Habeas_Data PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL CCJ0261

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Excelentíssimo Senhor Ministro Presidente do Egrégio Superior Tribunal de Justiça. 
TICIO, brasileiro, Engenheiro, casado, portador do documento de identidade Registro Geral (RG) n. _____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) sob o n. _____), residente e domiciliado no endereço _____, por seu advogado na forma do art. 77, V do CPC, com end. eletrônico: xxx, inscrito na OAB/_____ sob n. _____, que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no inciso LXXII do art. 5.º da Constituição Federal de 1988, art. 319 do Código de Processo Civil e em conformidade com Lei n. 9507/1997 impetrar.
HABEAS DATA
Em face do ato praticado pelo MINISTRO DE DEFESA DO ESTADO da unidade _____ (autoridade coatora) com sede de suas atividades na xxxx e indicar a pessoa jurídica que esta integra, pelos motivos a seguir expostos:
a) DO FORO COMPETENTE
De acordo com os artigos 105, I, b da Constituição Federal, e 20, I, “b”, da Lei 9507/97: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça, processar e julgar, orginalmente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
Desta forma, a competência para processamento e julgamento do presente é ordinária do STJ.
	
b) DO INTERESSE DE AGIR
O impetrante junta em anexo cópia do indeferimento do seu pedido para ter acesso à informação pessoais que lhe dizem respeito e por este motivo, nos termos do artigo 8.º, parágrafo, único da Lei 9.507/97, comprovado o interesse de agir do impetrante, legitimador do presente Habeas Data.
I – DOS FATOS
O impetrante na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações, tendo todos seus movimentos monitorados por agentes federais de segurança do Estado brasileiro
No ano de 2010, o impetrante requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo seu pedido de plano negado por todas as esferas administrativas. A última autoridade coatora a negar a vista ao impetrante foi o Ministro do Estado de Defesa, fazendo-o sob justificativa de que há necessidade de sigilo documental por interesse do Estado.
Assim sendo, não restou ao impetrante senão a via judicial para ver seu direito assegurado.
II – DO DIREITO
O direito do impetrante em ter acesso à suas informações estão garantidas no artigo. 5.º, LXXII, da Constituição Federal de 1988 e art. 7.º da Lei n. 9.507/97
1) Cabimento da presente ação: o acesso as informações pessoais foram asseguradas pela Constituição Federal, nos termos do art. 5º, LXXII.
2) DA PROVA DA RECUSA À INFORMAÇÃO 
O impetrante teve o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas, conforme documentação anexa, comprovando o requisito essencial para a impetração da presente ação, de acordo com o art. 8º, I, da Lei 9507/97.
Não se mostra perigo à paz ou segurança nacional informações de cunho pessoal, que datam de longos anos, ainda mais quando o impetrante é parte direta interessada.
III – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:
 A) Notificar o coator sobre os fatos narrados a fim de prestar as informações que entender necessárias nos termos do art. 9.º da Lei n. 9.507/97); 
B) Determinar a oitiva do representante do Ministério Público no prazo de cinco dias nos termos do art. 12 da Lei n. 9.507/97; 
C) Julgar procedente o pedido, determinando ao Impetrado o fornecimento das informações requeridas nos termos do art. 13 da Lei n. 9.507/97). 
DAS FUTURAS PUBLICAÇÕES
Requer que as futuras publicações sejam feitas em nome do(a) Advogado(a) X, OAB Y, sob pena de nulidade na forma do art. 272, § 2º do CPC.
VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa, para efeitos fiscais e de alçada, o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais). 
Nesses termos, pede deferimento.
Local, data.
ADV
OAB/UF