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21 Requisitos de Validade dos Contratos

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ELEMENTOS/REQUISITOS DE VALIDADE 
São os mesmos de qualquer negócio jurídico, previstos no art. 104 CC.
Capacidade do agente
O grau de incapacidade do agente determinará o grau de nulidade do contrato, se nulo ou anulável. Em determinadas hipóteses, como a doação de incapaz, exige-se a autorização judicial, ouvido o MP, não bastando a manifestação do representante ou assistente do incapaz, não podendo estes regularizarem a incapacidade.
Nem sempre a incapacidade atinge a eficácia do negócio, a exemplo do que ocorre com os contratos de mútuo e empréstimo:
Art. 588 - O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus fiadores.
Art. 589 - Cessa a disposição do artigo antecedente:
I. “Se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o empréstimo, o ratificar posteriormente;
II. Se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o empréstimo para os seus alimentos habituais;
III. Se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a execução do credor não lhes poderá ultrapassar as forças;
IV. Se o empréstimo reverteu em benefício do menor;
V. Se o menor obteve o empréstimo maliciosamente”, como ocultando sua idade.
Essas hipóteses são chamadas pela expressão senatur consultos macedoniano.
Ressalta-se que os entes despersonalizados (condomínio edilício, espólio, sociedade de fato e massa falida) podem contratar, porque possuem capacidade, apesar de não terem personalidade. 
O casamento putativo (nulo, mas celebrado de boa-fé), é existente, inválido, porém eficaz. 
Licitude e possibilidade do objeto
O objeto do contrato deve ser lícito e possível caso contrário sendo nulo (art. 166). 
É exemplo a pacta corvina/pacto sucessório, ou seja, a cessão de direitos hereditários/herança de pessoa ainda viva. Exceção a essa regra é o art. 2.018: “É válida a partilha feita por ascendente, por ato entre vivos ou de última vontade, contanto que não prejudique a legítima dos herdeiros necessários”. Contudo, qualquer cláusula sucessória em pacto antenupcial é nula, pois a exceção é somente a partilha em vida. Também é impossível o objeto “loteamento rural”.
A ilicitude do objeto não se confunde com falsidade da causa do contrato, que é motivo de anulabilidade (art. 140), podendo ser caso de erro. 
Para Orlando Gomes o objeto também precisa provido com base na economicidade, somente se podendo celebrar contrato cujo objeto tenha natureza patrimonial. Contudo, existem direitos que podem ser objeto de contrato, sem ter natureza patrimonial, a exemplo do direito de família e dos direitos de personalidade. 
Também deve o objeto ser determinado ou determinável, caso contrário sendo nulo. 
Formalidade ou celebração na forma prevista em lei
A regra é a liberdade de forma, sendo os contratos meramente consensuais, se formando pela mera declaração de vontade. Somente quando houver previsão legal, a forma será solene, situação na qual a forma precisa ser atendida sob pena de nulidade, a exemplo do contrato de doação:
Art. 541 - A doação far-se-á por escritura pública ou instrumento particular. Único - A doação verbal será válida, se, versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição.
Os contratos consensuais e solenes poderão ter eficácia real/ser contratos reais, quando exigirem a tradição (efetiva entrega do bem) para surtirem efeitos, a exemplo dos contratos de depósito e comodato (que aperfeiçoam direitos reais).
A tradição pode ser real ou ficta, referindo-se tanto a bens móveis quanto imóveis. Os contratos imobiliários, por exemplo, são sempre por escrito. O art. 108 ao dispensar a escritura pública nos contratos cujo valor não exceda a 30 vezes o valor do salário mínimo não o torna consensual, pois continua devendo ser por escrito, não se dispensando o registro.
Havendo a formalidade, ela integrará a substancia do ato, sua validade, sob pena de nulidade, não admitindo convalidação.
Contudo, isso não implica na prova do contrato. Quem trata da prova do contrato é o art. 401, que estabelece que não se admite prova exclusivamente testemunhal dos contratos que excedam o décuplo do salário mínimo. Porém o STJ vem entendendo que a depender do tipo de contrato celebrado, deve ser mitigado o art. 401, permitindo que possa ser provado exclusivamente com a prova testemunhal, a exemplo do contrato de empreitada.
Os contratos nulos por vício de formalidade podem ser objeto de conversão substancial, por meio da qual o juiz o recategoriza, transmuda em outro, aproveitando à vontade das partes. Se, por exemplo, mulher idosa, em plenas faculdades mentais e sem herdeiro, resolve doar seu único imóvel para a enfermeira que cuida dela. A doação exige a escritura pública, sendo que a sua falta gera a nulidade, podendo, porém a enfermeira pleitear que seja o contrato de doação convertido em testamento particular.
O contrato também pode se tornar formal/solene por vontade das partes.
Redução parcial da invalidade
Art. 184 – “Respeitada a intenção das partes, a invalidade parcial de um negócio jurídico não o prejudicará na parte válida, se esta for separável; a invalidade da obrigação principal implica a das obrigações acessórias, mas a destas não induz a da obrigação principal”. É o isolamento da invalidade, aproveitando-se a declaração de vontade, no que for válido.
Consentimento livre e desembaraçado
Vontade, elemento volitivo, isento de vícios (como erro, dolo e coação) sob pena de anulabilidade. Art. 111 – “O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa”.

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