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-Cefaleia primaria: Migrânea, Tensional, Trigeminoautonomicas -Cefaleias secundarias: AVC, Trombose, Neoplasia Sinais de alerta para cefaleia secundaria • Primeira cefaleia • Cefaleia acorda o paciente • Pior cefaleia já sentida ou mudança de padrão da dor • Sintomas focais que não aura típica • Cefaleia desencadeada por tosse, espirro ou atividade sexual • Cefaleia após 50anos • Cefaleia de instalação rápida ou durante exercícios • Cefaleia em trovoada (dor que atinge o tipo máxima em até 1minuto) • Manifestações sistêmicas ou neurológicas associadas (convulsão, perda visual, febre, sinais de irritação meníngeas- kerning ou brudzinski, rigidez de nuca) • História de uso de substancias ilícitas • Cefaleia nova em pacientes imunossuprimidos ou com câncer Migrânea (enxaqueca) -Segunda causa de cefaleia primaria mais comum, mas o tipo de cefaleia que mais leva o paciente a procura de um medico -Fatores que podem desencadear: estresse emocional, alimentos, medicamentos, substancias inaladas, estímulos luminosos, problemas do sono, fadiga, jejum, etc. -70% dos pacientes possuem história familiar -Mais comum no sexo feminino -Prevalência entre 30-50anos -Dor incapacitante -A migrânea mais comumente apresenta sem aura. Aura -Conjunto de sintomas neurológicos reversíveis que precedem ou acompanham a crise dolorosa -Duração de 5 a 60 minutos e seguida de cefaleia em ate 60minutos de seu inicio -Apresentação dos sintomas: visuais (90%) – (escotomas, fotopsias, distorções de formas, hemianopsias), sensitivos (parestesia, hipoestesia, hipersensibilidade ao toque), fala e linguagem (afasia) Diagnóstico A. Pelo menos 5 crises preenchendo os critérios B a D B. Duração de 4-72h C. Pelo menos 2 dos 4 critérios • Unilateral • Pulsátil • Intensidade moderada ou severa • Piora ao fazer atividade física D. Durante a cefaleia apresenta 1 dos seguintes sintomas • Náuseas e/ou vômitos • Fotofobia e fonofobia Tratamento Crise <72horas: repouso, reposição de fluidos, dipirona 1g.Se náuseas: antieméticos (Dimenidrato EV 30mg). Se não melhoras: Sumatriptano 6mg Crise > 72horas: tratamento crise <72h + Dexametasona 10mg IV. Se não melhorar: Clorpromazina 0,1-0,25mg/kg IM. Evitar opioides (codeína e tramadol) Profilaxia -Realizar profilaxia se o paciente apresentar 3x por mês, ou uma crise que gera incapacidade (não consegue trabalhar, não consegue falar..). Se sucesso, manter de 18 a 24 meses, depois fazer o desmame • Betabloqueadores: propranolol 80-240mg/dia, metoprolol. Pró: hipertensão, arritmia). Contra: BAV 1 grau, DPOC, asma • Antiepilépticos: valproato 500-1500mg, Topiramato 25-200mg, Lamotrigina. Pró: paciente com convulsão. Contra: alopecia, teratogênico, tremor e ganho de peso. Topiramato- não pode em quem tem nefrolitiase ou glaucoma • Antidepressivos: Amitrptilina 25-150mg- ajuda na ansiedade, na indução do sono, porem pode deixar sonolento e dar ganho de peso. Venlafaxina- ansiedade e depressão, porem ruim em quem tem HAS refrataria • Anticorpos monoclonais- antagonistas do peptídeo relacionado ao gene da calcitonina: Erenumabe 70mg 1x ao mês; Galcanezumabe 240mg ataque e depois 120mg mensal. Custo muito alto Tensional -Mais comum, não incapacitante. Mais de 42% da população adulta sofre com a cafaleia tensional -Semelhança na prevalencia entre os sexos -Pico de prevalencia mais tardio 30-39 anos -Inpacto funcional em cerca de 8% -É a cefaleia que se tem ao comer inadequadamente, dormir pouco ou se expor ao estresse emocional. Diagnóstico Cefaleia do tipo tensional episódica A.1-CTT infrequente • ≥10crises em 1 dia (<12 episodios por dias por ano) 2-CTT frequente • ≥10 crises que ocorrem de 1 a 14dias por mês, em pelo menos 3 meses (<180 episodios por ano) B. Duração de 30min-7dias C. Ao menos 2 das 4 • Bilateral • Pressão ou aperto • Intensidade leve a moderada • Não agrava por atividade fisica D. Ambos dos seguintes • Sem náuses ou vômitos • Apenas um: fotofobia ou fonofobia Cefaleia do tipo tensiona crônica A. Cefaleia que ocorre em ≥15dias por mês, em média, por >3meses (≥180 dias por ano), preenchendo os critérios B. Duração de horas a dias ou continua C. Ao menos 2 das 4 • Bilateral • Pressão ou aperto • Intensidade leve a moderada • Não agrava com atividade física D. Ambos dos seguintes • Apenas um: fotofobia ou fonofobia • Sem náuseas e vômitos Tratamento -Não farmacológico: regulação do sono, alimentação, exercício físico e manejo do estresse -Na fase aguda: AINEs (ibuprofeno, cetoprofeno 100mg, diclofenaco 50-100mg) e analgésicos (dipirona 500-1000mg, paracetamol 750mg). Relaxante muscular (ciclobenzaprina) -Tratamento profilático: antidepressivos tricíclicos (amitriptilina 100mg, nortriptilina25-100mg), exercícios de relaxamento, TCC, acupuntura Trigêmino-Autonômicas -Têm como características clínicas em comum: são unilaterais, periorbitárias, muito intensas (excruciantes), associadas a sinais de ativação autonômica ipsilateral (olho vermelho, lacrimejamento, rinorreia, síndrome de Horner) ou intensa inquietação. O que varia entre elas é a duração dos ataques, a frequência das crises e a resposta a determinados tipos de medicações. -Um grupo de cefaleias: em salvas, hemicrania paroxística, hemicrania continua Em salvas -Sempre do mesmo lado, mais comum em homens -Período (dias) sem dor e períodos com dor -Predomina entre os 20-40anos e no sexo masculino -Pode ser desencadeada ao tabagismo, traumatismo cranioencefálico ou história familiar de cefaleia -Dura 15-180min, podendo aparecer 1-8x por dia -Dor muito forte, em facada, região periorbitária e ao menos um sinal ipsilateral: lacrimejamento, hiperemia, edema ocular e coriza unilateral -Termino abrupto -Diagnóstico: precisa ter ≥5 crises, durando 15-180min + inquietação/agitação e precisa ter pelo menos 1 dos sintomas • Rinorreia • Hiperemia conjuntival • Miose • Sudorese fácil • Edema palpebral • Ptose palpebral • Lacrimejamento -Tratamento: oxigênio 100% com máscara nasal 10-15L/min, paciente um pouco inclinado para frente e cotovelos apoiados nas coxas por 20min. Se não resolver: ergotamínicos (diidroergotamina nasal) e Zolmitriptano (spray nasal) -Corticoide- prednisolona 60mg/ dia por 7 dias -Profilaxia: verapamil, lítio, topiramato, gabapentina Hemicrania Paroxística - Geralmente esporádica. Dura 2-30min, podendo aparecer 1- 40x por dia -Pode ser crônica: tendo ataques diários por pelo menos 1 mês -Dor muito forte, pulsátil/queimação/pontadas, fronto-orbital, unilateral -Ocorrência de sinais autonômicas, ao menos um (coriza, lacrimejamento, edema palpebral, hiperemia) -Tratamento agudo e profilático: Indometacina – responde sem falhas Curta duração -SUNCT: unilateral, neuralgiforme com hiperemia conjuntival e lacrimejamento -SUNA: unilateral, neuragiforme com sintomas autonômicos -Mais comum em homens -Duração: 5 a 250segundos -3 a 200crises por dia (mínimo de 20 crises para diagnostico) -Refrataria a qualquer tratamento -Casos graves: cirúrgico- descompressão microvascular da raiz do trigêmeo Neuralgia do trigêmeo -Idiopática: ausência de conflito neurovascular -Clássica: conflito neuravascular, artéria cerebelar superior ipsilateral -Secundaria A. Ao menos 3 episódios de dor fácil unilateral preenchendo os critérios B e C B. Ocorrendo em uma ou mais divisões do trigêmeo e sem irradiação C. A dor tem ao menos 3 dos 4 critérios • Paroxística com duração de segundos a 2minutos • Intensidade alta • Tipo choque, fisgada, pontada ou facada • Desencadeada por estímulos não nocivos D. Não há alterações neurológicas Investigação: RM de crânio e angio-RM Tratamento • Bloqueadores do canal de sódio (carbamazepina e oxcarbazepina) • Em casos refratários,considerar cirurgia Hemorragia Subaracnoide -Corresponde a 85% dos sangramentos no espaço subaracnóideo -Alta taxa de mortalidade -Sintomas: cefaleia súbita e de forte intensidade, que atinge o pico máximo em pouco tempo (cefaleia em trovoada), descrita como a “pior cefaleia da vida” -Crise convulsiva, perda de consciência, náuseas, vômitos, meningismo (rigidez de nuca) Conduta -Imediatamente: TC de crânio -Se TC de crânio normal e alta suspeita clínica: coleta do líquor -Padrão-ouro: TC de crânio + LCR Tratamento: cirúrgico ou endovascular Trombose Venosa Cerebral -Mais comum em mulheres, prevalência entre 20-50 anos -Instalação subaguda: 2-30dias Fator de Risco • Gravidez ou puerpério • Uso de ACO • Doença sistêmicas • Trombofilias hereditárias Manifestação • Cefaleia ● Sinais focais • Papiledema ● Crises convulsivas Diagnóstico -Angio-TC venosa -RM -Angio-RM Tratamento -Anticoagulação por 3-12meses + investigação da causa -Heparina e após estabilização, Varfarina Hipertensão Intracraniana Idiopática (Pseudotumor cerebral) -É causa pouco frequente de cefaleia, tendo maior prevalência no sexo feminino e em pessoas com sobrepeso. -A dor pode se apresentar com diversos padrões inespecíficos, mas geralmente é constante com piora ao decúbito ou manobra de Valsalva, associada a náuseas e vômitos. Pode causar diplopia, por vezes com paralisia de VI nervo craniano, comprometimento da função visual e papiledema -Diante de quadro sugestivo, deve-se descartar qualquer patologia intracraniana, incluindo trombose de seios venosos, com exames de imagem e coleta de líquor. Diagnóstico: é necessário que a pressão intracraniana medida por meio de punção lombar esteja acima de 25 cmH2 O. Não há outras alterações na análise do líquor. O paciente deve ser submetido à avaliação oftalmológica com realização de campimetria visual para documentar a gravidade do envolvimento do nervo óptico e monitorizar a resposta ao tratamento -Embora não sejam necessárias para confirmação diagnóstica, algumas alterações podem estar presentes nos exames de imagem, como achatamento da esclera posterior, distensão do espaço subaracnoideo perióptico, realce ao gadolíneo, tortuosidade do nervo óptico e estenose de seio transverso devido à pressão intracraniana aumentada. Tratamento: medidas comportamentais, como perda de peso associadas ao uso de inibidor da anidrase carbônica (acetazolamida). Em caso de refratariedade, o tratamento cirúrgico pode ser cogitado com fenestração do nervo óptico ou derivação ventriculoperitoneal Referências: sanar e Medcel OBS: Realiza anticoagulação mesmo se houver hemorragia intraparenquimatosas
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