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Fármacos que atuam no sistema respiratório Defesa do sistema respiratório: hipersecreção de muco, reflexos, tosse, espirro, broncoconstrição e inflamação. ● broncodilatadores; ● expectorantes; ● descongestionantes (antihistamínicos e agonistas a1-adrenérgicos); ● antitussígenos (menos usados na clínica veterinária). expectorantes Células caliciformes = produtoras de muco não viscoso, para manutenção de defesa fisiológica do sistema respiratório. Usam-se expectorantes para aumentar a quantidade de catarro e/ou diminuir a viscosidade das secreções, há expectorantes reflexos, expectorantes mucolíticos e expectorantes inalantes. Em condições patológicas, há secreção excessiva de muco, além de este se apresentar mais viscoso, pois ocorre mudança na proporção de água e outros elementos. Este muco espesso é, então, denominado catarro ou esputo, a redução na viscosidade das secreções é de extremo interesse para o paciente e é com esta finalidade que se utilizam os expectorantes. Expectorantes reflexos: atuam por meio de estimulação de terminações nervosas vagais, na faringe, no esôfago e mucosa gástrica, levando ao aumento da produção de secreções pelas vias aéreas. Exemplo: Iodeto de potássio, absorção oral, efeito em até 6h, causa irritação gástrica, pode levar a hipotireoidismo e não deve ser administrado em prenhes. Guaifenesina: absorção oral, efeito em até 6h, também causa irritação gástrica, não é indicado para gatos (creotasto tóxico). Ipeca: possui alcalóide emetina, com potente atividade emética, mas em doses baixas usa-se como expectorante reflexo, deve ser evitado utilizado em cardíacos e idosos, pois pode causar taquicardia e alterações eletrocardiográficas. Expectorantes mucolíticos: produzem diminuição da viscosidade das secreções pulmonares, facilitando, consequentemente, a sua eliminação. Exemplos: Bromexina, aumenta a função lisossômica e as enzimas lisossômicas hidrolisam as fibras de mucopolissacarídeos do catarro, reduzindo a sua viscosidade. N-acetilcisteína: via inalatória, promove quebra das pontes dissulfeto (despolimeriza a mucina) do catarro, realiza alterações na composição do muco, tornando-o menos viscoso. Sua concentração máxima deve ser 20%. A maior parte dos fármacos expectorantes promovem irritação gástrica, náuseas e vômitos, por isso, pode-se preconizar o uso inalatório, evitando a via oral. Expectorantes inalantes: agem reduzindo a viscosidade do catarro, facilitando sua eliminação, são menos utilizados na medicina veterinária pois requerem uso de aparelhos para a produção de vapores, necessidade do uso de máscaras e/ou um local apropriado para o confinamento do animal e promovem um forte odor do expectorante vaporizado. Mais utilizados estão a benzoína, uma resina aromática, e o óleo de eucalipto. Antitussígenos Fisiologia da tosse: - estímulo físico - receptores irritantes - nervos aferentes - centro da tosse - bulbo - vias eferentes - músculo da traqueia / músculo liso do alvéolo / músculo esquelético intercostais e abdominais. Antitussígenos usados apenas em tosse não produtiva e em tosses de casos crônicos, para que não haja comprometimento da defesa dos sistema respiratório. Os antitussígenos promovem diminuição tanto da gravidade quanto da frequência da tosse, mas sem comprometer a defesa promovida pelo sistema mucociliar. São coadjuvantes no tratamento de afecções no sistema respiratório. Antitussígenos que atuam no SNC = narcóticos codeína e butorfanol, não devem ser associados aos expectorantes (asfixia). Antitussígenos que não atuam no SNC = agentes não narcóticos como o dextrometorfano e a noscapina. Narcóticos - Codeína (metilmorfina): efeito de 3h a 4h, derivado do ópio, via oral, potente antitussígeno e Fármacos que atuam no sistema respiratório analgésico, pode causar vômito, constipação intestinal, sonolência (em cães), ou excitação ( felinos e equinos). Narcóticos - Hidrocodona: é um antitussígeno mais potente do que a codeína, causando menor depressão respiratória, atuando em cães. Narcóticos - Butorfanol: tem potência antitussígena 20 vezes maior do que a codeína, permanecendo seus efeitos por um tempo 2 vezes maior do que este último opióide. Não narcóticos - Dextrometorfano: opióide sintético não narcótico, possui efeito menor comparado a codeína. Não induz à depressão respiratória, efeito analgésico, tontura, narcose ou irritação no trato gastrintestinal e dependência. Broncodilatadores ▪ Asma brônquica: felinos; ▪ Bronquite canina; ▪ ORVA (Obstrução Recorrente das Vias Aéreas): equinos. ❖São divididos em três grupos: ➢Agonistas beta-adrenérgicos; ➢Metilxantinas (teofilina); ➢Anticolinérgicos (atropina e o glicopirrolato). Broncodilatadores Beta-Adrenérgicos: promovem broncodilatação, alívio de fluidos que podem estar obstruindo os brônquios, agem principalmente em receptores beta-adrenérgicos do músculo liso do brônquio, inibição da liberação de serotonina e histamina (mastócitos) e TNFα (monócitos) e estimulação dos cílios e reduzem a viscosidade do muco. Salbutamol e Terbutalina; Clembuterol: empregado na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) em alergias crônicas, na bronquite e na influenza, em equinos. Efeitos adversos dos broncodilatadores beta-adrenérgicos: Aumento da frequência cardíaca, aumento da glicemia, tremor muscular, sudorese, relaxamento muscular uterino (deve ser evitado em prenhez e diabéticos). Metilxantinas: potência leve, possui vários mecanismos de ação, sendo o principal inibição da fosfodiesterase. As metilxantinas inibir a enzima fosfodiesterase, dessa forma não há polarização celular, não havendo polarização, também não há broncoconstrição fisiológica, de certa forma então ocorre uma broncodilatação indireta Aminofilina = bloqueador do receptor histaminérgico H1. Teofilina = Efeitos adversos: Excitação do SNC (como insônia e tremores), alterações no trato gastrintestinal (em geral, vômito), estimulação cardíaca e aumento da diurese. Efeitos adversos: as metilxantinas aumentam a atividade da histona desacetilase, o que diminui a expressão de mediadores pró-inflamatórios e a resposta inflamatória como um todo. Broncodilatadores anticolinérgicos: Atropina: devido aos diversos efeitos indesejáveis que este alcalóide produz, como taquicardia, midríase, e depressão no SNC, seu uso sistêmica foi limitado; Ipratrópio: uso restrito para equinos, com doses baixas via inalatória. Descongestionantes São usados no tratamento sintomático das rinites e das sinusites alérgicas ou virais, são os anti-histamínicos e agonistas de receptores a1-adrenérgicos. Anti-histamínicos apresentam efeitos parassimpatolíticos, efeito semelhante ao da atropina, diminuindo a produção de secreção pelas histaminas. Os antagonistas de receptores H1 comumente utilizados como descongestionantes: 1. Dimenidrinato; 2. Clorfeniramina; 3. Hidroxizina; 4. Edifenidramina e 5. Clemastina. Descongestionante agonista a1-adrenérgico: EFEDRINA causam vasoconstrição, diminuem a permeabilidade vascular e promovem, consequentemente, a redução do fluido exsudato no sistema respiratório. Efeitos adversos dos agonistas a1- adrenérgicos: estimulação do SNC, hipertensão, alterações cardíacas, alteração na drenagem do humor aquoso e retenção urinária (via sistêmica).
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