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Universidade Veiga de Almeida Filipe Nascimento Pacheco da Silva EPI Rio de Janeiro 2022 Filipe Nascimento Pacheco da Silva Trabalho de conclusão da AV1 apresentado a Universidade Veiga de Almeida, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Orientador: Fernando Vagner Rio de Janeiro 2022 1 INTRODUÇÃO 2 Legislação aplicada aos equipamentos de segurança A segurança do trabalho atualmente é regulada por muitas normas (CF/88, leis, decretos, portarias, resoluções, instruções técnicas etc.) que tentam garantir na prática a integridade física e psíquica dos trabalhadores. São diversos mandamentos jurídicos nos níveis federal, estadual e municipal que procuram regulamentar as mais variadas formas de trabalho a que é submetido o obreiro na busca do seu sustento e de toda sua parentela. São normas que regulamentam procedimentos, instrumentos e equipamentos de segurança, criam direitos e obrigações, restringem o uso e o gozo de bens, punem e fazem cumprir os preceitos legais de segurança adotados pela nossa legislação vigente, sempre na esperança de atingir um fim social previamente pactuado. As normas que tratam dos equipamentos de segurança seguem na mesma esteira da nossa legislação geral, criando direitos e obrigações para as empresas e as pessoas, traçando diretrizes para as medidas de proteção no trabalho (medidas administrativas, EPC e EPI), regulamentando procedi- mentos e instruções de uso correto dos EPI, punindo irregularidades e buscando alternativas, a fim de atingir bem-estar para todos (empresa, empregado, governo, sociedade etc.), como é o caso da redução de acidentes do trabalho. Vejamos as principais normas que regem a segurança do trabalho no Brasil: Constituição Federal de 1988, que, em seu Capítulo II (Dos Direitos Sociais), art. 7o, inciso XXII, traz a: (...) redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; inciso XXIII, regulamenta o: (...) adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; inciso XXVIII, determina o: (...) seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a inde- nização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A partir dos art. 166 e 167, determina quanto aos equipamentos de proteção: (...) Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho. Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social. Regulamenta, em seu art. 19, o conceito legal de Acidente do Trabalho, bem como traz diversas obrigações do empregador quanto às medidas de proteção no trabalho: (...) Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 1o A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. 2o Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. 3o É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do produto a manipular. 4o O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o Regulamento. Portaria no 3.214, de 08 junho de 1978, que aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) do Capítulo V, Título II, da CLT, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho. Atual- mente, há 36 NRs aprovadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego, regulamentando as mais variadas formas de atividades. 3 Equipamento de proteção individual nos ambientes hospitalares (EPI) A Infecção Hospitalar proporciona uma grande preocupação a nível terciário, especialmente, nas Unidades de Terapia Intensiva. A problemática é uma questão de saúde pública que pode ser prevenida com a adesão de práticas simples, como a higienização das mãos, até ações mais complexas, como a realização de procedimentos invasivos, no qual com esterilização de materiais de última geração, esses sendo utilizados adequadamente e também pelo uso dos equipamentos de proteção individual. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ou Centro de Terapia Intensiva (CTI) são setores complexos, voltados para a prestação de cuidados à pacientes graves, que requerem espaço físico específico, recursos humanos especializados, e instrumentais com tecnologia avançada. Durante o atendimento nestes setores, os enfermeiros estão constantemente expostos a vários riscos na prestação de assistência, principalmente por manipular diretamente o sangue e fluidos corporais de pacientes. Portanto, faz-se necessário o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A evolução das técnicas e conhecimentos na área da saúde, assim como a descoberta dos micro-organismos e dos antibióticos trouxe consigo preocupações para os profissionais, tais como combater os inimigos invisíveis causadores de agravos e garantir que esses não se disseminem. A carência de conhecimentos atualizados, de padronização das ações, de adesão ao uso de EPI e de técnicas adequadas pode significar risco para a saúde dos profissionais, dos usuários dos serviços. No ambiente hospitalar o trabalho realizado é arriscado e insalubre, fazendo com que os profissionais realizem suas tarefas sem proteção correta, de modo inadequado, sem o uso de EPI ou quando estes não se encontram disponíveis pela instituição, levando as condições laborais impróprias decorrentes da falta de recursos e materiais dos hospitais bem como à falta de conscientização da equipe de enfermagem sobre o uso. Dentro desse contexto, os hospitais devem adotar medidas habituais de prevenção e controle de infecções, através das Precauções Padrão (PP). Essas são definidas como sendo um conjunto de medidas empregadas no atendimento a todos os pacientes hospitalizados, independentemente de seu estado infectado ou não, e na manipulação de equipamentos e artigos contaminados ou com suspeita de contaminação, almejando reduzir a transmissão de agentes patogênicos. Nesse grupo estão incluídos os equipamentos de proteção individual (máscaras, óculos, gorro, protetor facial, luvas, avental ou capote) e a higienização das mãos (HM). As luvas devem ser usadas durante a realização de qualquer procedimento de contato com materiais potencialmente infectantes, tais como: sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele não íntegra e na manipulação de materiais contaminados, e consequentemente precisam ser removidas após o uso, antes do atendimento a outros pacientes. 4 Cuidados com os EPI’s Precauções devem ser aplicadas por profissionais de saúde para os cuidados ao entrar em contato com os pacientes, independente de suspeita ou conhecimento da presença de infecções. A correta utilizaçãodos EPI’s envolve desde a sua colocação e uso durante os procedimentos com os pacientes, até a retirada desses equipamentos. i Fonte: Coren (2020) Fonte: Coren (2020) 5 Cuidados com EPI’s em pacientes com COVID-19 De acordo com a OMS, os profissionais de saúde apresentam maior risco de desenvolver doenças infecciosas comparados a população em geral, devido à maior chance de exposição à carga viral durante o período laboral. Em doenças como a COVID-19, além da transmissão por gotículas e contato, há exposição a procedimentos geradores de aerossóis durante a assistência a esses pacientes. Os profissionais da saúde podem agir como potenciais transmissores assintomáticos, infectando outros pacientes, profissionais e familiares. Fonte: ABEn Associação Brasileira de Enfermagem Nacional | Associação Brasileira de Enfermagem 6 EPIs de uso individual a serem utilizados pelos fisioterapeutas em UTIs Os fisioterapeutas deverão utilizar os EPIs de acordo com o local de atendimento dentro da unidade hospitalar e a possibilidade ou não de exposição a aerossóis, no caso de contaminação por gotículas é indicado o uso da máscara cirúrgica comum, adicionada a precauções de contato, usando o avental descartável, as luvas e óculos de proteção, para proteger os olhos do profissional e a utilização da touca que é para proteger o cabelo de contaminação. Nos procedimentos que gerem aerossóis, como a intubação, aspiração, ressuscitação ou coletas nasotraqueais, as partículas acabam se aerolizando, ou seja ficam menores e nesses casos os profissionais precisam de uma máscara especial, que é a N95, que tem um poder de filtro maior. O protetor facial também é recomendado nos procedimentos que geram aerossol. Fonte: site Google Fonte: site Google Referências BARSANO, Paulo R.; BARBOSA, Rildo P.; SOARES, Suerlane Pereira da S. Equipamentos de Segurança. Editora Saraiva, 2014. 9788536518008. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536518008/. Acesso em: 01 abr. 2022. DANTAS, Josefa Jéssica Silva. Uso de equipamentos de proteção individual na terapia intensiva. 2015. 106 fl. (Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia), Curso de Bacharelado em Enfermagem, Centro de Educação e Saúde, Universidade Federal de Campina Grande, Cuité – Paraíba – Brasil, 2015. VASCONCELOS JÚNIOR, FCF; BARBOSA, GSL; MOUTA, AAN; SOUZA, AT da S.; REGO, C. de S.; HIPOLITO, LC; SILVA, ACB da; BELTRÃO, RPL Exposição profissional e uso de Equipamentos de Proteção Individual: revisão integrativa. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, [S. l.], v. 9, n. 8, pág. e44985239, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i8.5239. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5239. Acesso em: 1 abr. 2022. i
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