indivíduo, e transtorno é aplicado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos que ocorrem no decorrer da infância, com comprometimento ou atraso no desenvolvimento e maturação do sistema nervoso central. O transtorno não desenrola de traumatismo ou doença cerebral adquirida; ele denuncia uma desordem neurológica e origina-se de anormalidades no processo cognitivo derivados de disfunção biológica (FRANZIN, 2014)”. Com relação ao comportamento das pessoas com TGD, o DEE/Paraná afirma que ”os Transtornos Globais do Desenvolvimento também causam variações na atenção, na concentração e, eventualmente na coordenação motora. Mudanças de humor sem causa aparente e acessos de agressividade são comuns em alguns casos. As crianças apresentam seus interesses de maneira diferenciada e podem fixar sua atenção em uma só atividade como observar determinados objetos, por exemplo”. “Com relação à comunicação verbal, essas crianças podem repetir as falas dos outros – fenômeno conhecido como ecolalia – ou, ainda, comunicar- se por meio de gestos ou com uma entonação mecânica, fazendo uso de jargões.” (DEE/Paraná) AUTISMO Segundo o DEE/Paraná, “o Autismo refere-se a um grupo de transtorno caracterizados por uma tríade de prejuízos qualitativos: quanto à interação social, à comunicação e a comportamentos, que poderão variar em menor ou maior agravo para a criança que apresente comportamentos restritivos, repetitivos e estereotipados. É um transtorno com perturbações significativas no desenvolvimento do sujeito e começa a manifestar-se antes dos três anos de idade”. O Autismo (também chamado de Síndrome de Kanner) é uma alteração neurológica que compromete a interação social, a comunicação verbal e não- verbal e está associada a comportamentos restritivos e repetitivos. São extremamente metódicos. Atinge geralmente os meninos do que as meninas, na proporção de quatro para uma, mas nas meninas costuma ser mais severo. É fortemente hereditário, mas também possui outras causas ambientais (ainda em estudos). ”A palavra autismo é de origem grega (autós), que significa, por si mesmo. A terminologia é utilizada pela Psiquiatria para denominar comportamentos humanos que se centralizam em si mesmos, voltados ao próprio sujeito. Essa terminologia foi utilizada pela primeira vez por Bleuler (1919) para fazer alusão à perda de contato com a realidade e consequente dificuldade ou impossibilidade de comunicação”. (DEE/Paraná) Segundo (OLIVEIRA, 2017), “o fenótipo dos pacientes com TEA pode variar muito, abrangendo desde indivíduos com deficiência intelectual (DI) grave e baixo desempenho em habilidades comportamentais adaptativas, até indivíduos com quociente de inteligência (QI) normal, que levam uma vida independente. Estes indivíduos também podem apresentar hiperatividade, distúrbios de sono e gastrintestinais, e epilepsia”. Segundo a CID-10, o autismo se constitui em transtorno global do desenvolvimento caracterizado por “um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes de três anos, apresentando uma perturbação característica do funcionamento nas interações sociais, comunicação, comportamento focalizado e repetitivo, acompanhado normalmente de outras manifestações inespecíficas como fobias, perturbações de sono ou da alimentação, crises de birra ou agressividade (autoagressividade)”. Segundo a Secretaria de Educação Especial do MEC, o autismo pode ser compreendido como “um transtorno do desenvolvimento caracterizado, de maneira geral, por problemas nas áreas de comunicação e interação bem como padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades”. Segundo o DEE/Paraná, “Leo Kanner, psiquiatra austríaco, residente nos Estados Unidos, descreveu em 1940, o autismo, após observação de 11 crianças, resultando na escrita do artigo Distúrbios Austísticos de Contato Afetivo (Autistic Disturbances of Affetive Contact, 1943). Seu estudo fundamentou-se nos comportamentos estranhos e peculiares apresentados pelas crianças, caracterizados por estereotipias (repetição de gestos) e por outros sintomas aliados a uma imensa dificuldade no estabelecimento de relações interpessoais”. Assim, Kanner (1943) definiu o autismo como um distúrbio infantil caracterizado por inabilidade inata de relacionar-se afetivamente com outras pessoas, apresentando uma minuciosa descrição desse transtorno (KAJIHARA, 2014, p.20). “O desejo obsessivo de isolamento e de manutenção da uniformidade explicava uma série de comportamentos do autista. Segundo os pais das crianças observadas, os filhos ficavam mais satisfeitos quando deixados sozinhos do que quando em companhia de outras pessoas, não interagiam e permaneciam completamente absortos em si mesmos, não tinham desenvolvido uma consciência social e agiam como se estivessem hipnotizados. Eles ignoravam contato físico direto, o movimento ou barulho que ameaçasse interromper seu isolamento, ou demonstravam aflição ao sofrerem interferência externa (kanner,1943)”. Segundo o DEE/Paraná. “É importante saber que o campo científico demonstrou um interesse crescente pelo autismo nos anos 1970 e 1980, já que esse interesse viabilizou o desenvolvimento de pesquisas tanto nos campos neurológicos e cognitivo, quanto psicanalítico. O empenho de encontrar um quadro nosográfico (descritivo) adequado ao autismo e os espectros correlatos mostrava-se tanto na França quanto em outros países, ensejando grandes debates acerca da natureza e da definição indiscutível de cada um deles”. (DEE/Paraná) De acordo com o DEE/Paraná, “as pesquisas realizadas sobre o autismo até a década de 1970 não conseguiram explicar os sintomas do transtorno, principalmente as dificuldades de relacionamento social. Quanto maior for o aprofundamento de uma pesquisa, mais próximos estamos de constatar uma forma de tratamento específico. A emergência de buscar as estruturas comprometidas, bem como as alterações ocorridas nestas, tem como objetivo encontrar as causas e poder solucioná-las, ou buscar um tratamento que seja eficaz. Assim, uma sucessão de estudos a respeito de fatores neurológicos (CHAROAVOIGNE, 2003), bem como fatores genéticos (BAILEY et al., 1995; GILLBERG, 1990), vem ganhando espaço, apoio e aceitação. Como exemplo pode-se citar as pesquisas relacionadas aos cromossomos 2,7,15 com o quadro clínico do autismo (ASHLEY – KOOH, 1999; TALEBIZADEH et al., 2002)”. Segundo o DEE/Paraná, “ainda que os campos da Psicologia, Psicanálise, Neuropsicologia e Genética tenham trazidos enormes contribuições, não há uma resposta definitiva quanto a sua etiologia. O diagnóstico realizado por especialistas é disfarçado em critérios comportamentais, ou seja, distúrbios na interação social, comunicação e padrões restritos de comportamento e interesse. Ainda, para um completo diagnóstico, é necessário que haja desenvolvimento anormal nos três primeiros anos de vida, em pelo menos um dos seguintes aspectos: social, linguagem, comunicação ou brincadeiras simbólicas”. Gustavo Teixeira (2016) define o autismo como uma síndrome de início precoce caracterizada por alterações marcantes no desenvolvimento da linguagem e da interação social. Esse autor aponta para o fato de haver a presença de comportamentos estereotipados e repetitivos,rituais, alterações sensoriais e interesses restritos. Ainda que todos os diagnósticos apresentem esses sintomas, o quadro clínico apresenta níveis de severidade muito distintos. Teixeira (2006) salienta que, com relação aos bebês com autismo, esses apresentam grande déficit no comportamento social, mostram-se pouco interessados na voz humana e não assumem a postura antecipatória como colocar seus braços à frente para serem levantados pelos pais. Quando crianças, não brincam com outras crianças, tampouco demonstram interesses por jogar atividades em grupo; podem ter tendências como cheirar e lamber objetos ou ainda bater palmas e mover a cabeça e tronco para frente e para trás. Os autistas adolescentes podem adquirir sintomas obsessivos (como ideias de contaminação) e apresentar, também, comportamentos ritualísticos como repetição de perguntas, entre outros. O professor precisa saber que, em relação ao aspecto comportamental, em geral, estudantes com esse diagnóstico apresentam intolerância frente às mudanças de rotina, expressando-se com reações de oposição. A dificuldade em lidar com sentimentos e expressá-los é observada nas mudanças de humor sem causa aparente e acessos de agressividade. Diferentemente da maioria das crianças, que diante de novos conhecimentos e em explorar o meio, com essas crianças são comuns os comportamentos estereotipados. Com interesse limitado diante do novo, repetitivos em, ações, gestos e falas (MERCADANTE, 2006). Conforme os critérios do DSM-V (2013), os sujeitos com Transtorno do Espectro Autista devem manifestar sintomas desde a infância, mesmo que ainda não sejam identificados nesta faixa etária. Essa possibilidade permite que os sujeitos, cujos sintomas não tenham sido plenamente identificados até a idade das demandas sociais, tenham condições de receber diagnóstico, mesmo que tardio. SÍNDROME DE ASPERGER Segundo o DEE/Paraná, “após os estudos de Kanner (1943), o médico vienense Hans Asperger (1944) descreveu o caso de crianças atendidas na Clínica Psiquiátrica Universitária de Viena. Asperger desconhecia o trabalho de Kanner e constatou o autismo de forma independente. Suas observações foram publicadas em alemão, no ano 1944, sob o título A psicopatia autista na infância, não sendo traduzida para outro idioma, o que, provavelmente, contribuiu para prolongar o período de desconhecimento a respeito de seus estudos, até a década de 1980”. “A Síndrome de Asperger ou Transtorno de Asperger leva o sobrenome do pediatra austríaco Hans Asperger, que estudou e descreveu crianças com características semelhantes às de autistas, porém, com alta funcionalidade. Por isso a síndrome faz parte dos Transtornos Globais do Desenvolvimento. Entre as principais habilidades estão a capacidade de raciocínio memória muito acima da média. Pessoas com Asperger são capazes de decorar horários e linhas de ônibus, listas telefônicas, datas históricas ou informações que julguem importantes enfim, uma série de informações que outras pessoas não conseguem”. (DEE/Paraná) De acordo com o DEEE/Paraná, “os estudos de Asperger eram conhecidos nos países onde o idioma alemão predominava, e somente na década de 1970 foram feitas as primeiras aproximações com o trabalho de Kanner, especialmente por pesquisadores holandeses, como Van Krelen, que tinha domínio dos idiomas inglês e alemão. As iniciativas de comparar as duas condições foram difíceis, devido às diferenças dos pacientes descritos - Kanner estudou pacientes mais jovens e que apresentavam maior prejuízo cognitivo”. O DEE/Paraná afirma que “mesmo a Síndrome de Asperger sendo considerada de alto funcionamento; ainda assim, trata-se de uma condição neurológica do espectro autista caracterizada por dificuldades significativas na interação social e comunicação não-verbal, além de padrões de comportamento repetitivos e interesses restritos. As principais diferenças ficam no desenvolvimento típico da linguagem e cognição. Apesar de não ser uma característica padrão, possuir um andar desajeitado e uma linguagem excêntrica também caracterizam quem tem a Síndrome. Com a nova atualização da DMS-5 de 2013 a nomenclatura de Síndrome de Asperger foi eliminada e passou a incorporar aos demais Transtornos do Espectro Autista (TEA), porém de grau leve”. De acordo como DEE/Paraná, “Hans Asperger faleceu em 1980, antes de seu estudo ficar internacionalmente reconhecido. Um dos principais motivos teria sido a dificuldade dos cientistas e pesquisadores mundo a fora de compreender suas publicações em alemão, além do fato de muitos de seus artigos terem sido perdidos ou destruídos durante a Segunda Guerra Mundial. Tentativas de codificar os escritos de Asperger em uma definição categorial da condição foram realizadas por alguns pesquisadores influentes na Europa e na América do Norte. A psiquiatra Lorna Wing (1981) publicou um estudo sistematizando o quadro clínico, chamando-o de Síndrome de Asperger. No entanto, nenhuma definição consensual se revelou até o advento da Classificação Internacional de Doenças (CID–10) e do Diagnóstico e Estatístico de Transtorno Mental (DSM-IV- 1994). A Síndrome de Asperger é classificada como um transtorno invasivo de desenvolvimento. Crianças com esta síndrome podem ter inteligência normal e tipicamente apresentam inteligência verbal maior que a não verbal. Embora as habilidades verbais dessas crianças não apresentem os prejuízos encontrados nas crianças autistas, eles frequentemente apresentam profundas dificuldades sociais e de semântica”. TEIXEIRA (2006) afirma que embora o desenvolvimento inicial da criança pareça normal, contudo, no decorrer dos anos seu discurso se torna diferente, monótono, peculiar e há, com frequência, a presença de preocupações obsessivas. É um transtorno de múltiplas funções do psiquismo, com afetação principal nas áreas do relacionamento interpessoal e da comunicação, embora a fala seja relativamente normal. Segundo o DEE/Paraná, “a interação da criança com Síndrome de Asperger com outras crianças se torna difícil, pois demonstra pouca empatia e apresenta comportamento excêntrico; sua vestimenta pode se apresentar estranhamente alinhada e a dificuldade de socialização pode torna-la solitária. É inflexível, ou seja, tem dificuldades de lidar com mudanças. É emocionalmente vulnerável e instável, ingênua e eminentemente carente de senso comum. Há prejuízo na coordenação motora e na percepção visoespacial. Frequentemente apresenta interesses peculiares, em determinadas áreas do conhecimento, podendo passar horas assistindo ou estudando exaustivamente sobre temas ou assuntos preferidos, como dinossauros, Egito, carros, aviões, mapas de ruas, planetas, missões espaciais, entre outros”. SÍNDROME DE RETT Segundo o DEE/Paraná, “a síndrome de Rett é um Transtorno Goblal do desenvolvimento e uma das principais causas de deficiência múltipla em meninas”. “A Síndrome de Rett é conhecida como transtorno invasivo do desenvolvimento. Conforme Ferrari (2012), a expressão Transtornos Invasivos do Desenvolvimento agrega um conjunto de problemas do desenvolvimento das funções psicológicas, geralmente aquelas envolvidas na apropriação de aptidões para as relações sociais e para a utilização da linguagem. A Síndrome de Relt é uma desordem genética ligada ao cromossomo X dominante e por mutações das proteínas metil-CpG-binding2 (MecP2), onde ocorre uma progressiva deterioração neuromotora severa. Ela afeta cerca de 1:10.000 nascimentos vivos do sexo feminino, com óbito no sexo masculino. Está entre uma das principais síndromes de desenvolvimento, levando a deficiência intelectual”. (DEE/Paraná) Em 1954, Andreas Rett, um neurologista pediátrico, em Viena, identificou os traços característicos da síndrome. Andreas Rett realizou pesquisas em meninas que demonstraram comportamentosautistas, apraxia da marcha, movimentos estereotipados das mãos e perda da expressão facial. Segundo o DEE/Paraná, “no Brasil, os cinco primeiros casos de meninas com Síndrome de Rett foram identificados em 1987, onde começou a chamar a atenção para a incidência dessa síndrome no país, estabelecendo uma comparação com EUA, Japão e Europa, onde as pesquisas já estavam sendo realizadas”. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a Síndrome de Rett como sendo um dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, pelos critérios da CID-10 (Classificação Internacional de Doenças). A Síndrome de Rett está incluída no grupo F84, caracterizados por transtornos das interações sociais recíprocas, alterações nas modalidades de comunicação, repertório de interesses, atividades restritas, estereotipadas e repetitivas. Segundo o DEE/Paraná, “a Síndrome de Rett é uma deficiência neurológica provocada por uma mutação genética que atinge, na maioria dos casos crianças do sexo feminino. Caracteriza pela perda progressiva de funções neurológicas e motoras após meses de desenvolvimento aparentemente normal – em geral, até os 18 meses de vida. Após esse período, as habilidades de fala, capacidade de andar e o controle do uso das mãos começam a regredir, sendo substituídos por movimentos estereotipados, involuntários ou repetitivos. Palavras aprendidas também são esquecidas, levando a uma crescente interrupção do contato social. A comunicação para essas meninas gradativamente se dá apenas pelo olhar”. Apesar de ser habitual afirmar-se que as meninas com Síndrome de Rett são normais ao nascimento e demonstram um desenvolvimento normal até os seis ou dezoito meses de idade, sabe-se hoje que em grande parte dos casos, senão em todos, há na verdade um atraso no desenvolvimento motor com hipotonia muscular e prejuízo no engatinhar, que são sinais iniciais. A Síndrome de Rett é uma das causas mais frequentes de deficiência múltipla severa no sexo feminino. TRANSTORNO DESINTEGRATIVO DA INFÂNCIA (PSICOSE INFANTIL) Segundo o DEE/Paraná, “o Transtorno Desintegrativo da Infância (TDI) foi inicialmente retratado por Theodore Heller, educador austríaco, em 1908. Heller explicitou o caso de seis crianças que, após um desenvolvimento aparentemente normal nos quatro primeiros anos de vida, apresentaram uma grave perda das habilidades de interação social e comunicação”. Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Distúrbios Mentais (DSM-IV), da Associação Americana de Psiquiatria (1994), o Transtorno Desintegrativo da Infância é também conhecido como Síndrome de Heller, demência infantil ou psicose desintegrativa. A Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva PNEE – PEI (2008) usa a nomenclatura Transtorno Desintegrativo da Infância (psicoses) ao se referir ao público-alvo do Atendimento Educacional Especializado (AEE). “A definição sobre psicose, apresentada pelo DSM-IV, é entendida como uma perda dos limites do ego ou um amplo prejuízo no teste da realidade. O termo psicose refere-se a delírios, quaisquer alucinações proeminentes, discurso desorganizado ou catatônico”.(DEE/Paraná) O DEE/Paraná afirma que: “a psicose pode ser definida como uma desordem mental na qual ocorre um comprometimento do pensamento, da capacidade de perceber a realidade sem distorções e do relacionamento interpessoal (SADOCK, 2000). Existem muitos conceitos diferentes para o termo psicose, tais como perda do contato com a realidade de forma temporária ou definitiva; perturbação psíquica grave (podendo gerar uma desintegração das estruturas da personalidade); e personalidade que se fragmenta (ASSUMPÇÃO, 1993; TENGAN; MAIA, 2004)”. “Não se pode negar a legitimidade do DSM-IV, porém é válido acrescentar a importante contribuição da psicanálise no entendimento do campo psíquico. Ao passo que o diagnóstico psiquiátrico é realizado pela observação e classificação dos sintomas, o diagnóstico na psicanálise é desencadeado por hipóteses que se constroem durante o processo psicanalítico, sendo os sintomas lidos e traduzidos. Esses sintomas, para a medicina, podem significar uma doença orgânica, para os psicanalistas é a expressão de um conflito inconsciente (LIMA,2000). ¨Para a psicanálise, a causalidade no campo acarretado é diferente para cada um dos sujeitos, mesmo sendo um evento igual (KUPFER; VOLTOLINI, 2008, p.96). A psicanálise particulariza a escuta e a compreensão do sujeito, numa situação transferencial”. (DEE/Paraná) Segundo a instituição DEE/Paraná, “um dos quadros clínicos com alucinações e delírios é a esquizofrenia. A esquizofrenia tem como característica o embotamento afetivo, podendo levar a distorções do pensamento, na percepção e nas emoções. As estatísticas evidenciam que o transtorno atinge cerca de 1% da população; normalmente, a idade inicial é a faixa etária adulto-jovem, entre 15 e 30 anos de idade (MCCLELLAN, 2000). Pode ocorrer em idade inferior a 17-18 anos, conhecida como esquizofrenia precoce, e a de início muito precoce, antes dos 13 anos de idade. Os sintomas e as características classificatórias da patologia necessitam de observação e análise da interação social e do conteúdo dos pensamentos, o que deixa o diagnóstico incomum na infância, sendo extremamente inusitados os relatos de incidência em idade inferior a cinco anos (MCKENNA; GORDO; RAPAPORT, 1994; HOLLIS, 2000)”. De acordo como DEE/Paraná, “os sujeitos com psicose apresentam como sintoma a dificuldade para se afastar da mãe e de compreensão de gestos e linguagens, alterações significativas na forma do conteúdo do discurso, repetição de palavras e/ou frases ouvidas, ou utilização estereotipada de formas verbais, sendo usual a inversão pronominal, referindo-se a si mesma na terceira pessoa do singular ou usando seu próprio nome, e ainda conduta social embaraçosa (AJURIAGUERRA; MARCELLI, 1991”. TRANSTORNO INVASIVO DO DESENVOLVIMENTO-SEM OUTRA ESPECIFICAÇÃO Segundo o DEE/Paraná, “os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento são um grupo de transtornos caracterizados por importante atraso no desenvolvimento, em diferentes áreas de funcionamento, incluindo a socialização, comunicação e relacionamento interpessoal”. “O Transtorno Invasivo do Desenvolvimento – sem outra especificação é composto por um grupo heterogêneo de crianças com tendências a apresentar comportamento inflexível, intolerância à mudança e explosão de raiva e birra quando submetidas às exigências do ambiente ou até mesmo às mudanças de rotina”, segundo o DEE/Paraná. Essa categoria diagnóstica é utilizada (DSM-IV) quando há prejuízo severo e invasivo no desenvolvimento da interação social e são excluídas as hipóteses de autismo, Síndrome de Asperger e Psicose Infantil. NOVOS DELINEAMENTOS Segundo o DEE/Paraná, “é de extrema importância fazer algumas considerações sobre a publicação do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-V (2014). Houveram algumas modificações relevantes à denominação de quadros clínicos anteriormente associados à área dos Transtornos Globais do Desenvolvimento. Transtornos antes chamados de autismo infantil precoce, autismo infantil, autismo de Kanner, autismo de alto funcionamento, autismo atípico, transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação, transtorno desintegrativo da infância e síndrome de Asperger são englobados pelo termo Transtorno do Espectro Autista. Por conseguinte, estudantes com diagnóstico de síndrome de Asperger, atualmente, receberiam o diagnóstico de Transtorno do Espectro autista sem comprometimento linguístico ou intelectual”. “É significativo ressaltar que na edição do DSM-V foi suprimida a classificação por subtipos e proposta a categoria diagnóstica do Transtorno do Espectro do Autismo, pois a comunidade científica considerou que o transtorno autista,o transtorno de Asperger e o transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação não são desordens distintas, mas parte de um transtorno único e contínuo, de médio a severo prejuízo, nos domínios da comunicação e dos comportamentos/interesses restritos e repetitivos (KAJIHARA, 2014, p. 25)”. De acordo como DEE/Paraná. Para finalizar, é necessário reforçar que esses novos delineamentos dados pelo DSM-V não foram integralmente adotados na Política Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. É possível reconhecer menções acerca do assunto por meio do Decreto n.° 8.368, de 02 de dezembro de 2014, e na Nota Técnica n.°20, de 18 de março de 2015, onde o Ministério da Educação (MEC) orienta para as necessidades educacionais especiais de estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA). É possível observar que ao utilizar a nomenclatura TEA, o MEC assume “oficialmente” o conhecimento da substituição do termo “autismo”. (DEE/Paraná). FERRARI, P. Autismo Infantil – o que é e como tratar. São Paulo: Paulinas, 2012. JS Schwartzman, VRG Lederman - Inclusão Social, 2017 - revista.ibict.br. MERCADANTE, M. T. et.al. Saccadic movements using eye-tracking technology in individuals with autism spectrum disorders: pilot study. Arq. Neuro-Psiquiatr, São Paulo, v. 64, n. 3a, p.559-562, 2006. TEIXEIRA, G. Manual do Autismo. Rio de Janeiro: Best Seller, 2016 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA BOY, Raquel et al . 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