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Cap I: O movimentos Instituinte Auto- análise Auto- gestão As diferentes escolas do movimento Instituinte se propõe a propiciar, apoiar e deflagrar nas comunidades, nos coletivos e conjuntos de pessoas processos de auto-análise e de autogestão É possível afirmar que as comunidades ou coletividades têm necessidades básicas indiscutíveis e universais. Essas necessidades são colocadas diariamente através de demandas espontâneas através da exigência de produtos e serviços correspondentes. Essa ideia é uma das tantas que vai ser questionada pelo Institucionalismo, porque ele vai tentar mostrar que em todas as épocas da história, mas particularmente na nossa, não existem necessidades básicas (naturais) não existem demandas “espontâneas”, pois em todas e em casa uma dessas organizações que acabamos de descrever a noção das necessidades é produzida assim como a demanda é modulada, ou seja, aquilo que os povos pensam que todos os membros da população e todos os povos do mundo precisam do "mínimo" não existe. Esse "mínimo" é gerado por cada sociedade e é diferente para cada segmento da mesma. Dentro do condicionamento histórico, as comunidades que têm algumas noção vivencial acerca de suas necessidades a perdem ,de mofo que já não sabem mais do que precisa, e acham que necessitam daquilo que os experts dizem que elas precisam, querem necessitam e desejam. É, então, muito evidente que nossos coletivos estão, atualmente, nas mãos de um enorme exército de experts que acumulam o saber. Auto-análise: - Consiste em que as comunidades, como protagonistas de seus problemas, necessidades, interesses, desejos e demandas, possam enunciar, compreender, adquirir ou readquirir um pensamento e um vocabulário próprio que lhes permita saber acerca de sua vida, ou seja: não se trata de que alguém venha de fora ou de cima para dizer-lhes quem são, o que podem, o que sabem, o que devem pedir e o que podem ou não conseguir. - Este processo de auto-análise das comunidades é simultâneo ao processo de auto-organização. É óbvio que autogestão e auto-análise são dois processos simultâneos e articulados. - Ela também não é feita de cima para baixo, nem de fora, mas elaborada no próprio seio heterogêneo do coletivo interessado. - Essa auto-análise e essa autogestão não significam necessariamente que os coletivos devam prescindir por completo dos experts porque, sem dúvida, com sua disciplina e seus instrumentos, eles têm acumulada uma quantidade de conhecimento importante e não inteiramente alienado, não necessariamente distorcido. PERGUNTAS REFERENTES AO CAPÍTULO I 1) Por que o Institucionalismo é um movimento e não uma ciência, uma disciplina ou uma tecnologia? 2) O que aconteceu com o saber e o saber-fazer que as comunidades primitivas ou os povos e grupos leigos em geral produziram e acumularam durante sua experiência de vida? 3) O que significa" divisão social e técnica do trabalho e do saber", e por que se diz que as ciências, as disciplinas e seus experts estão em geral a serviço das classes e grupos dominantes? 4) Existem "necessidades mínimas naturais" cuja satisfação é demandada pelas populações, ou é a oferta de bens e serviços que produz certas necessidades e desejos (e não outros) e modula as demandas? 5) O que significa auto-análise e autogestão? 1) O que são, para o Institucionalismo, as sociedades? 2) O que implica dizer que as instituições são lógicas e que podem estar formalizadas em leis ou normas ou que se manifestam em hábitos? 3) Quais seriam exemplos de instituições? Que são as organizações, os estabelecimentos, equipamentos, agentes e práticas? 4) O que é o instituinte e o instituído, o organizante e o organizado, a função e o funcionamento, produção, reprodução e a antiprodução? 5) O que é o atravessamento e a transversalidade? 6) De que está composta a rede social? 1) Que diferença existe entre História e Historiografia? 2) Existe uma História que totaliza todos os percursos dos processos sociais-econômicos- subjetivos e naturais? 3) O que significa Molar e Molecular? 4) O que se entende por produção, reprodução e antiprodução? 5) Qual é o papel da repetição e da diferença, do acaso e das regularidades na História? 6) Qual é a diferença do modo de definir sujeito e desejo: na Psicanálise e no Institucionalismo?
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