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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO INDIVÍDUO COM OSTOMIAS E TECNOLOGIAS PARA O CUIDADO K W L O QUE EU ACHO QUE SEI SOBRE O ASSUNTO O QUE EU ACHO QUE PRECISO SABER O QUE APRENDI O Que é um estoma? Quais os cuidados de enfermagem com o paciente traqueostomia? Quais os cuidados de enfermagem com o paciente com gastrostomia? O que deve-se observar no estoma intestinal? Quais os cuidados de enfermagem para o paciente com colostomia? ✓É a exteriorização de uma víscera oca, como traqueia, estômago, intestino e vias urinárias. FINALIDADES: ✓Alimentação ou eliminação de líquidos e efluentes fisiológicos ✓Caráter temporário ou definitivo ▪ 16 de novembro: dia do Ostomizado (definição de ostomia como deficiência física – 2004) ▪ Associação Brasileira de Ostomizados (2010): aproximadamente 34mil brasileiros portadores de ostomias (sem contabilizar os dados que se referem aos Estados do Amapá, Tocantins e Roraima) ▪ Ministério da Saúde: estimativa é que haja cerca de 400 mil ostomizados em nosso país. ▪ Estomaterapia: especialidade exclusiva do enfermeiro, voltada para o cuidado de pessoas com estomias, feridas agudas e crônicas, fístulas, drenos, cateteres e incontinências anal e urinária. http://www.blog.saude.gov.br/index.php/promocao-da-saude/53665-voce-conhece-uma-pessoa-com-ostomia-de-eliminacao DIGESTIVAS Faringostomia Esofagostomia Gastrostomia Jejunostomia Ileostomia Colostomia RESPIRATÓRIAS Traqueostomias pleurostomias URINÁRIAS Nefrostomias Ureterostomia Cistostomias Pielostomia Vesicostomia ▪ Problemas congênitos (traqueomalacia, estenose de glote, síndromes genéticas(Pierre Robin, Triecher Collins) ▪ Síndrome da apnéia obstrutiva do sono ▪ Aspirações relacionadas a problemas musculares ou sensórios ▪ Profilaxia (oncologia) ▪ Lesões cervicais, lesões de coluna com paralisia muscular ▪ Necessidade de suporte respiratório prolongado ▪ Redução do espaço morto e otimização de ventilação mecânica ▪ Doenças neuromusculares que enfraqueçam ou paralizem os musculos respiratórios e o diafragma ▪ Tumores, estenoses, corpo estranho, falha de intubação ▪ Melhorar a qualidade de vida (mobilidade, fala, alimentação) ▪Tubos sem cuff ▪Tubos com cuff TRAQUEOSTOMIA CRICOTIREOIDOSTOMIA ▪ Hemorragia ▪ Infecção ▪ Enfisema subcutâneo ▪ Desposicionamento ▪ Estenose traqueal ▪ Fístulas ▪ Obstrução da cânula ▪ Edema traqueal Enfisema subcutâneo ▪ Higiene diária e troca de fixação(deve ser firme); ▪ Proteger a região entre a cânula e a pele com gaze; ▪ Observar acúmulo de secreção na cânula; ▪ Estabilizar o tubo durante os procedimentos; ▪ Realizar nebulização, conforme prescrito; ▪ Realizar/estimular/auxiliar : mudança de decúbito. ATENÇÃO!!! ESTOMAS URINÁRIOS INDICAÇÕES: • Lesão traumática da uretra • Doenças congênitas do trato urinário • Impossibilidade de sondagem ou cateterismo • Infecções graves do pênis ou escroto(Síndrome de Fournier) ✓Fluxo contínuo – bolsa urinária imediatamente após cirurgia ✓Estoma úmido e avermelhado (*crianças) ✓Troca do dispositivo: variável, 3-7 dias (bolsas) ou 4 semanas (cateter) ✓Manter gaze na abertura do estoma durante medição, limpeza da pele periestoma e troca da bolsa ✓Usar água morna e compressa, não esfregar pele, deixar seca ▪Posicionamento incorreto da bolsa ▪Grandes volumes de urina na bolsa ▪Bolsa urinária sem válvula antirrefluxo ▪Observar o estoma quanto a cor, edema, trauma e cicatrização da pele periestoma. ✓Medir o estoma ✓Traçar o modelo do estoma no adesivo da barreira ✓Cortar a abertura na barreira protetora de pele de pele ✓Remover a parte protetora de trás da superfície do adesivo ▪Aplicar a bolsa. Pressionar a barreira adesiva firmemente no lugar ao redor do estoma e extremidades. Solicitar que o paciente segure a mão sobre a bolsa por um a dois minutos para aplicar calor e assegurar a vedação. ▪Obervar volume e aspecto da urina drenada ▪Manter a sonda bem fixada e a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga Cistostomia: realizada direto na bexiga. Nefrostomia: drenagem direto do rim Ureteroenterostomia: parte do intestino é utilizada para um novo reservatório. Ureterostomia: drenagem direto dos ureteres Sistema bolsas de urostomia ▪Gastrostomia: Acesso à luz do estômago pela parede abdominal ▪Técnica de inserção da sonda de gastrostomia: via endoscópica percutânea, inserida durante a visualização endoscópica do estômago (gastrostomia endoscópica percutânea -PEG) Jejunostomia: Acesso à luz do jejuno proximal pela parede abdominal Indicações: ▪Descompressão gástrica. Ex: cirurgias abdominais de grande porte com estase gástrica, íleo adinâmico prolongado, fístulas ▪Alimentação– trato digestivo funcional com impossibilidade de ingesta oral adequada TEMPORÁRIA: coma, neoplasia e estenose de esôfago Definitiva: doenças neurológicas, doenças demenciais, neoplasias Indicações: ✓ Descompressão digestiva: ressecção gástrica com íleo adinâmico prolongado no PO, fístulas digestivas ✓Alimentação - Definitiva- deglutição prejudicada, terapêutica paliativa Temporário- acesso digestivo prejudicado Definitiva: deglutição prejudicada, terapêutica paliativa Sondas e dispositivos Botton Cateter • Higienizar a inserção da sonda com água e sabão e manter o local seco; • Manter a cabeceira do paciente elevada para administrar medicações, líquidos e dietas; • Após a administração de alimentação e medicação, lavar a sonda com 20ml de água filtrada em jato; • Observar o orifício de inserção da sonda quanto à presença de sinais de infecção e granuloma ▪ Colostomias e ileostomias ▪ Abertura do segmento cólico ou ileal na parede abdominal ▪ Desvio do conteúdo fecal para o meio externo ▪ Indicações: obstrução intestinal, diverticulite, câncer, traumatismo abdominal, doença de Crohn, peritonite, anomalias congênitas ▪ Temporária/Definitiva ▪ Em alça/ terminal Exteriorização do íleo Eversão sobre si mesmo Fixação ▪Ileostomia ▪ Quadrante inferior direito do abdômen ▪ Protruso (2,5 a 4cm da superfície da pele) ▪ Fezes líquidas, castanho esverdeadas ▪ Cheiro diminuído ▪ Elimina grande quantidade de eletrólitos e enzimas digestivas ▪ pH alcalino – corrosiva ▪ Colostomia ascendente: ▪ Lado direito do abdômen ▪ Fezes líquidas ou semilíquidas ▪ Irritantes ▪Colostomia transversa: ▪Fezes pastosas, pouco irritantes ▪Colostomia descendente ▪Fezes semi sólidas, não irritantes ▪Sigmoidostomia ▪Fezes de consistência normal ▪Período pré-operatório ▪Período trans-operatório ▪Pós-operatório ABORDAGEM Física Psicológica Social OBJETIVO Preparar física e emocionalmente; Identificar fatores desfavoráveis; Reintegração social Momento da indicação da cirurgia até a entrada na sala de cirurgia Plano de orientação com base em sua individualidade ▪Conhecimento do indivíduo acerca do diagnóstico; ▪Antecedentes familiares; ▪Hábitos de eliminação; ▪Medicamentos; ▪Atividades sociais; ▪Estado emocional; ▪Padrão cultural; ▪Escolaridade; ▪Estado nutricional ✓ Habilidades psicomotoras; ✓ Condição de pele; ✓Apoio emocional pela equipe multiprofissional – orientação em relação à sua nova realidade; ✓ Preparo do cólon; ✓ Início da orientação nutricional; ✓ Demarcação do abdome para colocação da bolsa em área longe de cicatrizes anteriores, proeminências ósseas, dobras de pele e fístulas Estomas Cuidados pré-operatórios - Manejo dos materiais que serão utilizados no pós operatório (bolsas); Estomas intestinais ▪ Dispositivos Oclusor ▪ É a determinação ou delimitação dos limites por meio de marcas, que tem como objetivo favorecer, durante o ato cirúrgico a confecção adequada do estoma para que permita uma adaptação adequada dos dispositivos. FONTE: CD INTERATIVO CONVATEC Meirelles ▪ 4 a 5 cm da cicatriz umbilical, rebordo costal, crista íliaca, linhas da cintura; ▪ Fácil visualização; ▪ Tipode estoma; ▪ Músculo reto abdominal; ▪ Espaço para aderência do dispositivo; ▪ Avaliar todas as posições; ✓Cuidado geral da ferida cirúrgica abdominal; ✓Observar estoma: cor (rosa variando para vermelho vivo) e tamanho; ✓Monitorar a drenagem das fezes ✓ Prevenir e identificar complicações ✓ Apoio emocional = o cliente passa por choque, descrédito, negação, rejeição e raiva, até restabelecer a autoestima ✓ Pode ter dúvidas sobre relação familiares, relação sexual, etc ✓ Apoio de outros ostomizados é importante !!! (ABRASO – Assoc Brasileira Ostomizados) ✓ Orientar sobre direitos ostomizados: bolsa pelo SUS A colostomia começa funcionar de 3 a 6 dias após a cirurgia; ✓ Ensino do AUTOCUIDADO ✓ Orientação sobre sexualidade, nutrição, prática esportiva, vida social Cuidado da pele periestoma : pasta (coloplast); pó (stomahesiv) Troca da bolsa – sistema de 1 peça Troca da bolsa – sistema de 2 peças Esvaziar as bolsas com sistema de drenagem sempre que atingirem metade ou 1/3 da capacidade Irrigação da colostomia: esvaziar o cólon antes de atividades sociais e de trabalho (higienização) Avaliação dos estomas intestinais: ▪Avaliar: ▪Posição ▪Tamanho ▪Forma ▪Cor ▪Umidade ▪Protruso/plano/retraído ▪ Integridade da mucosa ▪Pele periestoma ▪Funcionamento Sepsi periestomal Necrose Retração Hemorragia Evisceração Oclusão Complicações precoces Complicações tardias Fístula Eventracão periestomal Estenose Prolapso Afecções cutâneas Dermatite Hérnia Prolapso ESTOMAS: COMPLICAÇÕES ▪ Escoriação na região periestoma; ▪ Reação alérgica ao dispositivo da estomia; ▪ Irritação química do efluente; ▪ Infecção DERMATITES ❖DERMATITES PERIESTOMA (Prevalência 18 - 62%) ❖Ileostomia (61,9%) X Colostomia (32,1%) ▪Lesões agudas ou crônicas; primárias ou secundárias ▪Perda de integridade da pele periestoma ▪Alterações dermatológicas mais frequentes: eritema ou irritação; erosão; pústulas e até ulcerações DERMATITES PERIESTOMA Fatores predisponentes: ▪Indivíduo: - idade; características da pele, condições físicas gerais ▪Estomas: tipo efluente, confecção e localização inadequada ▪Dispositivo: tipo; características, disponibilidades e acessibilidade CLASSIFICAÇÃO DAS DERMATITES PERIESTOMAS ▪Grau de comprometimento: Leve; moderada; grave ▪Avaliar: cor; presença de coleção hídrica ou pus; perda tecidual ❖ Irritativa, química ou de contato: ▪Contato direto da pele com substâncias irritativas contidas no efluente (enzimas digestivas, constituintes alcalinos urinários e atividades enzimáticas de fezes) ▪Produtos usados no cuidado: sabão e solventes ❖Alérgica • Contato da pele com produtos adaptados no estoma (plástico de equipamentos coletores, adesivos, barreira cutânea) • Área cutânea comprometida delimitada pela placa em contato ❖Radio ou Quimioterápico • Vulnerabilidade da pele periestoma • Alterações na consistência fecal ❖Trauma mecânico • Cuidado prestado, grandes danos na pele periestoma (esfolamento, abrasões) - • Remoção abrupta dos adesivos e protetor cutâneo • Limpeza agressiva e frequente da área • Trauma frequente da bolsa coletora • Fricção ou pressão pelo cinto, presilha e convexidade ❖Infecção ▪secundária às outras dermatites ▪ Infecção por foliculite por Staphylococcus: equipamento impede crescimento do pelo; técnica inadequada de remoção adesivos ▪ Infecção por Candida albicans: ambiente úmido ➢AFASTAMENTO DO FATOR CAUSAL ▪ Avaliação/modificação do equipamento utilizado ▪ Capacidade sistema coletor: conter efluentes ▪ Bolsa sistema fechado x drenável:frequência trocas? ▪ Barreiras protetoras pele: proteção contato com efluente e tratamento lesão pele ✓Resina natural/goma Karaya: mantem pH pele, bloqueia efluente, cicatrização ✓Barreiras sintéticas (gelatina + pectina + carboximetilcelulose): proteção pele contra efluente; condições fisiológicas pele; baixo potencial alergênico; cicatrização; aderência prolongada ▪ Barreiras protetoras ✓Formas: pastas, tiras, placas ✓Preencher desnivelamento cutâneo, vedação para infiltração efluentes ✓película protetora ✓barreira em pó (remove excesso de umidade da pele lesada, melhora aderência placa) ✓Filtros de carvão para flatos ✓Cintos elásticos: segurança e aderência placa ❖Remoção da placa ▪Higienização da pele: apenas água morna e sabonete neutro ▪Moldagem/corte equipamento a ser adaptado no estoma: tamanho ideal para proteger pele efluentes DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM •Déficit de conhecimento sobre o preparo pré e pós operatório •Distúrbio na imagem corporal relacionada ao estoma e a evacuação alterada; •Ansiedade relacionada à alteração da condição de saúde e medo do desconhecido; •Risco de integridade da pele prejudicada relacionada a irritação periestomal pelo efluente. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM •Disfunção sexual relacionada à alteração da imagem corporal •Risco de volume de líquidos deficiente evidenciado por anorexia e vômitos e aumento de perda de líquidos e eletrólitos do trato gastrointestinal. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM PARA PACIENTES ESTOMIZADOS ✓ Orientar pacientes e familiares quanto ao uso e cuidados com os dispositivos de estomas; ✓ Fazer os pacientes e familiares demonstrarem o uso dos dispositivos; ✓ Monitorar e observar a cicatrização do estoma e tecido adjacente; ✓ Monitorar complicações pós-operatórias como: obstrução intestinal, vazamentos anastomóticos; ✓ Ensinar a irrigação ✓ Estimular o paciente ao autocuidado; ✓ Orientar o paciente a monitorar complicações; ✓ Orientar pacientes sobre dieta adequada (odores); ✓ Encorajar convívio social. ATENÇÃO !! ✓MINIMIZAR COMPLICAÇÕES: novos equipamentos disponíveis, cuidados e orientações ✓ORIENTAÇÃO: prevenção problemas com a pele; adaptação dos equipamentos coletores; reintrodução à sociedade ✓Fase Pré-operatória: Preparo físico e emocional; demarcação do local de confecção estoma; orientações manutenção integridade da pele ✓TRATAMENTO: diagnóstico e afastamento do fator causal; autocuidado com estomia e pele periestoma Tecnologia do cuidado à pessoa com colostomia: diagnósticos e intervenções de enfermagem Disponível em: http://reme.org.br/artigo/detalhes/1065 A SEXUALIDADE DO PACIENTE ESTOMIZADO NO DISCURSO DO ENFERMEIRO http://sobest.org.br/anais- arquivos/A%20SEXUALIDADE%20DO%20ESTOMIZADO%20NO%20DISC URSO%20DO%20ENFERMEIRO.pdf http://reme.org.br/artigo/detalhes/1065 Bibliografias sugeridas CHEREGATTI, A.L. Enfermagem em Clínica Cirúrgica,1a ed. São Paulo: Ed. Martinari, 2012. MALAGUTTI, W (org.) Curativos, estomias e dermatologia: uma abordagem multiprofissional. 3.ed. São Paulo: Martinari, 2014 NANDA. Diagnóstico de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2016-2017. Porto Alegre: Artmed, 2017. PERRY, A. G.; POTTER, P. A., ELKIN, M. K. Procedimentos e intervenções de enfermagem. 5.ed, Rio de Janeiro:Elsevier, 2013. Cap 20 SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem medico-cirúrgica.11ed. Rio Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
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