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Suplementação e fortificação no brasil

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Suplementação e fortificação no brasil 
O QUE SÃO?
São utilizados com o objetivo de suplementar/complementar a dieta de um indivíduo. 
Podem ter como base: vitaminas, minerais, ervas, extratos de tecidos, proteínas e aminoácidos, estando estes elementos combinados ou não. 
São bastante utilizados na prática esportiva para melhora do desempenho e dos resultados esperados. 
Suplementação: visa potencializar a absorção de compostos alimentares essenciais, de modo a conferir manutenção das necessidades nutricionais e fisiológicas do ser humano. 
Fortificação: quando é acrescido ao alimento um ou mais nutrientes, conforme legislação, contidos ou não naturalmente neste, de modo a reforçar seu valor nutritivo e prevenir ou corrigir eventuais deficiências nutricionais da população. 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão responsável pela regulamentação, fiscalização e registro dos suplementos alimentares. 
Suplementação alimentar para gestantes e crianças
A desnutrição energético proteica era um problema que assolava as crianças do território brasileiro. Então, para combatê-la foi promovida uma suplementação alimentar constituída de farinhas, cereais, farelo de trigo e de arroz, pó de folha verde-escuras, de semente e de casca de ovo. 
Nas gestantes, é comum o quadro de anemia ferropriva e carência e vitamina A. 
Nutrisus
· Consiste na Estratégia de Fortificação da Alimentação Infantil com Micronutrientes (vitaminas e minerais) em pó. 
· Lançada em 2015. 
· Consiste na adição de uma mistura de vitaminas e minerais em pó em uma das refeições diárias oferecidas a crianças de 06 a 48 meses de idade. 
· É realizada por meio de 2 ciclos de fortificação dentro de um ano letivo em creches públicas. 
· Um sachê de 1g é adicionado as refeições diárias por 2 meses. Após esse prazo é feita uma pausa na administração de 3 a 4 meses. Passado isso, outro ciclo de 60 dias se inicia e assim continuamente;
· O programa objetiva potencializar o pleno desenvolvimento infantil, a prevenção e o controle da anemia e outras carências nutricionais específicas na infância.
· A fortificação da alimentação pode ser feita em qualquer ambiente onde a criança realize as suas refeições -> em casa, nas creches, escolas ou outro local propício para a ação;
· Somente as creches que fazem parte do Programa Saúde na Escola poderão implantar a estratégia;
· Se enquadra como optativa, ou seja, será complementar às ações essenciais pactuadas pelo gestor municipal;
· Os sachês serão adquiridos de forma centralizada pelo Ministério da Saúde e encaminhados diretamente aos municípios;
Distribuição: 
*Os sachês somente poderão ser distribuídos mediante autorização do responsável legal da criança. 
*Crianças que recebem a suplementação de megadoses de vitamina A podem receber concomitantemente os sachês com múltiplos micronutrientes. 
Manual operacional NUTRISUS, 2014
 Manual operacional NUTRISUS, 2014
· O monitoramento da estratégia de fortificação com sachês de micronutrientes em pó será realizado por meio do SIMEC, no momento da avaliação anual do PSE;
· Durante o monitoramento o principal indicador a ser analisado é o número de crianças suplementadas com o mínimo de 36 sachês (ciclo mínimo efetivo).
Associação entre o PNAN e PNSAN e o NUTRISUS:
A PNAN reconhece as necessidades alimentares especiais como demanda para a atenção nutricional no SUS, o que é realizado pelo NUTRISUS.
Além disso, a PNSAN prevê o Direito Humano a Alimentação Adequada, o que é realizado também pelo NUTRISUS. 
PROGRAMA NACIONAL DE SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA A
A OMS recomenda a suplementação de vitamina A para prevenir a carência, xeroftalmia e cegueira em crianças de 6 a 59 meses de idade. 
A suplementação com megadoses de vitamina A é realizada desde a década de 80 na região nordeste do país. 
Em 2001, essa ação com megadoses foi ampliada para puérperas no pós-parto. 
O Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) foi instituído em 2005 com objetivo de reduzir e controlar a deficiência de vitamina A em crianças de 6 a 59 meses de idade puérperas no pós-parto imediato, mediante a suplementação profilática com megadoses de Vitamina A. 
A megadose dessa vitamina deve ser administrada na UBS. 
· A distribuição das cápsulas ocorre em duas dosagens: de 100.000 UI e de 200.000 UI. 
· São acondicionadas em frascos, contendo, cada um, 50 cápsulas gelatinosas moles. 
· As cápsulas apresentam cores diferentes, de acordo com a concentração de vitamina A.
Como são administradas: 
· De seis em seis meses, com intervalo de 4 meses entre uma administração e outra. 
· São administradas por via oral e não devem ser administradas por via intramuscular ou endovenosa. 
Programa nacional de suplementação de ferro (pnsf)
A anemia por deficiência de ferro é um grave problema de saúde pública no Brasil, por isso, estratégias são necessárias para combater esse problema:
Na gestação: suplementação profilática com ferro e ácido fólico; ingestão de alimentos que contenham farinhas enriquecidas com ferro e ácido fólico; alimentação adequada e saudável com ingestão de ferro de alta biodisponibilidade. 
Primeiros 6 meses de vida: aleitamento materno exclusivo; suplementação profilática de ferro para crianças prematuras e que nasceram com baixo peso. 
Dos 6 meses até 2 anos de idade: alimentação complementar saudável e adequada em frequência, quantidade e biodisponibilidade de ferro; suplementação de ferro profilática; fortificação dos alimentos preparados para as crianças com micronutrientes em pó. 
Ações de prevenção e controle de anemia por deficiência de ferro no SUS: 
· Programa Nacional de Suplementação de Ferro; 
· Fortificação dos alimentos preparados para crianças com micronutrientes em pó;
· Fortificação de alimentos;
· Controle de infecções e parasitoses;
· Acesso à água e esgoto sanitariamente adequado. 
Objetivo do programa:
- Prevenir a anemia ferropriva, mediante a suplementação universal de crianças de 6 meses a 18 meses de idade, gestantes a partir da 20ª semana gestacional e mulheres até o 3º mês pós-parto. 
Fortificação de ferro e ácido fólico 
RDC nº34 de 2002: tornou obrigatória a fortificação de farinhas de trigo e de milho, no Brasil, com ferro biodisponível e ácido fólico. 
Ferro: 4,2 mg/100g. 
Ácido fólico: 150 mcg. 
A fortificação é realizada, pois:
No pré-natal: reduz o risco de baixo peso ao nascer no bebê, anemia e deficiência de ferro na gestante. 
Quando se planeja engravidar: a suplementação com ácido fólico deve ser iniciada pelo menos 30 dias antes da data em que se planeja engravidar para a prevenção de defeitos do tubo neural e deve ser mantida durante toda a gestação para prevenir anemia. 
FORTIFICAÇÃO DE IODO
Desde a década de 50 é obrigatória a iodação do sal destinado ao consumo humano. 
Sua deficiência está atrelada ao bócio e ao atraso do desenvolvimento. 
Programa de combate aos distúrbios por deficiência de Iodo (PRÓ-IODO): 
LINHAS DE AÇÃO DO PRÓ-IODO:
I - Monitoramento do teor de iodo do sal para consumo humano;
II - Monitoramento do impacto da iodação do sal na saúde da população;
III - atualização dos parâmetros legais dos teores de iodo do sal destinado ao consumo humano; 
IV - Implementação contínua de estratégias de informação, educação, comunicação e mobilização social.

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