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Questões - Interpretação de texto

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Questões de Português (Interpretação de Texto)
Gabarito no final
1 - (Banca: VUNESP) Assinale a alternativa em que a frase redigida está correta
quanto à norma-padrão de pontuação e concordância da língua portuguesa.
a) A empolgação dos torcedores durantes os jogos, são um dos combustíveis da
seleção brasileira.
b) Quem não se lembram daquela corneta chamada vuvuzela, na Copa do Mundo
de 2010.
c) A televisão em cores mudou a forma de perceber os jogos, já que lhes
conferiam mais vivacidade.
d) Os bairros ficam coloridos durante a Copa uma vez que, seus moradores
querem mostrarem torcida.
e) Saudosos, muitos adultos que eram crianças na Copa de 1994 compartilham
suas memórias.
2 - (Banca: Avança SP) Assinale a alternativa que completa, corretamente, as
lacunas do período, abaixo:
Toda sua dedicação deu____ todos muita satisfação. _____ anos, ele se referia
_____demonstração de carinho como ____ mais sublime.
a) à – À – a – a
b) a – À – à – a
c) à – Há – a – a
d) à – Há – à – à
e) a – Há – à – a
3 - (Banca: VUNESP) Leia o texto para responder às questões de números 06 a
10.
Copa inspira a busca de consensos
A Copa do Mundo do Catar foi rica em lições. A competição pacífica entre países com
diferentes regimes políticos e econômicos registrou manifestações, opiniões e
posicionamentos fortes ao longo do torneio. O evento demonstrou, à perfeição, que a
natureza está talhada para a convivência entre os diferentes a fim de construir pilares
civilizatórios.
Assim como se queria a vitória da própria seleção, também se protestou a favor da
diversidade e dos direitos humanos, o que incluiu a participação direta de algumas
seleções.
Em meio à emoção que o futebol desperta, o congraçamento espontâneo entre os
povos nos ensina que a métrica da evolução tem três dimensões: conviver, compartilhar e
convergir.
O clima é de festa e inclusão. Entre as bandeiras presentes, prevalecem as que trazem
mensagens de paz e fraternidade.
Trabalhos acadêmicos mostram que competições de magnitude universal, assim como
os Jogos Olímpicos, contribuem para reduzir tensões e elevar sentimentos de
pertencimento e orgulho nas populações. A hora do jogo é também o que define o
sentimento patriótico, aquela união que não se explica, se sente. Começa na infância,
segue no colégio e avança para a vida adulta. Divergências são deixadas de lado em nome
do ideal maior da vitória ou solidariedade na derrota pertencente a todos. As equipes
representam esse conjunto, buscam o mesmo objetivo e despertam, sem exceções, orgulho
e admiração pelas cores da sua bandeira e pelo canto do hino nacional.
A paz e a democracia devem ser a essência do patriotismo. A seleção brasileira de
futebol é uma das melhores do mundo. Para estender a excelência das seleções campeãs
para a economia, podemos replicar alguns princípios. Um deles diz que a vitória é resultado
da dedicação de um time inteiro, não de um único jogador.
(Luiz Carlos Trabuco Cappi. O Estado de S.Paulo, 5 de dezembro de 2022. Adaptado)
A frase construída a partir do texto está em conformidade com a norma-padrão de
concordância verbal na seguinte alternativa:
a) A competição entre vários times de futebol despertam nas pessoas sentimentos
fortes de verdadeiro patriotismo.
b) A manifestação do congraçamento entre os povos e o patriotismo nos mostra que a
Copa do Mundo valeu a pena.
c) As equipes de futebol, que representam o povo, possui o poder de despertar o
sentimento de fraternidade entre as nações.
d) Em nome do ideal de vitória, o orgulho e o respeito pelas cores da bandeira supera
as possíveis divergências.
e) O clima de festa e inclusão que aconteceu durante os jogos perdurará nos
torcedores, o que constitui uma lição positiva.
4 - (Banca: FAT) Leia o texto para responder às questões de 23 a 30.
“Vocês me desculpem, sou uma desaletrada, mas agora tomei gosto por dizer as coisas,
por contar a minha história”, diz Lindacy Menezes, 64 anos, doméstica, ao revelar a
descoberta da literatura. Criada por uma dona de um bordel no Recife, a pernambucana
vive na favela da Rocinha, Rio, desde os anos 70. Era uma das mais animadas vozes de
um encontro do projeto Você é o que lê, na Garagem das Letras, centro cultural de
moradores da comunidade carioca.
“Desaletrada, nem sabia o que era texto, o que era poema”, disse Lindacy, antes de mandar
os seus versos para a plateia. Convidado especial do evento, o jornalista e escritor Zuenir
Ventura, autor de Cidade Partida, clássico moderno sobre a violência brasileira, escuta
atentamente a prosódia e comenta: “Isso é Guimarães Rosa!”.
A menina criada no cabaré da zona portuária recifense é uma narradora de primeira. Há
cinco anos soube de uma oficina da Festa Literária das Periferias (Flup) e resolveu mandar
umas linhas para concorrer a uma vaga. Ditou “umas besteirinhas” para a sua filha – não
sabia usar o computador – e foi selecionada. “Depois disso, não parei e não paro nunca
mais.” Aguarde o livro com a saga dessa mulher. Estarei na fila de autógrafos.
Há uma fome de contar histórias naquele cenário onde muitos becos e vielas estão
manchados de sangue. Sangue de gente muito jovem. Meninos imprensados entre policiais
e traficantes. É preciso contar para que não vingue apenas o relato oficial dos boletins de
ocorrência.
[...]
Outra obra de ficção do Estado, com auxílio do departamento de mentiras municipais, é o
funcionamento da Biblioteca Parque. Aberta em 2012, sob influência e modelo dos centros
de leitura de Bogotá e Medellín (Colômbia), fechou as portas na cara da comunidade desde
o ano passado. A alegação é de falta de recursos para bancar os funcionários.
[...]
Bibliotecárias contaram o efeito devastador do fechamento do espaço cultural que reunia
centenas de moradores atraídos pelos livros, pela DVD-teca, pelo cineteatro, estúdio de
gravações, internet comunitária, cozinha-escola, etc.; um desastre social, resumiram, mais
uma tragédia carioca e brasileiríssima. Dinheiro para as balas do extermínio da juventude
periférica, é sempre bom lembrar, nunca falta.
Xico Sá, “A Desaletrada da Rocinha”. In: Crônicas para ler em qualquer lugar. Todavia.
Adaptado.
A passagem “Ditou ‘umas besteirinhas’ para a sua filha – não sabia usar o
computador – e foi selecionada.”, está corretamente reescrita, preservando o sentido
original, em
a) Se soubesse usar o computador, não teria ditado “umas besteirinhas” para sua filha e,
portanto, teria sido selecionada.
b) Embora não soubesse usar o computador, sua filha ditou-lhe “umas besteirinhas” que
foram selecionadas.
c) Quando ditou “umas besteirinhas” para a sua filha, que não sabia usar o computador,
foi selecionada.
d) Por saber usar o computador, não ditou à filha suas “besteirinhas” a fim de ser
selecionada.
e) Já que não sabia usar o computador, ditou a sua filha “umas besteirinhas” e foi
selecionada.
5 - (Banca: Instituto Consulplan) Pregos
Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos.
Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio,
nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes.
Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria
de ter uma.
Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um
livro do italiano Alessandro Baricco, chamado “Novecentos”, em que ele descrevia
exatamente a mesma situação. “No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor,
nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente
neste instante? Não se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não
pode mais?”
Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um
belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho. A gente acorda de manhã e
descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a gente descobre que
não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos
seguram.
Costumamos chamar essasensação de “cair a ficha”, mas acho bem mais poética e
avassaladora a analogia com os quadros na parede. Cair a ficha é se dar conta. Deixar cair
os quadros é um pouco mais que isso, é perder a resistência, é reconhecer que há algo que
já não podemos suportar. Não precisa ser necessariamente uma carga negativa, pode ser
uma carga positiva, mas que nos obriga a solicitar mais força dentro de nós.
Nascemos, ficamos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas
inquietações, nossos desejos inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da
nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço, mas nunca se sabe quanto
peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para
felicidade: ser leve para si mesmo.
Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente fixos no
mesmo lugar. Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.
(Martha Medeiros. Mundo de Ideias. Em: julho de 2014. Adaptado.)
O texto de Martha Medeiros se trata de uma crônica, ou seja, um gênero discursivo
que mescla a tipologia narrativa com trechos reflexivos e, em alguns casos,
argumentativos. Podemos inferir que são características de tal gênero textual
retratado, EXCETO:
a) Aborda assunto voltado para o cotidiano.
b) Texto de fácil compreensão, evidenciando perspectiva subjetiva.
c) Apresenta humor sarcástico através de uma linguagem jornalística.
d) Reflete impressões e visões da realidade que não foram percebidas por todos.
e) Demonstra linguagem simples, provocando uma reflexão sobre o assunto abordado.
6 - (Banca: IDECAN) Texto 1
19 de maio. Belém. Durante a noite o Pedro I portou em Salinas pra emprestar um tapejara
que nos guiasse através da foz traiçoeira do Amazonas e quando nos levantamos no dia de
hoje bem cedinho já estávamos nela. Que posso falar dessa foz tão literária e que comove
tanto quando assuntada no mapa?... A imensidão das águas é tão vasta, as ilhas imensas
por demais ficam tão no longe fraco que a gente não encontra nada que encante. A foz do
Amazonas é uma dessas grandezas tão grandiosas que ultrapassam as percepções
fisiológicas do homem. Nós só podemos monumentalizá-las na inteligência. O que a retina
bota na consciência é apenas um mundo de águas sujas e um matinho sempre igual no
longe mal percebido das ilhas. O Amazonas prova decisivamente que a monotonia é um
dos elementos mais grandiosos do sublime. É incontestável que Dante e o Amazonas são
igualmente monótonos. Pra gente gozar um bocado e perceber a variedade que tem nessas
monotonias do sublime carece limitar em molduras mirins a sensação. Então acha uma
lindeza os barcos veleiros coloridos e acha cotuba a morte dos pretendentes, se prende ao
horizonte plantado de árvores que a refração apara do firme das ilhas e ao livro de Jó. A foz
do Amazonas é tão ingente que blefa a grandeza. Wordsworth, o quarteirão dos cinemas no
Rio, “I Juca-Pirama ” são muito mais grandiosos.
Mas quando Belém principia diminuindo a vista larga a boniteza surge outra vez. Chegamos
lá antes da chuva e o calor era tanto que vinha dos mercados um cheiro de carne-seca. Os
barcos veleiros sentados no cais do Ver-o-peso sacudiam as velas roseadas azuis negras
se abanando com lerdeza. Nos esperavam oficialmente no cais dois automóveis da
Presidência prontinhos pra batalha de flores. Pra cada uma das companheiras do poeta um
buquê famoso, fomos. Então passamos revista a todos os desperdícios da chegada. Só de
noite nos reunimos pra janta excelente. Belém andara indagando dos nossos gostos e
mantinha na esquina de boreste do hotel, um cinema. Fomos ver William Fairbanks em Não
percas tempo, filme horrível. A noite dormiu feliz.
ANDRADE, Mário de. O turista aprendiz / Mário de Andrade ; edição de texto apurado,
anotada e acrescida de documentos por Telê Ancona Lopez, Tatiana Longo Figueiredo ;
Leandro Raniero Fernandes, colaborador. – Brasília, DF: Iphan, 2015. P. 68 – 70.
Há características, no texto de Mário de Andrade, que compõe o gênero textual:
a) crônica.
b) fábula.
c) conto.
d) diário.
e) carta.
7 - (Banca: Instituto Consulplan) A minha salamandra
Certa vez, escrevendo uma novela, precisei saber se uma salamandra tinha quatro ou
seis pernas. Já não me lembro em que episódio novelesco pretendia envolver as pernas da
minha salamandra, mas a verdade é que precisava saber — e não fiquei sabendo.
Que sei eu a respeito de minhas próprias pernas? Pensava então, deixando que elas
me levassem para outros caminhos, fora da ficção.
Um ficcionista às vezes precisa saber coisas muito esquisitas. A experiência própria
nem sempre ajuda. Passei, por exemplo, a minha infância nos galhos de uma mangueira,
chupando manga o dia todo, e não soube responder a um meu amigo, excelente
romancista, quanto tempo levava para germinar um caroço de manga.
Contou‐me ele, na época, que andou precisando saber este pormenor, em razão de
uma história que estava escrevendo. Depois de perguntar a um e outro, e não obtendo
senão respostas vagas, telefonou para a repartição do Ministério da Agricultura que lhe
pareceu mais apta a fornecer‐lhe a informação. O funcionário que o atendeu ficou
simplesmente perplexo:
– Caroço de manga? Que brincadeira é essa?
Como insistisse, informaram‐lhe que, realmente, havia quem talvez soubesse — um
especialista no assunto, lotado num departamento ao qual estava afeto o setor de
fruticultura. Discou para lá — mas só conseguiu colher vagos palpites:
– Um caroço de manga? Bem, deve levar um ou dois meses, o senhor não acha?
– Não acho nada: preciso saber com exatidão.
– Por quê?
– Bem, porque...
Outros telefonemas, que somente despertavam reminiscências infantis:
– Na minha casa tinha uma mangueira. A manga‐espada, por exemplo, se bem me
lembro...
– Boa é a manga carlota, aquela pequenina, sem fibra nenhuma... Lá no Norte chamam
de itamaracá.
– O caroço? Bem, o caroço, para lhe dizer com franqueza...
Resolveu telefonar para o Gabinete do Ministro:
– Queria uma informaçãozinha de Vossa Excelência.
O ministro não sabia. Que futuro tem um país de economia essencialmente agrícola se
ninguém, nem o próprio Ministro da Agricultura, sabe informar quanto tempo leva para
germinar um caroço de manga?
Volto à minha salamandra. Vejo‐a esquiva e silenciosa a deslizar por entre as pedras,
quantas pernas? Que futuro tenho eu como escritor, se não sei dizer com quantas pernas
se faz uma salamandra? O mundo anda cheio de pernas, e o coração do poeta já perguntou
para que tanta perna, meu Deus. As da salamandra — quatro, ou seis — nada acrescentam
ao meu mundo interior, senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro. No
entanto, as de uma jovem galgando comigo as pedras do Arpoador, por exemplo, apenas
duas, podem sustentar o universo – vertiginoso universo onde as sensações germinam bem
mais depressa que um caroço de manga. Onde se acendem estrelas inexistentes e os
astros desandam nas suas órbitas. Onde se abrem abismos de uma profundeza que nem a
imaginação do romancista ousa devassar. Onde vicejam plantas bem mais exóticas que
uma mangueira de quintal, em cujas sombras se arrastam seres vorazes e bem mais
misteriosos que a salamandra, salamandras...
(Fernando Sabino. As melhores crônicas – 14ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.
Adaptado.)
Em “As da salamandra – quatro, ou seis – nada acrescentam ao meu mundo interior,
senão a ligeira desconfiança de que acabo tendo quatro.” (18º§), o duplo travessão
tem como finalidade:
a) Evidenciar uma explicação.
b) Indicar uma informação precisa.
c) Introduzir a fala no discurso direto.
d) Marcar uma pausa de longa duração.
8 - (Banca: VUNESP) Leia o texto, para responder às questões de números 03 a 11.
Exercícios
Há senhores, graves senhores, que leem graves estudos de filosofia ou coisas afins, ou
procuram sozinhos filosofar, considerando as suas ideias que eles julgam próprias. Isto em
geral os leva à redescoberta da pólvora. Mas não há de ser nada... Porque estou me
lembrando agora é dos tempos em que haviacadeiras na calçada e muitas estrelas lá em
cima, e a preocupação dos pequenos, alheios à conversa da gente grande, era observar a
forma das nuvens, que se punham a figurar dragões ou bichos mais complicados, ou
fragatas que terminavam naufragando, ou mais prosaicamente uma vasta galinha que
acabava pondo um ovo luminoso: a lua.
E esses exercícios eram muito mais divertidos, meus graves senhores, que os de
vossas ideias, isto é, os de vossas nuvens interiores.
(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)
Assinale a alternativa em que a nova pontuação adotada para as passagens está de acordo
com a norma-padrão.
a) Há senhores (graves senhores) que leem graves estudos filosóficos. / E a galinha
acabava pondo um ovo luminoso – a lua.
b) Há, senhores – graves senhores, que leem, graves estudos filosóficos. / E a galinha
acabava pondo um ovo luminoso; a lua.
c) Há, senhores – graves senhores – que leem, graves estudos filosóficos. / E a galinha
acabava pondo um ovo luminoso, a lua.
d) Há senhores (graves senhores), que leem graves estudos filosóficos. / E a galinha,
acabava pondo um ovo luminoso a lua!
e) Há senhores: graves senhores, que leem, graves estudos filosóficos. / E, a galinha,
acabava pondo um ovo luminoso – a lua!
9 - (Banca: VUNESP) Leia o texto, para responder às questões de números 12 a 19.
Sinais de quem sofre bullying
Apesar das inúmeras campanhas de conscientização, o bullying segue sendo um tema
que merece a nossa atenção. Uma pesquisa realizada pela Microsoft, em 2020, em 32
países, incluindo o Brasil, aponta que 43% dos entrevistados estiveram envolvidos em
incidentes de bullying na internet, conhecido como cyberbullying.
Por sua vez, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2019, feita pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística com 188 mil estudantes com idades entre 13 e 17 anos, aponta
que um em cada 10 adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes
sociais ou aplicativos. Além disso, 23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de
bullying em ambiente escolar. Os motivos? Aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto
(11,6%) e cor ou raça (4,6%).
Além de seguir com as campanhas de conscientização e de abordar o assunto com as
crianças e os adolescentes, entendo que é importante que pais e responsáveis estejam
100% atentos ao comportamento dos seus filhos. A forma como estes agem pode nos dizer
muitas coisas, entre elas, demonstrar se eles estão sendo autores ou vítimas de bullying.
Esse é um dos melhores meios para identificar se uma criança sofre com zombarias,
ridicularizações, humilhações e outro tipo de violência emocional.
O assunto precisa ser tratado com seriedade pelos pais e responsáveis. É interessante
que encarem as situações juntos, sem pressionar os filhos a reagir ou minimizar a situação,
fazendo com que eles se sintam pior.
Nesse momento, é relevante pedir discrição para lidar com o assunto, pois expor o
menor não irá ajudar. Ao contrário, apenas irá incentivar os colegas a aumentar a prática.
Em paralelo, vale buscar a ajuda de um profissional experiente na área.
(Sueli Bravi Conte, Revista Bem-Estar, 05.06.2022. Adaptado)
O enunciado entre colchetes que reescreve o original de acordo com a norma-padrão
de emprego do sinal indicativo de crase é:
a) irá incentivar os colegas [irá estimular à algumas colegas]
b) tema que merece a nossa atenção [tema à que devemos dar atenção]
c) seguir com as campanhas [dar sequência às mesmas campanhas]
d) é interessante que encarem as situações [é interessante que enfrentem à todas as
situações]
e) pode nos dizer muitas coisas [pode nos levar à concluir muitas coisas]
10 - (Banca: FGV) Assinale o segmento textual abaixo que deve ser incluído entre os
textos normativos.
a) Gastos públicos podem também significar investimentos e não desperdício.
b) Todos os militares estão obrigados a respeitar os superiores.
c) Os caminhões foram amontoando-se na estrada até fecharem completamente o trânsito.
d) Todos estavam preocupados diante da ação policial, que costumava ser forte e rápida.
e) As ordens judiciais devem ser obedecidas.
Gabarito:
1 - E
2 - E
3 - E
4 - E
5 - C
6 - D
7 - A
8 - A
9 - C
10 - E

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