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TEMPORÁRIA - LEI 7.960/89 Art. 1º - Cabe apenas na fase investigatória (inquérito, CPI ou procedimento investigatório criminal feito pelo MP), buscando preservar a investigação. Surgiu após a CF/88, visto que antes havia a chamada prisão para averiguação, que não precisava de qualquer fundamentação (ordem judicial ou flagrante, sequer sendo necessário haver flagrante), que não era prevista na lei mas não era vedada. Entende a doutrina que também pode ser convertida nela o flagrante. Exige representação do delegado, não podendo ser decretada de ofício pelo juiz, entendendo-se que isto quebra sua imparcialidade. Hipóteses de cabimento – art. 1º Trata-se de rol taxativo, envolvendo crimes graves. I. Quando imprescindível para as investigações do inquérito policial [a doutrina estendendo à CPI e à investigação do MP]; II. Quando o indiciado não possuir residência fixa ou não fornecer elementos necessários à sua identificação [não sendo identificado]; III. Quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes: a) Homicídio doloso (art. 121, caput e § 2°); b) Sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e §§ 1° e 2°); c) Roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); d) Extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1° e 2°); e) Extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1°, 2° e 3°); f) Estupro (art. 213, caput e art. 223, caput, e parágrafo único): A indicação dos arts. 213 e 223 está defasada, aplicando-se as disposições atuais, visto que não se trata de analogia in mala partem, pois não se cria crime, bem como trata-se de processo penal, no qual essa lógica não é usada; g) Atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e 223, caput, e parágrafo único); h) Rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); i) Epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1°); j) Eenvenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, caput, combinado com art. 285); k) Quadrilha ou bando (art. 288): agora chamados de associação criminosa, cabendo temporária mesmo assim; l) Genocídio (arts. 1°, 2° e 3° da Lei 2.889/56), em qualquer de sua formas típicas; m) Tráfico de drogas (art. 12 da Lei 6.368/76); n) Crimes contra o sistema financeiro (Lei 7.492/86); o) Crimes previstos na Lei de Terrorismo. Existem posicionamentos divergentes na doutrina sobre a necessidade de se combinarem, estarem presentes ao mesmo tempo, todos estes requisitos, sendo o posicionamento majoritário da doutrina pela combinação de dois deles, sempre dentro de uma das hipóteses do rol do inciso III, ou seja, III + I ou III + II.
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