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Resenha Crítica - CONTABILIDADE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
ANÁLISE CRÍTICA 
 
Disciplina: Contabilidade
Artigo/Caso: Análise da persistência do lucro diante dos accruals discricionários: um estudo com base no impacto da adoção das IFRS
Autor(es) do Artigo/Caso: Ronan Reis Marçal; Marcelo Alvaro da Silva Macedo
Autor da Análise Crítica: Thiana da Silva Gomes
RIO DE JANEIRO
	2022	
O Artigo em questão propõe a análise da persistência do Lucro diante dos ACCRUALS (diferença entre fluxo de caixa e Lucro do exercício/Resultado do Exercício) Discricionarios (gerenciamento de resultados) a partir da adoção da lei nº 11638/07 onde foi implementado na contabilidade o padrão internacional IFRS International Financial Reporting Standards. 
Em resumo, foi utilizado para tal artigo uma amostra de 100 empresas de capital aberto listadas na B3 [Bolsa, Brasil, Balcão] durante um intervalo entre os anos de 2000 à 2017, sendo o período de 2000 à 2007 pré-IFRS e o período de 2010 à 2017 pós IFRS. No dado estudo não foram utilizados os anos de 2008 e 2009 visto que a adoção dos padrões IFRS nesse período não eram obrigatórias e sim voluntárias. 
Para todos os anos foi utilizado o mesmo tipo de análise com base no DRE Demosntração do Resultado do exercício e BP Balanço Patrimonial. Nessa analise o Lucro da DRE foi desmembrada em 3 parcelas: Fluxo de caixa, Accruals Discricionarios e Accruals Não-Discricionarios (natural das atividades operacionais). Mesmo para os anos pós-IRFS, que gerou a obrigatoriedade da elaboração da DFC Demonstrativo de Fluxo de Caixa para as empresas de capital aberto, esse método não foi utilizado pois o autor queria utilizar a mesma análise para todos os anos e amostras. 
A ideia central do artigo era demonstrar que após a adoção das IFRS seria gerado um reflexo entre os accruals pré e pós IFRS, porém o estudo demonstrou que a adoção das IFRS não gerou qualquer tipo de reflexo nessa relação dessas acumulações com a persistência dos lucros, contradizendo os estudos das diversas literaturas pesquisadas por Marçal, Macedo (2019). 
O resultado dos estudos de Marçal, Macedo (2019) também mostrou que, no Brasil, os accruals discricionários estão sendo gerenciados de forma a contribuir para a explicação dos lucros, não sendo utilizados para objetivos pessoais; mais uma vez contradizendo os artigos pesquisados. 
A pesquisa do autor ressalta que essa “nova forma” de apresentação dos relatórios e dados contábeis no Brasil acarretou uma melhoria na informação destinada aos investidores de bancos brasileiros de capital aberto, porém, a modificação arbitraria das medidas a fim de manipular os resultados visando inflar as receitas ou reduzir as despesas para aumento do resultado geram reflexos fictícios nesse resultado ou o contrário visando a redução dos lucros fazem com que os accruals discricionários sirvam como uma proxy de gerenciamento de resultados. Seguindo a mesma linha de raciocínio, a diminuição ou aumento desse resultado através dessas acumulações discricionárias modifica o resultado da DRE, assim com a tributação, visto que os impostos, nesse caso, são calculados pelo lucro real. 
No meu entendimento, esse caso se relaciona com a nossa disciplina de Contabilidade por abordar aspectos como a mudança da lei em 2007 e a importância na adoção da IFRS no Brasil, a análise e apresentação de relatórios contábeis como DRE, BP e DFC assim como a importância de uma escrituração contábil fidedigna á realidade da empresa a fim de gerar resultados reais a serem apresentados, ou seja, o artigo abordou vários conceitos da nossa disciplina e de outras disciplinas também visto que a abordagem engloba contabilidade, finanças e analise de demonstrações contábeis abrindo um amplo conhecimento no que diz respeito á nossa pós graduação. 
Como conclusão a leitura do artigo, acredito que uma análise dos resultados entre 2010 á 2017 (pós IFRS) através da DFC para encontrar o valor dos accruals discricionários poderia ter sido feito a nível de comparação com o método utilizado.

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