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AULA 3 TECNICAS BASICAS EXAME FISICO

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AULA3: Técnicas Básicas para o exame físico
Docente Esp.: Antônio Alfredo de Araújo Alves 
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QUAIS ESTRUTURAS ANATÔMICAS ESTÃO ENVOLVIDAS NA RESPIRAÇÃO?
Sistema Respiratório
Respirar é uma necessidade humana básica.
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Linhas Torácicas
Linha médio esternal
Linha esternais
Linhas hemiclaviculares
Linhas Torácicas
Face Lateral
Linha axilar anterior
Linha axilar média
Linha axilar posterior
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Como deve ser o ambiente para realização da avaliação do Sistema Respiratório?
Que materiais são necessários?
Qual é o posicionamento do paciente?
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Ambiente : calmo, ausente de ruídos, boa iluminação, privacidade.
Materiais: caneta, papel, estetoscópio, algodão com álcool.
Entrevista:
Dispneia ( ao realizar atividade ou em repouso )
Dor ao respirar ( localização, tipo, intensidade)
Tosse ( duração, produção do escarro e aspecto)
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Quais são as técnicas utilizadas na avaliação do Sistema Respiratório?
INSPEÇÃO PALPAÇÃO PERCUSÃO AUSCULTA
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Posição do Paciente: sentado ou deitado, com o tórax desnudo.
A avaliação sempre é comparativa, avalia-se o pulmão direito e esquerdo, o ápice com base, parte anterior e posterior.
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Inspeção
Estática e Dinâmica
Inspecionar a pela: lesões de pele, coloração e distribuição de pelos.
Simetria: deformidades na coluna
Abaulamentos
Retrações
Cicatrizes
Posição da pessoa, expressão facial, nível de consciência.
Forma de Torax
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Inspeção Dinâmica
Avaliar a movimentação da caixa toráxica durante a respiração: amplitude/ritmo/frequência/ uso de musculatura acessória/simetria
Tipo de respiração: torácica / abdominal e taracoabdominal
Frequência respiratória:
Eupneia
Dispneia
Taquipneia
Apneia
Tiragem intercostal
Avaliação do nível de consciência e enchimento capilar
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Palpação 
É realizada com as mãos espalmadas sobre o tórax
Verificar a presença de nódulos, massas, dor, enfisema subcutâneo, sensibilidade, pulsações, simetria, frêmito tátil.
Começar no ápice indo de um lado ao outro até a base
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Percussão 
Avalia a produção de sons da parede torácica.
Determina se os tecidos contêm ar, líquidos ou se são sólidos.
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Percutir os espaços intercostais;
Sempre bilateralmente ápice para base.
Sons ouvidos na percussão:
Maciço – som agudo, de pequena intensidade e pequena duração (ex.: massas, derrame pleural)
Surdo – som médio, de média intensidade e média duração (ex.: pneumonia)
Timpânico – som agudo, de alta intensidade e longa duração (ex.: pneumotórax)
Ressonante – som grave, de alta intensidade e longa duração (som normal)
Hiper-ressonante – som ainda mais grave, muito alto e de duração mais longa (ex.: enfisema)
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Ausculta
A ausculta pulmonar é realizada com o objetivo de ouvir os ruídos respiratórios. O enfermeiro pressiona, firmemente, o diafragma do estetoscópio contra a parede torácica e move o estetoscópio da região torácica superior (próximo ao pescoço) em direção à região torácica inferior. Ele deve auscultar anteriormente, lateralmente e posteriormente, sempre que possível.
Sons respiratórios normais:
Murmúrio vesicular – representa o movimento do ar nos bronquíolos e alvéolos. São ouvidos em todos os campos pulmonares e são sons suaves e graves na inspiração longa e na expiração curta
Ruídos brônquicos – representam o movimento de ar pela traqueia. São ouvidos sobre a traqueia e são altos na expiração longa
Ruídos broncovesiculares – ruídos normais entre a traqueia e os lobos pulmonares superiores. Som de intensidade média tanto na inspiração quanto na expiração.
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Sons respiratórios anormais:
Estertores – ruídos discretos que resultam da abertura retardada das vias aéreas desinsufladas. São sons descontínuos e gerados, durante a inspiração, pela abertura súbita de pequenas vias aéreas até então fechadas e, na expiração, pelo fechamento das mesmas. Eles têm som similar ao atrito de fios cabelo próximo ao ouvido e podem desaparecer com a tosse, quando não estão associados a doença pulmonar significativa
Sibilos – são sons de característica musical (assobio) contínuos (duração de mais de 250ms) que podem ocorrer tanto na inspiração quanto na expiração. São mais comuns na fase expiratória. Resultam da obstrução acentuada ao fluxo aéreo (vias estreitadas ou parcialmente obstruídas)
Roncos – são ruídos em ruflar (referidos como gargarejos), graves, intensos, e contínuos, com frequência de 200 Hz ou menos e  audíveis na inspiração e na expiração. São produzidos, normalmente, pelo estreitamento da via aérea com secreção
Atritos – sons em rangido e crepitantes, ouvidos mais na inspiração do que na expiração. Resulta da fricção das pleuras visceral e parietal entre si e podem ser ouvidos em casos de derrame pleural, pneumotórax ou pleurisia. Atenção: é importante diferenciar um atrito pleural de um atrito pericárdico
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DÚVIDAS ??
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Aula 2: Exame Físico Abdominal 
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Anamnese
Disfagia 
Odinofagia
Pirose
Dor abdominal
Anorexia
Náuseas / vômitos
Perda de peso
Constipação / diarréia 
Hematêmese / melena
Entorragia
Hematoquezia
Icterícia
Polaciúria
Poliúria
Noctúria
Incontinencia Urinária
Oligúria / anúria
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Anatomia 
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Inspeção
Estática: 
Alteração de forma
Abaulamento, retrações, cicatriz
Pele e anexos
Dilatação venosa
Dinâmica:
Tipo respiratório
Movimentos peristálticos
Pulsações
Hernias 
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Inspeção – Alteração de forma
Abdome Plano
Abdome Globoso: 
Aumentado de forma uniforme; 
Ântero-posterior-transversal, 
Causas – obesidade, pneumoperitônio e ascite
Abdome pendular ou avental: porção inferior da parte abdominal protusa. EX.: obesidade de longa duração.
Abdome escavado
Abdome em batráquio:
Transversal – ântero-posterior
Ascite de longa duração
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Inspeção – Alterações localizadas
Hernias e eventraçoes
Tumores intra-cavitários
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Inspeção – Alterações de pele
Hérpes zoster
Fistulas
Cicatrizes
Circulação
Esquimose:
Cullen
Gray Turner
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Inspeção Dinâmica
Movimentos peristálticos 
Podem ser visualizados em indivíduos muito magros, porém geralmente indicam obstrução com hiperperistaltismo.
Pulsações
Hérnias
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Ausculta
Após a inspeção e antes da percussão e palpação
Objetivo: 
Avaliar o estado de motilidade intestinal
Pesquisa de sopros vasculares na aorta e suas ramos.
Ausculta normal:
Ruídos hidroaéreo
Estalidos e gorgolejos ( sons de água)
Frequência de 5 a 34 por minuto
1-2 pontos de pesquisa em ambos hemiabdomes por 1 minuto.
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Ausculta
Patológica:
Exacerbação: diarreia, obstrução intestinal ( inicialmente )
Redução: ílio paralitico, obstrução (fases finais)
Borborigmo: gorgolejo alto e prolongado, aumento da motilidade intestinal.
Gargarejo: exacerbação do borburigmo ( bolhas grossas)
Sopros abdominais: estreitamento da luz ou fístula arteriovenosas
Seguir trajeto da aorta e seus ramos
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Percussão
Técnica habitual (digito-digital)
Identificar presença de líquidos ascético, massas sólidas, aumento exagerado de ar nas alças intestinais ou fora delas, determinação do tamanho do fígado e baço.
Na ausência de suspeita de alterações significativas – pesquisar 4 quadrantes, fígado e baço.
Percussão Normal: 
Timpanismo
Exceção – hipocôndrio direito
Hipertimpanismo – extasia gástrica, obstrução intestinal, pneumoperitônio
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Palpação 
Superficial x profunda 
Objetivos
Avaliar o grau de resistência da parede abdominal
Estabelecer as condições físicas das vísceras
Explorar a sensibilidade dolorosa do abdome
Paciente em decúbito dorsal, confortável, com pernas e braços estendidos.
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Palpação
Estruturas que podem ser palpadas:
Borda inferior do fígado;
Grande curvatura do estômago
Sigmoide
Ceco
Cólon ascendente
Partes cólon transversal e descendentes
Aorta 
Pólo inferior do rim direito
Palpáveis em situações patológicas:
Duodeno
Baço
Vesicular biliar
Apêndice
Delgado
Bexiga
Útero,ovários e trompas
Palpação abdominovaginal
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Palpação Superficial
Destina-se a superfície cutânea da parede abdominal
Mão direita espalmada, com movimentos rápidos e rotativos
Reconhecer:
Hiperestesia cutânea
Hipertonicidade muscular – defesa muscular
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Palpação Profunda 
Para toda víscera avaliar forma, consciência, limites, mobilidades e sensibilidade.
Ruídos produzidos na palpação:
Roncos
Borborigmos
Gargarejo
Vascolejo
Patinhação
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Palpação profunda 
Estômago
Palpação difícil
Grande curvatura – mãos oblíquas com dedos convergentes – percepção de degrau acima da cicatriz umbilical
Na estase gástrica pode ser percebido o vascolejo e a patinhação.
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Palpação Profunda 
Ceco
Fossa ilíaca 
Mãos oblíquas, em forma de arco, utilizando borda ulnar
Consistência elástica e periforme
Cólon ascendente
Cordão cilíndrico ( especialmente se dilatando) 
Cólon descendente
Examinador a esquerda
Principalmente em pacientes com obstipação
Sigmoide
Mais fácil de palpar
Mãos em arco, de cima para baixo]cordão móvel
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DÚVIDAS ??
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Referências básicas
1. Bates - Propedêutica Médica - Lynn S. Bickley. 11ª Edição. 2015. Editora Guanabara Koogan.
2. Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.
3. Semiologia Médica - Mario López, José Laurentys Medeiros –5ª Edição. 2009. Editora Atheneu.

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