Buscar

14 Formação dos Contratos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Inicia com a manifestação da vontade, que é o primeiro e mais importante requisito de existência do negócio jurídico. A partir dela, segue as seguintes fases:
Contrato preliminar/pré-contrato/promessa de contrato
É obrigação de fazer, de manifestar vontade para a celebração de um negócio jurídico, contraída pelas partes. É instrumento pelo qual as partes se comprometem à celebrar um contrato.
Não se trata de contrato acessório ao principal não se submetendo à teoria da gravitação jurídica, não havendo subordinação entre eles. O contrato preliminar é o primeiro movimento para a formação do contrato.
Não há possibilidade de desistência ou retratação no contrato preliminar, o promitente podendo optar entre perdas e danos e execução da obrigação no caso de descumprimento.
O contrato preliminar precisa atender todos os requisitos do contrato prometido, salvo sua forma, podendo, então, a promessa de compra e venda ser feita por instrumento particular mesmo que a compra e venda de imóvel precise ser feita por escritura pública. Neste sentido é a sum. 239 STJ: “O direito à adjudicação compulsória não se condiciona ao registro do compromisso de compra e venda no cartório de imóveis”.
Pré-contratual/puntuação/puctação
Negociações preliminares, caracterizadas por sondagens, conversações, estudos e debates (tractatus,trattative, pourparlers).
Não vincula as partes, mesmo que seja elaborado um projeto ou minuta. Assim, não existem obrigações para os contratantes, de modo a não se poder falar em inadimplemento. Porém, há o dever jurídico anexo de atuação pautada pela da boa-fé, que se desrespeitado ao levar-se um contraente a acreditar que o contrato será celebrado, levando-o a despesas ou a não contratar com terceiro, por exemplo gera a responsabilidade do contraente. Trata-se de responsabilidade extracontratual. Não pode, no entanto, o prejudicado, exigir o cumprimento da futura convenção, já que não há ainda um caráter vinculante. Isto ocorre mesmo que o art. 422, que prevê a atuação pautada na boa-fé, mencione apenas a conclusão do contrato, aplicando-se, também na fase pré e pós-contratual. 
Além disso, há responsabilidade se ficar demonstrada a deliberada intenção, com a falsa manifestação de interesse, de causar dano aooutro contraente, levando-o, por exemplo, a perder outro negócio ou realizando despesas.
Proposta/oferta/solicitação/policitação
Não depende de forma especial. Feita pelo proponente/solicitante, traduzindo sua vontade de contratar nas bases oferecidas, não estando mais sujeita a estudos ou discussões (sendo manifestação definitiva, que difere esta fase das negociações preliminares), mas dirigindo-se à outra parte para que a aceite ou não (sendo receptícia, pois sua eficácia depende da declaração do oblato/aceitante).
Obrigatoriedade
Em razão de sua definitividade, cria no aceitante a convicção do contrato em perspectiva, levando-o à realização de projetos e, às vezes, de despesas ou à cessação de alguma atividade, motivo pelo qual ela obriga, vincula o proponente (art. 427), assim como a seus herdeiros ou curador,em caso de morte ou interdição, respectivamente, se o contrário não resultar dos termos dela, da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso (não se aplicando a obrigações personalíssimas). Para isto, ela deve:
· Conter todos os elementos essenciais do negócio proposto, como preço, quantidade, tempo de entrega e forma de pagamento;
· Ser séria e consciente, pois vincula o proponente (art. 427);
· Serclara, completa e inequívoca, ou seja, formulada em linguagem simples,compreensível, mencionando todos os elementos e dados do negócio necessários aoesclarecimento do destinatário e representando a vontade inquestionável do proponente.
Mantém o caráter receptício se não for endereçada a uma pessoa determinada, mas sendo oferta aberta ao público, que, conforme art. 429, “equivale a proposta quando encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias ou dos usos”. Único - “pode revogar-se a oferta pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade na oferta realizada”. 
Apesar disso, não possui força absoluta, gerando direitos e obrigações, motivo pelo qual diferencia-se do contrato.
Não obrigatoriedade
Conforme art. 427, não é obrigatória:
- Se contiver cláusula expressa a respeito
O próprio proponente declara que não é definitiva e se reserva o direito de retirá-la, sendo isto de conhecimento do oblato, que se mesmo assim aceitar a proposta, o fará por sua conta e risco. Podem ser usados os dizeres: “proposta sujeita a confirmação” ou “não vale como proposta”.
- Em razão da natureza do negócio
A exemplo das propostas abertas ao público, que se consideram limitadas ao estoque existente.
- Em razão das circunstâncias do caso
Mencionadas no art. 428 do mesmo diploma, não sendo, então, quaisquer circunstâncias, mas aquelas a que a lei confere esse efeito: Art. 428 - Deixa de ser obrigatória a proposta:
I. Se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita: depois disso, caduca a proposta;
II. Se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao conhecimento do proponente [chamado de prazo moral];
III. Se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado;
IV. Se, antes dela, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente: as duas manifestações de vontade – proposta e retratação – por serem contraditórias, anulam-se. A retração é permitida mesmo que na proposta não haja ressalva neste sentido. Não tem relevância o meio usado para estas comunicações, podendo ser diferente o usado para cada manifestação da vontade.
Considera-se a pessoa, independentemente de sua proximidade física com o proponente:
· Presente: quando não há lapso temporal entre a proposta e a aceitação, sendo simultâneas, a pessoa conversando diretamente com o proponete, inclusive por telefone, Skype ou WhatsApp;
· Ausente: quando há lapso temporal para a resposta, não havendo contato direto com o proponente, como por carta ou e-mail.
Quanto aos contratos internacionais efetuados via internet, Maristela Basso formula três espécies de formação contratual:
· Instantânea: o intervalo entre oferta e aceitação pode ser desconsiderado;
· Ex intervallo: existe um intervalo considerável entre oferta e aceitação;
· Ex intervallo temporis: há troca de contrapropostas entre as partes.
Aceitação/oblação/conclusão
Concordância com os termos da proposta, adesão a ela, manifestação da vontadepor meio da qual o oblato se torna aceitante, imprescindível para a conclusão do contrato, sendoseu núcleo (o consentimento). Deve ser plena e integral, pura e simples, importando em nova proposta (contraproposta), se apresentada fora do prazo (depois do qual a proposta perde a força), com adições, restrições ou modificações (art. 431). 
Espécies
Pode ser expressa ou tácita, esta última decorrente da conduta do oblato, possível nas seguintes hipóteses, se não chegando a tempo a recusa e (art. 432):
· Se o negócio for daqueles em que não é costume a aceitação expressa: se, porexemplo, um fornecedor costuma remeter os seus produtos a um comerciante e este,sem confirmar os pedidos, efetua os pagamentos, instaura-se uma praxe comercial. Se o comerciante quiser interrompê-la, terá de avisar previamente o fornecedor;
· Se o contrato for entre presentes a regra é a aceitação imediata, salvo prazo estipulado: é exemplo ahipótese do turista que remete um fax a determinado hotel, reservando acomodações e informando que a chegada se dará em tal data, se não receber aviso em contrário.
Porém, não tem força vinculante a aceitação se:
· Art. 430 - Embora expedida dentro do prazo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao conhecimento do proponente que, liberado pelo fim do prazo, já celebrara negócio com outra pessoa, desde que isto seja imediatamente comunicado ao aceitante, sob pena de pagar perdas e danos, pois ele tem razões para acreditar quecontrato está concluído e pode realizar despesas voltadas ao seu cumprimento;
· Art. 433 - Antes dela ou com ela chegar ao proponente a retratação do aceitante, reputando-se inexistente a aceitação.
Contratual
Momento da conclusão do contrato que, redigido e assinado, passa a vigorar.
Entre presentes/inter praesentes
A proposta poderá estipular ou não prazo para a aceitação. Em caso negativo, esta deve ser manifestada imediatamente, sob pena de a oferta perder a força vinculativa. 
Entre ausentes/inter abstentes
São as teorias sobre o momento da formação do contrato:
1. Da cognição/conhecimento/informação: pouco usada. É quando o solicitante se inteira da resposta, tem conhecimento dela, tendo então o inconveniente de deixar a seu arbítrio abrir ou não a correspondência enviada, por exemplo;
1. Da agnição/declaração: dispensa que o proponente tome ciência da resposta. Subdivide-se em:
1. Declaração propriamente dita: é quando o aceitante declara que aceitou, redigindo documento afirmado isto, independente de enviá-lo ou não;
1. Expedição: quando a resposta é expedida, saindo do controle do aceitando. Para Gonçalves é a mais adequada, pois evita o arbítrio dos contraentes e afasta dúvidas de natureza probatória;
1. Recepção: é necessário que a resposta seja ao menos recebida pelo preponente, não bastando ser expedida. Adotada pelo CC, conforme art. 434 e Enunciado 173, da III Jornada de Direito Civil.
Porém, dispõe o mesmo art. 434 dispõe que mesmo que expedida a aceitação o contrato entre ausentes não se aperfeiçoa havendo retratação (I), se o proponente houver se comprometido a esperar resposta (II) e se a aceitação não houver chegado no prazo convencionado (III). Com isto, para Gonçalves, considerando que a retratação é sempre permitida antes da resposta chegar às mãos do proponente, desfigurou-se a teoria da expedição e adotou-se a da expedição.
Pós-contratual
Extinto o contrato pelo adimplemento.

Continue navegando