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Resumo de Saúde integral do adulto I Luana simões Ciclo 2 - 5 Período Clínica médica Professor: Josué CASO I Paciente, sexo feminino, 59 anos, vem ao pronto-atendimento referindo cefaleia holocraniana, em pressão, de localização inicial frontal, que já no inicio se apresentou intensidade 10/10, sendo a pior da sua vida*. Contou que o quadro iniciou após uma crise de tosse. Contou ainda que está com náuseas e vômitos que não estão respondendo ao uso de medicação (metoclopramida). Negou perda da consciência ou déficits motores focais. Negou febre, perda de peso e outros sintomas sistêmicos. Contou ainda ter utilizado dipirona 1 grama e cetoprofeno 100 mg, sem melhora da cefaléia. Disse apresentar diagnóstico prévio de enxaqueca, porém "a dor é diferente”. Referiu HAS e DM2 Negou outras comorbidades. Contou ser tabagista com carga tabágica de 10 maços-ano. 1- Quais são os sinais de alerta (red flags) que indicam exame de imagem diante de episódios de cefaleia ? - presença de cefaleia nova, que está acima dos 50 anos é alerta - Enxaqueca com dor holocraniana, bilateral, dor em aperto - Sintomas sistêmicos - febre, perda de peso - não é o caso dela - Neoplasias primária do sistema nervoso central, metástase - Cefaleias desencadeadas por atividade física, após tosse, espirro e manobra de valsalva Cefaleia é caracterizada por uma dor pulsátil e latejante acompanhada de náuseas e vômitos - cefaleia que surgem em gestantes 2- Quais são as fases e características da enxaqueca? - Premonitória —> sintomas que prevê, sabe o paciente que vai ter cefaleia a algum momento, irritabilidade, mal estar, dificuldade de concentração - Cefaleia —-> unilateral, pulsátil, com intensidade moderada / grave e piora com atividade física - Aura —> sintomas neurológicos focais, sabe a área do cérebro que ocasiona, tem a função de anteceder, embora possa ocorrer sem cefaleia; aura mais comuns é a visual, presença de brilho, luminosidade no campo da visão, borramento, formação de fortificações, estrelas na visão, apagamento do campo visual. Aura motora. - Recuperação —> sente mal estar, ele tem uma dificuldade de raciocínio, hiporexia (falta de apetite), astenia (diminuição da força motora), desencadeada pela cefaleia ● Branco é o osso Um pouco menos branco é sangue Hemorragia subaracnóide Qual diagnóstico provável para o quadro ? - Hemorragia subaracnóide - pela clínica consegue avaliar a possibilidade desse diagnóstico → cefaléia pior da vida → cefaleia em salva ou cefaleia subaracnóide Qual a principal etiologia para o quadro ? - histórico de trauma - Rompimento de crânio de aneurisma (principal causa → hipertensão/ diabetes / neoplasias / insuficiências cardíacas / infecções fúngicas ) Qual o tratamento deve ser adotado para minimizar complicações no quadro ? - AVC - depois que o paciente sangrou minimizar os riscos de complicações esse cérebro isquemia, de reduzir o fluxo de sangue desse cérebro, minimizar vasoespasmo, prevenir hidrocefalia, prevenir hipertensão intracraniana - Tratamento mais importante aneurisma rompido depende da localização e do neurocirurgião - Descompressão intracraniana - Controle pressóricos da pressão —> PA sistólica de 140 - evitar vasoespasma CONCEITO DE CEFALÉIA: Dores referidas no segmento cefálico. - quadro crônico: desencadeia depressão, ansiedade - advindo da cefaleia - tem relevância para a prática clínica EPIDEMIOLOGIA: 15% da população tenha cefaléia durante um dia, mulheres são mais susceptíveis que os homens cefaleias tensionais, homens mais susceptíveis quando falamos em cefaleias em salvas, tendem a surgir em pessoas menores de 50 anos ( 20-30 anos). •Sem diferença entre os sexos: •H > M: cefaleia em salvas; •M > H: tensional e migrânea; CLASSIFICAÇÃO: • Cefaléia primária: É uma doença. Doença clínica → vários outros sinais além da dor, tem vários outros sintomas que caracterizam uma síndrome • Cefaléia secundária: É sintoma, decorre de outra doença, ocorre de uma sinusite, dengue, AVC, depois de um trauma, ressaca → essa desidratação, a cefaleia é secundária, ocorre quando se tem uma causa base. Evento causador → relação temporal desse evento causador e a dor que está sentindo → paciente relata. Existem 150 cefaleias em nível nacional. Um único episódio de cefaleia não é suficiente para caracterizá-la e fechar diagnóstico, precisa de mais episódio para fechar diagnóstico. ANAMNESE DE UMA CEFALÉIA: Tipo de dor (pulsátil, latejante, aperto, pontada, opressão), duração, localização (unilateral, frontal, temporal, bilateral, retroorbitária, occipital), irradiação (toda a cabeça- holocraniana), intensidade (1-10) - (leve não afeta o dia, moderada prejudica o dia, menos produtivo, grave impede sair de casa), fator desencadeante(alimentação-queijo, vinho), fator de melhora, fator de piora, frequência (dor aguda ou crônica), evolução, sintomas associados (náuseas, vômitos, encontro de luz, som), uso de medicações, histórico de traumas e procedimentos no local. O abuso de AINES causa dependência, aumentando a frequência e intensidade da dor, correndo o risco dessa dor cronificar. Ciência que estuda cefaléias: Cefaliatria Exame Cefaliátrico • Paciente com cefaleia→ Avaliar PA e temperatura, realizar inspeção de oroscopia e otoscopia, realizar palpação de seios da face (sinusite crônica muito rara), palpação das estruturas cervicais, palpação do crânio → gatilhos dolorosos a palpação, artéria temporal superficial → idosos pode ter arterites de grandes células → nódulos - processo inflamatório e dor dessa artéria temporal e ATM. - cefaleia com febre e dor de cabeça → meningite em criança - cefaleia com febre → cefaleia secundária • Avaliação do estado de consciência → rebaixado investigar que pode ser AVC • Avaliação dos pares cranianos → reflexo pupilar, sensibilidade facial, teste motor e simetria facial • Irritabilidade meníngea CEFALÉIA TENSIONAL: 1º no termo de frequência, dor leve. •Cefaleia mais prevalente entre as primárias; •42% dos adultos sofrem com cefaleia tensional; •H:M = 4:5; → diferença é pequena igualdade de gênero. •Facilmente pode ser confundida com cefaleias secundárias; •Associada frequentemente a estresse e alterações do sono; FISIOPATOLOGIA: Não se sabe bem sua fisiopatologia (causa), têm se algumas hipóteses. Cefaleia tensional aguda → hipersensibilidade periférica - excesso de contração muscular, palpar pode encontrar nódulos hipercontraidos. Pressupõe- se que exista também isquemia. Paciente crônico: por mais do que 3 meses a cefaleia tensional. Disfunção do SNC, paciente tem menor limiar de dor, menores estímulos são capazes de gerar dor, isso é alodinia, paciente que tem disfunção no reflexo antinociceptivo Tipo da dor: Em aperto ou opressão. Paciente relata que sente como se a cabeça estivesse apertada, amarrada uma faixa, pesada, alguém apertando. Essa cefaléia é não pulsátil. cefaleia muscular - cefaleia tensional Intensidade: Leve a moderada, não vai gerar prejuízo no dia a dia. Paciente usa termo incômodo na cabeça Duração: 30 minutos até 7 dias Localização: Bilateral, podendo ser frontal ou occipital, podendo irradiar para cervical, músculo frontal occipital. Não se agrava com atividades físicas rotineiras (subir escadas), não tem náusea ou vômito (embora admite náuseas leve), fotofobia (luz) OU fonofobia (voz) - não pode ter as duas coisas ao mesmo tempo Manifestações clínicas: Palpação mais intensa de forma circular que causa dor no paciente que se parece com a cefaléia, só aparece em 30% dos pacientes Infrequente: menos que uma crise por mês Frequente: 1 a 14 crises por mês Crônica: mais de 15 crises por mês entre um período maior do que 3 meses Cefaleia tensional Tratamento: Não farmacológico→ Reduzir estresse, melhorar regularidade do sono (8 horas de sono), melhorar alimentação e ingesta hídrica, realizar atividades físicas, controle de HAS e DM. Quadros leves (não exige medicamento) tendem a passar de forma espontânea, banho relaxamento. Moderada→ acabar a dor naquele momento→ Tratamento abortivo (para cessar a dor): ANALGESICOS SIMPLES Dipirona 500 a 1000mg 6/6h Paracetamol 1000 mg 6/6h (4g por dia → pode gerar hepatotoxicidade) Aspirina (AAS) 500 a 1000 mg 8/8 h Ibuprofeno 600 mg 8/8 h Cetoprofeno 25 a 50 mg 12/12 h Diclofenaco 100 mg 12/12 h Naproxeno 500 mg 12/12 h A maioria dos medicamentos tem dose máxima, a dipirona não tem dose máxima, não existem estudos que apontem sua dosagem Tratamento preventivo (para pacientes com dor crônicos): Mais que 15 episódios de dor por um período de 3 meses precisa fazer profilaxia, tratamento preventivo Medicamentos tricíclicos→ Antidepressivos Amitriptilina 25 a 75 mg/dia, pode causar ganho de peso, sonolência, sensação de boca seca, constipação, tremores. A população idosa → idoso ganha peso, distúrbios metabólicos, sonolência → queda, precisa ter cuidado ao receitar este medicamento. Terapia não farmacológica: Acupuntura, Biofeedback com eletromiografia, psicoterapia, terapias cognitivos-comportamentais, técnicas de relaxamento, yoga, fisioterapia. ENXAQUECA Também chamada de migrânea. •Cefaleia que causa grande perda da qualidade de vida; •Incapacitante; Dor debilitante e incapacitante, vai impedir de desenvolver atividades do dia a dia, perda de qualidade de vida, é uma das principais causas de perda de qualidade de vida no mundo, e ausência no trabalho. EPIDEMIOLOGIA: Segunda cefaléia mais comum no mundo, maior prevalência no sexo feminino (2,2m-1h), forte herança genética, maior parte dos quadros ocorre entre 30 e 50 anos, dificilmente ocorre antes da mulher menstruar, sendo assim na infância mais comum em homens. •2ª cefaleia mais frequente; •Relação H:M: 1:2,2; •Forte história familiar de herança poligênica; •Pico entre 30 a 50 anos; FISIOPATOLOGIA: Mutações de canais e peptídeos que vão tornar o cérebro mais suscetível a sentir a dor, vai ser dividida em fases. Fase premonitória→ pressupõe que desencadeada pelo Núcleo espinhal do nervo trigêmeo, tornando o cérebro mais suscetível, sintomas que avisa que ele sente dor, depressão alastrante é um tanto de neurônio vai despolarizar e vai adotar uma excitação em seguida e o cortex vai aumentar sua atividade - outra fase chamada fase áurea. Fase Áurea→depressão alastrante (despolarização com excitação seguida de redução da atividade cortical); Fase dolorosa→ sabe que ela vai ser desencadeada pela ativação trigeminal liberação de peptídeo relacionado com o gene da calcitonina (CGRP) => sensibilização sequencial; FATORES DESENCADEANTES: Fome, alterações do sono, atividade física intensa, alguns odores, consumo de álcool, consumo de bebidas cafeinadas, consumo de queijo, chocolate, adoçante, carne em conserva, glutamato monossódico. Evidências fracas que eliminar o fator causal vai diminuir a dor FASES DA DOENÇA: A enxaqueca pode ter 4 fases, pródromo, aura, fase dolorosa e resolução. Nem todos os pacientes apresentam todas essas fases Pródromo→ Paciente refere que quando sente fadiga ou mal-estar, começa a sentir a dor, saliva muito e sente dor, esses sintomas antecedem a cefaleia em até 48h, são sintomas premonitórios: Fadiga, mal estar, depressão-tristeza, bocejo, desejo por certos alimentos, tensão cervical, hipoatividade Aura→ Sintomas neurológicos focais reversíveis → sintoma que pode descrever que área do cérebro está causando. Pode anteceder, acompanhar, ou ocorrer independente da cefaléia. Dura de 5 até 60 minutos. A mais comum é a visual, lobo occipital: Escotoma cintilante, escotoma escura, espectro de fortificação, fosfenos. Outras auras: Parietal (parestesia), olfatório (fantosmia→ cheiro ruim em tudo que é canto que ele está) frontal (depressão, irritabilidade) Tronco encefálico (vertigem, zumbido, disartria, ataxia, redução do nível de consciência. Crise dolorosa: Temporal, frontal, frontotemporal, na maioria dos casos é unilateral, eventualmente podendo ser bilateral principalmente em mulheres que acabaram de sair da fase menstrual, dor de moderada a forte intensidade, pulsátil, latejante, piora com atividades rotineiras, dura entre 4 a 72h → conta a dor do paciente a duração do sono mas o tempo que estava acordado, até a dor acabar quando acordar.. Tem náuseas, vômitos, fotofobia, fonofobia, asmofobia Resolução/recuperação: Paciente pode sentir-se exausto, sonolento, astenia, dificuldade em se concentrar, redução do apetite, irritabilidade. Essa fase pode durar dias. CLASSIFICAÇÃO DA ENXAQUECA: • Enxaqueca sem aura: 5 crises • Enxaqueca com aura: -Aura reversível e 3 das 6 características - Aura Típica - Aura Hemiplégica: Redução da forma motora - Com aura do tronco encefálico: Zumbido, vertigem - Aura reptiliana - Aura típica sem enxaqueca • Enxaqueca crônica → quando 15 ou mais episódios por mês no período de 3 meses Migrânea sem aura - enxaqueca sem aura Migrânea com aura RASTREAMENTO DE ENXAQUECA POUND Pulsação O – entre 4 e 72 h Unilateral Náusea Debilitante 4 pontos: extremamente provável 3 pontos: probabilidade intermediária < 2 pontos: improvável ID migrânea •Cefaleia incapacitante •Fotofobia •Êmese 2 ou mais pontos = VPP 93% COMPLICAÇÕES DA ENXAQUECA •Estado migranoso => crise debilitante que dura por mais de 72 horas (abuso de analgésicos); •Aura persistente sem infarto => duração > 72 horas; •Infarto migranoso => 1 ou + sintomas de aura que dura + de 60 min + AVCi mostrado por exame de imagem; •Crise epiléptica => durante dor da cefaléia com aura ou até 1 h após; Aula 30/03/2023 Tratamento não farmacológico - dieta saudável (sem gorduras) - Exercício regulares - Padrão de sono regular - Evitar consumo excessivo de álcool e cafeína - Evitar mudanças agudas nos níveis de estresse - Evitar fatores desencadeantes - queijo, vinho, café Tratamento abortivo - princípios (tira da crise de dor) - tratar precocemente possível - reduz risco alodinia - evitar a redução do limiar de dor; - tomar o medicamento quando começa a dor, terá mais dificuldade quando a cascata tiver sido ativada; - Usar dose terapêutica adequada, fazendo as adequações necessárias; depende da resposta a medicação → aumenta → sensibilidade; - Modificar via de administração quando houver gastroparesia → não pode utilizar a via oral; - Trocar por drogas de início de ação mais rápida ou, diante de crises recorrentes → meia-vida mais longas; - Associar substância para obter menor índice de recorrência e efeito mais rápida Dor: Crises fracas: não medicamentoso o tratamento → quarto escuro e isolamento de sons e luminoso —> ausência de resposta - analgésicos ou AINEs Crises de moderada intensidade: analgésicos simples ou AINEs - sem resposta usa triptanos Crises incapacitantes: triptanos Crises graves/emergencial: tratamento parenteral Medicamentos: Dipirona 1g 6/6 horas Paracetamol 1g 6/6 horas no máximo 4 dias AAS 500 mg - 1g 8/8 horas Ibuprofeno-600 mg 8/8 horas Triptanos Dipirona 1 g corticoide é indicado para crise de dor que dura mais de 72 horas não deve ser utilizado no tratamento de cefaleia→ morfina, codeína, tramal → aumenta a intensidade e a frequência de novas crises; Ergotaminas ● Causam vasoconstrição e inibem liberação de peptídeos ao gene da calcitonina, interfere na fisiopatologia da enxaqueca ● causa náuseas e vômitos, tonturas, não pode ser indicado a pacientes angina, infarto, avc isquêmico → contraindicado Triptanos ● Causam vasoconstrição em menor intensidade e inibem a liberação de peptídeos neuroestimulantes ● Efeitos colaterais: sonolência, boca seca, hipertensão arterial ● contraindicação → menor efeito → mesmo de cima Tratamento profilático evitar a cronificação reduz a intensidade e quantidade de crises, explicar para o paciente → 2 a 3 meses tomando a medicação - envolver o paciente com diario de cefaleia, quantas crises e intensidade de dor que o paciente tem, não consegue eliminar a crise e reduz as crises. Indicação: 2 ou mais crises/mês por > meses ou quando abortivo é ineficaz - Propranolol 20 a 80 mg/ dia - metoprolol 25 a 100mg/dia - Timolol 20 a 30mg/ dia - Topiramato 30 a 100 mg/dia / anticonvulsivante - bloqueador do canal de cálcio Obs.: gestante, mudar em idade fertil. Efeito colateral - parestesia, perda ponderal, sonolência, nefrolitíase - indicado: Obeso - Valproato 250 a 1500 mg/dia (queda de cabelo e ganho de peso) obesidade - Flunarizina 250 a 1500 mg/dia - Outros: amitriptilina 12,5 a 75 mg, duloxetina 60 a 120 mg Anticorpos monoclonais —> antagonista do CGRP, enerumab(bloqueio receptor), eptizenumab, galcanezumab, fremanezumab Enxaqueca crônica: topiramato e a tóxica botulínica - ser 15 crises pelo período de ao menos 3 meses Cefaleia em salvas e outras trigeminoautonômicas Introdução Cefaleias trigeminoautonômicas possuem com um a unilateralidade da dor e a presença de sintomas autonômicos; •Cefaleias em salvas e a mais incapacitante; •CS é rara => prevalência de 0,09 a 0,4%; •H>M: 2,5:1; maior quantidade em homens •Possui fisiopatologia incerta; CLASSIFICAÇÃO Cefaleias em salvas; se manifesta em período noturno; •Hemicrania paroxística; •Hemicrania contínua; •Cefaleia neuralgiforme unilateral de curta duração com hiperemia conjuntival e lacrimejante (SUNCT) •Cefaleia de curta duração, unilateral, neuralgiforme, com sintomas autonômicos cranianos Cefaleia em salvas – fatores desencadeantes ● •Pode ser desencadeada por:Álcool; ● Medicamentos vasodilatadores ● Histamina; ● Sono; ● Alterações comportamentais, mentais ou emocionais; ● Aumento da atividade física ● Apneia do sono Cefaleia em salvas – manifestações clínicas •Dor de intensidade forte; •Unilateral; •Orbitária, supraorbitária e/ou temporal; •15 a 180 minutos de duração; •Acompanhada de: lacrimejamento, hiperemia conjuntival, congestão nasal, rinorreia, edema palpebral, sudorese facial, miose e ptose Pode ocorrer foto, fono e osmofobia, náuseas e vômitos; Apresenta surtos sazonais com 1 ou até 8 crises/ dia → período sem dor, meses, e depois volta CEFALEIAS EM SALVA - EPISÓDIOS •Episódica: períodos de crise que ocorrem de 7 dias a 1 ano, com períodos de remissão que duram ao menos 3 meses (sem); •Crônica: períodos de crise que duram 1 ano ou mais com remissão durante menos que 3 meses CEFALEIAS EM SALVA Dor latejante e pulsátil TRATAMENTO ABORTIVO •Oxigênio 100% em máscara facial sem recirculação, 12L/min por 20 min, inalado em posição sentada cotovelo no colo,, levemente fletido para frente; •Sumatriptano SC 6 mg de 1/1hora até 2 ampolas; Cefaleia em salvas – tratamento preventivo usa os 2 ao mesmo tempo - definitivo e transicional •Transicional: não faz mais de 7 dias - Naratriptano 2,5 mg de 12/12 h por 7 dias; - Corticóides (prednisona 60mg/dia, DU, por 6 a 10 dias Definitivo (prolongado) - Verapamil 240 a 1200mg/dia de 8/8 horas grau a BCC - Lítio 300 a 900mg/dia de 8/8 horas ou 12/12 horas grau b - Topiramato 75 a 200 mg 12/12 horas (grau b) - Divalproato de sódio - melatonina, baclofeno - Tratamento cirúrgico - casos não responder HEMICRANIA PAROXÍSTICA •Dor excruciante pulsátil, em pontadas ou em queimação;7 •Localização: fronto-orbital, unilateral; •Duração: 2 a 30 minutos: •Frequência: 1 a 40 x/dia, sem predominância noturna, •Associada a sintomas autonômicos; •Tratamento = indometacina (nível A); •AAS, acetazolamida, piroxicam, verapamil, naproxeno, sumatriptano podem ser utilizados => baixo grau de evidência; CEFALEIAS SECUNDÁRIAS Quando vamos identificar ser secundária → sinais de alerta vermelho e sinais de alerta laranja; - iniciar a partir dos 50 anos de idade, precisa pedir tomografia craniana - sem constante Lesão de massa - qualquer coisa que aumente gera disfunção, gera expansão no interior do cranio. RED AND ORANGE FLAGS Cefaleia pós-traumática ● Uma das mais frequentes cefaleias secundárias; ● Quedas, prática de esportes, luta, boxes, ferimentos por arma de fogo, acidentes de trânsito, ferimentos por disparos de arma de fogo, agressões; ● Não existe padrão clínico, assumido características das primárias => mais comumente mimetiza a tensional ou a enxaqueca; Cefaleia pós-traumática •Surge em até 7 dias após o trauma; •Após 3 meses é crônica; •Tto igual ao da cefaleia primária que mimetiza; •Se crônica = topiramato, tricíclicos, divalproato Cefaleia devido a alteração liquórica •Cefaleia da hipertensão liquórica: •Cefaleia intratável, papiledema, sintomas visuais, zumbido pulsátil, que piora ao deitar e melhora em posição ortostática; •Mais comum em mulheres obesas; •Tto: diuréticos inibidores de anidrase carbônica (acetazolamida), Topiramato, punção liquórica Cefaleia devido a alteração liquórica •Cefaleia da hipotensão liquórica: •Pode ocorrer após punções liquóricas; •Cefaleia que inicia ou piora em posição ereta e desaparece em decúbito horizontal, geralmente em pressão, occipital bilateral, intensidade moderada ou forte, com cervicalgia, rigidez nucal, náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia; •Maioria tem melhora espontânea; Cafeína 300mg 2x dia por 3 dias Neuralgias •Neuralgia do trigêmeo: •Cefaleia unilateral, em choque elétrico, penetrante, intensidade forte, com espasmos faciais, sintomas autonômicos leves , durando de fração de segundo a 2 minutos. •Carbamazepina, oxcarbazepina, gabapentina, tto cirúrgico; •Neuralgia occipital: •Dor recorrente de segundos a minutos, intensidade forte, penetrante ou facada, que é desencadeada por estimulação do escalpo, com dolorimento na região dos nervos afetados. CEFALEIA POR USO EXCESSIVO DE MEDICAMENTOS Uso excessivo de medicações sintomáticas: ● Analgésicos simples por 15 dias/mês ou mais em ao menos 3 meses ● Ergóticos, triptanos ou analgésicos combinados com cafeína em 10 dias/mês por pelo menos 3 meses ● Mais comumente tem características da enxaqueca com aumento da intensidade e frequência da crise ● Com o tempo, perde a característica primária, dor matutina, acordar o paciente é refratária ao tratamento, não responde a analgesico, vai desencadeando Tratamento ● Educação e modificação do estilo de vida - atividade física, organizar o sono, alimentação modificada, evitar medicação analgésica, tolerância à dor - 7 primeiros dias sem medicação ● Tratamento preventivo da cefaleia primária ● Tratamento das crises de dor - medidas não farmacológicas, a priori voltar farmacológica caso tenha crise de dor, com uso consciente OUTRAS CEFALEIAS SECUNDÁRIAS ● Cefaleia pós AVCi ● Cefaleia desencadeada por HSA ● Cefaleia atribuída a aneurisma sacular não roto ( pode ter alteração visual e da fala, perda de atenção e concentração da mudança de comportamento, desequilíbrio, incoordenação, paralisia de nervo craniano) ● Meningite ● Cefaleia atribuída a tumores intracranianos, malformações ● Cefaleia cervicogênica - alterações da estrutura cervical: pode ser patologia articulares, hérnia de disco - tendinoso/ tem ponto de dores palpado na cervical/ limitação da amplitude do movimento - flexão e extensão ● Cefaleia por erro de refração - comum na infância, miopia - astigmatismo ele acaba forçando a musculatura ciliar gera tensão DIÁRIO DE CEFALEIA ● Presença de cefaleia ● Intensidade - moderada/grave ou leve ● Ingestão de analgésico ● Dias de trabalho ausentes ● Sens. Esp. Entre 82 e 96% concordância de 80 % com anamnese DIAGNÓSTICO ● Mandamento: sempre fazer diagnósticos diferenciais, é critério não ser melhor explicada por outro diagnóstico ● Pacientes podem apresentar cefaleias que preenchem critérios com episódios e apresentar cefaleias que preenchem critérios com episódios não vão satisfazê-los => tratamento, esquecimento… ● •Peça ao paciente para descrever uma crise não tratada e uma tratada. ● cefaleias primárias: Caso clínico Mulher, 52 anos, queixa-se de cefaléia frontoparietal esquerda, unilateral, em pontada, iniciada há 1 ano, intensidade moderada, com episódios de náuseas, nega fonofobia, mas tem apresentado alguns episódios de fonofobia. Há cinco meses, vem experimentando dores mais intensas, tendo episódios diários de dor, com duração de cerca de até oito horas. Nega fatores desencadeantese piora. Refere utilizar analgésicos simples e AINES por pelo menos 15 dias. Refere hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus do tipo 2 há mais de 10 anos. Nega outras doenças. Nega alergia à medicação. Exame físico sem alterações ● Unilateral ● Tem náuseas e vômitos ● Fonofobia ● Enxaqueca ● surgiu a 1 ano - 51 anos ● Aneurisma de cerebral média
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